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Dados Internacionas de Catalogagio na Publicacho (CTP) (Cimara Brasileira do Livro, SP, Basi) “Moreira, Mateo Antoni, 1942 “eorias de aprendizagem Marco Antonio ‘Moreira, — Sto Palo : EPU, 1999 isawas 221609 98.5289 epp-s70.1523 Tdces para calogo sistemdticn: 1. Aprenizagem : Teoria + Psicologia eucacional. 370.1823 2. Teoria da aprendizagem » Psicologia educscional 370.1523, Marco Antonio Moreira Teorias de Aprendizagem IFSC-USP S«*""¢0 0 Biptiorec FORMACA 20. (A errors Pe Ica ) € yavensriies Gon a _—_—_————————— viorismo do inicio do século até o construtivismo deste fim de século. Se assim for, sentir-me-ei recompensado. Ficatei também satisfeito se estes materiais forem titeis a outros docentes e outros estudantes. Anda a tulo de apresentagio, fago um stimo, talvez dsne- Tieroaugze rio porque dbvio, esclarecimento: cada texto esté impregnado ou , fron emia tak interpretagdo sobre a teoria do autor abordado. Nao Behaviorismo, humanismo e cognitivismo quero passar a iluséo de uma apresentagdo “objetiva”. (Um pseudo-organizador prévio) Porto Alegre, janeiro de 1999. Professor Marco Antonio Moreira David P. Ausubel, o autor enfocado no décimo capitulo do con- junto que constitui este livro, € hoje bastante conhecido por ter cu- nhado o termo aprendizagem significativa, Mas quando divulgou sua teoria na década de sessenta, seu nome esteve mais associado ao con- ceito de organizador prévio do que ao de aprendizagem significativa. Isso porque ele propés a estratégia dos organizadores prévios como a | principal estratégia instrucional para deliberadamente manipular a i estrutura cognitiva do aprendiz, a fim de facilitar a aprendizagem sig- nificativa, Organizadores prévios so materiais introdutérios apresentados antes do material de aptendizagem em si, Contrariamente a resumos € sumarios que geralmente sG0 feitos ao mesmo nivel de abstracdo, generalidade ¢ abrangéncia, simplesmente destacando certos aspec- tos do assunto, organizadores prévios so introduzidos em um nivel mais alto de abstracdo, generalidade inclusividade. Rigorosamente falando, organizadores prévios so materiais instrucionais que se destinam a facilitar a aprendizagem significativa de t6picos especificos, ou série de idéias estreitamente relacionadas. 5 materiais introdut6rios que pretendem facilitar a aprendizagem de Varios t6picos denominam-se pseudo-organizadores prévios. Eo caso desta introducao: trata-se de um texto inicial, com algu- mas idéias gerais c um esquema conceitual, que pretende facilitar a aprendizagem significativa das teorias de aprendizagem enfocadas os textos. Na medida em que almeja facilitar a aprendizagem de Varios t6picos, é um pseudo-organizador prévio. A grande quantidade de pesquisas ja realizadas em torno dos ‘organizadores (ou pseudo-organizadores) prévios sugere que eles no SH0 Uo facilitadores como pensava Ausubel. A estratégia dos organi- u EEE zadores tem um efeito na aprendizagem, mas pequeno. Se 0 aprendiz nao tem algum conhecimento prévio relevante e/ou nio apresenta uma predisposigdo para aprender, ndo ha organizador que supra tais con- digdes para aprendizagem significativa. Os textos que constituem este livro foram escritos para estudan- tes de pés-graduagio, na érea de ensino-aprendizagem, e para profes- sores, os quais seguramente tém, conhecimentos prévios relevantes nesta drea. Além disso, se estiio interessados neste tema € neste livro & porque tém uma predisposigiio para aprender sobre teorias de apren- dizagem e ensino. Nestas condig6es, esta introdugio poder funcio- nar como pseudo-organizador e ter um efeito facilitador, embora pe- queno, na aprendizagem significativa das varias teorias enfocadas neste livro. ‘Teorias (de aprendizagem) De um modo geral, uma teoria é uma tentativa humana de siste- matizar uma érea de conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar e prever observacdes, de resolver problemas. Uma teoria de aprendizagem é, entio, uma construgéio humana para interpretar sistematicamente a érea de conhecimento que cha- mamos aprendizagem. Representa 0 ponto de vista de um autor/pes- quisador sobre como interpretar o tema aprendizagem, quais as vari- fveis independentes, dependentes ¢ intervenientes. Tenta explicar 0 que é aprendizagem e porque funciona como funciona. Na pritica, o termo teoria de aprendizagem é usado sem muito rigor. Por exemplo, a teoria de Piaget (capitulo 6) uma teoria do desenvolvimento cognitivo, na qual aprendizagem nao é um conceito central. Mas esta teoria tem tantas implicagdes para a aprendizagem que é muitas vezes rotulada, sem maiores objegdes, como teoria de aprendizagem. Ha também teorias psicol6gicas, como a teoria dos construtos pessoais de George Kelly (Capitulo 8), que acabam entrando no rol das teorias de aprendizagem. Tempos atrés, livros sobre teorias de aprendizagem tratavam quase que exclusivamente de teorias de esti- ‘mulo e resposta. Nos tempos atuais, a t6nica é 0 construtivismo, como se fosse uma teoria de aprendizagem. Neste conjunto de textos, 0 uso do termo teoria de aprendizagem também niio 6 tomado ao pé da letra, Cada um enfoca uma “teoria de aprendizagem”, embora algumas ndo se ocupem diretamente desta temitica 12 Allis, nao faz muito sentido ser rigoroso em relagio a0 uso do conceito de teoria de aprendizagem se o prdprio conceito de aprendi- zagem também tem varios significados nao compartilhados. Alguns exemplos do que tem sido considerado como definindo aprendiza- gem incluem: condicionamento, aquisiga0 de informag2o (aumento do conhecimento), mudanga comportamental estével, uso do conhe- cimento na resolucdo de problemas, construgao de novos sigi dos, de novas estruturas cognitivas, revisdo de modelos mentais. ‘De um modo geral, todas estas “definig6es” de aprendizagem se referem & aprendizagem cognitiva, aquela que resulta no armazena- ‘mento organizado de informacGes, de conhecimentos, na memsria do ser que aprende, e esse complexo organizado € conhecido como es- trutura cognitiva. Costuma-se distingui-la das aprendizagens afetiv: € psicomotora, embora algumas experiéncias afetivas sempre acom- panhem aprendizagens cognitivas ¢ estas geralmente estejam envol- vidas na aquisigao de habilidades motoras. Quer dizer, a distingao ‘mais uma questio de foco: a aprendizagem cognitiva é a que focaliza a cogni¢o, 0 ato de conhecer; a aprendizagem afetiva é a que trata mais de experiéncias tais como prazer e dor, satisfagao ou desconten- tamento, alegria ou ansiedade; a aprendizagem psicomotora se ocupa mais de respostas musculares adquiridas por meio de treino e priti A maioria das teorias de aprendizagem abordadas nos textos que seguem trata da aprendizagem cognitiva. Apenas duas, a de Rogers (Capitulo 9) ¢ a de Novak (Capitulo 11), enfatizam componentes afetivos da aprendizagem e somente algumas teorias behavioristas antigas (Capitulo 2) destacam aspectos psicomotores, jica- Filosofias As teorias que o homem constréi para sistematizar seu conheci- mento, para explicar ¢ prever eventos, so constituidas de conceitos € prineipios. Conccitos so signos que apontam regularidades em Objetos ou eventos, os quais s4o usados para pensar e dar respostas Totineiras e estiveis ao fluxo de eventos. Prinefpios so relagdes sig- nificativas entre conceitos. Teorias também expressam relagdes entre onceitos, porém so mais abrangentes, envolvendo muitos concei- tos e principios. Subjacentes as teorias estdo sistemas de valores a0s 4quais se pode chamar de filosofias ou visdes de mundo. ge das teorias de aprendizagem sao trés as filosofias — 4 comportamentalista (behaviorismo), a humanista ¢ ognitivista (construtivismo) — embora nem sempre se possa en- B

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