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Hideki Ishitani
Edith S. Tanaka
CÁLCULO MATRICIAL DE ESTRUTURAS
y 100 kN
3
1
4
2
E = 2.108 kN/m2
3m
4
A = 2 cm2
1
3 2 x
4m 4m
Fig. 1
-2-
y 0,0267m
0,1762m
0,0703m x
0,0267m
Fig. 2
90o
4
2
2
x
Fig. 3
-3-
Inicialmente, será analisada a barra de treliça no sistema local de referência (SLR).
Considere-se a barra genérica (m) da Fig. 4 onde (j) é o nó inicial e (k), o nó final.
k’
d4 x
y
j’ d3
m k
d2
d1
j
Fig. 4
p4
x
y
p3
p2
p1
Fig. 5
d1 l
k11d1
Fig. 6
Note-se que:
k 11 = EA ; k 31 = − EA ; k 21 = k 41 = 0
l l
sendo,
E o coeficiente de elasticidade do material,
A a área da seção transversal da barra, e
l o comprimento da barra.
De maneira geral, os coeficientes k i j são chamados de coeficientes de rigidez no SLR.
-5-
b. efeito isolado do deslocamento d 2
y
k42d2
x
k22d2
k32d2
d2
k12d2
Fig. 7
k 12 = k 22 = k 32 = k 42 = 0 .
y k43d3
x
k23d3 k33d3
d3
k13d3
Fig. 8
k 13 = − EA ; k 33 = EA ; k 23 = k 43 = 0 .
l l
k44d4
k14d4
Fig. 9
k 14 = k 24 = k 34 = k 44 = 0 .
p1 = k 11 d1 + k 12 d 2 + k 13 d 3 + k 14 d 4
p 2 = k 21 d1 + k 22 d 2 + k 23 d 3 + k 24 d 4
p = k d + k d + k d + k d
3 31 1 32 2 33 3 34 4
p 4 = k 41 d1 + k 42 d 2 + k 43 d 3 + k 44 d 4
p1 k 11 k 12 k 13 k 14 d1
p
2 = k 21 k 22 k 23 k 24 d 2
. .
p 3 k 31 k 32 k 33 k 34 d 3
p 4 k 41 k 42 k 43 k 44 d 4
Definindo:
k 11 k 12 k 13 k 14
k k 22 k 23 k 24
[ k ] = 21 (3)
k k 32 k 33 k 34
31
k 41 k 42 k 43 k 44
-7-
resulta:
[ p] = [k] ⋅ [d ] . (4)
EA EA
l 0 − 0
l
0 0 0 0 (5)
[ k ] = EA EA
− 0 0
l l
0 0 0 0
Conforme mostra a Fig. 10, os deslocamentos dos nós j e k, respectivamente, para j’ e k’, são,
agora, decompostos em componentes d1 , d2 , d3 e d4 , segundo o SGR.
d4 k’
// y
j’ m k d3
d2
α
j d1 // x
Fig. 10
Da mesma forma, os esforços nas extremidades da barra podem ser decompostos nas
componentes p1 , p2 , p3 e p4 , (Fig. 11).
// y
p4
x
k
p3
p2
α
j p1 // x
Fig. 11
-8-
Os componentes de deslocamentos di será representado pela matriz coluna (vetor) [d], e os
componentes de esforços pi (forças), pela matriz coluna [p] .
d1
d
[d ] = 2 (6)
d 3
d 4
p1
p
[ p] = 2 (7)
p 3
p 4
Para a determinação da relação entre os vetores [p] e [d] será definido, inicialmente, a
transformação que permite passar do SGR para o SLR e, vice-versa.
d4 k’
// y
y d4 x
d2 j’ d3
k d3
d2 α
d1
j d1 // x
d2 j’
d2
d1 α
j d1
Fig. 12
d1 = cos α ⋅ d 1 + sen α ⋅ d 2 + 0 ⋅ d3 + 0 ⋅ d4
d 2 = − sen α ⋅ d 1 + cos α ⋅ d 2 + 0 ⋅ d3 + 0 ⋅ d4
d 3 = 0 ⋅ d1 + 0 ⋅ d2 + cos α ⋅ d 3 + sen α ⋅ d 4
d 4 = 0 ⋅ d1 + 0 ⋅ d2 − sen α ⋅ d 3 + cos α ⋅ d 4
e, também:
-9-
d1 = cos α ⋅ d 1 − sen α ⋅ d 2 + 0 ⋅ d3 + 0 ⋅ d4
d 2 = sen α ⋅ d 1 + cos α ⋅ d 2 + 0 ⋅ d3 + 0 ⋅ d4
.
d 3 = 0 ⋅ d1 + 0 ⋅ d2 + cos α ⋅ d 3 − sen α ⋅ d 4
d 4 = 0 ⋅ d1 + 0 ⋅ d2 + sen α ⋅ d 3 + cos α ⋅ d 4
d1 cos α sen α 0 0 d1
d 2 = − sen α cos α 0 0 d 2
⋅
d 3 0 0 cos α sen α d 3
d 4 0 0 − sen α cos α d 4
e
d 1 cos α − sen α 0 0 d1
d sen α cos α
2 = 0 0 d 2
⋅ . (7a)
d 3 0 0 cos α − sen α d 3
d 4 0 0 sen α cos α d 4
cos α sen α 0 0
− sen α cos α 0 0
[T ] = . (8)
0 0 cos α sen α
0 0 − sen α cos α
Verifica-se, que a matriz quadrada da expressão (7a) é a transposta de [T] , ou seja, [T]t .
Logo,
[ d ] = [T ] ⋅ [d ] (9)
e
[ d ] = [T ] t ⋅ [ d ] . (10)
[ p ] = [T ] ⋅ [ p ] (11)
e
[ p ] = [T ] t ⋅ [ p ] . (12)
Pode-se, agora, estabelecer a relação entre os vetores [p] e [d], do seguinte modo:
[ p ] = [k ] ⋅ [d ] ou [T ] ⋅ [ p] = [ k ] ⋅ [T ] ⋅ [d ] .
-10-
• Multiplicando à esquerda, ambos os membros da expressão, por [T]-1 (inversa de [T])
• Logo,
[ p ] = [T ] t ⋅ [ k ] ⋅ [T ] ⋅ [d ] .
• Definindo-se
[ k ] = [T ] t ⋅ [ k ] ⋅ [T ] (13)
• tem-se, finalmente,
A forma explícita de [k] , obtida pelo duplo produto matricial, conforme (13), onde [ k ] é dada
pela (5) e [T] pela (8), é:
onde: h = EA / l
C = cosα
S = senα.
Da mesma forma que a matriz de rigidez no SLR ( [ k ] ), a matriz de rigidez no SGR ( [k] )
também é simétrica.
-11-
1.3. Exemplo
• Valores de h, C e S :
(m) (kN/m) (---------- kN/m) ---------)
barra l h C S h.C2 h.S2 h.C.S
1 4 10000 1,0 0,0 10000 0 0
2 5 8000 0,8 -0,6 5120 2880 -3840
3 8 5000 1,0 0,0 5000 0 0
4 5 8000 0,8 0,6 5120 2880 3840
pois E = 2 x 108 kN / m2
A = 0,0002 m2
E.A = 40000 kN.
ou,
0,0000
0,0000
[d ] = ; (valores em m)
− 0,0267
− 0,0703
− 133,3
99,9
[ p] = , na convenção da Fig. 11; (valores em kN)
133,3
− 99,9
-12-
e conforme a equação (11):
− 166,5
0,00
[p] = , na convenção da Fig. 5 . (valores em kN)
166,5
0,00
Os esforços no SLR ( [ p ] ) são muito importantes nas aplicações práticas pois contêm os valores
dos esforços solicitantes usuais (no caso, força normal e força cortante).
De maneira geral, a partir dos deslocamentos nodais da estrutura podem ser calculados os
esforços em todas as barras. A seqüência de cálculo, a ser aplicada a cada barra, é indicada a
seguir:
-13-