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Índice

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................ 3

1.1. Objectivos .............................................................................................................. 3

CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................... 4

CAPITULO III: TEORIAS DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E SUA ESSÊNCIA 5

2.1. Teorias não psicológicas ............................................................................................ 5

2.2. Teorias psicológicas .................................................................................................. 5

CAPITULO IV: FACTORES QUE INFLUENCIA O PROCESSO DE ESCOLHA


VOCACIONAL ESCOLAR ............................................................................................ 9

CAPITULO V: CONDIÇÕES BÁSICAS PARA QUE OS JOVENS ESCOLHEM A


PROFISSÃO................................................................................................................... 12

CAPITULO VI: FACTORES PSICOLÓGICOS E BIOLÓGICOS NA ESCOLA E NA


ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ................................................................................. 13

5.1 Factores biológicos ................................................................................................... 13

5.1.1 O género ................................................................................................................ 13

5.1.2 O temperamento .................................................................................................... 14

5.2. Factores psicológicos............................................................................................... 14

5.2.1 O carácter............................................................................................................... 14

CAPITULO VIII: CONCLUSÃO .................................................................................. 16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 17


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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

O seguinte trabalho cujo os temas são as teorias da orientação profissional, os factores


que influenciam no processo de escolha vocacional, condições básicas para que os
jovens escolham uma profissional, factores psicológicos e biológicas na escola de
orientação escolar, este surge no âmbito da cadeira de Psicologia Vocacional, do
Departamento de Ciências de Educação e Psicologia, na Universidade Pedagógica -
Massinga. Onde irá abordar-se assuntos relacionados a aconselhamento e escolha
profissional. Este por sua vez veremos que as teorias são forças externas na escolha de
careira do indivíduo, descrevem o processo de inserção do indivíduo no mercado de
trabalho e não lhe atribuem um papel activo. São Factores, como por exemplo o
mercado de trabalho (oferta e procura), ou padrão cultural das famílias, que determinam
o futuro profissional como a posição do indivíduo na sociedade. Essa escolha está
permeada também de variáveis multissectoriais determinadas pela família, professores,
colegas, escola, tecnologia e meios de comunicação (rádio, revistas, jornais, programas
de televisão e sites) os quais são vistos como elementos influentes no processo
descensional do adolescente, aponta se alguns dos processos determinantes na escolha
profissional, que seriam os factores políticos, económicos, sociais, educacionais,
familiares e psicológicos.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral:

Compreender as teorias da orientação profissional.

1.1.2.Específicos:

Relacionar os factores que influencia o processo de escolha vocacional ou


profissional;
Explicar as condições básicas para que os jovens escolham uma profissão;
Indicar os factores psicológicos e biológicos na escola de orientação escolar
profissional.
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CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO

2.1.Conceitos básicos

Segundo Levenfusetal. (1997) A orientação vocacional é um processo mais abrangente


do que orientação profissional, pois ela diz respeito não somente à informação das
profissões, mas de toda uma busca de conhecimento a respeito de si mesmo, de
características pessoais, familiares e socais do orientado, promovendo assim o encontro
das afinidades do mesmo com aquilo que pode vir a realizar.

Teoria é um conjunto de conceitos, definições e proposições relacionadas entre si, que


apresentam uma visão sistemática de fenómenos especificando relações entre variáveis,
com a finalidade de explicar e prever fenómenos da realidade. Hegenberg (1976: 79).

Política é a arte ou ciência da organização, direcção ou administração de nações ou


estados. Ou seja é o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados.

Económico engloba a noção de como a sociedade utiliza os recursos para produção de


bens com valor e a forma como é feita a distribuição destes bens entre os indivíduos.
Família - Designa-se por família o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco
entre si e vivem na mesma casa formando um lar.

De acordo com Santos (2005) a adolescência é vista como uma etapa do


desenvolvimento humano de individualização, ocorrendo um abandono às actividades
infantis e a opção por outras do mundo adulto.

A escolha profissional é um processo dinâmico que se inicia desde da infância e persiste


por toda a vida, sofrendo influência de diversos Factores como fantasias, disposições
inconscientes, família, situação socioeconómica, distorções perceptivas e entre outros
autores, ela também desempenha função de clarificar os conflitos que estão na origem
da dificuldade de escolha. ( Kowarski 2011).
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CAPITULO III: TEORIAS DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E SUA


ESSÊNCIA

3.1. Teorias não psicológicas

As abordagens consideradas não-psicológicas são conhecidas como a teoria do acidente


e a abordagem sócio crítica. O surgimento destas abordagens se deu por meio de
enfoques ligados a estrutura sócio económica. A teoria do acidente acredita que o
indivíduo escolhe sua profissão em decorrência dos acontecimentos da vida,
acidentalmente. Dessa maneira, ao olhar um jornal, ler um livro e assistir TV o
indivíduo é influenciado por essas variáveis. (TRACTENBERG, 2002).

Entretanto estas teorias são forças externas na escolha de careira do indivíduo,


descrevem o processo de inserção do indivíduo no mercado de trabalho e não lhe
atribuem um papel activo. São Factores, como por exemplo o mercado de trabalho
(oferta e procura), ou padrão cultural das famílias, que determinam o futuro profissional
como a posição do indivíduo na sociedade.

3.2. Teorias psicológicas

As teorias psicológicas analisam os determinantes internos de escolha dos indivíduos. O


indivíduo teria papel activo ou parcial, a condição socioeconómica e culturais teriam
uma função secundária no processo. Justamente por pressuporem participação activa do
sujeito. Segundo Crites (citando por Bock 2001) as teorias psicológicas englobam as
vertentes denominadas de:

3.2.1. Teoria Traço e Factor

Consiste em uma abordagem que avalia e analisa o indivíduo através de instrumentos


psicotécnicos. Esta abordagem trabalha com a finalidade do casamento perfeito entre
perfil ocupacional e pessoal, vinculada a uma concepção do indivíduo e sociedade,
tendo como fundamento a psicometria. (TRACTENBERG, 2002). Esta abordagem se
fundamenta nos testes vocacionais, que ainda fazem parte do processo de orientação
profissional para se identificar aptidões e traços de personalidade. (BOCK, 2001).
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Entretanto esta teoria tende colocar o homem certo com habilidade, interesses e traços
de personalidade com aptidões no lugar específico.

3.2.2. Teorias Psicodinâmicas

A personalidade é algo muito importante nas decisões de escolher uma profissão, pois,
desde a infância, as pessoas se constituem trazendo consigo aptidões que ajudarão no
direccionamento de sua escolha. O trabalho da psicodinâmica é entender esse processo
pelo qual passa o sujeito desde a infância, trazendo consigo uma bagagem a qual
caracteriza sua personalidade. A abordagem psicodinâmica acredita que é na relação
pessoa e seu meio que se forma sua individualidade. (BOCK, 2001).

Entrementes nesta teoria se fundamenta na psicanálise, considerando o desenvolvimento


afectivo sexual, principalmente na primeira infância, para entender as aptidões,
interesses e características de personalidade. Representam a superação de uma visão
autista de personalidade, considerando que é a partir da relação com o meio que o
indivíduo institui sua individualidade.

3.2.3. Teorias Desenvolvimentistas

Uma perspectiva que visa contribuir para o desenvolvimento do indivíduo, a abordagem


desenvolvimentista não foca nos deficits e sim nas competências, nas potencialidades,
com a finalidade de colaborar no desenvolvimento do sujeito, o qual entende ser um
processo contínuo e ininterrupto. (CARVALHO; MARNHO-ARAÚJO, 2010). A
abordagem desenvolvimentista trabalha com o presente e passado e orienta o futuro,
avalia a história, as características e dilemas do indivíduo. (TRACTENBERG, 2002).

Para esta teoria, a escolha vocacional é um processo em grande parte irreversível, se


iniciando com o nascimento acompanhando o desenvolvimento da pessoa, cabe a
pessoa cumprir as tarefas do desenvolvimento vocacional, de modo a tornar-semais
maduro.

3.2.4. Teorias Decidionais

As teorias decisionais propõem, através de Gellat, um esquema de decisão sequencial,


em que uma série de decisões intermediárias resulta em uma decisão final. Hilton
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considerava a dissonância cognitiva como a variável principal desse processo de


decisão, admitindo que o esforço para reduzi-la precede e facilita a tomada de decisão.
A escolha ocupacional seria determinada por duas tendências: a progressiva eliminação
de alternativas e o reforçamento da análise das alternativas não excluídas.
(HERSHESON, citado por Bock 2001).

Pós esta teoria defende as fases de uma tomada de decisão onde primeiro a pessoa
identifica as possibilidades oferecidas e a análise das suas consequências, em seguida
avaliativa a desejabilidade das consequências lista das fases anterior e, por último, a
fase decisória, onde se avaliam as decisões e finalmente chega-se a uma escolha.

3.2.5. Teoria Socioeconómica

Wilcock (citado por Bock 2001) apontavam a importância dos processos de selecção, na
explicação do por que as pessoas têm diferentes ocupações, além dos processos de
escolha. Assim, a estrutura social (padrões de actividades, interacções pessoais e
valores) influenciaria na escolha profissional, num sentido duplo: por um lado, no
desenvolvimento da personalidade; por outro, definiria as condições socioeconómicas
em que a selecção ocorre.

Esta teoria considera a escolha de careira baseia nos factores externos interagem com os
determinantes interno, reunindo as contribuições da Economia, Sociologia e Psicologia,
só assim um indivíduo pode fazer uma escolha.

3.2.6. Teoria sócio histórica

Qualquer indivíduo, independentemente de sua classe social, pode escolher sua


profissão, mesmo sendo de classe menos privilegiada. A abordagem sócio histórica
sustenta sua ideologia na condição de que todos sem execução podem sonhar e lutar por
suas escolhas profissionais. Na perspectiva sócio histórica existe uma possibilidade de
mudar. A intervenção ocorre de forma a possibilitar ao indivíduo ou ao colectivo
intervir em seu contexto social, fazendo com que o homem mude sua trajectória e
encare os obstáculos que podem ser superados, pela sua realidade económica. (BOCK,
2001).
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3.2.7. Teoria ecológica

O enfoque ecológico trabalha com actividades que favoreçam o contacto do indivíduo


com seu meio, explora uma visão sistémica de tudo que a cerca para uma melhor
escolha profissional, sem frustrações no futuro. Seu trabalho é voltado para relações ou
vínculos afectivos com objectos ou pessoas. Enxerga como favorável a demonstração da
visão integrada aos sistemas como família, escola, a sociedade e trabalho, assim como o
sistema político, económico, cultural e religioso que considera ser também favorável
para uma boa orientação profissional. (SARRIERA, 1999).

3.2.8. Teoria neo-reichiana

A abordagem neo-reichiana é caracterizada como uma abordagem que trabalha com


movimentos corporais, acredita no trabalho em conjunto do corpo e psique como
processo terapêutico. (TRACTENBERG, 2002). Para tanto, usa de técnicas que
envolvam corpo e mente em um trabalho que se caracteriza exclusivamente pela
linguagem que denota do corpo. Esses trabalhos são desenvolvidos com a
movimentação do corpo, com o objectivo de gerar no orientando uma modificação em
sua consciência. (TRACTENBERG, 2002).

3.2.9. Teoria centrada na pessoa (não-directiva)

A abordagem não directiva trabalha com auto desenvolvimento do indivíduo, na


reorganização do “self” para que tenha uma maior maturidade e auto consciência e,
sobretudo, uma motivação para saber conduzir seu papel perante suas escolhas.
(TRACTENBERG, 2002). É observado que toda a atenção é expressamente voltada ao
sujeito, a abordagem centraliza suas premissas para adquirir informações a partir do que
o sujeito traz. Utiliza-se, assim, uma série de técnicas de dessensibilização e modelagem
em meio à busca de elementos que auxiliem o orientador no desempenho de seu papel
como condutor desse processo. (TRACTENBERG, 2002)
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CAPITULO IV: FACTORES QUE INFLUENCIA O PROCESSO DE ESCOLHA


VOCACIONAL ESCOLAR

Segundo Gabaldi (2002) o comportamento de escolher uma profissão constitui-se como


um ato importantíssimo, pois supera em ordem de importância qualquer outra decisão
abrangendo, ao mesmo tempo, outras variáveis como as circunstâncias materiais, o
ambiente de vida, as possibilidades internas e externas de desenvolvimento, as
probabilidades de progresso, a duração da saúde, as futuras circunstâncias familiares, o
nível cultural, a posição social, a dependência ou independência profissional. A decisão
por isso ou aquilo seria um comportamento que faz parte do repertório do indivíduo e
que irá depender do tipo de reforço que ele espera com a sua escolha (Ivatiuk, 2004).

De acordo com Moura (2000), essa escolha está permeada também de variáveis
multifactoriais determinadas pela família, professores, colegas, escola, tecnologia e
meios de comunicação (rádio, revistas, jornais, programas de televisão e sites) os quais
são vistos como elementos influentes no processo decisional do adolescente, aponta se
alguns dos processos determinantes na escolha profissional, que seriam os factores
políticos, económicos, sociais, educacionais, familiares e psicológicos. São eles:

Factores políticos: referem-se especialmente a política governamental e seu


posicionamento perante a educação. Os factores que o determinam (relação entre oferta
e procura) estão directamente ligados com apolítica económica de um país. As políticas
sem voga acabam por influenciar todo o processo de escolha profissional, pois incidem
sobre a escola, o currículo até ao mercado de trabalho. Portanto, a escolha profissional é
dinâmica e multideterminada, o que significa que é resultado de um processo
influenciado por vários factores, cada um agindo na sua proporção sobre a decisão de
carreira dos indivíduos;

Factores de amizades: referem a grupo que pode gerar influências neste processo de
decisão também é o de amizades, que pode ser negativa para o jovem quando seus
valores e os valores dos familiares são contrários, atrapalhando até mesmo a construção
da própria identidade do jovem. Porém pode ser benéfica, quando há integração,
respeito e harmonia.
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Factores económicos: referem-se ao mercado de trabalho, ao retorno financeiro, ao


desemprego, a instabilidade financeira, a perda do poder aquisitivo da classe média e a
todas as consequências do sistema capitalista no qual vivemos. É consensual a
consideração de que a escolha profissional deve ser feita em conformidade com as
particularidades do mercado de trabalho, pelo que embora vivamos num mundo de
especialistas, escolher uma profissão tão especializada para a qual não haja maiores
probabilidades de emprego é uma temeridade;

Factores sociais: refere-se a divisão da sociedade em classes sociais, a desigualdade no


acesso ao ensino superior, as diferenças de oportunidades e as realidades influenciando
na escolha, a busca de ascensão social por meio do ensino superior, os efeitos da
sociedade no ambiente familiar, o impacto da globalização na cultura e na família. Além
disso, a liberdade de escolha é condicionada pela sociedade em que vivemos. Toda
sociedade tem regras às quais o homem deve se submeter para conviver ou viver em
comunidade. Devido a essa submissão, em determinados momentos da vida, o homem
entra em conflito com a sociedade em que vive;

Factores educacionais: corresponde ao sistema de ensino em Moçambique, a


necessidade e o prejuízo dos exames de admissão, a falta de investimentos financeiros
na educação pelo governo, o sistema de ensino superior público e privado. A escola
propõe-se a oferecer conhecimentos técnicos e formação moral, mas, mesmo assim o
jovem se sente só, sem rumo, frente ao desafio da escolha indesejável, do desafio à
acção, a escola deve preocupar-se em consciências os jovens de que o momento de
escolha é um processo de aprendizado a ser levado para outros momentos e que tem
muito a contribuir na formação pessoal, no reconhecimento de si enquanto sujeito de
escolha capaz de visualizar as possibilidades que a sociedade lhe oferece quanto a
escolha profissional, além de ser um espaço para autoconhecimento, apoia e busca de
posicionamento crítico do sujeito frente ao processo de ingresso no mundo profissional,
facilitando ainda a troca de experiências entre os envolvidos;

Factores familiares: compreende as expectativas familiares diante da escolha


profissional dos filhos. É na família que a criança forma os conceitos de si própria, do
mundo e do lugar que ocupa no mundo. O relacionamento familiar permitirá ou não, um
auto conceito favorável, além de um julgamento pessoal que o indivíduo assume
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perante si próprio. Este auto conceito influirá directamente em suas escolhas. A


participação da família no processo de escolhas do jovem é de suma importância.
Porém, especificamente na escolha profissional, esta deve ter cuidado para que a busca
pela realização de suas expectativas em detrimento de interesses pessoais não influencie
na decisão e na fabricação dos diferentes papéis profissionais;

Factores psicológicos: dizem respeito aos interesses, às motivações, às habilidades, às


competências pessoais, a compreensão das informações que o indivíduo possui versus a
desinformação na qual ele esta submetido.

A mesma autora ressalva que os factores supracitados aliados a outros irão


determinar a escolha dos indivíduos, sendo importante pensar sobre eles e tentar
compreendê-los em sua inter-relação.
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CAPITULO V: CONDIÇÕES BÁSICAS PARA QUE OS JOVENS ESCOLHEM


A PROFISSÃO

Muitas vezes o jovem pensa não ter dúvidas sobre qual profissão deve buscar, por não
ter averiguado todas as possibilidades e por ter uma relação fantasiosa com a profissão
almejada. A orientação profissional é uma medida preventiva que objectiva auxiliar o
jovem no processo de maturação em relação à escolha, orientando-o para qual caminho
deve seguir, levando-se em consideração seus aspectos pessoais, familiares e sociais
configurando a vontade de querer todas as possibilidades, porém, escolher significa dar
preferência a uma delas perdendo-se todas as outras, mas escolher uma delas significa
não ter acesso as outras não é somente quem tem dúvidas sobre a profissão que deve
buscar auxílio mas toda pessoa em situação de escolha (LUCCHIARI, 1993).

Um procedimento de aconselhamento profissional nos moldes comportamentais leva em


consideração três grandes grupos de contingências envolvidas na situação de escolha
profissional que são as variáveis pessoais, as profissionais e as relacionadas à tomada de
decisão, descritas desta forma (Moura, 2005; Moura & Silveira, 2002):

1) Prover condições para que o orientando discrimine as variáveis ambientais (familiar,


social, meios de comunicação, cultural e económico) dos diferentes contextos de
controlo às quais seus comportamentos de escolher e decidir estão expostos;
2) Proporcionar informações pertinentes sobre as profissões de interesse, discutindo
compatibilidades e perspectivas nas áreas;
3) Aumentar a amplitude de ocorrência de comportamentos favoráveis à escolha e/ou
tomada de decisão (selecção de critérios de escolha e restrição de opções
profissionais).

Com base nesta compreensão, na minha óptica as condições básicas para que o jovem
escolhe uma profissão sob o enfoque comportamental devem primeiramente
proporcionar uma ampliação do repertório pessoal de autoconhecimento circunscrito às
características de relevância para a escolha profissional. Em seguida, deve proporcionar
ampliação semelhante no repertório de consideração de opções profissionais, para que
se possa enfim, proporcionar restrição dos critérios e opções de escolha, no sentido de
facilitar a tomada de decisão.
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CAPITULO VI: FACTORES PSICOLÓGICOS E BIOLÓGICOS NA ESCOLA E


NA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

6.1 Factores biológicos

Os factores biológicos dizem respeito aos aspectos hereditários da personalidade


humana, portanto são as disposições biológicas dos indivíduos. Pode se enquadrar neste
grupo o género e o temperamento que são factores que têm uma influência significativa
na decisão de carreira comoveremos de seguida (RIBEIRO, 1998: 86).

6.1.1 O género

O termo género foi proposto como uma alternativa ao termo sexo, pois homens e
mulheres, masculino e feminino são categorias sociais historicamente produzidas que
não devem ser reduzidas a uma categoria biológica. O que se considera masculino e
feminino numa sociedade não é definido pelas características biológicas com as quais os
indivíduos nascem, mas pela maneira como estas são representadas, ou valorizadas, pelo
que tudo aquilo que se diz ou se pensa sobre elas constitui as chamadas representações
de género. Portanto, as competências e qualificações chave dos seres humanos são de
natureza universal e, como tal, não podem (nem devem) ser consideradas características
específicas de qualquer um dos sexos. (MACHADO, 1999: 95 citado por Bock 2001).

O orientador profissional deve levar o adolescente a integrar em sua identidade


vocacional a valoração de que não há profissões mais ou menos masculinas ou
femininas, pois, por um lado, profissões consideradas, classicamente masculinas, como
por exemplo as de mecânico, vendedor de combustível, pedreiro, engenheiro civil,
árbitro de futebol, entre outras, são actualmente desempenhadas por indivíduos do sexo
feminino e, por outro lado, profissões consideradas, classicamente, femininas como por
exemplo as de cabeleireiro, babá, secretária, educadora de infância, entre outras, são
hoje desempenhadas por indivíduos do sexo masculino. A crescente participação da
mulher moçambicana no mercado de trabalho, nas esferas públicas e na vida política
tem sido responsável por conquistas importantes numa perspectiva de género e
mudanças significativas nas políticas governamentais (Rainha& Figueira, cintado em
RIBEIRO 1998). Antes vistas apenas no âmbito das relações pessoais e do doméstico, a
mulher passa a ser tratada politicamente na esfera pública.
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6.1.2 O temperamento

O temperamento é o conjunto individualmente peculiar e naturalmente condicionado


das manifestações dinâmicas. Portanto, o temperamento é o conjunto de factores
biológicos (anatómicos e fisiológicos) que influem no comportamento humano e que
constituem a base do comportamento do ser humano incluindo o comportamento
vocacional e profissional. É uns factos que, em condições de relativa igualdade dos
motivos de conduta e da actividade e das mesmas influências externas, os homens
diferem consideravelmente uns dos outros quanto à impressionabilidade, quanto à
impulsividade e à energia revelada (Machado, 1999, citado por (RIBEIRO 1998: 95).

6.2. Factores psicológicos

Os factores psicológicos são aqueles condizentes à dimensão psicológica da


personalidade humana. Existem vários factores psicológicos, no entanto serão
considerados aqueles que, pela sua pertinência para a actividade do orientador
profissional, são imprescindíveis, nomeadamente: o carácter, as aptidões, os interesses,
a motivação e os valores. Estes factores são de extrema importância no momento da
escolha profissional, pois as decisões de carreira são influenciadas por particularidades
psicológicas da personalidade que devem ser devidamente exploradas e avaliadas pelo
orientador profissional como veremos de seguida. (RIBEIRO 1998)

6.2.1 O carácter

A palavra carácter provém do grego krarassein que significa gravar. O carácter é o


conjunto de particularidades individuais estáveis da personalidade que se forma e se
manifesta na actividade e no contacto, condicionando modos de conduta típicos para o
indivíduo. Ribeiro (1998: 428).O carácter do ser humano manifesta se também na sua
atitude em relação ao trabalho. A título de exemplo, entre os traços mais valiosos do
carácter pode se mencionar a consciência, a pontualidade na execução das suas
obrigações, a seriedade, o entusiasmo, a responsabilidade pelo trabalho que lhe é
confiado e a preocupação com seus resultados(PETROVSKY, 1989, citando em
RIBEIRO 1998).
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CAPITULO VII: METODOLOGIA

Para Fonseca (2002:43), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático,


pesquisa, investigação. Ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a
serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica.

FREIRE & ALMEIDA (2008), referem que existem dois métodos de investigação:
quantitativo e qualitativo, estes dois métodos distinguem-se pela forma como abordam o
problema. Nas Ciências da Educação é comum encontrarmos estudos de caso de
natureza qualitativa, o que não invalida a realização de abordagens quantitativas
imprimindo de alguma forma um carácter misto aos mesmos.

De acordo com GIL (2002), para que um conhecimento possa ser considerado
científico, torna-se necessário identificar as técnicas que possibilitam a sua verificação,
ou seja, determinar o método ou métodos de pesquisa que possibilitam o alcance ao
desejado conhecimento, as suas técnicas de forma a facilitar a recolha de dados de modo
a possibilitar a compreensão do processo de investigação usada.

Para a efectivação deste trabalho recorreu-se ao método qualitativa ou pesquisa


bibliográfica que consistiu na consulta de várias obras bibliográficas que versam sobre o
tema com vista à formulação do quadro teórico desta pesquisa e a respectiva compilação
e redacção do trabalho final.
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CAPITULO VIII: CONCLUSÃO

Fim da realização do trabalho conclui-se para uma escolha perfeita de uma profissão é
preciso que passe dos factores psicológico, biológicos, a própria família, grupos de
pares, factores políticos e económicos por que a escolha profissional é um fenómeno
que inicia particularmente na adolescência e persiste por toda a vida, portanto é um
processo dinâmico. No entanto, no momento da escolha profissional, vários factores de
ordem biológica, social, educacional, económicos entre outros incidem sobre o
adolescente condicionando e dificultando a sua decisão, pelo que se pode concluir que a
escolha profissional é também um processo multideterminado. É na adolescência que se
verifica o primeiro contacto indivíduo com o mundo das profissões e as primeiras
impressões sobre o mercado de trabalho, além do início do autoconhecimento,
particularmente, em termos da identidade vocacional. Portanto, cabe ao orientador
profissional conhecer e avaliar os factores que, de certa forma, exercem influência sobre
o orientando, dificultando o processo de decisão de carreira, no momento da escolha de
curso.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BOCK, Silvio Duarte. Orientação Profissional: avaliação de uma proposta de


trabalho na abordagem sócio-histórica. 2001.
2. LUCCHIARI, D. H. P. S. A escolha profissional do jovem ao adulto. São Paulo:
Summus Editorial, 2002.
3. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Editora Atlas S.A., 2002.
4.
5. Moura, C.B (2005). Fundamentos Teóricos e Práticos da Orientação Profissional
Sob o Enfoque Comportamental In M.C. Pacheco (Orgs). Intervenção e
Compromisso Social: orientação profissional; teoria e técnica, São Paulo: Vetor.
6. Moura, C.B.M (2000). Orientação Profissional: Avaliação de um programa sob o
enfoque da análise do comportamento. Dissertação de Mestrado, Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
7. RIBEIRO, Marcelo Afonso. Atelier de trabalho para psicóticos. Uma possibilidade
de actuação em orientação profissional. Psicologia Ciência e Profissão. v.18. n.1.
Brasília. 1998.
8. SARRIERA, Jorge Castellá. Uma perspectiva da orientação profissional para o novo
milênio. Revista Brasileira de Orientação Profissional,v.3. n.1. Porto Alegre. Jun.
1999.
9. TRACTENBERG, Leonel. Contribuições para inserção da orientação profissional
e educacional nos currículos escolares.2002.
10. VALORE, Luciana Albanese. Orientação profissional no contexto psiquiátrico:
Contribuições e desafios. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v.11. n.1.
SãoPaulo. jun. 2010.

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