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Capa

Contracapa
Indices
1. Noções gerais ........................................................................................................................................ 4
2. Evolução da lei laboral de 1986 ............................................................................................................ 5
3. A passagem da lei laboral de 1986 a 1998 ............................................................................................ 5
3.1. Mudanças da lei laboral de 1998................................................................................................... 6
4. A passagem da lei laboral de 1998 a 2007 ............................................................................................ 6
4.1. Mudanças da lei laboral de 2007................................................................................................... 7
Conclusão...................................................................................................................................................... 9
Bibliografia ................................................................................................................................................. 10
Introdução

O presente trabalho que tem como tema intitulado a evolução da lei laboral no contexto histórico,
etimológico no que tange as três leis laborais, especificamente a lei de 1986, a lei de 1998 e de
2007.

O mesmo trabalho está dividido em duas partes, sendo a pré-textual e textual. No que tange a
parte pré-textual é composta por capa, contracapa e índice. Já na parte textual vai do
desenvolvimento até a bibliografia, porém será no desenvolvimento que se vai debruçar de forma
clara e concisa sobre o tem em questão.

Desde longos anos a disciplina jurídica do trabalho esteve pouco fluida de conteúdo jurídico
normativo de âmbito mais genérico, como por ex. os das várias formas da propriedade (para
regular a escravidão e situações de trabalho servil) ou os da locação ou arrendamento (para
regular as relações de trabalho livre, já que o trabalho era assimilado a uma coisa que o titular
aluga), quer dizer, não existia corpos de normas ou princípios jurídicos tendo em conta o
trabalho como o objecto específico

Então desde esse momento nasce a curiosidade de compilar normas que defendia os
trabalhadores, que antigamente escravo, devido aos meus tratos que estes tinham, eram vistos
como mero objectos de trabalho, então surge a primeira greve trabalhista em Chicago no dia 1 de
Maio de 1886, porem este dia ficou conhecido como o dia internacional do trabalhador. E para
Moçambique não foi excepção, o nosso país também teve necessidade de criar normas
relativamente a vida trabalhista, com intuito de proteger a parte mais fraca da relação laboral.
Com estes fundamentos trazidos a cima então, o presente trabalho se ocupará de falar destas
normas no que tange a sua evolução no contexto histórico e etimológico especificamente em
Moçambique. De tudo se informe ao folhar das páginas

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A evolução da lei laboral no contexto histórico, etimológico no que tange as três leis
laborais em Moçambique.

1. Noções gerais
As leis laborais em Moçambique, culminam com a independência, mas isso deu-se dez anos após
a independência, no âmbito das corporações de artes e ofícios, foram influenciadas pelo próprio
carácter comunitário hierarquizado e semifamiliar das relações existentes entre os empresários e
trabalhadores. Dai que possa se considerar que do facto de essas leis conterem uma
regulamentação estatutária – profissional muito minuciosa da situação do prestador de trabalho
não resulta que já houvesse nessas épocas Direito do Trabalho, esses regimentos estavam
desprovidos daquele sentido de protecção ao trabalhador que é característico do Direito do
Trabalho.

Entretanto, no final de 1979, com a desintegração dos quadros da economia corporativa e a


industrial e do capitalismo ocorrem dominando os espíritos de certo apoderamento político e
ético do trabalho (ainda que, provavelmente, entendido mais como iniciativa e industria do que
como serviço subordinado a outrem) e, no plano da ciência económica, uma preocupação com a
produção que levava a colocar o problema do valor do trabalho. Com o capitalismo a actividade
humana é entendida como simples factor de produção sujeita a lógica do mercado (portanto, à
pressão da diminuição de custos), fraccionou esta actividade como fungível, isto é, podendo ser
atribuída a praticamente qualquer pessoa e submeteu – aos ritmos da produção, gerando
consequentemente desemprego e pelos seus perigos os acidentes de trabalho.

É dai que nasce a chamada “Questão Social” posta pela grande “incrível miséria da classe
operária e que se exprime pelas reacções dos trabalhadores (greves e outras formas de conflito)
que conduziram progressivamente ao associativismo crescente. O movimento operário e a
“questão social” desencadearam um vivo debate ideológico, dominado pela ideia de valorização
do trabalho e pela necessidade de modificação da situação de exploração em que se encontravam
os trabalhadores, que tinha como fim o desaparecimento do sistema capitalista assente em
regimes de propriedade e de salariado ou pelo menos por uma reforma e uma mudança de
sentido desses regimes.

Há que referir que o trabalho já era uma questão de ordem pública pelo carácter tumultuoso.
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2. Evolução da lei laboral de 1986
É possível identificar como um dos pontos marcantes desta lei, foi o reconhecimento da
possibilidade de associação, que tinha na época carácter genérico, determinando que a todos
eram lícita a associação e reunião, livremente e sem armas, não podendo a polícia intervir, salvo
para manter a ordem pública, verifica-se que não se dedicou especificamente sobre associação de
trabalhadores, até porque não se estabelecia nenhum direito sobre trabalho ou trabalhador. Porém
esta lei num dos seus artigos enunciou a possibilidade do exercício de qualquer profissão moral,
intelectual e industrial. Analisando mais adiante, não se tinha a preocupação com os chamados
direitos sociais de forma estrita, o que não resultou na elaboração de um capítulo específico
sobre o tema.

3. A passagem da lei laboral de 1986 a 1998


Uma vez que a legislação laboral de 1986, não trazia de uma forma concisa e frisada o direito de
trabalho, e verificou-se que não se dedicou especificamente sobre as associações de
trabalhadores, até porque esta lei não estabelecia formalmente algum direito sobre o trabalho ou
trabalhador. Na tentativa de responder esses anseios passa-se para a lei laboral de 1998.

Dentre todas as leis que Moçambique teve relativamente ao direito de trabalho, a de 1998 foi que
primeiro tratou especificamente sobre o Direito do trabalho, até mesmo chegou a se chamar de
lei trabalhista, uma vez que protegia muito mais o trabalhador, todos os direitos recaiam na parte
do trabalhador. a partir de então todas as demais leis moçambicanas passaram a ter normas de
direito regulando tal matéria. De forma que maior espaço será dado a esta lei que inaugura a
protecção do trabalho e por consequência do trabalhador.

Tendo sido influenciada pela constituição de 1990, esta lei foi fortemente marcada pela abertura
aos direitos sociais, destacando-se aqui os trabalhistas, que foram tratados com especial atenção,
da ordem económica e social. Inovou também no sistema sindical sendo a primeira a admitir a
pluralidade sindical, na qual dispunha que, “Os sindicatos e as associações profissionais serão
reconhecidos de conformidade com a lei. Parágrafo único. A lei assegurará a pluralidade sindical
e a completa autonomia dos sindicatos.”

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3.1. Mudanças da lei laboral de 1998
Os direitos trabalhistas que passam a pertencer ao texto desta lei, foram descritos nos seus
devidos parágrafos. Ficou evidenciado, a preocupação de regulamentar direitos tanto aos
trabalhadores da área urbana como rural. Conforme é possível verificar a seguir. Que está lei
promovia o amparo da produção e estabelecia as condições de trabalho, na cidade e nos campos,
tendo em vista a protecção social do trabalhador e os interesses económicos do país.”

Ao longo dos parágrafos a lei estabeleceu a busca por melhorar as condições do trabalhador a
proibição de diferença salarial, independente de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil.
Condições de atender adequadamente as necessidades do trabalhador, por meio do
estabelecimento do salário mínimo. Atendendo as condições físicas dos trabalhadores,
estabeleceu oito (08) horas para a jornada de trabalho, e em caso de necessidade, esse período
poderia ser prorrogado nos casos previstos em lei. Ainda no aspecto das condições físicas do
trabalhador foi proibido o trabalho de menores.

Outros importantes direitos foram arrolados concedendo ao trabalhador maior protecção, como a
indemnização por dispensa sem justa causa; no aspecto da saúde foi concedida a assistência
médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, compreendendo para a última o período de
descanso, tanto antes como depois do parto, sem que com isso sofresse qualquer prejuízo
salarial, ou do próprio emprego. Foi estabelecida também a previdência, com a contribuição
igual da União, do empregador e do empregado, como forma de beneficiar na velhice, em caso
de invalidez, na maternidade e nos acidentes de trabalho ou de morte.

Porem esta lei, trouxe uma melhoria de vida mínima no que tange aos trabalhadores, uma vez
que respondia minimamente as necessidades básicas do trabalhador. Com isso está lei ficou
conhecida como lei trabalhista, ou a lei do trabalhador, uma vez que concedia condições
adequadas ao trabalhador.

4. A passagem da lei laboral de 1998 a 2007


Tendo em atenção que a lei laboral de 1998, trazia muito privilégio, não querendo dizer todo
para os trabalhadores, apesar de trazer também para a parte dos empregadores mas não era
tamanha. Então com isso o Governo, para se espelhara constituição de 2004, pautando pelo
princípio da igualdade formal. Viu-se obrigado a legislar sobre a matéria em causa e alterar

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alguns dizeres da lei anterior, sendo assim trazendo a nova lei e novos princípios e dizeres
consigo. Em relação aos direitos trabalhistas, que é o objecto deste estudo. Esta lei, marca uma
fase intervencionista do Estado presente texto normativo trouxe os Direitos sociais trabalhistas
De acordo com os doutrinários, essa situação de intervenção estatal, foi necessária em razão de
que “o liberalismo económico era incapaz de preservar a ordem social, daí a necessidade da
intervenção do Estado para regular tais situações”.

4.1.Mudanças da lei laboral de 2007


A nova lei aprovada, 23/2007 De 01 de Agosto “marca uma fase intervencionista do Estado
presente texto normativo trouxe os Direitos sociais trabalhistas, tanto no âmbito colectivo,
individual e processual, sendo estes prescritos nos artigo 2º da mesma lei: A presente lei aplica-
se às relações jurídicas de trabalho subordinado estabelecidas entre empregadores e
trabalhadores, nacionais e estrangeiros, de todos os ramos de actividade, que exerçam a sua
actividade no país. Esta lei aplica-se também às relações jurídicas de trabalho constituídas entre
pessoas colectivas de direito público e os seus trabalhadores, desde que estes não sejam
funcionários do Estado ou cuja relação não seja regulada por legislação específica.

Assim como na lei anterior, nesta também se encontra expressamente a ideia do trabalho como
um dever social, conforme prescrito, que elenca ainda a protecção do Estado aos trabalhos
intelectual, técnico e manual, garantindo condições de subsistência por meio do trabalho, que
deve ser protegido pelo Estado.

No decorrer do artigo 18º faz menção do contrato trabalho, ao longo de seus incisos encontra-se
os direitos relacionados aos contratos colectivos de trabalho concluídos pelas associações,
legalmente reconhecidas de empregadores, trabalhadores, artistas e especialistas, informando que
tais direitos serão aplicados aos associados destas. Tais contratos deverão estabelecer regras
relacionadas a duração, importância, modalidade de salário, regras internas e horário de trabalho.
Destaca ainda que a forma do salário deve ser a que mais se adeqúe às exigências tanto do
trabalhador como da empresa. Ainda no artigo 99º, encontra-se o direito do trabalhador, no que
tange as ferias, respeitando os limites das necessidades da empresa, bem como aos feriados civis
religiosos,

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Conclusão
Tratar da evolução da lei laboral no contexto histórico, nos remete a uma viagem histórica de
lutas e conquistas que foram sendo travadas ao longo dos tempos na seara jurídica. Compreende-
se que cada momento histórico faz reflectir a realidade premente daqueles que estão ou estiveram
à frente do poder. Bem-visto que por se tratar do período do Império, não se vislumbrava
qualquer garantia a direitos, muito menos aos trabalhadores,

Neste período os direitos dos trabalhadores foram tratados tanto no âmbito colectivo, individual e
processual. Destaca-se deste período também a proibição do exercício do direito de greve.

Neste período também é possível entender como avanço, a incorporação da Justiça do Trabalho
como parte do Poder Judiciário, o que não acontecia até então.

apresentou no âmbito trabalhista pela primeira vez o termo valorização do trabalho como
condição de dignidade humana, foi utilizado como justificativa para o novo texto constitucional
estabelecer a harmonia e a solidariedade entre os factores de produção. No âmbito ainda das
conquistas, foi neste período que se tratou de forma excepcional e incipiente a possibilidade de
participação dos trabalhadores na gestão das empresas, o que até hoje não foi efectivamente
implementado.

Diante do retrospecto histórico abordado, conclui-se que as leis laborais que hoje existem no
ordenamento pátrio, resulta de idas e vindas na caminhada evolutiva da seara trabalhista, a cada
novo texto constitucional, alguns direitos era, incluídos, outros modificados e até mesmo
retirados. os vários momentos histórico-políticos pelos quais passou o país foram significativos
para a implementação ou não de novos direitos relativos ao trabalho, ao direito do trabalho e a
Justiça do Trabalho. Tomando por base essa sistemática, verifica-se que é no transcurso da
história que conquistas se solidificam, modificam se transformam ou são excluídas.

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Bibliografia

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