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Walt Whitman Rostow (1916-2003), foi um dos mais notáveis

economistas do século XX. Ele considerou viável decompor a história


do desenvolvimento de cada economia de acordo com um
determinado conjunto de etapas. Objetivando apresentar uma
alternativa à teoria marxista sobre os rumos da história, suas ideias
foram apresentadas no famoso livro "Etapas do Desenvolvimento
Econômico: um manifesto não comunista".

Em síntese, Rostow dividiu em cinco as etapas do desenvolvimento,


começando pela chamada Sociedade tradicional: aquela em que o
nível de produção per capita é limitado. Essa limitação ocorre graças à
baixa produtividade ocasionada principalmente pela falta de
tecnologia. Tal sociedade dedica, normalmente, a maior parte de seus
esforços na produção agrícola. Historicamente, são exemplificadas
pelas dinastias da China, as civilizações antigas do Oriente Médio e
Mediterrâneo e a Europa medieval. Nesta configuração, a forte presença de
laços familiares é marcante e o centro do poder político e econômico se restringe
aos proprietários de terras. Rostow estudou nesta esfera da sociedade as
mudanças políticas, econômicas e de estrutura social.

As precondições para o arranco se configuram na segunda etapa do


desenvolvimento. Nessa fase, passa a haver a aplicação da ciência
moderna na produção agrícola e industrial, num ambiente de
expansão internacional, dinamizado pela expansão paralela dos
mercados mundiais e pela concorrência internacional, surgindo
grandes empreendedores visando a obtenção de polpudos lucros,
embora correndo riscos. Assim, nascem os grandes bancos, crescem
os investimentos em transportes e comunicação e amplia-se o
comércio exterior.

Estados do Oeste da europa favorecidos pelos recursos naturais,


pelas possibilidades comerciais, pela estrutura social e política, foram
as primeiras e se desenvolver. Essas transformações ocorrem ainda
num ritmo limitado devido à persistência de métodos antigos de
produção, além de antigos valores e estruturas sociais. A educação
avança com objetivo de atender as necessidades econômicas.
Embora os valores e a sociedade experimentem grandes
transformações nessa fase, faz-se necessária uma perfeita formação
de um Estado nacional centralizado em detrimento aos interesses
regionais.(condição necessária)

A terceira fase, o arranco, representa o rompimento de todas as


resistências ao desenvolvimento e à difusão do progresso tecnológico
por toda a sociedade. É comum ocorrer uma considerável elevação na
taxa real de investimentos e poupança. Com o “arranco” surgem
novas técnicas agrícolas e industriais. A agricultura sofre um profundo
processo de mudança, transformando o antigo fazendeiro em
empresário agrícola.

Rostow chama a atenção para o rápido desenvolvimento de uma estrutura


político-social e institucional[9], que proporcione uma sustentação da expansão
econômica por vinte anos, tempo de duração médio desta fase.
Passados estes vinte anos, marcados pelo Take-off, a sociedade passa por
mais quarenta anos em uma condição descrita por Rostow como ‘A Marcha
para a Maturidade’.

A quarta fase é chamada de marcha para a maturidade representando


o momento em que o crescimento da produção já supera o crescimento
demográfico. Nesse período, a economia experimenta o surgimento de
inúmeras novas indústrias, além de inédita expansão do comércio
internacional. É a etapa em que os antigos valores passam a ser
suplantados e a Nação passa então a contar com condições de produzir
aquilo em que julga ser mais necessário. Inexiste a carência tecnológica
em qualquer área produtiva.
A quinta e última fase é a era do consumo em massa, período em
que a renda per capita já garante para uma grande maioria dos
consumidores um elevado padrão de vida. Nessa fase, a população é
predominantemente urbana. O consumo é direcionado para os bens
duráveis; a preocupação com o desenvolvimento tecnológico cede seu
espaço aos anseios por bem-estar social.

Rostow propõe uma teoria dinâmica da produção, baseada na observação de sociedades


realmente existentes, e não em modelos teóricos que consideram o desenvolvimento
econômico como um processo de desdobramentos logicamente encadeados em etapas que se
articulam.

Analisando esse processo, o autor confronta sociedades diversas por meio de perspectivas
econômicas, mostrando quais seriam as condições necessárias para se alcançar tal
modernização

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