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POLÍCIA FEDERAL

Raciocínio Lógico
Estruturas Lógicas – Parte I
RACIOCÍNIO LÓGICO
Estruturas Lógicas – Parte I
Prof.a Karine Waldrich

SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................3
Estruturas Lógicas.......................................................................................5
1. A Lógica.................................................................................................5
1.1. Conectivo E........................................................................................ 11
1.2. Conectivo Ou...................................................................................... 13
1.3. Conectivo Se... Então.......................................................................... 14
1.4. Conectivo Se e Somente Se.................................................................. 16
1.5. Conectivo Ou... Ou.............................................................................. 18
1.6. Símbolos dos Conectivos...................................................................... 19
1.7. Apelidos dos Conectivos....................................................................... 20
1.8. Proposições Equivalentes..................................................................... 23
1.9. Negação de Proposições....................................................................... 25
1.9. Macete do Vizinho............................................................................... 27
1.10. Tautologia e Contradição.................................................................... 34
Resumo.................................................................................................... 36
Questões de Concurso................................................................................ 38
Gabarito................................................................................................... 49
Questões Comentadas................................................................................ 50

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Estruturas Lógicas – Parte I
Prof.a Karine Waldrich

KARINE WALDRICH
Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovada em 39º lugar – 2010.
Aprovada no concurso de Analista Tributário da Receita Federal do Brasil, em 61º
lugar – 2010. Professora de Raciocínio Lógico, Matemática Básica, Matemática
Financeira, Estatística Básica e Estatística Avançada para concursos. Coach
certificada pela Sociedade Latino Americana de Coaching. Idealizadora e executora
do programa de coaching para concursos CoachingdaWaldrich. Pós-graduanda
em Neuroeducação.

Introdução

Oi, meu(minha) querido(a)! Tudo bem?

Meu nome é Karine Waldrich. Nasci em Blumenau, Santa Catarina. Sou Audito-

ra-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovada em 39o lugar no concurso de 2010.

Fui também aprovada para o concurso de Analista Tributário da Receita Federal do

Brasil de 2010, na 61a colocação.

Sou professora para concursos desde 2010, sempre focando as disciplinas de

“Exatas”.

Minha história de aprovação foi cheia de altos e baixos.

Primeiramente, veio a decisão de estudar para concursos. Foi assim: terminei a

graduação, e fui fazer estágio em uma multinacional. Trabalhei muito, o que nunca

me incomodou. Sou o tipo de pessoa “formiga”, que acha que nada cai do céu. Mas

o clima de instabilidade me incomodava demais. Depois de muito refletir, vi que,

acima de qualquer aspiração profissional, minha maior vontade era simplesmente

ser feliz, com qualidade de vida.

Em 2009, quando saiu a autorização para o concurso da Receita Federal (mais

precisamente, no dia 24 de abril de 2009), comecei a estudar para este concurso,

para o cargo de Auditor-Fiscal.

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Claro que eu tinha um pouco de base por conta do que vi na faculdade, mas

não sabia nada sobre Direito, e comecei do zero. Estudei muito. Em setembro saiu

o edital e em dezembro foram as provas.

Fui aprovada em 39o lugar, dentre os 70.000 candidatos.

Falando sobre meu estudo, Blumenau é uma cidade de 300.000 habitantes, sem

muita opção de estudo para concursos. Estudei basicamente em casa, numa escri-

vaninha velha do lado da minha cama. Utilizei cursos online e foi o que salvou, por

serem detalhados e em uma linguagem mais informal do que a utilizada em livros.

Odeio livro com cara de “biblioteca velha de faculdade”. Rsrs

Bom, independentemente disso, o que foi determinante para a minha apro-

vação, sem dúvidas, foi a força de vontade. Foi estudar muito. Eu queria muito

passar, queria muito sair daquela escrivaninha.

Concurso público não pede foto para inscrição. Não importa se você é bonito

ou feio, preto ou branco, rico ou pobre, gordo ou magro. O que importa é se você:

1) Quer passar;

2) Estudar muito para passar.

Se você quer passar, e estudar muito para passar, já tem 90% das chances de

ser aprovado.

Espero que possamos ter um excelente curso, e conto com você para isso.

Para acompanhar mais dicas de Raciocínio Lógico, curta minha página no Face-

book (@profkarinewaldrich) e no Instagram (@karinewaldrich).

Agora vamos ao conteúdo desta aula.

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ESTRUTURAS LÓGICAS

1. A Lógica

Já vi algumas questões de concurso com a seguinte definição de Lógica:

Lógica é o estudo das relações entre afirmações, não da verdade dessas afirmações.
Um argumento é um conjunto de fatos e opiniões (premissas) que dão suporte a uma
conclusão.
Isso não significa que as premissas ou a conclusão sejam necessariamente verdadeiras;
entretanto, a análise dos argumentos permite que seja testada a nossa habilidade de
pensar logicamente.

Fonte: Fundação Carlos Chagas

Assim, em resumo:

1) A Lógica estuda relações entre afirmações, que são chamadas proposições;

2) As premissas e conclusões não precisam ser necessariamente verdadeiras;

3) O objetivo é pensar logicamente.

A primeira coisa a aprender quando começamos a estudar o Raciocínio Lógico é

o que são proposições.

O CESPE nos diz o que é proposição, olha só:

Entende-se por proposição todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um


pensamento de sentido completo, isto é, que afirmam fatos ou exprimam juízos a res-
peito de determinados entes.

Fonte: CESPE

Proposição é uma frase, ou uma equação, ou uma expressão, cujo conteúdo

pode ser considerado verdadeiro ou falso.

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Há dois tipos de proposições: as simples e as compostas.

As proposições simples são afirmações. São frases bem no padrão que

aprendemos em Língua Portuguesa: formadas, no mínimo, por um sujeito e um

verbo (PRECISA HAVER UM VERBO, AO MENOS).

Exemplo de proposição simples: O Brasil não ganhou a Copa de 2014.

Exemplo do que não é proposição: O perdedor da Copa de 2014.

Percebe que a frase acima NÃO POSSUI VERBO? Se não possui verbo, não é

proposição.

Já as proposições compostas são aquelas formadas por duas ou mais propo-

sições simples. Elas possuem conectivos, ligando uma proposição à outra.

Por exemplo: A Alemanha ganhou a Copa de 2014 e a Argentina ficou em segundo.

Perceba que, na frase acima, existem três proposições:

Proposição 1 (proposição simples): A Alemanha ganhou a Copa de 2014 (sabe-

mos que é verdadeiro).

Proposição 2 (proposição simples): A Argentina ficou em segundo (é verdadeiro).

Proposição 3 (proposição composta): A Alemanha ganhou a Copa de 2014 e a

Argentina ficou em segundo.

Na Proposição 3, as duas proposições simples estão ligadas pelo conectivo ‘e’.

Vamos estudá-lo mais à frente, contudo, segue uma informação importante sobre

ele para você pensar a respeito: para uma frase com o conectivo ‘e’ ser verdadeira,

as duas proposições simples que a formam devem ser verdadeiras também.

Como as duas proposições simples que a formam são realmente verdadeiras, a

proposição composta também é verdadeira.

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Mas, se disséssemos:
O Brasil ganhou a Copa de 2014 e a Argentina ficou em segundo.
Nesse caso, teríamos uma das proposições simples verdadeira, e a outra falsa
(pois o Brasil não ganhou a Copa).
A proposição composta, é, portanto, falsa, pois, como eu disse antes, para
o Conectivo ‘e’, as duas proposições simples devem ser verdadeiras para a propo-
sição composta ser verdadeira.
Podemos utilizar outro conectivo. Se trocarmos o conectivo ‘e’ pelo ‘ou’, a frase fica:
O Brasil ganhou a Copa de 2014 ou a Argentina ficou em segundo.
Nesse caso, também temos uma das proposições simples verdadeira, e a outra
falsa (pois o Brasil não ganhou a Copa).
No entanto, a proposição composta é verdadeira. Por quê?! Porque, para
o conectivo ‘ou’, basta que uma das proposições simples seja verdadeira para a
proposição composta ser verdadeira.
Como a Argentina realmente ficou em segundo na Copa, a proposição composta
com o conectivo ‘ou’ é verdadeira.
Não existem só esses conectivos. Mas a sistemática da coisa é assim. De acor-
do com o conectivo usado, as mesmas proposições simples podem resultar em
proposições compostas verdadeiras ou falsas.
Voltando a falar sobre as proposições, já sabemos que elas são afirmações de
que podemos extrair um valor lógico (uma “alma”, digamos assim). E este valor
lógico tem que ser sempre VERDADEIRO ou FALSO.
Dessa forma, não podem ser proposições:
• sentenças interrogativas – O que você comeu hoje? (Não podemos classificar
em verdadeiro ou falso).
• sentenças imperativas – Vai lá e depois me conta como foi. (Também não po-
demos classificar em verdadeiro ou falso).

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• sentenças exclamativas – Que legal!!! (Como classificar em verdadeiro ou

falso?!).

• sentenças sem verbo: Casa azul. (Lembrando que “A casa é azul” possui ver-

bo... e, sendo assim, pode ser classificada em verdadeiro ou falso).

• sentenças que podem mudar de significado. Por exemplo, uma equação for-

mada apenas por incógnitas.

Vamos fazer uma questão?

1. (2000/FCC/TCE-GO/TÉC. JUDICIÁRIO) Uma proposição de uma linguagem é

uma expressão de tal linguagem que pode ser classificada como verdadeira ou fal-

sa. Com base nessa definição, analise as seguintes expressões:

I. 3 + 8 < 13

II. Que horas são?

III. Existe um número inteiro x tal que 2x > -5.

IV. Os tigres são mamíferos.

V. 36 é divisível por 7.

VI. x +y = 5

É correto afirmar que são proposições APENAS as expressões:

a) I e IV.

b) I e V.

c) II, IV e VI.

d) III, IV e V.

e) I, III, IV e V.

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Letra e.

Como vimos, proposição é uma frase, ou uma equação, ou uma expressão, cujo

conteúdo pode ser considerado verdadeiro ou falso.

Sabendo isso, vamos analisar as sentenças da questão?

3 + 8 < 13

3 + 8 sabemos que é 11. A questão afirma ser menor do que 13, ou seja, a afir-

mação é verdadeira. Como podemos classificar dessa maneira, a sentença é uma

proposição.

I. Que horas são?

Já sabemos que sentenças interrogativas não são proposições.

II. Existe um número inteiro x tal que 2x > -5.

A questão afirma que existe um número x, tal que 2x > -5. Ou seja, ela pode estar

verdadeira ou falsa. Nem precisamos resolver a equação para saber se a sentença

é verdadeira ou falsa, pois o simples fato de poder ser classificada de uma maneira

ou de outra já a torna proposição. Ou seja, a sentença é uma proposição.

III. Os tigres são mamíferos.

Nem precisa lembrar de biologia. Sendo ou não mamíferos (para quem não lembra,

os tigres são sim mamíferos), a sentença pode ser classificada em verdadeiro ou

falso. Ou seja, é proposição.

IV. 36 é divisível por 7.

Mais uma vez, nem precisamos resolver a conta proposta para sabermos se a afir-

mação é verdadeira ou falsa, para saber que ela pode ser classificada assim. Ou

seja, a afirmação é uma proposição.

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V. x + y = 5

Será que x + y = 5 é verdadeiro ou falso? Depende. Por exemplo, se x = 2 e y = 3,

a afirmação será verdadeira. Já, se x = y = 3, a afirmação será falsa.

Ou seja, não podemos classificar a sentença acima em verdadeiro ou falso, pois, a

cada valor das incógnitas x e y, o valor lógico da sentença muda.

Grave isso: não existe “depende” em relação a proposições. Elas devem ser verda-

deiras ou falsas, e isso deve ser definido, constante e imutável.

Assim, são proposições as alternativas I, III, IV e V.

Existem alguns princípios de lógica. Vejamos.

• Princípio da Exclusão do Terceiro Termo: só existem duas opções para

uma proposição: ou ela é verdadeira ou ela é falsa. Não há um meio termo

entre verdadeiro ou falso.

• Princípio da Não Contradição: uma proposição não pode ser verdadeira e

falsa ao mesmo tempo.

Agora, algo importante. Por exemplo, se eu disser: “O Brasil ganhou as Olimpí-

adas de 2016 no futebol”, a nossa ideia é pensar “Claro, isso é verdadeiro, o Brasil

ganhou!!!”. Só que, se a questão disser que a proposição “A Alemanha ganhou a

Olímpiada de 2016 no futebol” é verdadeira, NÃO SEJA TEIMOSO, (KKKKKKKK) e

concorde com a banca.

Estamos falando de Lógica, e aqui é o enunciado da questão que define o

que é verdadeiro ou falso, e não você ou o que você já sabe que aconteceu.

Portanto, se o enunciado disser que “O céu é vermelho” é verdadeiro, para você,

naquele momento, todas as alternativas que disseram que o céu é vermelho serão

verdadeiras, ok?!

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Dito isso, passemos às Estruturas Lógicas!

1.1. Conectivo E

Nome: conjunção

Símbolo: ^

O que significa: a proposição composta só será verdadeira, se ambas as pro-

posições simples que a compõem forem verdadeiras.

Por exemplo – A Alemanha ganhou a Copa de 2014 e a Argentina ficou em segundo.

Se a primeira proposição (A Alemanha ganhou a Copa de 2014) estiver correta, e

a segunda (Argentina ficou em segundo) também, a proposição toda (a frase toda)

está correta. Senão, ela está errada.

Ou seja, se V e V = V.

Da mesma maneira, se uma das proposições estiverem erradas, a proposição com-

posta estará errada. Portanto:

VeF=F

Por exemplo – O Tite é o técnico da Seleção Brasileira e o Rogério Ceni é jogador

da Seleção.

Analisando o exemplo, temos que o Tite é realmente o técnico da seleção brasileira,

ou seja, a primeira proposição está correta. Mas o Rogério Ceni não é jogador da

Seleção Brasileira, então a segunda proposição está errada.

P.S.: para os que não gostam de futebol, essa aula também serve para agregar

conhecimentos futebolísticos. HAHAHAHA

Portanto, o valor lógico (a alma da proposição) é:

VeF=F

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(Ou seja, a proposição composta é falsa.)

Mais um exemplo – O Zagallo é o técnico da Seleção Brasileira e o Neymar é

jogador da Seleção.

P.S.: o Zagallo não é o técnico da seleção brasileira, ou seja, a primeira proposição

está falsa. Mas o Neymar é jogador da Seleção Brasileira, então a segunda propo-

sição está correta.

Portanto, o valor lógico é:

FeV=F

(Ou seja, a proposição composta é falsa.)

Último exemplo – O Zagallo é o técnico da Seleção Brasileira e o Rogério Ceni é

jogador da Seleção.

P.S.: o Zagallo não é o técnico da seleção brasileira, ou seja, a primeira proposição

está falsa. E o Rogério Ceni não é jogador da Seleção Brasileira, então a segunda

proposição também está errada.

Portanto, o valor lógico é:

FeF=F

Assim, em resumo, o conectivo ‘e’ se comporta da seguinte forma (a tabela

abaixo é conhecida como tabela-verdade; não se preocupe com esse nome agora,

mais à frente, falarei mais sobre ela):

CONECTIVO E
VeV=V
VeF=F
FeV=F
FeF=F

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1.2. Conectivo Ou

Nome: disjunção

Símbolo: v

O que significa: se uma das proposições simples for verdadeira, a propo-

sição composta já será verdadeira. Dessa forma, ela só será falsa se ambas as pro-

posições simples forem falsas – em todos os outros casos, a proposição composta

será sempre verdadeira.

Por exemplo – O Tite é o técnico da Seleção Brasileira ou o Neymar é jogador da

Seleção.

Valor lógico: V ou V

Como falamos, a proposição composta só será falsa se as duas proposições esti-

verem falsas. E, nessa proposição, as duas proposições estão corretas. Portanto, a

proposição composta é verdadeira.

Ou seja, se V ou V = V.

Da mesma maneira, se uma das proposições estiver correta, a proposição compos-

ta estará correta. Portanto:

V ou F = V

Mais um exemplo – O Tite é o técnico da Seleção Brasileira ou o Rogério Ceni é

jogador da Seleção.

Valor lógico: V ou F = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

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Terceiro exemplo – O Zagallo é o técnico da Seleção Brasileira ou o Neymar é

jogador da Seleção.

Valor lógico: F ou V = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

Último exemplo – O Zagallo é o técnico da Seleção Brasileira ou o Rogério Ceni

é jogador da Seleção.

Nesse caso, temos duas proposições falsas. Agora sim, a proposição composta terá

valor lógico falso (único caso).

Valor lógico: F ou F = F

(Ou seja, a proposição composta é falsa.)

Assim, em resumo, o conectivo OU se comporta da seguinte forma:

CONECTIVO OU
V ou V = V
V ou F = V
F ou V = V
F ou F = F

1.3. Conectivo Se... Então

Nome: Condicional

Símbolo: 

O que significa: a primeira proposição exprime uma condição para a segun-

da. Se a primeira frase for verdadeira, então a segunda também deverá ser. Se a

primeira frase for falsa, então a condição não se cumpriu, ou seja, tanto faz se a

segunda frase for verdadeira ou falsa, porque a frase toda será verdadeira.

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Por exemplo – Se o Tite é o técnico da Seleção Brasileira então o Neymar é joga-

dor da Seleção.

Valor lógico: se V então V = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

Mais um exemplo – Se o Muricy é o técnico da Seleção Brasileira então o Rogério

Ceni é jogador da Seleção.

Valor lógico: se F então F = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

Se o Muricy é o técnico da Seleção Brasileira então o Neymar é jogador da Seleção.

Valor lógico: se F então V = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

Repare que, se a primeira proposição for falsa, a sentença será sempre

verdadeira. Afinal, se o Muricy for o técnico, então o Rogério Ceni pode ser

jogador e o Neymar também. Grave isso: se a primeira proposição do ‘se...

então’ é falsa, a sentença é, como um todo, verdadeira.

Último exemplo – Se o Tite é o técnico da Seleção Brasileira então o Rogério Ceni

é jogador da Seleção.

Valor lógico: se V então F = F

(Ou seja, a proposição composta é falsa.)

Esse é o caso mais importante, e é dele que você vai lembrar toda vez que fizer

uma questão sobre o assunto.

A sentença composta ‘se... então’ só é falsa se a primeira proposição for verdadeira

e a segunda é falsa.

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Ou seja, para uma sentença composta, cuja primeira proposição é verda-

deira, ser verdadeira, a segunda proposição deve NECESSARIAMENTE ser

verdadeira também.

Da mesma forma, se a segunda proposição for falsa, a primeira proposição

deverá ser falsa também.

Resumindo, a situação ‘se V então F’ é PROIBIDA.

Assim, em resumo, a estrutura ‘Se... então’ se comporta da seguinte forma:

ESTRUTURA SE... ENTÃO


Se V então V = V
Se V então F = F
Se F então V = V
Se F então F = V

1.4. Conectivo Se e Somente Se

Nome: bicondicional

Símbolo: ↔

O que significa: a primeira proposição simples exprime uma condição para a

segunda, e a segunda também exprime uma condição para a primeira. A frase só

estará correta se ambas as proposições forem verdadeiras ou forem falsas (uma

só não vale).

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Por exemplo – O Neymar é jogador da Seleção se e somente se o Tite é o téc-

nico da Seleção Brasileira.

Valor lógico: V se e somente se V = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

Mais um exemplo – O Neymar é jogador da Seleção se e somente se o Muricy

é o técnico da Seleção Brasileira.

Valor lógico: V se e somente se F = F

(Ou seja, a proposição composta é falsa.)

Terceiro exemplo – O Rogério Ceni é jogador da Seleção se e somente se o Tite

é o técnico da Seleção Brasileira.

Valor lógico: F se e somente se V = F

(Ou seja, a proposição composta é falsa.)

Último exemplo – O Rogério Ceni é jogador da Seleção se e somente se o Muricy

é o técnico da Seleção Brasileira.

Valor lógico: F se e somente se F = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

Assim, em resumo, o conectivo ‘se e somente se’ se comporta da seguinte

forma:

CONECTIVO SE E SOMENTE SE
V se e somente se V = V
V se e somente se F = F
F se e somente se V = F
F se e somente se F = V

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1.5. Conectivo Ou... Ou

Nome: disjunção exclusiva

Símbolo: v

O que significa: ou um, ou outro. A frase só estará correta se uma das pro-

posições for verdadeira e a outra for falsa (as duas não vale). É o contrário da

estrutura ‘se e somente se’, que vimos acima.

Por exemplo – Ou o Neymar é jogador da Seleção ou o Tite é o técnico da Sele-

ção Brasileira.

Valor lógico: ou V ou V = F

(Ou seja, a proposição composta é falsa.)

Mais um exemplo – Ou O Neymar é jogador da Seleção ou o Muricy é o técnico

da Seleção Brasileira.

Valor lógico: ou V ou F = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

Terceiro exemplo – Ou o Rogério Ceni é jogador da Seleção ou o Tite é o técnico

da Seleção Brasileira.

Valor lógico: ou F ou V = V

(Ou seja, a proposição composta é verdadeira.)

Último exemplo – Ou O Rogério Ceni é jogador da Seleção ou o Muricy é o téc-

nico da Seleção Brasileira.

Valor lógico: ou F ou F = F

(Ou seja, a proposição composta é falsa.)

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Assim, em resumo, o conectivo ou... ou se se comporta da seguinte forma:

CONECTIVO OU...OU
Ou V ou V = F
Ou V ou F = V
Ou F ou V = V
Ou F Ou F = F

1.6. Símbolos dos Conectivos

Como vimos, cada conectivo possui um símbolo. Muitas questões usam os sím-

bolos, ao invés de escreverem por extenso os conectivos.

Da mesma forma, as proposições costumam ser representadas por letras mi-

núsculas. As mais usadas são p e q.

Por exemplo:

p: se o Tite é o técnico da Seleção Brasileira,

q: então o Neymar é jogador da Seleção.

Vou agrupar os conectivos e seus símbolos na tabela abaixo, para que fique bem

fixado para você:

SÍMBOLOS DOS CONECTIVOS

CONECTIVO SÍMBOLO EXEMPLOS SIGNIFICADO


peq
E ^ p^q O Tite é o técnico da Seleção Brasileira e o
Neymar é jogador da Seleção.
p ou q
ou v pvq O Tite é o técnico da Seleção Brasileira ou o
Neymar é jogador da Seleção.

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Ou p ou q
ou... ou V pvq Ou o Tite é o técnico da Seleção Brasileira ou
o Neymar é jogador da Seleção.
Se p então q
se... então → p →q Se o Tite é o técnico da Seleção Brasileira
então o Neymar é jogador da Seleção.

p se e somente se q
se e
↔ p ↔q O Tite é o técnico da Seleção Brasileira se e
somente se
somente se o Neymar é jogador da Seleção.

Sugiro que, ao resolver uma questão, você substitua as frases pelos símbolos,

para não ter que ficar escrevendo os conectivos por extenso o tempo todo.

1.7. Apelidos dos Conectivos

Às vezes, as questões de concursos criam outros nomes para as estruturas que

vimos (os conectivos).

Por exemplo, ao invés de usar Se A, então B, ela usa Quando A, B.

É a mesma coisa, basta trocar pelo ‘Se... então’ que já conhecemos.

Sintetizei na tabela abaixo os apelidos que já vi serem utilizados em provas.

Primeiramente, vamos ver os apelidos do ‘Se... então’.

APELIDOS DA ESTRUTURA SE... ENTÃO


APELIDO
EXEMPLO DE PROPOSIÇÃO EQUIVALENTE COM APELIDO
UTILIZADO
Se o Tite é o técnico da Seleção Se o Tite é o técnico da Seleção
Se... (sem o
Brasileira então o Neymar é Brasileira, o Neymar é jogador da
“então”)
jogador da Seleção. Seleção.
Se o Tite é o técnico da Seleção O Neymar é jogador da Seleção,
...se (invertido e
Brasileira então o Neymar é se o Tite é o técnico da Seleção
sem o “então”)
jogador da Seleção. Brasileira.

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Se o Tite é o técnico da Seleção Quando o Tite é o técnico da


Brasileira então o Neymar é Seleção Brasileira, o Neymar é Quando...
jogador da Seleção. jogador da Seleção.
Se o Tite é o técnico da Seleção O Tite ser o técnico da Seleção
Brasileira então o Neymar é Brasileira implica o Neymar ser ...implica...
jogador da Seleção. jogador da Seleção.
O Tite ser o técnico da Seleção
Se o Tite é o técnico da Seleção
Brasileira é condição suficiente ...condição
Brasileira então o Neymar é
para o Neymar ser jogador da suficiente...
jogador da Seleção.
Seleção.
Se o Tite é o técnico da Seleção O Neymar ser jogador da Seleção é
...condição
Brasileira então o Neymar é condição necessária para o Tite
necessária...
jogador da Seleção. ser o técnico da Seleção Brasileira.
Se o Tite é o técnico da Seleção Somente o Neymar é jogador ...somente... se...
Brasileira então o Neymar é da Seleção se Tite é o técnico da (Somente no início
jogador da Seleção. Seleção Brasileira. da frase)
Se o Tite é o técnico da Seleção O Tite é o técnico da Seleção ...somente se...
Brasileira então o Neymar é Brasileira somente se o Neymar é (não tem o “se”
jogador da Seleção. jogador da Seleção. antes”)
Toda vez que o Tite é o técnico
da Seleção Brasileira o Neymar é
Se o Tite é o técnico da Seleção jogador da Seleção.
Sempre/Toda/
Brasileira então o Neymar é
Toda vez que...
jogador da Seleção. Sempre que o Tite é o técnico
da Seleção Brasileira o Neymar é
jogador da Seleção.

Pintei a linha que fala do “se” invertido e do termo “condição necessária”,

para você ver que esses são os únicos casos em que é necessário inverter a propo-

sição composta. Nos outros, basta trocar o apelido pelo ‘se... então’, sem inverter.

Da tabela acima, o caso mais cobrado em concurso é, com certeza, o caso da

‘condição suficiente’ e da ‘condição necessária’.

Para facilitar a memorização disso, criei um macete, que uso desde os tempos

de faculdade. É o Macete do Sol e Nuvem. Não ria, porque, na hora da prova, tenho

certeza que você vai acertar a questão por causa dele:

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Esse macete serve para lembrar que, se a frase possui Sol (condição suficiente),

basta substituir diretamente por ‘se... então’.

No entanto, se for dia de Nuvem (condição necessária), não é tão simples,

deve-se então inverter as proposições, para depois substituir pelo ‘se...

então’.

A estrutura ‘se e somente se’ também possui um apelido:

APELIDO DA ESTRUTURA SE E SOMENTE SE


APELIDO
EXEMPLO DE PROPOSIÇÃO EQUIVALENTE COM APELIDO
UTILIZADO
O Tite ser o técnico da Seleção
O Neymar é jogador da Seleção Condição
Brasileira é condição necessária
se e somente se o Tite é o necessária e
e suficiente para o Neymar ser
técnico da Seleção Brasileira suficiente
jogador da Seleção.

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Agora, falaremos de um assunto importante, os equivalentes lógicos.

1.8. Proposições Equivalentes

Duas proposições são equivalentes quando querem dizer a mesma coisa. Para fi-

car mais claro, vamos resolver utilizando o conceito das tabelas-verdade. Tabela-ver-

dade é um nome difícil para aqueles esquemas que vimos em cada estrutura, do tipo:

ESTRUTURA SE... ENTÃO


Se V então V = V
Se V então F = F
Se F então V = V
Se F então F = V

Essa é a tabela-verdade da Estrutura Se... então. Ela lista todas as possibilida-

des para as proposições com a estrutura.

Sabendo isso, devemos deixar claro que “Equivalentes Lógicos” são propo-

sições em que as tabelas-verdade são iguais.

Vamos ver com mais detalhes nas questões. Resumidamente, vou sintetizar as

proposições equivalentes na tabela abaixo:

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EQUIVALENTES LÓGICOS
PROPOSIÇÃO
PROPOSIÇÃO EXEMPLO RESULTADO
EQUIVALENTE
DISJUNÇÃO O Tite é o técnico da Se o Tite não é técnico
Seleção Brasileira ou da Seleção Brasileira
...ou... ~p q
o Neymar é jogador então o Neymar é
da Seleção. jogador da Seleção.
pvq

~q  ~p
Se o Neymar não é
jogador da Seleção
(É a condicional então o Tite não é
com os termos o técnico da Seleção
invertidos e Brasileira.
CONDICIONAL negados.) Se o Tite é o técnico
~p v q da Seleção Brasileira O Tite não é o técnico
se... então
então o Neymar é da Seleção Brasileira ou
q q v ~p jogador da Seleção. o Neymar é jogador da
p
Seleção.

(É a disjunção com O Neymar é jogador da


o primeiro termo Seleção ou o Tite não
da condicional é o técnico da Seleção
negado.) Brasileira.
Se o Tite é o técnico da
BICONDICIONAL (p  q) ^ (q  p) O Tite é o técnico da Seleção Brasileira então
Seleção Brasileira o Neymar é jogador da
se e somente se o Seleção E Se o Neymar
se somente se (É a condicional de
Neymar é jogador da é jogador da Seleção
ida E a condicional
↔q Seleção. então o Tite é o técnico
p de volta.)
da Seleção Brasileira
O Tite é o técnico da
p ↔ ~q Seleção Brasileira se e
DISJUNÇÃO somente se o Neymar
EXCLUSIVA ~p ↔q Ou o Tite é o técnico não é jogador da
da Seleção Brasileira Seleção.
ou... Ou... ou o Neymar é
(É a bicondicional jogador da Seleção. O Tite não é o técnico da
pvq com o um dos Seleção Brasileira se e
termos negados.) somente se o Neymar é
jogador da Seleção.

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1.9. Negação de Proposições

Negar uma proposição é inverter o seu sentido. Falando em termos de tabela-ver-

dade, uma proposição é negação de outra quando suas tabelas-verdade forem opos-

tas (o que é verdadeiro em uma, é falso em outra, e vice-versa).

Sintetizei as negações na tabela abaixo. Veremos como funciona na prática du-

rante os exercícios comentados.

NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

COMO FAZER
NEGAÇÃO EXEMPLO RESULTADO
(Passo-a-passo)
O Tite não é o técnico
da Seleção Brasileira
Para se formar uma
ou o Neymar não é
disjunção:
Negação de (O Tite é jogador da Seleção.
o técnico da Seleção
Brasileira e o Neymar =
1º: Negar a primeira (p)
é jogador da Seleção).
~p v ~q
2º: Negar a segunda (q)
Negação de
conjunção (Obs.: essa negação
Obs.: existem duas 3: Trocar o e por ou
também é chamada
maneiras de se negar
= de “Lei de Morgan”.)
uma conjunção. Na
primeira, forma-se Para se formar uma
~(p ^ q)
uma disjunção (p condicional: Se o Tite é o técnico
OU q). Na segunda,
da Seleção Brasileira
forma-se uma
então o Neymar não
condicional (se p, 1º: Manter a primeira (p)
é jogador da Seleção.
então q).
2º: Negar a segunda (q)
=
3: Trocar o e por →
p → ~q

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O Tite não é o técnico


da Seleção Brasileira
ou o Neymar não é
Negação de Negação de (O Tite é jogador da Seleção.
1º: Negar a primeira (p)
disjunção o técnico da Seleção
=
Brasileira ou o 2º: Negar a segunda (q)
=
Neymar é jogador da
~p ^ ~q
Seleção). 3: Trocar o ou por e
~(p v q)
(Obs.: essa negação
também é chamada
de “Lei de Morgan”.)
O Tite é o técnico da
1º: Substituir o v por ↔
Negação de Seleção Brasileira
disjunção Negação de (Ou o se e somente se o
exclusiva Tite é o técnico da Neymar é jogador da
Seleção Brasileira ou Seleção.
Obs.: vocês se lembram
= o Neymar é jogador
que já vimos isso, quando
da Seleção). =
falamos sobre o conectivo Se
~(p v q)
e somente se?
p ↔q
O Tite é o técnico da
Negação de Negação de (Se o Tite Seleção Brasileira
1º: Manter a primeira (p)
condicional é o técnico da Seleção e o Neymar não é
Brasileira então o 2º: Negar a segunda (q) jogador da Seleção.
=
Neymar é jogador da
3: Trocar o → por e =
~(p → q) Seleção).
p ^ ~q
Ou o Tite é o técnico
Negação de Negação de (O 1º: Substituir o ↔ por v da Seleção Brasileira
bicondicional Tite é o técnico da ou o Neymar é
Seleção Brasileira OBS: reparem que estamos jogador da Seleção.
= se e somente se o fazendo o inverso do que
Neymar é jogador da fizemos acima (na negação =
~(p ↔ q) Seleção). da disjunção exclusiva).
pvq

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1.9. Macete do Vizinho

Está achando difícil memorizar tudo isso?! Eu também achava, por isso criei um
macete!!!
É o Macete do Vizinho.
Para fazer o Macete do Vizinho, você vai fazer uma tabelinha na hora da prova.
Nas colunas, você vai colocar as proposições que aprendemos, uma para cada
coluna.
As linhas serão duas: uma para equivalentes e outra negações.
Vai ser assim:

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU... OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
Equivalentes
Negações

Perceba que você fez essa tabela sem nenhum conhecimento prévio, certo?!
Apenas listou as proposições e escreveu “equivalentes” na primeira linha e “nega-
ções” na segunda, certo?!
Vou chamar cada célula de uma letra para que fique fácil de eu explicar, mas
você não precisa fazer isso na prova, ok?!

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE E
E OU SE... ENTÃO OU...OU
SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p → q) (p v q)
(p ↔ q)
Equivalentes CÉLULA A CÉLULA B CÉLULA C CÉLULA D CÉLULA E
Negações CÉLULA F CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J

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Bom, agora começamos o Macete “pra valer”. Vamos para a primeira linha, dos

Equivalentes.

Importante: você vai PULAR a CÉLULA A, ok?! Não vai colocar nenhum equiva-

lente na CÉLULA A, ela vai ficar VAZIA:

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA A
Equivalentes = CÉLULA B CÉLULA C CÉLULA D CÉLULA E
vazia
Negações CÉLULA F CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J

Nas células B, C e D, você vai colocar “~p q”. Ou seja, vai negar o termo p e

manter o termo q. Ainda não vai colocar nenhuma proposição no meio, ok???

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA A CÉLULA B CÉLULA C CÉLULA D

Equivalentes = = = = CÉLULA E

vazia ~p q ~p q ~p q
Negações CÉLULA F CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J

Agora, vamos preencher as proposições. Como? Muito fácil: você vai preencher

com o vizinho.

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Na CÉLULA B (do OU), você vai colocar a proposição vizinha, que é o → (SE... ENTÃO):

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA A CÉLULA B CÉLULA C CÉLULA D
Equivalentes = = = = CÉLULA E
vazia ~p → q ~p q ~p q
Negações CÉLULA F CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J

Na CÉLULA C (do SE... ENTÃO), você vai colocar a proposição vizinha, que é o
v (OU):

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA A CÉLULA B CÉLULA C CÉLULA D
Equivalentes = = = = CÉLULA E
vazia ~p → q ~p v q ~p q
Negações CÉLULA F CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J

Na CÉLULA D (do OU... OU), você vai colocar a proposição vizinha, que é o ↔
(SE E SOMENTE SE):

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA A CÉLULA B CÉLULA C CÉLULA D
Equivalentes = = = = CÉLULA E
vazia ~p → q ~p v q ~p ↔ q
Negações CÉLULA F CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J

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Agora, vamos complementar a tabela. Lembre-se de que:


1) para o SE... ENTÃO, existe outro equivalente: aquele em que trocamos os
sinais e as posições do p e do q (p → q = ~q → ~p);
2) para o OU... OU, o equivalente pode ser ~p ↔ q (que está na tabela) ou p ↔ ~q;
3) para o SE E SOMENTE SE, que é uma BICONDICIONAL, o equivalente é uma
condicional “indo” (ou seja, p → q) E uma condicional “voltando”, ou seja q →
p. Assim, o equivalente do SE E SOMENTE SE é p → q ^ q → p.
Colocando essas três informações na tabela, finalizamos a linha dos equivalentes:

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA C CÉLULA D
CÉLULA A CÉLULA B CÉLULA E
= =
Equivalentes = = =
~p v q ~p ↔ q
vazia ~p → q p→q^q→p
~q → ~p p ↔ ~q
Negações CÉLULA F CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J

Agora, passamos para as negações. Na linha dos equivalentes, começamos co-


locando “~p q”, certo?! Pois aqui, na linha das negações, iremos colocar “p ~q”, na
CÉLULA F e na CÉLULA H, ok?!

MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA C CÉLULA D CÉLULA E
CÉLULA A CÉLULA B
= = =
Equivalentes = =
~p v q ~p ↔ q p→q^q
vazia ~p → q
~q → ~p p ↔ ~q →p
CÉLULA F CÉLULA H
Negações = CÉLULA G = CÉLULA I CÉLULA J
p ~q p ~q

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Com qual proposição vamos preencher o “p ~q” que colocamos acima? Ora,

com a proposição vizinha! Na CÉLULA F (que tem a proposição E), vamos colocar

a proposição SE... ENTÃO (o →), e, na CÉLULA H, que contém a proposição SE...

ENTÃO, vamos colocar a proposição E (o ^):

MACETE DO VIZINHO
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SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA C CÉLULA D CÉLULA E
CÉLULA A CÉLULA B
= = =
Equivalentes = =
~p v q ~p ↔ q p→q^q
vazia ~p → q
~q → ~p p ↔ ~q →p
CÉLULA F CÉLULA H
Negações = CÉLULA G = CÉLULA I CÉLULA J
p → ~q p ^ ~q

Mais alguma negação importante? Sim, olha só:

há uma negação MUITO importante que temos de colocar na tabela, que é a

negação ‘De Morgan’. É aquela que diz que a negação de “p E q” é “~p OU ~q”

(nega os termos e troca o E por OU) e a negação de “p OU q” é “~p E ~q” (nega os

termos e troca o OU por E);

vimos que o OU... OU é o contrário da BICONDICIONAL (o OU... OU requer

que os termos sejam diferentes e a BICONDICIONAL requer que os termos sejam

iguais). Portanto, um é a negação do outro. Então, na coluna da negação do OU...

OU, colocamos a BICONDICIONAL, e, na coluna da negação da BICONDICIONAL,

colocamos o OU... OU.

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SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA C CÉLULA D CÉLULA E
CÉLULA A CÉLULA B
= = =
Equivalentes = =
~p v q ~p ↔ q p→q^q
vazia ~p → q
~q → ~p p ↔ ~q →p
CÉLULA F
CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J
=
Negações =
p → ~q
~p E ~q p ^ ~q p↔q pvq
~p OU~q

Pronto!!! Assim, finalizamos nosso Macete do Vizinho! Sei que agora pode ter

sido um pouco trabalhoso fazer e aprender, mas, com o tempo, você vai fazer essa

tabela em uma velocidade muito maior! E, assim, você vai matar todas as questões

sobre esse assunto na hora da prova!!

Vamos fazer uma questão?

2. (ESAF/2012) A afirmação “A menina tem olhos azuis ou o menino é loiro” tem

como sentença logicamente equivalente:

a) se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.

b) se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.

c) se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.

d) não é verdade que se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.

e) não é verdade que se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.

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Letra c.

A menina tem olhos azuis ou o menino é loiro.

pvq

Pelo Macete do Vizinho, o equivalente do p v q é ~p  q.

Se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.

Mais uma:

3. (ESAF/RECEITA FEDERAL) A negação da proposição “se Paulo estuda, então

Marta é atleta” é logicamente equivalente à proposição

a) Paulo não estuda e Marta não é atleta.

b) Paulo estuda e Marta não é atleta.

c) Paulo estuda ou Marta não é atleta.

d) se Paulo não estuda, então Marta não é atleta.

e) Paulo não estuda ou Marta não é atleta.

Letra b.

pq

Pelo Macete do Vizinho, a negação é p ^ ~q:

Paulo estuda E Marta não é atleta.

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1.10. Tautologia e Contradição

A Tautologia e a Contradição são nomes dados quando:

Tautologia: a tabela-verdade da proposição possui todas as linhas iguais a V.

Por exemplo, veja a proposição [¬B]v{[¬B]A} (Obs.: ¬ (cantoneira) significa

o mesmo que o ~, ou seja, negação):

A B ~B {[¬B]A} [¬B]v{[¬B]A}
V V F V V
V F V V V
F V F V V
F F V F V

Contradição: a tabela-verdade da proposição possui todas as linhas iguais a F.

Por exemplo, veja a proposição ~[p v ~(p ^ q)]:

p q p^q ~(p ^ q) p v ~(p ^ q) ~[p v ~(p ^ q)]


V V V F V F
V F F V V F
F V F V V F
F F F V V F

Contingência: são todos os outros casos.

Vamos fazer uma questão?

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4. (ESAF/MF/2013) Conforme a teoria da lógica proposicional, a proposição ~ P Λ P é:

a) uma tautologia.

b) equivalente à proposição ~ P V P .

c) uma contradição.

d) uma contingência.

e) uma disjunção.

Letra c.

~PΛP

Se P = V:

F ^ V = F (não é tautologia)

Se P = F:

V ^ F = F (é contradição)

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Estruturas Lógicas – Parte I
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RESUMO

MEMOREX DE LÓGICA

SÍMBOLO- NEGA-
CONECTIVO TABELA-VERDADE EQUIVALENTE
GIA ÇÃO

VeV=V
E
VeF=F ~p v ~q
p^q
FeV=F p → ~q
Conjunção
FeF=F

V ou V = V
Ou
V ou F = V
pvq ~p ^ ~q ~p →q
F ou V = V
Disjunção
F ou F = F

ou... ou ou V ou V = F
p ↔ ~q
ou V ou F = V
pvq p ↔q
Disjunção ou F ou V = V
~p ↔q
Exclusiva ou F ou F = F

Se V então V = V
Se... então ~q → ~p
Se V então F = F
p →q p ^ ~q
Se F então V = V
Condicional ~p v q
Se F então F = V

V se e somente se
V=V
se e V se e somente se
somente se F=F
p ↔q pvq (p → q) ^ (q → p)
F se e somente se
Bicondicional V=F
F se e somente se
F=V

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MACETE DO VIZINHO
CRIADO PELA PROFESSORA KARINE :)
SE... SE E
E OU OU...OU
ENTÃO SOMENTE SE
(p ^ q) (p v q) (p v q)
(p → q) (p ↔ q)
CÉLULA C CÉLULA D CÉLULA E
CÉLULA A CÉLULA B
= = =
Equivalentes = =
~p v q ~p ↔q p →q^q
vazia ~p →q
~q → ~p p ↔ ~q →p
CÉLULA F
CÉLULA G CÉLULA H CÉLULA I CÉLULA J
=
Negações =
p → ~q
~p E ~q p ^ ~q p ↔q pvq
~p OU~q

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (2016/CESPE/INSS/ANALISTA) Com relação à lógica proposicional, julgue o item

subsequente.

Supondo-se que p seja a proposição simples “João é fumante”, que q seja a propo-

sição simples “João não é saudável” e que p –> q, então o valor lógico da proposi-

ção “João não é fumante, logo ele é saudável” será verdadeiro.

2. (2016/CESPE/INSS/ANALISTA) Para quaisquer proposições p e q, com valores

lógicos quaisquer, a condicional p(qp) será, sempre, uma tautologia.

3. (2016/CESPE/INSS/ANALISTA) Caso a proposição simples “Aposentados são

idosos” tenha valor lógico falso, então o valor lógico da proposição “Aposentados

são idosos, logo eles devem repousar” será falso.

4. (2016/CESPE/DPU/ANALISTA) Um estudante de direito, com o objetivo de siste-

matizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual identificava, por letras, al-

gumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio

de sentenças (proposições). No seu vocabulário particular constava, por exemplo:

P: cometeu o crime A.

Q: cometeu o crime B.

R: será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.

S: poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B,

lembrou que ele era inafiançável. Tendo como referência essa situação hipotética,

julgue os itens que se seguem.

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( ) A proposição “Caso tenha cometido os crimes A e B, não será necessariamente

encarcerado nem poderá pagar fiança” pode ser corretamente simbolizada na for-

ma (P^Q)  ((~R)v(~S)).

( ) A sentença (P  Q) ↔ ((~Q)(~P)) será sempre verdadeira, independentemen-

te das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.

( ) A sentença PS é verdadeira.

( ) A sentença QR é falsa.

( ) Caso as proposições R e S se refiram à mesma pessoa e a um único crime,

então, independentemente das valorações de R e S como verdadeiras ou falsas, a

proposição R^SQ será sempre falsa.

5. (2015/CESPE/MEC/TÉCNICO) Considerando que as proposições lógicas sejam

representadas por letras maiúsculas e utilizando os conectivos lógicos usuais, jul-

gue os itens a seguir a respeito de lógica proposicional.

( ) A sentença “A aprovação em um concurso é consequência de um planejamento

adequado de estudos” pode ser simbolicamente representada pela expressão lógica

P  Q, em que P e Q são proposições adequadamente escolhidas.

( ) A sentença “A vida é curta e a morte é certa” pode ser simbolicamente represen-

tada pela expressão lógica P ^ Q, em que P e Q são proposições adequadamente

escolhidas.

( ) A sentença “Somente por meio da educação, o homem pode crescer, amadurecer

e desenvolver um sentimento de cidadania” pode ser simbolicamente representada

pela expressão lógica P ^ Q ^ R, em que P, Q e R são proposições adequadamente

escolhidas.

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6. (2015/CESPE/MPOG/ANALISTA) Considerando a proposição P: “Se João se es-

forçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”, julgue os itens a seguir.

( ) A proposição “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar”

é logicamente equivalente à proposição P.

( ) A proposição “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se esfor-

çou o bastante” é logicamente equivalente à proposição P.

( ) Se a proposição “João desejava ir à Lua, mas não conseguiu” for verdadeira,

então a proposição P será necessariamente falsa.

( ) A negação da proposição P pode ser corretamente expressa por “João não se

esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava”.

7. (2012/CESPE/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Com a finalidade de

reduzir as despesas mensais com energia elétrica na sua repartição, o gestor man-

dou instalar, nas áreas de circulação, sensores de presença e de claridade natural

que atendem à seguinte especificação:

P: a luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade na-

tural suficiente no recinto.

Acerca dessa situação, julgue os itens seguintes.

( ) A especificação P pode ser corretamente representada por p ↔ (q Λ r), em que

p, q e r correspondem a proposições adequadas e os símbolos ↔ e Λ representam,

respectivamente, a bicondicional e a conjunção

( ) Em recinto onde tiver sido instalado um dispositivo que atenda à especificação

P, a luz permanecerá acesa enquanto não houver claridade natural suficiente.

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8. (2008/CESPE/BANCO DO BRASIL/ESCRITURÁRIO) Proposições são sentenças

que podem ser julgadas como verdadeiras – V – ou falsas – F –, mas não como

ambas, simultaneamente. As proposições são freqüentemente representadas por

letras maiúsculas e, a partir de proposições simples, novas proposições podem ser

construídas utilizando-se símbolos especiais. Uma expressão da forma AB, que é

lida como “se A, então B”, é F se A for V e se B for F e, nos demais casos, será sem-

pre V. Uma expressão da forma A^B, que é lida como “A e B”, é V se A e B forem V

e, nos demais casos, será sempre F. Uma expressão da forma AvB, que é lida como

“A ou B”, é F se A e B forem F e, nos demais casos, será sempre V.

Uma expressão da forma ¬A, a negação de A, é V se A for F e é F se A for V.

Julgue os itens que seguem, a respeito de lógica sentencial e de primeira ordem,

tendo como referência as definições apresentadas no texto.

( ) Se a proposição “Algum banco lucra mais no Brasil que nos EUA” tiver valor ló-

gico V, a proposição “Se todos os bancos lucram mais nos EUA que no Brasil, então

os correntistastêm melhores serviços lá do que aqui” será F.

( ) Atribuindo-se todos os possíveis valores lógicos V ou F àsproposições A e B, a

proposição [(¬A)B]^A terá três valores lógicos F.

( ) Considerando-se como V a proposição “Sem linguagem, não há acesso à reali-

dade”, conclui-se que a proposição “Se não há linguagem, então não há acesso à

realidade” é também V.

( ) Se o valor lógico da proposição “Se as operações de crédito no país aumentam,

então os bancos ganham muito dinheiro”é V, então é correto concluir que o valor

lógico da proposição “Se os bancos não ganham muito dinheiro, então as operações

de crédito no país não aumentam” é também V.

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9. (2010/CESPE/DETRAN-ES/NÍVEL SUPERIOR) A noção de equivalência de pro-

posições refere-se à possibilidade de expressar de diferentes formas uma mesma

afirmação. Do ponto de vista formal, diz-se que duas proposições são logicamente

equivalentes quando possuem tabelas de valorações idênticas. A respeito desse

assunto, julgue os itens que se seguem.

( ) A negação da proposição “Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode

causar um acidente de trânsito” é, do ponto de vista lógico, equivalente à afirmação

“Dirija após ingerir bebidas alcoólicas e você não causará um acidente de trânsito”.

( ) A afirmação “Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar um

acidente de trânsito” é, do ponto de vista lógico, equivalente à proposição “Se você di-

rige após ingerir bebidas alcoólicas, então você pode causar um acidente de trânsito”.

Mais uma vez, a questão explicou o assunto, de Equivalentes Lógicos. Veja que ela

falou exatamente o que dissemos: Do ponto de vista formal, diz-se que duas proposi-

ções são logicamente equivalentes quando possuem tabelas de valorações idênticas.

10. (2011/CESPE/SEGER-ES/NÍVEL SUPERIOR) Começo do mês é tempo de rece-

ber salário, porém a alegria dura pouco: as contas chegam, o dinheiro sai e, em

muitos casos, a conta fica no vermelho muito rapidamente. Dados do Banco Central

mostram que, mesmo com o pagamento do salário, o início do mês é o período

em que os brasileiros mais usam o limite da conta-corrente e o crédito rotativo do

cartão de crédito. A situação é considerada preocupante por economistas porque

indica que muitos consumidores contam com o limite da conta e com o pagamen-

to mínimo do cartão para fechar o mês e, assim, pendurados no crédito, esperam

até o próximo salário. “O comportamento é preocupante porque revela um estilo

de vida em que as pessoas precisam se endividar para sempre. São consumidores

que têm confiança de que receberão o salário no próximo mês e, por isso, tomam

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esses empréstimos sistematicamente logo após receber o salário”, diz o professor

de finanças do INSPER, Ricardo José de Almeida. “Muitos clientes encararam com

normalidade usar o cheque especial e pagar o mínimo do cartão todo mês. Isso não

é adequado porque, se houver qualquer imprevisto ou o cliente for demitido, vira

uma bola de neve”, diz o superintendente da Associação Comercial de São Paulo,

Marcel Solimeo.

“Mesmo que não haja os imprevistos e o consumidor continue empregado, essa

operação tem um custo”, lembra Solimeo. O cheque especial é a segunda linha de

crédito mais cara oferecida pelos bancos: juros médios de 163,6% ao ano. O car-

tão de crédito é ainda pior: 238,3% anuais, simplesmente a mais cara operação de

empréstimo do sistema financeiro. “O problema mora aí. Como usam todo mês e

essas operações têm os maiores juros do país, a conta vai se acumulando e pode

ficar inviável continuar tocando a vida com o cheque especial e o cartão”, alerta

o professor do INSPER. Fernando Nakagawa. Endividado tenta se equilibrar entre

especial e rotativo. Internet: <www.estadao.com.br> (com adaptações).

Com base no texto acima e nos múltiplos aspectos por ele suscitados, julgue os

itens que se seguem.

( ) Caso seja verdadeira a proposição “muitos consumidores contam com o limite

da conta para fechar o mês”, o valor lógico da proposição “muitos consumidores

contam com o limite da conta e com o pagamento mínimo do cartão para fechar o

mês” será verdadeiro, independentemente do valor lógico da proposição “muitos

consumidores contam com o pagamento mínimo do cartão para fechar o mês”.

( ) A negação da proposição “se houver qualquer imprevisto ou o cliente for demiti-

do, vira uma bola de neve” é logicamente equivalente à proposição “se não houver

qualquer imprevisto e o cliente não for demitido, não vira uma bola de neve”.

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( ) A proposição “Como usam todo mês e essas operações têm os maiores juros

do país, a conta vai-se acumulando e pode ficar inviável continuar tocando a vida

com o cheque especial e o cartão” é logicamente equivalente a “Se usam todo mês

e essas operações têm os maiores juros do país, então a conta vai-se acumulando

e pode ficar inviável continuar tocando a vida com o cheque especial e o cartão”.

( ) Considerando-se que a proposição “Começo do mês é tempo de receber salá-

rio” seja indicada por P e a proposição “a alegria dura pouco” seja indicada por Q,

e que o símbolo ^ represente o conectivo “e”, é correto afirmar que a proposição

“Começo do mês é tempo de receber salário, porém a alegria dura pouco” pode ser

corretamente representada por P ^ Q.

11. (2011/CESPE/SEDUC/NÍVEL SUPERIOR) Em uma instituição de ensino, o cri-

tério para aprovação dos estudantes determina que a nota final deva ser igual ou

superior a 6 e que a quantidade de faltas não exceda a 25% da quantidade de dias

de aulas.

Tendo como base as informações acima e as proposições P: “A nota final do es-

tudante foi igual ou superior a 6.”; Q: “A quantidade de faltas do estudante não

excedeu a 25% da quantidade de dias de aulas.”; e R: “O estudante foi aprovado.”,

julgue os itens a seguir, a respeito de lógica sentencial.

( ) Se PR representa a proposição “Se P, então R”, então a proposição PR é equi-

valente à proposição: “Se a nota final do estudante foi igual ou superior a 6, então

o estudante foi aprovado”.

( ) Se PvQ representa a proposição “P ou Q”, então o critério de aprovação da ins-

tituição de ensino está corretamente expresso pela proposição [PvQ]R.

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( ) Se P^Q representa a proposição “P e Q”, se as proposições P e [P^Q]R forem

verdadeiras e se a proposição R for falsa, então a proposição Q também será falsa.

( ) A proposição ¬P – negação de proposição P – está corretamente expressa por

“A nota final do estudante foi igual ou inferior a 6”.

12. (2011/CESPE/PREVIC/NÍVEL SUPERIOR) Considere que P, Q e R sejam propo-

sições simples que possam ser julgadas como verdadeiras (V) ou falsas (F). Com

relação às operações lógicas de negação (~), conjunção (^), disjunção (v) e impli-

cação (), julgue os itens subsecutivos.

( ) A proposição (P v Q)  (Q ^ P) é uma tautologia.

( ) O número de linhas da tabela-verdade da proposição (P ^ Q  R) é inferior a 6.

( ) Se a proposição P for falsa, então a proposição P  (Q v R) será uma proposição

verdadeira.

13. (2010/CESPE/SERPRO/NÍVEL SUPERIOR) Para os itens seguintes, serão consi-

deradas como proposições apenas as sentenças declarativas, que mais facilmente

são julgadas como verdadeiras – V – ou falsas – F –, deixando de lado as sentenças

interrogativas, exclamativas, imperativas e outras. As proposições serão repre-

sentadas por letras maiúsculas do alfabeto: A, B, C etc. Para a formação de novas

proposições, denominadas proposições compostas, a partir de outras, usam-se os

conectivos “e”, “ou”, “se ..., então” e “se e somente se” e o modificador “não”, ou

“não é verdade que”, simbolizados, respectivamente, por ^, v, , ↔ e ¬. Dessa

forma, A^B é lido como “A e B”; AvB é lido como “A ou B”; AB é lido como “se A,

então B”; A↔B é lido como “A, se e somente se B”, significando, nesse caso, que

AB e BA; ¬A é lido como “não A”. Uma proposição é simples quando, em sua

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formulação, não se emprega nenhum dos conectivos. A cada proposição supõe-se

associado um julgamento ou um valor lógico, V ou F, que se excluem. Para associar

esses valores V ou F às proposições compostas, usam-se, como critério, as tabe-

las-verdade, como a seguir.

As proposições em que a tabela-verdade contém apenas V são denominadas tauto-

logias, ou logicamente verdadeiras. Se a tabela-verdade contiver apenas F, a pro-

posição será logicamente falsa. Duas proposições A e B são equivalentes se suas

tabelas-verdade forem iguais. Sentenças como “x + 3 = 5”, “Ele é um político”, “x

é jogador de futebol” são denominadas sentenças abertas; essas sentenças, como

estão, não poderão ser julgadas como V ou F, pois os sujeitos, no caso, são variá-

veis. Essas expressões tornam-se proposições depois de substituída a variável por

elemento determinado, permitindo o julgamento V ou F. Uma afirmação formada

por um número finito de proposições A1, A2, ..., An, que tem como consequência

outra proposição, B, é denominada argumento. As proposições A1, A2, ..., An são

as premissas e B é a conclusão. Se, em um argumento, a conclusão for verdadeira

sempre que todas as premissas forem verdadeiras, então o argumento será deno-

minado argumento válido.

Tendo como referência as informações do texto, julgue os itens:

( ) As proposições “Não precisa mais capturar sem digitar o código de barras” e

“Não precisa mais capturar ou digitar o código de barras” são equivalentes.

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( ) Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das proposições

simples que formam a proposição “Se Pedro for aprovado no concurso, então ele

comprará uma bicicleta”, é correto afirmar que há apenas uma possibilidade de a

proposição ser verdadeira.

( ) Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das proposições sim-

ples que formam a proposição “O SERPRO processará as folhas de pagamento se e

somente se seus servidores estiverem treinados para isso”, é correto afirmar que

há apenas uma possibilidade de essa preposição ser julgada como V.

14. (2011/CESPE/MEC/NÍVEL SUPERIOR) Há instituições participantes do Sistema

de Seleção Unificada (SISU) que disponibilizam parte de suas vagas para atender

o público de acordo com as políticas afirmativas (cotas para afrodescendentes, in-

dígenas, egressos de escola pública etc.). Assim, para determinados cursos, pode

haver duas modalidades de concorrência: ampla concorrência e ações afirmativas.

O candidato deverá, no momento da inscrição, optar por uma dessas modalidades,

de acordo com seu perfil. Dessa forma, o candidato que optar por concorrer por

determinada ação afirmativa estará concorrendo apenas com os candidatos que

tenham feito essa mesma opção, e o sistema selecionará, entre eles, os que pos-

suírem as melhores notas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Internet: <http://.sisu.mec.gov.br> (com adaptações).

Com base nas informações do texto acima e considerando que Pedro, Antônio e

José tenham concorrido ao curso de matemática de uma instituição participante do

SISU, que as suas respectivas pontuações obtidas no ENEM tenham sido 415, 608

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e 375 pontos e que os candidatos selecionados para o referido curso pelo SISU na

ampla concorrência tenham obtido pontuação mínima de 480 pontos no ENEM, jul-

gue os itens subsequentes.

( ) A negação da proposição “O candidato atende os requisitos exigidos para con-

correr a uma vaga destinada a política afirmativa e possui os documentos exigidos

pela instituição em caso de aprovação” é “O candidato não atende os requisitos

exigidos para concorrer a uma vaga destinada a política afirmativa ou não possui

os documentos exigidos pela instituição em caso de aprovação”.

( ) Antônio seria selecionado caso se inscrevesse na modalidade ação afirmativa.

15. (2011/CESPE/MEC/NÍVEL SUPERIOR) Considerando as proposições simples P,

Q e R, julgue os próximos itens, acerca de tabelas-verdade e lógica proposicional.

( ) A tabela-verdade da proposição (¬PvQ)(R^Q)v(¬R^P) tem 8 linhas.

( ) Se apenas umas das proposições P, Q ou R for verdadeira, então a proposição

(Pv¬Q)(P^R) será falsa.

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GABARITO

1. E

2. C

3. E

4. E, C, E, E, E

5. E, C, E

6. C, C, E, E

7. C, E

8. E, E, C, C

9. C, C

10. E, E, C, C,

11. C, E, C, E

12. E, E, C

13. C, E, E

14. E, C, E

15. C, E.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (2016/CESPE/INSS/ANALISTA) Com relação a lógica proposicional, julgue o item

subsequente.

Supondo-se que p seja a proposição simples “João é fumante”, que q seja a propo-

sição simples “João não é saudável” e que p –> q, então o valor lógico da proposi-

ção “João não é fumante, logo ele é saudável” será verdadeiro.

Errado.

João é fumante = p

João não é saudável = q

A questão diz que p  q, ou seja, isso é verdadeiro, certo?!

Se p  q é verdadeiro, o único equivalente com condicional possível seria ~q  ~p.

Na sequência, ela cita a proposição:

João não é fumante, logo ele é saudável.

Usando as letras, essa proposição é: ~p  ~q

Ora, como ~p  ~q não é o mesmo que ~q  ~p, não podemos afirmar que ~p

 ~q é verdadeiro.

2. (2016/CESPE/INSS/ANALISTA) Para quaisquer proposições p e q, com valores

lógicos quaisquer, a condicional p(qp) será, sempre, uma tautologia.

Certo.

Para saber se é uma tautologia devemos testar valores V e F para p e q:

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p q qp p(qp)
V V

V F

F V

F F

p q qp p(qp)
V V V

V F V

F V F

F F V

p q qp p(qp)
V V V V
V F V V
F V F V
F F V V

Portanto, para todos os valores de p e q, temos sempre um resultado V, portanto,

temos uma tautologia.

3. (2016/CESPE/INSS/ANALISTA) Caso a proposição simples “Aposentados são

idosos” tenha valor lógico falso, então o valor lógico da proposição “Aposentados

são idosos, logo eles devem repousar” será falso.

Errado.

A proposição composta é: “Aposentados são idosos, logo eles devem repousar”.

O “logo” indica condição, portanto, a frase acima ficaria:

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“Se aposentados são idosos, então eles devem repousar”.

Se “Aposentados são idosos” for falso sempre, podemos ter:

Se F então V = V

Se F então F = V

Assim, o valor lógico da proposição composta será sempre verdadeiro.

4. (2016/CESPE/DPU/ANALISTA) Um estudante de direito, com o objetivo de siste-

matizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual identificava, por letras, al-

gumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio

de sentenças (proposições). No seu vocabulário particular constava, por exemplo:

P: cometeu o crime A.

Q: cometeu o crime B.

R: será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.

S: poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B,

lembrou que ele era inafiançável. Tendo como referência essa situação hipotética,

julgue os itens que se seguem.

( ) A proposição “Caso tenha cometido os crimes A e B, não será necessariamente

encarcerado nem poderá pagar fiança” pode ser corretamente simbolizada na for-

ma (P^Q)  ((~R)v(~S)).

( ) A sentença (P  Q) ↔ ((~Q)(~P)) será sempre verdadeira, independentemen-

te das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.

( ) A sentença PS é verdadeira.

( ) A sentença QR é falsa.

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( ) Caso as proposições R e S se refiram à mesma pessoa e a um único crime,

então, independentemente das valorações de R e S como verdadeiras ou falsas, a

proposição R^SQ será sempre falsa.

Análise das alternativas:

( ) A proposição “Caso tenha cometido os crimes A e B, não será necessa-

riamente encarcerado nem poderá pagar fiança” pode ser corretamente

simbolizada na forma (P^Q)  ((~R)v(~S)).

Uau... Vamos por partes:

Caso = o caso indica condição, então podemos substituir pelo ‘Se...Então’.

tenha cometido os crimes A e B = cometeu o crime A E cometeu o crime B = P

^Q

Caso tenha cometido os crimes A e B = (P ^ Q) 

não será necessariamente encarcerado = ~R

nem poderá pagar fiança = E NÃO S = ~S

Portanto, a proposição fica: (P^Q)  ((~R)^(~S)).

O CESPE disse que era ((~R)v(~S)), com o OU no meio.

Errado.

( ) A sentença (PQ) ↔ ((~Q)(~P)) será sempre verdadeira, indepen-

dentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.

~Q~P é equivalente a PQ.

Portanto, teremos:

V↔V=V

ou

F↔F=V

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Certo.

( ) A sentença P  S é verdadeira.

P: cometeu o crime A.

S: poderá optar pelo pagamento de fiança.

“Se cometeu o crime A, poderá optar pelo pagamento de fiança”.

O enunciado diz que o crime B e inafiançável, mas nada fala sobre o crime A.

Portanto, não podemos afirmar que ‘Se V, então V’. Pode ser que ‘Se V, então F’

(ele cometa o crime A e não possa optar pelo pagamento de fiança). Nesse caso, a

sentença ficaria falsa, pois ‘Se V então F’ é sempre falso.

Errado.

( ) A sentença Q  R é falsa.

Q: cometeu o crime B.

R: será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.

“Se cometeu o crime B, será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no

regime fechado”.

O enunciado diz que o crime B e inafiançável.

Você poderia pensar: “Ah, então a proposição é realmente falsa”.

Mas, pense beçm, como o enunciado nada diz, não podemos assumir que é falsa.

Errado.

( ) Caso as proposições R e S se refiram à mesma pessoa e a um único cri-

me, então, independentemente das valorações de R e S como verdadeiras

ou falsas, a proposição R^SQ será sempre falsa.

R^SQ

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“Se será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado, e

poderá optar pelo pagamento de fiança, então cometeu o crime B.”

O enunciado diz que o crime B é inafiançável, ou seja, S é falsa quando Q é ver-

dadeira.

Assim, teremos F  V = V, ou seja, a proposição não será sempre falsa.

Errado.

5. (2015/CESPE/MEC/TÉCNICO) Considerando que as proposições lógicas sejam

representadas por letras maiúsculas e utilizando os conectivos lógicos usuais, jul-

gue os itens a seguir a respeito de lógica proposicional.

( ) A sentença “A aprovação em um concurso é consequência de um planejamento

adequado de estudos” pode ser simbolicamente representada pela expressão lógica

P  Q, em que P e Q são proposições adequadamente escolhidas.

( ) A sentença “A vida é curta e a morte é certa” pode ser simbolicamente represen-

tada pela expressão lógica P ^ Q, em que P e Q são proposições adequadamente

escolhidas.

( ) A sentença “Somente por meio da educação, o homem pode crescer, amadurecer

e desenvolver um sentimento de cidadania” pode ser simbolicamente representada

pela expressão lógica P ^ Q ^ R, em que P, Q e R são proposições adequadamente

escolhidas.

Análise das alternativas:

( ) A sentença “A aprovação em um concurso é consequência de um pla-

nejamento adequado de estudos” pode ser simbolicamente representada

pela expressão lógica P  Q, em que P e Q são proposições adequada-

mente escolhidas.

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Ocorre proposição quando ocorre VERBO.

Quantos verbos existem na frase? um (é).

Portanto, existe apenas uma proposição.

Errado.

( ) A sentença “A vida é curta e a morte é certa” pode ser simbolicamente

representada pela expressão lógica P ^ Q, em que P e Q são proposições

adequadamente escolhidas.

Agora está certinho: duas orações com o conectivo E. Portanto, duas proposições

simples formando uma proposição composta.

Certo.

( ) A sentença “Somente por meio da educação, o homem pode crescer,

amadurecer e desenvolver um sentimento de cidadania” pode ser simbo-

licamente representada pela expressão lógica P ^ Q ^ R, em que P, Q e R

são proposições adequadamente escolhidas.

Guarde isso: para o CESPE, enumeração de verbos indica apenas uma proposição,

e não três diferentes.

Explico: “crescer, amadurecer e desenvolver” poderia significar três proposições

(crescer E amadurecer E desenvolver).

Mas o CESPE não considera assim. Para ele, há apenas “uma ideia sendo proposta”

(= proposição), e não três ideias diferentes.

Errado (cof cof cof).

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6. (2015/CESPE/MPOG/ANALISTA) Considerando a proposição P: “Se João se es-

forçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”, julgue os itens a seguir.

( ) A proposição “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar”

é logicamente equivalente à proposição P.

( ) A proposição “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se esfor-

çou o bastante” é logicamente equivalente à proposição P.

( ) Se a proposição “João desejava ir à Lua, mas não conseguiu” for verdadeira,

então a proposição P será necessariamente falsa.

( ) A negação da proposição P pode ser corretamente expressa por “João não se

esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava”.

Análise das alternativas:

( ) A proposição “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que

desejar” é logicamente equivalente à proposição P.

Proposição P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”

pq

“João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar”

~p v q

Pelo macete do vizinho, esse é um equivalente.

Certo.

( ) A proposição “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se

esforçou o bastante” é logicamente equivalente à proposição P.

~q  ~p

Pelo macete do vizinho, esse é um equivalente.

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Certo.

( ) Se a proposição “João desejava ir à Lua, mas não conseguiu” for verda-

deira, então a proposição P será necessariamente falsa.

Proposição P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”

pq

O enunciado diz que “João desejava ir à Lua, mas não conseguiu”.

O “mas” está no lugar do conectivo E: “João desejava ir à Lua E não conseguiu”.

Se João não conseguiu, então ele “não conseguiu o que desejou”. A segunda parte

da proposição P é falsa.

Isso significa que a proposição P é falsa? Não, pois podemos ter ‘se F então F’, ou

seja, João não ter se esforçado o bastante (primeira parte da proposição P sendo

falsa também).

Errado.

( ) A negação da proposição P pode ser corretamente expressa por “João

não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que desejava”.

Proposição P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”

pq

Negação (macete do vizinho):

p ^ ~q

João se esforçou o bastante E não conseguiu o que desejou.

Portanto, é o contrário da proposição proposta pelo enunciado.

Errado.

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7. (2012/CESPE/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Com a finalidade de

reduzir as despesas mensais com energia elétrica na sua repartição, o gestor man-

dou instalar, nas áreas de circulação, sensores de presença e de claridade natural

que atendem à seguinte especificação:

P: a luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade na-

tural suficiente no recinto.

Acerca dessa situação, julgue os itens seguintes.

( ) A especificação P pode ser corretamente representada por p ↔ (q Λ r), em que

p, q e r correspondem a proposições adequadas e os símbolos ↔ e Λ representam,

respectivamente, a bicondicional e a conjunção

( ) Em recinto onde tiver sido instalado um dispositivo que atenda à especificação

P, a luz permanecerá acesa enquanto não houver claridade natural suficiente.

Análise das alternativas.

( ) A especificação P pode ser corretamente representada por p ↔ (q Λ r),

em que p, q e r correspondem a proposições adequadas e os símbolos ↔ e

Λ representam, respectivamente, a bicondicional e a conjunção

A proposição é:

P: a luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há clari-

dade natural suficiente no recinto.

Então, podemos dizer que:

p = a luz permanece acesa

q = há movimento

r = não há claridade natural suficiente no recinto

A proposição, usando essas letras, pode ser expressa assim:

p Se e Somente Se (q E r)

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Pronto, primeira parte feita! Agora vamos substituir os conectivos.

A proposição usa o “Se e somente se” (bicondicional), que representamos por ↔ e

o E (conjunção), que representamos por ^.

Então, a proposição, escrita com todos os símbolos, fica:

p ↔ (q ^ r)

Certo.

( ) Em recinto onde tiver sido instalado um dispositivo que atenda à espe-

cificação P, a luz permanecerá acesa enquanto não houver claridade natu-

ral suficiente.

A bicondicional indica que a primeira parte só é verdadeira se a segunda for. No

caso de a segunda ser falsa, a primeira parte também será falsa.

Essa questão diz que a luz permanece acesa enquanto não houver claridade natural

suficiente. Vamos colocar isso na proposição:

P: a luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há

claridade natural suficiente no recinto.

Perceba que a segunda parte da proposição é uma conjunção com o E. Ou seja,

para ser verdadeira, tanto a proposição “há movimento” quanto a “não há claridade

natural suficiente no recinto” precisam ser verdadeiras.

O enunciado diz que, enquanto não houver claridade, a luz permanecerá acesa.

Mas é preciso que haja movimento também! Ou seja, é preciso que “há movimen-

to” seja V, e não apenas que não haja claridade suficiente. Portanto, precisaríamos

disso:

VV

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P: a luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há

claridade natural suficiente no recinto.

Só que o que temos é isso, porque a questão não disse se há movimento ou não:

V ?????

P: a luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há

claridade natural suficiente no recinto.

Portanto, não podemos dizer que a luz vai permanecer acesa, pois não sabemos se

há movimento ou não.

Errado.

8. (2008/CESPE/BANCO DO BRASIL/ESCRITURÁRIO) Proposições são sentenças

que podem ser julgadas como verdadeiras – V – ou falsas – F –, mas não como

ambas, simultaneamente. As proposições são freqüentemente representadas por

letras maiúsculas e, a partir de proposições simples, novas proposições podem ser

construídas utilizando-se símbolos especiais. Uma expressão da forma AB, que é

lida como “se A, então B”, é F se A for V e se B for F e, nos demais casos, será sem-

pre V. Uma expressão da forma A^B, que é lida como “A e B”, é V se A e B forem V

e, nos demais casos, será sempre F. Uma expressão da forma AvB, que é lida como

“A ou B”, é F se A e B forem F e, nos demais casos, será sempre V.

Uma expressão da forma ¬A, a negação de A, é V se A for F e é F se A for V.

Julgue os itens que seguem, a respeito de lógica sentencial e de primeira ordem,

tendo como referência as definições apresentadas no texto.

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( ) Se a proposição “Algum banco lucra mais no Brasil que nos EUA” tiver valor ló-

gico V, a proposição “Se todos os bancos lucram mais nos EUA que no Brasil, então

os correntistastêm melhores serviços lá do que aqui” será F.

( ) Atribuindo-se todos os possíveis valores lógicos V ou F àsproposições A e B, a

proposição [(¬A)B]^A terá três valores lógicos F.

( ) Considerando-se como V a proposição “Sem linguagem, não há acesso à reali-

dade”, conclui-se que a proposição “Se não há linguagem, então não há acesso à

realidade” é também V.

( ) Se o valor lógico da proposição “Se as operações de crédito no país aumentam,

então os bancos ganham muito dinheiro”é V, então é correto concluir que o valor

lógico da proposição “Se os bancos não ganham muito dinheiro, então as operações

de crédito no país não aumentam” é também V.

As questões do CESPE, muitas vezes, explicam a matéria no enunciado. E explicam

bem.

Vamos analisar o que este enunciado diz.

Proposições são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras – V

– ou falsas – F –, mas não como ambas, simultaneamente.

Já sabemos disso, como vimos em nossa primeira aula.

As proposições são frequentemente representadas por letras maiúsculas

e, a partir de proposições simples, novas proposições podem ser construí-

das utilizando-se símbolos especiais.

Vimos os símbolos na aula.

Sugiro que, ao resolver uma questão, você substitua as frases pelos símbolos, para

não ter que ficar escrevendo o tempo todo (além de ajudar a memorizar os símbo-

los para a prova).

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Veja que o enunciado fala o que a tabela acima diz:

Uma expressão da forma AB, que é lida como “se A, então B”, é F se A for

V e se B for F e, nos demais casos, será sempre V.

É o caso proibido, com a Condicional (proposição Se...então).

Uma expressão da forma A^B, que é lida como “A e B”, é V se A e B forem

V e, nos demais casos, será sempre F.

Conjunção, como vimos.

Uma expressão da forma AvB, que é lida como “A ou B”, é F se A e B forem

F e, nos demais casos, será sempre V.

Já vimos este caso. É a proposição OU (vimos na aula 0).

Uma expressão da forma ¬A, a negação de A, é V se A for F e é F se A for V.

A negação de proposições também possui um símbolo para designá-la. Trata-se de

colocar um til (~) na frente da proposição, ou uma cantoneira (¬).

Vamos analisar cada questão:

( ) Se a proposição “Algum banco lucra mais no Brasil que nos EUA” tiver

valor lógico V, a proposição “Se todos os bancos lucram mais nos EUA que

no Brasil, então os correntistas têm melhores serviços lá do que aqui” será F.

A questão fala do ‘Algum’. Veremos o ‘Algum’, o ‘Todo’ e o ‘Nenhum’, com detalhes,

mais à frente. Por enquanto, podemos analisar a proposição utilizando a lógica e o

bom português mesmo.

Se algum banco lucra mais no Brasil que nos EUA, é porque existe pelo menos

um banco que lucra mais no Brasil que nos EUA.

Então, quando a segunda proposição diz: Todos os bancos lucram mais nos

EUA que no Brasil, isso é falso, pois há pelo menos um banco que lucra mais no

Brasil do que nos EUA.

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O enunciado afirma que é falsa a proposição ‘Se todos os bancos lucram mais

nos EUA que no Brasil, então os correntistas têm melhores serviços lá do

que aqui’.

Neste caso, como a primeira proposição é falsa, a sentença é, com certeza, verda-

deira, afinal, o único caso em que ela é falsa é Se V, então F.

Portanto, a assertiva está errada.

Errado.

( ) Atribuindo-se todos os possíveis valores lógicos V ou F às proposições

A e B, a proposição [(¬A)B]^A terá três valores lógicos F.

Essa alternativa trata sobre as tabelas-verdade.

Tabela-verdade, como vimos, é um nome difícil para aqueles esquemas que vimos

em cada Estrutura, do tipo:

ESTRUTURA SE... ENTÃO


Se V então V = V
Se V então F = F
Se F então V = V
Se F então F = V

Vamos fazer a tabela-verdade pedida na questão. Assim como na Álgebra (lembra

do colégio?), primeiro “resolvemos” o que está dentro dos parênteses, depois pas-

samos aos colchetes.

Dentro dos parênteses, temos ¬A, ou seja, ~A, a negação da proposição A. Então,

toda vez que A for verdadeiro, ~A será falso. Temos:

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A ¬A
V F
V F
F V
F V

Prosseguindo, dentro do colchete temos a proposição (¬A)B. O símbolo  indica

Condicional, ou seja, a proposição Se... Então. Assim, temos uma condicional da

forma Se ¬A, então B. Vamos ver todos os casos possíveis (as colunas analisadas

estão em cinza):

(¬A)B
A ¬A B
Se ¬A, então B
V F V V
V F F V
F V V V
F V F F

Continuando, chegamos à proposição completa, [(¬A)B]^A. Ou seja, o resul-

tado que vimos acima (¬A)B é a primeira proposição de uma conjunção, com o

conectivo E (cujo símbolo é ^).

Como vimos, na conjunção, a proposição só é verdadeira se ambas as proposições

forem verdadeiras. Então, a proposição só será verdadeira quando (¬A)B for

verdadeiro e quando A for verdadeiro. Vamos fazer a análise através da tabela (es-

tamos analisando a primeira coluna, do A, com a coluna do (¬A)B:

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A ¬A B (¬A)B [(¬A)B]^A
Se ¬A, então [(¬A)B] E A
B
V F V V V
V F F V V
F V V V F
F V F F F

O enunciado afirma que a proposição [(¬A)B]^A terá três valores lógicos F.

Valor lógico é o valor da proposição, ou seja, se ela é verdadeira ou falsa.

A questão está errada. Repare que são apenas dois valores lógicos falsos:

[(¬A)B]^A

[(¬A)B] E A
V
V
F
F

Errado.

( ) Considerando-se como V a proposição “Sem linguagem, não há acesso

à realidade”, conclui-se que a proposição “Se não há linguagem, então não

há acesso à realidade” é também V.

Perceba que as duas proposições são iguais.

Sem linguagem, não há acesso à realidade.

Sem linguagem = Se não há linguagem,

temos:

Se não há linguagem, não há acesso à realidade.

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Na frase acima, foi apenas suprimido o “então”. Mas ele não faz diferença nenhuma

no entendimento da frase. “Se não há linguagem, não há acesso à realidade” e “Se

não há linguagem, então não há acesso à realidade” são frases iguais.

Certo.

( ) Se o valor lógico da proposição “Se as operações de crédito no país au-

mentam, então os bancos ganham muito dinheiro” é V, então é correto con-

cluir que o valor lógico da proposição “Se os bancos não ganham muito di-

nheiro, então as operações de crédito no país não aumentam” é também V.

“Se as operações de crédito no país aumentam, então os bancos ganham muito

dinheiro”

pq

O enunciado propõe a proposição ~q ~p, que é um dos equivalentes de p  q (o

outro equivalente é p ^ ~q, se você não lembrar, faça o macete do vizinho).

Certo.

9. (2010/CESPE/DETRAN-ES/NÍVEL SUPERIOR) A noção de equivalência de pro-

posições refere-se à possibilidade de expressar de diferentes formas uma mesma

afirmação. Do ponto de vista formal, diz-se que duas proposições são logicamente

equivalentes quando possuem tabelas de valorações idênticas. A respeito desse

assunto, julgue os itens que se seguem.

( ) A negação da proposição “Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode

causar um acidente de trânsito” é, do ponto de vista lógico, equivalente à afirmação

“Dirija após ingerir bebidas alcoólicas e você não causará um acidente de trânsito”.

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( ) A afirmação “Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar

um acidente de trânsito” é, do ponto de vista lógico, equivalente à proposição “Se

você dirige após ingerir bebidas alcoólicas, então você pode causar um acidente

de trânsito”.

Mais uma vez, a questão explicou o assunto, de Equivalentes Lógicos. Veja que ela

falou exatamente o que dissemos: Do ponto de vista formal, diz-se que duas proposi-

ções são logicamente equivalentes quando possuem tabelas de valorações idênticas.

Vamos analisar cada questão:

( ) A negação da proposição “Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas

ou você pode causar um acidente de trânsito” é, do ponto de vista lógico,

equivalente à afirmação “Dirija após ingerir bebidas alcoólicas e você não

causará um acidente de trânsito”.

Negar uma proposição é simples, como já vimos. A negação da proposição A é ~A.

No entanto, é possível negar não só proposições simples, mas também proposições

compostas.

Ao contrário do equivalente lógico, caso em que duas proposições possuem a

mesma tabela-verdade, na negação 2, proposições possuirão tabelas-verdade

opostas.

Vamos analisar a questão. Ela diz que a negação da proposição “Não dirija após

ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar um acidente de trânsito” é, do pon-

to de vista lógico, equivalente à afirmação “Dirija após ingerir bebidas alcoólicas e

você não causará um acidente de trânsito”.

Primeiramente, vamos encontrar a negação da proposição “Não dirija após inge-

rir bebidas alcoólicas ou você pode causar um acidente de trânsito”.

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Temos:

Dirija após ingerir bebidas alcoólicas = A

Você pode causar um acidente de trânsito = B

Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar um acidente

de trânsito = ~A OU B = ~A v B

Ou seja, precisamos da negação de uma disjunção. Pela tabela acima, temos que a

negação de uma disjunção da seguinte forma:

• Negando o primeiro termo;

• Negando o segundo termo;

• Trocando o v por ^.

Assim, a negação de ~A v B é A ^ ~B. Ou seja, a negação da proposição “Não

dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar um acidente de

trânsito” é “Dirija após ingerir bebidas alcoólicas E você não causará um acidente

de trânsito”.

Veja que esta frase é exatamente a que o enunciado afirma como equivalente.

Certo.

( ) A afirmação “Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode

causar um acidente de trânsito” é, do ponto de vista lógico, equivalente

à proposição “Se você dirige após ingerir bebidas alcoólicas, então você

pode causar um acidente de trânsito”.

Novamente, temos:

Dirija após ingerir bebidas alcoólicas = A

Você pode causar um acidente de trânsito = B

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“Não dirija após ingerir bebidas alcoólicas ou você pode causar um aciden-

te de trânsito” = ~A OU B = ~A v B.

A questão afirma que a proposição acima é equivalente de outra.

Pelo macete do vizinho, vimos que o equivalente da condicional é a disjunção com

o primeiro termo negado. Acima, temos uma disjunção com o primeiro termo ne-

gado. Portanto, seu equivalente é, justamente, a condicional A  B.

O equivalente é, dessa forma “Se você dirigir após ingerir bebidas alcoólicas, então

você pode causar um acidente de trânsito”.

Veja que essa é a frase dita no enunciado como equivalente (apenas conjuguei o

verbo dirigir de forma diferente).

Certo.

10. (2011/CESPE/SEGER-ES/NÍVEL SUPERIOR) Começo do mês é tempo de rece-

ber salário, porém a alegria dura pouco: as contas chegam, o dinheiro sai e, em

muitos casos, a conta fica no vermelho muito rapidamente. Dados do Banco Central

mostram que, mesmo com o pagamento do salário, o início do mês é o período

em que os brasileiros mais usam o limite da conta-corrente e o crédito rotativo do

cartão de crédito. A situação é considerada preocupante por economistas porque

indica que muitos consumidores contam com o limite da conta e com o pagamen-

to mínimo do cartão para fechar o mês e, assim, pendurados no crédito, esperam

até o próximo salário. “O comportamento é preocupante porque revela um estilo

de vida em que as pessoas precisam se endividar para sempre. São consumidores

que têm confiança de que receberão o salário no próximo mês e, por isso, tomam

esses empréstimos sistematicamente logo após receber o salário”, diz o professor

de finanças do INSPER, Ricardo José de Almeida. “Muitos clientes encararam com

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normalidade usar o cheque especial e pagar o mínimo do cartão todo mês. Isso não

é adequado porque, se houver qualquer imprevisto ou o cliente for demitido, vira

uma bola de neve”, diz o superintendente da Associação Comercial de São Paulo,

Marcel Solimeo.

“Mesmo que não haja os imprevistos e o consumidor continue empregado, essa

operação tem um custo”, lembra Solimeo. O cheque especial é a segunda linha de

crédito mais cara oferecida pelos bancos: juros médios de 163,6% ao ano. O car-

tão de crédito é ainda pior: 238,3% anuais, simplesmente a mais cara operação de

empréstimo do sistema financeiro. “O problema mora aí. Como usam todo mês e

essas operações têm os maiores juros do país, a conta vai se acumulando e pode

ficar inviável continuar tocando a vida com o cheque especial e o cartão”, alerta

o professor do INSPER. Fernando Nakagawa. Endividado tenta se equilibrar entre

especial e rotativo. Internet: <www.estadao.com.br> (com adaptações).

Com base no texto acima e nos múltiplos aspectos por ele suscitados, julgue os

itens que se seguem.

( ) Caso seja verdadeira a proposição “muitos consumidores contam com o limite

da conta para fechar o mês”, o valor lógico da proposição “muitos consumidores

contam com o limite da conta e com o pagamento mínimo do cartão para fechar o

mês” será verdadeiro, independentemente do valor lógico da proposição “muitos

consumidores contam com o pagamento mínimo do cartão para fechar o mês”.

( ) A negação da proposição “se houver qualquer imprevisto ou o cliente for demiti-

do, vira uma bola de neve” é logicamente equivalente à proposição “se não houver

qualquer imprevisto e o cliente não for demitido, não vira uma bola de neve”.

( ) A proposição “Como usam todo mês e essas operações têm os maiores juros

do país, a conta vai-se acumulando e pode ficar inviável continuar tocando a vida

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com o cheque especial e o cartão” é logicamente equivalente a “Se usam todo mês

e essas operações têm os maiores juros do país, então a conta vai-se acumulando

e pode ficar inviável continuar tocando a vida com o cheque especial e o cartão”.

( ) Considerando-se que a proposição “Começo do mês é tempo de receber salá-

rio” seja indicada por P e a proposição “a alegria dura pouco” seja indicada por Q,

e que o símbolo ^ represente o conectivo “e”, é correto afirmar que a proposição

“Começo do mês é tempo de receber salário, porém a alegria dura pouco” pode ser

corretamente representada por P ^ Q.

Questão com enunciado enorme. O CESPE gosta muito do “embromation”. Não se

assuste.

Vamos analisar os itens:

( ) Caso seja verdadeira a proposição “muitos consumidores contam com

o limite da conta para fechar o mês”, o valor lógico da proposição “muitos

consumidores contam com o limite da conta e com o pagamento mínimo

do cartão para fechar o mês” será verdadeiro, independentemente do va-

lor lógico da proposição “muitos consumidores contam com o pagamento

mínimo do cartão para fechar o mês”.

O enunciado afirma que a proposição “muitos consumidores contam com o li-

mite da conta E com o pagamento mínimo do cartão para fechar o mês” é

verdadeira.

Ou seja, temos:

muitos consumidores contam com o limite da conta = A

muitos consumidores contam com o pagamento mínimo do cartão = B

Assim, tem-se uma proposição A E B. Sabemos que uma proposição A E B só é

verdadeira se tanto A quanto B forem verdadeiros.

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Ocorre que o enunciado diz apenas que A (muitos consumidores contam com o

limite da conta) é verdadeiro, e que a proposição A E B será verdadeira indepen-

dentemente de B ser verdadeiro ou não.

Isso está certo?! Não! A E B só será verdadeira se A for verdadeiro e B também.

Essa é a exigência da conjunção.

Errado.

( ) A negação da proposição “se houver qualquer imprevisto ou o cliente

for demitido, vira uma bola de neve” é logicamente equivalente à proposi-

ção “se não houver qualquer imprevisto e o cliente não for demitido, não

vira uma bola de neve”.

Vamos negar a proposição se houver qualquer imprevisto ou o cliente for de-

mitido, vira uma bola de neve.

Temos:

Qualquer imprevisto = A

Cliente for demitido = B

Vira uma bola de neve = C

A proposição é Se A OU B, então C. Portanto, (A v B)  C.

Temos uma proposição com três proposições simples. Parece complicado, mas va-

mos negar da mesma maneira que já vimos.

Negar a proposição (A v B)  C é negar uma condicional. A negação da condicional

é a conjunção com o segundo termo negado.

Ou seja, a negação da proposição (A v B)  C é (A v B) ^ ~C.

A proposição que o enunciado afirma como equivalente é (~A ^ ~B)  ~C.

Então, errado.

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( ) A proposição “Como usam todo mês e essas operações têm os maiores juros

do país, a conta vai-se acumulando e pode ficar inviável continuar tocando a vida

com o cheque especial e o cartão” é logicamente equivalente a “Se usam todo mês

e essas operações têm os maiores juros do país, então a conta vai-se acumulando

e pode ficar inviável continuar tocando a vida com o cheque especial e o cartão”.

Neste item, temos um apelido de conectivo, o “como”. Quando a questão traz o

“como”, ela quer dizer exatamente o ‘Se... então’.

Assim:

“Como usam todo mês e essas operações têm os maiores juros do país,

a conta vai-se acumulando e pode ficar inviável continuar tocando a vida

com o cheque especial e o cartão”

é igual a:

“Se usam todo mês e essas operações têm os maiores juros do país, então a conta

vai-se acumulando e pode ficar inviável continuar tocando a vida com o cheque

especial e o cartão”.

Essa é exatamente a proposição que o enunciado traz como equivalente.

Certo.

( ) Considerando-se que a proposição “Começo do mês é tempo de receber

salário” seja indicada por P e a proposição “a alegria dura pouco” seja in-

dicada por Q, e que o símbolo ^ represente o conectivo “e”, é correto afir-

mar que a proposição “Começo do mês é tempo de receber salário, porém

a alegria dura pouco” pode ser corretamente representada por P ^ Q.

Proposições adversativas também só estão corretas se ambas as proposições

estão corretas.

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Portanto, podemos, grosso modo, dizer que, em raciocínio lógio, o “mas,

porém, contudo, entretanto...” são apelidos do “E”.

Ou seja, a proposição “Começo do mês é tempo de receber salário, porém a ale-

gria dura pouco” é equivalente a “Começo do mês é tempo de receber salário, e a

alegria dura pouco”.

Certo.

11. (2011/CESPE/SEDUC/NÍVEL SUPERIOR) Em uma instituição de ensino, o cri-

tério para aprovação dos estudantes determina que a nota final deva ser igual ou

superior a 6 e que a quantidade de faltas não exceda a 25% da quantidade de dias

de aulas.

Tendo como base as informações acima e as proposições P: “A nota final do es-

tudante foi igual ou superior a 6.”; Q: “A quantidade de faltas do estudante não

excedeu a 25% da quantidade de dias de aulas.”; e R: “O estudante foi aprovado.”,

julgue os itens a seguir, a respeito de lógica sentencial.

( ) Se PR representa a proposição “Se P, então R”, então a proposição PR é equi-

valente à proposição: “Se a nota final do estudante foi igual ou superior a 6, então

o estudante foi aprovado”.

( ) Se PvQ representa a proposição “P ou Q”, então o critério de aprovação da ins-

tituição de ensino está corretamente expresso pela proposição [PvQ]R.

( ) Se P^Q representa a proposição “P e Q”, se as proposições P e [P^Q]R forem

verdadeiras e se a proposição R for falsa, então a proposição Q também será falsa.

( ) A proposição ¬P – negação de proposição P – está corretamente expressa por

“A nota final do estudante foi igual ou inferior a 6”.

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Passemos à análise das assertivas:

( ) Se PR representa a proposição “Se P, então R”, então a proposição

PR é equivalente à proposição: “Se a nota final do estudante foi igual ou

superior a 6, então o estudante foi aprovado”.

Temos (dados do item):

P: “A nota final do estudante foi igual ou superior a 6.”;

Q: “A quantidade de faltas do estudante não excedeu a 25% da quantidade de dias

de aulas.”; e

R: “O estudante foi aprovado”.

Se P, então R = Se A nota final do estudante foi igual ou superior a 6, então o es-

tudante foi aprovado.

Esta é exatamente a proposição dada pelo item, como equivalente.

Certo.

( ) Se PvQ representa a proposição “P ou Q”, então o critério de aprovação

da instituição de ensino está corretamente expresso pela proposição [Pv-

Q]R.

O enunciado diz que o critério é:

A nota final deve ser igual ou superior a 6 E que a quantidade de faltas não

exceda a 25% da quantidade de dias de aulas.

Então, não temos um caso de OU, e sim de E. O critério não pode ser expresso por

[PvQ]R (que significa Se (P OU Q), então R)), e sim por [P^Q]R (que significa

Se (P E Q), então R)).

Errado.

( ) Se P^Q representa a proposição “P e Q”, se as proposições P e [P^-

Q]R forem verdadeiras e se a proposição R for falsa, então a proposição

Q também será falsa.

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Se a proposição R for falsa, o estudante não passou de ano.

Se a proposição P for verdadeira, o estudante teve nota final igual ou superior a 6.

Ou seja, ele não passou porque Q = falso. Ou seja, “A quantidade de faltas do estu-

dante não excedeu a 25% da quantidade de dias de aulas” = falso. Ele faltou acima

do previsto, e por isso foi reprovado.

Teremos:

[P^Q] = V E F = F

R=V

Se F, então V = proposição composta verdadeira.

Certo.

( ) A proposição ¬P – negação de proposição P – está corretamente ex-

pressa por “A nota final do estudante foi igual ou inferior a 6”.

P = “A nota final do estudante foi igual ou superior a 6.”

Se este item estiver correto, então em casos que a nota seja igual a 6 teremos P =

~P, o que é falso. Se P é verdadeiro, Q deve ser obrigatoriamente falso.

Errado.

12. (2011/CESPE/PREVIC/NÍVEL SUPERIOR) Considere que P, Q e R sejam propo-

sições simples que possam ser julgadas como verdadeiras (V) ou falsas (F). Com

relação às operações lógicas de negação (~), conjunção (^), disjunção (v) e impli-

cação (), julgue os itens subsecutivos.

( ) A proposição (P v Q)  (Q ^ P) é uma tautologia.

( ) O número de linhas da tabela-verdade da proposição (P ^ Q  R) é inferior a 6.

( ) Se a proposição P for falsa, então a proposição P  (Q v R) será uma proposição

verdadeira.

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Veremos mais alguns conceitos importantes nesta questão:

( ) A proposição (P v Q)  (Q ^ P) é uma tautologia.

Esta alternativa propõe que tal proposição seja uma tautologia.

A Tautologia ocorre quando uma proposição é sempre verdadeira, indepen-

dente dos valores lógicos das proposições p e q.

Seu oposto é a Contradição, que ocorre quando uma proposição é sempre falsa,

para quaisquer valores lógicos de p e q.

Vamos construir a tabela-verdade da proposição fornecida no item. Como numa

equação matemática, resolvemos primeiro o que está dentro dos parênteses:

P Q PvQ Q^P (P v Q)  (Q ^ P)
V V V V V
V F V F F
F V V F F
F F F F V

Assim, não há uma tautologia. Em dois casos, a proposição (P v Q)  (Q ^ P) pode

retornar um valor lógico Falso.

Errado.

( ) O número de linhas da tabela-verdade da proposição (P ^ Q  R) é in-

ferior a 6.

Até aqui, vimos apenas proposições compostas formadas por duas proposições

simples.

Pode ocorrer (como nesta questão), de as proposições serem formadas de um nú-

mero maior de proposições simples.

Neste caso, o número de linhas da tabela-verdade é dado por 2n, em que n é o nú-

mero de proposições simples que formam a proposição composta.

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Normalmente, temos proposições do tipo A  B, A ^ B... etc, formadas por duas

proposições. A tabela-verdade tem, portanto, 22 = 4 linhas (como temos feito).

Neste enunciado, temos uma proposição com três proposições simples. A tabela-

-verdade possui 23 = 8 linhas.

Ou seja, não é inferior a 6. Item errado.

Errado.

( ) Se a proposição P for falsa, então a proposição P  (Q v R) será uma

proposição verdadeira.

Não precisamos de muita análise para saber que esta questão é correta. Afinal,

sabemos que a condicional só é falsa no caso proibido, Se V então V.

Assim, se P for falso, a condicional será, invariavelmente, verdadeira.

Certo.

13. (2010/CESPE/SERPRO/NÍVEL SUPERIOR) Para os itens seguintes, serão consi-

deradas como proposições apenas as sentenças declarativas, que mais facilmente

são julgadas como verdadeiras – V – ou falsas – F –, deixando de lado as sentenças

interrogativas, exclamativas, imperativas e outras. As proposições serão repre-

sentadas por letras maiúsculas do alfabeto: A, B, C etc. Para a formação de novas

proposições, denominadas proposições compostas, a partir de outras, usam-se os

conectivos “e”, “ou”, “se ..., então” e “se e somente se” e o modificador “não”, ou

“não é verdade que”, simbolizados, respectivamente, por ^, v, , ↔ e ¬. Dessa

forma, A^B é lido como “A e B”; AvB é lido como “A ou B”; AB é lido como “se A,

então B”; A↔B é lido como “A, se e somente se B”, significando, nesse caso, que

AB e BA; ¬A é lido como “não A”. Uma proposição é simples quando, em sua

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formulação, não se emprega nenhum dos conectivos. A cada proposição supõe-se

associado um julgamento ou um valor lógico, V ou F, que se excluem. Para associar

esses valores V ou F às proposições compostas, usam-se, como critério, as tabe-

las-verdade, como a seguir.

As proposições em que a tabela-verdade contém apenas V são denominadas tauto-

logias, ou logicamente verdadeiras. Se a tabela-verdade contiver apenas F, a pro-

posição será logicamente falsa. Duas proposições A e B são equivalentes se suas

tabelas-verdade forem iguais. Sentenças como “x + 3 = 5”, “Ele é um político”, “x

é jogador de futebol” são denominadas sentenças abertas; essas sentenças, como

estão, não poderão ser julgadas como V ou F, pois os sujeitos, no caso, são variá-

veis. Essas expressões tornam-se proposições depois de substituída a variável por

elemento determinado, permitindo o julgamento V ou F. Uma afirmação formada

por um número finito de proposições A1, A2, ..., An, que tem como consequência

outra proposição, B, é denominada argumento. As proposições A1, A2, ..., An são

as premissas e B é a conclusão. Se, em um argumento, a conclusão for verdadeira

sempre que todas as premissas forem verdadeiras, então o argumento será deno-

minado argumento válido.

Tendo como referência as informações do texto, julgue os itens:

( ) As proposições “Não precisa mais capturar sem digitar o código de barras” e

“Não precisa mais capturar ou digitar o código de barras” são equivalentes.

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( ) Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das proposições


simples que formam a proposição “Se Pedro for aprovado no concurso, então ele
comprará uma bicicleta”, é correto afirmar que há apenas uma possibilidade de a
proposição ser verdadeira.
( ) Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das proposições sim-
ples que formam a proposição “O SERPRO processará as folhas de pagamento se e
somente se seus servidores estiverem treinados para isso”, é correto afirmar que
há apenas uma possibilidade de essa preposição ser julgada como V.
Mais uma questão do CESPE com enunciado enorme, que explica o assunto todo.
Vamos analisar os itens.
( ) As proposições “Não precisa mais capturar sem digitar o código de
barras” e “Não precisa mais capturar ou digitar o código de barras” são
equivalentes.
Podemos dizer que a proposição “Não precisa mais capturar sem digitar o có-
digo de barras” possui mais um apelido.
Veja que “Não precisa mais capturar sem digitar o código de barras” é o mesmo
que dizer “Não precisa mais capturar e não precisa digitar o código de barras”.
Assim:
A = capturar
B = digitar o código de barras
“Não precisa mais capturar sem digitar o código de barras” = “Não precisa mais
capturar e não precisa digitar o código de barras” = ~A E ~B
O enunciado diz que essa proposição é equivalente a:
“Não precisa mais capturar ou digitar o código de barras” = Não precisa (A OU B)
= ~(A OU B).
Sabemos que a negação da disjunção ~(A OU B) é dada por ~A E ~B.
Por isso, a assertiva está correta.

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Certo.

( ) Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das propo-

sições simples que formam a proposição “Se Pedro for aprovado no con-

curso, então ele comprará uma bicicleta”, é correto afirmar que há apenas

uma possibilidade de a proposição ser verdadeira.

Item direto. Considerando todas as possibilidades de julgamento de qualquer con-

dicional, sabemos que há três possibilidades de a proposição ser verdadeira, e ape-

nas uma de ela ser falsa (o caso proibido Se V então F).

Errado.

( ) Considerando todas as possibilidades de julgamento V ou F das propo-

sições simples que formam a proposição “O SERPRO processará as folhas

de pagamento se e somente se seus servidores estiverem treinados para

isso”, é correto afirmar que há apenas uma possibilidade de essa preposi-

ção ser julgada como V.

Como vimos, em resumo, o conectivo ‘se e somente se’ se comporta da seguinte

forma:

CONECTIVO SE E SOMENTE SE
V se e somente se V = V
V se e somente se F = F
F se e somente se V = F
F se e somente se F = V

Assim, existem duas possibilidades de uma proposição ‘se e somente’ se ser jul-

gada verdadeira. São os casos em que ambas as proposições estão verdadeiras ou

ambas as proposições estão falsas.

Errado.

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14. (2011/CESPE/MEC/NÍVEL SUPERIOR) Há instituições participantes do Sistema

de Seleção Unificada (SISU) que disponibilizam parte de suas vagas para atender

o público de acordo com as políticas afirmativas (cotas para afrodescendentes, in-

dígenas, egressos de escola pública etc.). Assim, para determinados cursos, pode

haver duas modalidades de concorrência: ampla concorrência e ações afirmativas.

O candidato deverá, no momento da inscrição, optar por uma dessas modalidades,

de acordo com seu perfil. Dessa forma, o candidato que optar por concorrer por

determinada ação afirmativa estará concorrendo apenas com os candidatos que

tenham feito essa mesma opção, e o sistema selecionará, entre eles, os que pos-

suírem as melhores notas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Internet: <http://.sisu.mec.gov.br> (com adaptações).

Com base nas informações do texto acima e considerando que Pedro, Antônio e

José tenham concorrido ao curso de matemática de uma instituição participante do

SISU, que as suas respectivas pontuações obtidas no ENEM tenham sido 415, 608

e 375 pontos e que os candidatos selecionados para o referido curso pelo SISU na

ampla concorrência tenham obtido pontuação mínima de 480 pontos no ENEM, jul-

gue os itens subsequentes.

( ) A negação da proposição “O candidato atende os requisitos exigidos para con-

correr a uma vaga destinada a política afirmativa e possui os documentos exigidos

pela instituição em caso de aprovação” é “O candidato não atende os requisitos

exigidos para concorrer a uma vaga destinada a política afirmativa ou não possui

os documentos exigidos pela instituição em caso de aprovação”.

( ) Antônio seria selecionado caso se inscrevesse na modalidade ação afirmativa.

Errado.

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RACIOCÍNIO LÓGICO
Estruturas Lógicas – Parte I
Prof.a Karine Waldrich

Passemos à análise das assertivas.

( ) A negação da proposição “O candidato atende os requisitos exigidos

para concorrer a uma vaga destinada à política afirmativa e possui os do-

cumentos exigidos pela instituição em caso de aprovação” é “O candidato

não atende os requisitos exigidos para concorrer a uma vaga destinada a

política afirmativa ou não possui os documentos exigidos pela instituição

em caso de aprovação”.

Temos uma conjunção:

A = O candidato atende os requisitos exigidos para concorrer a uma vaga destinada

a política afirmativa

B = possui os documentos exigidos pela instituição em caso de aprovação

“O candidato atende os requisitos exigidos para concorrer a uma vaga des-

tinada à política afirmativa e possui os documentos exigidos pela institui-

ção em caso de aprovação” = A E B

A negação da proposição A E B é ~A OU ~B.

Portanto:

~A = O candidato não atende os requisitos exigidos para concorrer a uma vaga

destinada a política afirmativa

~B = não possui os documentos exigidos pela instituição em caso de aprovação

~A OU ~B = O candidato não atende os requisitos exigidos para concorrer a uma

vaga destinada à política afirmativa OU não possui os documentos exigidos pela

instituição em caso de aprovação.

Esta é exatamente a proposição sugerida pelo enunciado. Item correto.

Certo.

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Estruturas Lógicas – Parte I
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( ) Antônio seria selecionado caso se inscrevesse na modalidade ação afir-

mativa.

Não podemos afirmar que Antônio foi selecionado, pois a questão só informou o

valor da pontuação mínima para a ampla concorrência, e não para a modalidade

ação afirmativa.

Aposto que a maioria das pessoas deve ter errado esta questão, por presumir que,

na ação afirmativa, a pontuação mínima era melhor.

Portanto, aproveito para reforçar que, em Lógica, não se deve ir para a prova com

conceitos pré-estabelecidos. Se a questão disser que “O céu é vermelho” é verda-

deiro, você deve acreditar, e pronto.

Da mesma forma, se ela não disser nada sobre um assunto, você não deve

assumir algo como verdadeiro.

Por exemplo: não deve assumir que a negação de “O dia é bonito” é “A noite é bo-

nita”. “Noite” não é a negação de “dia”. A negação de “O dia é bonito” deve ser “O

dia não é bonito”, simplesmente.

Errado.

15. (2011/CESPE/MEC/NÍVEL SUPERIOR) Considerando as proposições simples P,

Q e R, julgue os próximos itens, acerca de tabelas-verdade e lógica proposicional.

( ) A tabela-verdade da proposição (¬PvQ)(R^Q)v(¬R^P) tem 8 linhas.

( ) Se apenas umas das proposições P, Q ou R for verdadeira, então a proposição

(Pv¬Q)(P^R) será falsa.

Vamos à análise das assertivas.

( ) A tabela-verdade da proposição (¬PvQ)(R^Q)v(¬R^P) tem 8 linhas.

Já sabemos que o número de linhas da tabela-verdade é dado por 2n, em que n é

o número de proposições.

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Estruturas Lógicas – Parte I
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Na proposição dada no enunciado, temos as proposições P, Q e R. Ou seja, são três

proposições simples. 23 = 8.

Certo.

( ) Se apenas umas das proposições P, Q ou R for verdadeira, então a pro-

posição (Pv¬Q)(P^R) será falsa.

Vimos uma questão semelhante na aula passada.

Temos duas proposições formando uma condicional: uma disjunção e uma conjun-

ção. Vamos testar:

Se P for V e Q e R forem F, Pv¬Q = V e P^R = F. A conjunção Se V então F é F (é

o caso proibido).

Se Q for V e P e R forem F, Pv¬Q = F e P^R = F. A conjunção Se F então F é V.

Se R for V e P e Q forem F, Pv¬Q = V e P^R = F. A conjunção Se V então F é F.

Assim, a sentença não é sempre falsa.

Errado.

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