You are on page 1of 49

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM


CURSO DE SISTEMAS PARA INTERNET

ANÁLISE DE APLICATIVOS PARA DISPOSITIVOS


MÓVEIS QUE AUXILIAM NO USO DO TRANSPORTE
PÚBLICO COLETIVO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

Patrícia Ströher de Mello Tolfo

Santa Maria, RS, Brasil

2014

1
ANÁLISE DE APLICATIVOS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS QUE
AUXILIAM NO USO DO TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO

Patricia Stroher de Mello Tolfo

Trabalho apresentado como requisito parcial para a Conclusão do Curso de


Sistemas para a Internet da Universidade Federal de Santa Maria.

Orientador: Prof. Me. Leandro Freitas

Santa Maria, RS, Brasil


2014

2
Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas
lutei para que o melhor fosse feito. Não sou o que
deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era
antes.
(Marthin Luther King)

3
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao meu esposo Rafael Tolfo, dedico a ele esse diploma, ao
grande responsável por eu estar me formando, que me proporcionou ingressar nesse curso, e
dedicar meu tempo a ele. Desde o inicio sempre incentivou e deu forças. Obrigada por todo
apoio e compreensão ao longo dessa caminhada, por todas as vezes que me ausentei em razão
dessa pesquisa e ele sempre com companheirismo, carinho e amor me deu forças para
continuar e alcançar a vitória.
Aos meus pais, e meus irmãos que mesmo estando longe, sempre me incentivaram e me
motivaram a vencer todos os desafios para conclusão do curso. Em especial ao meu irmão
Lissandro (in memoriam), que infelizmente não pode estar presente neste momento tão feliz
da minha vida, mas que não poderia deixar de mencionar agradeço a ele no caráter de irmão
mais velho, por seus ensinamentos e valores passados.
Ao meu Orientador Professor Me. Leandro Freitas, pela orientação, pela paciência,
coerência e apoio nas correções deste trabalho, por estar sempre incentivando e preocupado
com o andamento da pesquisa.
A Coordenadora e Professora Dr. Juçara Gubiani, por nos proporcionar essa
oportunidade, por sempre se empenhar em fazer o melhor pelo curso, pela excelente formação
do corpo docente atual, sempre preocupada com a qualidade e constante melhoria do Curso.
Aos meus amigos e colegas, que tiveram papel muito importante na minha formação,
pois nas dificuldades, estiveram sempre ajudando uns aos outros, isso foi fundamental para ter
força e seguir em frente diante das dificuldades. Em especial a minha amiga e colega Rossana
Moreira, que desde o inicio do curso esteve ao meu lado, nas horas boas e ruins, sempre
apoiando e incentivando o meu crescimento, com certeza fez toda a diferença na minha vida
acadêmica. Estes amigos com certeza continuarão presentes em minha vida.
Por fim agradeço a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação,
o meu muito obrigado.

4
`

RESUMO

Este estudo apresenta uma breve análise de alguns aplicativos para dispositivos móveisque
auxiliam seus usuários no uso do transporte público coletivo. Esses aplicativos podem
tambémajudar os deficientes visuais, se estiverem aptos para isso, possibilitando a
identificação de que, o coletivo que ele aguarda, se aproxima do ponto o qual se encontra,
contando que ele não tem controle sobre isso enquanto espera pelo ônibus.

Palavras-chave: Geolocalização. Transporte Coletivo. Dispositivos Móveis. Acessibilidade

5
ABSTRACT

This study presents a brief analysis of some applications for mobile devices that assist its
members in the use of public transportation. These applications can also help the visually
impaired, if they are fit for this, enabling the identification of that, the collective he waits,
approaches the point which is, as long as he has no control over it while waiting for the bus.

Keywords: Geolocation. Collective transport. Mobiles. Accessibility.

6
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

GPS – Sistema de Posicionamento Global


GPRS – Serviços Gerais de Pacotes por Rádio
GSM – Sistema Global para Comunicações Móveis
ITS – Sistemas inteligentes de transporte
ADESM–Agencia de Desenvolvimento de Santa Maria
UFSM – Universidade Federal de Santa Maria
FAMES – Faculdade Metodista de Santa Maria
FISMA – Faculdade Integrada de Santa Maria
FAPAS –Faculdade Palotina de Santa Maria
UNIFRA – Universidade Franciscana
ULBRA – Universidade Luterana do Brasil
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFPel – Universidade Federal de Pelotas
API – Interface de Programação de Aplicativos
MCS – Master Control Station
EDGE – Evolução de taxas de dados para GSM
SDK – Kit de Desenvolvimento de Software

7
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Satélites em Órbita ................................................ Error! Bookmark not defined.7

8
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Comparativo de Usabilidade .................................... Error! Bookmark not defined.


No table of figures entries found.

9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ...................................................................................................7
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................................................8
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................................................9
SUMÁRIO ....................................................................................................................................................10

1.INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................11
1.1CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................................ 12
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................................................. 13
1.2.1Objetivo Geral ....................................................................................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos Especificos ........................................................................................................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................................................... 14
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................................................................ 14
2. Sistema de Posicionamento Global(GPS) ..............................................................................................16
3.Tecnologia GPS / GSM / GPRS ................................................................................................................................ 19
4.Usabilidade... .............................................................................................................................................................. 21
5.Acessibilidade... .......................................................................................................................................................... 23
5.1 Padrões W3C... ...................................................................................................................................................... 25
6. Softwares para Pessoas Portadoras de Deficiencia Visual .................................................................................... 27
6.1 Dosvox... ................................................................................................................................................................ 27
6.2 Google TallkBack... .............................................................................................................................................. 28
7.Desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis ....................................................................................... 29
7.1 Android... ................................................................................................................................................................. 29
7.2 Java ... ................................................................................................................................................................ 30
8.Aplicativos para dispositivos móveis para o uso do transporte público coletivo .................................................. 32
8.1 Bus Alert... ............................................................................................................................................................. 32
8.2 Cadê o Ônibus... .................................................................................................................................................... 32
8.3 Hora do Ônibus... .................................................................................................................................................. 33
8.4 Ônibus ao vivo... .................................................................................................................................................... 33
9.Comparativo Usabilidade .......................................................................................................................................... 34
9.1 Análise detalhada por aplicativo avaliado... ....................................................................................................... 35
9.1.1 Bus Alert ...................................................................................................................................................... 35
9.1.3 Cadê o Ônibus ............................................................................................................................................. 37
9.1.3 Hora do Ônibus ........................................................................................................................................... 38
9.1.4 Ônibus ao vivo ............................................................................................................................................. 39
10.Comparativo Acessibilidade.................................................................................................................................... 40
10.1 Análise detalhada por aplicativo avaliado... ..................................................................................................... 41
10.1.1 Bus Alert .................................................................................................................................................... 42
10.1.3 Cadê o Ônibus ........................................................................................................................................... 43
10.1.3 Hora do Ônibus ......................................................................................................................................... 44
10.1.4 Ônibus ao vivo ........................................................................................................................................... 45
11.Conclusão ................................................................................................................................................................. 46

10
1. INTRODUÇÃO

O transporte público é a necessidade de muitos cidadãos, estudantes, trabalhadores, e


inclusive dos deficientes visuais, pois muitos destes não possuem condições de ter uma
condução específica e capaz para transporta-los. Sendo assim o transporte público torna-se
uma real necessidade para seu ir e vir referente a grandes deslocamentos.
Dentre os problemas enfrentados por esses cidadãos encontra-se o atraso dos ônibus,
mobilidade urbana deficiente, transportes públicos em péssimas condições e, no caso dos
deficientes visuais, não terem, sozinhos, condições para saber se o ônibus que chegou no
ponto em que se encontra, é o ônibus que ele aguarda.
A aplicação da tecnologia da informação no planejamento e controle dos meios de
transportes urbanos, tem se tornado uma alternativa em termos de custo benefício, já que
poderá manter os usuários dos meios de transporte informados a respeito do que utilizam para
serem conduzidos, inclusive incentivando cada vez mais as pessoas a fazer uso desse tipo de
transporte.
Desta forma mais pessoas deixariam seus carros ou motos em casa e passariam a utilizar
o transporte coletivo público, pois muitos usuários deixam de usufruir deste benefício à
medida que não obtém informações básicas como hora de chegada e saída, atrasos, entre
tantos outros problemas do dia-a-dia que as linhas urbanas do transporte coletivo sofrem.
Tomando como perspectiva esse cenário realizou-se um trabalho com propostas de
melhorias através da tecnologia, facilitando a acessibilidade informativa do transporte
coletivo ao usuário, em tempo real.
Atualmente o constante crescimento do uso de dispositivos móveis permite cada vez
mais aos seus usuários o acesso rápido e objetivo as informações básicas diárias como
previsão do tempo, notícias, informativos de tráfego, tudo isso em tempo real. Segundo
Cristina De Luca do site IDGNOW(2014), até 2017, o Brasil terá 70,5 milhões de usuários de
smartphones em uso, em detrimento disso tem aumentado também o interesse por parte dos
programadores, o desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis.
E os dispositivos móveis continuam evoluindo, nos dias de hoje é possível ter acesso a
redes de 2G até 4G, apenas tendo um pacote básico de dados, além de possibilitar termos
acesso a nossa localização geográfica através do GPS (Sistema de Posicionamento Global).
Pensando nos usuários de transporte público e de quão importante esse tipo de
transporte é na vida de toda a comunidade, foram propostas análises de alguns aplicativos

11
onde os usuários possam ter acesso a horários, localização e tempo de chegada do ônibus até o
ponto onde o usuário do transporte encontra-se.
Através desses aplicativos, os usuários poderão ter controle sobre a linha que esperam
no ponto de ônibus, como, ha quantos pontos de ônibus do seu ponto atual o ônibus da linha
aguardada se encontra, e consequentemente, em quanto tempo ele chegará no ponto de ônibus
em que o usuário se encontra.
Em relação aos deficientes visuais, esses aplicativos, se estiverem aptos a serem usados
por eles, proporcionarão uma independência na sua mobilidade, pois estes se encarregarão de
avisa-lo o momento em que o ônibus que ele aguarda se aproxima.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Segundo o site da ADESM1 (Agencia de Desenvolvimento de Santa Maria-RS), a


Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e mais seis Instituições de Ensino Superior
(UNIFRA (Universidade Franciscana, ULBRA (Universidade Luterana do Brasil),
FAMES(Faculdade Metodista de Santa Maria), FAPAS (Faculdade Palotina de Santa Maria),
FISMA (Faculdade Integrada de Santa Maria), FADISMA(Faculdade de Direito de Santa
Maria) sediadas na cidade, conferem ao Município o status de cidade da educação. São cerca
de 35 mil estudantes universitários em mais de 350 cursos de graduação e pós-graduação. Em
consequência desse alto número de estudantes, temos o aumento considerável do uso de
transporte publico na cidade.

Atualmente a cidade de Santa Maria – RS não possui nenhuma forma tecnológica que
permita o acesso em tempo real as informações do transporte público, como posicionamento,
horários de ônibus, tempo de chegada em um determinado ponto.

O trânsito também se torna um problema, engarrafamentos, acidentes, infraestrutura


precária das ruas, esses fatores acabam atrasando as linhas, sendo ainda mais difícil controlar
o horário do ônibus, pois a única informação ao qual os usuários tem acesso é o horário em
que o ônibus sai da empresa para seguir seu itinerário.

De acordo com noticia do portal G1(2012), o estudante Ailton Alves Guimarães de


38anos, que é deficiente visual, vive todos os dias o desafio de chegar ao ponto e conseguir a

1
http://adesm.org.br/santa-maria

12
informação do ônibus correto, ele utiliza o transporte coletivo pelo menos seis vezes e na
maioria das ocasiões é comum ter que esperar o ônibus chegar para perguntar ao motorista
qual é a linha. Com o relato de Ailton é possível constatar a real dificuldade diária que
deficientes visuais possuem ao usar o transporte coletivo.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar alguns dos aplicativos disponíveis para dispositivos móveis que auxiliam no uso do
transporte coletivo, verificando a usabilidade e principalmente se um deficiente visual, em seu
dispositivo móvel, consegue ter acesso as mesmas informações que qualquer outro usuário.

1.2.2 Objetivos Específicos

O principal objetivo desta análise é apresentar alguma melhoria, nos aplicativos analisados
que assim necessitarem, tanto do ponto de vista de usabilidade quanto da acessibilidade.
Estima-se que com as considerações feitas para estes aplicativos, os deficientes visuais, terão
maiores chances de conseguirem utilizar os aplicativos analisados, sendo de suma
importância, tendo em vista que esses aplicativos ajudam na independência e autonomia nas
vidas dos deficientes visuais no uso do transporte público coletivo.
Para a analise desses aplicativos, foi necessária a instalação de alguns para auxilio no
transporte coletivo, todos gratuitos, disponíveis para donwload na Play Store(Loja de
aplicativos do Google). A partir do estudo feito sobre as diretrizes de acessibilidade para
atender as pessoas portadoras de deficiência visual, pode-se ter uma visão do que um
aplicativo deve ter para atingir esse objetivo.

ATIVIDADES:
 Instalação dos aplicativos escolhidos.
 Estudo das diretrizes para acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência visual.
 Estudo das heurísticas de usabilidade.
 Elaboração de um plano de tarefas a serem seguidas nas avaliações.
 Realização das tarefas estabelecidas em cada um dos aplicativos avaliados.
 Documentação e divulgação dos resultados.

13
1.3 JUSTIFICATIVA

Com foco na dificuldade dos deficientes visuais, deve-se proporcionar a estes, a possibilidade
de acesso ao transporte coletivo sem a necessidade de que uma pessoa o acompanhe, ou que
ele precise aguardar pela ajuda de alguém no ponto de ônibus, o que muitas vezes não
acontece no momento que é preciso. Mesmo depois que já embarcou o deficiente visual ainda
tem a necessidade da ajuda de algum passageiro, ou até mesmo do motorista do coletivo para
que ele possa descer no local correto do seu destino.

Contudo, externamente, sem a ajuda de alguém dentro de um ônibus, não há


possibilidade de que a pessoa portadora de deficiência visual saiba se o coletivo é o que ela
deseja fazer uso para chegar ao destino esperado. Do mesmo modo, às vezes, alguns
coletivos ao se aproximarem do ponto de ônibus não efetuam a parada para embarque, isso
porque há outro coletivo parado, subindo ou descendo passageiros. Assim, isso prejudica
pessoas com deficiência visual, uma vez que não podem sinalizar por não notarem sua
aproximação.

Apesar de todas essas dificuldades, não foram encontrados aplicativos para auxílio no
uso do transporte coletivo, que exclusivamente atendessem os portadores de deficiência
visual. Portanto, há uma motivação ainda maior para esta análise e apresentação de melhorias,
para que aplicativos de uso comum no transporte coletivo possam atender também esse
usuário portador de deficiência visual.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A pesquisa foi dividida em 8 capítulos pertinentes aos objetivos.


 O capítulo 1 apresenta a Introdução.
 O capítulo 2 apresenta o Sistema usado na localização do usuário (GPS).
 O capítulo 3 apresenta o sistema GSM/GPRS, na conexão de dados do usuário com o
GPS.
 O capítulo 4 apresenta usabilidade e as dez heurísticas.
 O capítulo 5 aborda a acessibilidade, tema principal para a proposta elaborada, com
subseções onde é apresentado os Padrões W3C.
 O capítulo 6cita alguns softwares disponíveis para deficientes visuais.

14
 O capítulo 7aborda o tema de desenvolvimento em dispositivos móveis, com
subseções mostrando as tecnologias para o desenvolvimento, o sistema operacional
Android e Linguagem Java.
 O capítulo 8 apresenta aplicativos para dispositivos móveis que auxiliam no
transporte coletivo.
 O capítulo 9 apresenta o comparativo de usabilidade e resultados.
 O capítulo 10 apresenta o comparativo de acessibilidade e resultados.
 O capítulo 11 por fim, apresenta a Conclusão.

15
2. Sistema de Posicionamento Global – GPS
O Sistema de posicionamento Global ou GPS que teve seu desenvolvimento inicial em 1973
pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA) para oferecer a posição
instantânea, bem como a velocidade e a hora de um ponto qualquer sobre a superfície terrestre
ou bem próxima a ela num referencial tridimensional (LETHAN, 1996).

Inicialmente foram usados 27 satélites, cujos três reservas que poderiam ser
reposicionados se houvesse necessidade. Para que tenhamos acesso a localização exata é
necessário o sinal de no mínimo três satélites. Se desejarmos uma posição tridimensional
(Latitude, Longitude e Altitude) e informação precisa de tempo, é necessário observar quatro
satélites, para obtenção de quatro distancias, o que nos permite calcular as quatro incógnitas
(Latitude, Longitude, Altitude e hora).

Através de um receptor GPS é possível obter a posição geográfica exata sobre a


superfície terrestre. Os 24 satélites (12 em cada hemisfério) orbitam em torno da Terra. Cada
um percorre duas voltas ao redor do planeta a uma distância de 20.200 km e fazem uma órbita
completa a cada 12 horas, proporcionando assim uma vasta cobertura, FIG 1.

Figura 1: Satélites em órbita2

2
Disponível em: http://tecnologia.hsw.uol.com.br/receptores-gps.htm

16
De acordo com Monico(2000), o GPS consiste de três segmentos principais: espacial,
controle e usuários.

 Segmento espacial: Consiste em satélites, distribuídos em seis planos orbitais


espaçados de tal maneira que, no mínimo quatro satélites sejam visíveis em qualquer
local da superfície terrestre, a qualquer hora. Estes satélites transmitem
continuamente ao usuário ondas de rádio com informações sobre posicionamento e
hora em qualquer lugar do mundo.
 Segmento de Controle: É composto por cinco estações monitoras, três delas servem
para transmissão de dados para os satélites, e uma estação de destinada ao controle
Central (MCS: Master Control Station). Estas estações estão distribuídas em pontos
próximos a linha do Equador.
 Segmentos de usuários: Consistem nos receptores de GPS apropriados a que se
destinam, podem ser civis ou militares.

O termo Navegação é muito utilizado nesse segmento, e, significa ir de um ponto ao


outro sabendo a exata localização. O principio de localização de um GPS é baseado no
conceito distancia-velocidade-tempo, com referência a uma esfera geométrica, podendo ser
dito que a interseção entre as quatro esferas tem como resultado um único ponto.

Baseado no posicionamento dos satélites que já são conhecidas, quando calculado o


tempo gasto desde a saída até sua chegada ao receptor e tendo o conhecimento da velocidade
em que o sinal navegou, tem-se a distância. Essa distância define o raio para cada uma das
esferas que, relacionadas entre si, determinam um ponto ou uma área de coincidência. Desta
forma obtém-se exatamente a localização do ponto. Tendo esses pontos definidos, os veículos
são equipados com uma antena GPS, que, através dos sinais recebidos, localizam a posição do
veículo a cada momento. Tem-se, portanto, o controle total dos itinerários cumpridos pelos
veículos ao longo do dia.

A empresa Saga News Tecnologia3 explica como funciona o rastreamento veicular por
GPS: “O rastreamento via satélite acontece da seguinte maneira: a constelação GPS envia um
sinal para o veículo, definindo assim, com a precisão de 10 a 15 metros, o seu
posicionamento. O veículo monitorado então se comunica com o Satélite de Alta Órbita
Inmarsat. Esse Satélite repassa a informação para a estação repetidora, que imediatamente
transfere a mensagem para a Central de monitoramento, via Internet, para que o usuário do
3
Disponível em: http://www.saganews.com.br/sagasat.php

17
sistema saiba exatamente a posição de toda a frota usuária e para que ele possa controlá-la à
distância. Assim que o cliente recebe esse sinal, ele utiliza então todos os serviços que
adquiriu, através do Software (programa) e monitorando o Hardware instalado em seus
veículos. Esse processo acontece em segundos, devido à eficiência e ampla cobertura do
Satélite”.

18
3. Tecnologia GPS / GSM / GPRS

Segundo Gleidy(2008), ITS é um conceito com aplicação mundial que visa integrar os
caminhos dos transportes, com as tecnologias de comunicação eletrônica, informática, dentre
outros, com o objetivo de fornecer ao usuário final informações decisivas, enquanto este
estiver em trânsito. Este sistema é capaz de determinar com extrema precisão, a qualquer
tempo, o posicionamento de qualquer corpo na superfície terrestre.

Os sistemas de ITS(Sistemas inteligentes de transporte) necessitam de tecnologia para


comunicação de dados, sem fio, seja às unidades de GPS embarcadas na frota, seja aos painéis
de informação ao passageiro. A tecnologia de maior uso no País é a GSM/GPRS, fornecida
pelas operadoras de telefonia celular.

O GSM (de Global System for Mobile Communications, ou Sistema Global para
Comunicações Móveis) é o padrão mais popular para telefones celulares do mundo. O sistema
GSM possibilita o roaming internacional. O GSM diferencia-se de seus antecessores, na
medida em que o sinal e os canais de voz são digitais, por isso é chamado de tecnologia 2G,
de segunda geração.

Com a evolução da internet, os usuários de dispositivos móveis comandam o aumento


significativo do acesso à rede através do celular. A dificuldade é que a segunda geração de
celulares aprontou-se para oferecer telefonia digital, mas não para conectar-se a internet. A
internet transporta dados por pacotes, através do protocolo IP e para que a rede móvel seja
adequada à internet, era preciso que os dados fossem organizados e transportados também em
pacotes. Foi criada então a tecnologia GPRS (de General Packet Radio Services ou Serviços
Gerais de Pacotes por Rádio), cuja finalidade é possibilitar o tráfego de dados por pacotes
para que a rede de telefonia celular possa ser integrada à internet. O sistema GSM com o
GPRS integrado recebeu o nome de geração 2.5G, tendo sido uma evolução importantíssima
para a comunicação de dados móvel. O GPRS permite taxas de transferência em torno de 40
kbps.

Antes do GPRS, a transmissão de dados era feita pela tecnologia GSM pela comutação
de circuitos, isto é, uma conexão entre dois aparelhos era estabelecida, e em seguida a

19
comunicação era feita de forma ininterrupta. Com o advento do GPRS, passou a se utilizar a
comunicação de dados por comutação de pacotes, onde a informação é dividida em vários
pacotes na origem, transmitida e remontada no destino. Cada pacote leva o endereço do
destino bem como a informação para montagem no destino. Cada pacote é transmitido pela
rede de telefonia celular (e internet por exemplo), até chegar ao destino, através de caminhos
diferentes (estipulados por aparelhos denominados roteadores). A Internet é baseada nesse
princípio, de quebra em pacotes, para envio de dados entre origem e destino. A vantagem
disso, é que os recursos de transmissão são utilizados apenas quando os usuários estão
enviando ou recebendo dados. Ao invés de dedicar um canal para um usuário por um
determinado período de tempo, o canal pode ser compartilhado entre vários usuários.
Posteriormente ao GPRS, veio a tecnologia EDGE (Enhanced Data rates for GSM
Evolution,ou Evolução de taxas de dados para GSM)de maior velocidade, e em seguida veio o
padrão 3G, com taxas bem mais elevadas de transmissão de dados. Entretanto, por questões
de benefício/custo, a tecnologia GPRS é a mais utilizada na comunicação de dados no
rastreamento de frotas. Como a tecnologia GPRS utiliza a estrutura montada na rede GSM,
sempre que se fala em transmissão de dados pela telefonia celular por GPRS, costuma-se
referir-se à ela pela sigla “GSM/GPRS”.(ITS.WPLEX)4

4
Disponível em: http://its.wplex.com.br/categoria

20
4. Usabilidade

Usabilidade quer dizer, facilidade de uso, e se tratando de IHC(Interface homem máquina) ela
é muito importante, sendo imprescindível para que o usuário possa usar seu site, aplicativo
web ou mobile, de maneira que possa ter maior produtividade, rápido acesso as informações,
memorização de operações e consequentemente. (Gildásio Guedes Fernandes, 2009).

A ISO (Internacional Standard Organization, 2001-2010), dispõe de duas definições de


usabilidade:

I. “A usabilidade refere-se à capacidade de um software de ser compreendido,


aprendido, utilizado e ser atrativo para o usuário, em condições específicas de
utilização” (ISO/IEC 9126, 2001). Esta definição faz ênfase aos atributos internos e
externos do produto, os quais contribuem à sua usabilidade, funcionalidade e
eficiência.
II. “Usabilidade é a capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para
atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto
específico de uso” (ISO 9241-11, 2010). Essa definição é centrada no conceito de
qualidade de utilização, isto é, refere-se em como o usuário realiza tarefas específicas
em cenários específicos com efetividade.

Ana Luiza(2014), afirma que, de acordo com Shneiderman (1993), uma interface obtém
sucesso quando oferece um suporte apropriado com os objetivos e com o comportamento do
usuário real. Sendo assim, identificar o usuário, e saber como ele age é fundamental,
procurando também saber o que ele pensa e o que quer, podendo empregar as técnicas de
pesquisa como grupos de foco ou testes de usabilidade. As recomendações de usabilidade são
apresentadas por meio de princípios e pra que elas sejam cumpridas, as heurísticas são
encontradas na literatura em geral como diretrizes práticas. (Dias, Ana Luiza, 2014).

4.1 Heurísticas de usabilidade


Para auxiliar o desenvolvimento de sistemas visando a usabilidade, Nielsen (1993) expos dez
heurísticas que mostram os principais pontos que durante o desenvolvimento de um sistema
de software devem ser verificados:

1. Visibilidade de status do sistema: o sistema deve fornecer um feedback aos


usuários em um espaço adequado de tempo, mantendo-os informados sobre o que
está acontecendo;

21
2. Compatibilidade do sistema com o mundo real: o sistema precisa conter
palavras, frases e conceitos que sejam familiares para o usuário, ao invés de termos
orientados ao sistema. Para que a informação surja em ordem lógica e natural, o
sistema deve seguir convenções do mundo real;
3. Controle do usuário e liberdade: frequentemente usuários selecionam funções do
sistema por engano e precisam ter claras as saídas de emergência, para que possa
sair do estado incorreto sem ter que percorrer um extenso percurso. Por isso é
necessário, por exemplo, oferecer funções de undo (desfazer) e redo (refazer);
4. Consistência e padrões: usuários não precisam adivinhar que palavras diferentes,
situações ou ações indicam a mesma coisa. Portanto, é necessário seguir
convenções da plataforma computacional;
5. Prevenção de erros: uma boa mensagem de erro é importante, porém melhor do
que isso é um design cauteloso, que previne o erro antes mesmo que ele aconteça;
6. Reconhecimento ao invés de relembrança: fazer com que objetos, ações e opções
fiquem visíveis. O usuário não é obrigado a lembrar informações de uma parte a
outra de um diálogo; pelo contrário, as instruções de utilização do sistema devem
estar visíveis e simplesmente recuperáveis quando necessário;
7. Flexibilidade e eficiência de uso: novos usuários tornam-se experientes ao
decorrer do uso do sistema. Oferecer aceleradores para aumentar a velocidade de
interação, bem como permitir que usuários experientes possam “cortar caminho”
em ações recorrentes é uma importante função para a usabilidade;
8. Estética e Design Minimalista: informações irrelevantes e desnecessárias não
devem estar presentes nos diálogos. Essas outras unidades de informações extras no
diálogo irão competir com unidades importantes de informação e diminuir sua
visibilidade relativa no sistema;
9. Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros: mensagens de
erro devem ser anunciadas em linguagem clara, sem códigos, indicando exatamente
o problema e sugerindo uma solução construtiva;
10. Help e Documentação: mesmo que o ideal seja um sistema que possa ser usado
sem nenhum tipo de auxílio, é necessário ter a opção de help e documentação.
Essas informações precisam ser de fácil localização, focadas nas tarefas dos
usuários e não muito extensas.

22
5. Acessibilidade

Segundo decreto n° 5.296, cap. III do artigo 8 (Dezembro de 2004), a acessibilidade é a


condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços,
mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos
dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de
deficiência ou com mobilidade reduzida.

Acessibilidade é um método que visa à viabilização das pessoas a direitos, bens e


serviços independentemente de suas habilidades motoras e perceptivas, como também suas
condições culturais e sociais, excluindo barreiras arquitetônicas e tecnológicas5.

"A construção de uma sociedade de plena participação e igualdade tem como um de


seus princípios a interação efetiva de todos os cidadãos. Nesta perspectiva é fundamental a
construção de políticas de inclusão para o reconhecimento da diferença e para desencadear
uma revolução conceitual que conceba uma sociedade em que todos devem participar, com
direito de igualdade e de acordo com suas especificidades". (Conforto, Santarosa, 2002).

Segundo a Lei nº 10.098/2000 e Decreto nº 5296/2004 “deve-se excluir barreiras e


obstáculos em vias públicas para pessoas com algum tipo de deficiência motora, como
também alternativas que permitam a sinalização e comunicação para as pessoas com
deficiência visual(...)”. Porém, ainda é notável a enorme dificuldade de portadores de
deficiência seja ela visual ou motora, se locomover nas vias públicas devido a falta de
estrutura para os mesmos.

A acessibilidade no meio digital disponibiliza ao usuário, possibilitando que ele a use de


forma autônoma, toda a informação que lhe for oferecida, independentemente de suas
características orgânicas, sem que haja alterações na integridade dessas informações. Obtêm-
se a acessibilidade na junção de apresentação da informação de formas múltiplas, com o uso
de ajudas técnicas(através de leitores de tela, reconhecimento de fala, simuladores de teclado
etc.) que destacam as habilidades dos usuários com limitações associadas a deficiências
orgânicas(...)”. (Fátima e Alberto, 2004).

5
SERPRO - https://www.serpro.gov.br/responsabilidade-social-e-cidadania/acessibilidade/

23
Com tudo, apesar de decretos, leis, e todo o conhecimento e informações disponíveis
sobre a acessibilidade, percebe-se a ainda há dificuldades por parte de empresas, em oferecer
produtos ou serviços a qualquer pessoa, seja ela portadora de alguma necessidade especial ou
não. Porém, a inclusão dessas pessoas tem melhorado significativamente nos últimos anos,
pois nota-se por parte do governo um interesse em ajudar as empresas interessadas, a
desenvolver seus produtos acessíveis para todos, para que toda essa população possa ter uma
qualidade de vida digna.

Conforme dados do IBGE (2010) aproximadamente 2,6% da população geral da cidade


de Santa Maria - RS possui algum tipo de deficiência visual, seja ela parcial ou total. E
pensando nesse público, percebe-se que a cidade de Santa Maria ainda não possuí um sistema
de acessibilidade para deficientes visuais junto ao transporte coletivo.

A evolução da tecnologia proporciona aos desenvolvedores a chance de mudar, de


melhorar a vida das pessoas portadoras de deficiência visual. Com os avanços da Tecnologia
de Informação tem-se a oportunidade de encontrar formas de auxiliar o dia-a-dia das pessoas
portadoras de deficiência visual e oferecer a estas pessoas a chance de ter uma vida normal,
onde eles não precisem depender de uma terceira pessoa para se locomover.

Segundo Campbell "desde a invenção do Código Braille em 1829, nada teve tanto
impacto nos programas de educação, reabilitação e emprego quanto o recente
desenvolvimento da Informática para os cegos(...)" (2001, p.107). Como tudo no que diz
respeito a informática possui um crescimento muito acelerado, não se pode deixar a inclusão
para trás. Com os recursos atuais que se tem conhecimento, já é possível sim desenvolver
aplicativos que atendam as necessidades dos deficientes visuais, sem que haja a necessidade
de adaptações para esta inclusão.
Muitas pessoas se surpreendem ao verem deficientes visuais manuseando smart phones,
sem ajuda de terceiros, isso acontece porque a maioria, não consegue ter uma percepção do
ponto de vista desses deficientes. Porém é fundamental essa percepção por parte dos
desenvolvedores, e talvez isso, seja um dos maiores obstáculos no que diz respeito a inclusão
digital para deficientes visuais.

Para o W3C (2005)6, “a acessibilidade diz respeito a locais, produtos, serviços ou


informações efetivamente disponíveis ao maior número e variedade possível de pessoas (...)”.
Isto requer a extinção de barreiras, disponibilidade da comunicação, do acesso físico, de
6
Disponível em: http://www.w3c.org

24
equipamentos e programas adequados, do conteúdo e apresentação da informação em
formatos alternativos.

5.1 Padrões W3C

O W3C é a principal organização de padronização da World Wide Web(rede mundial de


computadores). Sua missão é orientada por dois princípios básicos: Web para todos – visando
os benefícios da web disponíveis para todas as pessoas – e Web em todas as coisas – visando
a utilização dos mais variados dispositivos para o acesso à informação.

De acordo com o site da Mobile Web Best Practices(ou Boas práticas em Web móvel)7,
as "Boas Práticas" são padrões web do W3C para ajudar os desenvolvedores a desenhar e
publicar conteúdos que funcionem adequadamente em dispositivos móveis. Estas cartelas
resumem, em dez pontos- chave, as boas práticas descritas como padrões. Ao segui-las, será
possível aumentar o público com condições de ter acesso aos conteúdos por meio de
aplicações, tornando a navegação mais confortável em dispositivos móveis.

O WCAG 1.0 (Web Content Accessibility Guidelines) (W3C, 1999) possui diretrizes
para acessibilidade do conteúdo na web, que é referência mundial quando se fala em termos
de acessibilidade na web. Essas diretrizes contêm diversos segmentos que podem ser
utilizados para o desenvolvimento de sistemas web, como disponibilizar texto alternativo para
conteúdos audiovisuais, utilizar marcação semântica e mecanismos de navegação, entre
outros.

São quatro os princípios de acessibilidade indicados pelo WCAG 2.0, e eles já estavam
de certa forma, presentes nas recomendações do WCAG 1.0. Ainda assim, a classificação,
como princípios, aumenta sua importância e redefine o formato de organização da nova
versão de recomendações do W3C. Mesmo que as diretrizes referenciem uma vasta
quantidade de cenários, pode ser que elas não sejam suficientes para assegurar o acesso à
informação por pessoas que tenham vários tipos, níveis e combinações de deficiências. Essas
diretrizes auxiliam na elaboração de um conteúdo mais usável por pessoas idosas e com
melhor usabilidade por usuários em geral. Cada uma das diretrizes demonstra um determinado
número de critérios de sucesso, que descrevem detalhadamente o que deve ser satisfeito para
atender o padrão (W3C, 2008).
7
Disponível em: http://mobilewebbestpractices.com/

25
As diretrizes do conjunto WCAG 2.0 são descritas a seguir, agrupadas nos seus
respectivos princípios (W3C, 2008):

1. Perceptível
a. Alternativas textuais: fornecer alternativas textuais para conteúdos não textuais;
b. Mídias temporais: fornecer alternativas para mídias temporais;
c. Adaptabilidade: elaborar conteúdo que permita ser disponibilizado de maneiras
distintas sem desfazer da informação ou estrutura;
d. Distinguíveis: auxiliar aos usuários ver e ouvir o conteúdo, indicando foco ao
conteúdo principal disponibilizado.
2. Operável
a. Acessível pelo teclado: permitir que todas as funcionalidades sejam acessíveis pelo
teclado;
b. Tempo suficiente: fornecer tempo suficiente para a leitura e utilização dos
conteúdos;
c. Apreensibilidade: conteúdos que possam causar receio nos usuários não devem ser
estruturados no sistema, como flashs de frequência mais que três vezes por segundo;
d. Navegabilidade: fornecer recursos que auxiliem a navegação do usuário, busca por
conteúdos e localização.
3. Compreensível
a. Legível e compreensível: fornecer o conteúdo de forma legível e atingívelpelos
usuários;
b. Previsibilidade: os sistemas devem surgir e operar por meios previsíveis;
c. Assistência de entrada: orientar os usuários a evitar e reparar erros;
4. Robusto
a. Compatibilidade: potencializar a compatibilidade com agentes de usuário e
tecnologias concedidas atualmente ou no futuro.

26
6. Softwares para Pessoas Portadores de Deficiência Visual

A seguir serão mostrados alguns softwares disponíveis para deficientes visuais. Estes tem um
papel importantíssimo, pois não ajudam somente os deficientes visuais, mas também os
desenvolvedores, pois estes podem usufruir os mesmos, usando-os em seus serviços,
tornando-o acessível a todos.

Serão apresentados o DOSVOX, que se trata de um leitor de telas para computadores de


mesa, e o talckBack que também é um leitor de telas, porém para dispositivos móveis. O
talckback é um aplicativo nativo do sistema operacional android.

6.1 DOSVOX

Desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de


Janeiro (UFRJ), o DOSVOX é um sistema para computadores, que realiza a comunicação
com o usuário por meio de síntese de voz, possibilitando o uso do computador por pessoas
portadoras de deficiência visual, que adquirem, nas ações do cotidiano em casa ou no
trabalho, independência. O sistema realiza a comunicação com o deficiente visual através de
síntese de voz em Português, sendo que a síntese de textos pode ser configurada para outros
idiomas.

Segundo o Professor do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ, Antônio Jose


Borges (Dosvox – 2002), o impacto do sistema DOSVOX sobre a comunidade de pessoas
portadoras de deficiência visual é grande, e pode ser avaliado pela imensa repercussão na
imprensa escrita, falada e televisada. O projeto DOSVOX pode ser uma cunha que abra novos
espaços a uma parte importante da população brasileira, cujo destino forçou a uma série de
limitações. Com o uso efetivo do sistema, adaptado a reais necessidades das pessoas
portadoras de deficiência visual do Brasil, espera-se dar mais um passo no sentido de fazer
dessas pessoas elementos mais produtivos e melhor integrados à sociedade.

27
6.2 Google TalkBack

Para Android temos um serviço semelhante ao DOSVOX, o Google TalkBack é um


aplicativos para dispositivos móveis, que vem pré-instalado nos celulares, além disso o
Android inclui várias funcionalidades que suportam o acesso para usuários com deficiência
visual.

O TalkBack é um serviço de acessibilidade que ajuda o usuário portador de deficiência


visual a interagir com o dispositivo. O Talkback implementa respostas faladas, audíveis e por
vibração ao dispositivo. Como se trata de um aplicativo do sistema pré-instalado ele é
automaticamente atualizado quando são implementadas melhorias no serviço de
acessibilidade. Umsistema de voz é utilizado para informar aos usuários os resultados das
ações efetuadas no dispositivo, como abertura de programas, eventos e notificações. Através
de configurações do aplicativo é possível que o usuário modifique a tela do dispositivo e as
opções de som, como o aumento do tamanho do texto, ou no caso de ausência total de visão
pode-se alterar a velocidade em que o texto é falado8.

Com essas funcionalidades de aplicativos disponíveis em serviços pré-instalados no


Android pode-se dizer que se torna fácil o desenvolvimento de aplicativos, programas e
serviços com acessibilidade a pessoas portadoras de deficiência visual.

8
Disponível em: http://developer.android.com/design/patterns/accessibility.html

28
7. Desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis

Com o constante crescimento do uso de dispositivos móveis, é necessário uma aceleração


também por parte de quem desenvolve aplicativos para estes. Desenvolver aplicações móveis
é uma tarefa necessária nos dias de hoje tendo em vista essa crescente evolução da sociedade
para com os dispositivos. Para isso, é necessário que os desenvolvedores estejam sempre
buscando novas ideias, visando levar aos usuários além de entretenimento, também
aplicativos funcionais que proporcionem a eles fazerem em qualquer lugar, o que antes
conseguiriam apenas nas suas casas, em seus computadores de mesa.

A seguir é apresentada a uma das plataformas disponíveis para o desenvolvimento de


aplicativos para Android, bem como linguagens e IDEs (do inglês Integrated Development
Environment ou Ambiente Integrado de Desenvolvimento)

7.1 Android

Apesar de existirem diversos sistemas operacionais disponíveis para uso nos dispositivos
móveis, o Android, abrange uma maior gama de usuários, e está em constante crescimento
segundo a GARTNER9. O Android é open source(Código aberto) baseado no sistema
operacional LINUX e com documentação acessível para desenvolvedores, facilitando o
desenvolvimento e o tornando mais ágil.

De acordo com Lucio e Michel(2009), o Android foi construído com a intenção de


permitir aos desenvolvedores criar aplicações móveis que possam tirar total proveito do que
um aparelho portátil possa oferecer. Foi construído para ser aberto, por exemplo, uma
aplicação pode apelar a qualquer uma das funcionalidades de núcleo do telefone, tais como
efetuar chamadas, enviar mensagens de texto ou utilizar a câmera, o que permite aos
desenvolvedores adaptarem e evoluírem cada vez mais essas funcionalidades.

O SDK (Software Development Kit) do Android e sua documentação encontram-se


disponíveis para download, fato este que possibilita que qualquer pessoa consiga acessa-los
para estudar a sua API e desenvolver aplicativos para a plataforma.

9
Disponível em: http://www.gartner.com/newsroom/id/2674215

29
Para Joao Bosco(Google Android), antes, o mercado de desenvolvimento para
celulares era basicamente restrito aos fabricantes e operadoras que comandavam a concepção
e inclusão dos aplicativos em seus aparelhos. A disponibilização, por parte dos fabricantes, de
um kit de desenvolvimento de software (SDK) para suas plataformas e a criação de lojas para
a distribuição de aplicativos viabilizou a abertura deste mercado para qualquer empresa ou
desenvolvedor, criando assim novas oportunidades de negócio.

De acordo com o guia de acessibilidade do Android Developers, inúmeros usuários do


Android possuem capacidades distintas, que os limita e impõe uma interação diferente com
seus dispositivos. Alguns com dificuldades auditivas, idosos que tem a visão diminuída, e no
caso do foco deste estudo, os deficientes visuais. O Android tem avançado bastante em
questão de acessibilidade, oferecendo a estes usuários a possibilidade de usufruir facilmente
os recursos de seus dispositivos. Os desenvolvedores podem se beneficiar desses recursos,
usando-os em seus aplicativos criados, abrangendo um número maior de usuários com
possibilidade de usa-los. Inclusive é disponibilizado aos desenvolvedores um guia para
criação de aplicações voltadas a acessibilidade, nele contém boas práticas de
desenvolvimento, check-lists de acessibilidade, e como podem ser usados os recursos da API
para elaboração dos serviços para aplicativos, que os tornem mais acessíveis.

7.2 Java

A linguagem Java é a base para praticamente todos os tipos de aplicações em rede e é o


padrão global para o desenvolvimento e distribuição de aplicações móveis e incorporadas,
jogos, conteúdo baseado na Web e softwares corporativos. Com mais de 9 milhões de
desenvolvedores em todo o mundo, de forma eficiente, o Java permite que você desenvolva,
implante e use aplicações e serviços estimulantes.

A linguagem Java possui muitas características positivas, por isso desenvolvedores


tem razões por optarem por ela para o desenvolvimento de suas aplicações. A linguagem foi
experimentada, apurada e aprovada por uma comunidade diligente de desenvolvedores,
arquitetos e apreciadores do Java, foi elaborado para comportar o desenvolvimento de
aplicações portáteis de alto desempenho para as mais variadas plataformas de computação
disponíveis. A linguagem permite aos desenvolvedores a implementação desoftwares em
determinadas plataformas e o executarem virtualmente em qualquer outra plataforma. Entre

30
outras características permite também o desenvolvimento de aplicações potentes e eficientes
para telefones celulares, processadores remotos, micro controladores, módulos sem fio,
sensores, gateways, produtos de consumo e qualquer outro dispositivo eletrônico.

31
8. Aplicativos para dispositivos móveis para o uso do transporte coletivo
Serão avaliados quatro aplicativos, para auxílio no uso de transporte público: BusAlert(SP),
Cadê o ônibus?(SP), Hora do ônibus(Vários estados), ônibus ao vivo(SP). Como critério de
escolha foi utilizado a facilidade na instalação, tendo em vista que alguns dos aplicativos
disponíveis, não puderam nem ser testados, devido a problemas na localização.

8.1 Bus Alert

O Busalert é um aplicativo para dispositivos móveis desenvolvido para auxiliar o passageiro


usuário comum, como também aquele portador de deficiência visual, a monitorar as distâncias
e/ou o tempo de chegada entre o ônibus mais próximo e o ponto de ônibus onde ele se
encontra.

O Busalert, utilizado pelo passageiro, consiste em um aplicativo instalado no


dispositivo móvel, que avisa o momento em que o ônibus de aproxima da parada e transmite
um sinal sonoro avisando o deficiente visual. Atualmente tem 40 pontos numerados na cidade
de Sao Carlos, em que já estão efetivamente implantados o sistema.

O Busalert também ajuda o usuário na hora de desembarcar. Ele insere o ponto que vai
descer, quando o sistema estiver a um ponto do indicado, um alarme soa e ele pode dar o sinal
de parada, ou seja, ele nunca vai descer no ponto errado. O sistema do Busalert está em fase
de testes, porém segundo o proprietário da empresa responsável pelo transporte coletivo de
São Carlos, Miguel Cimatti, a ideia é ampliar para todos os passageiros e linhas da cidade.

8.2 Cadê o Onibus?

O Cadê o ônibus? é um aplicativo para Android, iOS e Windows Phone destinado aos
usuários de transporte público em São Paulo. Ele é ideal para quem quer acompanhar as
linhas que sempre utiliza, assim como pesquisar pontos próximos de sua localização. Com ele
é possível pesquisar qualquer linha de ônibus da cidade (SPTrans e EMTU) pelo número da
linha ou pelo nome. O aplicativo concede os dois sentidos do ônibus e o usuário pode
visualizar todas as ruas por quais a linha passa, além da sua rota no mapa.

32
Também é possível verificar se existem pontos próximos ao usuário, através da
localização GPS. Além disso, o serviço permite filtrar a busca de pontos por sentidos – bairro
ou centro.

8.3 Hora do Onibus

O Hora do Ônibus é um aplicativo para Android que permite que o usuário tenha todos os
horários do transporte coletivo metropolitano do estado de São Paulo, onde eles podem
realizar a busca por linha ou rua. É possível estimar o tempo para que o próximo ônibus
chegue ao ponto, tudo isso sem depender da internet. Se o usuário estiver conectado tem a
possibilidade de acompanhar o ônibus em tempo real.

8.4 Ônibus ao vivo

O Ônibus ao Vivo é um aplicativo para Android e Windows Phone que disponibiliza ao


usuário informações sobre as linhas de ônibus de São Paulo e Grande SP. Através dele é
possível verificar onde está o veículo no horário exato, é possível também encontrar a parada
mais próxima de onde está receber alertas de quando o coletivo estiver se aproximando, entre
outras funcionalidades.

O aplicativo mostra o itinerário realizado por uma determinada linha, apresentando os


locais onde há parada, informações sobre horários, dias e tempo médio de espera para cada
dia da semana. Cada linha de ônibus mostrada é indicada se é adaptada para pessoas com
necessidades especiais.

33
9. Comparativo Usabilidade

Na tabela de usabilidade(Tabela 1) serão comparados os aplicativos BusAlert, Cadê o ônibus,


Hora do ônibus e Ônibus ao vivo, seguindo as 10 heurísticas de usabilidade indicadas por
Nielsen(1993).

A seguir é apresentada a lista com cinco tarefas, ao qual foram seguidas, para a
aplicação da avaliação de usabilidade, essas tarefas foram seguida sem todos os aplicativos
avaliados, a partir dela foi possível identificar quais os aplicativos atendem as heurísticas
apresentadas.

Tarefas: Procurar por uma linha de ônibus, procurar por um ponto de ônibus, consultar
itinerário do ônibus, adicionar uma linha aos “Favoritos”, consultar localização do ônibus.

Em seguida será preenchida a tabela, informando se o aplicativo “atende”, “atende em


partes” ou “não atende” as heurísticas descritas na tabela. Itens que não tiverem relevância
suficiente para avaliação serão descritos como “não se aplica”.

34
Tabela 1 – Tabela de Usabilidade

Heurísticas/ Aplicativos BusAlert Cadê o Hora do Ônibus


Ônibus Ônibus ao vivo
Visibilidade do status do sistema Atende em Atende Atende em Atende
partes partes
Compatibilidade do sistema com o mundo real Atende Atende Atende Atende

Controle do usuário e liberdade Não atende Atende Atende Atente

Consistência e padrões Atende Atente Atende Atende

Prevenção de erros Não atende Atende Não atende Não se plica

Reconhecimento ao invés de relembrança Não atende Atende Atende em Atende


partes
Flexibilidade e eficiência de uso Não se aplica Não se aplica Atende Não se
aplica
Estética e Design Minimalista Atende Não Atende Não atende Atende em
partes
Ajudar usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir Atende em Atende Não se aplica Não se plica
erros partes
Help e Documentação Não atende Atende Atende em Atende em
partes partes

9.1 Análise detalhada por aplicativo avaliado


A seguir estará descrito a análise detalhada de cada uma das dez heurísticas em cada um dos
aplicativos avaliados.

9.1.1 Bus Alert

Visibilidade do status do sistema: Quanto a visibilidade do status sistema, conclui-se que o


BusAlert atende em partes, pois na tarefa 2, cuja finalidade era a procura por um ponto de
ônibus, ao digitar o número do ponto. O sistema não emite nenhum tipo de aviso que a
informação está sendo buscada, sendo visualizada a mensagem apenas no final de todo o
preenchimento necessário. Porém em outras situações foram emitidos alertas aos usuários.
Compatibilidade do sistema com o mundo real: O aplicativo atende a heurística de
compatibilidade com o mundo real, pois possui linguagem semelhante a realidade dos
usuários.
Controle do usuário e liberdade: Foi verificado que o aplicativo não atende a esse quesito,
pois ele não apresenta nenhuma opção de voltar na execução das tarefas 1 e 2 o sistema
não apresentou quaisquer tipo de opção para o retorno ao menu principal do aplicativo, sendo
necessário ir até o final da digitação dos dados e aguardar o alerta de erro ou de linha ou ponto
não encontrado.

35
Consistência e padrões: No quesito consistência e padrões o aplicativo atende as necessidades,
tendo coerência no uso dos termos e palavras, deixando as informações claras para o usuário.
Prevenção de erros: Foi constatado que na prevenção de erros o aplicativo não atende, pois é
necessária uma navegação pelas telas até o fim do preenchimento de todos os campos, para só
então receber um alerta de erro, sendo que esse erro poderia ter sido evitado com uma
mensagem ao usuário.
Reconhecimento ao invés de relembrança: O aplicativo não atende este quesito, pois para
informar um ponto ou linha nas tarefas 1 e 2, é necessário o acesso a lista de pontos e linhas
através de um menu, ou seja, o usuário deve verificar o número da linha ou ponto desejado e
memorizar, para preencher esses dados depois na sequencia de informações a serem digitadas.
Flexibilidade e eficiência de uso: Não foi identificado qualquer tipo de aceleração para
usuários com mais experiências nas tarefas realizadas no uso do sistema.
Estética e Design Minimalista: O aplicativo atende bem essa heurística, apresentando
mensagens relevantes do sistema, sem mostrar irrelevantes tornando o aplicativo mais
eficiente.
Ajudar usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros: Ao final da digitação que informa
pontos e linhas para busca nas tarefas 2 e 3, o sistema informa claramente que aconteceu um
erro, com mensagem clara e de fácil entendimento. Porém foi destacado que atende em partes,
pois o sistema poderia avisar o erro antes que o usuário chegue ao final da digitação.
Help e Documentação: O aplicativo não atende porque não apresentou qualquer
documentação de ajuda ou informativa sobre o aplicativo.

36
9.1.2 Cadê o ônibus?

Visibilidade do status do sistema: Foi atribuído que o aplicativo atende a esse quesito, pois na
tarefa 2 e 3 quando foi efetuada busca por pontos e linhas o sistema emitiu avisos que a
informação estava sendo buscada, bem como se não houve resultados para a busca.
Compatibilidade do sistema com o mundo real: O aplicativo atende a heurística de
compatibilidade com o mundo real, pois apresenta uma linguagem semelhante a realidade dos
usuários.
Controle do usuário e liberdade: O aplicativo atende a heurística de controle do usuário e
liberdade, pois ele permite que o usuário retorne a tela anterior quando constatado um erro,
dando assim liberdade ao usuário, sem força-lo a realizar uma ação estabelecida pelo
aplicativo.
Consistência e padrões: O aplicativo atende as necessidades, pois possui coerência no uso dos
termos e palavras, deixando as informações claras para o usuário.
Prevenção de erros: Ao executar as tarefas 2 e 3, o aplicativo apresentou uma prevenção de
erros, indicando que deveria ser informado pelo menos três caracteres para efetuar a busca,
por isso foi descrito como atende a heurística.
Reconhecimento ao invés de relembrança: O aplicativo atende as necessidades, pois possui
interface intuitiva, com cores distintas que ajudam na identificação do botão a ser clicado para
determinada ação, tornando assim de fácil reconhecimento o sistema.
Flexibilidade e eficiência de uso: Não foi identificado qualquer tipo de aceleração para
usuários com mais experiências nas tarefas realizadas no uso do sistema.
Estética e Design Minimalista: No decorrer das tarefas realizadas, foram constatadas, muitas
propagandas externas, podendo ser vistas como mensagens irrelevantes. Isso tira a atenção do
usuário do aplicativo e das ações do sistema, voltando a atenção para propagandas que muitas
vezes não interessam ao usuário.
Ajudar usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros: O sistema informou algumas
mensagens de erro, como digitação insuficiente, ou que o ponto ou linha buscada não existe.
Help e Documentação: O sistema possui uma documentação de ajuda, e um informativo com
descrição satisfatória do sistema que ajudam na interação ou eventual dificuldade do usuário.
Por isso o aplicativo atende as necessidades dessa heurística.

37
9.1.3 Hora do ônibus

Visibilidade do status do sistema: Foi destacado como “atende em partes”, pois o sistema
apresenta algumas mensagens de informativo do que está acontecendo, porém nas tarefas 1 e
2 que busca por pontos e linhas, não foi informado qualquer tipo de mensagem, nem para
buscas que obtiveram resultados. Também ao executar a tarefa 4, para adicionar uma linha ou
ponto aos favoritos, não informou uma mensagem dizendo que a linha em questão foi
adicionada aos favoritos.
Compatibilidade do sistema com o mundo real: O aplicativo atende a quanto a
compatibilidade com mundo real, pois apresenta textos e mensagens condicentes com o
mundo real de cada usuário.
Controle do usuário e liberdade: O aplicativo atendeu as necessidades para a heurística de
controle de usuário e liberdade, pois nas tarefas executadas, marcar e desmarcar rapidamente
as linhas disponíveis, dando liberdade ao usuário na execução das tarefas.
Consistência e padrões: O aplicativo apresenta consistência e padrão, pois apresenta ícones e
mensagens coerentes com as descrições facilitando a identificação por parte do usuário.
Prevenção de erros: Na busca por um ponto ou linha, que são respectivamente das tarefas 2 e
3, não há uma mensagem de erro, para quando o usuário digite um nome ou número de linha
ou ponto que não exista, tampouco ele informa que a busca não retornou nenhum resultado.
Por isso foi descrito por não atender a necessidade.
Reconhecimento ao invés de relembrança: O aplicativo atende em partes essa heurística, pois
ele incentiva o reconhecimento ao invés da lembrança através de ícones intuitivos, porém por
outro lado ele não é exatamente um aplicativo que ofereça um diálogo com o usuário.
Flexibilidade e eficiência de uso: Quanto a flexibilidade e eficiência de uso, o aplicativo
“Cadê o ônibus”, atende as necessidades, pois ele apresenta atalhos onde mostra a descrição
das linhas escolhidas, o usuário pode mudar para qualquer uma das suas linhas favoritas,
agilizando o uso do aplicativo.
Estética e Design Minimalista: Da mesma forma que outros aplicativos, o “Cadê o ônibus”
não atende esse requisito, pois apresenta propagandas externas, irrelevantes para o usuário,
tornando mais custosa a realização das tarefas propostas.
Ajudar usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros: Não se aplica.
Help e Documentação: O aplicativo atende apenas em partes, essa heurística, pois apesar dele
apresentar uma seção “sobre” com informações do aplicativo, ele não apresentou nenhum tipo
de ajuda ao usuário.

38
9.1.4 Ônibus ao vivo

Visibilidade do status do sistema: Foi classificado como “atende”, pois ao executar a tarefa 4
informa aos usuários o feedback da ação, como por exemplo, uma mensagem dizendo que o
item foi adicionado aos favoritos com sucesso.
Compatibilidade do sistema com o mundo real: O aplicativo atende as necessidades desse
requisito, pois utiliza palavras no contexto do usuário, sem mensagens descritas com
linguagem de sistema.
Controle do usuário e liberdade: O aplicativo também preenche esse requisito, pois apresenta
ao usuário opções para retorno e controle através de saídas de emergência.
Consistência e padrões: O aplicativo atende esse quesito, pois, tem ícones, mensagens e
descrições coerentes com o sistema.
Prevenção de erros: Não foi identificado nenhum tipo de erro durante a execução das tarefas.
Reconhecimento ao invés de relembrança: Na execução de algumas tarefas como busca de
linhas, busca de pontos, ou até mesmo adicionar um item aos favoritos, o sistema apresentou
logs, com mensagens de erro, ajudando e orientando o usuário, portanto o aplicativo atende as
necessidades.
Flexibilidade e eficiência de uso: Não foi identificado qualquer tipo de aceleração para
usuários com mais experiências nas tarefas realizadas no uso do sistema.
Estética e Design Minimalista: O aplicativo foi marcado como atende em partes, esse quesito,
pois nas tarefas executadas, o aplicativo informou diálogos relevantes com o sistema. Porém o
aplicativo possui muitas propagandas, retirando o foco real do aplicativo, para um caminho
onde o usuário talvez nem esteja interessado.
Ajudar usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros: Não foram identificadas
mensagens de erro para verificar se o aplicativo atende essa heurística.
Help e Documentação: O aplicativo atende em partes esse quesito, pois apesar dele apresentar
uma seção Sobre, com informações e links para ajuda, não possui opção de busca rápida para
tirar dúvidas.

39
10. Comparativo Acessibilidade

A seguir baseando-se nas diretrizes e seus respectivos princípios do conjunto WCAG


2.0(2012) será preenchida a tabela de comparativo de acessibilidade. Serão efetuadas as
mesmas tarefas executadas no comparativo de usabilidade, e após essas tarefas, será indicado
na tabela se os aplicativos “atendem”, “não atendem” ou “atendem em partes” as diretrizes de
acessibilidade.

Tabela 2 – Tabela de Acessibilidade

Principio 1 – Perceptível

Diretrizes/ Aplicativos BusAlert Cadê o Hora do Ônibus ao


Ônibus Ônibus vivo
Alternativas textuais Não se Não atende Atende Atende
aplica
Mídias temporais Não se Não se Não se Não se
aplica aplica aplica aplica
Adaptabilidade Não se Não se Não se Não se
aplica aplica aplica aplica
Distinguíveis Atende em Não atende Atende Atende em
partes partes

Princípio 2 – Operável
Acessível pelo teclado Não se Não se Não se Não se
aplica aplica aplica aplica
Tempo suficiente Não se Não se Não se Não se
aplica aplica aplica aplica
Apreensibilidade Atende Não atende Atende Atende

Navegabilidade Não atende Não atende Atende Atende

Princípio 3 – Compreensível

Legível e compreensível Atende Não atende Atende Atende

Previsibilidade Não se Não se Não se Não se


aplica aplica aplica aplica
Assistência de entrada Atende Não se Não se Atende
aplica aplica
Princípio 4 – Robusto

Compatibilidade Não se Não se Não se Não se


aplica aplica aplica aplica

40
10.1 Análise detalhada por aplicativo avaliado

Para realização das tarefas de acessibilidade, foi ativado o sistema talckBack, assim foi
possível ter uma percepção mais real do uso do aplicativo por parte dos portadores de
deficiência visual.

A seguir segue a descrição de cada aplicativo, separado pelos princípios e suas


respectivas diretrizes.

10.1.1 Bus Alert

Princípio 1- Perceptível:
Alternativas textuais: O aplicativo não possui imagens, não sendo possível verificar se
existe texto para algum conteúdo não textual.
Mídias temporais: Não foi possível identificar esse tipo de mídia.
Adaptabilidade: Não se aplica.
Distinguíveis: Com talckback do dispositivo móvel ativado foi constatado que o aplicativo
atende em partes essa diretriz, pois apesar de ler algumas telas, nem todos os textos foram
lidos pelo aplicativo, tendo difícil acesso aos números das linhas e pontos.

Princípio 2 - Operável:

Acessível pelo teclado: Não se aplica.


Tempo suficiente: Não se aplica.
Apreensibilidade: Atende, porque durante a execução das tarefas não apresentou
quaisquer conteúdos que possam causam alguma apreensão nos usuários.
Navegabilidade: Não atende essa diretriz, pois ao realizar a tarefa 2 e 3, que busca por
pontos e linhas, ele não apresenta busca de conteúdo diretamente na caixa de edição, tendo
que acessar um menu para então inserir o numero da linha ou ponto.

Princípio 3 - Compreensível

Legível e compreensível: Satisfaz a diretriz, pois possui conteúdos acessíveis a todos os


usuários.
Previsibilidade: Não se aplica.

41
Assistência de entrada: Satisfaz essa diretriz, pois nas tarefas 2 e 3, quando faz algum
tipo de busca ele informa o usuário com mensagens de erro, por exemplo ao tentar clicar
no botão de busca sem digitar algum caractere.

Princípio 4 - Robusto

Compatibilidade: Não se aplica.

42
10.1.2 Cadê o Ônibus
Princípio 1- Perceptível:
Alternativas textuais: O aplicativo atende essa diretriz, pois já na primeira tela apresenta
imagens, todas com descrição textual.
Mídias temporais: Não foi possível identificar esse tipo de mídia.
Adaptabilidade: Não se aplica.
Distinguíveis: O aplicativo não atende essa diretriz, pois o conteúdo textual, não está
devidamente nomeado, ao clicar em um botão para executar a tarefa de busca por pontos, o
áudio do talckback fala em voz alta o nome do botão, e não a ação dele tornando
impossível de um portador de deficiência visual usar esse aplicativo.

Princípio 2 - Operável:

Acessível pelo teclado: Não se aplica.


Tempo suficiente: Não se aplica.
Apreensibilidade: Não atende, pois o usuário não tem conhecimento do que quer dizer
cada um dos botões porque como citado anteriormente o talckback lê o nome dos botões e
eles não estão devidamente nomeados, isso implica na apreensão do usuário que está
tentando usar o aplicativo.
Navegabilidade: O aplicativo não atende essa diretriz, pois o usuário que não tem
conhecimento de que tipo de ação o botão clicado faz não consegue nenhum tipo de busca
por conteúdo.

Princípio 3 – Compreensível:

Legível e compreensível: O aplicativo não possui legibilidade para os conteúdos, pois


usuários portadores de deficiência visual não têm condições de acesso ao conteúdo.
Previsibilidade: Não se aplica.
Assistência de entrada: Não se aplica, pois não foi possível identificar já que não foi
possível realizar nenhuma das tarefas utilizando o talckback.

Princípio 4 – Robusto:

Compatibilidade: Não se aplica.

43
10.1.3 Hora do ônibus

Princípio 1- Perceptível:

Alternativas textuais: Atende, pois apresenta alternativas textuais para conteúdos não
textuais como ícones do menu por exemplo.
Mídias temporais: Não foi possível identificar esse tipo de mídia.
Adaptabilidade: Não se aplica.
Distinguíveis: O aplicativo satisfaz essa diretriz, pois através do talckback foi possível
ouvir todas as informações da tela, os botões estavam todos descritos pela sua ação.

Princípio 2 - Operável:

Acessível pelo teclado: Não se aplica.


Tempo suficiente: Não se aplica.
Apreensibilidade: Atende, pois tem conteúdo limpo e de fácil percepção.
Navegabilidade: Na execução das tarefas 1 e 2 onde foi feita buscas por pontos e linhas,
foi satisfatório pois obteve-se facilidade na busca desses conteúdos.

Princípio 3 - Compreensível

Legível e compreensível: Conteúdo legível e compreensível, em todas as tarefas


executadas.
Previsibilidade: Não se aplica.
Assistência de entrada: Não foi possível verificar nas tarefas executadas.

Princípio 4 - Robusto

Compatibilidade: Não se aplica, pois não foi feita verificação de compatibilidade do


aplicativo com outras tecnologias.

44
10.1.4 Ônibus ao vivo

Princípio 1- Perceptível:

Alternativas textuais: Foram identificadas alternativas textuais, em ícones e botões,


tornando satisfatório para essa diretriz.
Mídias temporais: Não foi possível identificar esse tipo de mídia.
Adaptabilidade: Não foi possível verificar essa diretriz através das tarefas realizadas
Distinguíveis: Foi verificado que atende em partes, pois apesar de identificar e ler a
maioria dos ícones foi colocado um botão de pesquisar, sem nome.

Princípio 2 - Operável:

Acessível pelo teclado: Não se aplica.


Tempo suficiente: Não se aplica.
Apreensibilidade: O aplicativo possui conteúdo limpo, sem conteúdos apreensivos ao
usuário.
Navegabilidade: Na execução das tarefas o aplicativo apresentou boa navegabilidade,
sendo de fácil inserção e busca de conteúdos.

Princípio 3 - Compreensível

Legível e compreensível: Atende, pois durante a execução de tarefas apresentou conteúdo


legível e compreensivo.
Previsibilidade: Não se aplica.
Assistência de entrada: Atende, pois emite uma mensagem indicando que precisa de três
dígitos para efetuar uma busca.

Princípio 4 - Robusto

Compatibilidade: Não se aplica

45
11. Conclusão

Este trabalho teve como finalidade apresentar uma análise feita de aplicativos para
dispositivos móveis que oferecem aos seus usuários auxílio no uso do transporte público
coletivo. Esta análise foi motivada devido as dificuldades evidenciadas por usuários
portadores de deficiência visual têm em utilizar os aplicativos disponíveis para o auxílio no
uso do transporte coletivo. Não foi encontrado nenhum aplicativo que atendesse
especialmente esses usuários portadores de deficiência visual.

Atualmente existem no mercado muitos aplicativos que fornecem informações sobre


transporte público que proporcionam o total controle de horários, localização e informações
do transporte coletivo, destes aplicativos. Quatro foram selecionados para uma análise
comparativa, onde foram comparados pela usabilidade e acessibilidade. Os aplicativos
analisados foram: BusAlert, Cadê o Ônibus, Hora do Ônibus e Ônibus ao vivo, todos foram
instalados em um dispositivo móvel com sistema operacional Android.

Os aplicativos foram analisados, e a partir de uma lista de tarefas que foram seguidas
igualmente para todos os aplicativos analisou-se as dez heurísticas de usabilidade descritas
por Nielsen(1993). Em seguida as diretrizes de acessibilidade descritas no WCAG 2.0(2012).
Foram preenchidas as tabelas de acordo com o atendimento ou não aos requisitos por parte
dos aplicativos. Sendo indicados especificadamente se atendem ou não atendem cada item de
usabilidade e acessibilidade descrito na tabela.

Através dessa análise, percebeu-se os problemas existentes nos aplicativos disponíveis,


tanto na usabilidade que serve para usuários em geral, quanto na acessibilidade que no caso
do trabalho em questão que serve para portadores de deficiência visual. Alguns dos problemas
são percebidos somente por portadores de deficiência visual, que dependem de outro
aplicativo para fazer a leitura da tela, esses problemas implicam no seu uso, e por vezes não
conseguem nem sequer usa-los.

Com os resultados da análise pode-se concluir que, todos tiveram pelo menos um
requisito não atendido, tanto no comparativo de usabilidade, quanto no comparativo de
acessibilidade. Um usuário portador de deficiência visual não poderá ter acesso a esses
aplicativos. O talckback apenas lê as telas, a programação por trás delas deve ser clara e

46
documentada, para que os leitores de telas consigam reproduzir o que vemos pra que eles
possam ouvir.

Por fim, conclui-se que se os desenvolvedores deveriam aplicar as técnicas apresentadas


nesse trabalho para o desenvolvimento de seus aplicativos. O uso dessas técnicas daria a
possibilidade a seus aplicativos de serem usados por muito mais pessoas, promovendo a
acessibilidade. Como foi descrito nesse trabalho as heurísticas de usabilidade e as diretrizes
de acessibilidade estão disponíveis juntamente com toda sua documentação, elas só precisam
ser usadas.

47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IDGNOW, (2014), “Até 2017, o Brasil terá 70,5 milhões de usuários de smartphones em uso” -
http://idgnow.com.br/blog/circuito/2014/01/22/base-de-usuarios-de-smartphones-na-america-latina-vai-
aumentar-283-em-2014/- Acesso em Junho de 2014

PORTAL G1 - Aplicativo de celular ajuda deficientes visuais com o transporte coletivo -


http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2012/07/aplicativo-de-celular-ajuda-deficientes-visuais-com-o-
transporte-coletivo.html– Acesso em: Junho de 2014

GLEIDY FOSCHETTI. (2008) – “Sistema de Posicionamento Global (GPS) Aplicabilidade no monitoramento


do transporte coletivo de passageiros.” Belo Horizonte – MG

LETHAM, L. GPS Made easy: using global positioning systems in the outdoors. Seattle: Published by The
Mountaineers, 1996.

MONICO, J. F. G.. Posicionamento pelo Navstar-GPS: descrição, fundamentos e aplicações São Paulo: UNESP,
2000.

CAMPBELL, Larry. Trabalho e cultura: meios de fortalecimento da cidadania e do desenvolvimento humano.


Revista Contato – Conversas sobre Deficiência Visual – Edição Especial. Ano 5, número 7 – Dezembro de 2001.

Presidência da República – Casa Civil – DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004. – Disponivel


em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm - Acesso em Julho de 2014

CONFORTO, Débora e SANTAROSA, Lucila M. C. Acessibilidade à Web : Internet para Todos . Revista de
Informática na Educação: Teoria, Prática – PGIE/UFRGS. V.5 N˚ 2 p.87-102. nov/2002

TORRES, ELIZABETH FATIMA, MAZZONI, ALBERTO ANGEL.(2004) – “Conteúdos digitais multimídia:


o foco na usabilidade e acessibilidade”. Brasilia.

PEREIRA, LUCIO CAMILO OLIVA E DA SILVA, MICHEL LOURENÇO(2009) – Android para


desenvolvedores.

MONTEIRO, JOAO BOSCO – Google Android – “Crie aplicações para celulares e tablets. Casa do código –
Livros para programador.”
(ISO 9241-11, 2010) ISO 9241-11 - Ergonomic requirements for office work with visual displayterminals (vdts)
- part 11: guidance on usability. [S.l.], International Standards Organization, NY, 2010.

PROJETO DOSVOX – Núcleo de Computação Eletrônica – UFRJ(2002). Disponível em:


http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox - Acesso em Julho de 2014

(ISO/IEC 9126, 2001) International Organization for Standarization, "ISO Standard 9126: Software Engineering
– Product Quality, parts 1, 2 and 3", InternationalOrganization for Standarization, Geneve, 2001 (part 1), 2003
(parts 2 and 3)

(W3C, 1999) W3C. Web Content Accessibility Guidelines 1.0, 1999. Disponível em
http://www.w3.org/TR/WCAG10/. Acesso em: novembro de 2014.

(ISO 40500, 2012) ISO/IEC. 40500:2012 - Information technology. W3C web Content Accessibility Guidelines
(WCAG) 2.0, 2012. Disponível em:
http://www.iso.org/iso/iso_catalogue/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=58625 . Acesso em:
novembro de 2014.

48
(W3C, 2008) W3C. Web content accessibility diretrizes (WCAG) 2.0. W3C Recommendation, 2008. Disponível
em: http://www.w3.org/TR/WCAG20/. Acesso em: novembro de 2014.

(Shneiderman, 1988) Shneiderman, B. Designing the User Interface. Addison-Wesley, Reading, MA. 1998.

(Nielsen, 1993) Nielsen, J. Usability engineering. Boston, MA: Academic Press, 1993.
362p.

DIAS, ANA LUIZA(2014) – “Um processo para sistemas web com foco em acessibilidade e usabilidade” – USP
– SÃO CARLOS – Outubro de 2014.

GUEDES, GILDASIO(2009) – “Interface Humano Computador: prática pedagógica para ambientes virtuais.” –
TERESINA – Fevereiro de 2009.

49

You might also like