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Índice

Introdução 2

Metodologia 3

Apresentação Resultados 5

1. Número de escolas candidatas 5

2. Distribuição Geográfica 6

3. Resultado por Áreas de intervenção 8

3.1 Educação Alimentar / Actividade Física 10

3.2 Sexualidade e Infecções Sexualmente Transmissíveis /IST 12

3.3 Prevenção Consumo de Substâncias Psico-Activas /SPA 14

3.4 Saúde Mental e Prevenção Violência em Meio Escolar 16

4. Metodologias utilizadas 18

5. Parcerias 20

6. Destinatários 22

7. Instrumentos de Avaliação 24

8. Indicadores de Avaliação 25

9. Gabinete/Espaço de Apoio/Atendimento ao Aluno. 26

10. Professor Coordenador do PES 28

11. Apoio Financeiro 29

12. Outras áreas de intervenção 30

13. Concepção do Projecto da Educação para a Saúde com 31


base num diagnóstico

Conclusões 32

Anexos 34 ss
Edital 2009-2010

Edital 2009-10

Introdução

A exemplo de anos transactos, a Direcção Geral de Inovação e de


Desenvolvimento Curricular (DGIDC) / Núcleo de Educação para a Saúde e
Acção Social Escolar (NESASE) tem mantido a política de lançar um Edital
anual, para que os Agrupamentos e as Escolas não agrupadas possam
apresentar os seus projectos na área da Promoção e Educação para a Saúde.
Consoante os projectos apresentados, as escolas recebem apoio técnico e
financeiro, a fim de facilitar a concretização desses mesmos projectos.

Em 2009-2010, 621 Agrupamentos e Escolas não agrupadas concorreram ao


Edital, cuja Ficha Global de Projecto esteve online entre 18 de Setembro e 2 de
Outubro de 2009.

Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular -2-


- Núcleo de Educação para a Saúde e de Acção Social Escolar (NESASE)
Edital 2009-2010

Metodologia

Os Agrupamentos e Escolas não agrupadas candidatam-se ao Edital,


preenchendo on-line uma Ficha de Projecto, com as principais fases, que as
mesmas pretendem desenvolver na área da Promoção e Educação para a
Saúde.

A Ficha de Projecto1 contempla os seguintes itens:


 Identificação das escolas
 Áreas de intervenção prioritária e respectivos temas
 Destinatários
 Metodologias
 Parceiros
 Instrumentos e Indicadores de avaliação
 Número de horas dedicadas à Educação Sexual
 Número de Gabinetes de Apoio ao aluno
 Orçamento.

Dentro de cada uma das quatro (4) áreas de intervenção, o questionário


contem 8 a 10 temas diferentes, para que as escolas seleccionem os quatro
temas mais relevantes para desenvolver em meio escolar.

Simultaneamente, dado que a análise de Editais anteriores revelou a


existência de outras áreas que as escolas consideravam também como
importantes, passámos a incluir mais sete (7) áreas de intervenção: Auto-estima,
Higiene, Primeiros socorros, Saúde Oral, Ergonomia, Saúde Visual, Segurança/Prevenção de
acidentes.

Trata-se pois de uma Ficha de Projecto com perguntas maioritariamente


fechadas; as poucas perguntas abertas visam dar a possibilidade a cada
escola de se “afirmar”, caso não se reveja no conjunto de hipóteses
apresentadas.

1
Anexo 1

Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular -3-


- Núcleo de Educação para a Saúde e de Acção Social Escolar (NESASE)
Edital 2009-2010

As respostas foram fornecidas ao NESASE em ficheiro Excel. Procedeu-se a uma


análise aprofundada, tendo sido elaborados mais de cem gráficos, com o
objectivo de cruzar dados que pudessem revelar-se significantes.

Concluída esta fase, optou-se pela apresentação dos resultados item por item,
de acordo com a Ficha de Projecto e, tendo por base, o nível nacional.

A análise das áreas de intervenção incide, ao mesmo tempo, sobre os quatro


temas seleccionados, embora, sempre que se justifique, se possa fazer
referência a outros temas.

Os resultados são apresentados em termos percentuais e aproximados à


unidade.

Após a apresentação dos resultados por item, seguem-se


comentários/considerações sobre o mesmo, tendo em vista a legislação em
vigor nesta matéria, a missão da Direcção Geral de Inovação e de
Desenvolvimento Curricular em matéria de Educação para a Saúde e Acção
Social Escolar2 e o acompanhamento próximo, junto dos diferentes
estabelecimentos de ensino, em articulação com as Direcções Regionais de
Educação e outras instituições/entidades com quem a DGIDC mantém
protocolos/acordos de cooperação.

2
-Competências atribuídas ao Núcleo de Educação para a Saúde e Acção Social Escolar (NESASE).

Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular -4-


- Núcleo de Educação para a Saúde e de Acção Social Escolar (NESASE)
Edital 2009-2010

Apresentação dos resultados

1. Número de escolas candidatas:


No edital de 2009-10 e tendo por comparação o Edital de 2008-09, verificou-se
um aumento de 6% de Agrupamentos e Escolas não agrupadas a
apresentarem projectos.

Evolução do nº total de escolas/agrupamentos candidatos aos dois


últimos editais (2008/09 e 1009/10)

640

620 621

nº 600
588
580

560
2009/08 2009/10

Gráfico1

O número de escolas/Agrupamentos candidatas no presente ano lectivo


(2009-10) equivale a 51% do total de Agrupamentos e Escolas não agrupadas
a nível do sistema educativo.

Verificámos, com o objectivo de apurar a taxa de coincidência, ou seja, a


percentagem de escolas que são comuns aos três Editais, que 39% das escolas que
concorreram aos Editais de 2007/08, 2008/09 também concorreram ao Edital de
2009/10.
Mesmo considerando que, todos os anos, um número de escolas novas se
candidatam, este dado permite-nos inferir que 39% de escolas já adquiriram
esta rotina e que o Edital começa a ganhar o seu espaço, podendo ser
entendido como um instrumento de apoio na estruturação do trabalho da
escola em matéria da Promoção da Saúde.

Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular -5-


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2. Distribuição geográfica:
Vejamos, em termos percentuais, a distribuição das escolas candidatas por
cada uma das Direcções Regionais de Educação (DRE).

Distribuição das escolas/agrupamentos candidatas ao Edital 2009/10 por


DRE

6%
8%
31%
DREN
DREC
DRELVT
25% DREAlent
DREAlg

30%

Gráfico 2

Verifica-se que a maioria das escolas provêm das regiões do Norte e do


Centro, sendo a região do Algarve a que apresentou um número inferior de
escolas.
No entanto, se cruzarmos os resultados com o número de
agrupamentos/escolas não agrupadas existentes em cada Direcção Regional
de Educação, verificamos que os resultados se alteram.

Gráfico3

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Edital 2009-2010

Em relação ao número de escolas existente por região, constata-se que, em


termos relativos, a região do Centro apresenta uma maior percentagem de
escolas candidatas ao Edital, seguindo-se as regiões do Algarve e Alentejo.

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3. Resultado por Áreas de Intervenção:


Definidas por Despacho superior, as Áreas de Intervenção consideradas
prioritárias são as seguintes:
 Educação Alimentar / Actividade Física;
 Prevenção do Consumo de SPA;
 Educação Sexual e IST;
 Saúde Mental / Violência em Meio Escolar.

Verifiquemos se as áreas referidas foram objecto de um tratamento


diferenciado.

Distribuição das 4 áreas prioritárias - Edital 2009/10 - valor relativo

100 100

98
98
96

94
%
93
92

90 91

88

86
Educação Alimentar / Prevenção Consumo Educação Sexual e IST Saúde
Actividade Física de SPA Mental/Violência em
Meio Escolar

Gráfico 4

A nível nacional, constata-se que a Educação Sexual é a área mais


trabalhada (100%), seguida da Educação Alimentar (98%) e da Prevenção dos
Consumos (93%). No entanto, todas as áreas apresentam valores próximos,
superiores a 90%.

Procedendo a uma análise por Direcção Regional de Educação, verifiquemos


se esta tendência se mantém.

Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular -8-


- Núcleo de Educação para a Saúde e de Acção Social Escolar (NESASE)
Edital 2009-2010

Distribuição das 4 áreas prioritárias por DRE

100

95

90
%
85

80

75
DREN DREC DRELVT DREA DREAlg

Educação Alimentar / Actividade Física Prevenção de Consumo de SPA


Educação Sexual e IST Saúde Mental / Violência em Meio Escolar

Gráfico 5

Confirma-se que a Educação Sexual é a área mais trabalhada nas cinco


regiões, surgindo, em 2º lugar, a Educação Alimentar / Actividade Física.

A nível regional, no conjunto, observam-se algumas diferenças, no que diz


respeito à hierarquização das áreas de intervenção.
Este aspecto estará relacionado com especificidades regionais e com o
processo de autonomia das escolas, visto que o projecto educativo deve ter
em consideração a comunidade em que se insere.

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3.1. Educação Alimentar/Actividade Física.


Conforme anteriormente referido, os Agrupamentos e Escolas não agrupadas
seleccionam os quatro temas mais relevantes por cada área de intervenção.
Analisemos assim os temas mais trabalhados nesta área específica.

Distribuição dos temas priorizados pelas escolas/agrupamentos, na área da Educação


alimentar/Actividade física

90
80
70
60
50
%
40
30
20
10
0
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Gráfico 6

Verifica-se que a maioria das escolas trabalha a Promoção de


Comportamentos Alimentares Adequados (84%), seguida da Prevenção de
Doenças do Comportamento Alimentar (73%), da Inter-Relação entre
Actividade Física e Vida Saudável (61%) e, em 4º lugar, da Melhoria da Oferta
Alimentar na Escola (57%).

Considerações

Do gráfico 6, sobressai que a promoção dos comportamentos alimentares


adequados, seguida da Prevenção de doenças do comportamento alimentar
e da Inter-relação entre actividade física e vida saudável são eixos
estratégicos para o exercício de um estilo de vida saudável.

Saliente-se a preocupação manifestada pelas escolas com a adequação de


comportamentos alimentares, o que nos deixa pressupor que as orientações
emanadas pela DGIDC/NESASE, nomeadamente, o referencial sobre a oferta
alimentar em meio escolar, as circulares, têm sido progressivamente
adoptadas pelos estabelecimentos de ensino. Realce-se ainda que, em

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Edital 2009-2010

termos teóricos, a mudança de comportamentos alimentares só pode ser


eficaz, se for feita em estreita articulação com as famílias.

A escolha do tema Prevenção de doenças de comportamento alimentar


(73%) revela a preocupação das escolas com as questões da obesidade,
talvez reflexo do trabalho concertado entre a Direcção Geral de Inovação e
de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e a Direcção Geral de Saúde (DGS),
através da Plataforma Nacional contra a Obesidade.

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Edital 2009-2010

3.2. Educação Sexual e IST


Conforme já referido, os agrupamentos/escolas não agrupadas
seleccionaram os quatro temas mais trabalhados.

Distribuição dos temas priorizados pelas escolas/agrupamentos, na área da


Educação Sexual e IST

70
60
50
40
%
30
20
10
0

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Gráfico 7

Nesta área, os temas mais trabalhados são respectivamente: Afectos e


Relações Interpessoais (63%), seguido de Sexualidade Saudável (55%), de
Adolescência e Comportamentos de Risco (51%) e de Métodos
Contraceptivos (49%).

Saliente-se que a abordagem da sexualidade se centra essencialmente nos


Afectos e relações Inter-pessoais, eixo este que é transversal ao
crescimento/desenvolvimento de jovens e adolescentes.

A selecção seguinte dos temas Prevenção de comportamentos de risco e


Métodos contraceptivos parece indicar que a sua abordagem é enquadrada
por um contexto mais vasto, o dos Afectos e Relações interpessoais e
Sexualidade saudável.

A literatura científica considera que a abordagem do “risco” se revela mais


eficaz, quando devidamente contextualizada, o que nos leva a pressupor que
as escolas desenvolvem um trabalho criterioso.

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Edital 2009-2010

Considerações

Estes resultados evidenciam que os estabelecimentos de ensino se preocupam


com os mecanismos psicossociais associados aos comportamentos sexuais.

É sabido que a Educação Sexual em Meio Escolar se prende com o


desenvolvimento do indivíduo, no sentido em que a sexualidade é um eixo
estruturante do processo de crescimento individual ao longo de toda a vida.

Conforme anteriormente referido, parece haver uma certa coerência entre a


prática de abordagem evidenciada pelas escolas e o estipulado na literatura
de referência3.

3
Cf. Relatório Final, Gtes, Setembro 2007.

Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular - 13 -


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Edital 2009-2010

3.3. Prevenção de Consumos de SPA


Na área da Prevenção de Consumos de SPA, os dados revelam uma
abordagem preventiva sustentada no quadro conceptual das características
da Adolescência e Comportamentos de Risco (85%), tema este que aparece
em 1ºlugar. A seguir, temos a Prevenção do Consumo de SPA – Lícitas e Ilícitas
(61%), em 3º lugar, a Prevenção do Consumo de SPA – Tabaco (60%) e em 4º
lugar, a Prevenção do Consumo de SPA – Álcool (58%).

Distribuição dos temas priorizados pelas escolas/agrupamentos, na área da


Prevenção do Consumo de SPA

100
80
60
%
40
20
0

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Gráfico 8

Considerações
Estes resultados revelam que as escolas não só não negligenciam a
abordagem preventiva, mas também que a enquadram numa dinâmica
global do crescimento do indivíduo (Adolescência e comportamento de risco,
85%), o que corresponde a um paradigma de intervenção.

Destaque-se ainda que a Prevenção do consumo de SPA – tabaco (60%) é o


tema mais trabalhado, seguindo-se o da Prevenção do consumo de SPA -
álcool (58%). Podemos correlacionar este dado sobre o tabaco com a
promulgação da Lei 37/2007, de 14 de Agosto (Lei do Tabaco), que entrou em
vigor a 1 de Janeiro de 2008.

A Lei estabelece a proibição de fumar em determinados lugares; o que diz


respeito aos estabelecimentos de ensino, está consignado na alínea g), do nº
1 do artigo 4º. Embora já fosse proibido fumar nos estabelecimentos de ensino,

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é verdade que a entrada em vigor desta lei veio reforçar o trabalho das
escolas.

No que diz respeito ao álcool, existe uma percepção generalizada de que há


um consumo abusivo desta substância por parte dos jovens e adolescentes; no
entanto, verifica-se que este assunto, nos últimos tempos, não tem merecido a
mesma atenção que o tabaco, o que nos leva a admitir que a falta de
enquadramento legal adequado – a nova Lei do Álcool ainda não foi
promulgada – poderá contribuir para este investimento ligeiramente inferior
(58%).

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3.4. Saúde Mental / Violência em Meio Escolar:


Que conteúdos/temas da Saúde Mental/Violência em Meio Escolar privilegiam
as escolas?

Distribuição dos temas priorizados pelas escolas/agrupamentos, na área


da Saúde Mental / Violência em Meio Escolar

70
60
50
40
%
30
20
10
0

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Gráfico 9

Verifica-se que a abordagem a esta temática/problemática começa pelos


Afectos e Relações Inter-pessoais (65%), seguida do Bullying (57%), da
Violência na Escola (56%), surgindo em 4ºlugar, Regras de Disciplina e
Comportamento (51%).

Considerações
Constata-se que a escola aborda a Violência, centrando-se primeiramente
nos Afectos e Relações Interpessoais, o que manifesta uma coerência de
intervenção, nomeadamente, quando analisamos os principais temas
seleccionados na área da sexualidade (ver p.12). Pela sua expressão, as
percentagens da Violência na escola (56%) e do Bullying (57%) levam-nos a
constatar que estes assuntos adquirem um grau de importância acima dos
50%.

Em síntese, constata-se que as escolas manifestam uma preocupação


centrada na intervenção precoce, reforçando factores protectores (Afectos e

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Relações Interpessoais) associados à prevenção, sem descurar situações mais


concretas, como as Regras de Disciplina e Comportamento, por exemplo.

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4. Metodologias utilizadas
Paralelamente à selecção dos temas a trabalhar, as escolas deveriam
também indicar as metodologias utilizadas/adequadas à concretização dos
seus projectos.

Distribuição pecentual média das Metodologias utilizadas nas 4 áreas prioritárias

90
80
70
60
50
%
40
30
20
10
0

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Gráfico 10

Após análise, verificamos que há uma convergência nas metodologias


seleccionadas, ou seja, independentemente do tema a tratar, a selecção
recai essencialmente em: Palestras/Debates/Sessões de Informação-
Sensibilização (84%), em Exposição de Trabalhos/Produtos (Posters,
Powerpoints, vídeos, etc. - 80%), em Actividades de Pesquisa (76%) e em
Dinâmicas de Grupo (71%).

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Distribuição percentual das metodologias utilizadas nas 4 áreas prioritárias


100

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60
%
40

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Ed. Alim / Act. Fís. Ed Sexual / IST Cons. SPA Saúde Mental / Viol Meio Esc

Gráfico 11

A análise das metodologias, por área temática, revela algumas idiossincrasias,


nomeadamente o maior recurso à Formação e às Dinâmicas de grupo e
Dinâmicas interpares na Educação Sexual / IST (76% e 55%, respectivamente),
e a aplicação e análise de questionários e a acções de envolvimento quer
das famílias, quer da comunidade, na área da Educação Alimentar /
Actividade Física (55%, 63% e 65%, respectivamente).

Estes resultados evidenciam que a abordagem das diferentes áreas de


intervenção têm as suas próprias especificidades, recorrendo a metodologias
diversas, consoante o seu grau de adequação a um “bom” resultado.

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5. Parcerias:
Há uma tradição instituída de parcerias na área da “Promoção e Educação
para a Saúde”, com o objectivo de potenciar a qualidade das intervenções a
nível da comunidade.

Distribuição percentual média dos parceiros nas 4 áreas prioritárias

90
80
70
60
50
%
40
30
20
10
0
Centros de Autarquias Organismos ONG Sector Associações Outros
Saúde do estado empresarial de pais

Gráfico 12

Constata-se que o principal parceiro é o Centro de Saúde (88%), seguido das


Associações de Pais (52%), das Autarquias (50%) e Organismos de Estado
(38%).

Estes resultados apontam para a importância da escola na comunidade e, ao


mesmo tempo, para a importância das forças vivas da mesma, onde as
associações de pais são uma entidade muito importante.

Verifiquemos se há parceiros mais vinculados ao apoio de certos temas


(Educação Sexual, Educação Alimentar, por exemplo…) em detrimento do
apoio a outros temas.

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Edital 2009-2010

Distribuição percentual dos parceiros em cada área prioritária

100
90
80
70
60
% 50
40
30
20
10
0
Alimentação SPA Ed. Sexual Saúde Mental

Centros de Saúde Autarquias Organismos do estado ONG Sector empresarial Associações de pais Outros

Gráfico 13

Procedendo a uma análise por área de intervenção (Gráfico 13), constata-se


que as parcerias a que a escola recorre, estão relacionadas com as
actividades a desenvolver em cada área de intervenção. Por exemplo, o peso
das Autarquias (65%) e do Sector Empresarial (29%) é superior no caso da
Educação Alimentar/Actividade Física, enquanto as Associações de Pais
manifestam-se de forma mais expressiva (59%) no caso da Educação Sexual/
IST.

Saliente-se, por fim, a importância e heterogeneidade dos diferentes parceiros


na concretização e consolidação da Promoção e Educação para a Saúde
em meio escolar.

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Edital 2009-2010

6. Destinatários
Na área da Educação para a Saúde, a disciplinaridade e a transversalidade
combinam-se, abrangendo assim um número de destinatários diversificados.

Distribuição percentual média dos destinatários nas 4 áreas prioritárias

100

80

60
%
40

20

0
Alunos Professores AAE Famílias/EE Psicólogos Técnicos Outros
ASE

Gráfico 14

Independentemente da área de intervenção seleccionada, estes dados


mostram-nos que os alunos são efectivamente os destinatários por excelência
(98%).
Saliente-se também a importância dos professores (81%) e das famílias (75%)
que atingem percentagens elevadas.

Distribuição percentual dos destinatários pelas 4 áreas prioritárias

100

80

60

40

20

0
Alunos Professores AAE Famílias/EE Psicólogos Técnicos ASE Outros

Ed Alim / Act. Fís Cons. SPA Ed. Sexual / IST Saúde Mental / Viol. Meio Escolar

Gráfico 15

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Edital 2009-2010

A análise deste gráfico confirma que, independentemente da área de


intervenção, o grupo “Alunos” é o destinatário privilegiado, seguido dos grupos
“Professores” e “Famílias/EE”.
Todos estes se envolvem como principais agentes da acção educativa.

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7. Instrumentos de Avaliação
As escolas desenvolvem os projectos, manifestando uma preocupação com a
avaliação. A tutela monitoriza a área da Promoção da Saúde, solicitando
dados, periodicamente, às escolas.
Assim, elas especificam não só os instrumentos de avaliação mas também os
indicadores da mesma.
Analisemos os principais instrumentos:

Instrumentos de avaliação indicados pelas escolas/agrupamentos

Testes de avaliação de 30
conhecimentos

Trabalhos produzidos pelos 89


alunos

Grelhas de Observação 50

Relatórios 91

Questionários/Inquéritos/Estudos 90

0 20 40 60 80 100
%

Gráfico 16

Constata-se que os Relatórios (91%), os Questionários/Inquéritos/Estudos (90%) e


os Trabalhos Produzidos pelos Alunos (89%) são os principais instrumentos, ou
seja, os alunos não são “agentes passivos” da aprendizagem, eles próprios
também são envolvidos na produção de conhecimentos.

Tendo-se procedido a uma análise a nível regional4, confirma-se esta


tendência: Relatórios, Questionários/Inquéritos/Estudos e Trabalhos Produzidos
pelos Alunos são efectivamente os principais instrumentos,
independentemente da Direcção Regional.

4
Anexo 3

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8. Indicadores de avaliação
Que indicadores utilizam as escolas de forma a terem uma percepção da
melhoria e/ou capacitação dos alunos em matéria de aprendizagens na área
da “Promoção da Saúde”?

Indicadores de avaliação indicados pelas escolas/agrupamentos

Número de trabalhos com qualidade 65


Taxa de concretização de actividades 90
Nível de participação/envolvimento 94
Grau de satisfação 80
Melhoria de competências pessoais e/ou sociais 83
Aumento de conhecimentos 79
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Gráfico 17

Verifica-se que os principais indicadores são o Nível de


Participação/Envolvimento (94%) e a Taxa de Concretização das Actividades
(90%). No entanto, a Melhoria de Competências Pessoais e/ou Sociais assim
como o Grau de Satisfação também constituem indicadores importantes (83%
e 80%, respectivamente).

Parece haver uma correlação entre os instrumentos de avaliação priorizados e


os indicadores. Sendo o instrumento de avaliação Relatórios considerado
importante, é natural que o Nível de Participação/Envolvimento e a Taxa de
Concretização de Actividades sejam os principais indicadores.

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9. Gabinetes de Apoio ao Aluno


Considerando a reestruturação prevista dos actuais Gabinetes de Apoio, foi
colocada a questão da existência (SIM/NÃO/NÃO RESPONDE) deste tipo de
gabinetes. Os gabinetes foram percepcionados como espaços abrangentes:
espaços de apoio/informação/atendimento ao aluno, pois é previsto que eles
possam ser polivalentes e responder às várias solicitações da comunidade.
Os resultados indicam que 63% dos Agrupamentos/Escolas não agrupadas
(respondentes) dispõem de gabinete e 36 % não dispõem (1% não respondeu).

Percentagem de escolas/agrupamentos candidatos ao Edital 2009/10


que possuem gabinete/espaço de apoio/atendimento ao aluno

1%

36%
sim
não
n resp
63%

Gráfico 18

Analisando a existência de gabinetes pelas regiões, verificamos o seguinte:

Distribuição de Gabinete/Espaço de Apoio/Atendimento ao aluno, por DRE

80
78
70
66 66 67
60
56
50

% 40

30

20

10

0
DREN DREC DRELVT DREA DREAlg

sim não

Gráfico 19

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Na globalidade, a maioria das Direcções Regionais de Educação já apresenta


uma percentagem significativa de Gabinetes de Apoio, destacando-se, neste
domínio, a região do Algarve.

Saliente-se que os Gabinetes de Apoio são amplamente recomendados no


ensino secundário5 por se tratar de um nível de ensino, em que um número
significativo de alunos já iniciou a sua vida sexual activa. Assim, quisemos ver se
havia uma diferença significativa de número de gabinetes entre as Escolas
Secundárias e as outras.

Os resultados abaixo indicam que, à medida que isolamos a unidade “escola


secundária”, a percentagem de gabinetes tende a subir, sendo
efectivamente nas escolas secundárias que se regista uma percentagem
superior.

Existência de Gabinete/Espaço de Apoio/Atendimento em escolas que


concorreram ao edital

80

60

% 40

20

0
Total de escolas Escolas c/ ens. Secundárias

sim não

Gráfico 17

A actual Lei nº60/2009, de 6 de Agosto, que estabelece o regime de


aplicação da Educação sexual em meio escolar, apresenta a
regulamentação sumária do funcionamento dos Gabinetes de Informação e
Apoio (GIA) e a maioria das escolas revela que já dispõe destes espaços de
formação/informação.

5
Relatório final, Gtes, 2007.

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10. Professor Coordenador de PES


A análise à questão sobre se as Escolas/Agrupamentos possuem um Professor
Coordenador da Promoção e Educação para a Saúde, a quase totalidade de
escolas responderam afirmativamente (615 em 621), o que corresponde a um
valor relativo de 100%.

Existência de um Professor Coordenador de PES designado pela


escola/agrupamento

3; 0% 3; 0%

615; 100%

sim não n resp

Gráfico 18

Este dado permite-nos constatar que cada Agrupamento dispõe de um rosto


responsável pela concretização da Promoção e Educação para a Saúde, o
que é um garante de maior eficácia.

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11. Apoio financeiro


O Ministério da Educação, através da DGIDC, orçamentou uma verba com o
objectivo de apoiar/dotar as escolas de um montante destinado ao
financiamento dos projectos/actividades na área da Educação para a Saúde.
Solicitou-se às escolas que fizessem uma estimativa dos quantitativos
necessários para a concretização desses projectos.
Obtiveram-se os seguintes resultados:

Previsão do orçamento indicado pelas escolas/agrupamentos

1% 5%
20%
39% 0 a 500 €
500 a 1500 €
1500 a 3000 €
3000 a 5000 €
n resp

35%

Gráfico 19

Mais de metade das escolas (55%) previu custos entre 500€ e 3000€, sendo 39%
as que previram um orçamento entre os 3000 € e 5000€.

O Ministério da Educação procederá ao financiamento dos agrupamentos e


escolas, o que traduz um investimento considerável da tutela nesta área da
Educação/Formação do cidadão.

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12. Outras áreas de intervenção


Para além das 4 áreas prioritárias definidas, as escolas continuam a trabalhar
outras áreas integradas na Promoção e Educação para a Saúde. Deste modo,
com o presente Edital pretendeu-se conhecer a taxa de escolas que trabalha
temas como a Auto-estima, a Higiene, os Primeiros Socorros, a Saúde Oral, a
Ergonomia, a Saúde Visual, e Segurança/Prevenção de acidentes ou. outras.

O Gráfico 20 traduz a percentagem de escolas que abordam estas áreas.

Outras áreas de trabalho da PES na escola

100%
80% 90
78 78
60%
% 61
40% 47
38
20%
23
0%
ne

ia
l

al
s
a

ra

...
r ro
im

su
ie

de
no
st

Vi
co

e
Hi
-e

úd

go

o
So

e
to

çã
úd
Sa

Er
Au

en
s

Sa
ro

ev
ei
im

Pr
Pr

a/

ra
gu
Se

sim não

Gráfico 20

Observa-se que 90% das escolas trabalha a Higiene seguindo-se a Auto-estima


e Saúde Oral (ambas com 78%). Saliente-se ainda que a
Segurança/Prevenção de acidentes é também muito trabalhada pelas
escolas (61%).

Em muitos meios, a Higiene ainda continua a ser um tema de abordagem


obrigatória. Este tema permanece actual, e o aparecimento da gripe A veio
reforçar o esforço das escolas neste sentido.

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13. Concepção do projecto da “Educação para a Saúde”com base num


diagnóstico:
À questão se a concepção do projecto PES decorre ou não de uma
avaliação diagnóstico, 77% dos agrupamentos/escolas não agrupadas
responderam positivamente, conforme se pode ver no Gráfico 21.

Percentagem de escolas/agrupamentos que desenharam o


Projecto PES a partir de um diagnóstico

2%
21%

77%

sim não n resp

Gráfico 21

Estes dados permitem inferir que a filosofia de trabalho da “Promoção e


Educação para a Saúde” engloba as técnicas da Metodologia de Projecto.

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Conclusões

Lendo estes resultados como um esboço de planificação do que os


estabelecimentos de ensino pretendem desenvolver em matéria de
“Promoção e Educação para a Saúde”, procederemos a dois tipos de
conclusões: um relacionado com os resultados das escolas e outro com a
estratégia do lançamento do Edital.

Relativamente aos trabalhos/projectos das escolas, salientamos:


 As escolas revelam preocupações com determinadas temáticas que,
efectivamente, não só se prendem com uma “opinião publicada”
generalizada, mas também com as próprias medidas que o Ministério e
instituições parceiras vão tomando no sentido de regular essas mesmas
preocupações: é o caso da publicação da Lei nº 60/2009, de 6 de
Agosto, que recentrou a atenção das escolas na Educação Sexual;
 Dadas as percentagens nas outras áreas de intervenção, verifica-se que
as escolas não negligenciam nenhuma área, sendo que a Educação
Alimentar/Actividade Física aparece recorrentemente em 2º lugar (após
a Educação Sexual/IST);
 A área da Saúde Mental/ Prevenção da Violência em Meio Escolar é a
que apresenta uma taxa de abordagem inferior às outras. Este resultado
pode causar uma certa estranheza, tanto mais que em termos de
“imprensa publicada”, a violência em meio escolar é assunto
recorrente. É nossa percepção que, embora a DGIDC tenha dado
formação nesta área (durante dois anos consecutivos) não só como
entidade isolada, mas também em parceria com outras instituições, a
grande maioria dos agentes educativos ainda não se considera
preparado para lidar com estes fenómenos, que, por vezes, assumem
contornos complexos.

Em síntese e relativamente às áreas de intervenção, se há referências muito


específicas e concretas, as escolas revelam ter uma intervenção adequada,
pois essas mesmas referências não são isoladas, antes são integradas numa

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Edital 2009-2010

dinâmica abrangente da Promoção da Saúde, o que poderá contribuir para


resultados mais eficazes.
Parece pois haver um trabalho maturado onde, no âmbito de uma lógica
abrangente, os parceiros locais – Centros de saúde e Autarquias, p. ex. - são
tidos em conta e as famílias são consideradas como agentes importantes do
processo educativo.

Em relação ao Edital, importa salientar que o seu lançamento constitui uma


mais valia, pois implica que a escola se organize em torno da planificação de
um projecto na área da “Promoção e Educação para a Saúde”, o que é
necessariamente um bom ponto de partida para que o projecto se concretize.
Assim se justifica também que, ao longo dos anos, haja um número crescente
de escolas a candidatarem-se.

Lisboa, 5 de Janeiro de 2010.

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ANEXOS

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ANEXO I

1. Identificação do Agrupamento/Escola
Código de requisição

Constituição do Agrupamento. Indique o nº de escolas por tipo.


ES ___
EB23 ___
EB23 c/ SEC ___
EB1 ____
JI ____
EBI ___

Ficha de Projecto (2009/2010)

O Projecto de PES decorre de uma avaliação diagnóstico?

Sim 
Não 

2. OBJECTIVOS GERAIS
METODOLOGIAS/ACÇÕES:
Máximo de 500 caracteres,
incluindo espaços  Actividades de pesquisa
 Formação ( acção com duração mínima de 6 h)
 Dinâmicas interpares
 Dinâmicas de grupo
 Campanhas/comemorações de eventos
ÁREAS:
 Actividades educativas ao ar livre
Alimentação/Actividade Física: …  Exposições de trabalhos/produtos ( posters,
Prevenção de Consumo de spa:
powerpoints, vídeos ,etc)
Educação Sexual/Sida e outras
IST: …  Palestras/debates/sessões de informação-
Saúde Mental/Violência em Meio
Escolar sensibilização
Outras:  Caixas de perguntas
Auto-estima
Higiene  Seminários
Primeiros socorros  Workshops
Saúde Oral
Ergonomia  Aplicação e análise de Questionários e outros
Saúde Visual instrumentos de medida
Segurança/Prevenção
de acidentes  Aplicação de programas com materiais e
Outras: quais? conteúdos específicos
 Acções de envolvimento das famílias
 Acções de envolvimento da comunidade
 Outras: quais?

ACTIVIDADES: DESTINATÁRIOS: PARCEIROS:


Max. 2000 Alunos Centros Saúde
caracteres, Professores Autarquias
incluindo AAE Organismos do
espaços Famílias/EE Estado
Psicólogos ONG Quais?
Técnicos ASE Sector empresarial
Outros: Quais? Associações pais
Outros: Quais?
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8 . AVALIAÇÃO:
7. PREVISÃO DO ORÇAMENTO (a Indicadores:
comparticipação do ME terá um carácter Aumento de conhecimentos
subsidiário em relação aos custos Melhoria de competências pessoais e/ou sociais
orçamentados) Grau de satisfação
Nível de participação/envolvimento
0€ a 500€ □ 500€ a 1500€ □ Taxa de concretização das actividades (Nº activ
programadas/concretizadas)
1500€ a 3000€ □ 3000€ a 5000€ □ Número de trabalhos com qualidade dos alunos
Outros
Instrumentos de avaliação
Questionários/Estudos/Escalas
Relatórios
Grelhas de observação
Trabalhos produzidos pelos alunos
Testes de avaliação de conhecimentos
Outros

9. Calendarização

(mapa anexo)

A Escola/Agrupamento possui um Professor Coordenador da PES designado?


Sim 
Não 

A Escola/Agrupamento possui Gabinete/Espaço de atendimento/informação/apoio ao aluno?


Sim 
Não 

Qual o número médio de horas que pensa dedicar exclusivamente à Educação Sexual?

6  (1º e 2º ciclos) 12  (3º ciclo e Sec.)


7a9  (1º e 2º ciclos) 13 a 15  (3º ciclo e Sec.)
Mais de 9  (1º e 2º ciclos) mais de 15  (3º ciclo e Sec.)

Observações/Comentários (Max. 500 caracteres)


______________________________________________________________________________________________-

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ANEXO I

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E ACTIVIDADE FÍSICA


TEMAS

 Comportamentos alimentares adequados 


 Oferta alimentar saudável na escola 
 Prevenção de doenças de comportamento alimentar: 
obesidade, anorexia, bulimia…
 Hábitos alimentares, antropometria e indicadores de saúde… 
 Alimentação e ambiente 
 Alimentação, publicidade e consumo 
 Segurança alimentar 

 Estratégias de promoção da Actividade Física 

 Inter-relação entre Actividade Física e vida saudável 


 Factores que interferem com a pratica da Actividade Física 
 Outros; quais_______________________________________ 

PREVENÇÃO CONSUMO DE SPA

TEMAS

 Prevenção consumo de spa – LÍCITAS + ILÍCITAS 


 Prevenção do consumo de spa - ÁLCOOL 
 Prevenção do consumo de spa - TABACO 
 Prevenção do consumo de spa - ILÍCITAS 
 Conhecimento dos efeitos do consumo de spa 
 Comportamentos aditivos 
 Factores protectores de consumo 

 Adolescência e comportamentos de risco 

 Outros; quais_______________________________________ 

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EDUCAÇÃO SEXUAL E IST

TEMAS

 Sexualidade saudável 
 Sexualidade e valores 
 Planeamento familiar 
 Afectos e relações interpessoais 
 Conhecimento do corpo 
 Adolescência e comportamentos de risco 
 Adolescência e transformações do corpo 
 Identidade e género 
 Fisiologia da reprodução 

 Gravidez na adolescência 
 Efeitos da IVG 
 Prevenção IST 
 Prevenção do HIV / SIDA 
 Outros; quais_______________________________________ 

SAÚDE MENTAL / VIOLÊNCIA EM MEIO ESCOLAR

TEMAS

 Relações familiares 
 Violência na escola 
 Violência no exterior da escola 
 Bullying 
 CiberBullying 
 Saúde Mental 
 Afectos e relações interpessoais 
 Violência sexual / Abuso sexual 
 Cidadania 
 Indisciplina
 Regras de disciplina e comportamento 
 Outros; quais_______________________________________ 

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ANEXO I

METODOLOGIAS (transversais)

 Actividades de pesquisa 
 Formação (acção com duração mínima de 6 horas) 
 Dinâmicas interpares 
 Campanhas/comemorações de eventos/dias temáticos 
 Actividades de outdoor 
 Exposições de trabalhos/produtos ( posters, powerpoints, 
vídeos,etc)
 Dinâmicas de grupo 

 Palestras/debates/sessões de informação-sensibilização 

 Seminários/congressos/workshops 

 Aplicação de Questionários e outros instrumentos de medida 


 Desenvolvimento de programas com materiais e conteúdos 
específicos
 Estratégias de envolvimento das famílias 
 Estratégias de envolvimento da comunidade 
 Modificação da organização de práticas na escola6 

6
ex: oferta alimentar, criação de gabinetes de atendimento, apetrechamento da escola com equipamentos,
encaminhamento de alunos para estruturas de apoio na comunidade – saúde, s.social, cpcj,etc

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ANEXO II

Comparação entre as metodologias utilizadas nas diferentes áreas de intervenção

Modificação da organização das práticas na escola


Estratégias de envolvimento da comunidade
Estratégias de envolvimento das famílias
Desenvolvimento de programas com materiais e conteúdos específicos
Aplicação de questionários e outros instrumentos de medida
Seminários/Congressos/Workshops
Palestras/Debates/Sessões de informação-sensibilização
Dinâmicas de grupo
Exposições de trabalhos/produtos
Actividades de Outdoor
Campanhas/Comemoração de eventos
Dinâmica inter-pares
Formação
Actividades de pesquisa

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Ed. Alim e Act. F. Ed. Sexual Prev. SPA Saúde Mental

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ANEXO III

Instrumentos de avaliação - Distribuição percentual, por DRE


100

80

60
%
40

20

0
DREN DREC DRELVT DREA DREAlg

Questionários/Inquéritos/Estudos Relatórios
Grelhas de observação Trabalhos produzidos pelos alunos
Testes de avaliação de conhecimentos

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