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15/12/2014 Psicologado: A Importância das Relações Pais e Filhos na Construção da Identidade Cristã |  Psicologia da Família

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A Importância das Relações Pais e Filhos na Construção da Identidade
Cristã
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Autor: Raquel Dias Lomeu | Publicado na Edição de: Setembro de 2012
Distúrbios de
Categoria: Psicologia da Família Avalie este Artigo:
Aprendizagem

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Curso Online sobre


Introdução Psicoterapia e
Desenvolvimento de
Bebês
O presente trabalho pretende fazer uma
revisão de literatura com o objetivo de
Curso Online sobre
investigar as relações estabelecidas entre pais e
Distúrbios de
filhos e sua influência na construção de uma Aprendizagem e a
identidade cristã, buscando compreender Inclusão da Criança
como estas relações contribuem ou interferem com Síndrome de
na formação dessa identidade, refletindo sobre Livros Sobre Psicologia:
Down
as dificuldades, os medos, as ansiedades, as
dúvidas, as fantasias e expectativas dos pais Psicologia Escolar e
quando se fala em uma criação voltada para a Educacional: Saúde e
Qualidade de Vida
Bíblia, e quais conflitos podem gerar.
Autor: Zilda Aparecida
Pereira Del Prette
A idéia para essa análise teve início a partir da observação das dificuldades de
comunicação entre os pais cristãos e seus filhos as quais trazem, geralmente, um crescente
distanciamento entre eles. Frente a formas de tratamento e ensinamento imposto em A Interpretação dos
Sonhos: 100 Anos -
detrimento às escolhas dos filhos o relacionamento acaba por gerar muitos conflitos, ficando Edição Comemorativa
prejudicadas as relações. Assim, esse texto pretende discorrer sobre o que pode definir a Autor: Sigmund Freud
qualidade das relações entre pais e filhos para a construção da identidade cristã.

A família como principal agente no desenvolvimento humano Manual Diagnósico e Estatístico de


Transtornos Mentais - DSM V
Desde os primórdios os seres humanos têm sido foco de estudo. Procura-se saber como
eles nascem, crescem e se desenvolvem, considerando as mudanças que são próprias do Autor: APA
desenvolvimento.

Todo indivíduo, desde o nascimento necessita ser cuidado, e isso acontece geralmente
dentro de uma família. É dentro da família que ele se sentirá cuidado, amado, querido, por
mais conflitos que enfrentem uma determinada família,é ali que começará seu
desenvolvimento.
Últimos Artigos Publicados:
Soifer (1982, p. 23), define a família como: A Atuação do Psicólogo Diante das Dificuldades
de Acessibilidade do Deficiente Físico 

[...] estrutura social básica, com entrejogo diferenciado de papéis, integrada por pessoas O Monstro e a Transmissão da Violência 
que convivem por tempo prolongado, em uma inter-relação recíproca com a cultura e a O Professor de Psicologia e Suas Motivações 
sociedade, dentro da qual se vai desenvolvendo a criatura humana, premida pela
A  Vivência  dos  Profissionais  de  Saúde  com  o
necessidade de limitar a situação narcísica e transformar-se em um adulto capaz [...] Processo Morte e Morrer e suas Implicações na
Percepção de tal Fenômeno 

A família é a responsável pela estruturação de cada indivíduo, onde ele nasce, cresce e se Analise Crítica do Filme “Anjos Do Sol” 

desenvolve psíquica e emocionalmente, formando sua identidade e personalidade, portanto, O  Mito  de  Quíron:  Nuances  e  Prática  no
Processo Psicoterápico – um Estudo de Caso na
o objetivo da família é educar os filhos para a vida. Soifer (1982) ainda salienta que à medida Teoria Analítica 
que o desenvolvimento acontece, a criança aprende a respeitar, amar e ser solidária, em A  Ausência  dos  Pais  na  Vida  Escolar  das
contraponto aprende a lidar com os sentimentos de ódio, inveja, rivalidades e ciúmes Crianças de Ensino Fundamental 

originados dos conflitos infantis, consolidando-se a identidade da família na sociedade. Transtorno  do  Pânico:  implicações  e
tratamento 
Durante o desenvolvimento são observadas algumas influências que podem definir a
coloque este aplicativo no seu blog
maneira de ser de cada indivíduo, construindo assim, sua identidade enquanto ser humano.
Fique por dentro das novidades do
Segundo Winnicott (1988), um indivíduo começa a existir quando é concebido
Psicologado!
mentalmente, ou seja, quando os pais manifestam o desejo, não apenas consciente de
conceber. A partir desse desejo pode-se dizer que a identidade começa a formar-se. A mãe é Cadastre seu e-mail para receber nossos boletins
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a primeira a introduzir a criança no mundo e através das sensações essa criança vai
conhecendo o que a rodeia, tendo a possibilidade de relacionamento com os outros. Nome:

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A partir do nascimento do bebê a ligação necessária ao desenvolvimento deste, pode
ativar nos pais fantasias e desejos narcísicos advindos de conflitos não elaborados do Email:
passado destes. Muitas vezes as dificuldades na interação da mãe e seu bebê, podem ser
indicativos destes problemas não elaborados. Quando estes conflitos inconscientes invadem Cadastrar
o bebê ainda em formação, pode vir a comprometê-lo ou até mesmo impedi-lo de
desenvolver-se para se tornar um indivíduo autônomo.

Dessa forma percebe-se o quanto a relação pais e filhos é importante, já no momento em


que se deseja formar uma família. O bebê que é desejado e amado mesmo antes de ser
concebido têm a possibilidade de construir sua identidade alicerçada numa relação de amor,
proteção e compreensão. A proteção da família, o modo como o bebê é inserido no mundo
pode revelar a qualidade dos relacionamentos estabelecidos dentro dessa família que podem
ou não influenciar na formação da identidade cristã.

A identidade está ligada às características que compõem ou que são próprias de um


indivíduo, é o que diferencia um indivíduo do outro, esta se baseia na construção do
autoconhecimento e da relação com o mundo que o rodeia. A vida social é vivida de trocas
que possibilita a constituição da identidade da criança e, à medida que ela se desenvolve vai
se identificando com o meio para tornar-se uma pessoa. No primeiro momento a criança é Macbook Pro Tela Retina
pura sensação e se identifica com o seio da mãe, conforme cresce passa a reconhecer o 15" com preço especial
ambiente e a mãe como alguém à parte dela. na RicardoEletro, confira!

Assim a noção de identidade sugere que o sujeito precisa de outro para se desenvolver,
para adquirir atitudes, valores e princípios que vão norteá-lo em sua vida adulta e social e à
medida que a criança cresce e se desenvolve ela vai se tornado uma pessoa diferenciada dos
pais, adquirindo com a ajuda deles, certa autonomia, num processo de identificação
(KUSNETZOFF, 1982).

De acordo com Papalia (2006) a adolescência é uma fase repleta de mudanças em que o
pequeno jovem começa a descobrir quem é e o que quer ser. Para crescer e entrar no
mundo dos adultos, o adolescente precisa, aos poucos, ir se separando dos pais o que, às
vezes é insuportável para certos pais, pois estes deixam de ser as pessoas mais importantes
do mundo para se tornarem “velhos caretas”. Nesse momento é comum que o adolescente
busque grupos com os quais possa se identificar. Papalia (2006) explica a importância da
influencia do grupo na vida dos adolescentes,

O grupo de amigos é uma importante fonte de apoio emocional durante a adolescência.


Jovens que estão passando por rápidas transformações físicas sentem-se melhor na
companhia de outros que estão passando por mudanças semelhantes. (PAPALIA, 2006 p.
500).

Mas isso não quer dizer que a família perdeu a importância na vida dele, pelo contrário é
nessa fase que eles mais precisam do apoio da família, pois são os pais que dirão o que eles
podem ou não fazer. Ferrari (2000) afirma:

“[...] é a família que propicia os aportes afetivos e sobretudo materiais necessários ao


desenvolvimento e bem estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo
na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e
humanitários onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior
que constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais.” (apud
GONÇALVES, 2001, p. 10).

Sendo assim, o bom relacionamento entre pais e filhos é fundamental para a formação
de uma identidade saudável, mesmo que na fase da adolescência os ensinamentos dos pais
pareçam não ter importância para eles, nesse sentido é preciso que os pais os
compreendam. Os pais que transmitem afeto, atenção e orientação, respeitando as escolhas
do filho, estarão reforçando sua auto-estima, fazendo com que se sintam valorizados e
seguros para enfrentar os desafios do mundo real.

A religião na vida do homem

Religião é uma maneira que o homem encontrou de se aproximar de Deus,


estabelecendo com ele uma inteira dependência. Essa dependência se manifesta através da
fé e também das obras que são os cultos ou reuniões solenes e festividades, mas muitas
vezes se expressa através do medo daquilo que é diferente e desconhecido. Rubem Alves
(1999, p. 62) afirma que:

“[...] o indivíduo [...] se descobre totalmente dependente de algo que lhe é superior. [...] O
sagrado é o criador, a origem da vida, a fonte da força. [...] Sente-se dominado e
envolvido por algo que dele dispõe e sobre ele impõe normas de comportamento que não
podem ser transgredidas [...]” (ALVES, 1999, p. 62).

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O homem na sociedade é dono de si mesmo e de muitas coisas, ele domina o mundo
com suas invenções tecnológicas, mas no mundo sagrado ele se apresenta como servo para
servir ao Senhor Supremo da criação, ele se torna totalmente submisso.

Schleiermacher, in Otto (1985 p. 14), enfatiza que esse sentimento de dependência na


religião é mais intenso, “Isto acontece exatamente porque se trata de um dado cuja origem e
fundamentos encontram-se na alma”, tornando o servir uma prioridade diante de quaisquer
circunstâncias, mesmo que pareça loucura. Portanto o servir e obedecer a Deus torna-se
prioridade na vida do cristão.

Temos hoje no Brasil uma diversidade de religiões e pessoas que defendem com afinco
cada um a sua, discutem, brigam e tentam convencer o próximo a seguir o seu caminho. Os
ideais são passados de geração a geração e aceitos de forma inquestionável, estando eles
certos ou não, tendo como recompensa para o cristão um sentimento de fortaleza diante do
sofrimento, isto é, mesmo nas piores situações da vida sente-se forte para vencê-las graças à
força que vem de Deus. Assim, muitas vezes a religião torna-se o clamor daqueles que sofrem
e almeja tranquilizar sua alma aflita, ou seja, o que deveria ser prazeroso se torna uma troca –
adora-se a Deus para receber Dele o favor.

Pós Modernidade X Criação dos filhos de acordo com os valores e crenças -


um desafio
Na era moderna o homem vem adquirindo novas maneiras de pensar e enxergar o
mundo, a todo instante é coberto de novas informações e novas descobertas em todas as
áreas afins. Nesse sentido, a sociedade se caracteriza como uma sociedade globalizada
priorizando o poder de consumo, os valores deixaram de ser universais passando a ser, para
muitos individuais e autônomos. E é neste contexto que a pós-modernidade chega trazendo
consigo a formação de indivíduos cada vez mais mergulhados nas incertezas e medos,
fazendo-o buscar respostas nos valores de uma "modernidade reflexiva" (GIDDENS, 1996).

Segundo McGrath (2007, p. ),

O pós-modernismo é geralmente entendido como algo de sensibilidade cultural sem


absolutos, certezas fixas ou fundamentos [...] [...] O pós-modernismo declara que todos os
sistemas de crenças devem ser vistos como igualmente plausíveis. Algo é verdadeiro se é
verdadeiro para mim.

Sendo assim, todos são possuidores da verdade, isto é “vale tudo”, não existe mais um
padrão de exposição da realidade, é o fim da proibição. Esses novos conceitos colocados
diariamente afrontam os princípios cristãos despertando nos pais a insegurança de que não
vão conseguir incutir no filho os ensinamentos bíblicos.

Desde cedo, filhos de pais cristãos começam a aprender que o Homem foi criado à
imagem e semelhança de Deus e a obediência a Ele vem em primeiro lugar.

Quando falamos em educação de filhos cristãos entramos num dos principais problemas
das famílias hoje em dia. “Ser criado numa família cristã e ensinado nas igrejas cristãs não
garante que nossos filhos irão adotar a fé cristã” (MCDOWELL, 1994, p. 91). Enquanto as
crianças são pequenas, são direcionadas e fazem o que os pais querem. À medida que
crescem esses pais começam a entrar em conflitos, pois o crescimento e desenvolvimento
causam mudanças e com as mudanças vem às crises. A primeira crise que se apresenta é a
crise de autoridade, os pais acham que por deterem o total poder sobre o filho deve-se fazer
obedecer e muitas vezes exercem o autoritarismo, prejudicando assim, o aprendizado.
Alguns comportamentos são compreendidos pelos pais como rebeldia, fazendo-os agir de
forma errônea buscando assegurar sua autoridade mostrando “quem é que manda”.
Segundo McDowell, (1994) é preciso estabelecer um relacionamento real antes de estabelecer
as regras para que estas não induzam a rebelião e não prejudiquem a autoimagem e
autoestima do adolescente.

O relacionamento real é ao mesmo tempo estar ligado e diferenciado dos outros,


possibilitando a auto-observação, disposição para autocrítica e consequentemente a
mudança. Os filhos precisam reconhecer na relação com seus pais a verdade e segurança
para o enfrentamento das próprias escolhas, buscando assim, o equilíbrio entre o respeito e
obediência aos pais e a autonomia, proporcionando à família bases de respeito, amor e
carinho, meios pelos quais a família se estrutura com saúde.

De acordo com Quirino, (2009) o objetivo de uma família cristã é construir um


relacionamento saudável pautado num testemunho cristão, e isso é possível através dos
direcionamentos bíblicos. É preciso que os pais não contradigam os ensinamentos, não
adianta conhecer as Escrituras, ensiná-las aos filhos e não vivê-la, a criança não acreditará no
ensino.É responsabilidade de todo pai cristão procurar conhecer a Palavra de Deus para falar

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sobre ela e comunicá-la com precisão aos seus filhos. Assim sendo, uma comunhão familiar é
fundamental para o aprendizado sobre os fundamentos bíblicos sem pressão.

Diante do exposto, percebe-se que há uma necessidade de orientação a esses pais em


como refletir sobre os seus filhos, proporcionando ajuda em como lidar com a angústia de
não ter um manual ou treinamento para a criação dos filhos, mas que é na relação do dia a
dia, na confiança no seu potencial que poderão ser pais sábios para promover um
desenvolvimento adequado para seu filho.

Discussão e Conclusão

Este trabalho buscou investigar possíveis ligações entre relações familiares e construção
de identidade cristã. A revisão literária indicou que a família é o berço do desenvolvimento
psíquico e, por conta disso, responsável pela transmissão de valores, costumes e conceitos
acerca da vida (Soifer, 1982). Neste processo de transmissão, estão contidas fantasias,
medos, anseios, crenças diversas, enfim, que são, na realidade, fruto de uma integração de
costumes e valores, em partes pertencentes a uma figura paterna e, em partes, advindas de
uma figura materna.

Assim, é possível compreender que valores ligados à religião também serão transmitidos,
e tais valores estarão, também, ligados à vivência religiosa dos pais. Se o objetivo da família é
o de educar e formar o indivíduo, tal processo dar-se-á com base na formação que os pais
deste tiveram anteriormente com seus familiares e responsáveis. O desenvolvimento da
personalidade de um indivíduo, assim, está diretamente envolvido com as relações
estabelecidas entre ele e seus familiares, e tais relações serão, então, determinantes também
no processo da construção de sua identidade cristã, bem como no desenvolvimento de sua
personalidade (Papalia, 2006).

No mundo pós-moderno há uma diversidade de pensamentos e religiões. As pessoas


usufruem de seu livre arbítrio para viverem conforme suas crenças e ideologias, os valores
deixaram de ser universais para se tornarem individuais e autônomos, cada um dita sua
própria regra e assim, vale tudo.

Comumente se observa no meio cristão uma insegurança diante das dificuldades em


relação aos ensinamentos bíblicos e com a rotina do dia a dia, da vida profissional, os pais
não encontram tempo para conversar, brincar, enfim passar um tempo junto com os filhos e
assim, fica difícil garantir que o filho seja alguém responsável, fiel e temente a Deus vivendo
num mundo “contaminado” da pós-modernidade.

Há em certos pais uma fantasia de que existe um ensinamento privilegiado para os


cristãos que parece ser diferente ao ensinamento secular, e um conflito quanto a esse
ensinamento quando esse parece não ser internalizado por seus filhos, tendo que se colocar,
o tempo todo, em contradição com a Bíblia. Esses pais consideram um desafio viver de
acordo que a palavra de Deus num mundo todo “errado”, assim percebe-se um medo grande
da influência desse mundo sobre seus filhos, colocando em cheque seu exemplo de cristão.

Muitos pais por não confiarem em si mesmos como instrutores da palavra de Deus,
acabam agindo precipitadamente com castigos, chingamentos, instigando a ira em seus
filhos. Em outro momento buscam respostas prontas para a educação dos filhos,
demonstrando a incerteza de que são realmente capazes de instruir o filho como diz em
Provérbios 22:6 : “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho,
não se desviará dele”, e que também podem fazê-lo através de seu exemplo como servos de
Deus, ao contrário disso confirmam o tempo todo a sensação de não serem pais bons o
suficiente para encaminhar e caminhar com o filho nesse ensinamento. A dúvida é a mesma
para todos, como fazer com que os filhos saibam diferenciar o “verdadeiro certo” do
“verdadeiro errado”, para realizarem escolhas certas, se eles – os pais, não conseguem
entender as escolhas que fizeram? Assim fica difícil caminhar com o filho. Considerando o que
diz McDowell, (1994) os filhos precisam ter convicções sólidas sobre a verdade para não
aceitar facilmente as falsificações e fazerem escolhas erradas, trazendo assim sofrimento
para a família.

É possível perceber que grande parte dos conflitos nos relacionamentos com os filhos
são gerados pela incompreensão de qual o verdadeiro papel de pais cristãos na formação
dos filhos. Em virtude de uma má interpretação de passagens bíblicas, surge a fantasia de
que tudo é pecado, inclusive os conflitos vividos pela adolescência, não podendo enfrentá-la
como um elemento importante no desenvolvimento do filho para o processo de tornar-se
adulto.

Existe uma expectativa de uma educação cristã pautada em normas e valores cristãos,
mas nem sempre o que é ensinado pelos pais é vivido pelos filhos, pois o inconsciente dos
pais influencia a experiência consciente dos filhos e o que o filho aprende é através daquilo
que não foi dito, mas foi sentido como verdade pela criança, levando os pais a colocar em
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dúvida sua própria fé. Exemplo disso é uma filha de pastor, criada com muito amor e carinho,
na sã doutrina, sendo o orgulho dos pais por sua conduta, quando começou a namorar um
jogador de futebol, fez sexo com ele logo no início do relacionamento e em pouco tempo
dormira com toda a equipe de futebol, quando questionada o motivo de tal comportamento
ela disse: “Eu queria me sentir amada. Nunca durava muito e sentia-me infeliz depois, mas
pelo menos por breves momentos sentia como se alguém me amasse”. O pai ficou chocado
com essa resposta, conta MCDOWELL (1994).

É fundamental que os pais não percam de vista os seus valores, os seus princípios, as
suas crenças, estejam seguros do que buscam enquanto seres, enquanto sentido de vida,
enquanto seu papel nesse mundo e que criem seus filhos com amor, respeito e
compreensão, respeitando seus próprios limites e história de vida.

Compreendemos que os valores ligados à fé cristã, bem como a formação da identidade


cristã, estão estreitamente vinculados à família e aos valores estabelecidos por ela e também
na segurança estabelecida através da confiança em si mesmo como cristãos autênticos,
seguidores da palavra de Deus. É importante salientar que essa população precisa ser
compreendida em suas necessidades reais para assim serem ajudadas a prevenir
dificuldades relacionais, em um espaço de promoção da saúde familiar. E é exatamente esta a
busca deste trabalho, alertar as famílias para prevenção e promoção da saúde no âmbito
familiar e religioso.

Dessa forma este artigo procurou tecer considerações sobre a importância do


relacionamento entre pais e filhos na formação da identidade cristã e chamar a atenção para
futuros estudos nessa área.

Referências:

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