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Nome: Flores do Oriente (Jín Líng Shí San Chai, título original em mandarim)
Gênero: Drama
Produtora: PlayArte
Prêmios: Nenhum1
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Indicado ao Globo de Ouro na categoria “Melhor Filme Estrangeiro”.
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INTRODUÇÃO
Não obstante, o que também marcou este fato foi a onda de estupros e violência
promovidas pelos japoneses contra as mulheres chinesas durante o cerco de Nanquim. Alguns
historiadores chineses – e japoneses- estimam que a s vítimas do conflito possam chegar até
300.000 mil pessoas, dentre civis e soldados, e que dentro dessa estimativa, 150.000 mil
sejam somente vítimas do Massacre de Nanquim.
Dentro deste cenário, o filme retrata história de John Miller (Bale), um coveiro norte-
americano, que está na cidade para enterrar um padre de uma das Igrejas da região. Em meio
aos tiroteios e bombardeios entre os exércitos inimigos, Miller acaba encontrando um grupo de
meninas, que por coincidência fazem parte do convento existente na mesma Igreja a qual John
deve sepultar seu pároco. Posteriormente, um grupode prostitutas pedem asilo à John e às
garotas, adentrando assim na Igreja e se estabelecendo por lá mesmo, já que a área em torno da
mesma era – teoricamente - considerada zona neutra.
Assim começa “jornada” de John e seus “protegidos”, que possuem como objetivo
final escapar o quanto antes da cidade, temendo uma possível invasão por parte do exército
japonês à Igreja. Tarefa árdua e complexa, mas que irá demonstrar a capacidade de John e
seu “séquito” de transpor as mais diversas barreiras para escapar dos horrores que o conflito
promoveu, além de influenciar diretamente no processo de transformação e civilidade do
americano durante o decorrer do longa.
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Entretanto, nota-se que tal postura apenas servia de justificativa para legitimar sua
intervenção hegemônica nas mais variadas culturas mundiais. Agora, podemos relacionar e
compreender tudo o que foi exposto anteriormente com a temática principal do filme analisado.
Logo de início, um questionamento surge: por que, exatamente, temos um norte-americano
como sendo um dos protagonistas da trama – sendo que a mesma se ambienta em território
chinês, à época da invasão japonesa à China imperial? Há uma cena logo quando o filme tem
início que demonstra um pouco da imagem que os EUA passam para o mundo.
A personagem John Miller (Bale) carrega consigo um tipo de bandeira, caso seja
capturado por um dos exércitos com os seguintes dizeres: “I am american. I am a friend. Please,
do not kill me. I am no soldier. God bless you all”.2 Os dizeres “amigo” dão uma noção do que
os EUA representam ao mundo naquele período de guerra. “Somos amigos”, queremos a paz
entre os povos”, ou se uma outra interpretação permitir, “não se intrometa conosco ou irá sentir
as consequências”.
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“Eu sou americano. Eu sou um amigo. Por favor, não me mate, eu não sou um soldado. Deus abençoe todos
vocês”. Tradução livre.
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Palavras do próprio John Miller ao descrever sua profissão.
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O mesmo servirá de ponte diplomática entre a China – representada pelo grupo das
meninas conventistas e também pelo grupo das prostitutas – e o Japão – aqui representado na
figura do coronel Hasegawa (Watabe), um oficial japonês apreciador de música clássica que
promete a John a segurança da Igreja – mantendo um contato direto com ambas as partes e
enaltecendo, ainda que indiretamente as qualidades presentes na “América” de onde ele veio.
REFERÊNCIAS
GELBER, Harry G. O Dragão e os demônios estrangeiros: a China e o mundo de 1100 a.C
aos dias atuais. [Trad.: Marisa Motta]. Rio de Janeiro: Record, 2012.
JUNQUEIRA, Mary A. Estados Unidos: a consolidação da nação. São Paulo: Contexto, 2001.
KARNAL, Leandro. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo:
Contexto, 2007.
TOTA, Antônio Pedro. Os Americanos. São Paulo: Contexto, 2009.