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4
Módulo
capítulo 1
CONHECIMENTO
E VERDADE
FILOSOFIA Módulo 4 Conhecimento
capítulo 1 e verdade
AKG-IMAGES/ALBUM/LATINSTOCK - ACADEMIA DE
BELAS ARTES DE BRERA, MILÃO
O triunfo da verdade (1847), pintura
de Luigi Mussini. Nessa obra, a verdade
(jovem segurando a tocha) está cercada
por grandes pensadores de diversas áreas
do conhecimento. Entre os representados
à direita: Isaac Newton, Galileu
(de verde), Dante Alighieri, Copérnico
(de amarelo), Blaise Pascal (atrás de
Copérnico), Giordano Bruno (com capa),
Cristóvão Colombo (com o globo na mão)
e Ptolomeu (de joelhos). À esquerda:
Confúcio, Platão, Sócrates (de amarelo),
Heródoto (com louros), entre outros.
FILOSOFIA Módulo 4 Conhecimento
capítulo 1 e verdade
Dogmatismo
n Do ponto de vista da história da filosofia, há duas tendências principais em
relação à possibilidade de conhecermos a verdade: o dogmatismo filosófico
e o ceticismo radical.
Ceticismo
n O ceticismo radical considera o conhecimento algo impossível.
n O ceticismo moderado impõe limites ao conhecimento ou opera pela
suspensão provisória do juízo.
n Os principais representantes do ceticismo são Górgias, Pirro, Montaigne
e Hume.
• Górgias separa o ser, o pensar e o dizer. Desse modo, critica os pensadores
que identificam o pensamento do real com a realidade das coisas.
• Pirro considera que a atitude coerente do sábio é a suspensão do juízo e,
como consequência prática, defende a aceitação com serenidade do fato
de não ser possível discernir o verdadeiro do falso.
• Montaigne refletiu sobre as influências sociais e pessoais que relativizam a
verdade.
• Hume adotou um ceticismo atenuado ao referir-se às crenças que nos
orientam no cotidiano como resultantes do hábito.
FILOSOFIA Módulo 4 Conhecimento
capítulo 1 e verdade
4
Módulo
capítulo 2
INTRODUÇÃO À LÓGICA
FILOSOFIA Módulo 4
Introdução à lógica
capítulo 2
Opiniões e pós-verdade
n É por meio de informações, valores, regras de vida, leituras e observações
de mundo que adquirimos elementos para construir ou desfazer crenças e
opiniões.
n Na formação da opinião pública, a mídia (impressa, televisiva, radiofônica...)
ocupa um papel determinante, atuando como o “quarto poder”.
n O advento da mídia digital, sobretudo das redes sociais, assumiu o papel de
um “quinto poder” em que o próprio cidadão dispensaria intermediários na
circulação de opiniões.
n Em especial no ano de 2016, fomos bombardeados em todo o mundo por
notícias falsas que chamaram a atenção para o fenômeno da pós-verdade.
n Pós-verdade é um conceito criado para identificar circunstâncias nas quais
fatos objetivos têm menos impacto nas ideias e no imaginário da opinião
pública do que crenças pessoais.
FILOSOFIA Módulo 4
Introdução à lógica
capítulo 2
Falácias
n A falácia é um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter aparência de
correção. As falácias podem ser:
• formais: quando contrariam as regras da inferência válida;
• não formais: quando decorrem de premissas que não estabelecem a
conclusão (argumento de autoridade, argumento contra o homem, falácia de
generalização apressada, falácia de acidente, falácia de conclusão irrelevante
ou ignorância da questão, falácia
Lógica aristotélica
n O primeiro filósofo a organizar a lógica de forma sistemática foi Aristóteles.
Com esse filósofo grego, iniciou-se a chamada lógica clássica, que permaneceu
incontestada até o século XIX, quando Frege deu início à lógica simbólica.
n Argumento (raciocínio): encadeamento de proposições que conduzem a
afirmam um ao outro.
n Tipos tradicionais de argumentação:
• dedução: parte de (pelo menos) uma proposição geral para chegar a uma
conclusão que pode ser geral ou particular;
• indução: parte de diversos dados singulares constatados para chegar a
proposições gerais;
• analogia (ou raciocínio por semelhança): indução parcial em que se passa de
alguns fatos singulares para uma conclusão singular ou particular.
FILOSOFIA Módulo 4
Introdução à lógica
capítulo 2
Lógica simbólica
n A lógica simbólica surge no século XIX e tem Gottlob Frege como principal
representante.
n A lógica simbólica ou matemática desenvolve uma linguagem técnica
artificial bem mais ampla e precisa que a utilizada pela lógica tradicional
(aristotélica ou clássica). Divide-se em cálculo proposicional e cálculo de
predicados.
n Na lógica proposicional, símbolos representam as proposições e as
conexões que se estabelecem entre elas: negação, conjunção, disjunção
(inclusiva ou exclusiva), implicação e equivalência. Tabelas de verdade são
usadas para identificar os valores de verdade e falsidade das proposições e
assim saber se o argumento é válido ou não.
n A lógica de predicados envolve quantificadores (universais e existenciais),
que se expressam pelas palavras “qualquer”, “todo”, “cada”, “algum”,
“nenhum” e “existe”. A vantagem é poder expressar uma rica variedade de
estruturas lógicas inexistentes na lógica clássica.