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ATIVIDADE AVALIATIVA

Seminário de Filosofia

Universidade Federal do Piauí - UFPI


João Gualberto da Costa Ribeiro Júnior
Licenciatura Plena em Filosofia
Seminário de Filosofia

Em L’existentialisme est um humanisme, uma conferência de circunstância


escrita sob demanda para o clube Beigbeder, e pronunciada no dia 29 de
outubro de 1945, Sartre expõe uma antropologia desprovida de um fundamento
e de uma teleologia teológica, reafirmando as teses anteriores de L’être et la
néant. As teses da conferência sustentam uma hipótese: o homem, o para si na
terminologia filosófica de Ser e Nada, não possui nenhuma determinação a
priori. Justifique em uma lauda.

Satre assim se manifestou por ocasião da conferência:

“o existencialismo nada mais é do que uma doutrina inexorável e discreta, um


tipo de Humanismo, que prega basicamente que a existência precede a
essência, ou seja, nada define o homem antes de ele existir. O homem é
aquilo que ele fizer de si mesmo”. (SARTRE, 1970, p. 6).

Se este enunciado do pensador se fizer verdadeiro, toda a responsabilidade de


existir recai exatamente sobre a própria figura humana. O existencialismo cristão
prega que a existência do homem é derivada de um outro ser que o precede, sendo
este a figura divina. No entanto, afirma Sartre o existencialismo é um humanismo,
refutando duramente a teoria cristã.
Sartre expõe que para que o indivíduo humano exista, não é necessário
nenhuma determinação prévia; não se faz obrigatório a preexistência de um ser dito
perfeito; não se precisa de causas e nem motivos para o humano existir. A constituição
do ser, no homem, depende única e exclusivamente dele próprio como indivíduo.
Para Sartre, o homem é exatamente aquilo que ele objetivar ser e fazer consigo
mesmo. O homem é originário dele próprio. Sartre prega ardentemente a noção de
liberdade, ou seja, a não transcendentalidade e o não estabelecimento de fatalidades
atribuídas a destinos e fatalidade predeterminadas pela figura divina. A noção de
liberdade de escolha em Sartre, ocorre de maneira absoluta, não estando condenada
à prisão ou cerceamento por qualquer determinação anterior.
Sartre institui uma noção de subjetividade que, de início parece extremamente
pessimista em relação às atitudes humanas. O pensador discorre que toda e qualquer
ação humana depende apenas do interesse do indivíduo em si mesmo. O homem é
dotado do poder de escolha, consistindo em sua própria ação, realizar atos bons ou
maus. Sem a existência de um determinante predecessor que não seja inerente
apenas ao próprio indivíduo.
Em Sartre, subjetividade e liberdade, são fenômenos idênticos. O homem é
liberdade e, desta forma, encontra-se condenado a ser livre. A subjetividade

João Gualberto da Costa Ribeiro Júnior


Licenciatura Plena em Filosofia
Seminário de Filosofia

representa uma barreira intransponível, onde qualquer boa ou má ação, justiça ou


injustiça praticada, responsabilidade unicamente do próprio homem.

João Gualberto da Costa Ribeiro Júnior


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SARTRE, J. P. O Existencialismo é um Humanismo. L'Existentialisme est un


Humanisme. Paris: Les Editions Nagel. 1970. p. 28.

João Gualberto da Costa Ribeiro Júnior

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