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Resumo:
A evolução dos valores que atribuímos a determinados elementos, confere-lhes um
valor simbólico digno de patrimonialização. Com este processo é realizada uma seleção
de significados correspondentes a um determinado estatuto, digno de ser conservado
para as gerações futuras. Neste texto pretende-se definir quais foram as contribuições do
austríaco Aloïs Riegl na definição desses mesmos valores e a sua influência nas
discussões patrimoniais das últimas décadas, com base nos trabalhos de alguns teóricos
importantes, bem como da documentação internacional sobre a matéria.
Abstract:
The evolution of the values that we assign to certain elements, gives them a symbolic
value worthy of being considered as cultural heritage. This process sets in motion a
selection of meanings corresponding to a certain status, entitled to preservation for
future generations. This text intends to define what were the contributions of the
Austrian Aloïs Riegl when defining those values, and his influence on heritage centered
discussions over the past decades, based on the work of some important theorists, as
well as on international charters about the subject.
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Este texto resulta de uma comunicação apresentada no Encontro Patrimonialização e Sustentabilidade
do Património: Reflexão e Prospectiva, Instituto de História Contemporânea realizada entre os dias 27 e
29 de novembro de 2014 na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
https://institutodehistoriadaarte.files.wordpress.com/2014/10/patrisuspatri_notas-biogrc3a1ficas-e-
resumos_nov-2014.pdf
Os Valores dos Monumentos: a Importância de Riegl no Passado e no Presente - Alice Nogueira Alves
Aloïs Riegl
Aloïs Riegl nasceu em Linz, na Áustria, em 1858, vindo a falecer ainda novo, vítima de
doença, em 1905, em Viena. O seu papel na História da Arte foi importantíssimo, sendo
conhecido, juntamente com Wickhoff, como um dos elementos da primeira geração da
Escola de Viena, onde se traçaram as bases mais tarde seguidas por várias gerações de
historiadores da arte. As suas fontes primordiais de estudo tornaram-se a obra de arte ou
a escolas artísticas, dando uma maior importância à pesquisa e crítica das fontes,
afastando-se de preconceitos pré-existentes (Bazin, 1989; 128-9).
Depois de ter começado os seus estudos na área do Direito, passou pela Filosofia até
chegar à História. Numa primeira fase da sua vida trabalhou no Instituto Austríaco de
Pesquisas Históricas, onde recebeu uma sólida formação na pesquisa, apoiada no
método filológico na sua aplicação às disciplinas como a Paleografia, a Diplomática,
entre outras (Pächt, 1963, 188). Em 1886 entrou para o Museu de Artes Aplicadas de
Viena. Ao ser constituído como o conservador da coleção de têxteis, Riegl
desempenhou um papel maior no estudo das artes decorativas e na sua valorização no
contexto geral, tratando-as como um facto artístico comum (Bazin, 1989; 131). Para
este estudioso, estas manifestações artísticas estavam isentas dos preconceitos das então
chamadas artes maiores, para se esconderem num anonimato que permitia o estudo das
formas e da iconografia existente, sem a carga de todas as questões relacionadas com a
produção artística clássica (Kemp, 1994; 89). Nesta altura, começou uma intensa
produção literária/científica onde defendeu as suas ideias, destacando-se, em 1894, a
obra Stilfrafen: Grundlegen zu einer Geschichte der Ornamentik (Problemas de Estilo:
Fundamentos para uma história da ornamentação - sem tradução portuguesa) onde
defendeu a primazia das leis do estilo sobre as da natureza (Bazin, 1989; 131). Esta
publicação valeu-lhe a entrada no corpo docente da Universidade, onde se tornou
professor efetivo em 1897, apesar de ali trabalhar anteriormente, acumulando as suas
funções com as do Museu. No contexto geral, esta altura ficou marcada por uma espécie
de tensão entre o Museu e a Universidade, vindo Riegl reunir as duas fações ao aliar o
seu contacto direto com os objetos, às exposições doutrinárias características deste
segundo ambiente (Bazin, 1989; 128). Ali formou muitos dos posteriores teóricos da
área, alguns dos quais nomes eminentes da área no século XX.
A sua luta pela igualdade das artes deu também origem à valorização de períodos
artísticos então considerados como decadentes, como meras cópias degeneradas dos
períodos antecedentes. Por essa razão, Riegl tornou-se um dos defensores da arte do
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consoante o tipo de valorização. Se o mais importante fosse a sua idade, e aqui aparecia
o valor de antiguidade, antevisto pelo autor como o predominante no século que então
se iniciava, a marca da passagem do tempo seria mais importante. Se, por outro lado, o
relacionássemos com um determinado momento, determinando assim o seu valor
histórico, a sua aparência original seria mais relevante, como tinha acontecido
regularmente no século anterior.
Este último valor estava relacionado com a ligação estabelecida pelo homem “moderno”
entre um determinado monumento e um período histórico específico. A diferença entre
este e o intencional residiria no facto de estas identificações serem realizadas em
momentos diferentes da história do monumento – uma no momento da criação e outra
no contemporâneo à sua avaliação enquanto monumento. No entanto, em ambos os
casos, a espectativa seria semelhante. Ao simbolizar um determinado acontecimento, o
monumento veria valorizada a aparência coincidente com esse momento histórico. A
principal diferença entre ambos é que, no segundo caso, o valor intencional poderia
acabar por ser esquecido pelas gerações seguintes, passando muitas vezes a não
intencional, quando a sua interpretação mudasse.
No valor de antiguidade era valorizado o aspeto antigo, a marca da passagem do tempo
sobre o material constituinte, como elemento definidor da sua antiguidade. Lembrava ao
Homem o seu lugar no ciclo da vida e, por isso mesmo, era facilmente percetível
sensorialmente, sem necessidade de conhecimentos prévios, como era o caso do valor
histórico. Esta característica denotaria a sua vivência ao longo dos séculos, garantido
assim a sua antiguidade, seguindo, sem dúvida, as ideias defendias por Ruskin no século
anterior.
Este ar antigo iria contrastar com a obra nova, contemporânea, onde o caráter fechado,
não permitia a ruína, por se considerar decadente, ao contrário da obra de arte antiga,
onde a ruína completava o seu ciclo. Estes aspetos estavam, mais uma vez relacionados
com a nossa espectativa face aos diferentes objetos, e deveria ser essencial na
abordagem do restauro, até mesmo nos nossos dias.
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Esta discussão iria refletir-se profundamente na prática do restauro, visto que, consoante
o tipo de valorização dada, o tipo de intervenção seria diferente, optando-se pela
preservação do aspeto de antiguidade ou pela reconstituição do seu valor histórico. Esta
variação de abordagens refletia uma interpretação relativista da própria prática do
restauro, afastando as regras científicas absolutas (Choay, 2011; 33)
No entanto, não nos podemos esquecer que este livro não apresenta uma teoria do
Restauro, mas apenas um conjunto de ideias sobre o modo como abordar os diferentes
monumentos, consoante o valor atribuído pelo homem contemporâneo.
No passado e no presente
Na prática, embora estas reflexões tenham marcado a legislação austríaca da época, a
sua influência direta no contexto europeu não foi muito evidente na área patrimonial ao
longo do século XX. Nas primeiras década apareceram alguns aspetos evidenciados na
legislação italiana desenvolvida mais tarde por Boito e Giovannoni (Choay, 2011; 34) e,
consequentemente no primeiro documento internacional dedicado aos monumentos
históricos, a Carta de Atenas de 1932. Mais tarde, ao ser claramente presente a sua
abordagem na área da História da Arte, de modo indireto veio influenciar o Restauro
Crítico, desenvolvido especialmente no princípio da segunda metade do século XX em
Itália, com um grande impacto na Carta de Veneza de 1964.
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Ao intuir o valor de antiguidade como o dominante no século XX, Riegl não imaginava
as dimensões dos dois conflitos armados que assolariam a Europa nas décadas seguintes
e nas destruições patrimoniais implicadas. De facto, a reação a estes estragos acabou por
valorizar o aspeto histórico dos monumentos, sendo realizada a reconstrução integral em
larga escala. Ao princípio muito baseada num restauro fundamentado em fontes
documentais, mais tarde esta sistematização veio a ser posta em causa por várias fações,
resultando em diferentes soluções de reconstrução ou nova construção por toda a
Europa, onde se destacou uma geração de italianos, os representantes do Restauro
Crítico (Jokilehto, 1999). Defendiam estes que a obra de arte era única e irrepetível,
devendo ser valorizada pelas suas características intrínsecas e não pelo seu
enquadramento num determinado momento evolutivo, seguindo as linhas dos principais
teóricos da época. A sua especificidade dava-lhe um estatuto único, refletido numa
unidade potencial, constituída pela matéria e a imagem, também definida por Brandi
como uma das bases da intervenção de restauro. Este aspeto serviria ao homem atual
como base para a sua intervenção. No entanto, esta operação era agora distinta do
momento da criação e, por isso, seria sempre subjetiva da vontade do seu executor.
Nestas discussões ainda não encontramos o papel do espectador, já referenciado por
Riegl anteriormente.
Será Paul Philippot, um seguidor de Brandi, um dos teóricos a reivindicar a fação social
de novo nestes debates. Antes de falarmos das suas ideias, consideramos também
fundamental uma referência a André Malraux, por ter introduzido nas discussões sobre
o Património uma nova noção de cultura, no fim da década de sessenta. Não uma
cultura constituída pela ideia de “civilização”, mas como algo relacionado com o lazer
(Choay, 2011: 36), onde se irá evidenciar um caráter de atração turística que, apesar de
já ser referido desde o início do século XIX, veio a tomar um papel cada vez mais
institucional no seguinte e um papel fundamental no presente, como veremos em
seguida. Nesta discussão relativa ao turismo, encontramos o papel do “outro”, do
espectador, quem valoriza o monumento, a razão sine qua non para a sua existência.
Na Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural, um
documento da UNESCO, assinado em 1972, apareceram referidos os valores
etnográficos e antropológicos, quando se definiram os sítios passíveis de serem
considerados como Património cultural, embora esta visão ficasse, na altura, limitada a
este aspeto, não sendo referida nas definições de monumentos ou conjuntos. De resto,
neste documento eram também identificados os valores arqueológicos, históricos,
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procedimentos para a proteção dos bens patrimoniais tendo em conta estes aspetos, bem
como a participação das comunidades locais na identificação, proteção e gestão dos seus
bens.
Continuando esta abordagem às cartas internacionais, onde julgamos refletirem-se as
discussões comuns a vários países, constituindo-se por isso como bases fundamentais
para esta reflexão, podemos agora referir aa Convenção de Faro - Convenção Quadro
do Conselho da Europa Relativa ao Valor do Património Cultural para a Sociedade, de
2005. Neste documento é definido “um conceito alargado e interdisciplinar de
património cultural”, tendo em conta a constante evolução da sociedade, bem como a
sua diversidade, refletida sobre o próprio Património, a ser tratado de modo equitativo.
Embora aqui se encontre uma ligação ao passado, este património será “um reflexo e
expressão dos seus valores, crenças, saberes e tradições em permanente evolução. Inclui
todos os aspetos do meio ambiente resultantes da interação entre as pessoas e os lugares
através do tempo” constituindo “uma fonte partilhada de memória, compreensão,
identidade, coesão e criatividade”. Um aspeto ainda fundamental neste documento é a
referência aos processos de gestão dos valores contraditórios que podem existir num
mesmo bem. Longe dos valores definidos por Riegl, bem delimitados, a evolução do
processo de identificação realizado pelas próprias massas, levou a uma democratização
desses próprios valores, podendo estes ser positivos, resultando na conservação do bem,
ou negativos, levando à sua destruição. No entanto, longe de desaparecerem, estes
monumentos ficam guardados nas nossas memórias que passarão para o futuro, num
campo já imaterial, mas também em constante evolução ao nível da sua importância.
Mais recentemente, o Património é encarado como um modo de se fazer face à recessão
económica. Com este objetivo, a Declaração de Viena/09 - Um Incentivo ao Património
em Período de Recessão Económica, vem propor estratégias apoiadas no estímulo da
coesão social, incentivando o sentido de identidade e “pertença a um lugar”. Neste
documento são referidas várias identidades: local, nacional e mundial.
Apesar destes aspetos evolutivos aqui descritos, não podemos deixar de referir os
perigos para os quais nos alerta Maziviero:
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Ao longo das últimas décadas, o valor antropológico refletiu-se numa identificação que
acabou por criar uma nova noção de valor mais abarcante, o referido valor simbólico.
Os objetos assim classificados são aqueles sobre os quais os espectadores projetam os
seus próprios valores. Para quem está fora do contexto a sua importância pode não ser
óbvia, bem como o modo como se lida com aqueles objetos (Viñas; 2005). Esta ideia,
apesar de muito evoluída relativamente ao defendido por Riegl, onde a visão do homem
“moderno” sobre épocas posteriores estava dependente dos seus conhecimentos sobre
estas, acaba por ser mais abrangente. É agora estendida para um contexto muito mais
comunitário, de onde não são afastados os vários graus de conhecimento anteriormente
referidos. A noção de evolução das funções destes objetos tem em conta um aspeto
fundamental: a evolução da museologia contemporânea acaba por desempenhar um
papel predominante nesta definição de valores, devido ao aumento exponencial de leque
de objetos dignos de serem preservados pelo seu valor simbólico. Muito para além da
questão material, há um campo intangível em torno dos objetos que deve ser
compreendido para se puder julgar o seu valor (Aires-Barros, 2003) (Viñas, 2005).
Estas questões sobre o Património e os seus valores começam também a refletir-se sobre
as nossas escolhas do que queremos perpetuar para o futuro sobre nós próprios e o
modo como nos relacionamos com o Património enquanto interagimos com ele. A
vertigem da nossa vida, onde as evoluções tecnológicas colocam o passado no dia de
ontem, gera uma confusão de tempos, obrigando-nos a conservar o máximo possível do
dia a dia (Hartog, 2006). Este aspeto reflete-se especialmente na nossa necessidade
crescente em musealizar e conservar a arte contemporânea, para além da antiga.
Fazemos uma seleção dos nossos valores mais representativos, exemplificando às
futuras gerações quem fomos e como se chegou até ao seu momento presente (Avrami,
Mason, Torre, 2000;10). Esta alteração, onde se deixou de dar primazia ao passado,
resultou num aumento dos bens a serem preservados e, consequentemente, no modo
como intervimos sobre eles, aspeto que evolui com a própria sociedade humana
(Idem;7), seja este de valorização positiva ou negativa (Lowenthal, 2000;23).
Mais recentemente, a nossa noção de património tem vindo a sofrer novas alterações,
especialmente devidas ao novo mundo virtual dominado pela internet. A
homogeneização global, mais evidente na produção contemporânea da arte, tem vindo a
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Considerações finais
Como defende Maziviero, o processo de classificação de um monumento estará
dependente do julgamento de um determinado sujeito histórico (s.d.; 2), logo, este
procedimento irá desenvolver-se e metamorfosear-se ao longo dos séculos, adaptando-
se às diferentes realidades culturais e históricas, provocando a alteração da própria
definição de monumento, como vimos suceder ao longo deste texto.
Quanto à questão da predominância do valor de antiguidade no gosto das massas,
apenas um século mais tarde se veio a verificar, como defende Arrhenius: “…the
comfort of the old and familiar dominates popular discourse, perhaps most specifically
in the realm of housing and urbanism, whose rhetoric almost always refers to the past.
Riegl’s prophecy that the force of the old would conquer the masses seems to have been
fulfilled” (2004; 78)
Atualmente os valores multiplicaram-se, tomando uma fação muito mais social e
antropológica, cuja base está nas ideias de Riegl, defensor da identificação dos valores
pelo homem “moderno”, mas agora imbuída num outro espírito, já longe da
Kunstwollen, para a definição bem mais abrangente de cultura e arte que marca os
nossos dias.
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