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SUMÁRIO
Página
Introdução ..................................................................................................................... 08
Capítulo I
A mulher como agente histórico e seu papel na representação da Família Militar ...... 11
Capítulo II
A Associação da Família Miliciana da Região Sul do Estado de Mato Grosso ........... 16
Capítulo III
Mulheres: “um grau a mais na hierarquia” ................................................................... 25
Anexo ............................................................................................................................ 38
8
Introdução
1
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. 2.ed. rev. São Paulo:
Brasiliense, 1995, pp. 14-15.
9
No esforço para trazer à tona a dimensão feminina dos processos sociais, fruto da
militância feminista, e especificamente de suprir a sua ausência nos trabalhos de história
social destacam-se, entre outros, os estudos de Michelle Perrot5, que se empenhou em
escrever uma “história das mulheres”, articulando-a aos diversos episódios históricos que
marcaram as mudanças políticas, sociais e econômicas da humanidade.
3
ROSALDO, M. Z.; LAMPHERE, L. A Mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
Apud PEREIRA, Wilza Rocha, SILVA, Graciette Borges da. Tão longe, tão perto: mulher, trabalho, afetividade e
poder. Cuiabá: EdUFMT, 1999.
4
ALVES, Laci Maria Araújo; TESORO, Luci Léa Lopes Martins. Experiência de Mulheres. Rondonópolis-MT:
LMAA Editora, 2002.
5
PERROT, Michelle. História das mulheres no ocidente. Porto: Afrontamento, 1990, 5 v.
6
Idem. Os excluídos da história: operários, mulheres, e prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 178.
12
Ainda segundo esses papéis ou espaços sociais Michelle Perrot acrescenta que
“[...] nem todo público é masculino [e] [...] nem todo privado é feminino”, pois mesmo no
interior da casa “[...] coexistem lugares de representação (o salão burguês), espaços de
trabalho masculino (o escritório onde mulher e filhos só entram na ponta dos pés) que tornam
a esfera privada num lugar ambíguo.” 7 Ao mesmo tempo, paulatinamente, em decorrência das
lutas feministas, a mulher vai conquistando espaços, saindo do âmbito somente da esfera
privada e fazendo-se presente também na esfera pública.
Embora hoje possamos perceber a inserção das mulheres na maioria dos espaços
públicos antes exclusivos do universo masculino, estas ainda encontram fortes resistências em
campos consolidados e que até hoje estruturam uma boa parte das nossas relações sociais: o
religioso, o político e o militar. Nesse último Alexandre Reis Rosa afirma que a mulher
sempre esteve próxima, mas sua incorporação é muito recente, “/.../ em virtude das conquistas
advindas do movimento feminista e de outras mudanças estruturais da sociedade como a
ampliação do espaço do mercado de trabalho, a ascensão do Estado democrático e as
mudanças no modelo de família contemporânea.” 8
7
PERROT, (op. cit.), 1988, p. 180.
8
ROSA, Alexandre Reis. (O) Braço Forte, (A) Mão Amiga: um estudo sobre a dominação masculina e violência
simbólica em uma organização militar. Lavras, UFLA, 2007, p. 210.
13
melhoria da categoria nas questões salariais, carga horária, punições arbitrárias e também na
elaboração de novas leis, contra as jornadas de trabalho excessivas e por vezes desumanas
especificamente dos soldados, cabos e sargentos.
Os militares não podem fazer greves, não podem questionar as decisões dos
superiores, nem realizar nenhum tipo de reivindicação em manifestações
públicas, pois, o respeito à hierarquia deve ser mantido. Como os militares
não podem questionar as autoridades, nós, as esposas, questionamos. 9
Ser militar não é uma profissão que se limita a sua jornada de trabalho. Pelo
artigo13, parágrafo 3º do Estatuto dos Militares10, a disciplina e o respeito à hierarquia –
vistos como a base institucional das Forças Armadas – devem ser conscientes e não impostos
e “mantidos em todas as circunstâncias da vida entre militares da ativa, da reserva remunerada
e reformados.” 11
Essa, acho que foi nossa principal conquista: a nossa organização, a nossa
coragem como mulher e principalmente por poder representar um grupo
visto como autoridade. A sociedade vê o policial como a autoridade extrema
ali no momento. Contudo, são fracos no sentido de não ter condições de
reivindicar, ao mesmo tempo, eles terem suas mulheres como suas
defensoras... a gente conseguir mostrar isso a nível de país, que as mulheres
têm essa força... Acho que esse foi o lado positivo, de poder mostrar que, se
você se organizar, você pode fazer, até mesmo uma classe que não tem
direito de reivindicar, ser vista... isso serviu de exemplo para outros
Estados15.
sofria esse preconceito por parte dos oficiais que via agente... “Mas espera
ai, você uma mulher esposa de um soldado, querendo reivindicar e debater
com um Coronel de maior cargo?” Sendo que meu marido, no caso o militar,
é o menor. Então eles tinham sempre essa situação: querer colocar esse
preconceito do que é que nós mulheres entendíamos. “Quem são vocês para
querer nos mostrar o que é que deve ou não ser feito para corporação?” [...]
Na verdade o maior preconceito era esse: ser mulher, ser esposa de soldado,
enquanto eles, as estrelas, os oficiais, eles não aceitavam. Mas de qualquer
forma a gente se impunha, ia e enfrentava-os de igual pra igual e
demonstrava pra eles que a gente tinha condições. 17
Sempre respeitei cada um dentro do seu limite, mostrando que eles tinham a
autoridade deles dentro do limite deles, mas que também tinham que
respeitar nosso direto de pessoa que foi eleita pelos militares, legalizada
perante a lei para estar representando os militares. Então sempre fiz questão
de mostrar: olha, o seu direito é esse, e o meu é esse. Mesmo não querendo,
eles tinham que engolir a gente, pois eles sabiam que estávamos dentro da
legalidade e dentro dos nossos direitos.18
17
Márcia Carmo Silva Cavalcante. (Op. cit.).
18
Idem.
16
Capítulo II: A Associação da Família Miliciana da Região Sul do Estado de Mato Grosso
19
Dalva Rosa de Oliveira Silva. Primeira presidente da Associação da Família Miliciana da Região Sul de Mato
Grosso (AFAMIRS-MT), no período de 16 de abril de 1987 a 01 de abril de 1989. Entrevista concedida no dia17
de outubro de 2008, em sua residência.
20
Prof ª Drª Lázara Nanci de Barros, presidente provisória da AFAMIRS no período de 20 de junho 1993 até 17
de outubro 1993. Entrevista realizada no dia 12 de novembro de 2008, no Campus da UFMT, Departamento de
Pedagogia.
17
como chapa única e tendo como Presidente Dalva Rosa de Oliveira Silva, e como Vice-
presidente Gláucia da Silva Leite; Rudinete Souza Machado e Dalva Lima Pereira ficaram
como primeira e segunda Secretária e Ivone Aparecida Santos Fernandes e Eva Rodrigues
Caetano como primeira e segunda tesoureiras, respectivamente.
Ao proceder a votação a nova diretoria foi aprovada por unanimidade por todos os
presentes21, sendo empossadas para dirigir o destino da associação durante o primeiro
mandato que teve durabilidade de dois anos.
[...] quando eu fui eleita, e quando teve o primeiro movimento, percebi que a
gente precisava se organizar para, quando se fosse fazer um movimento, a
gente mobilizasse as outras Associações para que, dessa forma, a gente
conseguisse fazer a pressão necessária, seja ela dentro do comando ou dentro
do governo, pois não adiantava só Rondonópolis fazer o movimento. A gente
21
Dalva Rosa de Oliveira Silva (Presidente), Gláucia da Silva Leite (Vice-presidente), Rudinete Souza Machado
(1ª Secretária), Dalva Lima Pereira (2ª Secretária), Ivone Aparecida Santos Fernandes (1ª Tesoureira), Eva
Rodrigues Caetano (2ª Tesoureira), Carmelinda de Souza Soares, Helena Maria Barbosa Cunha, Celina
Fernandes Cavalcante, Juleiva Vanderley Candial, Ivonete Pereira do Nascimento, Roseli Balestrim Gomes,
Judite Cardoso Gonçalves, Lenilda Siqueira de Oliveira, Márcia Regina Possates, Maria Albertina de Oliveira
Lima, Luzinete Ferreira dos Santos, Adália Rodrigues de Oliveira, Alexandrina Laura Farias, Jucéia Maria de
Oliveira Lima, Genilde Resende da Silva, Valmira Araújo da Silva, Jocenira Maria da Silva Xavier, Elza
Andrade de Oliveira, Anália dos Santos Almeida, Maria das Neves Gomes Viana de Jesus, Maria, Maria Delcina
Duarte da Silva, Neuzelita F. de Souza, Maria Rosalina Nunes, Mesina Tereza Ramos, Maria Aparecida Augusta
Dores, Lúcia Helena Ribeiro Nunes, Dina Maria Pereira, Sebastiana.
22
No dia 21 de junho de 1987, na residência de D. Sebastiana, localizada na COHAB casa 05, lote 08 da cidade
de Alto Araguaia, foi eleita a senhora Diva Maria Pereira como a responsável por representar os interesses da
Associação naquela cidade.
18
Essas medidas eram adotadas pelos membros como estratégias a fim de evitar
retaliações e/ou perseguições que possivelmente poderiam sofrer seus maridos. Conforme a
fala de um oficial que não quis se identificar, em notícia veiculada pelo Jornal A Gazeta de
Cuiabá em 02 de setembro de 1993, “elas estão se organizando sim, nós estamos de braços e
pés atados [...] elas são tão organizadas que nem sabemos onde estão reunidas”.
rifas para conseguir verbas para a instituição, o que parece ter reforçado o sentimento de
união entre essas mulheres. As festas, jantares, churrascos, etc., são organizados pelas
mulheres, podendo ser restritas à participação feminina ou contar com a presença dos
maridos.
Segundo seu Estatuto a AFAMIRS “constitui-se em uma sociedade civil sem fins
lucrativos, de âmbito regional, [...] com prazo indeterminado de duração”, que agora,
devidamente instalada em sede própria, se localiza na Rua Paraná, quadra 22, nº 10, do Jardim
Adriana, na cidade de Rondonópolis-MT, CGC 01.974.500.0001/97. Caracteriza-se como
uma entidade que tem “como associadas as esposas de policiais militares, sendo elas casadas
ou amasiadas, os policiais militares lotados na região sul deste estado, bem como parentes até
terceiro grau destes.” 26
Neste sentido, a instituição busca congregar as esposas, e parentes até 3º grau dos
associados e policiais militares, zelando ainda pelo seu desenvolvimento sócio-cultural,
cultuando as tradições de relevo social e humanísticas próprias dos policiais militares. Nesse
afã, são promovidos cursos, palestras e outras formas de reuniões culturais, sociais,
educativas, artísticas e cívicas, ou seja, promoções que venham beneficiar e prestar
assistencialismo aos associados acima qualificados.
25
Nessa época Nanci já era professora efetiva da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de
Rondonópolis.
26
Estatuto Social da Associação da Família Miliciana da Região Sul de Mato Grosso, reformulado no ano de
2002, Cap. 1, art. 1º e 2 º.
20
27
Márcia Carmo Silva Cavalcante (Op. cit.).
28
Idem.
29
Representa o poder máximo da Associação com poder máximo de decisão, deliberar sobre todos os assuntos,
alterar o presente Estatuto, eleger membros da Diretoria e do Conselho Fiscal.
21
No que diz respeito aos regimentos disciplinares, apesar de ser específico de cada
instituição militar e, eventualmente possuírem distinções, costumam prever as seguintes
gradações de punições: Advertência, Repreensão, Detenção, Prisão, Licenciamento e
Exclusão. Medidas usadas como forma de castigo ao transgressor, sendo realizada por um
processo administrativo militar. Por isso, quando entrevistada, Márcia Cavalcante afirmou que
uma das suas principais preocupações enquanto presidente da AFAMIRS-MT era não deixar
que os movimentos e manifestações de rua viessem prejudicar os militares.
[...]a grande maioria das mulheres não se articulam com freqüência, ou não
mantém um movimento permanente, por conta dessas questões, porque os
maridos, eles se sentem reprimidos. O que a gente ouvia dos depoimentos
30
Márcia Carmo Silva Cavalcante. (Op. cit.).
31
Prof ª Drª Lázara Nanci Amâncio de Barros. (Op. cit.).
22
deles na ocasião das reuniões que as mulheres traziam era: “Olha o meu
marido não quer que eu participe porque ele trabalha com fulano, cicrano e
beltrano”. E essas pessoas não gostam que as mulheres façam esse
movimento, então elas temiam participar e temiam também que os maridos
fossem cerceados e reprimidos inclusive em termos de carreira.
A partir desses períodos de reorganização, inicia-se uma nova fase da Associação, em que
se pode perceber uma maior organização política, decorrente do próprio amadurecimento da
AFAMIRS. Nesse sentido as reuniões passam a contar com a presença de representantes de
diversas categorias de nossa cidade e do Estado como professores, líderes sindicais,
vereadores, deputados estaduais e federais, que prestavam auxílio na aprovação das leis
elaboradas pela Associação e no encaminhamento dos projetos da instituição. 33
32
No ano de 1993 toma posse como presidente provisória a senhora Lázara Nanci Amâncio de Barros, e em
1999 a senhora Aurora Alves de Lima.
33
Entre estes estiveram a senhora Zilene - diretora no ano1993 do sindicato dos policiais civis; Marcos -
tesoureiro do mesmo sindicato; o professor Fernandes; o vereador Juca Lemos; o deputado estadual Hermínio J.
Barreto; o deputado federal Wellinton Fagundes e sua esposa Mariene Fagundes; o vereador Mohamed Zhaer;
Hélio Luz - presidente da URAMB; Inês Feitosa - presidente dos Direitos Humanos; Lindomar Alves -
representante do PT; a repórter Nice Maria; o vice-governador Rogério Sales Relação. Alguns vereadores
inclusive ajudaram financeiramente na viagem para Cuiabá o ano 1994, entre eles estavam José Carlos do Pátio,
João Klimachesk, Luciene, Pedro da Draga, Dr. Alberto, Valdemar Marra, Dr. Abílio, Juary, Gudo.
23
[...] mas, sempre fui muito persistente e nunca permiti que... Sempre
procurava ter conhecimento realmente das leis e daquilo que era necessário
para poder falar com conhecimento com eles, tanto na questão das leis em si,
como na questão do militar. [...] Então, quando eu ia reivindicar, seja com o
Comando Geral ou com o próprio Governo, sempre procurava ter esses
conhecimentos, para que eles não viessem e me” patrolassem” na verdade
isso era para que, quando eles me questionassem eu também tivesse as
respostas.
34
Márcia Carmo Silva Cavalcante. (Op. cit.).
24
dessas famílias.
35
Primavera do Leste, Barra do Garças, Cuiabá, Rosário Oeste, Alta Floresta, Cáceres, Tangara da Serra tiveram
Associações fundadas, Jaciara e Alto Araguaia que até então eram sub-sedes.
36
No dia 20 de Julho de 2000, foi escolhida como representante Eroene Martins de Souza, e vice-representante
Noemi Maria de Souza Cavalcante
25
Todos os militares têm nos seus bastidores uma das mais antigas e
importantes instituições do mundo, a família, e os militares não
estão sós na sua luta, a família o acompanha, na luta sistemática
pela defesa da condição militar, pelo cumprimento da lei. 37
Este capítulo trata das diversas maneiras pelas quais as mulheres e mães de
policiais militares desenvolvem suas atividades na busca pelos direitos de seus filhos e
maridos por meio da Associação da Família Miliciana da Região Sul de Mato Grosso
(AFAMIRS-MT), trazendo algumas interpretações e exemplos dessas realizações e
descrevendo alguns casos da história dessas mulheres e as dificuldades por elas enfrentadas
nos cargos de diretoria dessa entidade representativa.
As personagens das histórias presentes neste texto são mulheres simples que
precisam lutar cotidianamente em benefício de suas famílias e também pela conquista de
direitos, mas que apesar das adversidades do dia-a-dia, ampliaram as possibilidades de
participação e sua permanência no espaço público.
No que diz respeito à seleção das entrevistadas optei por trabalhar e pesquisar a
ação de algumas das mulheres no interior da Associação da Família Miliciana da Região Sul
do Estado de Mato Grosso, seja no cargo de liderança ou como membro associado. Ainda que
o desejo desta pesquisadora fosse o de conhecer a trajetória de várias das mulheres associadas,
o curto espaço de tempo em que a pesquisa foi realizada exigiu que o número das
entrevistadas fosse restringido, o que de certa forma limitou seu resultado no sentido de dar
maior visibilidade às ações da instituição e ao seu significado para seus membros ao longo de
sua existência. Outra dificuldade enfrentada foi o fato de algumas das pioneiras da associação
não mais residirem nesta cidade, o que também dificultou e limitou o presente trabalho.
37
ROCHA, Fátima Carvalho. A Comissão Promotora dos Direitos Cívicos dos Militares em Ponta Delgada, p.
2. In: http.//www.ans.pt/imagens/CPDCMManifComissaoPontaDelgada.pdf. Consulta realizada dia 12/11/2008.
26
Casada há trinta anos mãe de três filhos e avó de dois netos, trabalha para o
Estado onde acumula diversas atividades, desde a limpeza a trabalhos na secretaria. Mostra-se
receptiva para tratar com crianças e diz amar sua profissão. Dalva Rosa de Oliveira Silva foi a
fundadora e primeira presidente da Associação da Família Miliciana da Região Sul do Estado
de Mato Grosso, no ano de 1987, sendo uma das organizadoras do movimento conhecido
como “panelaço” no ano de 1986. Consciente das suas dificuldades e limitações na luta pela
defesa dos direitos dos militares dedicou-se exclusivamente aos interesses da instituição
durante o seu mandato de dois anos.
Com humildade, em seus relatos Dalva destaca que a maior dificuldade por ela
enfrentada estava relacionada à sua “falta de estudo”, o que em vários momentos ocasionou
em discriminação e preconceito contra ela. Mesmo assim, enfrentou com bravura todos os
obstáculos que surgiram no período de sua atuação frente à AFAMIRS-MT. Dalva Rosa de
Oliveira, diz sempre ter contado com o apoio de pessoas que a ajudaram e que a apoiaram na
luta dessas esposas e mães. Entre elas destaca a ação sua Secretária a senhora Rudinete Souza
Machado a quem fez questão de citar durante todas as entrevistas, como sendo de
fundamental importância para a associação naquele período, mas que infelizmente não
consegui entrevistar pelo fato da mesma residir em outra cidade.
27
Casada durante 12 anos com um militar, para Nanci de Barros sua experiência
profissional permitiu conhecer melhor a família militar e refletiu nas suas ações enquanto
líder da AFAMIRS, ainda que sua gestão tenha sido curta. Declara-se defensora da categoria
militar, nutrindo um grande respeito por estes homens que “muitas vezes perdem suas vidas
deixando suas mães, mulheres e crianças órfãs pelas quais eram responsáveis.”
pouco mais do que as mulheres poderiam fazer. É dolorido você olhar para
uma pessoa que você ama e ver aquela pessoa cansada, quase sem forças
para continuar trabalhando e tendo que continuar trabalhar e cumprir
horários estressantes e rigorosos.
38
O período em que Márcia esteve na presidência da Associação iniciou-se em 26 de setembro de 1999,
terminando em 20 de fevereiro de 2008.
29
ainda como Vereadora Suplente no ano de 2004, sendo candidata a vereadora no ano de 2008.
Hoje atua na Associação do Assentamento Carimã.
Fui candidata agora e, infelizmente obtive uma menor votação, mas acredito
que ganhei experiência, pois, a cada vez que participamos de um pleito,
adquirimos experiência pessoal, isso é importante. É necessário que nós
mulheres tenhamos coragem de enfrentar desafios, eles servirão de base para
nossa vida particular ou profissional. Portanto, é importante que se tenha
coragem para participar dessas situações.
Uma das maiores compensações pessoais que relata sentir no que se refere ao seu
trabalho na Associação foi poder demonstrar às mulheres que elas tinham e têm condições de
discutir em pé de igualdade com os oficiais e coronéis, comprovando que a mulher vem
vencendo vários obstáculos sociais, culturais, físicos e intelectuais, mostrando ao mundo uma
incansável luta por seus direitos de cidadã e de ser humano.
dificuldades dos maridos, das dificuldades que eles tinham de não poder
reivindicar, é que foi fundada a associação. Então na verdade é reivindicar os
direitos deles, e não os nossos das mulheres, mas os deles.
Sob sua presidência realizou-se, no dia dois de agosto deste ano, um movimento
das esposas de policiais militares reivindicando o cumprimento do acordo de reposição
salarial entre o Governo do Estado e os servidores militares. Essa ação de caráter
reivindicatório em prol a situação dos militares constituiu-se na ocupação da sede do Corpo
de Bombeiros, no esvaziamento de pneus de viaturas policiais e no impedimento de que os
militares entrassem em serviço já que suas fardas foram molhadas por suas esposas com essa
finalidade. As fardas dos policiais militares, molhadas e sujas de farinha de trigo, foram
31
A negociação que foi feita ano passado foi que concedessem o aumento para
os oficiais e, para o primeiro trimestre desse ano, fosse dado o aumento em
proporção para os praças. Em momento nenhum foi falado que iria ser
divido em três anos, e se você dividir as porcentagens vai dar mais ou menos
trinta por cento, então estamos lutando pelos trinta por cento integral, e não
dividido em três anos.
Luciana diz que as relações das mulheres com os superiores no que diz respeito às
reivindicações dos direitos dos seus esposos nunca foram amistosas.
Nunca foi amigável, até mesmo porque a gente batia de frente. Eles diziam
não, nós dizíamos sim. Nós estávamos sempre rebatendo porque sabíamos
que aquilo que os militares tinham não estava de acordo com o que a família
necessitava.
Por seu depoimento percebe-se que os problemas enfrentados pelos militares e sua
impossibilidade de agir diante disso são sentidos também pela família, fator este amenizado
32
com a possibilidade de discussões e debates no interior da Associação, fazendo com que todos
tenham conhecimento da situação vivida.
Nossos maridos nem tem tinham tempo de ir para casa, deixava mulher e
filhos de lado, o marido estava sempre nervoso... Quantas vezes meu marido
chegou estressado em casa e eu não sabia o motivo. Só fui descobrir depois
que passei a fazer parte da Família e me inteirar aos assuntos que até então
eu nem sabia.
Enquanto esposa de militar Rosilene Andrade fala dos seus medos e angústias
devido aos perigos que seu marido corre no exercício de suas funções, desde a hora de sua
saída até retorno ao lar. Para ela a vida dos militares está em jogo o tempo todo e ressalta que
para desenvolver e manter essa profissão “tem que ter mesmo gosto pelo cargo que ocupa,
pela profissão, porque o salário não compensa”.
podendo ocorrer até certa agressividade tanto no seu período de trabalho quanto nos períodos
de folga.
Nas falas das entrevistadas evidenciamos o esforço e a dedicação dessas mulheres para
com a AFAMIRS-MT na ação pelos direitos de seus maridos e filhos, e as dificuldades e
desafios vivenciados no cotidiano em busca de benefícios para a Família Miliciana. Em seus
depoimentos por vezes emocionados, trazem também a força, a garra, e a alegria de quem
quer construir vidas diferentes, com mais igualdade e dignidade. Mulheres que nas falas,
olhares e gestos demonstram seu potencial, criatividade e astúcia e, embora o objetivo
principal da Associação seja a busca por melhor qualidade de vida de soldados, cabos e
sargentos, a ação dessas mulheres configura-se também em luta pelo respeito à identidade e à
alteridade.
34
Considerações finais
Esse discurso está de tal forma internalizada em nossa sociedade que é difícil à
própria mulher romper com a imagem de desvalorização de si mesma por ela introjetada. Na
maioria dos casos a mulher aceita como natural sua condição de subordinada e acaba
incorporando e retransmitindo a imagem de si criada pela cultura que a discrimina.
A presença feminina no cenário das lutas militares pode ser vista como mais uma
contribuição efetiva para que a sociedade e as diferentes instituições se interessem pelo que
essas mulheres reivindicam, influindo na quantidade e na qualidade da sua participação na
disputa e na prática política, esforços esses que contribuem para a construção de novas
posturas mais igualitárias.
A luta pelos direitos dos militares configura-se também em luta pelo respeito ao
indivíduo e à cidadania. Mesmo diante das penalidades infligidas aos seus maridos em
retaliação às suas atitudes de enfrentamento às ordens superiores – como, por exemplo, as
ameaças ou a efetiva transferência de militares para outras cidades, dificultando ainda mais a
vida do casal devido à distância entre a casa e o trabalho, abalando dessa forma a estrutura
familiar – as vozes femininas que não se intimidaram, nem se calaram.
Ainda que possuam, dentro de suas casas, “uma patente a mais na hierarquia”, não
é fácil para essas mulheres conseguirem, nas ruas, o imediato respeito e execução de suas
35
reivindicações. Os obstáculos que enfrentam para que suas exigências tenham legalidade
jurídica, principalmente no interior da instituição militar, não está desvinculado dos
preconceitos fortemente arraigados à nossa sociedade acima discutidos. Os estranhamentos e
desconfortos gerados pelo envolvimento feminino nas questões de interesse dos militares,
relatados pelas mulheres aqui entrevistadas, refletido nas perseguições aos maridos das
associadas que estavam à frente dos movimentos e na discriminação por parte dos superiores,
tanto com militares de patentes inferiores quanto com suas representantes, é um sintoma
disso.
Vale ressaltar que essa situação não se restringe às mulheres da família miliciana
da cidade de Rondonópolis – MT, essa é a luta de todas as mulheres que, nas falas, gestos e
olhares querem mudar a história. Mulheres que trazem a força, a garra e alegria de quem quer
construir uma vida com mais igualdade e dignidade.
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Laci Maria (org.). UFMT – Campus de Rondonópolis – 30 anos de História 1976
– 2006. Cuiabá: EdUFMT, 2006.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder em São Paulo no século XIX. 2.ed. rev.
São Paulo: Brasiliense, 1995.
CASTRO, Celso. O espírito militar. 2ª ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2004.
MARTINS, Eliezer Pereira. Direito Constitucional Militar. In: Direito Militar: História e
Doutrina – artigo inédito. p.192 – 196.
ROCHA, Fátima Carvalho. A Comissão Promotora dos Direitos Cívicos dos Militares em
Ponta Delgada, pp.1–3. In: http.//www.ans.pt/imagens/CPDCMManifComissaoPontaDelgada
.pdf. Consulta realizada dia 12/11/2008.
ROSA, Alexandre Reis. (O) Braço Forte, (A) Mão Amiga: um estudo sobre a dominação
masculina e violência simbólica em uma organização militar. Lavras, UFLA, 2007.
(Dissertação de mestrado).
Fontes:
Estatuto Social da Associação da Família Miliciana da Região Sul de Mato Grosso, 1987.
Entrevistadas:
Adriana Soares da Silva Brasil. Presidente da Associação da Família Miliciana da Região Sul
de Mato Grosso de 20 de Fevereiro de 2008 até os dias atuais. Entrevista concedida no dia 04
de novembro de 2008, na sede da AFAMIRS-MT.
Creuzilene Bispo Primo dos Santos. Secretária da Associação da Família Miliciana da Região
Sul do Estado de Mato Grosso. Entrevista concedida no dia 23 de agosto de 2008.
Prof ª Drª Lázara Nanci Amâncio de Barros, presidente provisória da Associação da Família
Miliciana da Região Sul do Estado de Mato Grosso no período de 20 de junho 1993 até 17 de
outubro 1993. Entrevista realizada no dia 12 de novembro de 2008, no Departamento de
Pedagogia da UFMT, campus de Rondonópolis.
Anexo
39
Relação dos membros das diretorias da Associação da Família Miliciana da Região Sul
do Estado de Mato Grosso (AFAMIRS-MT), desde sua fundação em 1987 até 2008.
Dalva Rosa de Oliveira Silva (Presidente), Gláucia da Silva Leite (Vice-presidente), Rudinete
Souza Machado (1ª Secretária), Dalva Lima Pereira (2ª Secretária), Ivone Aparecida Santos
Fernandes (1ª Tesoureira), Eva Rodrigues Caetano (2ª Tesoureira).
Membros presentes:
Carmelinda de Souza Soares, Helena Maria Barbosa Cunha, Celina Fernandes Cavalcante,
Juleiva Vanderley Cândial, Ivonete Pereira do Nascimento, Roseli Balestrim Gomes, Judite
Cardoso Gonçalves, Lenilda Siqueira de Oliveira, Márcia Regina Possates, Maria Albertina de
Oliveira Lima, Luzinete Ferreira dos Santos, Adália Rodrigues de Oliveira, Alexandrina Laura
Farias, Jucéia Maria de Oliveira Lima, Genilde Resende da Silva, Valmira Araújo da Silva,
Jocenira Maria da Silva Xavier, Elza Andrade de Oliveira, Anália dos Santos Almeida, Maria
das Neves Gomes Viana de Jesus, Maria, Maria Delcina Duarte da Silva, Neuzelita F. de
Souza, Maria Rosalina Nunes, Mesina Tereza Ramos, Maria Aparecida Augusta Dores, Lúcia
Helena Ribeiro Nunes, Dina Maria Pereira, Sebastiana.
Membro presentes:
Rudinete Souza Machado, Neuzelita F. de Souza, Maria Rosalina Nunes, Mesina Tereza
Ramos, Maria Aparecida Augusta Dóris, Lucia Helena Ribeiro Nunes, Diva Maria Pereira,
Sebastiana, Dalva Rosa de Oliveira.
40
Membros presentes:
Rudinete Souza Machado, Ivone Aparecida dos Santos Fernandes, Dalva Rosa de Oliveira,
Eva Rodrigues Caetano, Ivone de Souza Menezes, Leine Arivalo Fontes, Ananete Ribeiro
Silva, Meirinil Barros da Silva, Vanderléia Souza Borges e mais duas pessoas cujas
assinaturas não permitiram a identificação de seus nomes.
Lazara Nanci Amâncio de Barros (Presidente), Valdete dos Santos Pedroso (Vice-presidente),
Eliane T. de Souza (1ª Secretária), Fátima Soares da Silva (2ª Secretária), Maria A.S. Silva (1ª
Tesoureira), Ivone da Silva Menezes (2ª Tesoureira).
Conselho Deliberativo: Nilva A. Coelho; Eva Aparecida Coleto, Aparecida Medeiros, Zaíra
C. Oliveira, Edener de Barros, Maria de Lurdes M. dos Santos, Leonice G. Barbosa, Analice
S. A., Marilda S.L.C.
Membros presentes:
Marilda da Silva Leite Costa, Aparecida Medeiros, Luzia Valdete dos Santos Pedroso, Maria
do Socorro S. Dias, Maria de Lurdes M. Santos, Edener de Barros, Joselita R. da Silva,
Ananete R. da Silva, Sonia R.A. Silveira, Fátima Soares da Silva, Zaíra Carmo Oliveira,
Diaura Carmo Sampaio, Ivone de S. Menezes, Maria Nilva de A. Coelho, Eva Aparecida
Coleto, Dejanir P. Freitas Farias, Josira Maria da Silva, Leonice Gomes Barbosa, Analice dos
Santos Almeida, Maria de Lourdes Mello Santos, Eni Miranda de Moraes, Maria A. S. Silva,
Lazara Nanci de Barros Amâncio, Eliane Tavares de Souza.
41
Membros presentes:
Maria A.S. da Silva, Ivone da Silva Menezes, Ananete Ribeiro da Silva, Luzia Valdete dos
Santos Pedroso, Edna Estevan do Nascimento, Dalva Rosa de Oliveira Silva, Maria Nilva
Alves Coelho, Eni Miranda de Moraes, Fátima Soares da Silva, Veronice Maria da Silva
Santos, Sonia R.A. Silveira, Sirleide Olmingo da Silva.
Relação das 70 senhoras que compareceram na Praça para possível Greve no dia 11 de
fevereiro de 1994, na ordem de assinatura da Ata:
Eliane Tavares de Souza, Márcia Cristina de Jesus Moura, Ananete Ribeiro da Silva,
Aparecida rocha oliveira, Jacira Maria da Silva, Maria Nilva Alves Coelho, Maria de Fátima
Soares da Silva, Jocenira Maria da Silva Xavier, Leonice Gomes Barbosa, Ádila Ribeiro da
Silva, Claudinéia Alves da Silva, Tatiane Alves da Silva, Cristiane Ribeiro da Silva, Gislaine
Queiroz de Souza, Regina Maria Costa dos Anjos, Eliane Queiroz de Souza, Edna, Rita, Ivani
Rodrigues de Carvalho, Maria Pereira de Carvalho, Somislaine Lopes da Silva, Geni F. Alves,
Marilda Auxiliadora Tomé Rodrigues, Ivone da Silva Menezes, Joana Dias de Oliveira,
Eunice Alves de Oliveira, Marlene F. Dantas, Simone Helena do Nascimento, Rosa Ferreira
Santana, Marli Alves de Jesus, Zilda Moreira Manescos, Sueli Aparecida Pereira Sales, Lara
Aparecida O. Silva, Lazara Nanci Amâncio de Barros, Edna Nascimento, Eni Soares
Mesquita, Maria Marfisa Vilela, Maria Francisca dos Santos, Adélia R. Oliveira, Sirleide
Almindo da Silva, Elizdete Pontes, Veronice Maria da Silva Santos, Neuzeri Paiva Maia,
Dalva Rosa de Oliveira Silva, Vanilde R. Araújo, Valdecy Bernardes da Silva, Luzia Valdete
Santos Pedroso, Suelimalia R. Miranda, Maria Helena do Nascimento.
Delanir Pereira Dantas, Maria Ivone Braga, Herita Flávia Alves de Oliveira, Irene Barbosa da
Silva, Eliz Regina Resende Barbosa, Lidia Souza de Jesus, Maria de Lourdes Guimarães
Rodrigues, Meirinil Barros da Silva, Marines F. Silveira Matos, Eni Miranda de Moraes.
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Aurora Alves de Lima (Presidente) Sueli Campello Revoredo (Secretária) Luciana Menezes
Gonçalves (Tesoureira).
Membros presentes:
Aurora Alves de Lima, Geni Ferreira Alves Ueda, Rosangela Ferreira Domingues, Edna Maria
de Melo Leite, Ana Rita A. Duardo, Valdineth Camargo Nonato, Ana Lucia Jesuino, Luciana
Menezes Gonçalves, Jucelia Maria Andrade, Leonora da Silva Souza, Devanira da Silva,
Maria Vilma Pereira do Nascimento, Elenir de Souza Correa, Rosa Ferreira Santana,
Osmarina Aparecida Gasparin Jacinto, Maria Aparecida Almeida de Souza, Maria Rosa Alves
Delgado, Luzenilda Francisca, Maria de Santos, Márcia S. Fernandes, Darcilene Soares de
Oliveira, Ângela Aparecida de Azevedo, Maria Leila C. Rodrigues Lopes, Valdeci Bernardes
da Silva.
Membros presentes: Sueli Campelo Revoredo, Aurora Alves de lima, Cleonice R. S. Sales,
Maria Vilma Pereira do Nascimento, Maria Aparecida Almeida Souza, Irene Barbosa da Silva,
Rosa Ferreira Santana, Valdecy Bernardes da Silva, Maria Rosa Alves Delgado, Devanira da
Silva, Maria Divina Santos, Luciana Menezes Gonçalves.
Márcia Carmo Silva Cavalcante (Presidente), Geni Pereira Alves Veda (Vice-presidente),
Sueli Campelo Revoredo, Nilva de Souza Martins Rodrigues (Secretarias), Luciana Menezes
Gonçalves, Silvanir Aparecida Souza (Tesoureiras).
Conselho Fiscal: Aurora Alves de Lima, Maria Rosa Alves Delgado, Maria Aparecida
Almeida de Souza.
Suplente do Conselho Fiscal: Cleonice Rodrigues do Santos Sales, Rosa Pereira Santana.
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Membros presentes:
Vanderleia de Souza Borges, Cleonice Rodrigues dos Santos Sales, Maria Aparecida Almeida
Souza, Sonia R.A. Silveira, Sueli Campelo Revoredo, Valdecy Bernardes da Silva, Silvana
aparecida de Souza, Irene Barbosa da Silva, Patrícia Veiga da Silva Cunha, Maria Sandra
Ribeiro da Silva, Ivone Aparecida Santos Fernandes, Aparecida Medeiros, Márcia Carmo
Silva Cavalcante, Maria Rosangela Alves da Silva, Maria de Jesus C. do Amaral, Fucuco
Ueda, Maria Coimbra do Amaral, Enile Brasileira de Zeliveira Souza, Rosa Ferreira Santana,
Maria Vilma Pereira do Nascimento, Elenice Feitosa do Nascimento Cavalcante, Luzenilda F.
Custódio, Geni Ferreira Alves Ueda, Maria Rosa Alves Delgado, Márcia S. Fernandes, Maria
Auxiliadora Borges, Maria da Silva Macedo, Ana Maria Moraes Santos, Maria da Gloria R.
dos Santos, Leonora da Silva, Osmarina Aparecida Gasparin, Ângela Aparecida de Azevedo,
Edna Maria de Mello Leite, Valdineth Camargo Nonato, Rosangela Ferreira Domingues,
Hosana Souza S. Domingues, Nilva de Souza Martins Rodrigues, Edileuza Leonel dos Santos,
Maria Divina Santos, Luzinete Maria da Silva, Maria Lucia Jesuíno, Maria Francisca Santos.
Geni Alves Ueda e toma posse como vice- presidente: Sônia Regina Alves Silveira.
Membros presentes:
Sueli Campelo Revoredo, Márcia Carmo Silva Cavalcante, Veronice Maria da Silva Santos,
Joselita R.da Silva, Maria Aparecida Almeida Souza, Maria Vilma Pereira do Nascimento,
Rosa Ferreira Santana, Vanderly Rosa dos Santos, Nilva de Souza Martins Rodrigues, Silvana
Aparecida de Souza, Sonia R. A. Silveira, Luciana Menezes Gonçalves, Geni F.A. Ueda,
Maria Rosa Alves Delgado, Vomizdia S. Santana, Valdecy Bernardes da Silva.
Membros presentes:
Sueli Campelo Revoredo, Márcia Carmo Silva Cavalcante, Patrícia O.M. Rodrigues, Lucia
Nunes Carvalho Nascimento, Luciana Menezes Gonçalves, Lucia Helena, Vanderly Carrijo,
Luna Zaud da Silva, Regimeire Oliveira Lima.
Conselho Fiscal: Zilda Novato Santiago, Elza Monteiro Negre, Nilza Rodrigues de Souza.
Membros presentes:
Sueli Campelo Revoredo, Márcia Carmo Silva Cavalcante, Manoel Cilenio Lopes de Souza,
Wilker Soares Sodré , Nilva Lima da Silva Araújo, Aldegenivan de Almeida Branca, Maria
das Dores Rezende, Aldete da Silva Lima, Sheila de Oliveira Nunes, Alexandra Ribeiro Porto
do Couto, Antonia Pereira Almeida, Rosalina Maria Vieira Faria, Neuza R. Souza, Lucidalma,
Elza Monteiro Negre, Irailde Dias C. Araújo, Elizabete Moreira de Freitas, Hildamar Rocha
da Silva, Valdeliz Nunes Viana Neta, Elma Maria C. Costa, Antonio Moreira Rosa.
14 de maio de 2000 – Reunião para organizar e eleger Comissão para Questões Sociais
AFAMIRS-MT
Conselho Fiscal: Rosinei Nunes Felício, Dircilene Matos Correa, Antônia Maria de Melo,
Marinalva Vieira de Souza.
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Membros presentes:
Márcia Carmo Silva Cavalcante, Sueli Campelo Revoredo, Dircilene Matos Correa,
Miguelina Maria Toledo, Antônia Maria de Melo, Sueli B. de O. Pereira, Sonia Martins,
Marinalva Vieira, Lucia de Fátima Melo e mais cinco pessoas cujas assinaturas não
permitiram a identificação de seus nomes.
Membros presentes:
Sueli Campelo Revoredo, Vamizolia Souza Santana, Márcia Carmo Cavalcante, Maria D.
Santos, Irene Barbosa da Silva, Maria Vilma P. Nascimento, Maria Aparecida C. Fraga,
Vanderly Rosa dos Santos, Vanderleia de S. Borges Santos, Tânia Aparecida Alves de Lara,
Maria Aparecida de Souza Moura, Neuza Braz da Silva Matos, Lizaide Ramos, Osmarina
Aparecida Gasparin Jacinto, Ananete Ribeiro da Silva, Elenir de Souza Correa, Rosangela
Maria Ferreira, Rosa Ferreira Santana, Maria Aparecida Almeida de Souza, Luciana Menezes
Gonçalves, Marlismar Leal Ramalho Silva, Pollyana L. Oliveira, Maria Lenalda C.
Rodrigues, Josiane Lenalda Rodrigues, Lucinéia, Tomé Rodrigues, Marilda A. Rodrigues,
Veronice Maria da Silva Santos, Iramides Gonçalves Damasceno, Laurenita Alves Gomes de
Lima, Ângela Damasceno da Silva, Valdineth Camargo Nonato, Jucelia Maria de Andrade,
Cristiane Machado de S. Almeida, Luzinette Santos Macedo, Joelma Pereira de Araújo Silva,
Perla Carvalho Santos, Terezinha Carvalho Santos, Aparecida Medeiros, Hermilia Carvalho
Santos, Izanete B. Santos, Luzia Nunes Silva, Patrícia Nayanne Gomes Lima, Edna R.
Laurence, Tereza Macedo da Silva Lourenço, Keli Dunker, Maria da Paz Gomes Viana, Elza
Andrade de Oliveira, Maria Auxiliadora Borges Macedo, Maria Aparecida da Silva, Ermita
Oliveira Barbosa, Ivone Aparecida Santos, Edna Estevan do Nascimento, Maria Marlisa
Vilela, Joana Dias de Oliveira, Eni Miranda da Silva, Maria Rosangela A. Da Silva Rocha,
Ana Lucia Jesuíno, Luize Jesuino Machado, Elizdete Ponte, Maria Jose Guimarães, Silvanira
da Silva , Maria de Lourdes Melo dos Santos, Janaina Santana da Silva, Adelita Santana,
Luciana Santana, Lurdes Ivo A. Silva, Josefa Duarte da Silva, Maria do Socorro Souza Dias
Queiroz, Roseni da Silva, Joana Castanho Rosa Nascimento, Edna Fragas A. Neves,
Luzenilda F. Custodio, Rosinete O. Barbosa, Luiza Pereira de Araújo, Maria das Graças
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Barbosa, Maria da Gloria R. dos Santos, Maria Ivone Braga de Souza, Maria de Fátima da
Silva, Maria da Soledade da Silva Mota, Diana Fátima Dias, Maria Aparecida dos Santos,
Tereza Castro, Ana Maria Cristina Bento, Vanusa Francisco Porto Silva, Valdecy Bernardes
da Silva, Andrea Miranda Franco Moreno, Lindinalva Alves da Silva, Neuzeni Paiva Maia,
Maria da Silva Macedo, Alvina Calouro, Rita Maria Passos, Ivanilde A. Aguiar, Doralice Rosa
de Amorim, Rosicleia Pereira de Souza, Arinalva Santos de Lima, Marilza Lima de Souza,
Maria de Jesus C. do Amaral, Ednalva Araújo Mota, Edna C. Correa, Maria Vieira Santana,
Márcia R. dos Santos Souza, Maria Souza Oliveira, Fátima Rosa Vilela de Oliveira, Cristiane
Barcelos Fernandes, Edneilva Coelho de Almeida, Maria de Fátima da Silva, Solange Bertola
Moura, Maria Ocelia P. de Farias, Luciana Ormond Arenol, Márcia Magalhães de Souza,
Alessandra Ruiz de Souza, Rosana Claudia Anchieta de Souza, Marilda Pereira da Silva
Tessaro, Josnita Carmo Pedrosa.
Obs.: Até que o governador do Estado Dante de Oliveira tomasse posionamento favorável às
esposas dos policiais militares elas fecharam a entrada do Quartel do (5ºBPM), liberando
somente os policiais que faziam guarda na Penitenciária da Mata Grande.
Membros presentes:
Eroene Martins de Souza, Rubenilda Maria Ribeiro Dias, Maria pereira de Carvalho, Maria
Aparecida S. de Souza, Noemi Maria de Souza Cavalcante, Helaine Alves de Souza Oliveira,
Ângela Maria Ferreira Dias, Salvina Souza Silva, Tânia Regina Horacio de Souza, Geralda
Gomes A. de Souza, Fabiane de Jesus Moura, Aparecida Rocha, Márcia Cristina Moura,
Doralice Rosa de Amorim, Vomizolia Souza Santana, Maria de Lourdes Melo dos Santos,
Vanderli Rosa dos Santos, Maria de Fátima da Silva, Ednalva Araújo Mota, Joana C.R.
Nascimento, Maria Margarida de F. Florêncio, Luciene Silva Santos, Valdecy Bernardes da
Silva, Gercide Rosa da Silva, Tânia Regina Horacio de Souza, Iranides Gonçalves
Damasceno, Agda Eliane Araújo Meira, Márcia S. Fernandes, Maria Lucia O. Barbosa, Ivone
Aparecida dos Santos Fernandes, Lizaide Ramos, Joelma Pereira de Araújo Silva, Josefa
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Duarte da Silva, Neuzeri Paiva Maia, Valdineth Camargo Nonato, Maria Marfisa Vilela,
Maria Vilma P. Nascimento, Valdirene Prada de Moraes, Maria de Lourdes Melo dos Santos,
Jucelia Maria Andrade, Maria da paz Gomes Viana, Ermita O. B., Aparecida Medeiros, Maria
Aparecida Fraga, Marlene de Jesus de Moraes, Luzia Nunes da Silva, Maria Aparecida Souza
Moura, Izanete B. Santos, Evanilda B. Santos, Maria E. Nascimento, Patrícia F. de Souza,
Rosangela F. Domingues, Luciene Rosa dos Santos, Carmen Cardoso de Sá, Ivonilde A.
Aguiar, Maria Linalda C. Rodrigues, Vanusa Francisca Porto Silva, Sandra Rodrigues do
Santos, Maria Rosa Rodrigues, Maria de Jesus C. do Amaral, Aparecida de Jesus Oliveira,
Rose D. S., Nice, Maria Souza Oliveira, Ana Maria Cristina Bento Soares, Márcia R. dos
Santos Souza, Maria do Socorro Souza, Vanusa da Silva Ribeiro, Maria de Pereira Siqueira,
Veronice Diária da Silva Santos, Rosa Ferreira Santana.
Helena Tereza Herbes (Presidente), Alcimar Gonçalves Leal, Maria Elizabete (Secretárias),
Maria Aparecida Martins, Maria Aparecida de Oliveira Lima Silva (Tesoureiras).
Membros presentes:
Elena Tereza Herbes, Ivaneis Souza Matos, Kelly Cristina Souza Cunha, Celcimar G. Leal,
Edileuza Medrado da Silva, Maria Aparecida Oliveira Lima da Silva, Maria Elizabete de
Carvalho, Mathildes Torsani Soares, Roseli B. Gomes, Sebastiana Rosa Alves, Judite Cardoso
Gonçalves, Sidineia L.S. Lima, Maria Aparecida M. Rocha.
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Membros presentes:
Valdete Carmo da Silva, Márcia Carmo Silva Cavalcante, Valdenise Aguiar da Silva, Luzia
Alencar, Deusilene A. Araújo, Rosangela Anderson, Helena Lopes, Silvete B., Esmeralda Paes
de Barros.