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Aula 01
Prof. Luiz Henrique Lima
Sumário
1. Sistemas de Controle Externo ............................................................................................................ 2
2. Declaração do México ........................................................................................................................ 3
3. Normas constitucionais sobre Controle Externo (1ª parte) ............................................................... 4
4. Segunda Bateria de Exercícios .......................................................................................................... 17
5. Gabarito ............................................................................................................................................ 24
6. Comentários ao gabarito .................................................................................................................. 26
7. FIM DE PAPO .................................................................................................................................... 42
Olá pessoal!
1
Zymler, apoiado na pesquisa de Gualazzi aponta cinco modelos de controle externo: anglo-saxônico, latino, germânico,
escandinavo e latino-americano. Direito Administrativo e Controle. 3ª edição. Belo Horizonte: Forum, 2012. pp.167-
168.
Declaração do México
A Declaração do México é um documento aprovado pelo XIX Congresso da
INTOSAI, realizado na capital mexicana em 2007. Ele aprofunda e atualiza
conceitos contidos na Declaração de Lima (apresentada na Aula
Demonstrativa) acerca da independência das Instituições Superiores de
Controle – ISC, também conhecidas como Entidades Fiscalizadoras Superiores –
EFS, a exemplo do TCU no Brasil.
A Declaração do México proclama oito princípios relacionados à
independência das EFS/ISC.
O primeiro diz respeito à existência de um arcabouço constitucional/legal
que assegure a independência da EFS/ISC. No Brasil, este princípio está
assegurado nos arts. 71 a 73 da CF.
O segundo é relacionado às garantias e salvaguardas de seus dirigentes (no
caso de Controladorias/Auditorias) ou membros (no caso de órgãos colegiados
como o TCU). No Brasil, os Ministros do TCU têm as mesmas garantias,
prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do STJ
9 Patrimonial.
Exemplos:
9 Exemplo de fiscalização contábil: verificação quanto à correção dos
lançamentos contábeis.
9 Exemplo de fiscalização orçamentária: verificação quanto à
legalidade da abertura de créditos adicionais.
9 Exemplo de fiscalização financeira: verificação quanto à correção
dos pagamentos e saques.
9 Exemplo de fiscalização patrimonial: verificação quanto à correção
do inventário de bens.
9 Exemplo de fiscalização operacional: avaliação quanto ao
funcionamento das unidades de conservação do Bioma Amazônia.
Sim! Desde que tais pessoas tenham sido responsáveis pela utilização,
guarda, gerência ou administração de dinheiros, bens e valores públicos, estão
obrigadas à regular prestação de contas.
Quanto aos demais administradores, suas contas serão julgadas pelo TCU
como regulares, regulares com ressalvas ou irregulares. Em próxima Aula,
detalharemos as condições e implicações de cada uma dessas situações.
ATENÇÃO!
Com respeito ao inciso VIII, anotemos que toda sanção deve ter base legal,
ou seja, não pode ser prevista apenas em regimento ou norma infralegal.
Estudaremos numa próxima aula que a LOTCU prevê uma multa equivalente a
até 100% do valor atualizado do débito. Assim, se o responsável provocou um
dano de R$ 10 mil, poderá ser condenado, além do ressarcimento do dano no
valor de R$ 10 mil, a uma multa no valor de até R$ 10 mil.
Em geral, a primeira leitura dos incisos IX e X do art. 71 da Carta Magna não é
esclarecedora, bem como a dos §§1º e 2º do mesmo art. 71. Tentaremos
explicá-los.
De fato, dispõe o inciso IX do art. 71 da Carta Magna que compete ao TCU
assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias
ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. O inciso X do mesmo
artigo prevê que, se não atendido, compete ao TCU sustar a execução do ato
impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal. Por sua vez, quando em vez de atos, se tratar de contratos, seguir-
se-á o procedimento prescrito nos §§1º e 2º do mesmo art. 71.
O quadro a seguir, resume tais regras.
Ato Contrato
1º passo TC constata a ilegalidade TC constata a ilegalidade
2º passo TC assina prazo para que TC assina prazo para que
o órgão ou entidade adote o órgão ou entidade adote
as providências as providências
Congresso 2/3 (dois terços) Livre escolha (CF: PR nomeia (CF: art.
Nacional (CF: art. = 6 Ministros art. 73, § 1o, 84, XV)
73, §2o, II) incisos I a IV)
Atenção!
O dispositivo fala em finalidades! Muitas vezes o enunciado das questões
utiliza os termos “objetivos”, “competências” etc., que podem ser diversos. Mas
finalidades do controle interno são apenas essas quatro previstas na
Constituição.
No caso dos Tribunais de Contas dos Estados, quando da elaboração das Constituições
estaduais, em 1989, surgiu a seguinte dúvida: sendo 7 (sete) o número de
Conselheiros, e não sendo 7 um número múltiplo de 3 (três), como obedecer ao
critério de indicação de dois terços pelo Legislativo e um terço pelo Executivo?
De fato, dois terços de 7 são 4,7, e um terço são 2,3. Alguns estados optaram por
atribuir 5 (cinco) indicações ao Legislativo e 2 (duas) ao Executivo. Como era de se
esperar, a controvérsia foi levada ao STF, que terminou por firmar jurisprudência,
expressa na Súmula no 653, que, nos Tribunais de Contas estaduais, quatro
Conselheiros devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e três pelo Chefe do
Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre
membros do Ministério Público, e um terceiro a sua livre escolha.
Todavia, alguns estados ainda não se enquadraram, deixando de criar/prover os cargos
de Auditor/ConselheiroSubstituto.
20) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE -questão 16)As
auditorias mencionadas no primeiro texto inscrevem-seentre as competências do TCU,
fixadas constitucionalmente,entre as quais está a de realizar, por iniciativa própria
ounão, inspeções e auditorias de naturezas contábil, financeira,orçamentária,
operacional e patrimonial nas unidadesadministrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo eJudiciário.
21) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE - questão 18)As
auditorias que o TCU realiza no Senado Federal,conforme mencionado no primeiro
texto, tornam-senecessárias porque, diferentemente do que ocorre com oPoder
Executivo e em observância ao preceito constitucional da independência dos poderes,
inexistem sistemas decontrole interno no âmbito dos Poderes Legislativo eJudiciário.
22) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE - questão 19)Além
dos aspectos indicados no segundo texto, entre outras irregularidades que podem levar
o TCU a sugerir ainterrupção ou o retardamento do início de obras financiadascom
recursos públicos, está a prática do superfaturamento,ou seja, o acerto que faz o
serviço contratado custar ao eráriovalor superior ao de mercado.
23) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE - questão 20)Infere-
se do segundo texto que a ação regular do TCU vê-se prejudicada pela ausência de
regulamentação de muitosdispositivos da Constituição Federal de 1988 (CF),
problemaque se expressa na falta de amparo legal para o exercício dasatividades
inerentes ao controle externo.
24)) (Prefeitura Municipal Boa Vista Procurador Municipal Cespe 2010, questão
90) O controle externo da administração pública é atribuiçãoconstitucional do Poder
Legislativo, que o exercerádiretamente ou com o auxílio dos tribunais de
contasmunicipais, estaduais e da União, podendo sustar a despesairregular que possa
causar dano irreparável ou grave lesão àeconomia pública.
26) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE - questão 43)Do
terço dos ministros do TCU cuja escolha incumbe ao Presidente da República, apenas
um é de sua livre escolha,pois os demais são indicados entre os auditores e
osmembros do Ministério Público junto ao tribunal.
28) (TCU TEFC 2012 Cespe, questão 40) O TCU, se não for atendido em suas
solicitações, poderá sustar a execução de ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
32) (Analista de Finanças e Controle TCE AC 2009 – CESPE , questão 38) A CF,
ao estender aos tribunais e conselhos de contas dosestados, do Distrito Federal e dos
municípios as disposiçõesaplicáveis no âmbito da União, destacou, como um dos
aspectosobjeto do controle, a legitimidade, que envolve diversos critérios.Não faz parte
dessas considerações o exame da
a)conveniência.
b) legalidade.
c) prioridade.
d) pertinência.
e) oportunidade.
33) (Analista de Finanças e Controle TCE AC 2009 – CESPE , questão 39) Entre
as competências privativas da assembleia legislativa,constitui, essencialmente,
manifestação do controle externofinanceiro por ela exercido
35) (Analista de Finanças e Controle TCE AC 2009 – CESPE , questão 56) Acerca
das normas constitucionais para os sistemas de controleinterno e externo, assinale a
opção correta.
a)STF.
d)tribunal de justiça.
e)juiz de direito.
38) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 44) No que concerne à
fiscalização e ao controle interno e externodos orçamentos, assinale a opção correta.
d)a inamovibilidade.
(CGU), órgão central de controle interno do Poder Executivo, e seu resultado deve ser
informado ao TCU, dentro dos prazos estabelecidos na legislação vigente.
42) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 46) Se o TCE/RN,
ao examinar as contas do prefeito de Natal,emitisse parecer prévio pela sua rejeição,
esse parecerprevaleceria, exceto se a Assembleia Legislativa do estado,que é
responsável pelo julgamento das referidas contas, orejeitasse por decisão de dois
terços de seus membros.
43) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 53) A fiscalização
financeira, contábil, orçamentária,operacional e patrimonial exercida pelo Poder
Legislativoestadual analisa, entre outros aspectos, a legalidade dos atosgeradores de
receita ou determinantes de despesas, os de queresultem o nascimento ou a extinção
de direitos eobrigações, bem como o cumprimento dos procedimentos,das
competências, das responsabilidades e dos encargos dosórgãos e entidades da
administração pública direta e indireta.
44) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 58) A União poderá
decretar intervenção em um estado daFederação a fim de assegurar a observância,
entre outrosprincípios, do que impõe a prestação de contas daadministração pública
direta e indireta, e do princípio queexige a aplicação do mínimo exigido da receita
resultantede impostos estaduais, compreendida a proveniente detransferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensinoe nas ações e serviços públicos de saúde.
45) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 61) Se determinado
município não possuir, em sua estruturaadministrativa, um TC, o órgão de controle
46) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 63) O limite
máximo de 65 anos de idade para nomeação de ministros e conselheiros dos TCs não é
aplicável no caso das vagas reservadas ao MP e ao6s auditores, uma vez que estes já
são servidores dos respectivos TCs.
47) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 64) Caso
determinada assembleia legislativa solicite a realização de auditoria de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial ao TCE, mas não seja
atendida, a própria assembleia poderá efetuar diretamente a auditoria.
48) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 71)Embora existam
MPs junto ao TCU e aos TCs dos estadose dos municípios, não há uma estrutura
administrativa única,que reúna todos os MPs junto aos TCs, como ocorre com oMP
comum.
49) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 74)As decisões dos
TCs devem incidir sobre o mérito da gestãofinanceira, orçamentária, patrimonial,
contábil e operacionaldo poder público, sem, no entanto, tratar dos direitossubjetivos
dos agentes estatais e das demais pessoasenvolvidas nos processos de contas.
50) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 77)Nos processos
perante o TCU, asseguram-se o contraditórioe a ampla defesa quando da decisão
puder resultar anulaçãoou revogação de ato administrativo que beneficie ointeressado,
podendo ser citada, nesse sentido, aqueladecisão que aprecia a legalidade de ato de
concessão inicialde aposentadoria, reforma e pensão.
Gabarito
20) Certo.
21) Errado.
22) Certo.
23) Errado.
24) Certo.
25) Errado.
26) Certo.
27) Certo.
28) Certo.
29) Certo.
30) Certo.
31) Errado.
32) B.
33) C.
34) C.
35) B.
36) B.
37) Errado.
38) D.
39) C.
40) Errado.
41) E.
42) Errado.
43) Certo.
44) Certo.
45) Errado.
46) Errado.
47) Errado.
48) Certo.
49) Certo.
50) Errado.
Comentários ao gabarito
20) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE -questão 16) As
auditorias mencionadas no primeiro texto inscrevem-seentre as competências do TCU,
fixadas constitucionalmente,entre as quais está a de realizar, por iniciativa própria
ounão, inspeções e auditorias de naturezas contábil, financeira,orçamentária,
operacional e patrimonial nas unidadesadministrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo eJudiciário.
Comentário:
O enunciado menciona a competência fixada no inciso IV do art. 71 da
Constituição. A “pegadinha” que poderia induzir alguns candidatos ao erro está no
trecho “por iniciativa própria ou não”. De fato, o citado dispositivo prevê “realizar, por
iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica
ou de inquérito ...”. Logo, se pode ser por iniciativa de outros, além da própria, a
assertiva está correta.
Gabarito: Certo.
21) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE - questão 18) As
auditorias que o TCU realiza no Senado Federal,conforme mencionado no primeiro
texto, tornam-se necessárias porque, diferentemente do que ocorre com o Poder
Executivo e em observância ao preceito constitucional da independência dos poderes,
inexistem sistemas decontrole interno no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Comentário:
Conforme previsto no caput do art. 74 do Texto Constitucional, os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno, o que torna falso o enunciado.
Gabarito: Errado.
22) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE - questão 19) Além
dos aspectos indicados no segundo texto, entre outras irregularidades que podem levar
o TCU a sugerir ainterrupção ou o retardamento do início de obras financiadascom
recursos públicos, está a prática do superfaturamento,ou seja, o acerto que faz o
serviço contratado custar ao eráriovalor superior ao de mercado.
Comentário:
A assertiva está correta à luz do disposto nas recentes LDOs. O
superfaturamento é classificado como irregularidade grave suscetível de ensejar
proposta de paralisação de obras públicas.
Gabarito: Certo.
23) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE - questão 20) Infere-
se do segundo texto que a ação regular do TCU vê-se prejudicada pela ausência de
regulamentação de muitosdispositivos da Constituição Federal de 1988 (CF),
problemaque se expressa na falta de amparo legal para o exercício dasatividades
inerentes ao controle externo.
Comentário:
Ao contrário, o trecho afirma que “os casos que comportam as medidas
extremas do tribunal estão previstos, com clareza, na legislação”. As normas referidas
são a Lei Orgânica do TCU e as sucessivas LDOs.
Com efeito, tem sido previsto a cada LDO que a respectiva LOA conterá anexo
específico com a relação dos subtítulos relativos a obras e serviços com indícios de
irregularidades graves, com base nas informações encaminhadas pelo Tribunal de
De modo algum, pode-se afirmar que inexiste amparo legal para o exercício
dasatividades inerentes ao controle externo.
Gabarito: Errado.
24) (Prefeitura Municipal Boa Vista Procurador Municipal Cespe 2010, questão
90) O controle externo da administração pública é atribuiçãoconstitucional do Poder
Legislativo, que o exercerá diretamente ou com o auxílio dos tribunais de contas
municipais, estaduais e da União, podendo sustar a despesairregular que possa causar
dano irreparável ou grave lesão àeconomia pública.
Comentário:
O enunciado está correto e combina elementos dos arts. 70 e 72 da
Constituição.
Comentário:
Nos termos do inciso II do art. 71 da Carta Magna, é do Tribunal de Contas da
União a competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis
por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas mantidas pelo poder público federal.
Gabarito: Errado.
26) (Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009 CESPE - questão 43) Do
terço dos ministros do TCU cuja escolha incumbe ao Presidente da República, apenas
Comentário:
As regras acerca da composição do colegiado de Ministros do TCU estão
dispostas no do art. 73 da Constituição:
Gabarito: Certo.
Comentário:
Gabarito: Certo.
28) (TCU TEFC 2012 Cespe, questão 40) O TCU, se não for atendido em suas
solicitações, poderá sustar a execução de ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
Comentário:
Gabarito: Certo.
Comentário:
Comentário:
Gabarito: Certo.
Comentário:
Gabarito: Errado.
32) (Analista de Finanças e Controle TCE AC 2009 – CESPE , questão 38) A CF,
ao estender aos tribunais e conselhos de contas dosestados, do Distrito Federal e dos
municípios as disposiçõesaplicáveis no âmbito da União, destacou, como um dos
aspectosobjeto do controle, a legitimidade, que envolve diversos critérios.Não faz parte
dessas considerações o exame da
a) conveniência.
b) legalidade.
c) prioridade.
d) pertinência.
e) oportunidade.
Comentário:
A solução exigia raciocínio. Legalidade não é sinônimo de legitimidade. Ao
contrário, se o constituinte as colocou lado a lado no caput do art. 7º, é porque quis
realçar seu caráter de complementaridade. Assim, enquanto a apreciação da legalidade
diz respeito apenas à observância das normas do direito positivo, o exame da
legitimidade envolve a avaliação dos chamados “princípios não escritos da boa
Gabarito: B.
33) (Analista de Finanças e Controle TCE AC 2009 – CESPE , questão 39) Entre
as competências privativas da assembleia legislativa,constitui, essencialmente,
manifestação do controle externofinanceiro por ela exercido
Comentário:
Por simetria ao Congresso Nacional (CR: art. 49, IX), uma das principais
competências da Assembleia é o julgamento das contas anuais do Chefe do Poder
Executivo, sua principal manifestação de exercício de controle externo sobre as
finanças públicas.
Gabarito: C.
Comentário:
A questão diz respeito ao inciso III do art. 71 do Texto Constitucional:
Assim, a única opção que não se inclui nas hipóteses de exame é a constante do
item C.
Gabarito: C.
35) (Analista de Finanças e Controle TCE AC 2009 – CESPE , questão 56) Acerca
das normas constitucionais para os sistemas de controleinterno e externo, assinale a
opção correta.
Comentário:
A opção B corresponde à previsão do caput do art. 70 da Constituição.
É falsa a assertiva A, pois contratos devem ser sustados pelo Congresso Nacional
(CR: art. 71, § 1º).
Gabarito: B.
a) STF.
d) tribunal de justiça.
e) juiz de direito.
Comentário:
Nos precisos termos do art. 105, I a), da Constituição, o STJ é competente para
julgar originariamente nos crimes comuns e de responsabilidade os membros dos
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.
Gabarito: B.
Comentário:
Consoante o caput do art. 70 da Carta Magna, o controle externo examina não
apenas a legalidade, mas também a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão
de seus jurisdicionados. O enunciado está errado.
Gabarito: Errado.
38) (Procurador de Contas TCE ES 2009 CESPE, questão 44) No que concerne à
fiscalização e ao controle interno e externodos orçamentos, assinale a opção correta.
Comentário:
Trata-se de questão com certo grau de dificuldade, pois adentra em aspectos
polêmicos na doutrina. Nada obstante, é válida para conhecermos o posicionamento
naquele momento do Cespe.
SÚMULA Nº 347
Com respeito à assertiva B, o Cespe entendeu que a decisão do TCU não faz
coisa julgada administrativa. É o entendimento da doutrina majoritária, mas não
unânime.
Gabarito: D.
b) a irredutibilidade de vencimentos.
d) a inamovibilidade.
Comentário:
Vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos são garantias de
toda a magistratura (CR: art. 95). Todavia, nos crimes de responsabilidade, os
desembargadores e membros dos Tribunais de Contas são julgados perante o Superior
Tribunal de Justiça (CR: art. 105, I, a). Quem é julgado originariamente pelo STF nos
crimes de responsabilidade são os Ministros do TCU (CR: art. 102, I, c).
Gabarito: C.
40) (TCDF Procurador MP-TCDF 2012 Cespe, questão 185) O julgamento das
contas dos administradores públicos é exercido pela Controladoria Geral da União
(CGU), órgão central de controle interno do Poder Executivo, e seu resultado deve ser
informado ao TCU, dentro dos prazos estabelecidos na legislação vigente.
Comentário:
Não compete aos órgãos do controle interno a julgamento das contas dos
administradores públicos. Trata-se de uma competência dos Tribunais de Contas,
conforme previsto no inciso II do art. 71 da Constituição da República.
Gabarito: Errado.
Comentário:
Gabarito: E.
42) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 46) Se o TCE/RN, ao
examinar as contas do prefeito de Natal,emitisse parecer prévio pela sua rejeição, esse
parecerprevaleceria, exceto se a Assembleia Legislativa do estado,que é responsável
pelo julgamento das referidas contas, orejeitasse por decisão de dois terços de seus
membros.
Comentário:
Não é a Assembleia Legislativa quem julga as contas do prefeito, mas a Câmara
Municipal (princípio da autonomia dos entes federados). Se o enunciado mencionasse o
Legislativo municipal, estaria correto à luz do § 2º do art. 31 da Constituição.
Gabarito: Errado.
43) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 53) A fiscalização
financeira, contábil, orçamentária,operacional e patrimonial exercida pelo Poder
Legislativo estadual analisa, entre outros aspectos, a legalidade dos atos geradores de
receita ou determinantes de despesas, os de que resultem o nascimento ou a extinção
de direitos e obrigações, bem como o cumprimento dos procedimentos, das
competências, das responsabilidades e dos encargos dos órgãos e entidades da
administração pública direta e indireta.
Comentário:
O enunciado descreve várias hipóteses de atos de gestão compreendidos na
competência do controle externo. Um detalhe interessante é a expressão “analisa,
entre outros aspectos, a legalidade dos ...”. Se o examinador, por exemplo, tivesse
redigido “analisa exclusivamente (ou “apenas”) a legalidade dos ...”, a assertiva seria
falsa, pois a fiscalização da gestão pública também se exerce quanto aos aspectos da
economicidade e da legitimidade.
Gabarito: Certo.
44) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 58) A União poderá
decretar intervenção em um estado da Federação a fim de assegurar a observância,
entre outros princípios, do que impõe a prestação de contas da administração pública
direta e indireta, e do princípio que exige a aplicação do mínimo exigido da receita
resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Comentário:
As hipóteses de intervenção da União nos estados e do Distrito Federal estão
reguladas no art. 34 da Carta Magna. Por sua vez, a intervenção de Estado em
municípios que integrem seu território é disciplinada no art. 35. Ambos os dispositivos
elencam como hipótese para medida tão extrema a não observância do princípio
Gabarito: Certo.
45) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 61) Se determinado
município não possuir, em sua estrutura administrativa, um TC, o órgão de controle
externo competente para julgar as contas desse município será, obrigatoriamente, o
TCE.
Comentário:
Enunciado interessante, com a típica “pegadinha cespeana”. Você consegue
localizá-la? Exatamente! É a palavra “obrigatoriamente”. Muito cuidado sempre que
encontrarem advérbios desse tipo no enunciado das questões! É como o Cespe gosta
de eliminar os apressadinhos que leem as questões na diagonal e não palavra por
palavra!
Não é o caso do Rio Grande do Norte, onde era realizada essa prova, cujo TCE
também tem jurisdição, além da esfera estadual, na esfera de todos os municípios. Por
isso, a pergunta derrubou muita gente boa. Fica o alerta. Cuidado com as pegadinhas
cespeanas! Leia sempre cada enunciado com muita calma, sublinhando todas as
palavras e fazendo um círculo sobre aquelas mais categóricas, a exemplo de
“exclusivamente”, “sempre”, “nunca”, “obrigatoriamente”, “apenas” etc.
Gabarito: Errado.
46) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 63) O limite máximo
de 65 anos de idade para nomeação de ministros e conselheiros dos TCs não é
aplicável no caso das vagas reservadas ao MP e ao6s auditores, uma vez que estes já
são servidores dos respectivos TCs.
Comentário:
Algumas questões atrás, vimos a redação do art. 73 da Constituição, que dispõe
sobre a composição do TCU e aplicável, pelo princípio da simetria a todos os TCs
brasileiros.
Gabarito: Errado.
47) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 64) Caso
determinada assembleia legislativa solicite a realização de auditoria de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial ao TCE, mas não seja
atendida, a própria assembleia poderá efetuar diretamente a auditoria.
Comentário:
Mais uma questão envolvendo a competência prevista para os TCs no inciso IV
do art. 71! Atenção! Trata-se de uma competência do controle técnico, não do controle
político realizado pelos parlamentares.
Gabarito: Errado.
48) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 71)Embora existam
MPs junto ao TCU e aos TCs dos estadose dos municípios, não há uma estrutura
administrativa única,que reúna todos os MPs junto aos TCs, como ocorre com oMP
comum.
Comentário:
O Ministério Público junto aos Tribunais de Contas, que mais recentemente vem
sendo denominado de Ministério Público de Contas, não integra a estrutura do
Ministério Público constante do art. 128 da Carta Republicana.
Da mesma forma que os TCs estaduais e municipais não integram uma estrutura
única com o TCU, também os MPs de Contas não o fazem.
Gabarito: Certo.
49) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 74) As decisões dos
TCs devem incidir sobre o mérito da gestão financeira, orçamentária, patrimonial,
contábil e operacional do poder público, sem, no entanto, tratar dos direitos subjetivos
dos agentes estatais e das demais pessoas envolvidas nos processos de contas.
Comentário:
O enunciado remete a um conhecido brocardo: “O TCU julga as contas, não as
pessoas”. Direitos subjetivos são examinados no Judiciário, nas esferas cível e penal.
Gabarito: Certo.
50) (Assessor Técnico Jurídico TCE RN 2009 Cespe, questão 77) Nos processos
perante o TCU, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o
interessado, podendo ser citada, nesse sentido, aquela decisão que aprecia a
legalidade de ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
Comentário:
A resposta requer conhecimento da Súmula Vinculante no 3 do STF, de 2007,
que dispõe:
Gabarito: Errado.
FIM DE PAPO
Bem, meus caros. Hoje ficamos por aqui. Torço para que estejam gostando da
matéria – e do curso também, claro. Gostar da matéria facilita o aprendizado e,
por conseguinte, a aprovação.