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U1 R 1i U U1 U 2 U 3 U 4
U R 2i R 1i R 2 i R 3 i R 4 i
2
R eq R 1 R 2 R 3 R 4
U 3 R 3i R 1 R 2 R 3 R 4 i
U 4 R 4i R eq i
→ Resistores em paralelo
U
i1
R1 i i1 i 2 i 3
U U U U U 1 1 1 1
i 2
R2 R eq R 1 R 2 R 3 R eq R 1 R 2 R 3
i U
U 1 1 1
3 R U
3 R eq R 1 R 2 R 3
→ Associação mista
Essa associação consiste quando, em um circuito, temos resistores que estão em
paralelo e outros que estão em série. Para calcularmos a resistência equivalente do
circuito como um todo, devemos resolver por partes, analisando cada uma das
associações separadamente. Veja o exemplo a seguir.
Porém, essa associação está em série com outros dois resistores de 4Ω: um na
esquerda e outro na direita. Assim, para finalizarmos, temos:
4 4 28
R eq 4 4 8
3 3 3
→ Efeito Joule
Foi comentado no início que uma das funções dos resistores é a dissipação de
energia térmica a partir da energia elétrica fornecida. No entanto, é necessário mensurar
essa dissipação de energia. Para isso, temos que a energia térmica dissipada por um
resistor é calculada a partir do produto Q.V (carga e voltagem), pois a energia
transmitida na forma de calor é a energia perdida por cada carga Q submetida a uma
voltagem V nesse circuito. Vale ressaltar que estamos considerando uma eficiência de
100% na conversão, ou seja, toda a energia elétrica que está atravessando o resistor é
transformada em energia térmica. Logo, temos:
E Q.V
V V V2
i Pot V.i V. Pot
R R R
Por fim, podemos obter uma expressão melhor para a energia dissipada pelo
efeito Joule, proposta no início dessa seção, da seguinte forma:
Q it
E it.Ri E Ri 2 t
V Ri
Essa quantidade de energia é encontrada nas nossas contas de luz em casa,
quando olhamos nela e está lá descrito a quantidade consumida na unidade de kWh.
→ Segunda Lei de Ohm
Ao continuar estudando as características de condutores, foi possível notar certas
características em relação a sua resistência. Após vários experimentos, foi observado
que a resistência era diretamente proporcional ao comprimento de um condutor retilíneo
(quanto maior o condutor, maior é a resistência) e inversamente proporcional à área
transversal ao fluxo da corrente elétrica (quanto maior a área, menor a resistência do
condutor). Assim, foi possível escrever a expressão abaixo:
L
R
A
Onde L é o comprimento do condutor, A é a área transversal e ρ é o parâmetro
de proporcionalidade denominado resistividade, que depende do material e da
temperatura de trabalho, sendo sua unidade usual Ω.m.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 01)
(ASOM/N – 2014) Em uma instalação elétrica de 220V/60Hz, um chuveiro com
especificação 4,4kW/220V é ligado durante 15 minutos, e um ferro de passar com
especificação 2200W/220V é ligado durante uma hora. Considerando o preço da energia
como sendo R$0,50 por kWh, podemos dizer que a corrente elétrica do conjunto,
quando ambos os aparelhos estão ligados ao mesmo tempo, e o custo total do uso de
energia elétrica, respectivamente, valem
(a) 45A; R$2,50. (c) 30A; R$2,00. (e) 20A; R$3,25.
(b) 45A; R$1,85. (d) 30A; R$1,65.
Solução:
A especificação do chuveiro, em termos de potência, está em kW. Passando para
W, temos que ele consome 4400W. Ao ligar o chuveiro junto com o ferro de passar,
eles irão consumir, juntos, 4400 + 2200 = 6600W. Ao aplicar a fórmula da potência, que
relaciona voltagem e corrente, obtemos:
Pot 6600
Pot V.i i 30A
V 220
Para o cálculo da quantidade de energia gasta, vamos calcular separadamente
para o chuveiro e para o ferro de passar, lembrando que o tempo a ser utilizado tem que
ser em horas, visto que o consumo é medido em kWh. Assim, chegamos a:
15
E chuveiro Pot.t 4400. 1100Wh 1,1kWh
60 E Total 1,1 2,2 3,3kWh
E ferro Pot.t 2200.1 2200Wh 2,2kWh
Como cada kWh custa R$0,50, basta multiplicar o consumo total de energia por
esse valor; logo, temos:
Preço 3,3.R$0,50 R$1,65
Questão 02)
(ASOM/N – 2014) No circuito elétrico da figura, E = 24V e R1
= 200Ω. O resistor R2 é uma liga metálica (Liga X) que possui
a resistência elétrica dependente da temperatura e seu valor a
0ºC vale R2 = R0 = 100Ω (Razão de Resistência R2/R0 = 1),
conforme o gráfico dado. Podemos afirmar que a corrente
elétrica, no circuito a 200ºC e o módulo da variação da
corrente elétrica quando a temperatura varia de 200ºC a 600ºC,
respectivamente, valem:
(a) 60mA; 40mA. (c) 20mA; 60mA. (e) 20mA; 35mA.
(b) 60mA; 20mA. (d) 40mA; 20mA.
Solução:
Pelo enunciado, vemos que a resistência R1 é constante e igual a 200Ω. Já a
resistência R2 varia com a temperatura. Pelo gráfico fornecido, notamos que, a 200ºC, a
razão de resistência R2/R0 vale 2; logo:
R2 R2
2 2 R 2 200
R0 100
R2 R2
4 4 R 2 400
R0 100
Agora, a nova resistência equivalente, sendo novamente calculada pela soma das
resistências individuais dos resistores, será igual a 200 + 400 = 600Ω. Aplicando
novamente na equação da voltagem, temos:
24
V R.i 24 600i i 0,04A 40mA
600
Assim, o módulo da variação da corrente elétrica, entre 200ºC e 600ºC, será
igual a:
i 60 40 20 20mA
Questão 03)
(ASOM/N – 2012) Ao fazer a instalação elétrica num compartimento de um navio, foi
usada uma fonte de potência de 120V protegida por um fusível de 15A. Qual é o
número máximo de lâmpadas de 60W que podem ser simultaneamente alimentadas, em
paralelo, por essa fonte?
(a) 10. (b) 15. (c) 20. (d) 25. (e) 30.
Solução:
Se elas serão todas alimentadas em paralelo, todas elas estarão submetidas a
120V (lembrando que, em paralelo, a voltagem é a mesma em todos os ramos, mas a
corrente total é dividida entre cada um deles). Com uma potência de 60W, a corrente
que atravessa cada lâmpada será igual a:
Pot 60
Pot V.i i 0,5A
V 120
Como a máxima corrente permitida na configuração é de 15A por causa do
fusível, então basta fazer uma regra de três para saber o total de lâmpadas, ou seja:
0,5A 1 lâmpada 15
x 30lâmpadas
15A x 0,5
Questão 04)
Logo, o inteiro mais próximo desse valor é 10W e o gabarito é letra (D).
Questão 05)
(EFOMM – 2013) No circuito da figura, cada uma das duas lâmpadas incandescentes
idênticas dissipava 36W sob uma tensão inicial V1 volts mantida pela bateria (ε, r).
Quando, então, o filamento de uma delas se rompeu (anulando a corrente nessa
4
lâmpada), observou-se que a tensão nas lâmpadas aumentou para o valor V2 V1 .
3
Considerando as lâmpadas como resistências comuns, a potência na lâmpada que
permaneceu acesa, em Watts, é
(a) 18. (b) 32. (c) 36. (d) 64. (e) 72.
Solução:
Pelo enunciado, notamos que uma das lâmpadas terá seu filamento rompido, não
permitindo mais a passagem de corrente por ela, o que significa que, no segundo caso,
passará corrente somente pela outra lâmpada. Como a questão faz menção apenas a
voltagem e a potência, será por esses valores que desenvolveremos nosso raciocínio.
Sempre parta por esse caminho devido a sua facilidade, visto que, um raciocínio
baseando-se na corrente elétrica será complicado, pois ela varia de um caso por outro e
pode gerar erros na resolução. Assim, temos:
V V2
Pot V.i V.
R R
Para o primeiro caso, temos:
V12
36
R
Para o segundo caso, temos:
V22
Pot
R
A resistência é a mesma embaixo, pois estamos analisando apenas a lâmpada
que permanecerá acesa no segundo caso, visto que a outra não nos interessa. Assim,
dividindo a segunda equação pela primeira, chegamos a:
2
Pot V22 Pot 4 16 16
Pot 36. 64W
36 V12 36 3 9 9
Questão 06)
(EFOMM – 2013) Uma resistência de 4,00Ω percorrida por uma corrente elétrica de
10,0A é mergulhada em 1,0kg de água armazenada em um recipiente termicamente
isolado. Se a água está na temperatura inicial de 20,0ºC, o intervalo de tempo, em
minutos, necessário para a temperatura da água aumentar até 80,0ºC é
Dados: calor específico da água = 1,00 cal/gºC ; 1,00 cal = 4,20 J.
(a) 8,40. (b) 10,5. (c) 12,6. (d) 15,7. (e) 18,3.
Solução:
Essa questão mistura um pouco o conceito da termodinâmica de mudança de
temperatura em substâncias simples. Para a mudança de temperatura informada, temos
que a quantidade de calor necessária é igual a:
A energia fornecida pelo circuito, ao ser dissipada pela resistência, pode ser
calculada a partir da potência dissipada por essa resistência e vale:
Para descobrir o valor desse tempo em minutos, basta dividir por 60, ou seja:
630
t 10,5mins
60
Dessa forma, o gabarito correto é a letra (B).
Questão 07)
(EFOMM – 2015) Para o circuito da figura dada, o valor da
corrente elétrica que passa pelo resistor de 6Ω é:
(a) 0,5A. (b) 1,0A. (c) 2,0A.
(d) 3,0A. (e) 4,0A.
Solução:
Para encontrarmos o valor da corrente, primeiro devemos encontrar a resistência
equivalente no circuito da direita, visto que o resistor questionado encontra-se nesse
trecho. Na direita, temos um trecho em paralelo (resistores de 3Ω e de 6Ω) que está em
série com um resistor de 2Ω. Logo, temos:
1 1 1 2 1 3 1
R eq1 2
R eq1 3 6 6 6 2
R eq ,d 2 2 4
Questão 01)
(EFOMM – 2015) Em uma residência, há um aparelho de ar condicionado de potência
1kW que é ligado em metade dos dias do mês, por 8 horas a cada dia. Nessa mesma
casa, o chuveiro é de potência 4kW e é ligado por 1 hora, todos os dias. Considere o
custo do kWh como sendo R$0,50. Ao fim de um mês de 30 dias, o valor a ser pago no
mês pelo custo do consumo do ar condicionado e do chuveiro juntos é
(a) R$40,00. (b) R$60,00. (c) R$80,00. (d) R$120,00. (e) R$240,00.
Questão 02)
(EN – 2017) Um chuveiro elétrico opera em uma rede elétrica de 220 Volts dissipando
7600 J/s de calor em sua resistência. Se esse mesmo chuveiro for conectado a uma rede
de 110 Volts, a potência dissipada, em J/s, passará a ser de:
(a) 5700. (b) 3800. (c) 2533. (d) 1900. (e) Zero.
Questão 03)
(EN – 2015) No circuito da figura, cada lâmpada incandescente L dissipava 4,00 Watts
sob uma tensão inicial V0 mantida pela bateria de fem e resistência interna
desconhecidas. Quando, então, o filamento de uma das lâmpadas se rompeu (anulando
sua corrente), observou-se que a tensão nas lâmpadas aumentou para 5V0/4.
Considerando as lâmpadas como resistências comuns (constantes), a potência total
dissipada, em Watts, nas duas lâmpadas que permaneceram acesas é
(a) 4,50. (b) 9,00. (c) 12,5. (d) 14,0. (e) 16,0.
Questão 04)
(EN – 2014) Um chuveiro elétrico consome 5,0kW quando regulado para o inverno.
Nesta condição, e a um custo de R$0,30 por quilowatt-hora, certa residência deve pagar
R$45,00 na conta mensal de energia elétrica, devido apenas ao chuveiro. Quanto tempo,
em horas, ele ficou ligado?
(a) 5. (b) 15. (c) 20. (d) 30. (e) 40.
Questão 05)
(EN – 2013) Considere que dois resistores, de resistências R1 e R2, quando ligados em
paralelo e submetidos a uma DDP de 150V durante 600 mins, geram 225 kWh de
energia. Associando esses resistores em série e submetendo-os a uma DDP de 400V, a
energia gerada, durante o mesmo intervalo de tempo, passa a ser de 400 kWh. Sobre os
valores das resistências R1 e R2, em Ω, pode-se afirmar que são, respectivamente:
(a) 1,00 e 1,00. (c) 2,00 e 3,00. (e) 4,00 e 4,00.
(b) 2,00 e 2,00. (d) 3,00 e 4,00.
→ Ponte de Wheatstone
Essa montagem é utilizada sempre que desejamos
calcular o valor de uma resistência desconhecida. Essa
resistência geralmente possui um valor próximo das
demais resistências utilizadas. Para tal, utiliza-se uma
montagem com quatro resistores, dois em cada ramo, com
um galvanômetro ligado no meio deles. O galvanômetro é
um aparelho utilizado para detectar ou medir correntes
elétricas de pequena intensidade através de um dispositivo
mecânico, que é posto em movimento pela ação de forças
eletromagnéticas produzidas por essa corrente. Uma
demonstração dessa montagem pode ser conferida ao lado.
Como podemos conferir na imagem anterior, a
corrente sai da fonte de tensão elétrica U e chega até o
ponto A. Nesse ponto, a corrente se dividirá em duas partes
(i1 e i2), sendo uma em direção ao ponto C e outra em
direção ao ponto D respectivamente. Ao chegar nesse
local, a corrente se dividiria novamente. No entanto, a
resistência do reostato R4 é calibrada de tal forma que a
leitura do galvanômetro seja nula. Dessa forma, a corrente
que atravessa o ramo CD é nula, bem como a diferença de
potencial entre esses pontos. Logo, a corrente i1 segue em
direção a B passando por R2 e a corrente i2 segue em
direção a B passando por R4. Em B elas se juntam e
retornam à fonte de tensão elétrica. Assim, ficamos com a
configuração a seguir.
Assim, notamos que R1 está em série com R2 e que R3 está em série com R4.
Como a diferença de potencial entre C e D é nula, então o potencial dos dois é o mesmo,
mostrando que o potencial calculado pelo caminho AC e o calculado por AD devem ser
os mesmos. Dessa forma, podemos escrever a seguinte equação:
U AC U AD R 1 .i1 R 3 .i 2
R 1 .i1 R 3 .i 2 R1 R 3
R 1R 4 R 2 R 3
R 2 .i1 R 4 .i 2 R2 R4
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 01)
(EN – 2014) Observe a figura a seguir.
6 3
4R 1 6 R1
4 2
Logo, a soma de todas as resistências será igual a:
3
R 1 R 2 R 3 R 4 R 1 2R 1 2R 1 R 1 6R 1 6. 9
2
Dessa forma, a alternativa correta é a letra (A).
Questão 02)
(ITA) O circuito da figura acima, conhecido como ponte de Wheatstone, está sendo
utilizado para determinar a temperatura de óleo em um reservatório, no qual está
inserido um resistor de fio de tungstênio RT. O resistor variável R é ajustado
automaticamente de modo a manter a ponte sempre em equilíbrio, passando de 4,00Ω
para 2,00 Ω. Sabendo que a resistência varia linearmente com a temperatura e que o
coeficiente linear de temperatura para o tungstênio vale α = 4,00 x 10 -3°C-1, a variação
da temperatura do óleo deve ser de:
(a) -125ºC. (b) -35,7ºC. (c) 25,0ºC. (d) 41,7ºC. (e) 250ºC.
Solução:
A partir do enunciado, notamos que estamos trabalhando com dois momentos:
um quando R = 4Ω e outro quando R = 2Ω. Analisando cada um separadamente, temos:
R 1R 4 R 2 R 3 0,8.10 4.R T R T 2
R 1R 4 R 2 R 3 0,8.10 2.R T R T 4
Logo, a variação da resistência de fio de tungstênio varia de 2Ω. Aplicando a
equação da dilatação térmica linear da calorimetria, alterando apenas os termos de
comprimento para termos de resistência, chegamos a:
1
R R 0 ..T 2 2.4.10 3.T T .10 3 º C
4
T 250º C
Onde temos R0 como a resistência inicial do fio de tungstênio. Assim, a resposta
correta é a letra (E).
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Questão 01)
Considere a ponte de Wheatstone, esquematizada ao lado, em equilíbrio.
Qual é o valor da resistência elétrica R?
Questão 02)
Determine a resistência elétrica equivalente entre os terminais A e B da
associação de resistores ao lado.
Questão 03)
A ponte de Wheatstone mostrada na figura é usada para medir a
resistência de um extensômetro (strain gauge). O resistor ajustável tem
um ajuste linear com valor máximo igual a 100Ω. Se for determinado que
a resistência do medidor de deformação é de 42,6Ω, em que fração do curso completo
do cursor deslizante ele se encontra quando a ponte estiver equilibrada?
Questão 04)
Na ponte de Wheatstone da figura, selecione os valores de
R1 e R3, tais que a ponte possa medir Rx no intervalo de 0Ω
a 10Ω. Encontre os valores de R1 e R3 também, mas para
que possa medir Rx no intervalo de 0Ω a 100Ω agora.
Capacitores
Qt CVt
Q0
t t
idt V0 idt
1 1
V
C0 C0 C
A partir da equação anterior, podemos concluir que um capacitor descarregado
em série com uma fonte de intensidade V é equivalente a um capacitor carregado com
tensão inicial V. Um esquema dessa conclusão pode ser conferido a seguir.
→ Capacitores em série
Q Q Q Q 1 1 1 1
U U1 U 2 U 3 ... U n ... ... Q
C1 C 2 C 3 C n C1 C 2 C 3 Cn
Q 1 1 1 1 1 1 1 1 1
... Q ...
C eq C1 C 2 C 3 Cn C eq C1 C 2 C 3 Cn
→ Capacitores em paralelo
Nesse caso, as armaduras negativas dos capacitores estão ligadas entre si, bem
como as armaduras positivas. Conforme o que foi visto no caso dos resistores em
paralelo, a corrente aqui é dividida entre cada um dos capacitores de acordo com sua
capacitância, porém sendo diretamente proporcional dessa vez, ou seja, aquele que tiver
maior capacitância terá mais corrente elétrica chegando nele, estando assim mais
carregado que os outros, ou seja, com mais carga que os outros, visto que todos estão
submetidos à mesma diferença de potencial.
Dessa forma, utilizando ainda a primeira equação fornecida nessa seção,
chegamos a:
Q Q1 Q 2 Q3 ... Q n C1V C 2 V C3 V ... C n V
C eq C1 C 2 C3 ... C n
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 01)
(CP-CEM – 2017) Três capacitores de valor C1 = C2 = C3 = 540pF estão associados em
série. Então, a capacitância equivalente do sistema é igual a:
(a) 180pF (b) 270pF (c) 540pF (d) 1080pF (e) 1520pF
Solução:
Como eles estão em série, basta aplicarmos a fórmula abaixo:
1 1 1 1 1 1 1 3 1
C eq 180pF
C eq C1 C 2 C 3 540 540 540 540 180
Assim, o gabarito é a letra (A). A letra antes do Farad simboliza “pico” e esse
submúltiplo equivale a 10-15 do Farad.
Questão 02)
3 9 12
C eq 2 C eq1 C 6 3F
4 4 4
1 1 1 1 1 1 1 6 2 3 11 6
C eq F
C eq C1 C eq 2 C 5 1 3 2 6 6 11
Dessa forma, ficamos com o gabarito letra (E). Cuidado nesse final de resolução,
visto que a banca fornece a resposta e a fração inversa dela também nas alternativas. Ter
atenção é imprescindível nessas questões para alcançar a resposta correta.
Questão 03)
Calcule a capacitância equivalente do circuito a seguir, a carga armazenada em cada
capacitor e a voltagem em cada um.
Solução:
Conforme podemos observar na figura fornecida, os capacitores estão em série
um com o outro. Logo, ficamos com:
1 1 1 1 1 1 1 1 4 20 25 1
C eq C1 C 2 C 3 200 50 10 200 200 8
C eq 8F
Questão 04)
Calcule a capacitância equivalente do circuito a seguir, a carga armazenada em cada
capacitor e a voltagem em cada um.
Solução:
Conforme podemos observar na figura, os capacitores estão em paralelo; logo,
basta aplicarmos a equação a seguir:
C eq C1 C 2 C3 800 600 1200 2600F
A voltagem em cada capacitor será a mesma, visto que eles estão em paralelo.
Assim, ela será igual a 48V em cada capacitor. Para as cargas em cada capacitor, temos:
Q 2 C 2 V 600.48 28800C
Q 3 C3 V 1200.48 57600C
Solução:
Para a capacitância equivalente, vamos seguir o raciocínio abaixo:
- Primeiro a capacitância equivalente do trecho da esquerda, com
capacitores de 3μF e 6μF, denotando-a de Ceq1;
- Depois, a capacitância equivalente do trecho da direita, com dois
capacitores de 4μF, denotando-a de Ceq3;
- Por fim, calcularemos a capacitância equivalente total a partir da
observação de que as duas Ceq calculadas e o capacitor de 2μF estão em paralelo.
Assim, temos:
1 1 1 1 1 3 6 9 1
C eq1 2F
C eq1 C1 C 2 6 3 18 18 2
1 1 1 1 1 2 1
C eq 3 2F
C eq 3 C1 C 2 4 4 4 2
C eq C eq1 C 2 C eq 3 2 2 2 6F
Questão 06)
Calcule a capacitância equivalente do circuito a seguir, a carga total da associação, a
carga armazenada em cada capacitor e a voltagem em cada um, considerando que a
DDP entre os terminais ab é igual a 330V.
Solução:
● Capacitância equivalente: vamos seguir o raciocínio abaixo:
- Calcular a capacitância equivalente do trecho a direita, com um capacitor
de 3μF e um de 4μF, visto que eles estão em série, denotando por Ceq1;
- Calcular a capacitância equivalente da capacitância anterior junto com o
capacitor de 2μF, visto que eles estão em paralelo, denotando por Ceq2;
- Terminar os cálculos, utilizando a capacitância equivalente do passo
anterior com o capacitor de 1μF, visto que eles estão em série.
Assim, ficamos com:
1 1 1 1 1 43 7 12
C eq1 F
C eq1 C 3 C 4 3 4 12 12 7
12 26
C eq 2 C eq1 C 2 2 F
7 7
1 1 1 1 1 7 33 26
1 C eq F
C eq C1 C eq 2 1 26 26 26 33
7
● Carga total da associação:
26
Q T C eq V .330 260C
33
● Carga e voltagem em cada capacitor:
Como o capacitor de 1μF está em série com todo o outro grupo, sua carga será
igual à carga total da associação, ou seja, 260μC, visto que capacitores em série dividem
a voltagem, mas a carga em cada um será sempre a mesma e igual à carga total do
sistema. Dessa forma, a voltagem nesse capacitor será de:
Q1 260
V1 260V
C1 1
Assim, 260V ficam com o primeiro capacitor e ele deixa passar 70V (330 – 260)
para os outros capacitores à direita. Agora, para o conjunto da direita com os três
capacitores, teremos que, como o de 3μF com o de 4μF estão em paralelo com o de 2μF
e a voltagem não divide quando temos um circuito em paralelo, então 70V alimentam o
capacitor de 2μF e 70V alimentam os capacitores de 3μF e de 4μF. Ou seja, V2 = 70V e
a carga no capacitor 2 será de:
Q 2 C 2 V2 2.70 140C
Devemos lembrar que a carga total do circuito (260μC) é a carga desse conjunto
de três capacitores; logo, como 140μC estão no capacitor de 2μF, então sobram 120μC
para os dois capacitores da direita (3μF e 4μF). Isso ocorre, pois, embora a voltagem
não divida no trecho em paralelo, a carga se divide. No entanto, no trecho em série dos
capacitores de 3μF e 4μF a carga não se divide e será a mesma em ambos os
capacitores. Ou seja, Q3 = Q4 = 120μC. Para terminar, o cálculo da voltagem em cada
capacitor será de:
Q 3 120 Q 4 120
V3 40V V4 30V
C3 3 C4 4
Totalizando assim, os 70V que chegam nesse ramo. Resumindo, ficamos com:
Questão 01)
Calcule a capacitância equivalente do circuito a seguir, a carga total da associação, a
carga armazenada em cada capacitor e a voltagem em cada um. Quando o item não
fornecer a voltagem, considere a DDP entre os terminais como sendo de 240V.
a) b)
c) d)
e) f)
g) h)
Questão 02)
Em um circuito, encontram-se infinitos capacitores conectados em paralelo, sendo que o
primeiro possui capacitância de 100μF, o segundo de 50μF, o terceiro de 25μF, e assim
por diante, sempre reduzindo à metade. Se esse circuito for conectado a uma DDP de
400V, qual será a carga total da associação e a carga em cada capacitor?
Questão 03)
Em um circuito, encontram-se 100 capacitores conectados em série, sendo que o
primeiro possui capacitância de 100μF, o segundo de 98μF, o terceiro de 96μF, e assim
por diante, sempre reduzindo à metade. Se esse circuito for conectado a uma DDP de
400V, qual será a carga total da associação e a carga em cada capacitor?
Questão 04)
Cinco capacitores de 120μF são ligados com suas armaduras positivas frente a frente,
bem como suas armaduras negativas. Qual a capacitância equivalente da associação? Se
eles forem ligados a uma DDP de 480V, qual a carga total da associação e a carga em
cada capacitor?
Questão 05)
O que aconteceria no problema anterior se a armadura positiva de um capacitor fosse
ligada à negativa do capacitor seguinte, ao invés de armaduras iguais serem ligadas
entre si? Haveria alguma diferença nos valores encontrados? Em caso afirmativo, quais
seriam os novos valores?
Indutores
1 t
Pt V.it Pt V Vdt i 0
Lt
0
Para o segundo caminho, ficamos com:
it
Pdt Lit
t t
di
P V.i Li Pdt L idi i 02
2
dt t0 i0 t0
Li 2
E
2
Então a energia armazenada em um indutor, que estava inicialmente
descarregado e ligado sem corrente elétrica a princípio, é calculada a partir da metade
do produto de sua indutância pela corrente final ao quadrado.
Além disso, podemos relacionar o número de espiras presentes em um indutor
com sua indutância a partir da equação a seguir:
N 2 A
L
C
Onde temos μ como a permeabilidade magnética do material e é aproximada
pela do ar, sendo igual a 4π.10-7, N o número de espiras presentes no indutor, A a área
transversal do indutor e C o seu comprimento.
→ Indutores em série
Isso nos mostra que a indutância equivalente para indutores em série será
calculada a partir da soma das indutâncias individuais empregadas. Esse raciocínio é
análogo aos resistores que vimos no início dessa apostila.
→ Indutores em paralelo
i T i1 i 2 ... i n
t t t t
1 1 1 1
L eq Vdt i 0
t0
L1 t 0
Vdt i 0
L2 Vdt i 0 ...
t0
Ln Vdt i
t0
0
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Questão 01)
Com base no circuito da figura, sendo i = 0 para t < 0 e i(t)
= 20te-5t para t ≥ 0, com i em Ampéres e t em segundos,
calcule o instante de tempo em que ocorre corrente
máxima, a tensão V(t) indicada, a potência P(t), a energia
E(t) e a energia máxima armazenada nesse indutor.
Solução:
Para ocorrer corrente máxima, então a derivada da corrente em relação ao tempo
tem que ser nula, ou seja:
20e 5 t 1 5t 0
di 1
1 5t 0 t s
dt 5
Para a voltagem, medida em Volts, temos:
Et
Li 2
0,100. 20te5 t 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Questão 01)
Calcule a indutância equivalente em cada caso a seguir.
a) b)
c) d)
e) f)
g)
CIRCUITOS RLC
Circuitos RC
→ Circuito autônomo
t
Vt V0 exp
RC
O produto RC é denominado de constante de
tempo e, a partir da figura ao lado, podemos notar que,
transcorridos 4RC, a voltagem já é reduzida a 2% do
seu valor inicial.
→ Circuito com fonte constante – RC em série
t t
V E V0 E exp Vt E V0 E exp
RC RC
Essa equação é composta de duas partes, sendo a primeira a componente forçada
e a segunda a componente transitória. Se a voltagem inicial no capacitor for nula,
estando, assim, descarregado, a equação anterior sofre pequena variação, passando a:
t t
Vt E E exp E 1 exp
RC RC
i T2 i 2R i C2
i T i 2R i C2
Circuitos RL
→ Circuito autônomo
Rt
it i 0 exp
L
Onde i0 é a corrente no instante t = 0. O
termo – R/L é chamado de constante de tempo para
os circuitos RL. A partir da figura ao lado, podemos
notar que, transcorridas 4 unidades de tempo, a
corrente se reduz a 2% do valor inicial empregado
no circuito.
1 E Rit t
it t
di 1
i E Ri L 0 dt ln
R E Ri 0 L
0
E Rit Rt Rt
exp E Rit E Ri 0 exp
E Ri 0 L L
1 Rt 1 Rt
it E E Ri 0 exp E Ri 0 E exp
R L R L
Onde temos i0 como a corrente elétrica no instante t = 0. Nessa equação, a
primeira parte dela representa a componente forçada da corrente, enquanto a segunda
parte seja a componente transitória da mesma.
Quando temos esse circuito fechado, a corrente elétrica aumenta conforme
ilustrado na figura a seguir. Ela não irá direto para o seu valor final porque a variação de
fluxo magnético através da bobina induz uma força eletromotriz contrária ao aumento
de corrente. Após L/R segundos, a corrente aumenta até cerca de 63% do seu valor
máximo, que é igual ao resultado da divisão de E por R. Depois de muito tempo
operando no circuito, a corrente muda tão pouco durante o tempo que a força
eletromotriz contrária ao seu momento, imposta pela bobina, é desprezível.
i T2 i 2R i 2L i T i 2R i 2L
Circuito RLC
dVC di d 2 VC
iC C
dt dt dt 2
Substituindo na equação original, chegamos a:
di d 2 VC dV
L Ri VC E LC 2
RC C VC E
dt dt dt
d 2 VC R dVC VC E
2
dt L dt LC LC
Dessa forma, temos uma equação diferencial de segunda ordem em função de
VC. Inicialmente, vamos resolver a homogênea associada a ela, ou seja:
d 2 VC R dVC VC R 1
0 2 0
dt 2 L dt LC L LC
Calculando o valor de Δ para essa equação do segundo grau, chegamos a:
R2 1
2
R 1 R2 4
b 2 4ac 4.1. 2 4 2
L LC L LC 4L LC
R R2 1 2
4 2 R 2 R 1
b L 4L LC L
2
4L2 LC R R 1
2a 2.1 2 2L 4L2 LC
2
R 1
2
2
1 R
R 1
2
R 2L 2L LC
2L 2L LC R R 1
2 2
2 2L
2L LC
VC t C1e 1t C 2 e 2 t E
Onde cada símbolo representa o mesmo que foi descrito no item anterior. Nesse
caso, temos um amortecimento crítico, visto que amortecimento e frequência não
amortecida são iguais.
● Se α < ω:
Nesse caso, o valor no interior da raiz é negativo e a equação do segundo grau
gerada possui duas raízes complexas. Logo, teremos uma combinação de senos e
cossenos na solução da equação diferencial obtida. Dessa forma, a solução da equação
será da forma:
2 2
R 1 1 R
2 2
R R
i a bi
2L 2L LC 2L LC 2L
R
a
2L
VC t e at C1sen bt C 2 cos bt E onde 2
b 1 R
2
LC 2L
di L dV d 2i
VL L 2L
dt dt dt
Substituindo na lei de Kirchhoff, chegamos a:
d 2 i L 1 di L d 2i L 1 di L i L I
CL L iL I
dt 2 R dt dt 2
RC dt LC LC
Formando, assim, uma equação diferencial da corrente no indutor em função do
tempo. Para resolvermos essa equação, vamos utilizar os mesmos princípios
empregados no tópico anterior, ou seja, partindo da homogênea, temos:
d 2i L 1 di L i L 1 1
2
0 2 0
dt RC dt LC RC LC
Calculando o valor de Δ para essa equação do segundo grau, chegamos a:
2
1 1 1 4 1 1
b 4ac
2
4.1. 2 2 4
RC 4R C LC
2 2
LC R C LC
1 1 1 1 1 1
4 2 2 2
b RC 4 R C LC RC 2 2
4R C LC
2a 2.1 2
2
1 1 1 1 1 1
2RC
2 2
2RC 4R C LC 2RC LC
2
1 1
2
2
1 1
1 1
2
1 2RC 2RC LC
2RC 2RC LC 1 1 1
2 2
2 2RC
2RC LC
i L t C1e 1t C 2 e 2 t I
Onde cada símbolo representa o mesmo que foi descrito no item anterior. Nesse
caso, temos um amortecimento crítico, visto que amortecimento e frequência não
amortecida são iguais.
● Se α < ω:
Nesse caso, o valor no interior da raiz é negativo e a equação do segundo grau
gerada possui duas raízes complexas. Logo, teremos uma combinação de senos e
cossenos na solução da equação diferencial obtida. Dessa forma, a solução da equação
será da forma:
2 2
1 1 1 1
2 2
1 1
i a bi
2RC 2RC LC 2RC LC 2RC
1
a 2RC
i L t e at C1sen bt C 2 cos bt I onde 2
b 1 1
2
LC 2RC
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 01)
Considere um circuito RLC em série com R = 280Ω, L = 100mH e C = 0,4μF excitado
por uma fonte de tensão contínua de E = 48V. A tensão inicial no capacitor, bem como
a corrente no indutor, são nulas. Determine a tensão sobre o capacitor VC(t).