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CIÊNCIAS DA
NATUREZA
U.T.I.nica de Imersão
Unidade Téc
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© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino. São Paulo, 2018
Todos os direitos reservados.
Autores
Caco Basileus
Edson Yukishigue Oyama
Eduardo Shibata
Felipe Filatte
Herlan Fellini
Joaquim Matheus Santiago Coelho
Larissa Beatriz Torres Ferreira
Marcos Navarro
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisora
Maria Cristina Lopes Araujo
Pesquisa iconográfica
Eder Carlos Bastos de Lima
Programação visual
Hexag Sistema de Ensino
Editoração eletrônica
Claudio Guilherme da Silva
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
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CARO ALUNO
Você está recebendo o primeiro caderno da U.T.I. (Unidade Técnica de Imersão) do Hexag Vestibulares. Este material
tem o objetivo de verificar se você aprendeu os conteúdos estudados nos livros 3 e 4, oferecendo-lhe uma seleção
de questões dissertativas ideais para exercitar suas memória e escrita, já que é fundamental estar sempre pronto a
realizar as provas de 2ª fase dos vestibulares.
Além disso, este material também traz sínteses do que você observou em sala de aula, ajudando-lhe ainda
mais a compreender os itens que, eventualmente, não tenham ficado claros e a relembrar os pontos que foram
esquecidos.
Aproveite para aprimorar seus conhecimentos.
Bons estudos!
Herlan Fellini
BIOLOGIA
Biologia 1 5
Biologia 2 35
Biologia 3 67
FÍSICA
Física 1 97
Física 2 119
Física 3 153
QUÍMICA
Química 1 177
Química 2 195
Química 3 209
U.T.I. 2
Biologia 1
Biomas aquáticos
Ambientes aquáticos
Biociclo marinho ou talassociclo
É o maior de todos os biociclos. Trata-se de um grande ambiente contínuo, bastante homogêneo em função de sua
extensão e, por isso, o conceito de bioma não deve ser aplicado a estes ambientes.
A luz vai sendo absorvida pelos seres autótrofos, as algas, à medida que a luz que penetra na água; assim,
as radiações que mais penetram são azul e violeta. Costuma-se distinguir no mar três regiões em função da pre-
sença da luz:
§§ Eufótica – recebe luz diretamente e, geralmente, chega até 100 m.
§§ Disfótica – recebe luz difusa e pode chegar a 300 m.
§§ Afótica – é a região geralmente abaixo de 300 m, que não recebe luz.
São os ambientes constituídos por águas paradas que, na verdade, estão sendo sempre renovadas. As águas lênti-
cas correspondem desde a uma poça-d’água formada pelas chuvas até a lagoas e grandes lagos.
Estas águas compreendem os riachos, córregos e rios. Nelas podemos encontrar três regiões distintas: nascente,
curso médio e curso baixo (foz). O curso superior ou nascente é pobre em seres vivos devido à violência das
águas, não ocorre plâncton, podendo ocorrer algas fixas ao fundo, larvas de insetos etc.
§§ De acordo com os nutrientes, podem ser classificados em: eutróficos (alta produtividade, águas ricas
em nutrientes); mesotróficos (ecossistemas que possuem valores intermediários entre um ecossistema
eutófrico e oligotrófico); e ligotrófico (baixa produtividade, águas pobres em nutrientes).
§§ De acordo com a temperatura, podem ser classificados em: epilímnio (águas superficiais, mais quentes
e circulantes, alto teor de oxigênio); termoclino (águas intermediárias, ocorre variação na taxa de oxigênio e
temperatura com a profundidade); e hipolímnio (águas inferiores, águas não circulantes, pobres em oxigênio).
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Ciclos biogeoquímicos
A matéria nos ecossistemas
Todo ser vivo reage com seu ambiente e produz resíduos. A menos que o ambiente possa dispô-los convenientemente
por autodepuração, eles poderão interferir no ciclo vital. Na autodepuração, que é consequência, por exemplo, da
biodegradação da matéria orgânica pelos decompositores, a poluição e seus efeitos diminuem ao longo do rio.
Poluição
É a presença ou introdução, no meio ambiente, de matéria ou energia que altere as suas características físicas,
químicas e biológicas. Pode ser entendida também como a presença de substâncias nocivas à saúde humana, a
outros animais e às plantas, ou que prejudicam o equilíbrio ecológico.
Os ciclos biogeoquímicos
As relações entre espécies e ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta de elementos, em uma
atividade cíclica, a qual, por compreender aspectos de etapas biológicas, físicas e químicas alternadas, recebe a
denominação geral de ciclo biogeoquímico.
Em um estudo global da biosfera, pode-se reconhecer dois tipos de ciclos biogeoquímicos: os ciclos ga-
sosos e os ciclos sedimentares. No primeiro caso, o reservatório está situado na atmosfera, enquanto que o
segundo localiza-se na crosta terrestre.
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é mais utilizável como nutriente pelas plantas verdes, ainda que as outras formas de nitrogênio possam ser usadas
por diferentes organismos, completando a ciclo. O ar está constantemente recebendo nitrogênio devido à ação de
bactérias desnitrificantes, sendo daí continuamente retirado pelas ações das bactérias fixadoras de nitrogênio,
além de algas cianofíceas e reações provocadas pelas descargas elétricas atmosféricas.
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O ciclo do enxofre os seus desdobramentos
A principal fonte de enxofre para os seres vivos é constituída pelos sulfatos; absorvidos pelas plantas, são incorpo-
rados nas proteínas, portanto, na própria estrutura da matéria viva. Em geral, a água potável não deve ultrapassar
um teor de 250 ppm em SO2- . Teores superiores poderiam causar diarreia nas crianças. Os resíduos orgânicos são
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decompostos por bactérias heterotróficas, que libertam H2S utilizando os sulfatos como fonte de energia. Inversa-
mente, outras bactérias reoxidam o H2S em SO2- , tornando o enxofre disponível para outros seres vivos.
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Problemas ambientais
A ação do homem sobre o ambiente
As interferências humanas desordenadas sobre o ambiente podem originar impactos de diversas naturezas.
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Impacto da atividade humana sobre a atmosfera
Uma vez que a atmosfera é um sistema contínuo e único, pode-se concluir que as mudanças são transmissíveis em
toda sua extensão; assim, uma alteração em pequena escala pode ter consequências globais.
O aumento da concentração de gás carbônico, devido à queima de combustíveis fósseis e desmatamento, é
considerado o responsável pela tendência mundial do aquecimento climático.
Por conseguinte, está associado ao aumento do efeito estufa, e não à sua origem, pois efeito estufa é
uma propriedade que certos corpos têm de serem permeáveis à luminosidade e impermeáveis ao infravermelho
(ondas de calor), como o plástico, o vidro e a atmosfera.
A influência humana sobre o clima é muito difícil de avaliar. Pode-se supor e evidenciar as alterações pro-
vocadas em escala microclimática, por exemplo, à construção de um reservatório de água, e mesoclimática, por
exemplo, a presença de uma grande cidade e a constatação de que ela é uma ilha de calor.
Poluição atmosférica
A atmosfera recebe, anualmente, milhões de toneladas de gases tóxicos, como monóxido de carbono, dióxido de enxo-
fre, óxido de nitrogênio e hidrocarbonetos, além de partículas que ficam em suspensão. As principais fontes geradoras
de poluição atmosférica são os motores dos automóveis, as indústrias (siderúrgicas, fábricas de cimento e papel, refi-
narias etc.), a incineração de lixo doméstico e as queimadas de florestas para expansão da lavoura.
O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor, inodoro, um pouco mais leve do que o ar e muito tóxico.
O dióxido de enxofre (SO2) é um gás venenoso, proveniente da queima industrial de combustíveis
como o carvão mineral e o óleo diesel, que tem enxofre como impureza. O dióxido de enxofre, juntamente com
o óxido de nitrogênio, reagindo com vapor d’água na atmosfera, esses óxidos podem formar ácidos sulfúrico e
nítrico, que se precipitam com a umidade e formam as chuvas ácidas.
Inversão térmica
Em certas épocas do ano, principalmente no inverno, pode ocorrer o fenômeno atmosférico denominado in-
versão térmica, causado pela interposição de uma camada de ar quente entre camadas de ar frio em certa
altitude. A camada quente impede a dispersão de poluentes, que ficam aprisionados junto à superfície. Nessas
ocasiões, ocorre grande aumento de casos de irritação das mucosas e problemas respiratórios.
Efeito estufa
O principal “vilão” é sem dúvida nenhuma o CO2, uma vez que nos últimos 50 anos a sua concentração atmosférica
aumentou 30%, devido à intensa queima de combustíveis fósseis pelas indústrias e carros de todo o globo.
A maior parte da radiação solar que atinge o solo é reirradiada na forma de radiação infravermelha. O vapor
d’água, o gás carbônico, o metano e outros gases atmosféricos absorvem essas radiações e reirradiam infraver-
melho em todas as direções, inclusive de volta para a superfície terrestre, que se aquece.
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desses
A camada de ozônio, também chamada de ozonosfera, trata-se de uma das camadas de nossa atmosfera,
que está localizada a cerca de 50 km da superfície do Planeta. É constituída, basicamente, de ozônio (O3), formado
na seguinte reação: O2 + 1/2O2 + ultravioleta → O3; isto quer dizer que na formação do ozônio, as radiações
ultravioleta A e B (UVA / UVB) são consumidas, não atingindo a superfície terrestre, portanto.
A destruição da camada de ozônio é consequência da liberação de gases denominados clorofluorcarbo-
nos (CFC) para a atmosfera. O CFC é inerte, bastante estável, ao chegar na ozonosfera, cataliza a degradação do
ozônio.
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Poluição das águas
A poluição representa uma ameaça real à qualidade da água, à saúde e ao meio ambiente.
A poluição térmica produzida pela água utilizada no sistema de refrigeração das usinas de energia também reduz
a solubilidade do oxigênio em rios e lagos.
Saneamento básico
O saneamento básico é um dos objetivos da área da saúde pública que lida com o controle ambiental, com a
prevenção e o combate a doenças infecto-contagiosas.
Eutrofização
Quando um corpo de água recebe uma grande quantidade de efluentes com matéria orgânica, dizemos que ele foi
eutrofizado − alimentado. Efluentes são resíduos líquidos de atividades de origem humana, sobretudo domésticos
e industriais.
A partir do lançamento de efluentes orgânicos, basicamente ocorrerá decomposição aeróbica (presença
de O2), que diminuirá a concentração de O2 dissolvido e aumentará a quantidade de nutrientes (nitratos e fosfatos),
favorecendo o crescimento acelerado de algas e plantas aquáticas – floração das águas.
Esse crescimento de algas pode formar na superfície uma barreira à entrada de luz, levando à morte de
outros organismos autótrofos que reduzirá ainda mis as taxas de O2 na água, devido a decomposição, matando
grande parte dos peixes. Essa mortandade de peixes aumenta ainda mais a matéria orgânica. Portanto, segue-se a
decomposição, porém anaeróbica desta vez, que libera novamente nutrientes, acelerando o crescimento de algas,
dando cor, sabor e odor desagradáveis à água, tornando difícil o tratamento para a potabilização.
Maré vermelha
Fenômeno semelhante à eutrofização. Ocorre alteração da cor da água (tons de vermelho) em virtude de presença
de toxinas liberadas no grande crescimento populacional de algas pirrofíceas, em condições específicas.
Desde a década de 1940, alguns inseticidas do grupo dos organoclorados, principalmente os usados extensiva-
mente nas lavouras devido à sua alta eficiência contra diversos insetos. Absorvido pela pele ou nos alimentos, o
acúmulo de DDT no organismo humano está relacionado com doenças do fígado, como a cirrose e o câncer. O
uso indiscriminado e descontrolado do DDT fez com que o leite humano, em algumas regiões dos EUA, chegasse
a apresentar mais inseticida do que o permitido por lei no leite de vaca. O DDT, além de outros inseticidas e po-
luentes, possui a capacidade de se concentrar em organismos, processo também denominado de magnificação
trófica.
A melhor solução para o problema dos esgotos é seu reaproveitamento. Eles devem ser tratados de modo que os
micro-organismos sejam mortos e as impurezas, eliminadas. A água proveniente de esgotos, uma vez removidas
as impurezas, pode ser reaproveitada. Os resíduos semissólidos, resultantes do tratamento dos esgotos, podem ser
utilizados como fertilizantes, enquanto o gás metano, produzido pela putrefação da matéria orgânica, pode ser
utilizado como combustível.
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Indicadores de qualidade
INFLUÊNCIAS DE ÁREAS URBANA E RURAL NO CLIMA
CLIMA CIDADE CAMPO MOTIVO
Temperatura maior menor Perda mais lenta de energia para a atmosfera
Umidade menor maior Temperatura−vegetação
Chuva mais menos Mais núcleos
Vento mais fraco mais forte Mais obstáculos
Nebulosidade maior menor Mais núcleos
Radiação menor maior Mais nuvens na cidade
Divisão binária
a) Simples: Divisão de uma célula em duas células filhas com tamanho aproximadamente semelhante.
Ocorre na maioria dos casos.
b) Brotamento: Divisão de uma célula, resultando em duas células de tamanho muito distinto. Ocorre
principalmente nas leveduras (fermentos).
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Divisão múltipla
Divisão de uma célula, simultaneamente, em varias células-filhas.
A meiose uma célula-mãe diploide sofre duas divisões sucessivas, originando quatro células filhas haploides.
Reprodução do Organismo
A reprodução do organismo como um todo consiste na separação e desenvolvimento de unidades reprodutivas
derivadas do organismo parental. Distinguem-se três tipos:
I. vegetativa;
II. espórica;
III. gamética.
A reprodução gamética é classificada em dois tipos básicos quanto a morfologia dos gametas envolvidos:
isogamia e heterogamia.
§§ Isogamia – quando os dois gametas são idênticos morfologicamente. Essa classe envolve, geralmente, ga-
metas móveis.
§§ Heterogamia – quando os dois gametas são distintos morfologicamente. Existem dois tipos de heterogamia:
a) Anisogamia – quando um dos gametas é maior que o outro, não diferindo na forma e presença de flagelos.
b) Oogamia – quando os gametas diferem na forma, sendo um muito pequeno (flagelado ou não) em rela-
ção ao outro, que é sempre imóvel. O gameta feminino, maior é imóvel, e denominado oosfera, enquanto
o masculino, menor, é denominado anterozoide, se flagelado, ou espermácio, se não apresenta flagelo.
Para ultrapassar as incertezas do meio e assegurar a produção de novas gerações, a Natureza adotou nu-
merosas estratégias de reprodução, que podem se agrupar em dois processos básicos: reprodução assexuada
e reprodução sexuada.
Reprodução assexuada
A reprodução assexuada permite a formação de novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem que haja a in-
tervenção de células sexuais — os gametas. Deste modo, não há fecundação e, consequentemente, não ocorre
formação do zigoto. Neste tipo de reprodução, os descendentes desenvolvem-se a partir de uma célula ou de
um conjunto de células do progenitor. Logo, todos os indivíduos são geneticamente iguais.
A monotonia que se verifica na descendência é consequência do processo de divisão celular que está na
base da reprodução assexuada — a mitose.
Muitos dos organismos que se reproduzem assexuadamente também o podem fazer sexuadamente, sempre
que as condições do meio forem desfavoráveis. Os seres vivos em que os dois tipos de reprodução alternam perio-
dicamente possuem alternância de gerações no seu ciclo de vida.
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Reprodução assexuada
Desvantagens da reprodução assexuada
Processos mais comuns
§§ A reprodução assexuada não assegura a variabilidade genética, o que pode ser perigosa para a sobrevivên-
cia da espécie.
Reprodução assexuada
Processos
mais comuns
Divisão Multiplicação
Bipartição Gemulação Múltipla vegetativa Partenogénese Esporulação Fragmentação
Reprodução sexuada
Biologicamente, pensar em reprodução sexuada é pensar em fecundação, que é a combinação de material genético
de dois ou mais indivíduos.
Quando os gametas se fundem, o número de cromossomos da célula resultante é o dobro do presente
em cada um dos gametas. A reprodução sexuada implica a alternância regular de dois eventos críticos: meiose e
fecundação. Os tipos de ciclos de vida sexuados podem ser organizados da seguinte forma:
2n
2n
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4. Mutações
A variabilidade genética dos indivíduos de uma população contribui para o seu sucesso evolutivo, uma
vez que, num ambiente em mudança, pelo menos alguns dos membros da população estarão aptos a sobreviver.
Reino fungi
Classificação dos seres vivos
De acordo com a visão clássica de Haeckel, foi formulado o modelo dos cinco reinos de Whitaker (1969), esquema
dominante até o ano 1980. Abaixo a ilustração do modelo proposto por Whitaker:
PROTISTA
Sem membra-
na nuclear
MONERA
Woese separa os seres vivos em três grupos: Eucaria (os eucariontes), Bacteria (as eubacterias) e Archaea
(as arqueobactérias).
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Caracterização, biologia e importância dos fungos - introdução
A importância de estudar os fungos
Além de realizarem a decomposição da matéria orgânica juntamente com as bactérias, os fungos são causadores
de diversas doenças que afetam os metazoários.
Desde a antiguidade os fungos são usados pela humanidade, como forma de alimento. Posteriormente,
também na indústria alimentícia, para a produção de cervejas, vinhos, pães e queijos. Mais tarde, descobriram-se
produtos produzidos pelos fungos, como a Penicilina, e com o auxílio da biotecnologia, permitiu-se produzir esses
metabólitos em larga escala, em laboratório.
Morfologia
Os fungos podem ser formados por uma única célula (unicelulares), formando pequenas colônias ou podem ser
formados por muitas células (indivíduos pluricelulares). Os fungos pluricelulares são caracterizados por corpos
sésseis (talo), geralmente constituídos de hifas. As hifas, no geral, podem ser classificadas e apocíticas (com septo)
ou cenocíticas (sem septo). O conjunto de hifas que forma o talo dos fungos é denominado de micélio, o qual é
muito ramificado, compondo, às vezes, corpos macroscópicos complexos, como, por exemplo, os cogumelos. De
acordo com o arranjo das hifas, o micélio pode ser separado em dois tipos: prosênquima (aparência distintamente
filamentosa) e pseudoparênquima (estrutura filamentosa não reconhecida).
Parede celular
O constituinte mais comum da parede celular de fungo é o polissacarídeo quitina, o qual está presente na parede
celular das leveduras (Classe Ascomycetes).
Substância de reserva
O glicogênio é a principal substância de reserva dos fungos.
Reprodução
O ciclo de vida dos fungos é separado em duas etapas: um processo assexuado e um processo sexuado. A reprodu-
ção assexuada tem um papel importante na multiplicação e na dispersão (em um intervalo relativamente pequeno
de tempo, várias gerações são produzidas), e a reprodução sexuada é responsável pela variabilidade genética.
Durante a fase assexuada ocorre a produção de esporos por mitose, esses esporos podem ser móveis
chamados de zoósporos, ou imóveis do tipo aplanósporos (transportados pelo vento) ou conidiósporos (conídias).
Muitos fungos dependem de alterações no ambiente para iniciarem a fase de reprodução sexuada. Na fase sexu-
ada, a produção de esporos se dá através do processo de meiose. Nesse processo, inicialmente, as hifas haploides,
oriundas de micélios diferentes, se aproximam-se e ocorre a fusão do citoplasma (denominado de plasmogamia),
sem que ocorra a fusão dos núcleos. Dessa forma, em um mesmo citoplasma há núcleos haploides, o que caracteri-
za um estágio de dicariótico. Depois de certo tempo acontece a fusão dos núcleos haploides produzindo um núcleo
diploide (cariogamia), o qual entra em meiose produzindo esporos haploides e recomeçando o ciclo.
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Nutrição e metabolismo
Os fungos são considerados seres heterotróficos, não produzem o próprio alimento, necessitando de materiais
orgânicos já formados. Devido a parede celular, a nutrição é realizada por absorção de nutrientes resultantes do
processo de digestão extracorpórea.
§§ Saprófitas obrigatórios − Fungos que retiram seus nutrientes da matéria orgânica morta, e não são
parasitas.
§§ Parasitas facultativos ou saprófitas facultativos − Fungos que, dependendo das condições do meio,
podem atuar como saprófitos ou parasitas (causado doenças em plantas e animais).
§§ Parasitas obrigatórios − Fungos que dependem de outros seres para viver.
§§ Simbiontes − como as micorrizas (associação mutualística entre fungos e raízes de plantas) e liquens
(associação mutualística entre fungos e algas).
Classificação
O Reino Fungi apresenta as classes Chytridiomycetes, Zygomycetes, Ascomycetes e Basidiomycetes.
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Briófitas e pteridófitas
Divisão bryophyta
A Divisão Bryophyta abrange vegetais terrestres morfologicamente simples, denominados popularmente como “mus-
gos” ou “hepáticas”. São indivíduos eucariontes e pluricelulares (apenas as estruturas reprodutivas são unicelulares).
Características básicas
Ocorrência
O habitat mais comum das briófitas é o ambiente terrestre úmido. São sempre dependentes da água.
Classificação
Atualmente, briófitas são classificadas pela maioria dos autores em três classes, Hepaticae, Anthocerotae e Musci.
Outros autores abordam essas três classes como divisões, seguindo tendências pautadas no conhecimento da
filogenia desses grupos.
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Introdução às plantas vasculares
As traqueófitas são plantas que possuem tecidos vasculares que realizam o transporte de água, sais minerais e
outras substâncias através do corpo do vegetal; estão nesse grupo as pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
Pteridófitas
Características básicas
Divisão psilophyta
Divisão lycopodophyta
Divisão arthrophyta
Divisão pterophyta
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As pteridófitas possuem dois tipos de ciclo de vida: a homosporia (gametófito monoico) e a heterosporia
(gametófito dioico).
As samambaias possuem em suas folhas um conjunto de esporângios chamados de soros, estruturas es-
pecializadas que surgem como pequenos pontos pretos na superfície da folha. As células do esporângios (2n)
sofrem o processo de meiose produzindo os esporos (n). A liberação dos esporos ocorre em dias quentes com
baixa umidade. Quando os esporos caem em uma região propícia podem germinar, produzindo, por mitose, um
gametófito bissexuado (n), verde e denominado prótalo. Esse prótalo possui rizoides, o que garante a estabilidade
do gametófito no substrato, e a absorção de nutrientes e água.
O gametófito possui o arquegônio (n), local de produção da oosfera (n), e o anterídeo (n), região de pro-
dução dos anterozoides (n). O anterozoide flagelado, na presença de água, nada até alcançar o arquegônio e
encontrar a oosfera. Dessa forma, ocorre a fusão da oosfera e do anterozoide, o que designa o processo de fecun-
dação, e a formação de um zigoto (2n). O zigoto cresce por mitose, desenvolvendo-se em embrião, que inicia seu
desenvolvimento, o qual necessita do gametófito por um pequeno período tempo. O embrião realiza sucessivas
mitoses se transformando em esporófito (2n), o qual se fixa no solo e inicia um novo ciclo.
Gimnospermas
Fanerógamas: o termo refere-se aos vegetais que apresentam órgãos de reprodução nitidamente visíveis. As
fanerógamas também são chamadas de espermatófitas, porque produzem sementes. A semente é uma estru-
tura adaptativa muito eficiente para a disseminação do esporófito e está inativo no formato de embrião, o que é o
um dos maiores avanços evolutivos dos vegetais. Esses grupos também se tornaram independentes da água para
reprodução devido a formação de grão de pólen, de onde se desenvolve o tubo polínico.
As fanerógamas podem ser divididas em dois grandes grupos: as gimnospermas (pinheiros), e as angios-
permas (plantas fabricantes de frutos). As fanerógamas possuem tecidos vasculares, ou seja, são traqueófitas.
Morfologia
Os esporângios são as folhas modificadas e fabricantes de esporos. Usam-se os prefixos “mega” para designar
estruturas femininas e o prefixo “micro” para designar estruturas masculinas. Os microsporângios são as estru-
turas masculinas fabricantes de esporos masculinos (micrósporos), que originarão os grãos de pólen, os quais
representam os gametófitos masculinos jovens ou microprótalos. As folhas que suportam essas estruturas
são denominadas de microsporófilos, cujo conjunto forma a pinha ou o cone masculino, (microstróbilo). Os es-
porângios produtores de óvulos são chamados megaesporângios, as folhas que os suportam, são denominadas
de megasporófilos e o conjunto forma a pinha ou cone feminino (megastróbilo).
Os estróbilos, cones ou pinhas presentes nas gimnospermas podem ser unissexuados, ou seja, possuem
uma parte masculina ou feminina (mas não as duas) e reúnem os esporófilos. As espécies deste grupo podem ser
monoicas e dioicas.
§§ Monoicas – na mesma planta existem estróbilos masculinos e femininos.
Exemplo: Pinus sylvestris.
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Diversidade e classificação
Atualmente existem quatro grupos com representantes vivos: Cycadophyta, Ginkgophyta, Conipherophyta e Gne-
tophyta.
Angiospermas
As Angiospermas são fanerógamas, ou seja, têm estruturas reprodutivas evidentes (flores), na qual são produzidas
as sementes envoltas pelos frutos. Este grupo foi o último grupo de plantas que se diferenciou na escala evolutiva.
São comumente terrestres, mas possuem representantes aquáticos. Podem ser arbóreas lenhosas, herbáceas e ar-
bustivas. Atualmente é o grupo com maior número de representantes (gênero, espécies e indivíduos), amplamente
distribuído pelo mundo e também mais utilizado pelo homem. As angiospermas, no geral, dividem-se em duas
classes: as Eudicotiledôneas (ou Magnoliopsida) e as Monocotiledôneas (ou Liliopsida). A angiosperma apresenta
um ciclo de alternância de gerações, com meiose espórica ou intermediária, onde a fase duradoura é o esporófito.
A planta observada na natureza é o esporófito (2n), a qual está organizada em raiz, caule e folha. Os game-
tófitos (n) das angiospermas são dioicos (sexos separados), muito reduzidos, dependentes do esporófito e crescem
dentro da flor. Define-se por gametófito feminino o saco embrionário (megaprótalo) contido no óvulo, o qual não
forma arquegônio e tem uma única oosfera (gameta feminino). Já o gametófito masculino é o que chamamos de
tubo polínico (microprótalo), no qual se formam dois núcleos espermáticos (gametas masculinos). Assim como
ocorria nas gimnospermas, não dependem de água para a fecundação.
Flor
estigma
antera
estame filete
estilete carpelo
pétala
óvulo ovário
receptáculo floral
sépala
pedúnculo floral
© BlueRingMedia/Shutterstock
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Androceu
O aparelho reprodutor masculino é composto por um conjunto de estames. Na antera (parte fértil) ocorre a forma-
ção de esporos, por meiose, que darão origem aos grãos de pólen. A germinação do grão de pólen gera o tubo
polínico (gametófito masculino adulto ou microprótalo).
Gineceu
O gineceu é composto por folhas transformadas chamadas carpelos ou pistilos. O óvulo não é o gameta femi-
nino; no caso das angiospermas é uma estrutura dentro da qual será formada a oosfera (gameta feminino). No
interior do óvulo, a célula-mãe dos megásporos (2n) divide-se por meiose e forma quatro megásporos (n),
3 degeneram restando 1 megásporo fértil. O megásporo germina ao mesmo tempo que seu núcleo se divide por
três mitoses consecutivas, levando à formação de oito células, que organizam o saco embrionário (gametófito
feminino). Este tem uma célula denominada oosfera, ao lado desta há duas células chamadas sinérgides. No lado
oposto à oosfera, há três células denominadas de antípodas e, no centro, dois núcleos denominados núcleos
polares.
núcleo haploide
ovário óvulo
meiose
estas células
degeneram
mitose mitose
sinérgides micrópila
Fecundação
A primeira fecundação gera o zigoto (2n), o qual se dá a partir da fusão de um núcleo espermático e da oosfera. A
segunda fecundação gera um núcleo 3n, chamado de endosperma (ou albúmen) que nutrirá o embrião até que
germine, a qual ocorre entre um núcleo espermático e dois núcleos polares.
25
o
ent
olvim
env
Depois da fecundação,
desocorre um murchamento e queda das sépalas, pétalas, e estames. O óvulo fecundado
2n
tegumento (casca)
embrião
endosperma (3n) ESPORÓFITO óvulo
semente secção
ovario
antera
semente
célula-mãe de
fruto micrósporos
(2n) pistilo
DIPLOIDE
(2n)
HAPLOIDE
(n)
tubo polinico
micrósporos
GAMETÓFITO (n)
saco
embrionário oosfera megasporo
núcleos
gaméticos funcional
(n)
Polinização
Polinização é o fenômeno de condução do grão de pólen desde a antera, local da sua produção, até o estigma do
gineceu, para fusão com o gameta feminino. A polinização pode ser direta (autopolinização) e indireta (cruzada).
Os agentes polinizadores
Os vegetais terrestres são fixos ao substrato e, assim, são inibidos de se locomover de um lugar para o outro, seja
para encontrar abrigo, alimento, ou parceiros para a reprodução. As angiospermas têm uma série de adaptações
da flor como cor, cheiro e nectar que são atrativos para atrair agentes polonizadores, o que possibilitou o sucesso
reprodutivo na procura do parceiro. As gimnospermas são polinizadas passivamente pela ação do vento.
26
Reprodução assexuada
Muitas angiospermas reproduzem-se assexuadamente, processo aproveitado pelo homem para propagar a espécie
de interesse. Nesse processo as plantas-filhas formadas são geneticamente idênticas a planta-mãe.
Os métodos de propagação vegetativa são: estaquia, mergulhia, alporquia e enxertia. Na estaquia, partes
do caule são retiradas da planta-mãe e depois enterradas para a produção de nova planta.
27
U.T.I. - Sala
1. (Uerj) Fêmeas de espécies de crustáceos do gênero Daphnia sp., importantes componentes do
zooplâncton, podem se reproduzir a partir de dois processos distintos:
§§ partenogênese, quando há condições ambientais muito favoráveis, gerando uma prole compos-
ta apenas por fêmeas;
§§ reprodução sexuada padrão formando ovos dormentes que eclodem quando as condições se
tornam novamente favoráveis.
Observe o esquema:
Defina o processo de reprodução por partenogênese. Aponte, também, uma vantagem, para esses
animais, da realização da partenogênese sob condições ambientais favoráveis.
Em seguida, indique dois impactos negativos, um genético e outro ecológico, para uma população
de Daphnia sp. que realize apenas partenogênese por muitas gerações.
2. (Fuvest) As algas apresentam os três tipos básicos de ciclo de vida que ocorrem na natureza. Esses
ciclos diferem quanto ao momento em que ocorre a meiose e quanto à ploidia dos indivíduos adul-
tos. No esquema a seguir está representado um desses ciclos.
3. (UFMG) A vitelogenina (VTG) é uma proteína presente nos peixes, cuja síntese é induzida pelo
estrógeno. A presença dela no sangue de machos indica a exposição desses animais a compostos
estrogênicos. Portanto, um peixe genotipicamente macho sofrerá feminização se, durante a dife-
renciação sexual, for exposto a compostos de ação estrogênica. Numa pesquisa, analisaram-se três
grupos de peixes quanto à produção de VTG:
§§ peixes provenientes de água limpa e mantidos nessa condição:
§§ peixes provenientes de água limpa que receberam injeção de estrógeno; e
§§ peixes provenientes de águas poluídas.
28
Decorrido certo tempo, foram determinados o número de machos e fêmeas e a presença de VTG no
sangue de cada um dos indivíduos desses três grupos experimentais. Os resultados obtidos nesse
estudo estão representados neste gráfico:
a) Assinalando a assertiva apropriada, identifique o grupo de peixes — I, II ou III — que foi coletado em
local poluído. Justifique sua resposta.
( ) Grupo I.
( ) Grupo II.
( ) Grupo III.
b) Explique a presença de fêmeas não produtoras de VTG no Grupo II.
4. (Fuvest) Nos anos de 1970, o uso do inseticida DDT, também chamado de 1,1,1-tricloro-2,2-bis
(para-clorofenil)etano, foi proibido em vários países.
Essa proibição se deveu à toxicidade desse inseticida, que é solúvel no tecido adiposo dos animais.
Para monitorar sua presença em um ambiente marinho do litoral canadense, amostras de ovos de
gaivotas, recolhidos nos ninhos, foram analisadas. O gráfico abaixo mostra a variação da concen-
tração de DDE (um dos produtos gerados pela degradação do DDT) nos ovos, ao longo dos anos.
Um estudo realizado no litoral dos EUA mostrou que a concentração total de DDT e de seus deriva-
dos na água do mar era cerca de 5 × 10-5 no fitoplâncton, 4 × 10-2 em peixes pequenos, 0,5 ppm;
em peixes grandes, 2 ppm; e, em aves marinhas, 25 ppm.
Dê uma explicação para o fato de a concentração dessas substâncias aumentar na ordem apresen-
tada.
29
5. (Unicamp) O processo de regeneração pode ocorrer tanto em organismos unicelulares como plu-
ricelulares, conforme já demonstrado em vários experimentos. O resultado de um desses experi-
mentos pode ser observado na figura A, que mostra a regeneração de apenas um fragmento da alga
unicelular Acetabularia. A figura B mostra a regeneração de todos os fragmentos de uma planária
(platelminto).
a) Por que no experimento com Acetabularia não houve regeneração de todos os segmentos?
b) Explique por que o processo de regeneração das planárias difere daquele que ocorre na Acetabularia.
30
U.T.I. - E.O. 4. (UFSCAR) Muitas das características que
surgiram ao longo da história evolutiva das
plantas permitiram a conquista do ambiente
1
. (UEMA) Um artigo publicado na revista on- terrestre. Considere os musgos e as samam-
line PloS ONE descreve a ação dos fungos e baias;
o comportamento de formigas infectadas. a) cite uma característica compartilhada por
Após a infecção feita por meio de esporos, as esses dois grupos que torna essas plantas
formigas têm seu sistema nervoso atingido e dependentes da água para a fertilização.
passam a ser controladas pelo parasito. Cada b) compare os dois grupos com relação à pre-
fungo possui necessidades diferentes, mas sença de um sistema vascular para transpor-
todos direcionam as formigas para o local te de água e nutrientes.
mais adequado à reprodução de sua espécie.
As formigas abandonam suas atividades na 5. (UFC) As primeiras manifestações da vida ve-
colônia e, como verdadeiros “zumbis”, diri- getal no planeta Terra tiveram lugar em am-
gem-se ao local determinado e, com o avanço bientes aquáticos. Organismos procariontes
da ação fúngica, os insetos morrem em al- evoluíram para formas eucarióticas, dentre as
guns dias. quais os seres autotróficos alcançaram graus
Fonte: Disponível em:http://www. tudolevaapericia.
elevados de complexidade biológica. Neste
blogspot.com/.../cientistas descobrem quatro
novas. Acesso em: 12 nov. 2014. (adaptado) cenário evolutivo, a aparição da sexualidade
e da meiose constituiu o fenômeno mais im-
Explique o ciclo de vida de fungos no caso portante para acelerar a evolução orgânica e,
citado. consequentemente, o desenvolvimento dos
distintos ciclos biológicos. A distância entre
2. (UERJ) As populações de um caramujo que a singamia e a meiose expressou o desenvol-
pode se reproduzir tanto de modo assexu- vimento de gerações alternantes de natureza
ado quanto sexuado são frequentemente esporifítica e gametofítica.
parasitadas por uma determinada espécie Considerando que os esquemas a seguir re-
de verme. No início de um estudo de longo presentam ciclos biológicos de uma linha-
prazo, verificou-se que, entre os caramujos gem de organismos que evoluíram a partir
parasitados, foram selecionados aqueles que de seres com sistema fotossintético baseado
se reproduziam sexuadamente. Observou-se nas clorofilas a e b, analise os diagramas A,
que, ao longo do tempo, novas populações do B, C e D. Observe a seguinte forma de dia-
caramujo, livres dos parasitas, podem voltar gramação:
a se reproduzir de modo assexuado por algu-
mas gerações.
Explique por que a reprodução sexuada foi
inicialmente selecionada nos caramujos e,
ainda, por que a volta à reprodução assexu-
ada pode ser vantajosa para esses moluscos.
31
Responda as seguintes questões:
I. Em que grupo de organismos atuais ob-
serva-se o ciclo biológico A?
II. No diagrama do ciclo biológico A, os nú-
meros 1 e 2 representam, respectivamen-
te: __________ e ___________.
III. Qual o nome das estruturas indicadas, res-
pectivamente, pelos números 1 e 2 do ci-
clo biológico B? _________ e __________. Explique o benefício decorrente do padrão
IV. Cite uma função ecofisiológica da estru- de diferenciação sexual observado.
tura 1 do ciclo biológico C.
V. Comparando os ciclos biológicos C e D, 9. (Unicamp) Até há algum tempo, conside-
que característica biológica distingue os rava-se que fungos e bactérias pertenciam
dois processos de singamia? ao reino vegetal. Com o reconhecimento das
VI. Do ponto de vista genético, qual a dife- diferenças entre eucariotos e procariotos, as
rença entre a estrutura 3 do ciclo biológi- bactérias foram separadas, mas os fungos
co D e a estrutura 1 do ciclo biológico C? permaneceram incluídos no reino vegetal.
Mais recentemente, porém, tornou-se claro
6. (UEG) Observe a figura a seguir e faça o que
que os organismos agrupados como fungos
se pede:
definitivamente não são plantas.
a) Apresente uma característica comum a bac-
térias e fungos que permitiu considerá-los
como plantas.
b) Apresente uma característica das bactérias
que demonstra serem elas pertencentes a
outro reino. Qual é esse reino?
c) Cite duas características das plantas que não
são encontradas nos fungos.
1
0. (UFV) A figura abaixo ilustra três espécies
(I, II e III) de um mesmo grupo taxonômico
a) O organismo representado na figura perten- de plantas, conhecido como “traqueófitas”,
ce ao reino ‘Fungi’. Cite duas características que se destaca pela sua importância filoge-
que são fundamentais para a sua inclusão nética e botânica.
nesse reino.
b) Qual é a forma de reprodução apresentada
pelo “bolor do pão”?
32
1
2. (Unesp) Fungos e bactérias têm sido con- b) Embora existam consequências negativas
siderados, por muitos, os “vilões” entre os graves para o meio ambiente, decorren-
seres vivos. Sabemos, entretanto, que ambos tes das atividades humanas relacionadas à
apresentam aspectos positivos e desempe- fixação e à utilização do nitrogênio, este
nham importantes funções ecológicas. elemento é essencial à vida. Determine as
a) Cite uma forma pela qual bactérias e fungos classes de moléculas orgânicas que são sin-
podem contribuir para a reciclagem de nu- tetizadas pelas plantas a partir dos produtos
trientes minerais. da fixação do nitrogênio.
b) Cite um exemplo de conquista científica no
combate a infecções que foi possível a partir 1
5. (UFJF-PISM) Crescimento da população nas
da utilização de fungos. cidades, falta de planejamento no sanea-
mento urbano, conexões clandestinas com
1
3. (UFES) A escassez de água é um problema a rede de esgoto e indústrias que despejam
cada vez mais severo em todo o mundo. Na resíduos indevidos. São várias as razões para
região Norte do Brasil, a interação entre a a poluição de grandes rios ao redor do mun-
floresta e os recursos hídricos, associada ao do. Mas também existem muitos exemplos
movimento de rotação da Terra, transfere, de rios que foram recuperados com sucesso.
anualmente, cerca de 8 trilhões de metros Um dos mais famosos é o Rio Tâmisa, que
cúbicos de água para outras regiões do país. corta Londres, na Inglaterra. A poluição no
Essa água, que não é utilizada pela popula- rio era tanta que ele chegou a ser chamado
ção que vive na região Norte, representa um de “O Grande Fedor”. Isso lá no século XIX.
serviço ambiental colossal prestado ao país
Desde essa época, os ingleses tentam conter
pelo principal bioma dessa região, uma vez
que sustenta o agronegócio brasileiro e o re- a sua degradação. Mas o que resolveu mesmo
gime de chuvas, responsável pelo abasteci- foi a construção de sistemas de tratamento
mento do lençol freático e dos reservatórios de água ao longo do rio, que começou na dé-
produtores de hidroeletricidade nas regiões cada de 60. Hoje o Tâmisa está recuperado, e
Sul e Sudeste do país. cenas de pessoas remando, grupos pescando
(Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/19541#.U- e embarcações são comuns no local. De for-
4B59h3YTc>. Acesso em: 18 ago. 2014. Adaptado). ma similar, o rio Han, na Coreia do Sul, im-
portante fonte de abastecimento da capital
a) Identifique o bioma da região Norte do Bra-
Seul, também foi recuperado.
sil, mencionado no texto, que fornece água Fonte: Super interessante, disponível em: http://
para outras regiões do país. super.abril.com.br/crise-agua/solucoes.shtml
b) Explique qual é a contribuição dos seres vi-
vos para o ciclo da água. O texto mostra a preocupação com a restau-
c) Explique como o desmatamento afeta o regi- ração de ambientes aquáticos degradados.
me de chuvas mencionado no texto. Com base no texto e na atual crise da água,
responda:
1
4. (UEL) Leia o texto a seguir. a) Que nome se dá ao despejo de grande quan-
“Não tem jeito de alimentar as pessoas sem tidade de nutrientes na água, desequilibran-
fixar quantidades enormes de nitrogênio do as teias alimentares aquáticas, podendo
da atmosfera, e esse nitrogênio está, no levá-las à extinção?
momento, aplicado a plantas de cultivo de b) Se a água faz parte de um ciclo, teoricamen-
forma muito ineficiente”, explicou Paul Fal- te ela não poderia acabar. Explique por que
cowski, membro de uma equipe de estudos a água potável está cada vez mais rara para
da Universidade de Rutgers, em New Jersey. a população humana.
“Muitos dos fertilizantes a base de nitrogê- c) O que ocorre nos níveis tróficos da cadeia
nio que são usados mundialmente são mal alimentar, em relação à acumulação, quando
aplicados. Como resultado, cerca de 60% do certas substâncias tóxicas são introduzidas
nitrogênio presente nos fertilizantes não no ecossistema aquático?
chega a ser incorporado pelas plantas, fi-
cando livre para escorrer além das zonas de
raízes e então poluir rios, lagos, aquíferos
e áreas costeiras, levando à eutrofização”,
afirmam outros pesquisadores.
Adaptado de: <http://hypescience.com/
nitrogenio-e-apontado-como-novo-vilao-do-
ecossistema/>. Acesso em: 7 jun. 2014.
33
16. (Uerj) Considere três ecossistemas: deserto, floresta tropical perenifólia e mar aberto.
Os gráficos abaixo indicam as medidas obtidas nesses ecossistemas em relação a três diferentes
parâmetros:
34
U.T.I. 2
Biologia 2
Anelídeos
Introdução
Os anelídeos (do latim: annulatus = anel + eidos, do grego = forma) são animais vermiformes, de simetria bilateral,
caracterizados pela segmentação ou metamerização (metameria). O corpo é segmentado, ou seja, formado
por uma sucessão de anéis, denominados segmentos ou metâmeros. São organismos que vivem em ambiente
terrestre, marinho e dulcícola. Possuem o corpo alongado, cilíndrico e metamerizado, cuja divisão ocorre tanto ex-
terna como internamente. Cada anel abriga diversos órgãos individualizados como nervos, estruturas musculares e
excretoras. Compreendem três classes: oligoquetos (minhocas), poliquetos (vermes marinhos) e hirudíneos
(sanguessugas). Utiliza-se como critério a presença ou quantidade de cerdas ao longo do corpo:
§§ Oligoquetos (poucas cerdas) – minhoca (Lumbricus terrestris), minhoca-louca (Pherentima hawaiana) e a
minhocoçu (Glossoscolex giganteus).
§§ Poliquetos (várias cerdas) – Eunice viridis e Nereis sp.
§§ Aquetos (sem cerdas) ou hirudíneos – sanguessuga (Hirudo medicinalis).
Poliquetos
Vermes marinhos de corpo nitidamente segmentado, no qual se destaca uma cabeça com olhos, palpos e tentácu-
los. Em cada segmento há um par de parapódios que auxiliam na locomoção.
Oligoquetos – as minhocas
É a classe em que encontramos as minhocas, animais de corpo segmentado, sem cabeça e parapódios, além de
poucas cerdas; o tamanho médio é de 15 cm. Nos animais sexualmente adultos, encontramos, na região anterior, o
clitelo, um espessamento mucoso que serve para unir dois animais em cópula e formar o casulo protetor dos ovos.
Boca Peristômio
Prostômio
Poro
Poro
Boca
Cerdas
ventrais
Clitelo
Clitelo
Cerdas laterais
Ânus
37
A capacidade de regeneração é elevada quando o animal é, acidental ou experimentalmente, seccionado
em fragmentos. Esses animais exercem importante papel na agricultura, arejando o solo, através das galerias esca-
vadas e distribuindo fragmentos vegetais que apodrecem e fertilizam o solo.
Colaboram também com a adubação orgânica produzindo húmus, além de serem incluídas em rações ani-
mais como fonte de proteínas.
Hirudíneos – as sanguessugas
Os hirudíneos, vulgarmente chamados de sanguessugas, não apresentam cerdas em pequenas quantidades ou
ausentes, assim como tentáculos e parapódios. O corpo é dorsoventralmente achatado com duas ventosas, uma
em cada extremidade.
Caracterização geral
A digestão
O tubo digestivo é completo.
A circulação
O sistema circulatório é do tipo fechado.
A respiração
A maioria dos anelídeos tem respiração cutânea, isto é, as trocas gasosas são efetuadas através da pele. Entre
os representantes aquáticos existem as brânquias, que retiram o O2 dissolvido na água por difusão.
A excreção
O sistema excretor é constituído por unidades excretoras denominadas metanefrídeos.
O sistema nervoso
Os anelídeos são portadores de um sistema nervoso do tipo ganglionar ventral.
A reprodução
Quanto à reprodução, os poliquetos são dioicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto a partir da
larva trocófora. Oligoquetos e hirudíneos são monoicos, com fecundação externa (dentro de um casulo) e cruzada
com desenvolvimento direto. A capacidade de regeneração é geralmente elevada. Muitas espécies de anelídeos
possuem clitelo. Esta estrutura produz um casulo do qual são eliminados os óvulos maduros. O casulo então
desliga-se do clitelo e desloca-se para a extremidade da minhoca, onde recebe o espermatozoide de outra e
ocorre a fecundação. Após a fecundação, o casulo separa-se do corpo, e em seu interior os óvulos são fecundados
e desenvolvem-se originando minhocas jovens sem estágio larval. Observe o esquema de reprodução de minhoca:
38
Reprodução em minhocas
Receptáculos seminais Clitelo
Clitelo troca de
espermatozóides 3 2 1
um dos vermes
já separado
fecundação saída de óvulos casulo mucoso
saída do casulo
com os ovos
Aspectos embriológicos
São organismos triblásticos, celomados (são os únicos vermes com esta característica) e possuem simetria
bilateral.
Formação da metameria
§§ Importância da metameria – Os efeitos locais da musculatura em formas metamerizadas são mais vigoro-
sos e, assim, mais eficientes, pois cada metâmero torna-se uma unidade de função especializada, notadamente
para cavar, como os anelídeos.
§§ Importância do celoma – O celoma fornece uma área para a ampliação da superfície dos órgãos internos.
Artrópodes
Caracterização
Todos os artrópodes têm em comum o fato de terem pares de apêndices articulados (patas, antenas, que-
líceras, palpos etc.), corpo segmentado e um esqueleto externo rígido, revestido por quitina (exoesqueleto
quitinoso). Com a presença de exoesqueleto, a dificuldade do crescimento foi resolvida com a presença de mudas
ou ecdises. Assim, os artrópodes, na ocasião da muda, aumentam rapidamente o volume de seu corpo, rompendo
a camada fina de quitina que não foi reabsorvida. Logo, começa a reestruturação dessa proteção.
Os grupos de maior sucesso na face da Terra são organismos triblásticos, protostômios, celomados e
de simetria bilateral.
Existem cerca de 900.000 espécies adaptadas para a vida no ar, na terra, no solo, em água doce e salgada.
Podemos citar como principais representantes deste filo as classes:
§§ Crustáceos – camarão, lagosta, siri, caranguejo, tatuzinho-de-jardim, microcrustáceos (dáfnia, copépodes etc.);
§§ Aracnídeos – aranha, escorpião, ácaro, carrapato, opilião;
§§ Insetos – traça-de-livro, tesourinha, barata, gafanhoto, louva-a-deus, cigarra, libélula, formiga, cupim, abe-
lha, besouro, borboleta, mariposa, pulga, piolho, mosca, mosquito;
§§ Diplópodes – piolho-de-cobra (embuá);
§§ Quilópodes – lacraia.
39
Caracteres morfológicos
A principal característica dos artrópodes é a presença de apêndices.
Segmentação
Nos artrópodes, a segmentação é heterônoma, porque os segmentos são diferentes, muitas vezes fusionados,
permitindo a divisão do corpo em partes distintas.
Exoesqueleto
O corpo dos artrópodes é revestido por um exoesqueleto, constituído por uma cutícula quitinosa, secretada pela
epiderme. A couraça quitinosa protege o animal, mas impede o crescimento. Daí a ocorrência da muda ou ecdise.
A principal consequência do exoesqueleto nos Artrópodes é o crescimento descontínuo, que pode ser obser-
vado e entendido no gráfico a seguir.
A digestão
O sistema digestivo é completo.
A respiração
As brânquias aparecem nos crustáceos; traqueias ocorrem em insetos, diplópodes e quilópodes. Nos aracnídeos as
traqueias situam-se no interior de dilatações saculiformes denominadas pulmões.
A circulação
O sistema circulatório é do tipo lacunar, constituído por coração, artérias e hemóceles.
A excreção
Em crustáceos e aracnídeos encontramos como órgãos excretores especializados: as glândulas verdes (crustáceos)
e coxais (aracnídeos). Insetos, diplópodes e quilópodes excretam através dos tubos de Malpighi.
40
Os sistemas nervoso e sensorial
Os artrópodes apresentam um sistema nervoso ganglionar e ventral, semelhante ao dos anelídeos.
A reprodução
A reprodução dos artrópodes é sexuada. Geralmente, os artrópodes são unissexuados; as cracas são crustáceos
hermafroditas. É comum o dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores do que os machos. Na maioria, a fecunda-
ção é interna; apêndices modificados funcionam como órgãos copuladores. O desenvolvimento pode ser direto ou
indireto. Formas partenogenéticas ocorrem entre crustáceos (cladóceros) e insetos (abelhas).
Classificação
Crustáceos
Apresentam corpo segmentado em cefalotórax e abdômen, cinco ou mais pares de patas e dois pares de antenas.
§§ Sistema Digestório – completo.
§§ Sistema Circulatório – aberto ou lacunar, plasma provido de hemocianina para transporte de gases.
§§ Sistema Respiratório – branquial.
§§ Sistema Excretor – glândula verde.
§§ Sistema Reprodutor – dioicos, fecundação interna, desenvolvimento direto ou indireto com sucessi-
vos estágios larvais: naupilus, zoea, mysis.
Aracnídeos
Apresentam corpo dividido em cefalotórax e abdômen, quatro pares de patas, que saem do cefalotórax e não
apresentam antenas. No entanto, encontramos apêndices próximos à boca, chamados de palpos e as quelíceras,
que nas aranhas, contêm uma glândula de veneno. No abdômen das aranhas encontramos fiandeiras, que secretam
um fio ou teia. Nos escorpiões, a glândula de veneno está localizada no último segmento do abdômen (télson). As
garras de um escorpião correspondem a palpos modificados.
Os pedipalpos são longos e usados na apreensão e mastigação; no macho, o pedipalpo funciona como
órgão copulador, servindo para a introdução de espermatozoides na fêmea.
§§ Sistema Digestivo – completo.
§§ Sistema Circulatório – aberto, coração dorsal, com hemocianina para transporte dos gases.
§§ Sistema Respiratório – composto por pulmões foliáceos ou filotraqueias.
§§ Sistema Excretor – através de glândulas coxais e também por túbulos de Malpighi.
§§ Sistema Reprodutor – dioicos, fecundação interna e desenvolvimento direto.
Insetos
Representam a maior variedade de espécies na face da Terra. Apresentam um corpo dividido em três partes: cabeça,
tórax e abdômen. No tórax, saem três pares de patas e podem desenvolver dois pares de asas. Apresentam um par
de antenas.
§§ Sistema Digestivo – completo.
§§ Sistema Circulatório – aberto ou lacunar, dorsal, ausência de pigmentos respiratórios.
§§ Sistema Respiratório – tipo traqueal.
§§ Sistema Excretor – túbulos de Malpighi.
41
§§ Sistema Reprodutor – dioicos, fecundação interna, desenvolvimento direto ou indireto.
Outra particularidade é o tipo de desenvolvimento do ovo até chegar ao adulto. Veja os tipos a seguir:
§§ Ametábolos – sem metamorfose. O ovo eclode e libera o indivíduo jovem com forma semelhante ao
adulto. Ex.: traça.
OVO → FORMA JOVEM → IMAGO
(semelhante ao adulto) (adulto)
§§ Hemimetábolo – com metamorfose incompleta: o ovo eclode e libera uma ninfa (forma jovem diferente
do adulto), sem asas e sem órgão sexuais. Esta ninfa sofre ecdises sucessivas adquirindo características
adultas. Exs.: gafanhoto, barata, louva-a-deus, cigarra, libélula.
OVO → eclosão → NINFA → mudas → IMAGO
(forma jovem ) (forma adulta)
§§ Holometábolo – com metamorfose completa. O ovo eclode, liberando uma larva que gera grande quantidade
de alimento e realiza mudas, originando a pupa (casulo ou crisálida) que sofre grande transformações adulta.
Exs.: formiga, cupim, abelha, besouro, borboleta, mariposa, pulga, piolho, mosca, mosquito.
Ovo
Eclosão do LARVA
sofre Adulto Larva
OVO ECDISES
Mudanças
na
Imago
PUPA
Pupa
Diplópode
Como o embuá ou piolho-de-cobra, apresentam um corpo com uma cabeça, contendo um par de olhos e de antenas.
Na maioria desses segmentos há dois pares de patas. Esses animais caminham lentamente e têm hábito detritívoro.
Quilópodes
Como as lacraias ou centopeias, também apresentam corpo dividido em cabeça e tronco, mas há apenas um par
de patas por segmento. São animais que caminham rápido, predadores e com um par de apêndices, as forcípulas
que injetam veneno.
Equinodermos
Os equinodermos correspondem a um grupo de animais que só habitam os mares. Apresentam como características
básicas um corpo revestido por espinhos, com um esqueleto interno (endoesqueleto) calcário. Apresentam uma sime-
tria radial, quando adultos, mas as larvas têm simetria bilateral. São animais triblásticos, celomados e deuterostômios.
42
Sistema ambulacrário ou hidrovascular
As estrelas, os ouriços e as holotúrias locomovem-se através de pequenos pés tubulosos, conhecidos como pés
ambulacrais. A particularidade desse sistema é o fato de que a musculatura se move em função da água, pois os
pés tubulosos estão ligados a um sistema de canais cheios de água. A água penetra pelo madreporito, distribuindo-
-se pelos canais radiais.
Pés ambulacrais
Placa madrepórica
Canal
pétreo Ampola
Regeneração
As estrelas apresentam grande capacidade de regeneração, e por muito tempo, causaram prejuízos à comercializa-
ção de pérolas, pois, sendo predadoras de ostras perolíferas, os pescadores, ao encontrarem esses animais na cria-
ção desses bivalves, quebravam a estrela em algumas partes e as jogavam de volta ao mar agravando o problema,
pois surgiam mais e mais estrelas.
Caracterização e classificação
O filo dos equinodermas é dividido em cinco classes: crinoides, asteroides, ofiuroides, equinoides e holo-
turoides.
Os crinoides
Os crinoides, vulgarmente conhecidos por lírios-do-mar, são equinodermas tipicamente fixados ao substrato. O cor-
po é constituído por uma parte central, o cálice, do qual partem cinco braços ramificados e um pedúnculo segmentado.
Píndulas
Braço
Cálice
Pendúculo
Cirros
43
Os asteroides
Os asteroides compreendem as estrelas-do-mar, que devem seu nome à forma do corpo, constituído por um
disco central do qual partem cinco braços radialmente dispostos. As estrelas-do-mar notabilizam-se pela elevada
capacidade de regeneração, podendo um fragmento de braço produzir um indivíduo completo.
Os ofiuroides
Os ofiuroides são vulgarmente conhecidos por serpentes-do-mar; apresentam o corpo formado por um disco
central bem diferenciado dos braços. Os braços, em número de 5, são cilíndricos, delgados, simples ou ramificados,
com movimentos serpenteantes, vindo daí o nome da classe.
Os equinoides
Os equinoides são os ouriços-do-mar, que apresentam um corpo hemisférico, rígido, desprovido de braços e
recoberto por espinhos. A face superior é abaulada, enquanto a ventral é achatada, apresentando na parte central
uma área membranosa contendo a boca, fechada por cinco dentes.
Os holoturoides
Os holoturoides, vulgarmente conhecidos por pepinos-do-mar, são animais de simetria bilateral, corpo cilíndrico
e achatado. A boca, situada na extremidade anterior, é circundada por tentáculos, simples ou ramificados.
A digestão
O sistema digestivo é completo.
A respiração
Nos equinodermas as trocas respiratórias são realizadas pelo sistema ambulacrário. Brânquias pequenas e dérmi-
cas ocorrem nos asteroides e equinoides.
A circulação
Não existe sistema circulatório.
A excreção
Não existem órgãos excretores. Os catabólitos são absorvidos por amebócitos e eliminados em diversas regiões do
corpo.
44
A reprodução
Os equinodermas são animais unissexuados sem dimorfismo sexual. A fecundação é externa e o desenvolvimento
indireto, com formação de larva com simetria bilateral.
Cordados
Caracterização geral e classificação
O Filo dos Cordados compreende animais que apresentam, pelo menos durante uma fase da vida, uma estrutura
chamada de notocorda. Outras duas caraterísticas são: a presença de um tubo nervoso na região dorsal e
fendas branquiais na faringe e cauda pós-anal.
O anfioxo é classificado como pertencente ao subfilo dos cefalocordados.
As ascídias apresentam notocorda apenas na fase larval móvel e, quando adultos, são fixas, com dois sifões
por onde a água é bombeada e filtrada. São representantes do subfilo urochordata.
O estudo dos cordados é focado no subfilo craniata, também conhecido como vertebrados.
Esses peixes, também conhecidos como elasmobrânquios ou condricties, apresentam um esqueleto interno
formado de cartilagem, mais leve que esqueleto ósseo. Como exemplos típicos temos os tubarões, as raias e as
quimeras. Esses peixes respiram por brânquias. Em cada lado do corpo observam-se fendas branquiais (5 ou mais).
Esses peixes apresentam um esqueleto interno ósseo, com algumas cartilagens e o corpo pode ser revestido por
escamas ou por couro. São peixes que colonizaram ambientes marinhos e de água doce, entretanto, alguns são
capazes de migrar do mar aos rios para se reproduzirem e os filhotes fazem o caminho inverso.
Os peixes ósseos respiram também por brânquias, mas apresentam uma membrana óssea (opérculo) que
as protege.
Os osteíctes apresentam uma vesícula gasosa interna denominada bexiga natatória, que ao se encher
de gases, vindos do sangue, torna o peixe mais leve. Isso permite que ele controle o movimento vertical na água,
podendo parar facilmente.
Muitos desses peixes vivem em cardumes e conseguem se manter equilibrados pela presença de uma
linha lateral, de cada lado, que permite captar as vibrações na água.
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O início da colonização dos ambientes terrestres
pelos vertebrados
Os anfíbios
Os estudos indicam que os primeiros vertebrados a ocuparem o ambiente terrestre foram os anfíbios, na verdade
os ancestrais dos atuais, os primeiros tetrápodes. Parte desse sucesso deve-se ao esqueleto com duas cinturas de
ossos (escapular e pélvica) de onde se ligam membros (patas).
Esqueleto salamandra
Esses animais só são encontrados em ambientes de água doce ou terrestre úmido. Os anfíbios como os
sapos, as pererecas, as salamandras, entre outros, quando jovens, vivem na água e podem, quando adultos, ocupar
o ambiente terrestre, embora muito úmido. Os sapos e pererecas são chamados de anuros (sem cauda); as sala-
mandras, urodelos (com cauda) e as cobra-cegas, ápodes (sem patas).
Apresentam fecundação externa e desenvolvimento indireto (larva aquática).
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Bolsa amniótica
Cório
Cheia de líquido, essa bolsa
Anexo que protege o embrião e protege o embrião quanto a
todos os demais anexos. Na choques mecânicos (tremores)
região ligada ao alantoide, e contra a desidratação.
permite a passagem de ar.
Alantoide
Al
EMBRIÃO
Saco vitelino
Ectotermia
Embora os répteis sejam ectotérmicos – dependem da temperatura ambiental para manter a corpórea. Além
da regulação comportamental, os répteis também podem dissipar ou reduzir a perda de calor corporal necessária
através do controle da quantidade de sangue que flui através da pele.
Reprodução
Os répteis reproduzem-se por reprodução sexuada, como em outros cordados. As fêmeas defendem seus ovos
com violência até os filhotes nascerem. A maioria dos répteis é ovípara, isto significa que colocam ovos.
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Sistema circulatório
O coração tem três câmaras, o ventrículo único dos répteis é parcialmente dividido ou intraventricular , o que
torna a mistura de sangue arterial e venoso apenas parcial, por isso a circulação é dupla e incompleta.
A exceção é a circulação dos répteis crocodilianos. O ventrículo desses animais é completamente di-
vidido, e o coração perfaz quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Entretanto, na emergência das artérias
pulmonar e aorta, há uma comunicação, o forame de Panizza, pelo qual ainda ocorre mistura de sangue arterial
e venoso.
Sistema excretor
Enquanto peixes e anfíbios apresentam rins mesonefros (torácicos), dos répteis em diante, os rins serão metane-
fros (abdominais), melhorando muito a capacidade filtradora do sangue.
As aves
A adaptação ao voo impôs uma certa uniformidade na estrutura básica e na fisiologia de todas as aves. Todas as
aves são endotérimicas. Quando não estão no ar, as aves vivem sobre o solo ou na água, ou em ambos, estando
bem adaptadas a estes habitats.
Regulação térmica
As aves permaneceram com as escamas córneas dos répteis em algumas áreas de suas pernas, nos seus pés e, de
maneira modificada, como uma cobertura de seus bicos.
A água, um excelente condutor de calor, não consegue penetrar por entre as penas devido à existência de
uma secreção oleosa produzida pela glândula uropígea localizada perto da base da cauda. As aves não têm
glândulas sudoríparas.
Nutrição
O sistema digestório é do tipo completo. As aves granívoras (que se alimentam de grãos) apresentam moela e papo.
No papo o alimento é amolecido. Daí o alimento vai para o proventrículo (estômago químico), passando a seguir
para a moela (estômago mecânico), que é muito musculosa e substitui a falta de dentes nas aves. A cloaca é uma
bolsa onde são lançadas as fezes, a urina e os gametas, portanto constitui o final de vários aparelhos e sistemas.
Sistema respiratório
A respiração é pulmonar. Os pulmões são do tipo parenquimatoso, com vários canais de arejamento, ligados a cinco
pares de sacos aéreos, ligados às cavidades dos ossos pneumáticos.
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Sistema circulatório
A circulação é fechada, dupla e completa. O coração tem quatro cavidades. O arco aórtico, em contraste com
o dos mamíferos, é o voltado para o lado direito.
Sistema excretor
Os mamíferos
Os mamíferos são vertebrados muito ativos e ágeis, com alto nível metabólico. Eles têm poucos filhos, mas investem
tempo e energia consideráveis na proteção dos mesmos.
A característica que dá nome a esse grupo é a presença de glândulas mamárias. Além delas, também é exclusi-
vidade dos mamíferos a presença de pelos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
Eles são endotérmicos. O calor é produzido internamente, através do alto nível metabólico. A sua perda é reduzida,
devido a uma camada subcutânea de gordura e a pelos que fornecem uma camada de isolamento de ar próximo à
pele. O calor pode ser perdido por um aumento na quantidade de sangue que flui através da pele e por um resfria-
mento devido à evaporação do suor produzido pelas glândulas sudoríparas ou pela respiração ofegante, que é
a evaporação da água através das vias respiratórias.
Locomoção e coordenação
As mudanças em todos os sistemas de órgãos estão intimamente relacionadas ao aumento de atividade, que se
torna possível com a endotermia.
Padrões mais complexos de locomoção e, provavelmente, o comportamento mais explorador e ágil reque-
rem uma musculatura mais complexa e sistemas sensitivo e nervoso. Acredita-se que o olfato e a audição eram
muito aguçados nos mamíferos primitivos.
O cérebro é extraordinariamente bem desenvolvido. Ele é muito grande e o córtex cinza contém centros
associados ao receptor sensorial dos órgãos dos sentidos e a importantes centros motores. O cerebelo também é
mais desenvolvido, pois a coordenação motora é mais complexa.
A liberação de excretas
Excretas são produtos residuais derivados do metabolismo celular, o que é diferente de secreção. A secreção é uma
substância eliminada pela célula, que pode ter um fim específico no organismo.
§§ Osmorregulação − O organismo apresenta mecanismos de controle da concentração de água e sais no
sangue, que são detectados pelo sistema nervoso, que aciona os diversos sistemas permitindo o reequilíbro
orgânico.
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Classificação dos mamíferos
§§ Os monotremados − Os animais deste grupo são os mamíferos que põem ovos ou prototérios, que não
possuem lábios nem dentes. Os filhotes alimentam-se da secreção de um tipo de leite que a mãe produz.
Ex.: ornitorrinco.
§§ Os marsupiais − Conhecidos também como metatérios ou mamíferos com bolsa. Durante o primeiro pe-
ríodo de seu desenvolvimento, o embrião permanece no interior da mãe; depois de pouco tempo o filhote
sai ao exterior e se refugia dentro da bolsa da fêmea, conhecida também como marsúpio ou bolsa ventral,
onde estão as mamas. Ex.: canguru, gambá e cuíca.
§§ Os eutérios − A principal característica deste grupo é que as fêmeas formam placentas, e, por causa disso,
o embrião e, depois o feto, desenvolvem-se plenamente no interior da mãe. Para facilitar o estudo, existem
várias ordens dentro desse grupo que também são denominados como placentários. Ex.: cavalo, baleia,
morcego, humanos.
Embriologia
Embriologia animal
Zigoto
Mórula
Blástula
Gástrula
O embrião pode se desenvolver de distintos modos, variando com o nível de cuidado materno-fetal:
§§ ovíparos – a fêmea libera o ovo fecundado internamente, que se desenvolve fora do corpo da fêmea à custa
de suas reservas nutritivas. Exemplo: maioria dos répteis e das aves e muitos invertebrados.
§§ ovovíparos – o embrião desenvolve-se no interior do corpo da fêmea, à custa de suas reservas energéticas, até
o nascimento. Isso garante mais proteção ao embrião. Exemplo: alguns invertebrados e peixes e alguns répteis.
§§ Vivíparos – o embrião adquire oxigênio e nutrientes diretamente do sangue materno, e elimina suas excretas
pela placenta. Exemplo: mamíferos.
Fertilização
Na fecundação ocorrem vários eventos no citoplasma do óvulo, incluindo a cariogamia, fusão do pró-núcleo femi-
nino e do pró-núcleo masculino, o que resulta na união dos cromossomos de origem materna e paterna, formando
o zigoto. Após a fusão dos núcleos, entram em atividade diversas substâncias e moléculas, as quais acionam o pro-
cesso de mitose no zigoto, dando origem à estrutura denominada blastômero. Assim, inicia-se o desenvolvimento
embrionário.
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Ovócito
Devido a grande quantidade de citoplasma presente no ovócito, essa é a maior célula do corpo humano.
§§ Oligolécito ou isolécitos – contêm uma quantidade reduzida de vitelo, espalhado de maneira uniforme
pelo citoplasma. O grau de dependência do embrião pela mãe aumenta quanto menor for a quantidade de
reserva nutritiva presente no ovo. Nesse tipo de ovo a segmentação é holoblástica. Exemplos de organismos
que possuem esse tipo de ovo: mamíferos placentários, anfioxos e muitos invertebrados, como esponjas,
corais e equinodermos.
§§ Heterolécito ou mesolécito – Nesses ovos o vitelo preenche metade do volume citoplasmático distri-
buído de forma não-homogênea (polo vegetativo). A segmentação nesse tipo de ovo é total e desigual.
Exemplos: anelídeos, peixes, anfíbios e moluscos.
§§ Telolécito ou megalécito – o vitelo nesse ovo ocupa quase todo citoplasma, e a segmentação é me-
roblástica, isto é parcial e discoidal (somente no pólo animal). Exemplos: moluscos, peixes, répteis, aves,
mamíferos ovíparos (ornitorrinco e equidna).
§§ Centrolécito – o vitelo está na região central da célula. A segmentação é meroblástica e apenas parcial.
Exemplo: artrópodes.
Clivagem
Depois da formação do zigoto, esse sofre mitose, dando origem a duas células-filhas, cada uma das quais é deno-
minada de blastômero.
Quando eleva o número de blastômeros, o conjunto celular adquire uma forma esférica, compacta, cujo
aspecto lembra uma amora, razão pela qual essa fase é denominada de mórula.
Depois do estágio de mórula vem a fase de blástula, resultante do arranjo dos blastômeros em volta de
uma cavidade cheia de líquido, a blastocele.
Tipos de segmentação
O tipo de segmentação varia nos diferentes tipos de ovos. A clivagem é mais lenta quando a quantidade de vite-
lo presente é maior. Assim, ovos com uma quantidade menor de vitelo têm uma segmentação mais homogênea,
ao contrário dos ovos com maior quantidade de vitelo, onde a segmentação é heterogênea.
Quantidade Distribuição
Tipo de ovo Tipo de clivagem Animal
de vitelo do vitelo
equinodermos, anfioxo
Oligolécito pequena homogênea Total igual
e mamíferos
Mesolécito ou heterogênea (pólos
média Total desigual anfíbios
Heterolécito animal e vegetativo)
heterogênea (ocupa a
Megalécito ou Telolécito grande Parcial discoidal peixes, répteis e aves
maior parte do ovo)
heterogênea (no
Centrolécito grande Parcial superficial insetos
centro do ovo)
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Mamíferos: desenvolvimento
Na maioria dos mamíferos, o desenvolvimento embrionário ocorre no interior do corpo da fêmea, especificamente,
no útero. Há mamíferos que geram ovos (ornitorrinco e equidna), o restante forma uma placenta, órgão composto
pela parede interna vascularizada do útero chamado endométrio. Através da placenta, os nutrientes, oxigênio,
anticorpos e hormônios atravessam o sangue materno para o embrionário, e o embrião transfere para a mãe o gás
carbônico, as excretas. Na espécie humana, o ovo é oligolécito, e a segmentação é total e igual (fase de mórula).
O embrião na fase de mórula migra para o útero (nidação), onde inicia-se a fase de blástula, que, nos mamíferos,
é nomeada de blastocisto.
Dentro da cavidade blastocística há um fluido, que aumenta na cavidade, e leva a separação dos blastôme-
ros em dois tipos: o trofoblasto – camada de células externas e delgada, que tem como função a penetração e
aderência do embrião na parede do endométrio, e é responsável também pela organização da parte embrionária
da placenta; e o embrioblasto – massa celular interna que possui no centro um grupo de blastômeros, o qual
originará o embrião.
A placenta é composta de tecidos maternos e embrionários, e ela não envolve o embrião. Essa função é
desempenhada pelo âmnio (bolsa de água que contém o líquido amniótico), e no seu interior o embrião fica imerso.
Posteriormente ao encontro dos gametas, ocorre a geração da célula-ovo, que sofre sucessivas mitoses,
designando a fase de mórula e, em seguida, ocorre a fase blástula. A próxima fase é denominada de gástrula,
onde acontece a formação de três folhetos embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme, as quais da-
rão origem aos tecidos e órgãos do animal. Devido a diferença na velocidade de clivagem, formam-se macrômeros
(células maiores) e micrômeros (células menores), e esta ultima célula possui um intenso ritmo de divisão, e assim
o polo inferior da blástula é levado em direção ao polo superior. Esse processo acarretará em uma nova fase em-
brionária, denominada de gastrulação. Dessa forma, ocorre uma mudança no formato do embrião de uma esfera
oca para uma hemisfera de parede dupla. Essas alterações causam a produção de uma nova cavidade denominada
de arquêntero (intestino primitivo). O arquêntero possui uma abertura que se comunica com o exterior, o blas-
tóporo. Existem classificações dos animais baseadas na embriologia. Veja abaixo:
1. Números de folhetos embrionários
§§ Diblásticos – Apenas dois folhetos embrionários estão presentes. Como é o caso dos cnidários que
apresentam apenas endoderme e ectoderme.
§§ Triblásticos – Apresentam os três folhetos embrionários (endoderme, mesoderme e ectoerme). Exem-
plo: anfioxo, maioria dos invertebrados, cordados.
2. Blastóporo
§§ Protostômios – O blastóporo origina primeiro a boca. Exemplo: maioria dos invertebrados, com exce-
ção dos equinodermos.
§§ Deuterostômios – O blastóporo origina primeiro o ânus. Exemplo: equinodermo e cordata.
Nêurula
Concluída a gastrulação, o embrião já exibe formato ovoide, e na região dorsal acontece um achatamento nas
células da ectoderme, produzindo o desenvolvimento de uma placa chamada de placa neural. Gradualmente, a
placa neural afunda e células da ectoderme irão cobrir e esconder essa placa na região dorsal do embrião. Ao
passar do tempo, as bordas da placa neural juntam-se e ela passa a ser chamada de tubo neural, o qual originará
o sistema nervoso.
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A mesoderme e a notocorda
Na mesoderme (teto do arquêntero) inicia-se a separação de grupos celulares no embrião, resultando na sua
diferenciação em somitos e notocorda. A notocorda será substituída, parcialmente ou totalmente, pela coluna
vertebral, que tem como função a sustentação e formação do eixo céfalo-caudal. Os somitos parecem bolsas
esféricas, localizados ambos aos lados do eixo produzido pelo tubo neural e pela notocorda. A cavidade de cada
somito denomina-se celoma. Os animais triblásticos são classificados de acordo com o da presença ou da ausência
de celoma:
§§ Acelomados: a cavidade interna não é revestida pela mesoderme. Representados pelos platelmintos;
§§ Pseudocelomados: a cavidade interna é revestida parcialmente pela mesoderme. Representados pelos
nematelmintos;
§§ Celomados: a cavidade interna é totalmente revestida pela mesoderme. Representantes: anelídeos, artró-
podes, moluscos, equinodermas e os cordados.
Os anexos embrionários
Em animais ovíparos, o desenvolvimento embrionário acontece dentro de um ovo, que tem casca protetora calcária
porosa, o que possibilita trocas gasosas, e também protege o embrião de condições desfavoráveis do meio. Já o de-
senvolvimento dos mamíferos placentários acontece dentro do corpo da mãe, no útero.
Na conquista do meio terrestre ocorreu a necessidade de que a fecundação fosse interna, e também a ne-
cessidade do desenvolvimento dos anexos embrionários (âmnio, o cório, o saco vitelínico e a alantoide). Apesar de
não fazer parte do corpo do embrião, são imprescindíveis para o seu desenvolvimento.
O saco vitelino é um anexo embrionário, que está ligado ao intestino do embrião. Para se desenvolver o
embrião vai consumindo o vitelo, e assim, consequentemente, o saco vitelínico vai diminuindo até desaparecer por
completo. Todos os répteis e aves, além do saco vitelínico, exibem outros três anexos embrionários: a alantoide,
o âmnio e o cório.
Alantoide tem como funções:
§§ armazenar a excreção do embrião (ácido úrico);
§§ passar para o embrião os sais de cálcio da casca;
§§ realizar trocas gasosas;
§§ transferir para o embrião as proteínas da clara.
O âmnio é uma membrana que circunda o embrião, e forma uma cavidade (amniótica) com um líquido chamado
de líquido amniótico. O âmnio e a cavidade amniótica constituem a vesícula amniótica, que tem papel de amortecer os
choques, mobilidade do embrião, permitir a flutuação e evitar a desidratação.
O último anexo embrionário é o cório, membrana que está envolta do âmnio, da alantoide e do saco vitelínico, e
está próxima à casca. Também participa do processo de trocas gasosas.
Sistema locomotor
É responsável pelo movimento esquelético, é composto por três sistemas: o sistema esquelético (alavancas de
movimento); o sistema muscular (realiza os movimentos através da contração muscular); e o sistema articular
(possibilita graus distintos de movimentos do esqueleto).
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Sistema esquelético
O esqueleto humano é composto por 206 ossos.
Cartilagem articular
Epífise
proximal Linha epifisária
Metáfise
Osso esponjoso
Endósteo
Osso compacto
Periósteo
Cavidade medular
Diáfise
Artéria nutrícia em
forâmen nutrício
Metáfise
Epífise
distal
Cartilagem articular
Sistema articular
Articulações ou juntas são os meios pelos quais os ossos se conectam entre si para compor o esqueleto. São com-
postas por tecido conjuntivo denso e podem ser imóveis ou possibilitar movimentos. São separadas em três
grupos, de acordo com a natureza do material situada entre os ossos.
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Fisiologia da contração muscular
O músculo é um órgão com vasos sanguíneos, enervado e o tecido que o forma é o tecido muscular, que pode ser
liso, estriado esquelético ou estriado cardíaco.
§§ Tecido muscular liso: tecido de contração involuntária, que está localizado nos órgãos internos: aparelho
reprodutor e grandes vasos sanguíneos. O sistema nervoso autônomo controla a contração muscular.
§§ Tecido muscular estriado esquelético: músculo associado aos ossos de contração voluntária.
§§ Tecido muscular estriado cardíaco: músculo estriado sob contração involuntária. Essa musculatura tem
a propriedade de autoestimulação, as próprias células do coração geram as contrações, o sistema nervoso
apenas controla o ritmo.
A contração do músculo esquelético é voluntária e acontece pelo deslizamento dos filamentos de actina
sobre os de miosina (processo que necessita de ATP e cálcio).
Actina
Miosina
Sarcômero
relaxado
H
Linha Z
A I
Actina Miosina
Sarcômero
contraído
H
Linha Z
A I
Através do impulso nervoso inicia-se a contração muscular, que chega à fibra muscular por meio de um
nervo motor.
55
Na junção neuromuscular (porção terminal ao axônio + fenda sináptica + placa motora), o impulso nervoso
leva a ocorrência de contração muscular.
bainha de mielina
axôno motor
vesiculas contendo
moléculas transmissoras
mitocôndrias
(neurotransmissores)
placa
motora
Eventos da contração:
1. O retículo sarcoplasmático e o sistema T liberam íons Ca2+ e Mg2+ para o citoplasma.
2. Na presença desses dois íons, a miosina adquire uma propriedade ATP-ásica, isto é, hidrolisa (quebra) o
ATP, liberando a energia de um radical fosfato.
3. A energia liberada provoca o deslizamento da actina entre os filamentos de miosina, caracterizando o
encurtamento das miofibrilas.
Sistema cardiovascular
É composto por uma rede de vasos sanguíneos (veias, artérias e capilares), que comunicam todas as partes do
corpo. Nos vasos está o sangue, que circula através das contrações rítmicas do coração. No homem, o coração é
formado por 4 cavidades. O sistema circulatório tem as seguintes funções:
§§ Transporte de gases – participam das trocas gasosas nos alvéolos.
§§ Transporte de nutrientes – após o processo de digestão, os nutrientes são absorvidos, caem na corrente
sanguínea, e são distribuídos para todo o corpo.
§§ Transporte de resíduos metabólicos – as células eliminam resíduos referentes ao seu metabolismo, os
quais devem ser eliminados do organismo. O sangue leva essas substâncias até os órgãos excretores.
§§ Transporte de hormônios – os hormônios são eliminados das células, porém são produtos que serão utili-
zados por outras células ao longo do corpo, o sistema circulatório leva-os para os locais-alvo.
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§§ Transporte de calor – o sangue também é usado na distribuição homogênea de calor pelas várias partes
do corpo, contribuindo para a manutenção de uma temperatura adequada em todos os locais do organismo.
Assim, age na termorregulação do organismo.
§§ Distribuição de mecanismos de defesa – pelo sangue circulam leucócitos e anticorpos, membros da
defesa contra agentes patogênicos.
§§ Coagulação sanguínea – há plaquetas circulantes, que atuam diretamente na coagulação sanguínea. As-
sim, devido aos fatores de coagulação no sangue, o corpo é capaz de bloquear eventuais hemorragias causa-
das pelos rompimentos dos vasos.
artéria pulmonar
direita tronco pulmonar
átrio esquerdo
átrio direito
veias pulmonares
direitas
veia cardíaca
artéria coronária
ventrículo esquerdo
ventrículo direito
Coração humano
O átrio direito através da veia cava superior e inferior recebe sangue venoso do corpo. A veia cava superior
traz sangue da parte superior do corpo e da cabeça; já a veia cava inferior traz sangue das partes inferiores do cor-
po (membros inferiores e abdômen). O sangue sai do átrio direito e vai para o ventrículo direito através da abertura
de uma válvula denominada tricúspide, que tem esse nome porque possui três cúspides.
O átrio esquerdo recebe o sangue já oxigenado (sangue arterial), através de quatro veias pulmonares. O
sangue vai do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva bicúspide ou mitral, que possui apenas
duas cúspides.
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O ventrículo direito é a maior parte anterior do coração. Ligando o átrio direito ao ventrículo direito está
a valva tricúspide, que tem como função impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio. O sangue sai do
ventrículo direito e vai para os pulmões.
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. O sangue vai do átrio esquerdo para o ventrículo es-
querdo através da valva bicúspide (mitral). O sangue sai do ventrículo esquerdo e vai para o corpo através da artéria
aorta, maior artéria do corpo.
O sangue circula para as artérias coronárias, que são ramificações da aorta, nutrindo o coração; o restante
do sangue que passa para o arco da aorta vai para a aorta descendente, levando o sangue para o resto do corpo.
O pericárdio é a membrana que reveste e protege o coração, permitindo liberdade de movimentação para
contrações vigorosas e rápidas.
Ciclo cardíaco
Ele inclui todos os processos e ventos relacionados aos batimentos cardíacos. No ciclo cardíaco normal, enquanto
os dois átrios se contraem, os dois ventrículos relaxam e vice-versa. A sístole do coração é fase de contração; e, ao
contrário, a fase de relaxamento, é denominada de diástole.
Automatismo cardíaco
Os batimentos contínuos do coração são resultado de uma atividade elétrica, que intrínseca e rítmica, originada em
uma rede de fibras musculares do próprio coração denominadas de células autorrítmicas ou marca-passo cardía-
co, sendo essas autoexcitáveis. O impulso elétrico começa no nodo sino-atrial (SA). Esse impulso propaga-se ao
longo das fibras musculares atriais, até que o potencial de ação chegue no nodo atrioventricular (AV). Depois
de ser transportado ao longo do feixe AV, o potencial de ação chega aos ramos direito e esquerdo, que atravessam
o septo interventricular, em direção ao ápice cardíaco. Por fim, as miofibras condutoras ou fibras de Purkinje,
transportam rapidamente o potencial de ação, primeiramente ao ápice do ventrículo e posteriormente para o res-
tante do miocárdio ventricular.
Estimulação dos nervos simpáticos proporciona efeitos opostos (antagônicos) àqueles observados pela ação
do sistema parassimpático sobre o coração:
1. eleva frequência cardíaca;
2. eleva força de contração;
3. eleva velocidade de condução dos impulsos, reduz o tempo de retardo entre a contração atrial e a ventricular;
4. eleva o fluxo sanguíneo através dos vasos coronários.
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Vasos sanguíneos
Existem 3 tipos básicos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares.
As artérias são vasos de parede densa que saem do coração carregando sangue para os órgãos e tecidos
do corpo.
As veias são vasos que retornam ao coração, carregando o sangue dos órgãos e tecidos. As veias de
maior calibre têm válvulas para impedir o refluxo de sangue, garantindo que a circulação ocorra em um único
sentido. Posteriormente a passagem do sangue pelas arteríolas e capilares, a pressão sanguínea reduz, alcançando
valores muito baixos no interior das veias. O retorno sanguíneo ao coração deve-se, principalmente, às contrações
dos músculos esqueléticos, os quais comprimem as veias, possibilitando que o sangue desloque-se em seu interior.
Graças às válvulas, o sangue tem um fluxo unidirecional no coração.
Os capilares sanguíneos são vasos de pequeno calibre que conectam as arteríolas às vênulas.
Aurícula
Artéria pulmonar
Cone arterial
Veia pulmonar
Aorta
Circulação
Circulação
pulmonar
pulmonar
Capilares
Capilares Capilares pulmonares
Capilares pulmonares pulmonares
branquiais
Circulação sistémica
Circulação sistémica
Circulação sistémica
sistémicos sistémicos
sistémica
sistémicos
Seio venoso
Peixe Anfíbio Réptil Ave/Mamífero
Quando há mistura de sangue arterial e venoso no coração chamamos essa circulação de incompleta. Esse
tipo de circulação é encontrada nos peixes, anfíbios e répteis. No entanto, quando não ocorre a mistura de sangue
venoso e arterial denomina-se de circulação completa, observada, nas aves e mamíferos.
Outra classificação do tipo de circulação é referente ao número de vezes em que o sangue passa pelo cora-
ção. Quando o sangue passa uma única vez pelo coração, denominamos essa circulação de simples, observada nos
peixes. Os demais cordados possuem circulação dupla, na qual o sangue passa 2 vezes pelo coração.
59
O sangue
Proteínas (fibrinogênio, protrombina, anticorpos, albumina) §§ Remoção de resíduos metabólicos das células
Triglicérides §§ Defesa
Hormônios
Ureia
Os elementos do sangue
Coagulação sanguínea
Quando ocorre um ferimento, as plaquetas iniciam um processo de coagulação sanguínea. O coágulo conserva
uma eventual hemorragia.
Tromboplastina
Fígado
Ca++ (Plasma)
Vitamina K
Protombina Trombina
(Plasma)
Fibrina Fibrinogênio
(Coágulo) (Plasma)
A protrombina é produzida no fígado com auxílio de vitamina K,
vitamina sintetizada por bactérias que vivem no nosso intestino.
60
As trocas entre sangue e tecidos
A constituição do líquido intersticial (extracelular) é semelhante ao do sangue, com exceção dos elementos figu-
rados. Grande parte do fluido que deixa os capilares tende a retornar a esses vasos. A movimentação desse fluido
é decorrente de diferentes pressões, que agem de modo diferente em cada trecho do mesmo vaso sanguíneo. A
pressão sanguínea impulsiona a saída de água e substâncias nela dissolvidas pelas paredes dos capilares, e a pres-
são osmótica, quando alta, estimula o retorno de água. O intercâmbio de substâncias se dá pela relação entre a
pressão osmótica e a pressão sanguínea. Na extremidade do capilar situada próxima à artéria, a pressão sanguínea
é maior do que a pressão osmótica. Assim, água e moléculas pequenas passam na parede capilar, entrando nos
tecidos. A perda de água torna o sangue mais concentrado, logo, a pressão osmótica se torna maior que a pressão
sanguínea. Na extremidade próxima à veia, acontece o retorno da água, que traz consigo nutrientes e também
resíduos metabólicos.
O sistema linfático
Através do sistema linfático, o resto de líquido intercelular proveniente dos capilares sanguíneos retorna à circu-
lação sanguínea. Qualquer proteína, dentre outras substâncias, que tenha deixado os capilares será devolvida à
circulação.
O sistema linfático possui vasos finos, chamados de capilares linfáticos, que possuem capacidade de
contração, e se reúnem formando vasos progressivamente maiores, que resultam na formação do ducto torácico.
O fluxo de linfa é unidirecional e é auxiliado por válvulas que impedem seu retorno. Para esse fluido retornar à
circulação venosa, a linfa coletada passa antes por linfonodos ou nódulos linfáticos (local de concentração de
linfócitos). Caso os patógenos sejam fagocitados, são desencadeadas reações inflamatórias nos linfonodos, cau-
sando um inchaço, denominado íngua. Os edemas linfáticos são o excesso de líquido intersticial devido ao exces-
so de filtração ou, ainda, obstrução desses vasos. As tonsilas palatinas são constituídas por tecido linfoide, onde
também pode acontecer reação imunológica a microrganismos, resultando em amigdalite, inchaço das tonsilas.
Os órgãos linfoides incluem o timo (maturação de linfócito), os linfonodos e o baço.
Além das funções acima, o sistema linfático também é responsável pela absorção de lipídios, derivados da
digestão de gorduras, absorvidos no intestino.
61
U.T.I. - Sala
1. (UFES) A figura abaixo ilustra o corte sagital do embrião de um metazoário na fase de gástrula,
estando aí indicados os folhetos germinativos a, b e c. Com relação aos tipos de embriões de metazo-
ários, faça o que se pede.
a) Cite um grupo de metazoário que apresente um embrião com as características descritas acima e indique
os nomes dos folhetos a, b e c.
b) Explique o papel do folheto c na formação do corpo de um metazoário adulto.
c) Explique a diferença entre um embrião de metazoário e um embrião de cnidário.
2. (PUC-RJ) Com relação aos animais tetrápodes, escreva o que se pede nos itens abaixo:
a) Diga quais são os tetrápodes, listando as principais características desse grupo.
b) Enumere as características desses animais que lhes permitem melhor adaptação à vida em ambientes
secos, dando exemplos dos tetrápodes mais bem adaptados a esses ambientes.
3.
62
predadores. Ao perceber a presença de onças ou raposas, seu corpo se contorce e o animal esconde
partes frágeis como o tronco, a cabeça e as patas no interior de uma dura carapaça – que se fecha
e fica em formato de bola.(1)
Natural da caatinga, o tatu-bola não é grande nem é fértil. Tem cerca de 60 cm de comprimento,
pesa no máximo 1,8kg e sua carapaça é feita de um tecido ósseo flexível, parecido com a pele do
crocodilo. Sua gestação dura cerca de quatro meses e tem apenas um descendente por ninhada. De-
licado, não tem forças para cavar buracos. Passa o dia dormindo em tocas abandonadas por outros
animais. Por precaução, prefere a noite para caçar. É quando sai atrás de seu alimento preferido:
o cupim.(2)
(1)
Extraído de http://www.olhardireto.com.br Acesso em 13/09/2012.
(2)
Roberto Katz, in Revista O GLOBO. 14/10/2012. p.22-27.
4. (UFPR) A criação de modelos animais alterados geneticamente permite o estudo de diversas doen-
ças. Esses animais são chamados knock-out quando o gene estudado é silenciado (deixa de funcio-
nar), e knock-in quando o gene que desencadeia a doença é inserido em seu genoma. Geralmente,
para a criação de um animal knock-in faz-se a inserção de células transformadas em laboratório,
contendo o gene a ser estudado, em blástulas que são, então, implantadas no útero de uma “mãe
de aluguel” (uma rata, por exemplo). Um dos motivos de serem usadas blástulas é o fato de que as
células dessa fase são pluripotentes e indiferenciadas.
a) Por que a inserção das células mutadas (produzidas no laboratório) não é feita em fases anteriores ou
posteriores à de blástula, além dos motivos já citados?
b) Por que os animais nascidos são considerados quimeras genéticas?
5. (Fuvest) Piaimã virou o herói de cabeça para baixo. Então Macunaíma fez cócegas com os ramos
nas orelhas do gigante (...). Chegaram no hol. Por debaixo da escada tinha uma gaiola de ouro com
passarinhos cantadores. E os passarinhos do gigante eram cobras e lagartos.
Mário de Andrade, Macunaíma.
a) Suponha que o gigante Piaimã tenha encontrado os ovos de lagarto e os tenha posto para chocar, pen-
sando que fossem de aves. O exame dos anexos embrionários dos ovos desses dois grupos de animais
permite diferenciar se eles são de lagartos ou de passarinhos? Justifique.
b) Considere que a gaiola esteja embaixo da escada em local frio e úmido, e com alimento disponível.
Que animais – cobras, lagartos ou passarinhos – teriam maior dificuldade para sobreviver por período
muito longo nessas condições? Justifique.
63
U.T.I. - E.O. b) Um animal cujo coração é semelhante ao
ilustrado na figura pertence a uma classe do
domínio Eukaria cujos representantes ocu-
pam, durante a fase larval, ambientes aquá-
1. (UERJ) No gráfico, está indicado o tamanho ticos dulcícolas e, em geral, respiram por
de um animal terrestre ao longo de um de- brânquias.
terminado período de tempo, a partir de seu c) Mais de 70% do sangue que entra pelo átrio
nascimento. esquerdo é proveniente de vários órgãos, ex-
ceto dos pulmões e da pele.
d) Um animal cujo coração é semelhante ao
ilustrado na figura tem a pele bastante vas-
cularizada e sempre umedecida pela secre-
ção das glândulas secretoras de muco.
64
I. Uma lula gigante foi capturada em Ma- 9. (UFAL) Os equinodermas são animais mari-
caé (RJ) e levada para Niterói. A lula pesa nhos que apresentam, em sua maioria, sime-
130 quilos e mede aproximadamente 4 tria radial.
metros. (em www.estadao.com.br/vidae/ a) Por que a simetria radial dos equinodermas é
not_vid71173,0.htm, 26/10/2007.) considerada secundária?
b) Compare o esqueleto dos equinodermas com
II. A presença de uma medusa mortal levou
o dos artrópodes, quanto à localização e à
à interrupção das filmagens de um lon-
composição.
ga-metragem na Austrália. (em www1.
folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ul- 10. (UFU) Existe(m) diferença(s) de origem em-
t90u69858.shtml, 30/03/2007.) briológica (folhetos embrionários) entre as
III. Cientistas do Museu Victoria, na Austrá- glândulas sebáceas, a pleura e o epitélio da
lia, divulgaram hoje imagens da menor bexiga urinária?
estrela-do-mar do mundo, que mede me- Justifique sua resposta.
nos de 5mm. (em noticias.terra.com.br/ 1
1.
(Unicamp) Recentemente pesquisadores
ciencia/interna/0OI2039629-EI8145,00. brasileiros conseguiram produzir a primeira
html, 01/11/2007.) linhagem de células-tronco a partir de em-
brião humano. As células-tronco foram ob-
a) Agrupe os filos aos quais pertencem os ani- tidas de um embrião em fase de blástula, de
mais citados (esponjas, ascídias, lulas, me- onde foram obtidas as células que posterior-
dusas e estrelas-do-mar), de acordo com a mente foram colocadas em meio de cultura
presença de tecidos verdadeiros e o número para se multiplicarem.
de folhetos germinativos. Caracterize cada a) As células-tronco embrionárias podem so-
lucionar problemas de saúde atualmente
grupo formado segundo o critério indicado.
incuráveis. Quais características dessas cé-
b) A diferenciação dos folhetos germinativos
lulas-tronco permitem que os pesquisadores
no desenvolvimento embrionário permite a possam utilizá-las no futuro para este fim?
formação de uma cavidade do corpo, o ce- b) Blástula é uma etapa do desenvolvimento
loma. Que folheto germinativo está direta- embrionário de todos os animais. Identifi-
mente relacionado com a formação do celo- que entre as figuras a seguir qual delas cor-
ma? Dê uma vantagem que a formação do responde à fase de blástula e indique uma
celoma trouxe para os animais. característica que a diferencia da fase ante-
rior e da posterior do desenvolvimento em-
7. (Unesp) A Falsa Tartaruga suspirou profun- brionário.
damente e enxugou os olhos com o dorso de
uma patinha. Ela olhou para Alice e tentou
falar, mas, durante um ou dois minutos, so-
luços impediram-na de dizer qualquer coisa.
(“Alice no País das Maravilhas”, Lewis Carroll.)
1
2. (Unicamp) O uso das células tronco embrio-
Suspeita-se que o autor criou tal persona- nárias tem levantado muitas discussões. As
gem observando tartarugas marinhas que células embrionárias, geradas nos primeiros
derramam “lágrimas” ao desovar nas praias. dias após a fecundação do oócito pelo esper-
A que correspondem as “lágrimas” das tar- matozoide, não estão diferenciadas e podem
se transformar em qualquer célula do orga-
tarugas marinhas e por que essas tartarugas
nismo. A célula-tronco prototípica é o zigo-
“choram”?
to.
(Adaptado de “Isto é”, 20 de outubro de 2004.)
8. (UFRJ) No processo evolutivo, centenas de
espécies podem ser criadas em um tempo re- a) Após a formação do zigoto, quais são as eta-
lativamente curto. Esse fenômeno é conhe- pas do desenvolvimento até a formação da
cido como radiação adaptativa. No grupo dos notocorda e tubo nervoso nos embriões?
b) Em que fase do desenvolvimento embrionário
répteis, ocorreu uma grande radiação adap-
as células iniciam o processo de diferenciação?
tativa após o aparecimento da fecundação
c) O desenvolvimento embrionário é uma das
interna e do ovo amniótico; muitas espécies formas de dividir os filos em dois grandes
desse grupo surgiram e ocuparam o habitat grupos. Dê duas diferenças no desenvolvi-
terrestre. mento dos protostomados e deuterostoma-
Explique por que o ovo amniótico facilitou a dos, e indique em qual desses grupos os hu-
ocorrência dessa radiação adaptativa. manos estão incluídos.
65
1
3. (UFPA) Os tecidos - grupos de células de a) EXPLIQUE o processo pelo qual, nesse caso,
mesma origem e semelhantes entre si em o sal leva à morte.
estrutura e função - são originados nos seres b) Apesar de popular, o extermínio de lesmas
humanos a partir dos três folhetos embrio- e caramujos por adição de sal não é uma
nários. Cite três tipos de tecidos humanos prática recomendada para uso em hortas e
com suas respectivas funções. jardins.
JUSTIFIQUE essa afirmativa.
1
4. (Ufscar) Os répteis possivelmente surgiram
no final do período Carbonífero, a partir 1
7. (Unicamp) As figuras A e B representam o
de um grupo de anfíbios, e tiveram gran- útero de duas mulheres grávidas de gêmeos.
de diversificação na era Mesozoica. Com o a) Diferencie os tipos de gêmeos representados
surgimento da fecundação interna e do ovo nas figuras A e B e explique como são origi-
adaptado ao ambiente terrestre, os répteis nados.
superaram a dependência da água para a re- b) Que sexo os fetos podem apresentar em cada
produção. um dos úteros?
a) Por que a fecundação interna e o ovo adapta- c) O cordão umbilical liga o feto à placenta.
do ao ambiente terrestre tornaram a reprodu- Quais são as funções gerais da placenta?
ção dos répteis independente da água?
b) Quais adaptações ocorreram nos embriões dos
répteis com relação à alimentação e excreção?
1
5. (UFG) Várias aves apresentam dispersão,
que é uma forma de deslocamento depen-
dente de fatores como barreiras geográficas.
a) Os pinguins, que nadam desde o sul da Ar-
gentina até o litoral do Rio de Janeiro, não
apresentam dispersão. Explique.
b) Explique duas adaptações das aves para o 1
8. (UFC) Cite duas características dos anfioxos,
voo que tenham relação com o peso corpo- pertencentes ao táxon Cephalochordata, que
ral. são utilizadas para embasar as relações fi-
logenéticas com os vertebrados. Em que se
16. (UFMG) O caramujo africano (Achatina fu- baseia a denominação do táxon? Diga em
lica), mostrado na figura abaixo, foi intro- qual etapa do desenvolvimento embrionário
duzido no Brasil, ilegalmente, na década de é reconhecida a característica que denomina
1980, com o intuito de se explorar comer- o táxon e descreva como esta característica
cialmente essa espécie como iguaria gas- se origina embriologicamente.
tronômica. De lá para cá, o Achatina fulica
espalhou-se por vários estados brasileiros, 1
9. (UFU) De todos os grupos de vertebrados, as
mas não como uma alternativa econômica, aves possuem o maior número de adaptações
pois seu gosto não foi tão apreciado como o para que possam realizar o voo. Cite as adap-
escargot verdadeiro (Helix aspersa). tações que são encontradas nos sistemas:
a) dérmico.
b) esquelético.
c) respiratório.
d) excretório.
66
U.T.I. 2
Biologia 3
Gametogênese
Sistema genital masculino
Anatomia
69
Gametogênese
Gametogênese é o fenômeno de produção dos gametas. Nos animais, esse processo ocorre nas gônadas, órgãos
que também sintetizam os hormônios sexuais e originam o desenvolvimento de características sexuais secundários,
que diferenciam os machos das fêmeas.
A gametogênese feminina (ovulogênese ou ovogênese) e a gametogênese masculina (ou espermatogênese)
possuem etapas semelhantes.
}
Espermatogênese
Espermatogênese
Célula germinativa 2n
geminativo
Mitose
Período
Espermatogônias 2n 2n
Mitose
2n 2n 2n 2n
Espermatogônias
}
Crescimento
crescimento
sem divisão
Período de
celular
Espermatócito I 2n
}
Meiose I
Espermatócito II n
Período de
maturação
Meiose II
n n n n
Espermátides
}
diferenciação
Período de
n n n n
Espermatozoides
Ovogênese
}
Ovogênese
Célula germinativa 2n
Mitose
geminativo
Ovogônias 2n 2n
Período
Mitose
Ovogônias 2n 2n 2n 2n
}
Crescimento
sem divisão
crescimento
celular
Período de
Ovócito I 2n
}
Meiose I Glóbulo polar
Ovócito II n n
Período de
maturação
Meiose II
Óvulo n n n n
Glóbulos polares
70
Espermatogênese
A espermatogênese inicia-se na puberdade e ocorre ao longo de toda vida do homem.
O processo de formação do espermatozoide é dividido em 4 etapas: período germinativo, período de cres-
cimento, período de maturação e período de diferenciação.
Esquema do testículo
Ovogênese
O processo de formação do óvulo é dividido em 3 etapas: período germinativo, período de crescimento e período
de maturação.
§§ Período Germinativo – Ovogônias (2n), as células germinativas, dividem-se por mitose originando outras
ovogônias (2n). Esse processo termina logo após o nascimento nas fêmeas de mamíferos.
§§ Período de Crescimento – Nesse período não ocorre mitose, param as divisões celulares, ocorre aqui o
crescimento em volume da ovogônia (2n), que passa a ser chamada de ovócitos I, ou ovócitos primários ou
de primeira ordem.
§§ Período de Maturação – Cada ovócito I (2n) agora sofre divisão meiótica. A meiose I resulta em duas
células de tamanhos diferentes, uma maior chamada de ovócito II (n), ou ovócito secundário ou de segunda
ordem, a qual tem praticamente com todo o citoplasma do ovócito I, e outra muito pequena chamada de
primeiro corpúsculo polar ou globular polar (n). Na meiose II, o ovócito II dá origem a uma célula maior, o
óvulo (n), e outra célula menor, o segundo glóbulo ou corpúsculo polar (n). O primeiro glóbulo polar pode
dividir-se, resultando em dois corpúsculos polares.
71
Principais diferenças entre espermatogênese e ovogênese
1. O período germinativo é mais longo na espermatogênese do que na ovogênese.
2. O período de crescimento é mais demorado na ovogênese.
3. A quantidade de gametas finais produzidos é diferente. No período de maturação, cada espermatócito I dá
origem a quatro espermatozoides, enquanto cada ovócito I produz apenas um óvulo.
4. Na ovogênese, não existe o período de diferenciação.
Fecundação
Para a formação de um novo indivíduo, os gametas fundem-se aos pares, um masculino e outro feminino, cujos
papéis são diferentes na formação do descendente. Essa fusão é a fecundação ou fertilização.
Histologia
O corpo de um organismo multicelular é composto por distintos tipos de células, especializadas em funções diferen-
tes. A histologia é a ciência que estuda os tecidos biológicos: origem, característica, tipo de célula e funcionamento.
Tecido epitelial
Reveste a superfície externa e as cavidades internas corporais dos animais. Realiza distintas funções no organismo: libera
substâncias úteis (glândulas), absorve íons e moléculas (epitélio intestinal), proteção e percepção de estímulos (pele).
As células dos tecidos epiteliais ou epitélios são impecavelmente justapostas e conectadas por pequena quan-
tidade de substância extracelular. As células possuem uma grande aderência entre si, devido às junções intracelulares.
Os epitélios não sangram se feridos, porque não são vascularizados. As células são nutridas por difusão que
ocorre a partir dos capilares presentes no tecido conjuntivo próximo ao epitélio.
Epitélio de
Estratificado transição
Estratificado Pseudoestratificado
cúbico
pavimentoso colunar
Diferentes morfologias das células epiteliais
Os epitélios podem ser classificados em relação ao número de camadas celulares e formato das células.
Epitélios de revestimento
As funções desse epitélio englobam proteger e revestir as superfícies externas e internas, secretar diversos produ-
tos, absorver substâncias, remover impurezas e pode apresentar receptores sensoriais.
Histologia da pele
73
Sensores da pele
Diferentes tipos de estruturas sensoriais conferem à pele a função de relacionamento com o meio ambiente. Distri-
buídas por toda a pele, há terminações nervosas livres, responsáveis pela captação de estímulos ambientais.
Anexos da pele
Pelos, que participam do isolamento térmico; glândulas sebáceas, que lubrificam a pele, e glândulas sudoríparas,
que regulam a temperatura corpórea.
Tecido conjuntivo
Formado pelos diferentes tipos de células imersas em material extracelular (substância amorfa ou matriz), que é
produzida pelas próprias células do tecido. Essa matriz, de aspecto transparente e gelatinoso, é constituída, princi-
palmente, por água, glicoproteínas e fibras proteicas.
De acordo com o tipo celular e a proporção relativa entre os componentes da matriz extracelular, os tecidos
conjuntivos podem ser classificados em:
§§ Tecido conjuntivo propriamente dito: frouxo, denso modelado e denso não modelado;
§§ Tecido conjuntivo com propriedades especiais: adiposo e hematopoiético;
§§ Tecido conjuntivo de consistência rígida: cartilaginoso e ósseo.
Tipos de fibra
Colágenas, elásticas e reticulares são os tipos de fibra que fazem parte do tecido conjuntivo frouxo.
Tipos de célula
O tecido conjuntivo frouxo é composto por dois fundamentais tipos de célula: macrófagos e fibroblastos.
As células mesenquimatosas e os plasmócitos são células também presentes nesse tecido.
74
Tecido conjuntivo denso
Nesse tecido predominam os fibroblastos e as fibras colágenas.
Esse tecido tem em sua maioria fibras colágenas, quando comparado com a quantidade de células presen-
tes. Ele pode ser classificado com relação à organização dessas fibras em:
§§ Não modelado – as fibras estão em feixes posicionados em direções diferentes, o que o confere resistên-
cia à tração em várias direções, além de grande elasticidade.
§§ Modelado – as fibras estão em feixes posicionados na mesma direção; aqui o movimento de rotação é
limitado, porém existe uma grande resistência à tensão em uma certa direção.
Plaquetas
As plaquetas ou trombócitos são produzidas por fragmentação dos megacariócitos, células grandes da medula
óssea. Possuem substâncias ativas do processo de coagulação do sangue, que inibe a ocorrência de hemorragias.
Glóbulos vermelhos
Chamados de hemácias ou eritrócitos. Células sem núcleo, que parecem um disco bicôncavo. Possuem uma grande
quantidade de hemoglobina (proteína transportadora de oxigênio).
Glóbulos brancos
75
Tecido conjuntivo ósseo
Tem como função sustentar e compor os ossos do esqueleto dos vertebrados. É um tecido rígido devido à matriz
rica em sais de cálcio, fósforo, magnésio, além de fibras de colágeno, que aferem certa flexibilidade ao osso.
Cartilagem articular
OpenStax College
Epífise proximal
Arteria nutricia
Metáfise
Epífise distal
Cartilagem articular
osso esponjoso
Osteoblastos são células jovens. Possuem longas projeções citoplasmáticas. Quando secretam a matriz intercelular
ao seu redor, os osteoblastos permanecem retidos dentro, torna-se maduro, transforma-se em osteócito, perdendo
os prolongamentos citoplasmáticos. Há ainda outro tipo celular nesse tecido, o osteoclasto, que são células princi-
palmente ativas na destruição das áreas envelhecidas e das áreas lesadas do osso.
A remodelação e o crescimento normais dependem de:
§§ Fabricação dos hormônios responsáveis pela atividade do tecido ósseo.
§§ Quantidades adequadas de cálcio e fósforo na dieta alimentar.
§§ Quantidade adequada de vitaminas, como vitamina D, que auxilia na deposição de cálcio e fósforo na
matriz óssea.
76
Tecido muscular
Fundamental na locomoção, na contração do coração e das artérias (vasos sanguíneos), dos órgãos do tubo digestório
e outros. Fibras musculares são as células dos tecidos musculares, que são alongadas e têm o nome de miócitos.
Linha Z Linha Z
Miofibrilas Banda A
Banda I Banda I
Linha Z
Sarcômero Linha Z
Retículo
Fibra Túbulos T Sarcoplasmático
Núcleo
Filamento grosso
Filamento delgado
Troponina
Actina Tropomiosina
Sarcômero estirado
Organização da fibra muscular
Músculo
estirado
Sarcômero contraído
77
Tipos de fibras musculares estriadas esqueléticas
§§ Lentas ou vermelhas (tipo 1): Têm mioglobina (proteína que conduz e estoca oxigênio para os tecidos
musculares) e mitocôndrias. Altamente resistente à fadiga, assim, estão adaptadas a movimentos duradouros
e lentos. Para sua atividade utilizam a energia proveniente do processo de respiração celular normalmente.
§§ Rápidas ou brancas (tipo 2): São fibras mais claras, pois possuem pouca mioglobina e mitocôndrias.
Estão adaptadas a movimentos rápidos e potentes. A energia para a atividade dessa fibra vem de processos
anaeróbios, como a fermentação, normalmente.
Tecido nervoso
Os seres vivos interagem com o meio e reagem aos estímulos ambientais. No tecido nervoso praticamente não há
substância intercelular. Seus fundamentais constituintes celulares são os neurônios e as células da glia.
§§ Neurônios
São células nervosas que recebem, codificam e transmitem estímulos nervosos, permitindo ao indivíduo
responder a mudanças do meio.
§§ Células da glia
Os tipos de glia diferem na forma e função, assim cada tipo tem um papel diferente no organismo.
§§ Os astrócitos alimentam a rede de circuitos nervosos e fornecem suporte mecânico.
§§ Os oligodendrócitos fazem função semelhante às células de Schwann: sintetizam bainhas protetoras
sobre os neurônios.
§§ A micróglia é um tipo especializado de macrófago, fagocita detritos e restos celulares do sistema ner-
voso.
§§ Células de Schwann
São células especiais que envolvem certos tipos de neurônios. Enrolam-se dezenas de vezes em torno do
axônio e formam uma capa membranosa chamada bainha de mielina.
78
Transmissão do impulso nervoso
Os estímulos nervosos propagam-se sempre no mesmo sentido: são recebidos pelos dendritos, continuam pelo
corpo celular, passam pelo axônio, a qual transmite à célula seguinte, prosseguindo com a transmissão.
O estímulo causador do impulso nervoso necessita ser suficientemente forte, acima de um certo valor, que
discrepa entre os tipos de neurônios, para levar à despolarização que modifica o potencial de repouso em potencial
de ação. Esse estímulo chamamos de estímulo limiar. Dessa maneira, não há variação de intensidade de um impulso
nervoso devido ao aumento do estímulo; esse processo obedece à regra do “tudo ou nada”.
A transmissão do impulso nervoso propaga-se através de uma região denominada sinapse. Sinapse é a
química mais comum, na qual não há contato entre as membranas das duas células. Os mediadores químicos,
chamados neurotransmissores, são liberados na porção terminal do axônio, através de vesículas secretoras. Ao cair
na fenda sináptica, esses neurotransmissores geram os impulsos nervosos na célula subsequente.
Produção de energia:
respiração e fermentação
A energia obtida pelas células para fazer suas funções não deriva diretamente dos compostos orgânicos, mas através
das moléculas “intermediárias” geradas, comumente com a energia obtida da “quebra” dessas substâncias orgânicas.
O ATP armazena energia em duas de suas ligações-fosfato, que se desprende assim que uma delas se rompe.
O processo para fabricação de energia é denominado respiração celular, e gasta O2 e produz CO2.
C6H12O6 + 602 → 6CO2 + 6H2O + energia (calor)
Transportadores de elétrons
NADP e FAD são moléculas complexas que capturam elétrons e átomos de hidrogênio desprendidos de reações
químicas no interior das células, e onde ocorrem a produção e degradação de substâncias orgânicas.
Ao receberem elétrons e hidrogênios, NAD, NADP+ e FAD ficam reduzidos.
←
NAD+ (forma oxidada) NADH (forma reduzida)
←
← NADPH (forma reduzida)
NADP+(forma oxidada) ←
← FADH (forma reduzida)
FAD (forma oxidada) ←
2
79
Respiração celular
A respiração celular é basicamente um processo de extração de energia química armazenada em moléculas de
substâncias orgânicas. Para retirar efetivamente dos nutrientes a energia imprescindível à atividade celular, são
necessários três mecanismos: a glicólise (ocorre no citosol, não precisa de oxigênio - processo anaeróbio), o ciclo
de Krebs e a fosforilação oxidativa (ocorrem nas mitocôndrias e no caso da última usa-se oxigênio).
Glicólise
Processo anaeróbio é a modificação gradual da molécula de glicose realizada por um conjunto de enzimas, que ao
final resulta na produção de duas moléculas de um “subproduto”, o ácido pirúvico. O saldo da glicólise é 2 ATP a
cada molécula de glicose.
Cadeia respiratória
Acontece nas cristas mitocondriais. Na glicólise e no ciclo de Krebs ocorrem a liberação de hidrogênios como re-
sultado da progressiva degradação de glicose. Os hidrogênios foram aceptados por substâncias especiais, o NAD e
o FAD, e reduzidas a NADH2 e a FADH2. NADH2 e FADH2 devem ligar-se ao oxigênio para que, com a transferência
dos hidrogênios, forme-se água.
ATP sintase
Um gradiente de prótons entra na matriz mitocondrial. Os prótons acumulados tendem a voltar para a matriz, cru-
zando a enzima ATP sintase, localizada na membrana interna mitocondrial, onde também se encontram as enzimas e
proteínas que fazem parte da cadeia transportadora de elétrons.
Fermentação
É a oxidação incompleta da glicose sem necessidade de oxigênio que é feita por alguns seres vivos. Nesse processo
denominado de fermentação, a quebra da glicose (glicólise) completa-se com a fabricação de apenas dois ATPs.
Fermentação lática
É a oxidação anaeróbica parcial de hidratos de carbono que leva a produção final de ácido lático e de outras subs-
tâncias orgânicas. É um processo microbiano muito importante usado na fabricação de laticínios, picles, chucrutes
e na conservação de forragens. Porém, é responsável pela deterioração de diversos produtos agrícolas.
80
O rendimento em ATP da glicólise sob condições anaeróbicas – 2 ATP por molécula de glicose – é muito
menor que o obtido na oxidação completa da glicose sob condições aeróbicas.
Fermentação alcoólica
As leveduras usadas em cervejarias, em padarias, pela realização de fermentação alcoólica, fermentam a glicose
em etanol e CO2. Regularmente, os fungos (leveduras) empregados na produção de vinho e pães são anae-
róbicos facultativos, isto é, se, em ambiente oxigenado, realizam respiração aeróbica, e se em ambiente sem
oxigênio, realizam fermentação.
Fermentação alcoólica
81
Etapas da fotossíntese
Fase clara (fotoquímica)
Essa primeira fase depende da presença da luz, porém independe da temperatura. Resumidamente, através de
reações químicas são produzidos dois transportadores de energia: o NADPH (nicotinamida-adenina-dinucleotídeo
fosfato- reduzido) e o ATP; e também ocorre a fotólise da água. Nessa etapa a energia luminosa se transforma em
energia química.
§§ Fotólise da água – é a quebra de molécula de água frente à luz, levando à produção de oxigênio (O2), de
prótons e de elétrons. É uma das primeiras reações que ocorrem na fotossíntese.
§§ Transporte de elétrons – a energia luminosa absorvida pela clorofila excita-a, fazendo com que os elé-
trons se afastem do núcleo escapando da molécula clorofila.
§§ Fotofosforilação cíclica – elétrons perdidos pela clorofila do fotossistema I percorrem cadeia de trans-
portadores, porém voltam para a mesma clorofila de onde saíram.
Cadeia de ATP
transporte
de elétrons
Elétrons
excitados Energia para
(2 e) produção
de ATP
Transportador de elétrons
Luz
CLOROFILA
§§ Fotofosforilação acíclica – tem a participação dos dois fotossistemas (P700 e P680), da molécula de H2O e
o do NADP, e assim, ocorre a produção de O2, NADPH e ATP. O fotossistema I recebe elétrons liberados da
clorofila do fotossistema II, que se oxida, porém retorna à forma reduzida ao capturar elétrons provenientes
da fotólise da água.
Os elétrons que saem da clorofila do sistema (P700) por aceptores de elétrons e a última molécula é o NADP+
que, ao mesmo tempo, capta íons H+, resultantes da fotólise água, e assim, forma NADPH. Durante esse
transporte entre os aceptores de elétrons, esses liberam energia utilizada para a formação de ATP.
82
Fase escura (química)
Essa fase não depende da luz. Usa-se o ATP e NADPH oriundos da fase fotoquímica. Aqui acontece a conversão do
CO2 em um composto orgânico (glicídio), o que ocorre através de um ciclo de reações, chamado ciclo das pentoses,
ou ciclo de Calvin-Benson. Nesse ciclo há etapas importantes catalisadas pela enzima rubisco. A fase escura acon-
tece no estroma do cloroplasto e no citosol de bactérias fotossintetizantes.
As moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (PGAL) produzidas nesse ciclo são convertidas em glicídio, o prin-
cipal produto da fotossíntese. A glicose pode ser oxidada e utilizada como fonte de energia no processo de respi-
ração celular, ou ainda pode ser armazenada na forma de amido ou ser convertida em celulose, que vai constituir
a parede celular.
Intensidade de
fotossíntese
Fotossíntese
Respiração
celular
1 2 3 Intensidade
luminosa
A taxa de fotossíntese aumenta na presença de luz, até a saturação das clorofilas (3).
§§ Gás Carbônico
Taxa de fotossíntese
Concentração de CO2
O aumento de CO2 eleva a taxa de fotossíntese até que ocorra saturação das enzimas do ciclo de Calvin.
83
§§ Temperatura
Intensidade de fotossíntese
T (ºC)
Quimiossíntese
É um processo em que a energia utilizada na formação de compostos orgânicos, a partir de gás carbônico (CO2) e
da água (H2O), provém da oxidação de substâncias inorgânicas. A quimiossíntese é realizada por algumas bactérias
e lhes conferem o nome de bactérias quimiossintetizantes. Elas podem viver em ambientes sem luz e O2.
§§ Segunda etapa
CO2 + H2O + energia química → substâncias orgânicas
84
Cruzamento - Teste
É usado para descobrir se um indivíduo com fenótipo dominante é homozigoto ou heterozigoto. O cruzamento-
-teste é um cruzamento entre um indivíduo dominante, que se deseja saber o genótipo, e um indivíduo recessivo.
Através da análise da proporção da prole pode se determinar o genótipo.
A_ x aa
Existem outros tipos de interações, como a dominância incompleta. Neste tipo de interação a característica codi-
ficada por um alelo não se sobrepõe à característica determinada por outro alelo. Assim, o que observamos é o
surgimento de uma característica intermediária na prole. Abaixo, o exemplo é a Mirabilis jalapa, conhecido popu-
larmente como maravilha:
P
F1
Rosa (VB)
F2
1 : 2 : 1
85
Analisando heredogramas
86
Probabilidade
O estudo da genética admite calcular a probabilidade de ocorrência de eventos nas gerações futuras.
É possível determinar probabilidade (P) como sendo o resultado da divisão do número de vezes em que um
evento esperado pode acontecer (r) pelo número total de resultados possíveis (n):
r
P=
n
Polidactilia
87
Controle gênico
§§ Controle espacial
§§ Controle temporal
§§ Controle ambiental
1. Acessibilidade do DNA – para ligar os genes é necessário um estímulo específico, já que normalmente
os genes estão desligados. Os genes podem estar desligados de duas maneiras:
A. O empacotamento
Cromatina não
condensada
Cromatina
condensada
B. Repressores
2. Regulação por outros genes – há genes que podem aumentar as taxas de transcrição ou podem dimi-
nuir essa taxa, assim podem regular a expressão dos genes.
3. Hormônios – são substâncias normalmente produzidas longe do seu local de ação, então são liberadas na
corrente sanguínea para atingir os alvos (podem afetar vários tecidos ao mesmo tempo).
88
Controle gênico na tradução
A. Local da tradução: alguns genes apresentam a tradução restrita em locais específicos do citoplasma.
B. Modificações que ocorrem durante a tradução
Alelos múltiplos
Alelos múltiplos ou polialelia ocorre quando existem mais de 2 alelos para um mesmo gene (mesma característica).
São clássicos os exemplos de polialelia: da cor da pelagem em coelhos (exemplo a cima), além da já citada deter-
minação do sistema ABO em humanos.
Sistema ABO
Determinação dos grupos sanguíneos - sistema ABO
Grupo A B AB O
Tipos de
hemácias
Aglutinogênios
Nenhum
presentes
Aglutinogênio A Aglutinogênio B Aglutinogênio A e B
Anticorpos Nenhum
presentes
Anti-B Anti-A Anti-A & Anti-B
B IBIB, IB i
AB IAIB
O ii
89
Para descobrir o tipo sanguíneo usa-se um método teste de amostras de sangue com aglutininas anti-A e
anti-B. Observe na ilustração:
Grupo O
Grupo A
Grupo B
Grupo AB
Em transfusões sanguíneas, é de suma importância observar as características particulares de cada tipo san-
guíneo.
Fenótipo Bombaim
As glicoproteínas A e B, que podem estar presentes na hemácia dos indivíduos, são produzidas com o auxílio de uma
enzima que transforma uma substância precursora em antígeno H, e depois este virará antígeno A ou B. Indivíduos
com os genótipos HH ou Hh, produzem o antígeno H e, consequentemente, podem produzir os antígenos A e B. Já um
indivíduo hh não produz antígeno H e não pode produzir o antígeno A nem o B.
§§ Genótipo do indivíduo: HH ou Hh e IAIA OU IAi (tipo A).
§§ Genótipo do indivíduo: hh e IAIA OU IAi (falso tipo O).
A relação a cima vale pra os demais tipos sanguíneos (B, AB e o próprio O).
Esse é o fenótipo Bombaim, descoberto na cidade de mesmo nome. Para descobrir o fenótipo do falso, basta
pingar uma gota de seu sangue em uma lâmina e colocar o anticorpo anti-H. Se ocorrer aglutinação, o indivíduo possui
o antígeno H e é um “sangue verdadeiro”. Se não ocorrer aglutinação, não existe o antígeno H; assim, o indivíduo é hh,
um falso O. O fenótipo Bombaim é extremamente raro, pois o gene h tem uma frequência muito baixa na população.
90
U.T.I. - Sala
1. (UFG) Para manterem-se vivos e desempenharem as funções biológicas, os organismos necessitam
de energia presente, principalmente, nos carboidratos e lipídios dos alimentos. Dentre os carboi-
dratos, a glicose é a principal fonte de energia para a maioria das células e dos tecidos. Apesar da
dieta cotidiana conter pouca glicose livre, proporções consideráveis desse carboidrato são disponi-
bilizadas a partir da ingestão de amido, um polissacarídeo presente nos alimentos.
Com relação a esses carboidratos, descreva:
a) o processo de digestão do amido ao longo do sistema digestório humano;
b) o metabolismo da glicose no interior das células até a formação de CO2, H2O e ATP.
2. (UFPR) Nas prateleiras de um supermercado podemos encontrar vinagre, iogurte, pão, cerveja e
vinho.
a) Que processo biológico está associado à produção de todos esses itens?
b) Que grupos de microrganismos são necessários para produção do iogurte e da cerveja?
c) Que células do corpo humano realizam processo semelhante? Em que situações?
3. (UFPR) Na síndrome de Down, geralmente ocorre uma trissomia do cromossomo 21, ou seja, a
pessoa apresenta três cópias (cromátides) desse cromossomo, ao invés de apenas duas. Na maioria
dos casos de síndrome de Down, a terceira cópia do cromossomo 21 é originada devido a um erro
durante a formação dos gametas do pai ou da mãe. Que tipo de erro, durante a formação dos ga-
metas do pai ou da mãe do portador de síndrome de Down, leva a uma trissomia como essa?
4. (UERJ) Probióticos, como os Lactobacillus e Bifidobacterium, são microrganismos vivos que, quan-
do administrados adequadamente, favorecem o sistema imune por sua capacidade, por exemplo,
de ativar os macrófagos locais e diminuir as respostas aos antígenos dos alimentos, evitando mui-
tas alergias.
Apresente duas ações dos macrófagos ativados que podem trazer benefícios imunológicos para
quem faz uso dos probióticos.
5. (UERJ) A concentração de lactato no sangue de uma pessoa foi medida em três diferentes momen-
tos:
91
6. (UFTM) Considere uma célula com o genótipo a seguir e suponha que ela entre em divisão meióti-
ca.
a) Qual será a composição de alelos nessa célula ao final da fase S da interfase? Justifique sua resposta.
b) Suponha que ao final dessa meiose não tenha ocorrido crossing-over ou mutação. Qual fenômeno po-
deria ocorrer na meiose que promoveria um aumento na variabilidade genética dos gametas formados?
Explique esse fenômeno.
92
U.T.I. - E.O.
1. (UFPR) No heredograma abaixo, os indiví-
duos afetados por uma anomalia genética
apresentam-se pintados de preto.
93
7. (UFU) O gráfico a seguir apresenta o efeito a) Indique o nome de cada um dos vasos:
da luminosidade sobre as taxas de respiração b) Relacione, para cada vaso, características da
e fotossíntese das plantas I e II. Cada uma estrutura de sua parede com a sua função.
delas tem diferentes necessidades quanto à
exposição à luz solar, sendo uma delas um- 1
0. (UEG) O heredograma a seguir refere-se
brófita (planta de sombra) e a outra heliófi- a uma família com braquidactilia. Os indi-
ta (planta de sol). víduos portadores dessa anomalia tem os
terminais ósseos bem curtos nos dedos em
comparação com os de uma mão normal, em
decorrência da manifestação de um alelo.
94
1
3. (UERJ) Algumas funções metabólicas opostas são realizadas por células eucariotas específicas. Nos
compartimentos I, II e III de uma dessas células, ilustrados no esquema a seguir, ocorrem reações que
levam tanto à degradação de glicose, gerando CO2, quanto à síntese desse carboidrato, a partir do CO2.
1
4. (Udesc) Para montar um simulador de modelos anatômicos é necessário conhecer a anatomia
dos seres vivos. O organismo humano é constituído de vários sistemas que desempenham funções
importantes para a manutenção da vida.
A respeito do sistema esquelético humano, cite:
a) duas funções do sistema esquelético;
b) onde está localizada a medula óssea no organismo humano;
c) três células produzidas pela medula óssea.
1
5. (UERJ) Em um experimento, foram removidas as membranas externas de uma amostra de mito-
côndrias. Em seguida, essas mitocôndrias foram colocadas em um meio nutritivo que permitia
a respiração celular. Uma das curvas do gráfico a seguir representa a variação de pH desse meio
nutritivo em função do tempo de incubação.
Observe:
95
1
6. (Udesc) As complicações cardiovasculares
resultam de fatores genéticos, do envelhe-
cimento que provoca a constrição de vasos
sanguíneos (artérias e veias), do sedentaris-
mo, de maus hábitos alimentares e de drogas
sociais, que provocam, como por exemplo, a
arteriosclerose. Como consequência dessas
complicações cardiovasculares, na maioria
das vezes, ocorre a alteração na pressão arte-
rial e na frequência dos batimentos cardíacos.
Pergunta-se:
a) O que é arteriosclerose?
b) Qual a pressão arterial de uma pessoa jovem,
normal, e quantos batimentos cardíacos por
minuto tem em média?
c) Qual a diferença entre veias e artérias quan-
to às características histológicas?
1
7. (Udesc) A gordura em excesso é um fator
de alerta em relação às condições de saúde
dos indivíduos. Profissionais que atuam na
área de Fisioterapia Dermato-funcional têm
demonstrado a eficácia no tratamento de
gordura localizada pela aplicação de ultras-
som em células adiposas do tecido subcutâ-
neo. Essa técnica permite o rompimento das
membranas das células de gordura.
Em relação ao contexto acima, cite:
a) duas funções do tecido adiposo em nosso
corpo;
b) dois tipos de lipídios contidos no organismo
humano
96
U.T.I. 2
Física 1
Cinemática angular
Medidas de ângulos
º
arco AB
q = ______ S
= __
raio R
2pR
u = ____ = 2p rad, que equivale a 360°
R
2p rad ; 360° e p rad ; 180°
DS = Du · R
vm = ___
Du
Dt
v=v·R
99
Período e frequência
1 ou T = __
f = __ 1
T f
2pR
v = ____
ou v = 2pRf
T
v = ___
Du ⇒
Dt
Du = v · Dt ⇒
u – u0 = v · (t – t0) ⇒
u = u0 + v · t
1 · g · t2
u = u0 + v0 · t + __
2
2
v = v0 + 2 · g · Du
2
100
Aceleração centrípeta
v ou a
2
acp = __ = v2R
R cp
vA = vB
fAR A = fBRB
101
Polias coaxiais.
wA = ωB
fA = fB
Cinemática vetorial
Velocidade vetorial média
___› ___› ___›
d
= r 1 – r 2
___›
____›
v m = d
___
Dt
102
Aceleração vetorial média
a2 = at2 + acp2
103
Introdução às leis de Newton
As leis de Newton
Lei da inércia
Todo corpo em estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme permanece nesse estado até que seja
forçado a mudar seu estado por forças que atuam sobre ele.
A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força resultante que atua sobre ele, inversamente
proporcional à sua massa e tem a mesma direção e o mesmo sentido da força resultante.
__› ___›
R = m · a
F
FR = m · a
104
Terceira lei de Newton
Para toda ação existe uma reação igual e oposta, ou as ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro, são
iguais e dirigidas a partes opostas.
Peso de um corpo
P=m∙g
Frequentemente, as palavras “peso” e “massa” são usadas como sinônimos. Por exemplo, é comum alguém
dizer: “O meu peso é de 80 quilos”. Porém, “quilo” não é uma unidade de medida, mas apenas um prefixo que
significa 103. Também é dito comumente: “O meu peso é de 80 quilogramas”. Fisicamente, a expressão é incorre-
ta. Peso é uma força, e não uma medida da massa, e deve ser dado em unidades de força.
105
A força normal
106
Uso das polias
P = 2n ⋅ F
Força de contato
107
Equilíbrio
§§ 1° tipo: equilíbrio estático
__› ___›
v = 0 ⇒ equilíbrio estático (repouso)
θ
x
Fx Fx
Plano inclinado
Px = P ⋅ senθ
Py = P ⋅ cosθ
FN = Py
Px = m ⋅ a
P ⋅ senθ = m ⋅ a
mg ⋅ senθ = m ⋅ a ⇒ a = g ⋅ senθ
108
Forças de atrito
Força de atrito cinético
FA = μC ⋅ FN
F
μc = __A
FN
FA1 = F1
FA2 = F2
FA, máx = μe ⋅ FN
109
Valores aproximados dos coeficientes de atrito estático
e cinético para alguns pares de materiais
Material μe μC
madeira sobre madeira 0,4 0,2
Observação
Em geral, a intensidade máxima da força de atrito estático é maior que a intensidade da força de atrito
dinâmico. Essa diferença se deve a algumas ligações entre as moléculas do bloco e as moléculas da superfície
de apoio, enquanto o bloco permanece em repouso; e para que se inicie o movimento, essas ligações devem ser
desfeitas, o que exige uma força maior.
F1
F2
R=k⋅v
R = k ⋅ v2
110
Lei de Hooke
x = L0 – L
F=k⋅x
Resultante centrípeta
v
2
Fc = m · __
R
v
2
ac = __
R
(vR)2 v2R2
v = _____
= ____
2
ac = __ = v2R
R R R
111
U.T.I. - Sala
1. (Unesp) Um cilindro oco de 3,0 m de comprimento, cujas bases são tampadas com papel fino, gira
rapidamente em torno de seu eixo com velocidade angular constante. Uma bala disparada com
velocidade de 600 m/s, paralelamente ao eixo do cilindro, perfura suas bases em dois pontos, P na
primeira base e Q na segunda. Os efeitos da gravidade e da resistência do ar podem ser despreza-
dos.
a) Quanto tempo a bala levou para atravessar o cilindro?
b) Examinando as duas bases de papel, verifica-se que entre P e Q há um deslocamento angular de 9°.
Qual é a frequência de rotação do cilindro, em hertz, sabendo que não houve mais do que uma rotação
do cilindro durante o tempo que a bala levou para atravessá-lo?
2. O motor elétrico de uma máquina de costura industrial é capaz de girar a 80 Hz e transmite seu
movimento por meio de uma correia de borracha que, mantida esticada, não permite escorrega-
mentos.
Se a ponta do eixo do motor está solidariamente ligada a uma polia de diâmetro 1,5 cm e a polia
por onde passa a correia no volante da máquina tem diâmetro 6,0 cm, uma vez que a cada volta
completa do volante a máquina dá um ponto de costura, determine o número de pontos feitos em
um segundo, quando o motor gira com rotação máxima?
3. (Pucrj) Um sistema de dois blocos é montado como mostrado na figura. A polia e o fio são ideais.
A configuração inicial do sistema é tal que o bloco está inicialmente a uma altura vertical h = 3,0
e a uma distância de d = 5,0 m em relação à base da rampa. Há atrito entre o bloco 1 e a rampa,
com coeficiente de atrito cinético μ = 0,25.
Considere g = 10 m/s2
a) Observa-se que o bloco 1 desce. Faça os diagramas de forças que atuam nos blocos 1 e 2.
b) Partindo do repouso, o bloco 1 desce a rampa atingindo a base com uma velocidade escalar final de
2,5 m/s. Qual é o tempo gasto na descida?
c) Qual deveria ser o valor da razão m2/m1 para que o bloco 1 descesse com velocidade constante?
112
4. Ao fazer compras num supermercado, uma mulher utiliza dois carrinhos. Empurra o primeiro, de
massa m, com uma força F, horizontal, o qual, por sua vez, empurra outro de massa M sobre um
assoalho plano e horizontal.
Desprezando o atrito entre os carrinhos e o assoalho, determine a força aplicada sobre o segundo
carrinho.
5. O bloco de massa m = 1,0 __ kg está em movimento. Sabendo que o coeficiente de atrito dinâmico
√ 3
___
entre o plano e o bloco é e g = 10 m/s2, calcule as intensidades F1 e F2 das forças paralelas ao
10
plano para fazer, respectivamente, o bloco subir e descer o plano com velocidade constante.
6. A figura a seguir ilustra dois blocos A e B de massas MA= 2,0 kg e MB = 1,0 kg. Não existe atrito
entre o bloco B e a superfície horizontal, mas há atrito entre os blocos. Os blocos se movem com
aceleração de 2,0 m/s2 ao longo da horizontal, sem que haja deslizamento
relativo entre eles. Se
sen(θ) = 0,60 e cos(θ) = 0,80, qual o módulo, em newtons, da força F aplicada no bloco A?
113
U.T.I. - E.O.
1. Considere um modelo atômico em que um
elétron descreve em torno do núcleo um mo-
vimento circular e uniforme com velocidade
de módulo igual a 2,0 ∙ 106 m/s e raio de
órbita igual a 5,0 ∙ 10–11 m. Determine:
a) o módulo da velocidade angular do elétron;
b) o período orbital do elétron (adote π = 3);
c) o módulo da aceleração do elétron. 5. Na figura, temos um sistema formado por
três polias, A, B e C, de raios respectiva-
2. Um móvel M parte de um ponto P percorren- mente iguais a RA = 10 cm, RB = 20 cm e
do, no sentido horário, uma trajetória circu- RC = 15 cm, que giram conjuntamente, encos-
lar de raio r igual a 2,0 m, como representa a tadas uma na outra e sem que haja escorre-
figura. A velocidade escalar do móvel é cons- gamento entre elas.
tante e igual a 3,0 π m/s.
114
7. Na figura têm-se três caixas com massas 10. Os fios são inextensíveis e sem massa, os
m1 = 45,0 kg, m2 = 21,0 kg, e m3 = 34,0 kg, atritos são desprezíveis e os blocos possuem
apoiadas sobre uma superfície horizontal a mesma massa. Na situação 1, da figura, a
sem atrito. aceleração do bloco apoiado vale a1. Repete-
-se a experiência, prendendo um terceiro
bloco, primeiro, ao bloco apoiado, e, depois,
ao bloco pendurado, como mostram as situ-
ações 2 e 3 da figura. Os módulos das ace-
lerações dos blocos, em 2 e 3, valem a2 e a3,
respectivamente.
Suponha que, numa situação como essa, a O sistema parte do repouso e o bloco (1) ad-
massa total do elevador seja M = 600kg e que quire uma aceleração de módulo igual a a.
o módulo de cada força f seja |f| = 1350N. Após alguns instantes, rompe-se o fio que
Calcule o módulo da aceleração com que o liga os blocos (2) e (3). A partir de então, a
elevador desce sob a frenagem dessas forças. aceleração do bloco (1) passa a ter um mó-
dulo igual a a'.
Calcule a razão a' / a.
115
13. Um homem empurra uma caixa de massa M 1
6. Desprezando o atrito, determine a inten-
sobre um piso__›horizontal exercendo uma for- sidade da aceleração do sistema abaixo e a
que faz um ângulo θ com a
ça constante F intensidade da força aplicada pelo corpo B
direção horizontal, conforme mostra a figura sobre A e a tensão na corda.
abaixo. Considere que o coeficiente de atrito mA = 15 kg, mB = 5 kg, mC = 20 kg
cinético entre a caixa e a superfície é µ e que
a aceleração da gravidade é g.
1
4. Na figura, considere os atritos e as massas
dos fios e roldanas desprezíveis. As massas
A, B, e C são, respectivamente, 10 kg, 4 kg
e 2 kg. A aceleração da gravidade pode ser
considerada 10m/s2.
1
8. Um bloco de massa 2,0 kg está sobre a su-
perfície de um plano inclinado, que está em
movimento retilíneo para a direita, com ace-
leração de 2,0 m/s2, também para a direita,
como indica a figura a seguir. A inclinação
do plano é de 30° em relação à horizontal.
a) Determine a aceleração de cada bloco.
b) Determine as forças que cada fio exerce em
cada bloco
1
5. Os esquemas mostram um barco sendo reti-
rado de um rio por dois homens. Em A, são
usadas cordas que transmitem ao barco forças Suponha que o bloco não deslize sobre o pla-
paralelas de intensidades F1 e F2. Em B, são no inclinado e que a aceleração da gravidade
usadas cordas inclinadas de 90° que trans- seja g = 10 m/s2. __
mitem ao barco forças de intensidades iguais Usando a aproximação √ 3 > 1,7, calcule o
às anteriores. No caso A, a força resultante módulo e indique a direção e o sentido da
transmitida ao barco é 700 N. No caso B, a força de atrito exercida pelo plano inclinado
força resultante transmitida ao barco é 500 N. sobre o bloco.
1
9. A partir de janeiro de 2014, todo veículo
produzido no Brasil passou a contar com
freios ABS, que é um sistema antibloqueio
de frenagem, ou seja, regula a pressão que
o condutor imprime nos pedais do freio,
de modo que as rodas não travem durante
a frenagem. Isso, porque, quando um carro
está em movimento e suas rodas rolam sem
Determine as forças aplicadas pelos dois ho- deslizar, é o atrito estático que atua entre
mens. elas e o pavimento, ao passo que, se as rodas
116
travarem na frenagem, algo que o ABS evita,
será o atrito dinâmico que atuará entre os
pneus e o solo. Considere um veículo de mas-
sa m, que trafega à velocidade v, sobre uma
superfície, cujo coeficiente de atrito estático
é µe e o dinâmico é µd.
a) Expresse a relação que representa a distân-
cia percorrida (d) por um carro até parar
completamente, numa situação em que es-
teja equipado com freios ABS.
b) Se considerarmos dois carros idênticos,
trafegando à mesma velocidade sobre um
mesmo tipo de solo, por que a distância de
frenagem será menor naquele equipado com
os freios ABS em relação àquele em que as
rodas travam ao serem freadas?
2
0. Um bloco de madeira de massa m = 2 kg
encontra-se sobre um plano inclinado de
1 m de comprimento, 0,6 m de altura, fixo no
chão. O coeficiente de atrito estático entre
o bloco e a superfície do plano inclinado é
µ = 0,40 e g = 9,8 m/s2. Calcule a menor força
F com que se deve pressionar o bloco sobre o
plano para que ele permaneça em equilíbrio.
117
U.T.I. 2
Física 2
Introdução à óptica geométrica
Óptica geométrica
Classificação dos raios luminosos
Feixe paralelo
Feixe divergente
Feixe convergente
Meio translúcido
Meio opaco
121
Princípios da óptica geométrica
§§ Lei da propagação retilínea da luz
A luz se propaga em linha reta nos meios homogêneos e transparentes.
Sombra e penumbra
122
Eclipse solar
Eclipse lunar
_ y = __
y'
x x'
123
A cor de um corpo
Espelhos planos
Leis da reflexão
i=r
124
Espelhos
FM X
XX = d
XXX = F'M
125
Imagem de um objeto extenso
PP' = 2d
PP" = 2(d + x) = 2d + 2x
D = PP" - PP'
D = 2d + 2x – 2d
D = 2x
360º
n = ____
– 1
u
126
Rotação de um espelho plano
D + 2a = 2b
D = 2b – 2a
D = 2(b – a)
D=2a
Espelhos esféricos
128
Espelho côncavo Espelho convexo
R
f = __
2
129
Espelho convexo
Espelho côncavo
Espelho côncavo com objeto antes do centro de curvatura: imagem real, invertida e menor que o objeto.
Espelho côncavo com objeto sobre o centro de curvatura: imagem real, invertida e de mesmo tamanho que o objeto.
Espelho côncavo com objeto entre o centro de curvatura e o foco: imagem real, invertida e maior que o objeto.
130
Caso 4: objeto entre o foco e o vértice
Espelho côncavo com objeto entre o foco e o vértice: imagem virtual, direita e maior que o objeto
Coordenas do objeto e da imagem em um espelho côncavo Coordenadas do objeto e da imagem em um espelho convexo
–p'
1 = __
__ 1 + __
1 e oi = ___
A = __ p
f p p'
oi → A = ____
A = __ f
f–p
131
Se o e i tiverem o mesmo sinal, a imagem é direita. Se os sinais forem invertidos, a imagem é invertida.
§§ Quando p’ > 0, a imagem será real e passível de ser projetada.
§§ Quando A > 0, a imagem será direita.
§§ Quando A < 0, a imagem será invertida.
§§ Se |A| < 1, a imagem será menor que o objeto.
§§ Se |A| = 1, a imagem será do mesmo tamanho que o objeto.
§§ Se |A| > 1, a imagem será maior que o objeto.
Refração da luz
A refração da luz ocorre quando a luz é transmitida entre meios com diferentes velocidades de propagação da luz.
Índice de refração
vc
nA = __
A
nA
nAB = __ n B
vB
nAB = __ v A
Leis da refração
O raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de incidência, estão no mesmo plano.
nA · senqA = nB · senqB
132
Formação de imagens
Dioptro plano
nobservador __ p’
______
n = p
objeto
133
Ângulo limite – reflexão total
n nmenor
senL = __
nB = ____
n
A maior
A D
B C
A D
134
Observe que apenas a parte do lápis atrás da lâmina parece estar deslocada em relação ao resto do lápis.
sen (i – r)
d = ________
cos r
·e
Prisma óptico
135
Equações do prisma
a) Abertura A
A = r + r’
Substituindo
D1 = (i – r)
D2 = (i’ – r’)
D = i + i’ – (r + r’)
D = i + i’ – A
Elementos do prisma
136
Prismas de Porro
Dispersão da luz
Isaac Newton foi um estudioso da luz e seus fenômenos relacionados. Entre os anos de 1670 e 1672, de-
monstrou, utilizando prismas, que a luz branca era formada por todas as cores do arco-íris.
137
Refração da luz na atmosfera
A aparência molhada da pista se deve à refração total da luz vinda do céu as camadas de ar com, que atravessa
diferentes temperaturas e, portanto, diferentes índices de refração.
138
Fata Morgana
Lentes esféricas
Exemplos do uso de lentes no nosso cotidiano: lente de contato, um conjunto de lentes de máquina fotográfica e uma lupa.
139
lente convergente lente divergente
140
Raios luminosos particulares
convergente divergente
convergente divergente
convergente divergente
convergente divergente
141
Construção geométrica de imagens
142
2º caso: lentes divergentes
A imagem real de um objeto fica do lado oposto ao objeto, enquanto que a imagem virtual fica do mesmo
lado que o objeto.
p' ____
oi = – __
A = __ f
p = f – p
143
Elementos geométricos das lentes esféricas
§§ C1 e C2: centros de curvatura de cada uma das faces;
§§ R1 e R2: raios de curvatura de cada uma das faces;
§§ O eixo principal é definido pela reta C1C2;
§§ V1 e V2: vértices de cada uma das faces
§§ e: espessura da lente (distância entre V1 e V2).
§§ O: centro óptico da lente.
( ) (
n
1 = __
__
f
1 + __
n2 – 1 ⋅ __
1 R1 R2 )
1
144
O olho humano
§§ esclerótica: camada exterior opaca e esbranquiçada. Essa camada é mais abaulada e transparente, na
parte anterior, formando a córnea.
§§ coroide: camada pigmentada e vascularizada, responsável pela circulação sanguínea do órgão.
§§ retina: membrana nervosa de células sensitivas da visão. Essas células ligam-se ao centro da visão do
cérebro pelo nervo óptico.
normal
objeto
lente
imagem
Observe, na figura, a imagem formada pela lente (projetada nitidamente sobre a retina de um olho normal) e o esquema geométrico da formação da imagem.
Acomodação visual
Duas situações distintas da visão: os músculos ciliares ajustam a lente para observar
objetos relativamente distantes (acima); ajuste para observar objetos mais
próximos ao olho (abaixo).
Ilustração produzida com base em: CUTNELL, J. D.; JOHSON, K. W. Física.
6. ed. Rio de Janeiro; LTC, 2006. v. 2. p. 301.
145
Defeitos da visão
Miopia
Hipermetropia
146
U.T.I. - Sala
1. Um feixe de luz vermelha propaga-se no ar (índice de refração igual a 1,0) e incide sobre uma
barra de vidro, formando um ângulo de 49° com a vertical, conforme figura a seguir.
A barra de vidro possui índice de refração igual a 1,5 e está sobre um tanque que contém um líqui-
do com índice de refração desconhecido. Observa-se que a luz diminui sua velocidade pela metade
ao sair do vidro e entrar no líquido. Admitindo-se que a velocidade da luz no ar é de 3 × 108 m/s,
determine:
a) o ângulo u que o raio de luz faz com a vertical ao entrar no líquido.
b) a velocidade da luz dentro do vidro.
c) o índice de refração do líquido.
Dados:
sen 49° = 0,75
sen 30° = 0,5
sen 60° = 0,87
3. Uma lente convergente projeta uma imagem real a 0,72 m da posição do objeto. Qual é a distância
focal da lente, em cm, sabendo-se que a imagem é 5 vezes maior que o objeto?
147
4. Um tanque de forma cúbica, de 10 cm de profundidade, está inteiramente vazio. Nessas condições,
um observador se posiciona de modo tal a não ver seu fundo, mas somente o seu vértice D.
Enche-se, a seguir, completamente, o tanque com água (n = 4/3). A que distância do vértice D
podemos colocar um objeto, de modo a ser visto pelo observador?
5. Um prisma de vidro tem os três lados iguais e índice de refração n = 2 em relação ao do ar, para
um determinado comprimento de onda l . Um raio luminoso de comprimento de onda l incide no
prisma formando um ângulo de 45º com a normal. Calcule o ângulo de desvio do raio que emerge
do prisma em relação ao raio incidente.
6. Um vaso cilíndrico contém água até uma altura de 2 h. Uma lente convergente é mantida à altura
h acima do nível da água, presa em flutuadores. A distância focal da lente é h. No fundo do vaso
existe uma pequena lâmpada L. A partir de um certo instante t = 0 faz-se escoar a água do vaso de
modo que o nível desça com rapidez v constante.
lente
flutuadores
2h
A que altura H acima do nível da lente estará formada a imagem da lâmpada, no instante em que
a metade da água houver escoado? O índice de refração da água é 4/3.
148
U.T.I. - E.O. 4. Uma sala retangular tem 6,0 m de compri-
mento, 4,0 m de largura e 3,0 m de altura.
No centro de uma das paredes maiores, existe
1. A figura representa o gráfico do desvio um espelho quadrado de 1,0 m de lado. Qual
(d) sofrido por um raio de luz monocro- é a maior distância que um homem, cujo olho
mática que atravessa um prisma de vidro está a 1,5 m do piso, pode estar do espelho
imerso no ar, de ângulo de refringência para ver inteiramente a parede oposta?
A = 50º, em função do ângulo de incidência u1.
5. Uma pessoa deseja observar por completo
um prédio de 101 m de altura num espelho
plano de 1,0 m situado a 50 m do prédio.
Qual é a distância mínima do espelho a que
a pessoa deverá ficar?
2. Quando o Sol está a pino, uma menina co- 7. A figura mostra um ponto objeto P e um pon-
loca um lápis de 7,0 × 10–3 m de diâmetro, to imagem P’, conjugados por um espelho
paralelamente ao solo e observa a sombra côncavo de eixo O1 O2.
por ele formada pela luz do Sol. Ela nota que
a sombra do lápis é bem nítida quando ele
está próximo ao solo, mas, à medida que vai
levantando o lápis, a sombra perde a nitidez
até desaparecer, restando apenas a penum- a) Localize, graficamente, o espelho côncavo.
bra. Sabendo-se que o diâmetro do Sol é de b) Indique a natureza da imagem P’ (real ou
14 x 108 m e a distância do Sol à Terra é de virtual).
15 x 1010 m, pode-se afirmar que a sombra
desaparece quando a altura do lápis em rela- 8. A figura representa um espelho esférico de
ção ao solo é de (em m)? Gauss, de vértice V, foco principal F e cen-
tro de curvatura C. O objeto real O, colocado
3. Tem-se um objeto O defronte a dois espelhos diante dele, tem altura 5,00 cm e sua respec-
planos perpendiculares entre si. Os pontos A, tiva imagem conjugada, situada no anteparo
B e C correspondem às imagens do objeto. A A, tem altura igual a?
distância AB é 80 cm e a distância BC é 60 cm.
149
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
150
4. A figura abaixo representa um raio de luz i
1 desse material. Para que esse método possa
que atravessa uma lâmina de faces paralelas ser aplicado (isto é, para que se tenha um
de espessura e, imersa no ar, sofrendo deslo- feixe emergente), o ângulo A do prisma deve
camento d. ser menor que?
1
5. Um raio de luz monocromática incide numa
das faces de um prisma de abertura 60° que
se encontra imerso no ar, sob ângulo de in-
cidência de 60°. Sabendo que o ângulo de
refração da luz na primeira face do prisma é
de 30°, determine:
Verifica-se, por tentativas, que quando a
a) o índice de refração do prisma.
lâmpada for colocada a uma distância d igual
b) o ângulo de refração na segunda face do
a 20 cm da lente, a imagem da lâmpada con-
prisma.
jugada pelo sistema lente-espelho se forma-
c) o desvio total sofrido pelo raio de luz. rá sobre a própria lâmpada, qualquer que
seja a distância entre a lente e o espelho.
1
6. Sobre uma das faces de um prisma de índice Qual é a distância focal da lente?
de refração √2 e ângulo de refringência 75°,
mergulhado no ar (índice de refração do ar 1
9. Na figura, MN representa o eixo principal de
igual a 1,00), incide um feixe de raios lumi- uma lente divergente L, AB o trajeto de um
nosos monocromáticos paralelos. Determine raio luminoso incidindo na lente, paralela-
o ângulo de incidência para que estes raios mente ao seu eixo, e BC o correspondente
possam emergir do prisma através da face BC. raio refratado.
151
0. Na figura a seguir, em escala, estão representados uma lente L delgada, DIVERGENTE, com seus focos
2
F, e um espelho plano E, normal ao eixo da lente. Uma fina haste AB está colocada normal ao eixo da
lente. Um observador O, próximo ao eixo e à esquerda da lente, mas bastante afastado desta, observa
duas imagens da haste. A primeira A1B1, é a imagem direta de AB formada pela lente. A segunda,
A2B2, é a imagem, formada pela lente, do reflexo A'B' da haste AB no espelho E.
152
U.T.I. 2
Física 3
Associação de resistores
Resistência equivalente
tensão do gerador
Req = __________________
= __
U ⇒ U = Req · i
intensidade da corrente i
U = U1 + U2
U = U1 + U2 + U3 + ... + Un
155
A soma das resistências associadas em série em um circuito é igual à resistência equivalente desse circuito.
Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
Req = n · R
Observação: na associação de resistores em série, a resistência equivalente sempre terá um valor maior
que qualquer resistência individual que participe da associação.
A soma das intensidades da corrente elétrica em cada resistor de uma associação em paralelo é igual à
intensidade da corrente elétrica total no extremo da ligação dos resistores.
i = i1 + i2 + i3
A tensão elétrica nos extremos de resistores associados em paralelo é a mesma para todos os resistores da
associação.
U1 = U2 = U3 = U
U ; i2 = __
i1 = __ U ; i3 = __
U
R1 R2 R3
156
i = i1 + i2 + i3
U = __
___ U + __
U + __
U
Req R1 R2 R3
1 = __
___ 1 + __
1 + __
1
Req R1 R2 R3
A soma do inverso das resistências de resistores associados em paralelo é igual ao inverso da resistência equiva-
lente dessa ligação em paralelo.
Casos particulares
R ·R
Req = ______
1 2
R1 + R2
produto
Req = ______
soma
§§ Se o circuito for formado por n resistores idênticos, ou seja, de mesma resistência R, então a resistência
equivalente é dada por:
Rn
Req = __
1 = __
___ 1 + __
1 = __
2 [ Req = __
R 1 = __
___ 1 + __
1 + __ 3 [ Req = __
1 = __ R
Req R R R 2 Req R R R R 3
Dois resistores idênticos em paralelo Três resistores idênticos em paralelo
Associação mista
157
Potência dissipada por efeito Joule
Reostato
Curto-circuito
VA – VB = Ri ⇒ VA – VB = 0 ⇒ VA = VB
158
Potência elétrica
P = Ui
U
2
P = Ri2 e P = __
R
E = R · i2 · Dt
Amperímetro ideal é um medidor de intensidade de corrente, cuja resistência elétrica é nula (RA = 0).
159
Voltímetro ideal
Voltímetro ideal é um medidor de tensão com resistência elétrica infinitamente grande (RV → `).
Ponte de Wheatstone
R1 · R3 = R2 · R4
Na ponte em equilíbrio, não passa corrente elétrica Na ponte em equilíbrio, a lâmpada não acende, pois
pelo resistor central, no diagonal BC. a d.d.p. entre B e C é nula. Não há corrente.
160
Estudo do gerador
Gerador ideal
Gerador ideal (U = E)
« = ___
t
DQ
U = « – ri
Observação
Essa equação representa um gerador elétrico real. Para um gerador ideal, não ocorre dissipação interna de
energia, e, portanto, r = 0. Para o gerador ideal, a d.d.p. e a f.e.m. são iguais ( U = «).
161
Potência no gerador elétrico
U = « – ri ⇒ Ui = ei – ri2
Pu = Ui
Pt = «i
Pd = ri2
P U
h = __
u = __
Pt «
A bateria é a fonte de f.e.m. «, e r é sua resistência interna. O farol faz parte do circuito externo (resistência R).
Lei de Pouillet
« = (R + r)i
162
Curva característica de um gerador
tg a N ≅ __
« ⇒
tg a N ≅ r
icc
A = Pu
Pu = Ui = «i – ri2
Pu (i) = «i – ri2
163
Associação de geradores
Associação em série
+ - + - + - + -
A B
«s = «1 + «2 + ... + «n
Us = U1 + U2 + ... + Un
Ps = P1 + P2 + ... + Pn
rs = r1 + r2 + ... + rn
Associação em paralelo
+ -
+ -
A B
+ -
164
r1 = __
__ r1 + __
r1 + ... + __
r1
p 1 2 n
__ 1r + __
r1 = __ 1r + ... + __
1r ⇒ __
1 __n __r
rp = r ⇒ rp = n
p
Receptores
Um modelo para o receptor
U = «’ + r’ · i
N
r' = tg a
165
Circuitos elétricos com receptor
Gerador: U = « – r . i
Receptor: U = «’ + r’ . i
« – r · i = «’ + r’ · i ⇒
« – «’ = r · i + r’ · i ⇒
« – «’ = (r + r’) · i
« = «’ + (r + r’) · i
« – «’ = (R + r + r’) · i
Potência
Capacitores
Seção transversal do capacitor plano. A é a placa plana positiva, e B, a placa plana negativa.
166
Carga elétrica e capacitância
Q=C·U
ou
Q
C = __
A
C = k · «0 · __
U d
Energia de um capacitor
Q·U
b · h ⇒ W = ____
W = A = ____
2 2
C · U²
W = _____
2
167
O capacitor no circuito elétrico
Q=C·U
d.d.p. no capacitor = d.d.p. no resistor = R · i
Associação de capacitores
A
A
B
C
B
Associação de capacitores em paralelo Associação de capacitores em série
Capacitor equivalente
Capacitor equivalente
Qeq = Qassoc = Q
Q
C = Qeq · U ou Ceq = __
U
168
Associação de capacitores em paralelo
Ceq = C1 + C2 + ... + Cn
A capacitância equivalente de uma associação em paralelo é igual à soma das capacitâncias parciais.
Q1 = Q2 = Q3 = Q
A carga elétrica de uma associação de capacitores em série é igual a carga Q de cada um dos capacitores.
UAB = U1 + U2 + U3
1 = __
___ 1 = __
1 + __
1 + ... + __
1
Ceq C1 C2 C3 Cn
Em uma associação de capacitores em série, o inverso da capacitância equivalente é igual à soma dos
inversos das capacitâncias parciais.
169
U.T.I. - Sala
1. Analise o circuito representado abaixo e resolva os itens propostos.
Determine:
a) resistência equivalente do circuito.
b) a intensidade da corrente elétrica total que passa pelo circuito.
c) a d.d.p. entre os pontos A e C.
d) a d.d.p. entre os pontos C e D.
e) a intensidade da corrente elétrica que passa pelo resistor R3.
2. No circuito representado no esquema a seguir, os resistores R1, R2 e R3 têm valores iguais a 12 ohms.
De acordo com o esquema, CALCULE qual seria a leitura do amperímetro A, em amperes, e a leitura
do voltímetro V, em volts.
3. No esquema a seguir, temos uma fonte de tensão « = 120 V, duas lâmpadas L1 e L2 e uma resistência
R. L1 só acende com 120 V e L2 só acende com 40 V aplicados, caso em que L1 dissipa 120 W e L2
dissipa 80 W.
4. Dado o circuito abaixo, determine o valor do resistor Rx para que o galvanômetro da figura não seja
atravessado por corrente elétrica.
170
5. Numa associação mista de vinte geradores de f.e.m. 8 V e resistência interna 0,2 Ω em quatro
ramos, cada um contendo cinco geradores em série, determine:
a) a f.e.m. e a resistência do gerador equivalente;
b) a corrente que atravessa cada ramo da associação, quando esta é ligada a um resistor de 4,75 Ω.
171
U.T.I. - E.O. 4. O esquema abaixo mostra três fios entre os
quais se ligam algumas lâmpadas iguais.
172
Dados:
§§ Bateria 1: f.e.m. E1 = 9 V; resistência in-
terna r1 = 1,5 Ω
§§ Bateria 2: f.e.m. E2 = 3 V; resistência in-
terna r2 = 0,5 Ω
§§ Bateria 3: f.e.m. E3 = 12 V; resistência in-
terna r3 = 2 Ω, R1 = 2 Ω, R2 = R3 = 4 Ω,
R4 = 12 Ω, R5 = 1 Ω
Determine: a) Calcule a corrente que circula pelo chuveiro.
a) o valor da resistência R; b) Qual é o consumo de energia elétrica da re-
b) a quantidade de calor desenvolvida em R5, sidência, em kWh, durante quinze minutos?
num intervalo de tempo igual a 10 minutos. c) Considerando que os equipamentos se quei-
mam quando operam com uma potência 10%
8. Um fio metálico homogêneo tem compri- acima da normal (indicada na figura), deter-
mento L e área de secção transversal cons- mine quais serão os equipamentos queima-
tante. Quando submetido a uma diferença de dos, caso o fio neutro se rompa no ponto A.
potencial de 12 V, esse fio é percorrido por
uma corrente elétrica de intensidade 0,1 A 10. O esquema abaixo representa um circuito
conforme a figura 1. Esse fio é dividido em formado por um gerador ideal G de força
três partes, A, B e C de comprimentos __ L , __
L eletromotriz E = 6,0 volts, por uma lâmpada
6
L respectivamente, as quais, por meio de 3 L e por dois resistores R1 e R2 com 100 e 50
e __
2 ohms de resistência, respectivamente. Um
fios de resistências desprezíveis, são conec-
voltímetro V e um amperímetro A, ambos
tadas entre si e submetidas à mesma dife-
ideais, estão ligados ao circuito, como indi-
rença de potencial constante de 12 V confor-
cado no esquema. Inicialmente, o voltímetro
me a figura 2.
V indica 3,0 volts.
173
12. No circuito esquematizado, a indicação do 16. Um circuito elétrico constituído de dois
amperímetro ideal A é igual a? resistores R1 e R2 é alimentado por quatro
geradores iguais, ligados em série, cada um
de 12 V e resistência interna 0,25 Ω. Estes
geradores alimentam o circuito com corrente
de intensidade 16 A. Os resistores são per-
corridos por diferentes intensidades de cor-
rente e o valor de R2 é o dobro do valor de R1.
Determine os o valores de R1 e R2 (em ohms).
Determine o valor de x.
174
0. O amperímetro A indicado no circuito abaixo
2
é ideal, isto é, tem resistência praticamente
nula. Os fios de ligação têm resistência des-
prezível. Determine a intensidade de corren-
te elétrica indicada no amperímetro A.
175
U.T.I. 2
Química 1
Ácidos
De maneira geral, os ácidos apresentam as seguintes características:
§§ Têm sabor azedo;
§§ A grande maioria é tóxico e corrosivo;
§§ Quando em solução aquosa, os ácidos conduzem eletricidade;
§§ Os ácidos alteram a cor de indicadores. Os indicadores têm a propriedade de mudar a cor do meio, conforme
o caráter ácido ou básico das soluções (exemplo de indicadores: papel tornassol, fenolftaleína, entre outros).
Segundo Arrhenius, ácidos são compostos que se ionizam em solução aquosa e originam como o único íon
positivo o cátion hidrônio ou hidroxônio (H+ ou H3O+). O H+ é o responsável pelas propriedades comuns a todos os
ácidos, sendo este o radical funcional dos ácidos.
Por exemplo:
2. Hidrogênios ionizáveis
Hidrogênios ionizáveis em oxiácidos são os hidrogênios que se ligam a um átomo de oxigênio.
Número de hidrogênios
Classificação Exemplos
ionizáveis
monoácidos ou monopróticos 1 HC𝓵, HCN, HNO3
diácidos ou dipróticos 2 H2S, H2SO4, H2CO3
triácidos ou tripróticos 3 H3PO4, H3BO3
tetrácidos ou tetrapróticos 4 H4SiO4
Exceções: quando um átomo de hidrogênio se liga diretamente ao átomo central, esse hidrogênio não
é ionizável.
179
Por exemplo:
§§ Ácido fosforoso (H3PO3) é um diácido.
3. Volatilidade
Volatilidade é a capacidade de uma substância passar para o estado gasoso. Substâncias voláteis, em geral,
apresentam pontos de ebulição baixos.
Classificação Ponto de Ebulição Exemplos
fixos alto São apenas 3 ácidos: H2SO4, H3PO4, H3BO3
voláteis baixo Os demais ácidos: HC𝓵, H2S, HCN, HNO3...
4. Força
Nomenclatura
Ácido + (nome do elemento) + sufixo
O sufixo segue este padrão:
Classificação Sufixo Exemplos Ânion
-ico
H2SO4 ácido sulfúrico SO2- 4 sulfato
(o ácido que você
HNO3 ácido nítrico NO 3- nitrato
precisa lembrar)
oxiácido
oso
H2SO3 ácido sulfuroso SO2- 3 sulfito
(o ácido com um
HNO2 ácido nitroso NO 2- nitrito
oxigênio a menos)
180
E há também os prefixos, especialmente em oxiácidos, que formam mais de dois ácidos (comumente visto
em ácidos que contêm halogênios):
Bases
Apresentam as seguintes características:
§§ Possuem sabor adstringente, que “amarra” a boca, como é possível perceber ao se comer uma fruta “verde”;
§§ São, em geral, tóxicas;
§§ Formam soluções aquosas condutoras de eletricidade;
§§ Mudam a cor dos indicadores (conforme os exemplos comparativos da função ácidos).
Segundo Arrhenius, bases são compostos que, por dissociação iônica, originam como único íon negativo o
ânion hidróxido [OH-].
Classificação
1. Número de hidroxilas/hidróxidos
2. Força
Classificação Caracterização
Hidróxidos dos metais alcalinos (grupo 1), como NaOH, KOH etc. e dos
metais alcalino-terrosos (grupo 2), como Ca(OH)2, Ba(OH)2 e Sr(OH)2.
Forte
O Mg(OH)2 é uma exceção à regra, uma vez que cons-
titui uma base fraca e praticamente insolúvel.
Hidróxidos de todos os demais metais, em
Fraca geral metais dos grupos 3 ao 14.
Aqui se incluem o Mg(OH)2, Be(OH)2 e o NH4OH.
3. Solubilidade
Classificação Caracterização
Hidróxidos dos metais alcalinos (grupo 1),
Solúveis
como NaOH, KOH etc. e o NH4OH.
Hidróxidos dos metais alcalino-terrosos (grupo 2), como
Pouco solúveis
Ca(OH)2, Ba(OH)2 e Sr(OH)2. Exceção: o Mg(OH)2 e Be(OH)2.
Praticamente insolúveis Os demais hidróxidos: Fe(OH)2, Pb(OH)4 etc., além do Mg(OH)2.
181
Nomenclatura
Para uma base genérica, C(OH)x, sua nomenclatura será:
hidróxido de + (nome do cátion Cx+)
Exemplos:
NaOH – hidróxido de sódio
Ca(OH)2 – hidróxido de cálcio
A𝓵(OH)3 – hidróxido de alumínio
Sais
Reação de neutralização total
Uma reação é de neutralização total, se todos os H+ do ácido reagirem e todos os OH– da base também reagirem.
Por exemplo:
NaOH + HC𝓵 → NaC𝓵 + H2O
Mg(OH)2 + H2SO4 → MgSO4 + 2 H2O
2 NaOH + H2SO4 → Na2SO4 + 2 H2O
182
Nomenclatura
nome do ânion + de + nome do cátion
Exemplo:
A𝓵3+ [cátion alumínio] + C𝓵– [ânion cloreto] → A𝓵C𝓵3 cloreto de alumínio
O ânion pode ser identificado através do seu ácido de origem, portanto, segue-se a seguinte regra:
-oso -ito
-ico -ato
Exemplos:
Fe2+ [cátion ferro (II) ou ferroso] + C𝓵– [ânion cloreto] FeC𝓵2 cloreto de ferro (II) ou cloreto ferroso.
Fe3+ [cátion ferro (III) ou férrico] + C𝓵– [ânion cloreto] FeC𝓵3 cloreto de ferro (III) ou cloreto férrico.
Hidrogenossais
Os hidrogenossais diferem-se apenas pelo fato de a quantidade de hidrogênios ionizáveis ser indicada pelos prefi-
xos (que pode ser omitido) mono, di, tri etc., seguida da palavra hidrogeno, no começo do nome do sal, ou palavra
ácido, logo depois do nome do ânion.
§§ KHSO4: sulfato monopotássico ou sulfato (mono) ácido de potássio ou (mono) hidrogenossulfato de po-
tássio.
§§ NaH2PO4: fosfato monossódico ou fosfato diácido de sódio ou diidrogenofosfato de sódio.
Se o hidrogenossal for originário de um ácido com dois hidrogênios ionizáveis, o prefixo hidrogeno pode
ser substituído por bi.
§§ NaHSO4: bissulfato de sódio.
§§ NaHCO3: bicarbonato de sódio.
Hidroxissais
Já nos hidroxissais a nomenclatura segue a mesma regra dos hidrogenossais, trocando as palavras hidrogeno por
hidróxi ou palavra ácido por básico.
§§ CaOHC𝓵: cloreto básico de cálcio ou (mono) hidróxi-cloreto de cálcio.
§§ MgOHBr: brometo básico de magnésio ou (mono) hidróxi-brometo de magnésio.
183
Solubilidade dos sais
Ânion do sal Solubilidade Exceções
Nitrato (NO 3-)
Nitrito (NO 2-) Acetato de prata, de chumbo (II) e de
Solúveis
Cloratos (CøO 3- ) mercúrio (I) são parcialmente solúveis.
Acetatos (H3C - COO-)
Cloretos (Cø-)
Brometos (Br -) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg 2
2+
Iodetos (I-)
Eletrólitos
Conduzem corrente
1. Ácidos em solução aquosa;
2. Compostos iônicos em solução aquosa ou fundida;
3. Metais no estado sólido ou líquido.
Grau de ionização
Grau de ionização, representado pela letra α (alfa), se define como a razão entre o número de moléculas ionizadas
(ou dissociadas) e o número total de moléculas dissolvidas:
número de partículas ionizadas (ou dissociadas)
α = ____________________________________
número de partículas dissolvidas
Quando α tem valor próximo de zero, significa que a substância está pouco ionizada, sendo chamado de
eletrólito fraco. Quando α se aproxima de 1, a substância está bastante ionizada, sendo chamada de eletrólito forte.
O grau de ionização é muito útil principalmente para determinar a força dos ácidos (embora possa ser usado
para outros tipos de substâncias), baseando-se no seu grau de ionização: quanto mais o ácido é forte, maior será o
seu grau de ionização (α) e será um eletrólito forte e vice-versa.
Óxidos
São compostos binários (formados por apenas dois elementos químicos), e o elemento mais eletronegativo presen-
te é sempre o oxigênio.
Exemplos: CO2, Na2O, SO2, CaO, etc
184
Nomenclatura
Usa-se os prefixos mono, di tri etc. para indicar a quantidade de oxigênios e do outro elemento presente no óxido
(o prefixo mono na frente do elemento ligado ao oxigênio é opcional).
Se o elemento tiver uma única valência, ou seja, se houver somente uma forma de ligar-se ao oxigênio e
formar somente um tipo de óxido, não é necessário usar os prefixos antes do nome do elemento.
Quando o óxido é formado por elemento com mais de uma valência, usa-se ou número romano para indicar
a valência do elemento ligado ao oxigênio ou usa-se os sufixos: -oso para o metal de menor valência ou -ico para
o metal de maior valência.
Tipos de óxidos
Os óxidos podem ser classificados de acordo com o elemento ligado ao oxigênio. São dois tipos: óxidos iônicos e
óxidos moleculares:
§§ Óxidos iônicos – são óxidos formados por metais, havendo a presença de ligação iônica (entre um metal
e um ametal). Exemplos para este caso são o óxido de sódio (Na2O), óxido de magnésio (MgO), óxido de
alumínio (A𝓵2O3), entre outros.
§§ Óxidos moleculares – são óxidos formados por ametais, havendo a presença de ligação covalente (entre
ametais). Exemplos para este caso são os óxidos de carbono (CO e CO2), óxidos de enxofre (SO2 e SO3),
óxidos de nitrogênio (NO, N2O e NO2), entre outros.
185
Reações Inorgânicas
Na Química Inorgânica, um critério que é muito adotado é classificar as reações de acordo com a quantidade de
substâncias que reagem e que são produzidas, agrupando as reações da seguinte forma: reações de síntese (ou
adição), reações de análise (ou decomposição), reação de simples troca (ou deslocamento) e reação de dupla troca
(ou metátese).
§§ Reação de síntese ou adição: é aquela que dois ou mais reagentes formam um único produto.
Genericamente: A + B + C + ... → P
Exemplo:
Formação da amônia: N2 + 3H2 → 2NH3
§§ Reação de análise ou decomposição: este tipo de reação é o oposto da reação de síntese. Um único
reagente forma dois ou mais produtos.
Genericamente: R → A + B + C + ...
Exemplo:
Decomposição do dicromato de amônio: (NH4)2Cr2O7 → N2 + 4 H2O + Cr2O3
§§ Reação de simples troca ou de deslocamento: nessas reações uma substância simples reage com
uma substância composta, originando uma nova substância simples e uma nova substância composta pelo
deslocamento entre seus elementos.
Genericamente: M + CA → MA + C ou M + CA → CM + A
Mas, para que isso ocorra, a substância simples, no caso simbolizado por M, deve ser mais reativo que
o elemento que será deslocado do composto (representado por C ou A), transformando-se em uma
nova substância simples, do contrário a reação não ocorrerá.
Para saber se a reação de deslocamento irá ocorrer, é necessário olhar a fila de reatividade dos metais e ametais:
Exemplos:
Zn + Cu(NO3)2 → Zn (NO3)2 + Cu
A reação acima ocorre porque o zinco (Zn) é mais reativo que o cobre (Cu), deslocando o cobre.
A reação acima não ocorre porque o cobre (Cu) é menos reativo que o zinco (Zn), não conseguindo deslocar
o zinco.
A reação acima ocorre porque o cloro (C𝓵) é mais reativo que o iodo (I), deslocando o iodo.
186
A reação acima não ocorre porque o iodo (I) é menos reativo que o cloro (C𝓵), não conseguindo deslocar
o cloro.
§§ Reação de dupla troca (ou metátese): duas substâncias compostas reagem originando outras duas
substâncias compostas.
Genericamente: MD + CA → MA + CD
As reações de dupla troca só ocorrem quando obedecem pelo menos uma das seguintes condições: um dos
produtos (MA ou CD no caso acima), quando comparado aos reagentes, deve se apresentar como alguma
das formas abaixo:
§§ Ser mais volátil (produz gás);
§§ Menos ionizado ou dissociado, tornando-se mais fraco;
§§ Ser insolúvel (ou seja, há formação de um precipitado ao final da reação).
Exemplos:
2 NaCN + H2SO → Na2SO4 + 2 HCN
A reação acima ocorre porque forma um produto menos ionizado (HCN é ácido fraco) em relação a um dos
reagentes (H2SO4 é ácido forte).
187
U.T.I. - Sala
1. (Unesp) O monóxido de carbono é um dos poluentes gasosos gerados pelo funcionamento de moto-
res a gasolina. Segundo relatório recente da Cetesb sobre a qualidade do ar no Estado de São Paulo,
nos últimos vinte anos houve uma redução no nível de emissão deste gás de 33,0 g para 0,34 g
por quilômetro rodado. Um dos principais fatores que contribuiu para a diminuição da poluição
por monóxido de carbono foi a obrigatoriedade de produção de carros equipados com conversores
catalíticos. Responda por que o monóxido de carbono deve ser eliminado e explique quimicamente
como atua o conversor catalítico nesse processo.
2. (UEL) Dois eletrodos conectados a uma lâmpada foram introduzidos em uma solução aquosa, a fim
de que a luminosidade da lâmpada utilizada avaliasse a condutividade da solução. Desta forma,
foram feitos dois experimentos, (A) e (B) conforme segue.
No experimento (A) uma solução de NH4OH 0,1 mol/L foi adicionada a uma solução aquosa de HC𝓵
0,1 mol/L.
No experimento (B) uma solução de NaOH 0,1 mol/L foi adicionada a uma solução aquosa de HC𝓵
0,1 mol/L.
Ordem decrescente de condutividade iônica na solução: H+>OH->NH+ 4 > Na+
a) Com base no enunciado, associe os experimentos (A) e (B) com as figuras I e II, a seguir, que repre-
sentam a variação contínua da luminosidade da lâmpada ao longo do volume adicionado de solução.
b) Explique o fenômeno observado nas figuras I e II e descreva suas respectivas equações químicas.
188
5. (Unicamp) Conta-se que, durante a 2ª Guerra Mundial, espiões alemães mandavam mensagens
com uma tinta invisível que era essencialmente uma solução de nitrato de chumbo, Pb(NO3)2. Des-
creva, com base nas informações a seguir, um procedimento para tornar a escrita com nitrato de
chumbo visível. Justifique sua resposta.
§§ O sulfato de chumbo é um sólido branco, pouco solúvel em água.
§§ O iodeto de chumbo é um sólido amarelo, pouco solúvel em água.
§§ O sulfeto de chumbo é um sólido preto, pouco solúvel em água.
§§ O cloreto de chumbo é um sólido branco, pouco solúvel em água.
§§ O nitrato de potássio é branco e solúvel em água.
§§ Todos os sais de sódio são solúveis em água.
6. (Unicamp) Ácido clorídrico comercial, vendido com o nome de ácido muriático, é muito empregado
na limpeza de pisos de pedra. Entretanto, ele não deve ser usado em piso de mármore, devido à
reação que ocorre entre esse ácido e o carbonato de cálcio constituinte do mármore.
a) Escreva a equação química que representa essa reação.
Na limpeza de uma casa, acidentalmente, caiu um pouco de ácido muriático sobre o piso de mármore.
O dono da casa agiu rapidamente. Absorveu o ácido com um pano e, a seguir, espalhou sobre o local
atingido um dos seguintes "produtos" comumente encontrados numa residência: vinagre, água, amo-
níaco ou sal de cozinha. Dentre essas opções o dono escolheu a melhor.
b) Qual foi essa opção? Justifique sua resposta.
189
U.T.I. - E.O. §§ concentração de umidade no ar expirado
igual a 6,2% volume por volume, a 37 °C
e 1 atm de pressão;
1. (Udesc) A água pura e o ácido clorídrico §§ consumo total da umidade contida no ar
puro são péssimos condutores de corrente expirado.
elétrica. Explique como uma solução diluí- Calcule o tempo máximo de uso, em minu-
da de ácido clorídrico em água pode ser boa tos, de uma máscara que contenha 213 g de
condutora de corrente elétrica. superóxido de potássio.
b) Além do superóxido de potássio, o potássio
forma dois outros compostos binários oxige-
2. (Unesp) As moléculas de N2 e de CO2, pre- nados que não satisfazem os requisitos para
sentes na atmosfera, apresentam momento uso em máscaras.
dipolar resultante igual a zero. Em contato Indique as fórmulas desses compostos.
com a água, cujas moléculas apresentam mo-
mento dipolar resultante diferente de zero 6. (UFU) Sabendo-se que uma solução aquosa
(solvente polar), uma fração considerável de ácido fosforoso (H3PO3) é boa condutora
do CO2 atmosférico passa para a fase aquo- de eletricidade, e que o ácido fosforoso é
sa, enquanto que o N2 permanece quase que classificado como um diácido, pede-se:
totalmente na atmosfera. Desenhe a estrutu- a) As etapas do processo de ionização do áci-
ra da molécula de CO2 e explique, utilizando do, indicando as equações de suas etapas e a
equações químicas, a passagem do CO2 para a equação global.
fase aquosa. b) A fórmula estrutural do ácido fosforoso. In-
dique, por meio de círculos, quais são os hi-
3. (UFRJ) A queima do enxofre presente na ga- drogênios ionizáveis neste ácido.
solina e no óleo diesel gera dois anidridos
que, combinados com a água da chuva, for- 7. (Ufscar) A figura apresenta o esquema de
mam seus ácidos correspondentes. um experimento.
Escreva a fórmula desses ácidos e indique o
ácido mais forte. Justifique sua indicação.
190
a) Escreva as equações devidamente balancea- e outra vez com água. Transfira a camada or-
das das reações ocorridas no experimento. gânica para um frasco contendo cloreto de
b) De que problema ambiental esta questão tra- cálcio anidro para absorver a água residual.
ta? Cite a principal fonte emissora desse gás Após cerca de 10 minutos, filtre o produto
no Planeta. obtido, através de algodão, para um balão
de destilação de 50 mL e destile em banho-
8. (UFJF) A reação entre os gases nitrogênio e -maria.
oxigênio, presentes no ar, é muito difícil de
ocorrer. Porém, em presença de grande quan- 9. (Uerj) Em relação à solução de hidrogeno-
tidade de energia, como por exemplo em mo- carbonato de sódio (NaHCO3),
tores a combustão interna ou em regiões onde a) calcule a massa de soluto necessária para a
há grande ocorrência de relâmpagos, a referi- preparação dos 25 mL de solução utilizados;
da reação pode ocorrer, formando-se o anidri- b) classifique o soluto quanto a sua função quí-
do nitroso-nítrico (dióxido de nitrogênio). mica.
a) Escreva a equação balanceada que repre-
senta a reação entre os gases nitrogênio e 10. (UFV) Complete o quadro a seguir com as fór-
oxigênio, com formação do anidrido nitroso- mulas e nomes corretos, correspondentes.
-nítrico.
b) A principal consequência da formação do Fórmula do Nome do
anidrido nitroso-nítrico é que este composto Cátion Ânion
composto composto
reage com a água, contribuindo para a for- NH4+ Cℓ-
mação de um tipo de chuva chamada "chuva
Cℓ- BaCℓ2
ácida", que provoca um grande impacto am-
biental. O esquema a seguir representa a re- Ag +
Nitrato de
prata
ação do anidrido nitroso-nítrico com a água:
Fe3+ S2-
2 anidrido nitroso-nitrico(g) + água(ℓ) → Fe2+ OH-
(I)
→ HNO2(aq) + HNO3(aq) 1
1. (UFV) Complete as equações das reações a
(II) (III) seguir e preencha a tabela com os nomes e
funções das substâncias indicadas:
Classifique as substâncias (I), (II) e (III)
a) H3PO4 + Mg(OH)2 → _________+_________
como ácidos, bases, sais ou óxidos.
b) BaCℓ2 + Na2CO3 → __________+_________
c) O ácido nítrico, produzido em laboratório c) Na2O + H2O → _____________________
através da reação representada no item "b",
pode ser utilizado para neutralizar o hidró- Substâncias Função Nome
xido de sódio. H3PO4
Calcule o volume de dióxido de nitrogênio, Mg(OH)2
em litros, nas condições normais de tempe-
BaCℓ2
ratura e pressão, que produz a quantidade
de ácido nítrico necessária para neutralizar Na2CO3
completamente 2 L de uma solução de hidró- Na2O
xido de sódio a 1 mol/L.
Dado: Volume Molar nas CNTP: 22,4 L/mol 1
2. (UFV) Considere a reação de neutralização
total entre o ácido fosfórico e o hidróxido de
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: cálcio.
Uma das experiências realizadas em aulas a) Complete a equação da reação com as fórmu-
práticas de Química é a obtenção do 2-cloro las dos reagentes:
2-metil propano, usualmente denominado _________ + _________ → Ca3(PO4)2 + H2O
cloreto de t-butila. O procedimento resumi-
b) Dê o nome do sal formado na reação:
do da experiência é o seguinte:
____________________________________
Coloque em um funil de separação 15 mL de
álcool t-butílico e 30 mL de ácido clorídrico c) Escreva a equação balanceada da reação re-
concentrado e agite por alguns minutos. presentada no item a:
Deixe a mistura reagir por 20 minutos, se- ____________________________________
parando então as duas camadas que se
formam. Remova a camada aquosa e lave d) O termo MASSA MOLECULAR é usado para
a camada orgânica duas vezes com 25 mL substâncias moleculares. Para substâncias
de água, depois com 25 mL de solução iônicas como Ca3(PO4)2 o nome mais apro-
0,5 mol·L-1 de hidrogenocarbonato de sódio, priado é MASSA-FÓRMULA.
191
Calcule a MASSA-FÓRMULA do Ca3(PO4)2. 1
6. (Fuvest) O equipamento de proteção conhe-
Dados: Ca = 40u; P = 31u; O = 16u cido como "air bag" usado em automóveis,
____________________________________ contém substâncias que se transformam, em
e) Qual o tipo de ligação química existente na determinadas condições, liberando N2 que
molécula de água (H2O)? infla um recipiente de plástico. As equações
____________________________________ das reações envolvidas no processo são:
2 NaN3 → 2Na + 3N2
1
3. (UFRJ) Reações de deslocamento ou simples 10Na + 2KNO3 → K2O + 5Na2O + N2
troca são aquelas em que uma substância
simples de um elemento mais reativo deslo- a) Considerando que N2 é gerado nas duas re-
ações, calcule a massa de azoteto de sódio
ca outro de uma substância composta.
(NaN3) necessária para que sejam gerados
Um exemplo de reação de deslocamento, em 80 L de nitrogênio, nas condições ambiente.
que o cálcio desloca o hidrogênio, é apresen- b) Os óxidos formados, em contato com a pele,
tado a seguir: podem provocar queimaduras. Escreva a
Ca(s) + 2 HNO3(aq) → Ca(NO3)2(aq) + H2(g) equação da reação de um desses óxidos com
a água contida na pele.
a) Qual o nome do sal formado nessa reação? Dados: Volume molar de gás nas condi-
b) Por analogia, apresente a equação da reação ções ambientes: 25 L/mol
em que o alumínio desloca o hidrogênio do massa molar do NaN3: 65 g/mol
ácido clorídrico.
1
7. (Unesp) Quando se adiciona uma solução
1
4. (Unesp) Considere as seguintes experiências aquosa de carbonato de sódio a uma solução
de laboratório: aquosa de mesma concentração, em mol/L,
I. Adição de uma solução aquosa de brometo de cloreto de bário, forma-se um precipitado
de sódio a uma solução aquosa de nitrato branco. Adicionando-se ácido nítrico, ocorre
de prata, ambas de mesma concentração a dissolução do precipitado.
em mol/L. a) Escreva a equação química da reação de for-
II. Adição de uma solução aquosa de ácido mação do precipitado, identificando-o.
sulfúrico a um pedaço de zinco metálico. b) Escreva a equação química da reação de dis-
III. Adição de um pedaço de sódio metálico à solução do precipitado.
água.
IV. Borbulhamento de cloreto de hidrogênio 1
8. (UFRJ) A reação de hidratação de um certo
em água. óxido é representada pela equação:
V. Adição de uma solução aquosa concentrada X2O + H2O → 2 XOH,
de cloreto de bário a uma solução aquosa, onde X é um elemento desconhecido
de igual concentração em mol/L, de car- a) Classifique o óxido X2O.
bonato de sódio. b) A reação de neutralização de XOH com um
a) Escreva as equações químicas balanceadas ácido produz sal e água.
correspondentes às experiências nas quais Sabendo que 112 g de XOH reagem com 73 g
de ácido clorídrico, apresente o nome do sal
há formação de precipitado.
formado nesta neutralização.
b) Escreva os nomes oficiais dos precipitados
formados.
1
9. (Unicamp) Tem-se uma solução aquosa que
pode conter apenas os nitratos de alumínio,
1
5. (Unesp) Os corais, animais marinhos encon- magnésio e zinco. Essa solução foi submeti-
trados unicamente em mares tropicais, são da ao seguinte tratamento:
dotados de um esqueleto formado por carbo- I. Adicionou-se solução de NaOH em exces-
nato de cálcio. O carbonato de cálcio é capaz so. Formou-se um precipitado A, que foi
de reagir com água e com o gás carbônico separado por filtração.
nela dissolvido para formar o sal solúvel bi- II. Ao filtrado do item I, adicionou-se HNO3
carbonato de cálcio. diluído até o meio ficar ácido. A seguir,
a) Escreva a equação balanceada de dissolução juntou-se solução de NH4OH em excesso,
do carbonato de cálcio, segundo a reação formando-se um precipitado B que foi se-
mencionada, indicando o estado físico de parado por filtração. Restou uma solução C.
cada reagente. Com base nas informações acima e na tabela
b) Sabendo que a dissolução de dióxido de car- a seguir
bono em água é um processo exotérmico,
HNO3
justifique porque não existem corais em ma- NH4OH NaOH
Cátion diluído em
res frios. em excesso em excesso
excesso
Aℓ3+ precipita solúvel solúvel
Mg 2+
precipita precipita solúvel
Zn2+ solúvel solúvel solúvel
192
a) Escreva a equação química da reação de pre-
cipitação de A.
b) Considerando a solução aquosa inicial, qual
cátion não se pode ter certeza que exista
nela? Justifique.
2
0. (Unesp) Três frascos sem rótulo contêm, se-
paradamente, soluções aquosas de carbonato
de potássio, cloreto de potássio e sulfato de
potássio.
a) Indique como se pode distinguir o conteúdo
de cada frasco através de reações com solu-
ções diluídas de ácido nítrico e cloreto de
bário.
b) Justifique escrevendo as equações químicas
balanceadas das reações envolvidas.
193
U.T.I. 2
Química 2
Funções orgânicas
Grupo
Função Nomenclatura Exemplo Nome
funcional
Reação de esterificação
Esse tipo de reação é muito comum para a formação de ésteres, que são muito utilizados como flavorizantes em
indústrias. A reação é característica pela reação entre ácido e álcool, gerando éster e água.
Aminas
As aminas têm caráter básico, que deve-se ao par de elétrons não ligantes do nitrogênio, capaz de aceitar o íon H+
gerado pelos ácidos.
197
Aminoácidos
São substâncias que apresentam duas funções: amina e ácido carboxílico. Os aminoácidos apresentam caráter
anfótero, ou seja, podem apresentar caráter ácido ou básico.
Isomeria
Isomeria plana
§§ Isomeria de função
b) aldeído × cetona
198
c) ácido carboxílico × éster
Os isômeros pertencem à mesma função, mas apresentam diferentes tipos de cadeia, cadeias com classifi-
cações diferentes. Os mais comuns são:
a) normal × ramificada
b) aberta (acíclica) × fechada (cíclica)
c) homogênea × heterogênea
Os isômeros pertencem à mesma função, têm o mesmo tipo de cadeia, mas diferem pela posição de um
radical (grupo metil, etil etc.), de um grupo funcional ou de uma insaturação.
Exemplos:
Exemplos:
199
Exemplos:
a) cetona × enol (tautomeria ceto-enólica)
Isomeria espacial
§§ Isomeria geométrica (cis-trans)
Isômeros geométricos ou cis-trans são moléculas que têm a mesma fórmula molecular, mesma fórmula
estrutural plana, cujas estruturas espaciais, no entanto, diferem.
As condições necessárias para ocorrer isomeria geométrica (cis-trans) é ter dupla ligação entre dois átomos
de carbono com ligantes diferentes em cada um dos dois átomos de carbono que “cercam” a dupla ligação.
Moléculas com grupos de maior peso em lados opostos num plano traçado horizontalmente são chamados
de trans, enquanto os grupos de maior peso do mesmo lado são chamados de cis.
I II
§§ Isomeria óptica
É o caso de isomeria espacial, em que os isômeros apresentam mesma fórmula molecular, mesma fórmula
estrutural plana, ou seja, são por ela indistinguíveis, mas diferem pela atividade óptica.
Carbono assimétrico ou quiral (C*) é o que se liga a quatro ligantes diferentes entre si. Esses ligantes podem
ser átomos, grupos (radicais metil, etil etc.) ou grupos funcionais.
2 2
200
As substâncias atravessadas pela luz polarizada podem ser classificadas em dois grupos:
§§ Substâncias opticamente inativas, que não desviam o plano de vibração da luz polarizada (é o caso
das misturas racêmicas, que é uma mistura em quantidades iguais de dois enantiómeros de uma mo-
lécula quiral, cuja atividade óptica não desvia o plano da luz polarizada nem para a esquerda levogiro,
nem para a direita dextrogiro); e
§§ Substâncias opticamente ativas, que desviam o plano de vibração da luz polarizada, denominadas
dextrogiras ou levogiras, se o desvio de tal plano for para a direita ou para a esquerda, respectivamente.
201
U.T.I. - Sala
1. (Uerj) Duas das moléculas presentes no gengibre são benéficas à saúde: shogaol e gingerol. Obser-
ve suas fórmulas estruturais:
Aponte o tipo de isomeria espacial presente, respectivamente, em cada uma das estruturas.
Nomeie, ainda, as funções orgânicas correspondentes aos grupos oxigenados ligados diretamente
aos núcleos aromáticos de ambas as moléculas.
Para as duas substâncias destacadas em negrito, demonstre se ambas apresentam carbonos quirais.
Justifique sua resposta.
4. (Unifesp) O confrei (Symphytum officinale L.) é uma planta utilizada na medicina tradicional
como cicatrizante, devido à presença da alantoína (estrutura 1), mas também possui alcaloides
pirrolizidínicos, tais como o da estrutura 2, os quais são comprovadamente hepatotóxicos e carci-
nogênicos. O núcleo destacado na estrutura 2 recebe o nome de necina ou núcleo pirrolizidina.
a) Nas estruturas 1 e 2, os grupos funcionais que contêm átomos de oxigênio caracterizam duas funções
orgânicas. Relacione cada função com o respectivo composto.
b) A estrutura 1 apresenta isomeria óptica? Qual é o caráter ácido-básico do grupo necina? Justifique
suas respostas.
5. (UFG) Os flavonoides, cuja estrutura básica é apresentada a seguir, são compostos comumente
encontrados em alimentos.
202
Considerando o exposto,
a) introduza os substituintes adequados nos anéis A, B e C, para que sejam representados, respectiva-
mente, os grupos funcionais de um álcool, uma amida e um ácido carboxílico;
b) indique o número de carbonos sp2 e sp3 presentes na estrutura do flavonoide apresentado.
203
U.T.I. - E.O.
1. (UFJF-PISM) A quercetina, cuja estrutura química está representada abaixo, está associada com
processos de inibição de inflamação óssea. Com relação à sua fórmula estrutural bem como a de
seu análogo estrutural A, responda aos itens a seguir.
Responda:
a) A que função orgânica pertence o composto orgânico?
b) Forneça o nome oficial pela norma IUPAC do isômero geométrico do feromônio da figura.
204
4. (UFSC) “[...] Era o carro do Fábio que tinha pela população mundial para aliviar dores
acabado o freio. Mandei que ele apertasse o de cabeça, reumatismo e controlar a febre. O
pedal e vi que ia até o fundo. Percebi que mais conhecido deste medicamento é a Aspi-
era falta de fluido. [...] Perguntei ao Luis rina. Na reação abaixo está descrita a síntese
se ele tinha fluido de freio e ele disse que do ácido acetilsalicílico.
não tinha. E ninguém tinha. Então falei com
o Antonino que o jeito era tirar um pouco
de cada carro, colocar naquele e ir assim até
chegar numa cidade”.
FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. Jorge, um brasileiro. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 155-156.
Escreva:
a) o nome da função orgânica presente nos
compostos apresentados na tabela.
b) a fórmula estrutural de cada um dos compos-
tos, conforme a ordem da tabela I, II e III. Com base no texto acima e na estrutura do
c) o nome da força intermolecular responsável enalapril, responda:
pelo elevado valor do ponto de ebulição dos a) Quais as quatro funções químicas oxigena-
compostos citados. das e nitrogenadas presentes na estrutura
do enalapril?
5. (UEG) As aminas pertencem a uma classe de b) Quantos átomos de carbono assimétrico
moléculas orgânicas que, em muitos casos, (quiral) existem nessa estrutura? Utilize um
encontra grande aplicação biológica. Abaixo, asterisco (*) para destacar esse(s) átomo(s)
são apresentados exemplos dessas substân- de carbono na estrutura do enalapril.
cias que rotineiramente são encontradas nos c) Qual a hibridação dos átomos de carbono do
laboratórios de química. enalapril indicados pelos algarismos de 1 a 4
na estrutura apresentada?
205
a) Transcreva a estrutura apresentada e circule Considerando o exposto,
as funções orgânicas, identificando-as. a) represente os dois isômeros ópticos dessa es-
b) Indique o(s) anel(éis) aromático(s) trutura. Utilize cunhas ( ) e traços ( ) para
presente(s) no composto. representar os grupos ligados ao carbono quiral;
c) Qual a hibridização do carbono pertencente b) substitua uma das metilas da dupla ligação
à função amida? por um grupo etila, para que a estrutura te-
nha orientação z.
9. (Uema) A canela (Cinnamonum zeylanicum)
é uma especiaria muito utilizada em pratos
1
2. (UERJ) A adrenalina é um hormônio neuro-
típicos do período junino, tais como a can-
jica e o mingau de milho, por ter um sabor transmissor produzido pelo organismo sob
picante e adocicado e aroma peculiar. Essas determinadas condições. Observe sua fórmu-
características organolépticas são prove- la estrutural:
nientes do aldeído cinâmico (3-fenil prope-
nal) que apresenta duas estruturas distintas
em razão de sua isomeria geométrica, uma
cis e a outra trans.
A partir da nomenclatura oficial desse aldeí-
do, desenhe as duas estruturas isoméricas. A
seguir, identifique as estruturas cis e trans,
Indique o número de isômeros opticamente
respectivamente. Justifique sua resposta.
ativos da adrenalina e indique seus grupos
1
0. (UERJ) Em 1860, Louis Pasteur, ao estudar o funcionais.
crescimento do fungo 'Penicillium glaucum',
constatou que esse microrganismo era capaz 1
3. (UERJ) O cravo-da-índia e a noz-moscada
de metabolizar seletivamente uma mistura são condimentos muito utilizados na culiná-
dos isômeros ópticos do tartarato de amônio, ria, e seus principais constituintes são, res-
consumindo o isômero dextrogiro e deixan- pectivamente, o eugenol e o isoeugenol.
do intacto o isômero levogiro. O tartarato é o Observe suas fórmulas estruturais:
ânion divalente do ácido 2,3-diidroxi-buta-
nodioico, ou ácido tartárico.
Um químico, ao reproduzir o experimento
de Pasteur, utilizou, inicialmente, 150 g de
uma mistura racêmica de tartarato de amô-
nio. O gráfico a seguir apresenta a variação
da massa dessa mistura em função do tempo
de duração do experimento. Aponte o tipo de isomeria plana que ocorre
entre essas duas moléculas e nomeie aquela
que apresenta isomeria espacial geométrica.
Em seguida, indique o número total de car-
bonos assimétricos, quando retira-se a dúpla
da cadeia alifática e adiciona-se bromo em
cada um dos carbonos.
1
4. (Udesc) As moléculas orgânicas (I), (II),
(III) e (IV) abaixo, possuem importantes
funções fisiológicas e farmacológicas para os
animais.
Calcule a massa de d-tartarato remanescente
após dez horas do início do experimento. Em
seguida, apresente, em linha de ligação ou
bastão, a fórmula estrutural do tartarato de
amônio.
1
1. (UFG) O citronelal, cuja estrutura plana é
apresentada a seguir, é o principal compo-
nente do óleo de citronela.
206
a) Indique (se houver) o heteroátomo em cada 1
8. (UFTM) A substância conhecida como fenolf-
molécula. taleína foi, por muitos anos, utilizada am-
b) Quais funções orgânicas estão presentes em plamente como princípio ativo de laxantes.
cada molécula? Atualmente, seu principal uso é como indi-
cador ácido-base. A seguir, são apresentadas
1
5. (UEL) No dia 31 de janeiro de 2012, quatro a fórmula estrutural da fenolftaleína e algu-
pessoas morreram e dezesseis foram hospi- mas informações sobre sua solubilidade.
talizadas com intoxicação após a liberação
de uma massa de gás ácida em um aciden-
te ocorrido num curtume em Bataguassu
(MS). Em nota, o Corpo de Bombeiros em
Mato Grosso do Sul, informou que o aciden-
te aconteceu durante o descarregamento de
10 mil litros de ácido dicloro-propiônico em
um dos três tanques instalados no curtume.
O ácido dicloro-propiônico ou dicloro-pro-
panoico tem ação desinfetante e é usado no solubilidade em água: 0,092 g/L a 20 °C
tratamento do couro e na retirada de exces- solubilidade em etanol: 14 g/L a 20 °C
sos e gorduras. Esse ácido, em contato com a) Indique, na fórmula estrutural, os nomes e
ar ou água, pode formar o ácido clorídrico, os agrupamentos característicos das funções
que causa irritação e intoxicação. orgânicas presentes na fenolftaleína.
a) Escreva a fórmula estrutural do ácido propa- b) Com base em interações moleculares, expli-
noico (propiônico) e dos possíveis isômeros que o fato de a solubilidade da fenolftaleína
do seu derivado dicloro-propanoico. em etanol ser maior do que em água, à mes-
ma temperatura.
b) Um desses isômeros pode apresentar ativida-
de óptica. Desenhe sua estrutura e destaque
o carbono assimétrico. 1
9. (IME) Para cada composto abaixo, apresente
as fórmulas estruturais planas das formas
tautoméricas, se houver, ou justifique a ine-
1
6. (UFES) A substância abaixo é o componente
xistência de tautomeria.
principal do feromônio sexual e de agrega- a) CH3COCH2COCH3
ção de uma espécie de besouro do gênero b) aldeído benzoico
Gnathotricus.
2
0. (UFF) Os hidrocarbonetos de fórmula geral
CnH2n+2 são usados para produção de energia.
A combustão total do n-hexano na presença
de oxigênio produz dióxido de carbono, água
e calor.
a) Escreva o nome sistemático (IUPAC) dessa Com base na informação, represente:
substância. a) a equação química balanceada na combustão
b) Calcule a massa de carbono presente em 320 do n-hexano;
miligramas da substância. b) a massa do hexano necessária para produzir
c) Calcule o número de estereoisômeros possí- 56 L de dióxido de carbono nas CNTP;
veis para essa substância. c) as fórmulas estruturais e dê a nomenclatura
d) Escreva a função química a que pertence de todos os isômeros do n-hexano.
essa substância.
1
7. (PUC-RJ) Considere o composto orgânico a
seguir, representado de duas formas:
207
U.T.I. 2
Química 3
Equação geral dos gases numa mistura
A mistura entre dois ou mais gases sempre constitui um sistema homogêneo.
m m
nA = ____
A e nB = ____
B
MA MB
Pressão parcial
Se, PTOTAL = P1 + P2 + P3 + ... + Pn podemos aplicar no clayperon, obtendo-se (pA + pB + pC) . V = (nA + nB+ nC) . R . T.
Portanto é deduzido que PTOTAL ∙ V = nTOTAL ∙ R ∙ T e pela lei de raoult PA = XA ∙ PT, onde XA é a fração molar.
Volume parcial
VTOTAL = V1 + V2 + V3 + ... + Vn
VA = XA ∙ VT
Fração parcial
na
A razão ____
ntotal é chamada de fração molar (X), que corresponde a um quociente entre uma quantidade de mols e a
quantidade total de mols da mistura. A fração molar é adimensional e é sempre um número menor que 1. A soma
das frações molares de cada gás numa mistura é sempre igual a 1.
n n n n
XA + XB + XC = ____
n A + ____
n B + ____
n C = ____
nTOTAL = 1
TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL
Solubilidade
Substâncias polares dissolvem-se melhor em outras substâncias polares, assim como substâncias apolares dissol-
vem-se melhor em outras substâncias apolares. Nos gases, a solubilidade aumenta com a diminuição de tempera-
tura, enquanto que nos sais é o inverso, ou seja a soluilidade aumenta com a diminuição da temperatura.
211
Coeficiente de solubilidade (Cs) ou solubilidade (S)
É a máxima quantidade de soluto que pode ser dissolvida numa quantidade fixa de solvente.
212
Densidade
m
d = __
V
Da qual:
d – densidade da solução, em g/cm3 (g·cm–3) ou em g/mL (g·mL–1)
m – massa da solução (soluto + solvente) em grama, g
V – volume da solução (soluto + solvente) em centímetros cúbicos (cm3) ou mililitros (mL)
Da qual:
C – concentração comum, g/L
M – massa molar do soluto, g/mol
M – concentração em mol/L
d – densidade, g/mL ou g/cm3
τ – título ou porcentagem em massa, %
213
A qualidade do ar atmosférico, por exemplo, torna-se inadequada se houver mais de 0,000015 g de monó-
xido de carbono (CO) por grama de ar.
De forma simplificada:
Diluição
Diluir uma solução consiste em adicionar uma quantidade de solvente puro a uma solução pré-existente. Isso altera
apenas a quantidade do solvente sem mudança na quantidade de soluto.
Ci ∙ Vi = Cf ∙ Vf
De forma análoga:
Mi ∙ Vi = Mf ∙ Vf
di ∙ ti ∙ Vi = df ∙ t f ∙ Vf
Termoquímica
214
Variação de entalpia (ΔH)
O ΔH corresponde ao calor liberado ou absorvido durante o processo, à pressão constante. O cálculo da variação
da entalpia é dado pela expressão genérica:
ΔH = Hfinal – Hinicial
ΔH em reações exotérmicas
Nas reações exotérmicas, como ocorre na liberação de calor, a entalpia dos produtos (HP) é menor do que a entalpia
dos reagentes (HR). Com isso, conclui-se que:
ΔH < 0
ΔH em reações endotérmicas
Nas reações endotérmicas, como ocorre na absorção de calor, a entalpia dos produtos (HP) é maior do que a ental-
pia dos reagentes (HR).
ΔH > 0
Equação termoquímica
§§ Reações endotérmicas (ΔH > 0)
Exemplo:
Exemplo:
C(s) + O2(g) → CO2(g) + 394 kJ
215
Fatores que influem nas entalpias (ou calores) das reações
1. Quantidade de reagentes e de produtos
A quantidade de calor de um processo (∆H) é diretamente proporcional à quantidade de matéria (mols) de
seus participantes.
3. Forma alotrópica
Se o elemento formar alótropos – substâncias simples diferentes –, a forma mais estável – menos energé-
tica – tem entalpia zero (O2 e O3, Cgrafite e Cdiamante etc.).
216
U.T.I. - Sala
1. (UERJ) Em condições ambientes, o cloreto de hidrogênio é uma substância molecular gasosa de
fórmula HCℓ. Quando dissolvida em água, ioniza-se e passa a apresentar caráter ácido.
Admita uma solução aquosa saturada de HCℓ com concentração percentual mássica de 36,5% e
densidade igual a 1,2 kg∙L-1.
Calcule a concentração dessa solução, em mol∙L-1, e nomeie a força intermolecular existente entre
o HCℓ e a água.
2. (UERJ) Considere os seguintes valores das entalpias-padrão da síntese do HCℓ, a partir dos mes-
mos regentes no estado gasoso.
HCℓ(g): ∆H0 = 92,5 kJ∙mol-1
HCℓ(ℓ): ∆H0 = - 108,7 kJ∙mol-1
4. (UFBA) Um recipiente fechado contém 15 mols de CH4, 25 mols de C3H8 e 35 mols de C4H10 a
27°C. O volume parcial de CH4 corresponde a 6 L. Determine, em atm, a pressão parcial do CH4 na
mistura. Expresse o resultado com arredondamento para o número inteiro mais próximo.
5. (IME) O sulfato cúprico anidro é obtido a partir da reação de uma solução aquosa de ácido sulfúrico
98% (em massa), a quente, com cobre. Sabendo que a solução aquosa de ácido sulfúrico tem massa
específica 1,84 g/cm3 e que o ácido sulfúrico é o reagente limitante, calcule a massa de sulfato
cúprico obtida a partir da reação de 10,87 mL da solução aquosa de ácido sulfúrico.
6. (UFG) A variação de entalpia (∆H) é uma grandeza relacionada à variação de energia que depende
apenas dos estados inicial e final de uma reação. Analise as seguintes equações químicas:
217
U.T.I. - E.O. 4. (UFES) A embalagem do "sal light", um sal
de cozinha comercial com reduzido teor de
sódio, traz a seguinte informação: "Cada 100
1. Uma mistura gasosa com 0,3 mol de oxi- gramas do sal contém 20 gramas de sódio".
gênio, 0,4 mol de nitrogênio e 0,3 mol de Determine:
argônio exerce uma pressão de 1,12 atmos- a) a porcentagem (em massa) de C nesse sal;
feras quando encerrada em um recipiente a b) a quantidade de íons sódio existentes em
273 K. Admitindo-se um comportamento 10,0 gramas desse sal;
ideal, qual é o volume aproximado, em litros, c) a concentração de NaCℓ (em mol/L) em uma
do recipiente? solução preparada pela dissolução de 10,0
gramas desse sal em 25,0 gramas de água,
2. (UEMA) Um aluno do ensino médio, ao uti- sabendo que a densidade da solução resul-
lizar argumento criativo para classificar uma tante foi de 1,12 g/cm-3;
solução com base em seu coeficiente de solu- d) as frações em mol de NaCℓ e de H2O em uma
bilidade, apresentou a seguinte resposta: solução preparada pela dissolução de 10,0
“Solução insaturada – limonada com pouco gramas desse sal em 25,0 gramas de água.
açúcar.
Solução saturada – açúcar na medida certa, 5. (PUC-RJ) O mercúrio tem número atômi-
sente-se um suco de limão adocicado. co igual a 80 e é o único metal líquido na
Solução supersaturada – uma limonada em temperatura ambiente. O mercúrio pode ser
que não se sente mais o gosto do limão, só produzido a partir da decomposição do seu
do açúcar”. óxido HgO, que tem massa molar igual a
A professora explicou que o coeficiente de so-
lubilidade varia de acordo com o soluto, com 216,6 g·mol-1. A decomposição de uma quan-
a quantidade de solvente e com a temperatu- tidade de HgO liberou 40 kj de energia. Con-
ra em que se encontra a solução, fazendo uso siderando o mercúrio e a reação de decom-
do gráfico abaixo, cuja curva mostra a quan- posição de seu óxido indicada abaixo, faça o
tidade máxima de soluto dissolvido para uma que se pede.
dada temperatura. HgO(s) → Hg(ℓ) + 1/2 O2(g) ∆H=-200 kJ
218
7. (UFPR) “Concentração de CO2 na atmosfera 1
0. (Unifesp) Soluções aquosas de nitrato
pode ultrapassar 400 ppm em maio. de prata (AgNO3), com concentração má-
A concentração de dióxido de carbono (CO2) na xima de 1,7% em massa, são utilizadas
atmosfera poderá ficar acima das 400 partes como antisséptico em ambiente hospitalar.
por milhão (ppm) em boa parte do Hemisfério A concentração de íons Ag+ presentes numa
Norte já em maio deste ano. Será a primeira solução aquosa de AgNO3 pode ser deter-
vez em mais de três milhões de anos que a minada pela titulação com solução de con-
barreira dos 400 ppm será ultrapassada.” centração conhecida de tiocianato de po-
(Disponível em <http://www.institutocarbonobrasil.org. tássio (KSCN), através da formação do sal
br/noticias2/noticia=733827>. Acesso em abr. 2013) pouco solúvel tiocianato de prata (AgSCN).
Na titulação de 25,0 mL de uma solução de
Dados:
AgNO3, preparada para uso hospitalar, fo-
Pressão atmosférica = 1 atm.
ram utilizados 15,0 mL de uma solução de
Massa molar (g∙mol-1): C=12, O=16.
KSCN 0,2 mol∙L–1, para atingir o ponto final
Massa molar média do ar = 29.
da reação.
Volume molar = 24 L∙mol-1
a) Determine, em mol∙L–1, a concentração da
solução preparada de AgNO3.
O dado fornecido de concentração se refere b) Mostre, através de cálculos de concentração,
a partes por milhão de volume seco (ppmv). se a solução de AgNO3 preparada é adequada
a) A concentração considerada normal de CO2 para uso hospitalar. Considere que a massa
é 380 ppm. Calcule o acréscimo na pressão molar de AgNO3 seja igual a 170 g∙mol–1 e
parcial de CO2 (em atm) ao atingir 400 ppm. que a densidade da solução aquosa seja igual
b) Caso a concentração fornecida de 400 ppm a 1 g∙mL–1.
fosse em parte por milhão em massa, calcule
qual seria o valor de concentração de CO2 em 1
1. (UFAM) Um sistema composto pela mistura
mol por litro. de três gases, A, B e C, está a uma tempera-
tura de 27 ºC e apresenta uma pressão de
8. (UFG) Analise a tabela a seguir, a qual apre- 4 atm. Considerando que o volume total do
senta as massas de algumas substâncias sistema seja 37 litros e que os gases A e B
apresentam respectivamente pressões par-
comumente encontradas a cada 100 mL de
ciais 2 e 1 atm, qual será a quantidade de
água mineral.
matéria dos gases A, B, e C?
Substâncias Massas
Nitrato 5 mg 1
2. (UFPR) A solubilidade das substâncias é um
parâmetro muito importante no preparo de
Sulfato 10 mg
soluções e permite comparar a natureza de
Carbonato 15 mg dissolução de diversos solutos. A solubilida-
Bicarbonato 30 mg de pode variar com a temperatura, conforme
mostra o gráfico a seguir.
Dados: Massa molar (g/mol): Na = 23; Rb =
A partir das informações apresentadas,
86; Li = 7; k = 39; N = 14; O = 16; Cl = 35.
a) calcule as concentrações, em mol∙L-1, de bi-
carbonato e de nitrato na água mineral;
b) escreva as fórmulas iônicas para os íons car-
bonato e sulfato.
219
soluções desses sais em ordem crescente de concentração (em mol/L).
b) Suponha que você possui um recipiente contendo 100 g de solução saturada de LiCℓ, a 70°C. Se essa
solução for resfriada a 40°C, qual a massa de precipitado que ficará depositada no fundo?
1
3. (UFTM) A tabela fornece valores aproximados da solubilidade em água do bicarbonato de sódio em
várias temperaturas.
solubilidade (g/100g de água) 6,5 7,5 8,5 10,0 11,0 12,5 13,5 15,0 16,5
temperatura (°C) 0 10 20 30 40 50 60 70 80
a) Na malha quadriculada a seguir, construa um gráfico com os valores fornecidos, relacionando a solu-
bilidade (eixo das ordenadas) com a temperatura (eixo das abscissas).
1
4. (PUC-RJ) O vinagre utilizado como tempero nas saladas contém ácido acético, um ácido monopró-
tico muito fraco e de fórmula HC2H3O2. A completa neutralização de uma amostra de 15,0 mL de
vinagre (densidade igual a 1,02 g/mL) necessitou de 40,0 mL de solução aquosa de NaOH 0,220
mol/L. A partir dessas informações, pede-se:
a) a porcentagem em massa de ácido acético no vinagre;
b) o volume de KOH 0,100 mol/L que contém quantidade de íons OH− equivalente ao encontrado nos 40,0
mL de solução aquosa de NaOH 0,220 mol/L.
1
5. (UFJF) O chumbo e seus derivados têm muitas aplicações: baterias, tubulações, solda, cerâmica,
protetor contra radiações (Raio X), entre outras. Entretanto, é tóxico para o organismo, sendo
preciso muito cuidado com seu manuseio.
a) Um dos compostos que pode ser usado para preparar sais de chumbo é o óxido de chumbo. Usando as
reações abaixo, encontre a variação de entalpia para a formação do óxido de chumbo sólido, a partir
do chumbo metálico e do oxigênio gasoso.
Pb(s) + CO(g) → PbO(s) + C(s) ∆H0 = - 106,8 kJ
2 C(s) + O2(g) → 2 CO(g) ∆H0 = - 221,0 kJ
b) A reação de formação do PbO(s) é exotérmica ou endotérmica? Justifique sua resposta.
c) Se 310,5 g de chumbo metálico reagirem com oxigênio suficiente para formar óxido de chumbo, qual
a quantidade de calor (em kJ) envolvida no processo? Esse calor é absorvido ou liberado?
220
1
6. (Unicamp) O esquema abaixo representa um bafômetro.
dispositivo para se estudar o comportamen- Considerando o texto acima e aspectos a ele
to de um gás ideal. Inicialmente, no frasco 1, relacionados, julgue o item a seguir.
é colocado um gás a pressão de 1 atmosfera, Se, no sangue de um indivíduo, a concen-
ficando sob vácuo os frascos 2 e 3. Abre-se, tração de álcool etílico (C2H6O) for igual a
em seguida, a torneira entre os frascos 1 e 1 . 10-4 mol/L, isso significará que essa con-
2 até que se estabeleça o equilíbrio. Fecha- centração é maior que 0,05 mg/mL.
-se, então, esta torneira e abre-se a torneira
entre os frascos 1 e 3. O volume do frasco 1 1
9. (PUC-RJ) Combustível é todo produto utili-
é 9 vezes maior do que do frasco 2 e o do 3 é zado com a finalidade de produzir energia a
9 vezes maior que o do 1. partir de sua queima ou combustão. O etanol
(C2H5OH) é um combustível que, quando in-
jetado nas câmaras de combustão dos veícu-
los, reage com oxigênio e libera energia. A
quantidade de calor liberada pela combustão
completa de 1 mol de etanol é 295 kcal.
a) Escreva a reação balanceada de combustão com-
pleta do etanol (reação do etanol com o O2).
b) Calcule a energia produzida, na forma de ca-
lor, pela combustão de 1 kg de etanol.
a) Feito o procedimento acima descrito, em c) Calcule a massa de CO2 produzida pela com-
qual frasco haverá menor quantidade de mo- bustão completa de 46 g de etanol.
léculas de gás?
b) Sendo P2 a pressão final do frasco 2 e P3 a
pressão final do frasco 3, qual será o valor
da relação P2/P3 ao final do experimento?
Desprezar o volume dos tubos das conexões.
1
7. (ITA) Estima-se que a exposição a
16 mg·m–3 de vapor de mercúrio por um perí-
odo de 10 min seja letal para um ser huma-
no. Um termômetro de mercúrio foi quebra-
do e todo o seu conteúdo foi espalhado em
uma sala fechada de 10 m de largura, 10 m
de profundidade e 3 m de altura, mantida a
25°C.
Calcule a concentração de vapor de mercúrio
na sala após o estabelecimento do equilíbrio
Hg(ℓ) → Hg(g), sabendo que a pressão de vapor
do mercúrio a 25 °C e 3∙10–6 atm, e verifique
se a concentração de vapor do mercúrio na
sala será letal para um ser humano que per-
maneça em seu interior por 10 min.
1
8. (UNB) O novo Código de Trânsito Brasilei-
ro faz restrições ao consumo de bebidas al-
coólicas por condutores de veículos. Se, no
exame do bafômetro, o condutor de um ve-
ículo automotor for flagrado com quantida-
de superior a 0,1 mg de álcool por litro de
ar expelido, ele fica sujeito a penalidades.
Entretanto, o resultado apontado pelo bafô-
metro pode não corresponder ao real estado
de intoxicação do condutor do veículo, pois
o princípio de funcionamento dos bafôme-
tros fundamenta-se em reações químicas.
Alguns compostos cetônicos, frequentemen-
te encontrados no ar exalado por diabéti-
cos, por exemplo, podem ser interpretados
como concentrações elevadas de álcool pelo
221