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RESENHA: VOS, Geerhardus. O Reino de Deus e


a Igreja. Goiânia: Logos. 2005. 143 p.

novembro 12, 2009 por Oliveira Fábio

(https://creiologos.wordpress.com/wp-admin/media.php?
action=edit&attachment_id=135)

De formação holandesa torna-se professor da recém criada


cadeira de Teologia Bíblica no Seminário teológico de Princeton EUA em 1882,
Vos trouxe a esta área da teologia grande contribuição sob o ponto de vista
reformado. Com habilidade transita pelas linhas de compreensão
desenvolvidas pela até então, recém nascida, disciplina de teologia Bíblica
dialogando com profundidade acadêmica estabelecendo bases para uma perspectiva
reformada desta disciplina, influenciando nomes de peso na área como, por exemplo, O.
Palmer Robertson e Gerard Van Groningen os quais possuem obras traduzidas pela editora
Cultura Cristã para a língua portuguesa.

A obra publicada em (1903), tem como título original “The Teaching of Jesus
Concerning the Kingdom of God and the Church”. Este título foi adapatado para a lingua
portuguesa como “O Reino de Deus e a Igreja” podendo ser considerado um prejuízo, visto
que, o propósito da obra é mais bem explicitado pela versão original.

Vos analisa o tema do reino observando em primeiro momento a narrativa dos


sinóticos e depois essencialmente as parábolas proferidas por Jesus ou quando não, em
algumas passagens especificas dos evangelhos que tratam ou se referem ao tema. A obra se
divide em doze capítulos sendo que o ultimo é um esboço das idéias que o autor julgou serem
principais.  No capítulo (1) UM, lemos:
“A sua importância (reino) será mais bem vista considerando-se que a chegada
do Reino é o grande evento que Jesus conecta à sua vinda e atividade” p 02 e mais: “Por outro
lado, não se pode negar que  em muitos aspectos, a idéia de Reino atua no pensamento e
ensino do nosso Senhor como um ponto envolta do qual muitos outros elementos de verdade,
naturalmente, se reuniram e se agruparam em harmoniosa combinação” p15.

  O autor trabalha esta perspectiva em toda a obra examinando a história


verificando como os textos podem ser abordados de forma de que as idéias teológicas não
sejam desvinculadas umas das outras e nem do contexto das idéias religiosas do mundo
judaico primitivo . No capitulo (2) DOIS Vos estabelece alguns parâmetros para a sua análise,
propondo:

 “Do inicio ao fim ele (Jesus) se refere ao Reino de Deus como uma concepção
fixa, a qual assume que os seus ouvintes estejam familiarizados. Em afirmar que o Reino é
chegado, ele lha atribui o caráter de algo que faz parte daquele mundo da profecia, que se
move adiante através das eras, para o seu cumprimento divinamente determinado” p 19.

  No capitulo (3) três, após ter estabelecido sua perspectiva faz uma exegese
bastante interessante sobre o uso dos termos no tempo de Jesus “Reino de Deus – Reino dos
céus” concluindo que em primeiro lugar, a revelação do poder de Deus ocupava o lugar
central na mente de Jesus p 31. Em segundo, Jesus usou ambas as frases registradas pelos
diferentes evangelistas, p 33 e por ultimo, que Jesus utiliza ambas as expressões sem lhes
aplicar diferença de sentido p 34.

A partir do capitulo (3) três à (10) dez, Vos examina mais detidamente o reino
sob uma perspectiva teológica. O capitulo (3) é um dos mais significativos, pois, nele são
desenvolvidos conceitos importantes sobre o reino. Entre eles, que a instalação do reino é um
processo gradual, que o reino é de natureza espiritual, mas, de alguma forma visível e final.
Um dos pontos principais é a sua proposição de que o reino é ao mesmo tempo imanente e
escatológico.

No capitulo (5) preocupa-se em explicar que o Reino de Deus é, espiritual e


sobrenatural argumentando como esta visão difere das concepções judaicas da época que
transportaram a idéia de Reino apenas para o político – material.  Dos capítulos (6) seis à (8)
procura demonstrar como o Reino é regido pela supremacia de Deus e não por outro principio
formador. Segundo o autor, Deus é o fator supremo e controlador, tal como um governante
em um reino humano p 69.  Depois disso nos capítulos sete e oito procura mostrar um pouco
sobre as esferas existentes neste reino e os benefícios ao homem. Lemos:

  “A supremacia de Deus no reino se revela da várias formas. Ela vem à luz nos
atos pelos quais o reino é estabelecido, na ordem moral sob a qual existe, nas bênçãos
espirituais, privilégios e deleites gozados no reino” p 72. […] “Quanto a esta vida, que constitui
possessão abençoada do homem do Reino, é dominada pela idéia de comunhão com Deus
como sua fonte principal de gozo”. “p 104”.

  No capitulo (9) nove o mais longo da obra o autor desenvolve algumas


perspectivas sobre a relação igreja e reino. Em primeiro lugar, que a igreja forma um elo
intermediário entre a vida presente e a vida da eternidade, possuindo poderes do mundo
porvir p115. Em segundo, que não se deve manter o Reino e a Igreja separados em esferas
inteiramente distintas p116. Terceiro que a Igreja é uma incorporação verdadeira de seu
Reino realizando o seu reinado invisível de forma visível p 118. Em quarto, que a igreja é a
expressão do rei da glória p 118. E alguns outros importantes tópicos. O último capítulo trata
sobre a entrada no reino, por arrependimento e fé.

A leitura do texto é agradável, mas, o conteúdo é denso. Não temos outras


obras do autor além desta traduzida para a lingua portuguesa, por isso, é um, material
importante para a capacitação teológica e para o aprofundamento Bíblica sendo leitura
obrigatória para os futuros ministros do evangelho com consciência e fé reformada.

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