You are on page 1of 53

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS

ADRIANO DE OLIVEIRA GIANOTTO


ANDREA SANCHEZ LISBOA FERREIRA
DOLORES ALVES PEREIRA DE BRITTO
FLÁVIA PIERETTI CARDOSO
KARINE ALBUQUERQUE
(Organizadores)

LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS


QUERO APRENDER
BÁSICO I

Desenhos: Carlos Roberto Delmondes da Silva

1ª edição

PMCG
CAMPO GRANDE-MS

1
SUMÁRIO
1. ALFABETO MANUAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS............................4
2. NÚMEROS ........................................................................................................5
3. A LÍNGUA DE SINAIS É IGUAL EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO?........ 7
4. PARÂMETROS FORMACIONAIS DA LIBRAS................................................. 8
5. CUMPRIMENTOS E APRESENTAÇÕES.........................................................11
6. LEGALIDADE DA LIBRAS................................................................................13
7. FAMÍLIA E A QUESTÃO DO GÊNERO EM LIBRAS........................................15
8. ADVÉRBIOS.................................................................................................... 20
9. VISÃO CLÍNICA E PEDAGÓGICA DA SURDEZ..............................................23
10. SINAIS RELACIONADOS AO TEMPO.............................................................23
11. É POSSÍVEL LER SEM DECIFRAR?.............................................................. 27
12. HORAS.............................................................................................................29
13. A SURDEZ (CLÍNICA)......................................................................................31
14. PRONOMES.....................................................................................................34
15. PRONOMES PESSOAIS................................................................................. 35
16. PRONOMES DEMONSTRATIVOS E POSSESSIVOS.....................................37
17. CORES............................................................................................................ 38
18. ALIMENTOS.................................................................................................... 40
19. BEBIDAS......................................................................................................... 43
20. FRUTAS.......................................................................................................... 44
20. LEGUMES E VERDURAS............................................................................... 46
21. AMBIENTE ESCOLAR – PARTE I.................................................................. 48
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................ 52

2
LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

LÍNGUAS DE SINAIS são línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas. As
línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas naturais,
sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As línguas de
sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das pessoas surdas. A
LIBRAS é a língua utilizada pelas comunidades surdas brasileiras. (QUADROS,
2004).

ALFABETO MANUAL
É comum, entre as pessoas que tem contato pela primeira vez com a língua de
sinais, acreditar que o alfabeto manual ou alfabeto datilológico seja a língua
completa, no entanto, é apenas um dos recursos utlizados na comunicação dessa
língua. O alfabeto manual é uma representação manual da ortografia do português,
envolvendo uma sequência de configurações de mão (QUADROS e KARNOPP,
2004) e, em geral, é usado na soletração de nomes próprios de pessoas ou lugares,
de siglas, dos empréstimos linguísticos, etc. Esse alfabeto pode ser sinalizado com
uma mão (unimanual) ou duas (bimanual). No caso da Língua Brasileira de Sinais o
alfabeto é unimanual mas, o da Inglaterra é bimanual, conforme figura abaixo.

. Alfabeto manual inglês. (Libras.Info).

3
ALFABETO MANUAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

4
NÚMEROS

As línguas, de maneira geral, apresentam formas diferentes para representar os


numerais quando utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, etc. Nas línguas
de sinas, como é o caso da LIBRAS, ocorre também essa diferença no momento da
sinalização (FELIPE,2007).

 Para sinalizar os números CARDINAIS as configurações utilizadas são as


seguintes:

EX: Nº da casa, nº do telefone, nº sapato, idade, etc.

 Para os ORDINAIS, do PRIMEIRO ao NONO, a forma é a mesma dos


cardinais, porém, esses possuem movimentos enquanto os cardinais não
possuem. Veja:

5
Ex.: Andar de um prédio, colocação numa competição, etc.
 Para QUANTIDADE os numerais são sinalizados sem adição de movimento,
porém, há diferenças na configuração de mão e no posicionamento dos
números de 1 a 4, observe:21

Ex.: Quantidades em geral (quantas canetas? Quantas boslas?, etc.)

 Além das diferenças entre cardinais, ordinais e quantidade há ainda formas

específicas para se referir a termos numéricos como os exemplos a seguir:

PRIMEIRA-VEZ SEGUNDA-VEZ PRIMEIRA ÚLTIMO

UMA-VEZ VÁRIAS-VEZES
6
LEITURA

A língua de sinais é igual em qualquer lugar do mundo?

Por ser de modalidade gestual-visual muitas pessoas imaginam que a


língua de sinais, em todo o mundo, é a mesma, ou seja, universal. Os estudos e
pesquisas das diferentes línguas gestuais concluíram que estas apresentam
diferenças consideráveis entre si.
Da mesma forma que as línguas orais são diferentes nos diversos países,
com as línguas de sinais ocorre o mesmo, além é claro dos regionalismos e dialetos
dentro do mesmo país. O nome dado à língua de sinais do Brasil já sugere essa
diferença: Língua Brasileira de Sinais. Assim, há a Língua de Sinais Americana, a
Língua de Sinais Espanhola e assim por diante. O que pode haver entre essas
línguas são semelhanças no nível estrutural, de acordo com as origens e influências
de algumas línguas em determinado país. A LIBRAS, por exemplo, teve influência
da Língua de Sinais Francesa, com a vinda do professor surdo Hernest Huet para o
Brasil.
Outro pensamento é de que a língua de sinais é a versão sinalizada da
língua oral, ou seja, que basta dar um sinal para cada palavra e tudo estão
resolvidos. No entanto, as línguas de sinais são naturais e autônomas, possuindo
peculiaridades que as distinguem umas das outras e das línguas orais além de
serem complexas tanto quanto. Também, dispõem de recursos expressivos
suficientes para permitir aos seus usuários expressar-se sobre qualquer assunto, em
qualquer situação.

CURIOSIDADE: Em convenções e competições internacionais é usado o Gestuno,


também chamado de língua de sinais internacional assim como usa-se o Esperanto
para as línguas orais.

7
PARÂMETROS FORMACIONAIS DA LIBRAS

A estrutura da LIBRAS, assim como a de outras línguas de sinais, é


constituída a partir de parâmetros (KLIMA; BELLUGI apud FERREIRA BRITO,
1995). A combinação simultânea desses parâmetros forma o significado dos sinais.
Mudanças nesses parâmetros alteram o significado.
Vejamos:

 CONFIGURAÇÃO DA(S) MÃO(S) (CM): são as diversas formas que a(s)


mão(s) toma(m) na realização do sinal.

 PONTO DE ARTICULAÇÃO (PA): é o espaço em frente ao corpo (espaço


neutro) ou uma região do próprio corpo (encostanto, tocando), onde os sinais
são articulados.

 MOVIMENTO(M): é o deslocamento da mão no espaço, durante a realização


do sinal. Os sinais ao serem articulados podem possuir ou não movimento.

 ORIENTAÇÃO DA(S) MÃO(S) (Or): é a direção da palma da(s) mão(s)


durante a realização do sinal (para cima, para baixo, para o corpo ou “para
dentro”, para a frente, para a esquerda, para a direita).

 EXPRESSÕES NÃO MANUAIS (ENM): As expressões não-manuais


(movimento da face, dos olhos, da cabeça ou do tronco) são de grande
importância para compor ou diferenciar significados. Há sinais que são
realizados apenas com expressões não manuais, sem o uso das mãos.

IMPORTANTE!: É comum a pergunta sobre qual mão utilizar no momento da


sinalização. Na verdade, o sinalizador utilizará sua mão de domínio (direita para os
destros e esquerda para os canhotos). Há sinais que requerem o uso das duas
mãos.

8
TABELA DE CONFIGURAÇÕES DE MÃO DA LIBRAS
Como vimos anteriormente, as configurações de mão são as diversas
formas que a(s) mão(s) toma(m) na realização do sinal e estas fazem parte da
construção do seu significado. A tabela a seguir foi adaptada do dicionário de Libras
(FELIPE, 2005) e ilustra 74 tipos diferentes de configurações (apesar de terminar no
número 64, observe que algumas se subdividem em a/b). Se olhar com atenção vai
perceber que o alfabeto e os números fazem parte destas configurações.
24

9
10
CUMPRIMENTOS E APRESENTAÇÕES
O ato de saudar está presente em todas as culturas. Geralmente quando
as pessoas são apresentadas umas às outras se cumprimentam dizendo o primeiro
nome. As pessoas surdas além de dizer o nome em datilologia, se apresentam pelo
seu sinal pessoal. O sinal pode ser uma representação visual da pessoa ou um
atributo dela. (FELIPE, 2007). Vejamos algumas saudações em LIBRAS e sinais
relacionados:

OI TUDO B@M NOME SINAL

PRAZER-EM-CONHECER B@M DIA B@A TARDE B@A NOITE

DESCULPA OBRIGAD@ ENTENDER NÃO-ENTENDER

11
POR-FAVOR LEGAL REPETIR IDADE

B@A SORTE CERTO ERRADO TCHAU

LIBRAS

12
LEITURA
Legalidade da LIBRAS

A Língua Brasileira de Sinais obteve o reconhecimento oficial do governo


brasileiro pela Lei 10.436, de 24 de abril de 2002:
Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a
Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras a
forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-
motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de
transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do
Brasil. (BRASIL, Lei nº 10.436/02).
Essa Lei foi regulamentada pelo Decreto Federal 5626 de 22 de
dezembro de 2005, que traz a definição de pessoa surda e deficiência auditiva. Uma
das conquistas importantes da Legislação foi o reconhecimento da potencialidade da
pessoa surda para a comunicação visual. Veja:
Art. 2º Para fins deste Decreto, considera-se pessoa surda àquela que,
por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio der
experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua
Brasileira de Sinais-Libras.
Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral,
parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas
frequências de 500Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. (BRASIL, Decreto nº 5626/05, grifo
nosso).
Esse Decreto definiu formas institucionais para o uso e difusão da Língua
Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, visando o acesso das pessoas surdas
à educação. O decreto trata ainda da inclusão da Libras como disciplina curricular
nos cursos de formação de professores e nos cursos de Fonoaudiologia, da
formação do professor e do instrutor de Libras, da formação do tradutor e intérprete
de Libras/Língua Portuguesa, da garantia do direito à educação e saúde das
pessoas com surdez e do papel do poder público e das empresas no apoio ao uso e
difusão da Libras. (Para uma leitura completa da legislação acesse: http://www.libras.org.br/leilibras.php)

13
IMPORTANTE!: “Surdo-mudo” - Não é correto dizer que alguém é surdo-
mudo apenas pelo fato de não ouvir. A pessoa surda tem seu aparelho fonador
preservado, logo, pode emitir sons ou até mesmo pode desenvolver a fala por meio
de terapia fonoaudiológica (em alguns casos). Para ser mudo, o surdo precisa
apresentar também alterações psíquicas e/ou orgânicas que o impeça de emitir som.
Além disso, para as pessoas surdas que fazem o uso da língua de sinais, esta
exerce a mesma função que a fala. (Os Surdos não são mudos. Disponível

em:www.ifono.com.br/ifono.php/os-surdos-sao-mudos Acesso em 07/12/2012.)

FAMÍLIA E A QUESTÃO DO GÊNERO EM LIBRAS


Gênero (Masculino / Feminino)
Na Língua de Sinais não há desinências para Gênero, diferente da Língua

Portuguesa em que o uso das desinências servem para identificar se uma palavra

está no masculino ou feminino (Ex. MeninA, MeninO).Na Libras para a marcação de

gênero se faz necessário o uso dos sinais de HOMEM –MULHER. Quando se

escreve em Língua Portuguesa uma palavra para representar um sinal com

desinência de gênero, usa-se o símbolo @ indicando que este sinal pode ser usado

tanto para o masculino como para o feminino (Ex.MENIN@). (FELIPE, 2007).

14
SINAIS REALCIONADOS À FAMÍLIA

FAMÍLIA

15
HOMEM MULHER PAI (1) PAI (2)

MÃE (1) MÃE (2) FILH@ IRMÃ@

TI@ PRIM@ SOBRINH@ VOVÔ (1)

VOVÔ (2) BISAVÔ (1) BISAVÔ (2) MADRASTA


16
ENTEADO MEIO-IRMÃ@ FILH@-ADOTIV@

GRAVIDEZ BEBÊ GEME@S (1) GEME@S (2)

CRIANÇA JOVEM ADULTO SOGR@

GENRO NORA CUNHAD@ ESPOS@

17
PESSOA AMIG@ MADRINHA PADRINHO

PARENTE SOLTEIR@ PAQUERAR NAMORAD@

NOIV@ CASAMENTO SEPARAD@ DIVÓRCIO

VIUV@ UNIÃO-ESTÁVEL

18
LEITURA
LINGUAGEM X LÍNGUA

Linguagem é universal, mais abrangente do que língua. É toda forma de


expressão humana para a comunicação, um conjunto de signos, podendo este
conjunto ser visual, gestual, comportamental, sonoro, que mexe com a faculdade
intelectual do falante para captar a mensagem.
Língua é um recorte menor da linguagem. A língua é a expressão
linguística construída em meio a trocas sociais, culturais e políticas. É um sistema
organizado de normas convencionadas através de uma gramática, próprias de uma
comunidade. Pode se dizer que, “a função primária da língua é a comunicação e a
expressão do pensamento” e “pode também ser usada para comunicar sentimentos
e emoções”.
Assim, o termo correto para se referir à LIBRAS é Língua Brasileira de
Sinais e não linguagem, visto que os estudos já comprovaram que as línguas de
sinais são um sistema linguístico legítimo e atendem a todos os critérios linguísticos
de uma língua genuína, não sendo simples gestos. Ao aprofundar seus estudos e
contato com a comunidade Surda perceberá isso com facilidade. (QUADROS ;
KARNOPP, 2004, p. 29).

19
ADVÉRBIOS

Na LIBRAS o tempo é marcado sintaticamente através de advérbios de


tempo que indicam se a ação está ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; ocorreu
no passado: ONTEM/ANTEONTEM/PASSADO/JÁ; ou irá ocorrer no futuro:
AMANHÃ/FUTURO. Os advérbios podem vir no começo da frase ou no final dela
(FELIPE, 2007).
Geralmente, quando não há na frase sinalização específica de um
advérbio de tempo, considera-se tempo presente.

SIM NÃO MANHÃ TARDE

NOITE MADRUGADA HOJE AMANHÃ

ONTEM PASSADO PRESNTE/AGORA FUTURO


20
JÁ JÁ FOI DIARIAMENTE SEMPRE

NUNCA ANTES DEPOIS AQUI

ETERNO ALI PERTO

LONGE PRÓXIMO EM CIMA EM BAIXO

21
EM FRENTE AINDA NÃ0 LÁ

POUCO MUITO O MESMO CADA

QUASE ÚLTIMO TALVEZ DEVAGAR

JUNTO
22
LEITURA
Visão clínica e pedagógica da surdez
Visão clínica – Através da visão clínica os surdos são categorizados
pelos graus de surdez e não pelas suas identidades culturais. A fala seria a única
possibilidade de viver bem na sociedade. Ela vê os surdos como pacientes que
necessitam ser tratados através de exercícios terapêuticos ( treinamento auditivo,
exercícios de preparação do órgãos do aparelho fonador, etc.).
Visão Pedagógica - Nessa visão a surdez é considerada como
experiência visual que traz aos surdos a possibilidade de construir sua subjetividade
por meio de experiências cognitivo-linguísticas diversas, sendo a língua de sinais
seu principal meio de concretização. Dessa forma, ela vê os surdos como pessoas
que necessitam ser respeitados pela sua singularidade linguística, com direito a uma
educação bilíngue, ou seja, a Língua Brasileira de Sinais – Libras como língua de
instrução, por ser sua primeira língua, e o aprendizado da Língua Portuguesa como
segunda língua. (BRASIL, 2006).

SINAIS RELACIONADOS AO TEMPO

DIA DIA-INTEIRO SEMANA 2º FEIRA

23
3º FEIRA 4º FEIRA 5º FEIRA 6º FEIRA

SÁBADO DOMINGO MÊS JANEIRO

FEVEREIRO (1) FEVEREIRO (2) MARÇO ABRIL

MAIO JUNHO JULHO AGOSTO

24
SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

ANO ANOS FERIADO FÉRIAS

CÉU SOL LUA

ESTRELA CHUVA VENTO


25
TROVÃO RAIO NEVE

TERREMOTO FURAÇÃO NUBLADO

CALOR FRIO

26
LEITURA

É possível ler sem decifrar?

Se essa pergunta referir-se a crianças que falam e escutam sua língua


materna, em problemas ou dificuldades a resposta seria NÃO. A decifração é um
aspecto peculiar a leitores iniciantes que costumam recorrer à audição como um
caminho para fazer a informação visual da escrita chegar ao cérebro. Como
conhecem os sons das letras a rota fonológica os auxilia na recodificação dos sons
em sílabas que se unem até formar unidades de significado (palavras) que são
reconhecidas ou não pelo dicionário mental. Se forem reconhecidas são
compreendidas; se não forem reconhecidas, não houve leitura, apenas
decodificação.
No entanto, à medida que o dicionário mental se amplia e a pessoa vai se
familiarizando com as palavras ela não mais necessita da decifração, pois o
reconhecimento da palavra se dá na totalidade. Por outro lado, se essa pergunta
referir-se aos surdos a resposta é SIM.
No caso dos surdos, a leitura não ocorrerá recorrendo às relações letra-
som (rota fonológica). Desde os primeiros contatos com a escrita, as palavras serão
processadas mentalmente como um todo, sendo reconhecidas em sua forma
ortográfica (denominada rota lexical), serão “fotografadas” e memorizadas no
dicionário mental se a elas corresponder alguma significação. Se não houver
sentido, da mesma forma não houve leitura.
Façamos um exercício para entender o que é a rota lexical.
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea,não ipomtra em qaul
odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e
útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê
pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a
plravaa cmoo um tdoo.

27
Se você conseguiu ler a mensagem sem dificuldades é porque seu
dicionário mental reconheceu todas as palavras e lhes atribuiu um sentido, não
necessitando soletrar letra por letra para compreender a palavra invertida. É esse o
mecanismo cognitivo que permitirá que os surdos passem da palavra ao significado,
sem conhecer seus sons!
Lembre-se:
Rota lexical ou ortográfica – é o percurso cognitivo utilizado para a leitura pelos surdos. A
identificação da palavra ocorre sem a pronúncia da palavra (rota fonológica) mas por meio
de seu reconhecimento visual . As palavras são lidas com base em sua forma ortográfica,
ou seja, a palavra impressa é imediatamente relacionada a um conceito, sem que seja
necessário recorrer à sua estrutura sonora.

No entanto, há um aspecto que não se pode esquecer! Ler não é


reconhecer palavras isoladas, mas, sim, compreender e negociar sentidos na
interação com o texto escrito. (FERNANDES, 2006).

28
HORAS
Na Libras, há dois sinais para se referir à hora: um para se referir ao
horário cronológico (sinalizado com um apontar para o pulso) e outro para a
duração/tempo decorrido (sinalizado por um círculo ao redor do rosto).
Para as horas do dia sinaliza-se o sinal HORA (cronológico), seguido de
numerais para quantidade (1 a 12), acrescidos dos sinais MANHÃ, TARDE, NOITE
OU MADRUGADA , quando necessário, já que na LIBRAS não se usa as
expressões “treze horas”, “quatorze horas”, “quinze horas”, etc. (FELIPE, 2007).

HORA (1) HORA (2) MINUTO SEGUNDO

15 MINUTOS 25 MINUTOS MEIA HORA 30 MUNITOS

29
45 MINUTOS 3 HORAS E 30 MINUTOS 6 HORAS E 30 MINUTOS

7 HORAS EXATAS 12 HORAS 12 HORAS E 30 MINUTOS

2 HORAS 3 HORAS 4 HORAS 5 HORAS


(DURAÇÃO) (DURAÇÃO) (DURAÇÃO) (DURAÇÃO)

30
LEITURA
A SURDEZ (CLÍNICA)

ANATOMIA DO OUVIDO: O APARELHO AUDITIVO ESTÁ DIVIDIDO EM 3 PARTES:


OUVIDO EXTERNO OUVIDO MÉDIO OUVIDO INTERNO

- pavilhão auricular O ouvido médio é O ouvido interno é responsável pela


- canal auditivo; responsável pela decodificação do sinal sonoro(som).
O ouvido externo é transmissão do som. Nesta região do ouvido existem
responsável pela recepção do O tímpano entrará em líquidos e células que serão excitados
som, tendo a função de captar vibração com a chegada do com a chegada do estímulo enviado
o som e conduzi-lo até o som, movimentando com pela orelha média, convertendo-o em
tímpano. isso os três ossículos impulso nervoso e encaminhando-o
(martelo, bigorna e estribo) para o cérebro através do nervo
e levando o som até o auditivo.
ouvido interno. Além das estruturas comentadas, é
nesta parte do ouvido que está o
labirinto, órgão responsável pelo
equilíbrio.

Disponível em: http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/06/17/anatomia-do-ouvido-humano/


acesso em 25/07/2012.

O conhecimento sobre as características da surdez permite àqueles que se relacionam


ou que pretendem desenvolver algum tipo de trabalho pedagógico com pessoas surdas, a
compreensão desse fenômeno, aumentando sua possibilidade de atender às necessidades especiais
constatadas.

31
QUANTO AO PERÍODO DE AQUISIÇÃO, A SURDEZ PODE SER DIVIDIDA EM DOIS GRANDES GRUPOS:

• CONGÊNITAS • ADQUIRIDAS

Quando o indivíduo já nasceu surdo. Nesse caso Quando o indivíduo perde a audição no decorrer
a surdez é pré-lingual, ou seja, ocorreu antes da da sua vida. Nesse caso a surdez poderá ser pré
aquisição da linguagem. ou pós-lingual, dependendo da sua ocorrência
ter se dado antes ou depois da aquisição da
linguagem.

QUANTO À ETIOLOGIA (CAUSAS DA SURDEZ), ELAS SE DIVIDEM EM:

• PRÉ-NATAIS • PERI-NATAIS • PÓS-NATAIS

Surdez provocada por fatores Surdez provocada mais Surdez provocada por doenças
genéticos e hereditários, freqüentemente por parto adquiridas pelo indivíduo ao
doenças adquiridas pela mãe na prematuro, anóxia cerebral longo da vida, como: meningite,
época da gestação (rubéola, (falta de oxigenação no cérebro caxumba, sarampo. Além do
toxoplasmose, logo após o nascimento) e uso de medicamentos
citomegalovírus), e exposição trauma de parto (uso ototóxicos, outros fatores
da mãe a drogas ototóxicas inadequado de fórceps, parto também têm relação com a
(medicamentos que podem excessivamente rápido, parto surdez, como avanço da idade e
afetar a audição). demorado). acidentes.

COM RELAÇÃO À LOCALIZAÇÃO (TIPO DE PERDA AUDITIVA) DA LESÃO, A ALTERAÇÃO AUDITIVA


PODE SER:

• CONDUTIVA • EUROSSENSORIAL • MISTA • CENTRAL

Quando está localizada Quando a alteração está Quando a alteração A alteração pode se
no ouvido externo e/ou localizada no ouvido auditiva está localizada localizar desde o tronco
ouvido médio; as interno (cóclea ou em no ouvido externo e/ou cerebral até às regiões
principais causas deste fibras do nervo médio e ouvido interno. subcorticais e córtex
tipo são as otites, rolha auditivo). Esse tipo de Geralmente ocorre cerebral.
de cera, acúmulo de lesão é irreversível; a devido a fatores
secreção que vai da tuba causa mais comum é a genéticos,
auditiva para o interior meningite e a rubéola determinantes de má
do ouvido médio, materna. formação.
prejudicando a vibração
dos ossículos
(geralmente aparece em
crianças
frequentemente
resfriadas). Na maioria
dos casos, essas perdas
são reversíveis
após tratamento.

32
O audiômetro é um instrumento utilizado para medir a sensibilidade auditiva de um
indivíduo. O nível de intensidade sonora é medido em decibel (dB). Por meio desse instrumento faz-
se possível a realização de alguns testes, obtendo-se uma classificação da surdez quanto ao grau de
comprometimento (grau e/ou intensidade da perda auditiva), a qual está classificada em níveis, de
acordo com a sensibilidade auditiva do indivíduo:

AUDIÇÃO NORMAL de 0 15 dB -

SURDEZ LEVE de 16 a 40 dB Nesse caso a pessoa pode apresentar dificuldade


para ouvir o som do tic-tac do relógio, ou mesmo
uma conversação silenciosa (cochicho).
SURDEZ MODERADA de 41 a 55 dB Com esse grau de perda auditiva a pessoa pode
apresentar alguma dificuldade para ouvir uma voz
fraca ou o canto de um pássaro.
Surdez acentuada de 56 a 70 dB Com esse grau de perda auditiva a pessoa poderá ter
alguma dificuldade para ouvir uma conversação
normal.
SURDEZ SEVERA de 71 a 90 dB Nesse caso a pessoa poderá ter dificuldades para
ouvir o telefone tocando ou ruídos das máquinas de
escrever num escritório.
SURDEZ PROFUNDA acima de 91 dB Nesse caso a pessoa poderá ter dificuldade para
ouvir o ruído de caminhão, de discoteca, de uma
máquina de serrar madeira ou, ainda, o ruído de um
avião decolando.
ANACUSIA Surdez Total -
A surdez pode ser, ainda, classificada como UNILATERAL, quando se apresenta em apenas um
ouvido e BILATERAL, quando acomete ambos ouvidos.

MEC/SEESP, 2006 – Saberes e Práticas da Inclusão

33
PRONOMES E CORES

Pronomes Interrogativos

Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no


início da frase, mas o pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando
está sendo usado com o sentido de "quem é" ou "de quem é" são mais usados no
final. Todos os três sinais têm uma expressão facial interrogativa feita
simultaneamente com eles. (FELIPE, 2007).

PRONOME ONDE QUE QUEM

QUAL QUANTOS

34
Pronomes Pessoais
A Libras possui um sistema pronominal para representar as pessoas do
discurso. Assim como na Língua Portuguesa os pronomes podem ser omitidos. Os
pronomes na 3ª pessoa não possuem marca para gênero. (FELIPE, 2007).

SINGULAR

EU VOCÊ EL@

PLURAL

NÓS-2 NÓS-2 NÓS-3 NÓS-4

35
NÓS-TOD@S VOCÊS-2 VOCÊS-3 VOCÊ-4

VOCÊS-TOD@S VOCÊS-GRUPOS EL@-2 EL@-3

EL@-4 EL@-TOD@S EL@-GRUPO

36
PRONOMES DEMONSTRATIVOS E POSSESSIVOS

Os pronomes demonstrativos, como os pessoais e os possessivos estão


relacionados à pessoa do discurso e não possuem marca para gênero. No caso dos
pronomes demonstrativos representam, na perspectiva do emissor, o que está bem
próximo, perto ou distante. Para os possessivos não há sinal específico para dual,
trial, quadrial e plural (grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais
correspondentes. Ex. NÓS FILH@. (FELIPE, 2007).

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

EST@ ESS@ AQUEL@ AQUI

AÍ LÁ

37
PRONOMES POSSESSIVOS

ME@ TE@ SE@ PRÓPRI@

CORES

CORES ARCO-ÍRIS VERMELHO AMARELO

AZUL LARANJA BRANCA PRETO (1)

38
PRETO (2) ROSA MARROM VERDE

CINZA BEGE PRATA VINHO

LILÁS ROXO CLARO ESCURO

39
ALIMENTOS

ALIMENTOS ARROZ FEIJÃO FEIJÃO PRETO

CARNE CARNE DE SOL FRANGO LINGUIÇA

OVO PEIXE CHURRASCO CAMARÃO

FÍGADO LASANHA 40
BIFI DOBRADINHA
MACARRÃO MIOJO SOBÁ

SOPA PÃO PÃO DE FORMA

MANTEIGA PRESUNTO QUEIJO MORTADELA

PEITO DE PERU SALSICHA SANDUICHE PIZZA


41
CACHORRO QUENTE PASTEL NUGETS

PIPOCA PIMENTA-DO-REINO ÓLEO SAL

ALHO CEBOLA ERVILHA

CANA-DE-AÇÚCAR GOSTOSO FOME 42


BEBIDAS

BEBIDAS ÁGUA ÁGUA COM GÁS LEITE

REFRIGERANTE ( 1 E 2) CAFÉ CHÁ (1 E 2) ÁGUA DE COCO

VINHO WISKY QUENTÃO CACHAÇA

43
CERVEJA GELO
FRUTAS

FRUTAS MAÇÃ MELANCIA MELÃO

MAMÃO UVA MORANGO MANGA

TANGERINA LARANJA LIMÃO ABACATE

ABACAXI BANANA GOIABA COCO 44


CAJU (1 E 2) CAQUI FIGO CEREJA

PERA AMEIXA JABUTICABA KIWI

45
LEGUMES E VERDURAS

VERDURAS E LEGUMES ALFACE SALADA

AGRIÃO COUVE-FLOR PEPINO

TOMATE BATATA PALMITO

46
MILHO AZEITONA BETERRABA
PIMENTÃO REPOLHO CENOURA

ABÓBORA BERINGELA MANDIOCA

VOCÊ SABIA?

No dia 10 de setembro é comemorado o Dia Mundial de Valorização da


Língua de Sinais e aqui no Brasil 26 de setembro foi escolhido para comemorar o
Dia Nacional do Surdo, essa data lembra a inauguração da primeira escola para
Surdos no país em 1857, com o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio
de Janeiro, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. E 26 de julho é
o dia do profissional tradutor e intérprete de Libras.

47
AMBIENTE ESCOLAR – PARTE I

ESCOLA ALUNO PROFESSOR INSPET@R

SUPERVIS@R SALA DE AULA BIB

SECRETARIA MOCHILA DIRET@R CANETA

48
LÁPIS LÁPIS DE COR LAPISEIRA
LIVRO APONTADOR COLA

PAPEL TESOURA RÉGUA DICINÁRIO

MESA QUADRO GIZ

APAGADOR EXERCÍCIOS PROVA (1) PROVA (2)


49
SOMA DIVISÃO SUBTRAÇÃO MULTIPLICAÇÃO

DISCIPLINA MATEMÁTICA (1) MATEMÁTICA PORTUGUÊS


(2)

GEOGRAFIA HISTÓRIA CIÊNCIAS BIOLOGIA

ED.ARTÍSTICA ED.FÍSICA INGLÊS REDAÇÃO

50
MATRÍCULA COPIAR BOLETIM

FILA APROVADO REPROVADO APRENDER

ENSINAR

51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBRES, N. A. Surdos & Inclusão Educacional. Rio de Janeiro: Arara Azul, 2010.

ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas.


Campinas: Pontes, 1998.

BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436,


de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o
art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Brasília, DF, Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 23 Dez. 2005.


Disponível em:<http://www.libras.org/leilibras.php> Acesso em 17/07/2012.

BRASIL. Instituto Nacional de Educação de Surdos. História do Ines, arquivos.


Disponível em: <http://www.ines.gov.br/institucional/Paginas/historiadoines.aspx.>
Acesso em 01/10/2012.

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de


Sinais - Libras e dá outras providências. Brasília, DF, Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, 24 Abr. 2002. Disponível em:
<http://www.libras.org/leilibras.php> Acesso em 17/07/2012.

BRASIL. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o


atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. 2ª ed.
Brasília, DF: SEESP/MEC, 2006.

BRITO, L. F. Por uma gramática de línguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo


Brasileiro: UFRJ, departamento de ínguistica e Filologia, 1995.

CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL W. D.(Ed.). Dicionário Enciclopédico Ilustrado


Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira. V.1, 3ª ed. – São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2008.

COSCARELLI, C. V. Estratégias de Aprendizagem de Língua Estrangeira: uma


breve introdução. Educação e Tecnologia. Belo Horizonte: CEFET-MG, v. 4, n.4,
p. 23-29, 1997. Disponível em:
<www.letras.ufmg.br/carlacoscareli/publicações/ESTRAT.pdf.> Acesso em
17/07/2012.

FELIPE, T. A; MONTEIRO, M. S. Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do


Estudante. 7ª ed. Brasília, DF: SEESP/MEC, 2007.

FERNANDES, E. (Org.). Surdez e Bilingüismo. 2ª ed. Porto Alegre: Mediação,


2008.
FERNANDES, S. Práticas de Letramento na Educação Bilíngue para Surdos.
SEED/SUED/DEE. Curitiba, 2006, pg. 6-9.

52
GESSER, A. Libras? Que língua é essa? : Crenças e preconceitos em torno da
língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

MONTANHER, H.; JEFFERSON, D.; FERNANDES, S. Letramento em Libras.


Curitiba: IESDE Brasil S.A., v.1, p.364, 2010.

QUADROS, R. M. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua


portuguesa. 2ª ed. Brasília, DF: SEESP/MEC, 2007.

QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: Estudos


linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

SACKS, O. Vendo Vozes: uma jornada pelo mundo dos surdos. São Paulo:
Companhia das Letras,1999.9
70
LIMA-SALLES, H. M. M. et al. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos:
caminhos para a prática pedagógica. Brasília, DF. SEESP/MEC, v.2, 2004.
Disponível em: <http: // portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lpvol1.pdf> Acesso em:
25/07/2012.

LIMA-SALLES, H. M. M. (Org.) Bilinguismo dos surdos: questões lingüísticas e


educacionais. 1º ed. Goiânia: Cânone, 2007.

SILVA, A.C.; NEMBRI, A.G. Ouvindo o silêncio. Porto Alegre:Mediação, 2008.

SILVA, F. I. et al. Aprendendo libras como segunda língua: nível básico. Santa
Catarina: CEFET/NEPES, 2007.

SKLIAR, C. (Org.). A Surdez: um olhar sobre as diferenças. 3ª ed. Porto Alegre:


Mediação, 2005.

STROBEL, K. L.; FERNANDES, S. Aspectos linguísticos da língua brasileira de


sinais. Curitiba: SEED/SUED/DEE, 1988.

VILHALVA, S. O Despertar do Silêncio. Coleção Cultura e Diversidade Arara Azul.


Disponível em: <http://editora-arara-azul.com.br/pdf/livro1.pdf> Acesso em:
19/07/2012.

53

You might also like