Professional Documents
Culture Documents
PARA
CONCURSOS
1-Administra çã o p ú blica
brasileira em rela çã o aos modelos
burocr á tico,patrimonial e
gerencial.
Modelos te ó ricos de
Administra çã o P ú blica:
patrimonialista, burocr á tico e
gerencial. O Estado Olig á rquico e
Patrimonial Brasileiro 1. Pequena
elite de senhores de terra e de
pol í ticos patrimonialistas
dominavam amplamente o pa í s. 2.
Para Fairo o poder pol í tico do
Estado est á concentrado em um
estamento aristocr á tico
burocr á tico de juristas, letrados, e
militares, que derivam seu poder e
sua renda do pr ó prio Estado.
Pode-se afirmar que, apesar de
adotar o modelo gerencial, a
administra çã o p ú blica brasileira
ainda det é m caracter í sticas e
pr á ticas patrimonialistas de
administra çã o, que se originam na
pr ó pria cria çã o do Estado. A
administra çã o
patrimonial é frequentemente
utilizada para defender interesses
escusos das minorias que ascendem
ao poder, e em raz ã o de n ã o
constituir um modelo de
administra çã o racionalizado e
concebido pela doutrina, mas aceito
pelos costumes e pr á ticas
rotineiras, n ã o ser á alvo de
estudo por este trabalho.
A burocracia e o gerencialismo, ao
contr á rio, s ã o formas racionais
de administra çã o p ú blica, que
objetivam, em princ í pio,
proporcionar efici ê ncia e
celeridade na presta çã o dos
servi ç os p ú blicos, em prol de
interesses coletivos. Assim, o
estudo de ambos os modelos, a
respeito de suas caracter í sticas
comuns, distin çõ es, contexto
hist ó rico e efeitos sociais s ã o
essenciais para se entender os
motivos pelos quais os servi ç os
p ú blicos se encontram na
situa çã o atual.
As formas de Administra çã o
P ú blica No Brasil, as tr ê s formas
de administra çã o p ú blica
foram: • Administra çã o
patrimonialista: aquela que n ã o
visa o interesse p ú blico antecede
a democracia e o capitalismo,
entretanto sobrevive em regimes
democr á ticos imperfeitos, é o
clientelismo. • Administra çã o
p ú blica baseada em servi ç o civil
profissional e em regimes
burocr á ticos, procedimentos
r í gidos administrativos,
e; • Administra çã o gerencial: pode
ser chamada de nova gest ã o
p ú blica, é aquela introduzida pela
Reforma do Estado e trouxe
mudan ç as significativas que
refletem a situa çã o atual. O que
se convencionou chamar
de “ Administra çã o
Gerencial ” ou “ Gest ã o
P ú blica ” é a forma de
administra çã o atual que tem por
objetivo resultados pr á ticos e
mensur á veis (HENRIQUE, 2011).
formas De acordo com Bresser
Pereira (2000), das tr ê s de
administrar o Estado:
Patrimonialista, Burocr á tica e
Gerencial, somente a Burocr á tica
e a Gerencial podem ser
considerada p ú blica, uma vez que
a patrimonialista n ã o visa o
interesse p ú blico. Nesta forma, o
patrim ô nio particular da realeza
confunde-se com a do publico. A
administra çã o patrimonialista
surge em monarquias absolutas que
antecedem o capitalismo e a
democracia. No Brasil o
coronelismo marca esse
per í odo “ patrimonialista ” . Esta
forma de administra çã o
funcionava como uma extens ã o do
poder soberano (monarca). Era um
sistema em que aqueles que
estavam no poder ou pr ó ximo dele
possu í am status de nobre e
gozavam deste privil é gio em
detrimento de outros. Com o
avan ç o do pensamento social e a
ideia de democracia cada vez mais
difundida, esse sistema tornou-se
inaceit á vel, embora ainda presente
em alguns lugares do mundo
(COSTA, 2008). Neste ambiente de
incertezas e n ã o separa çã o do
particular com o p ú blico surge a
Administra çã o Publica
Burocr á tica: com procedimentos
r í gidos e profissionalismo do
servi ç o p ú blico. na domina çã o
racional legal weberiana e no
universalismo de procedimentos,
expresso em normas r í gidas de
procedimento administrativo
(PEREIRA, 2000). Essa nova
forma de administra çã o publica
surge da necessidade de um maior
controle das a çõ es e dos recursos
p ú blicos. A burocracia tinha
como objetivo controlar os
recursos atrav é s de: leis, normas e
regulamentos, e esse controle
excessivo foi a maior critica a
Constitui çã o Federal de 1988 que
consagrou esse regime
(HENRIQUE, 2011). burocr á tica:
possui A Reforma Burocr á tica
ocorrida na Europa no S é culo
XIX, nos Estados Unidos no in í cio
do S é culo XX e no Brasil nos
anos de 1930 foram os precursores
da burocracia. Ela surge n ã o da
necessidade democr á tica, mas do
liberalismo econ ô mico que estava
em alta no mundo. A reforma no
Brasil marcou um grande avan ç o
ao estabelecer regras e marcar o
in í cio da profissionaliza çã o do
servi ç o p ú blico (PEREIRA,
2000). De acordo com Costa
(2008), com a reforma
burocr á tica, inicia-se no ambiente
p ú blico uma fase de
profissionaliza çã o: a ideia de
carreira, a hierarquia funcional, a
impessoalidade e o formalismo.
Tais fatores tornaram-se de
indiscut í vel import â ncia nas
organiza çõ es, uma vez que atraiam
pessoas qualificadas que tinham
por objetivo fazer carreira no
servi ç o p ú blico. Com a
Constitui çã o Federal de 1988 o
sistema avan ç a. S ã o
estabelecidos os princ í pios da
administra çã o p ú blica:
I. Legalidade: As a çõ es da
administra çã o p ú blica t ê m de
estar definidos em lei e o agente
deve agir de acordo com a
legalidade, fazendo estritamente o
que a lei determina; II.
Impessoalidade: As a çõ es devem
estar orientadas para o interesse
coletivo em detrimento ao interesse
de particulares, pr ó prios ou de
terceiros, sob pena do ato ser
considerado nocivo ao interesse
p ú blico e desta forma nulo ou sem
efeito; III. Moralidade: A
moralidade é percebida pelas
a çõ es do administrador, que diante
das poss í veis escolhas, opta por
aquela que traz maiores vantagens
para a administra çã o p ú blica. As
a çõ es devem ser norteadas pelo
interesse da coletividade e diante
do que a lei coloca como certo. IV.
Publicidade: Os atos p ú blicos
devem ser p ú blicos, ou seja,
levados ao conhecimento das
pessoas, j á que o que
est á envolvido é dinheiro
p ú blico. A publica çã o dos atos
mostra a transpar ê ncia do ato
p ú blico. V. Efici ê ncia: Os atos
praticados devem resultar em
benef í cios efetivos para a
administra çã o p ú blica. Tais
princ í pios s ã o necess á rios e
indispens á veis no Estado
Democr á tico de Direito, uma vez
que tornam-se mais dif í ceis as
a çõ es il í citas e que n ã o visam o
interesse p ú blico (HENRIQUE,
2011). A crise neste sistema de
administra çã o publica come ç ou
ainda no governo militar que n ã o
foi capaz de implementar o sistema
burocr á tico na sua totalidade,
j á que n ã o conseguiu extinguir
privil é gios oriundos da forma
patrimonialista de governo. Outro
problema foi a quest ã o do
profissionalismo do servi ç o
p ú blico: foram criados concursos
para diversos cargos, no entanto
para os cargos de alto escal ã o,
inclusive para os cargos das
estatais continuaram atrav é s de
indica çã o pol í tica (PEREIRA,
1996). A rigidez da burocracia
tornou invi á vel a administra çã o
eficiente, promessa da pr ó pria
burocracia, as a çõ es tornaram-se
cada vez mais r í gidas e
invi á veis. Com a crise do
sistema, a partir dos anos 80 teve
in í cio, em pa í ses da OCDE
(Organiza çã o para Coopera çã o e
o Desenvolvimento Econ ô mico),
principalmente no Reino Unido,
Nova Zel â ndia, Austr á lia e
pa í ses escandinavos, a segunda
grande reforma administrativa nos
quadros do sistema capitalista: a
Reforma Gerencial. Nos anos 90
essa reforma se estendeu para os
Estados Unidos e para o Chile e o
Brasil, e, mais recentemente, para o
M é xico (PEREIRA, 2000).
Patrimonialismo significa a
incapacidade ou a relut â ncia de o
pr í ncipe distinguir entre o
patrim ô nio p ú blico e seus bens
privados. 2. Na administra çã o
p ú blica patrimonialista, o
aparelho do Estado funciona como
uma extens ã o do poder do
soberano, e os seus auxiliares,
servidores, possuem status de
nobreza real.
Os cargos s ã o considerados
prebendas ou sinecuras. A res
publica “ coisa p ú blica ” - os bens
p ú blicos - n ã o s ã o
diferenciados da res principis, ou
seja, do “ patrim ô nio do pr í ncipe
ou soberano ” .
A caracter í stica que definia o
governo nas sociedades pr é -
capitalistas e pr é democr á ticas
era a privatiza çã o do Estado, ou a
inter permeabilidade dos
patrim ô nios p ú blico e privado.
A corrup çã o e o nepotismo s ã o
inerentes a esse tipo de
administra çã o. O patrimonialismo,
presente hoje sob a forma de
clientelismo ou de fisiologismo,
continua a existir no pa í s, embora
sempre condenado.
Como a autoridade deriva do poder
do soberano, este usa da “ res
publica ” da forma que bem
entende, n ã o h á a presta çã o de
contas ao cidad ã o.
A seguir, procede-se ao estudo
detalhado do modelo burocr á tico
de administra çã o p ú blica,
conforme o que fora idealizado por
Max Weber. É importante abordar,
nesse ponto, temas como
legitimidade, domina çã o e
autoridade. Por fim, estuda-se a
administra çã o p ú blica gerencial.
O novo modelo de administra çã o
p ú blica proposto pela doutrina
leva o cidad ã o ao foco do
servi ç o p ú blico, buscando mais
qualidade e celeridade no
atendimento. A ado çã o de novas
t é cnicas de administra çã o, como
as ouvidorias p ú blicas e as
organiza çõ es sociais,
proporcionaram grandes avan ç os
na gest ã o do setor p ú blico. Para
atingir este objetivo, a metodologia
da pesquisa consistir á em: coletar
informa çõ es sobre as pr á ticas
administrativas atualmente
utilizadas no Brasil e identificar
tend ê ncias de reforma; construir
conhecimento e propor a
discuss ã o acerca de novos
modelos administrativos
aplic á veis à administra çã o
p ú blica moderna; e identificar os
modelos te ó ricos de
administra çã o p ú blica propostos
pela doutrina e adotados no Brasil.
Administra çã o patrimonialista o
soberano é o Estado; basta lembrar
a famigerada frase de Luis XIV: “ o
Estado sou eu ” . N ã o h á bens
p ú blicos. Tampouco, particulares.
Todos os bens s ã o do soberano,
do Estado. Esse poder funda-se, em
regra, no Direito Divino: o
governante é uma divindade ou
representante maior dela. Assim,
sua vontade é a lei, sendo
inquestion á vel, irremedi á vel.
Governa despoticamente.
Tudo é sua propriedade, inclusive
os seus s ú ditos; sobre esses, tem
poder de vida e morte. N ã o existe
a coisa p ú blica.
Esta forma de administra çã o
p ú blica predominou no per í odo
pr é -capitalismo, quando o
monarca exercia o dom í nio sobre
os bens p ú blicos e particulares,
sem qualquer necessidade de
prestar contas à sociedade.
O patrimonialismo é caracterizado
pela forte presen ç a da seguintes
caracter í sticas: nepotismo,
corrup çã o, inefici ê ncia,
improviso, falta de
profissionalismo, aus ê ncia de
m é todos de trabalho, falhas de
planejamento, entre outras.
É importante destacar que o modelo
gerencial n ã o descarta o
burocr á tico. Apenas muda suas
prioridades. Continuam a
meritocracia, o n ã o nepotismo, a
profissionaliza çã o, o formalismo,
a impessoalidade. Surge, por é m,
uma nova ideia, erigida a status de
princ í pio constitucional: a
efici ê ncia. Mas efici ê ncia, aqui,
n ã o tem o sentido que lhe atribui a
ci ê ncia administrativa. É mais que
isso. É , ao mesmo tempo,
efici ê ncia, efic á cia e efetividade.
Com ela, passou a haver: maior
participa çã o da sociedade civil
organizada (publiciza çã o);
redu çã o da inchada, lenta e
ineficaz m á quina estatal;
estabelecimento de metas; cria çã o
de ag ê ncias reguladores;
descentraliza çã o dos servi ç os
p ú blicos; e, eis o mais importante,
houve uma real tentativa de se
implantar, no funcionalismo
p ú blico, a ideia do cliente
cidad ã o.
O gerencialismo inovou ao
aumentar a preocupa çã o com os
conceitos de efic á cia e
efetividade.
Este modelo procura comparar o
cliente da administra çã o
empresarial com o usu á rio do
servi ç o p ú blico. Ou seja, n ã o
basta a Administra çã o P ú blica
executar suas tarefas conforme
normas e
procedimentos. É necess á rio saber
se a popula çã o, usu á ria dos
servi ç os p ú blicos, est á satisfeita
com os servi ç os que est ã o sendo
prestados.
H á tamb é m organiza çõ es do
setor p ú blico que v ê m
obtendo ê xito com a efetividade de
seus projetos de melhoria e ainda
gerando aprendizagem/crescimento
para seu modelo de gest ã o. Talvez
seja esta a fase mais prop í cia, na
linha do desenvolvimento
institucional, para que o gestor
p ú blico reconhe ç a a necessidade
de apropria çã o de suas
ferramentas de gest ã o para o
desenvolvimento de um sistema de
custeio. Uma vez usu á rio de
pr á ticas gerenciais mais
din â micas e modernas, imagina-se
que o corpo diretivo de uma
institui çã o p ú blica sinta maior
seguran ç a para atender
adequadamente à s recentes
diretrizes legais
referentes à gest ã o dos custos no
servi ç o p ú blico.
“ Gest ã o P ú blica ” é um termo
mais recente, que indica utiliza çã o
de pr á ticas novas na
administra çã o do setor p ú blico,
algumas importadas do setor
privado, outras recuperadas dos
por õ es da hist ó ria, outras
desenvolvidas nas ú ltimas
d é cadas. Do ponto de vista do
ensino, é mais vinculado à praticas
de gest ã o, à funcionalidades e
situa çã o atual do Estado.
Diferen ç a entre Administra çã o,
Administra çã o P ú blica e
Administra çã o Empresarial.
Administra çã o é uma ci ê ncia que
estuda formas de organizar as
coisas, como as organiza çõ es se
comportam, os padr õ es das
organiza çõ es. O setor
p ú blico é composto por
organiza çõ es, mas com alguns
padr õ es diferentes das
organiza çõ es do mercado
(empresas). Por exemplo:
contabilidade
empresarial é absolutamente
diferente da contabilidade
p ú blica, embora se utilizem de
t é cnicas e pr á ticas parecidas,
mas do ponto de vista de
aprendizado é necess á rio separ á -
las. Poder í amos dizer, numa
compara çã o neo-ortodoxa, que a
contabilidade p ú blica e a
contabilidade empresarial s ã o
como a qu í mica e a f í sica, se
utilizam de matem á tica, se
misturam as vezes, mas s ã o
bastante diferentes e amplas,
justificando um estudo separado.
Para Lima (2006), “ gest ã o é a
capacidade de fazer o que precisa
ser feito ” . Em uma gest ã o
p ú blica n ã o se pode esquecer a
capacidade de se atentar e
permanecer no posicionamento da
organiza çã o planejada, para que
assim, a miss ã o possa ser
cumprida, que neste caso
primordial é o desenvolvimento da
cidade em benef í cio ao povo que
nela reside. Lima ainda acredita
que uma boa organiza çã o na
gest ã o p ú blica
est á relacionada à uma alta
capacidade de gest ã o, que por sua
vez, relaciona-se com a “ melhor
rela çã o entre recurso, a çã o e
resultado ” . Neste sentido pode-se
dizer que quanto maior for a
demanda, isto é , a necessidade de
um planejamento eficiente no
munic í pio, maior dever á ser a
capacidade do gestor p ú blico,
principalmente se os recursos
dispon í veis forem escassos.
A proposta de uma gest ã o
p ú blica, segundo Lima (2006) se
baseia na excel ê ncia de valores e
de resultados. O ganho social é de
extrema import â ncia e alcan ç a o
topo em uma pir â mide de
prioridade, pois “ cria valor
p ú blico para o cidad ã o ” (LIMA,
2006 p 8). Segundo o pr ó prio
Lima (2006) “ a gest ã o
p ú blica é focada em resultados e
orientada para o cidad ã o ” . A
melhoria da qualidade ofertada
pelos servi ç os p ú blico
tamb é m é de responsabilidade da
gest ã o p ú blica que deve sempre
estar elencada para uma “ devida
contribui çã o à competitividade do
pa í s ” (LIMA, 2006 p.8).
Dentro da opini ã o estabelecida
por Lima (2006) para uma
excelente gest ã o p ú blica em que
engloba o desenvolvimento geral de
uma cidade est ã o os fundamentos
que s ã o alcan ç ados com a
publicidade dos recursos
aplicados à s pol í ticas p ú blicas
apresentadas; da moralidade e
legalidade estabelecida diante da
transpar ê ncia realizada à s
benfeitorias à pr ó pria popula çã o
e finalmente à excel ê ncia de toda
a a çã o realizada que
ser á devidamente direcionada aos
cidad ã os do munic í pio.
A administra çã o p ú blica
gerencial constitui um avan ç o, e
at é um certo ponto um rompimento
com a administra çã o p ú blica
burocr á tica. Isso n ã o significa,
entretanto, que negue todos os seus
princ í pios.
Pelo contr á rio, a administra çã o
p ú blica gerencial est á apoiada na
anterior, da qual conserva, embora
flexibilizando, alguns dos seus
princ í pios fundamentais, como a
admiss ã o segundo r í gidos
crit é rios de m é rito, a exist ê ncia
de um sistema estruturado e
universal de remunera çã o, as
carreiras, a avalia çã o constante de
desempenho, o treinamento
sistem á tico.
É uma resposta à necessidade de
reduzir custos e aumentar a
qualidade dos servi ç os, tendo o
cidad ã o como benefici á rio.
A reforma do aparelho do Estado
passa a ser orientada
predominantemente pelos valores
da efici ê ncia e qualidade na
presta çã o de servi ç os p ú blicos
e pelo desenvolvimento de uma
cultura gerencial nas
organiza çõ es. É uma
resposta à expans ã o das fun çõ es
econ ô micas e sociais do Estado
. É uma resposta ao impacto do
desenvolvimento tecnol ó gico
e à globaliza çã o da economia
mundial, uma vez que ambos
deixaram à mostra os problemas
associados à ado çã o do modelo
anterior.
CARACTER Í STICAS/ESTRAT É
1.Defini çã o precisa dos objetivos
que o administrador p ú blico
dever á atingir em sua unidade.
2.Garantia de autonomia do
administrador na gest ã o dos
recursos humanos, materiais e
financeiros que lhe forem
colocados à disposi çã o para que
possa atingir os objetivos
contratados.
3.Controle ou cobran ç a a
posteriori dos resultados. Sistema
de Controle Interno e Externo.
4.Pratica-se a competi çã o
administrada no interior do
pr ó prio Estado, quando h á a
possibilidade de estabelecer
concorr ê ncia entre unidades
internas.5.No plano da estrutura
organizacional, a descentraliza çã o
e a redu çã o dos n í veis
hier á rquicos tornam-se essenciais.
6. A administra çã o p ú blica deve
ser perme á vel à maior
participa çã o dos agentes privados
e/ou das organiza çõ es da
sociedade civil e deslocar a ê nfase
dos procedimentos (meios) para os
resultados (fins).7.A
administra çã o p ú blica gerencial
inspira-se na administra çã o de
empresas, mas n ã o pode ser
confundida com esta ú ltima.
8.Enquanto o mercado controla a
administra çã o das empresas, a
sociedade - por interm é dio de
pol í ticos eleitos - controla a
administra çã o
p ú blica.9.Enquanto a
administra çã o de empresas
est á voltada para o lucro privado,
para a maximiza çã o dos interesses
dos acionistas, a administra çã o
p ú blica gerencial est á expl í cita
e diretamente voltada para o
interesse p ú blico.
A administra çã o p ú blica
gerencial nega vis ã o do interesse
p ú blico, relacionando-o com o
interesse da coletividade e n ã o
com o do aparato do Estado.
DL n º 200/1967 – Principais
Mudan ç as! 1. Princ í pios da
Administra çã o
P ú blica – PDDCC. 2.
Administra çã o Direta X
Administra çã o Indireta. 3. Fixava
a estrutura do Poder Executivo
Federal. 4.Desenhava os
subsistemas or ç ament á rio,
financeiro, contabilidade,
estat í stica e auditoria. 5. Definia
as bases do controle interno e
externo. 6. Definia o novo plano de
classifica çã o de cargos. 7.
Normas de aquisi çõ es e
contrata çõ es de bens e servi ç os.
O DL 200/1967 é o marco inicial
da implanta çã o do modelo
gerencial no Brasil. 2. O DL
200/1967 é considerado a Lei
org â nica da Administra çã o
P ú blica Federal. 3. O DL
200/1967 foi influenciado pelos
estudos da Comiss ã o Amaral
Peixoto. No entanto, Revisado e
enviado ao congresso pela
COMESTRA. 4. A
implementa çã o do DL 200/1967
foi conduzida pela SEMOR. 5. O
DL 200/1967 materializa o que
ficou conhecido como reforma
desenvolvimentista de 1967. 57
O aspecto gerencial da
administra çã o p ú blica
manifestou-se, primeiramente, na
Gr ã -Bretanha (1979) e nos EUA
(1980). Na Gr ã -Bretanha, a
administra çã o gerencial foi
aplicada ao servi ç o p ú blico,
logo ap ó s a posse do novo
governo, com a implanta çã o de
uma reforma administrativa intensa
e bem-sucedida, inspirando
reformas ocorridas tamb é m na
Nova Zel â ndia, Austr á lia e
Su é cia - governos sociais
democratas.
Em 1922, nos EUA, durante a
gest ã o do Presidente Clinton, foi
promovida a reforma da
administra çã o p ú blica federal
por crit é rios gerenciais, reinventar
o governo passou a ser programa
do Governo. Na Fran ç a, 1989, no
Governo do Primeiro-Ministro
Michel Roccard. Todos esses
governos de enfoque democrata.
Dessa forma, a administra çã o
p ú blica gerencial surge como
resposta à expans ã o das fun çõ es
econ ô micas e sociais do Estado,
como tamb é m, ao
desenvolvimento tecnol ó gico
e à globaliza çã o da economia
mundial, uma vez que ambos
deixaram à mostra os problemas
associados à ado çã o do modelo
anterior.
Sendo assim, a administra çã o
gerencial surgiu quando a
burocr á tica j á n ã o se mostrava
apta a atender anseios
democr á ticos surgidos na
sociedade. Essa nova modalidade
de administra çã o baseia-se em
descentraliza çõ es pol í tica e
administrativo, como exemplo das
mudan ç as adotadas, pode-se citar:
a flexibiliza çã o na organiza çã o
da organiza çã o, o controle dos
resultados ? caracter í sticas
inversas à quelas que valorizavam
os processos administrativos ?
al é m de uma administra çã o
voltada para o atendimento do
cidad ã o/usu á rio e aberta ao
controle social.
Ainda com Bresser Pereira (p.6,
1996), tem-se caracter í sticas da
administra çã o gerencial quando
do seu surgimento:
Aos poucos foram-se delineando os
contornos da nova administra çã o
p ú blica: (1) descentraliza çã o do
ponto de vista pol í tico,
transferindo recursos e atribui çõ es
para os n í veis pol í ticos regionais
e locais; (2) descentraliza çã o
administrativa, atrav é s da
delega çã o de autoridade para os
administradores p ú blicos
transformados em gerentes
crescentemente aut ô nomos; (3)
organiza çõ es com poucos n í veis
hier á rquicos ao inv é s de
piramidal, (4) pressuposto da
confian ç a limitada e n ã o da
desconfian ç a total; (5) controle
por resultados, a posteriori, ao
inv é s do controle r í gido, passo a
passo, dos processos
administrativos; e (6)
administra çã o voltada para o
atendimento do cidad ã o, ao inv é s
de auto referida.
Assim, conclui-se que a
administra çã o p ú blica gerencial
surge na segunda metade do s é culo
XX, como resposta, de um
lado, à expans ã o das fun çõ es
econ ô micas e sociais do Estado,
e, de outro, ao desenvolvimento
tecnol ó gico e à globaliza çã o da
economia mundial, uma vez que
ambos deixaram à mostra os
problemas associados à ado çã o
do modelo anterior, administra çã o
p ú blica burocr á tica.
Tem por conseguinte, que o modelo
gerencial tornou-se realidade no
mundo desenvolvido quando,
atrav é s da defini çã o clara de
objetivos para cada unidade da
administra çã o, da
descentraliza çã o, da mudan ç a de
estruturas organizacionais e da
ado çã o de postura moderna no
interior do Estado, se revelou mais
capaz de promover o aumento da
qualidade e da efici ê ncia dos
servi ç os sociais oferecidos pelo
setor p ú blico. Em suma, afirma-se
que a administra çã o p ú blica
deve ser aberta à maior
participa çã o dos agentes privados
e/ou das organiza çõ es da
sociedade civil e desviar o foco
dos procedimentos para os
resultados.
Ademais, na administra çã o
p ú blica gerencial a
estrat é gia é direcionada para a
defini çã o precisa dos objetivos
que o administrador p ú blico
dever á atingir em sua unidade,
para a garantia de autonomia do
administrador na gest ã o dos
recursos humanos, materiais e
financeiros que lhe forem
colocados à disposi çã o para que
possa atingir os objetivos
contratados, e para o controle dos
resultados.
Por fim, observas-se que a
necessidade de tornar a
administra çã o p ú blica mais á gil
e flex í vel para responder aos
novos desafios impostos,
principalmente, pela redu çã o de
receitas p ú blicas dos estados
nacionais e a uma maior cobran ç a
de resultados, pela sociedade,
motivou a implanta çã o da
administra çã o publica gerencial
em v á rios pa í ses, dentre eles o
Brasil.
O setor p ú blico deve contribuir
para aumentar a efici ê ncia da
economia e promover distribui çã o
mais equ â nime das oportunidades
e dos recursos. É para isso que o
governo existe e os impostos s ã o
cobrados.
2- O que é Administra çã o
P ú blica:
Administra çã o p ú blica é um
conceito da á rea do direito que
descreve o conjunto de agentes,
servi ç os e ó rg ã os institu í dos
pelo Estado com o objetivo de
fazer a gest ã o de certas á reas de
uma sociedade, como Educa çã o,
Sa ú de, Cultura, etc.
Administra çã o p ú blica tamb é m
representa o conjunto de a çõ es
que comp õ em a fun çã o
administrativa.
Poderes da Administra çã o
P ú blica
PODERES ADMINISTRATIVOS
Vinculado: Quando a lei
confere à Administra çã o P ú blica
poder para a pr á tica de
determinado ato, estipulando todos
os requisitos e elementos
necess á rios à sua validade.
Discricion á rio: Quando o Direito
concede à Administra çã o, de
modo expl í cito ou impl í cito,
poder para pr á tica de determinado
ato com liberdade de escolha de
sua conveni ê ncia e oportunidade.
Existe uma grada çã o. Normativo:
Embora a atividade normativa
caiba predominantemente ao
Legislativo, nele n ã o se exaure,
cabendo ao Executivo expedir
regulamentos e outros atos
normativos de car á ter geral e de
efeitos externos. É inerente ao
Poder Executivo.
Hier á rquico: É o meio de que
disp õ e a Administra çã o P ú blica
para distribuir e escalonar as
fun çõ es dos ó rg ã os p ú blicos;
estabelecer a rela çã o de
subordina çã o entre seus agentes;
e ordenar e rever a atua çã o de
seus agentes.
Disciplinar: É conferido à Administr
para apurar infra çõ es e aplicar
penalidades funcionais a seus
agentes e demais pessoas
sujeitas à disciplina administrativa,
como é o caso das que por ela s ã o
contratados; Poder de
Pol í cia: É a atividade da
Administra çã o P ú blica que,
limitando ou disciplinando direitos,
interesses ou liberdades
individuais, regula a pr á tica do
ato ou absten çã o de fato, em
raz ã o do interesse
p ú blico. É aplicado aos
particulares. Segmentos ==
Policia Administrativa = incide
sobre bens, direitos e
atividades; = é regida pelo
Direito Administrativo Policia
Judici á ria = incide sobre as
pessoas = destina-
se à responsabiliza çã o penal
Poderes Administrativos
Caracter í sticas B á sicas
Vinculado poder para a pr á tica
de determinado ato, estipulando
todos os requisitos e elementos
necess á rios à sua validade.
Discricion á rio poder para a
pr á tica de determinado ato, com
liberdade de escolha de sua
conveni ê ncia e oportunidade.
Existe uma grada çã o. Normativo
cabe ao Executivo expedir
regulamentos e outros atos de
car á ter geral e de efeitos
externos. É inerente ao Poder
Executivo Hier á rquico distribuir
e escalonar as fun çõ es
dos ó rg ã os p ú blicos estabelecer
a rela çã o de subordina çã o entre
seus agentes; Disciplinar ;
apurar infra çõ es e aplicar
penalidades funcionais a seus
agentes e demais pessoas
sujeitas à disciplina administrativa
Poder de Pol í cia limita ou
disciplina direitos, interesses ou
liberdades individuais; regula a
pr á tica do ato ou absten çã o de
fato, em raz ã o do interesse
p ú blico. É aplicado aos
particulares. LIMITA ÇÕ ES DO
PODER DE
POLICIA • Necessidade o Poder
de policia s ó deve ser adotado
para evitar amea ç as reais ou
prov á veis de pertuba çõ es ao
interesse
p ú blico; • Proporcionalidade é a
exig ê ncia de uma rela çã o entre a
limita çã o ao direito individual e o
preju í zo a ser
evitado; • Efic á cia p ú blico. a
medida deve ser adequada para
impedir o dano ao interesse
ATRIBUTOS DO PODER DE
POLICIA • Discricionariedade
Consiste na livre escolha, pela
Administra çã o P ú blica, dos
meios adequados para exercer o
poder de policia, bem como, na
op çã o quanto ao conte ú do, das
normas que cuidam de tal
poder. • Auto-Executoriedade
Possibilidade efetiva que a
Administra çã o tem de proceder ao
exerc í cio imediato de seus atos,
sem necessidade de recorrer,
previamente, ao Poder
Judici á rio. • Coercibilidade É a
imposi çã o imperativa do ato de
policia a seu destinat á rio,
admitindo-se at é o emprego da
for ç a p ú blica para seu normal
cumprimento, quando houver
resist ê ncia por parte do
administrado. • Atividade Negativa
Tendo em vista o fato de n ã o
pretender uma atua çã o dos
particulares e sim sua absten çã o,
s ã o lhes impostas obriga çõ es de
n ã o fazer.
Administra çã o p ú blica direta e
indireta
A desconcentra çã o é simples
t é cnica administrativa,
e é utilizada, tanto na
Administra çã o Direta, quanto na
Indireta.
A desconcentra çã o pressup õ e,
necessariamente, a exist ê ncia de
uma s ó pessoa jur í dica: sempre
se opera em seu â mbito interno,
constituindo uma simples
distribui çã o interna de
compet ê ncias dessa pessoa.
3- Organiza çã o da
Administra çã o P ú blica
Enquanto a organiza çã o do
Estado, como sua divis ã o
territorial, poderes etc., é mat é ria
constitucional, cabendo ao Direito
Constitucional disciplin á -la, a
cria çã o, estrutura çã o,
organiza çã o da Administra çã o
P ú blica s ã o temas de natureza
administrativa. Objeto de
normatiza çã o do Direito
Administrativo. Desse modo, cabe
essencialmente à lei essas tarefas,
bem como criar ou autorizar a
cria çã o de autarquias, funda çõ es,
sociedades de economia mista ou
empresas p ú blicas.
Algumas autarquias s ã o
consideradas autarquias em regime
especial . S ã o autarquias a que a
lei instituidora confere privil é gios
espec í ficos e aumenta sua
autonomia em rela çã o à s
autarquias comuns. S ã o exemplos
o Banco Central e as ag ê ncias
reguladoras. As ag ê ncias
reguladoras s ã o autarquias de
regime especial criadas para
regular certo setor da atividade
econ ô mica ou administrativa (ex:
ANATEL, ANVISA, ANS etc).
Entre os privil é gios conferidos à s
ag ê ncias reguladoras, citamos o
mandato fixo de seus dirigentes, a
autonomia financeira
(parafiscalidade) e o poder
normativo.
Funda çõ es P ú blicas As
entidades p ú blicas fundacionais
s ã o pessoas jur í dicas criadas
para o desempenho de atividades
sociais, culturais, assistenciais etc.
Representam a personifica çã o de
um patrim ô nio para o desempenho
de um fim determinado, sem
qualquer fim lucrativo. Antes da
emenda constitucional 19/1998, as
funda çõ es p ú blicas eram
consideradas pessoas jur í dicas de
direito p ú blico, pois eram criadas
diretamente pela lei. Ap ó s a EC
19/98, elas passaram a ter sua
cria çã o apenas autorizada por lei
espec í fica (art. 37, XIX, CF/88),
devendo a Administra çã o efetuar
o arquivamento de seus atos
constitutivos em ó rg ã o de registro
de pessoas jur í dicas, situa çã o
caracter í stica de pessoas
jur í dicas de direito privado.
Entretanto, existem funda çõ es
p ú blicas que foram criadas por
lei, sendo estas consideradas de
direito p ú blico. Desse modo,
temos hoje dois tipos de
funda çõ es p ú blicas: as de direito
p ú blico (criadas diretamente pela
lei) e as de direito privado (cuja
cria çã o é autorizada por lei e
efetivada por decreto do
Executivo). Se forem de direito
p ú blico, ter ã o tamb é m os
mesmos privil é gios tribut á rios e
processuais dos entes estatais e
aut á rquicos, inclusive quanto ao
foro de compet ê ncia. Seus bens
ser ã o considerados p ú blicos,
sendo imprescrit í veis e
impenhor á veis. Na verdade, as
funda çõ es p ú blicas de direito
p ú blico s ã o consideradas
esp é cies de autarquias, n ã o
sendo incomuns as
express õ es “ funda çã o
aut á rquica ” ou “ autarquia
fundacional ” .
Em qualquer caso, as á reas de
atua çã o das funda çõ es p ú blicas
s ã o definidas em lei
complementar. Quanto a seu
pessoal, valem as mesmas regras
das autarquias, se a funda çã o
p ú blica for de direito p ú blico,
sendo o pessoal celetista, se ela for
de direito privado. Ag ê ncias
Executivas Poder ã o ser
qualificadas pelo Poder P ú blico
como ag ê ncias executivas as
autarquias e funda çõ es que
celebrem com ele contrato de
gest ã o , obtendo maior autonomia
administrativa e financeira, em
troca do compromisso de atingir
certas metas de desempenho e do
aumento da responsabilidade de
seus administradores. As
ag ê ncias executivas, assim como
as ag ê ncias reguladoras, n ã o
s ã o um novo tipo de entidade da
Administra çã o Indireta. Trata-se
apenas de autarquias ou funda çõ es
que receberam uma qualifica çã o
especial, para o melhor
cumprimento de sua miss ã o.
Ressalte-se que n ã o é o contrato
de gest ã o que concede
privil é gios à s ag ê ncias
executivas. Estes devem ser
previstos em lei, em atendimento ao
Princ í pio da Legalidade. O
contrato de gest ã o apenas define
quais entidades poder ã o ser
enquadradas como ag ê ncias
executivas, usufruindo dos
privil é gios legais. Empresas
P ú blicas e Sociedades de
Economia Mista As empresas
p ú blicas e as sociedades de
economia mista s ã o esp é cies do
g ê nero empresas estatais. Suas
caracter í sticas comuns s ã o o fato
de serem pessoas jur í dicas de
direito privado, cuja
cria çã o é autorizada por lei
espec í fica, para a presta çã o de
servi ç os p ú blicos ou para a
execu çã o de atividades
econ ô micas de comercializa çã o
ou de produ çã o de bens ou
servi ç os. No caso de execu çã o
de atividades econ ô micas,
s ó ser á permitida a cria çã o de
empresa estatal quando for
indispens á vel à seguran ç a
nacional ou a relevante interesse
coletivo. Em raz ã o da natureza de
suas atividades, concorrem com a
iniciativa privada, raz ã o pela qual
n ã o se lhes permite a concess ã o
de quaisquer privil é gios
tribut á rios ou trabalhistas n ã o
extens í veis ao setor privado,
exceto no caso das prestadoras de
servi ç os p ú blicos, em que o STF
j á estendeu a imunidade
tribut á ria, em um caso concreto
(Correios). As empresas p ú blicas
e as sociedades de economia mista
n ã o est ã o sujeitas a fal ê ncia.
Embora sejam pessoas jur í dicas
de direito privado, est ã o sujeitas a
algumas normas de direito
p ú blico, como a obrigatoriedade
de concurso p ú blico para
contrata çã o de seu pessoal e de
licita çã o para compras de bens e
servi ç os, al é m da proibi çã o de
acumula çã o de cargos, empregos e
fun çõ es p ú blicas. N ã o obstante
a exig ê ncia de concurso p ú blico,
o pessoal das empresas
estatais é regido pelo regime
trabalhista (CLT). Entre as
diferen ç as, temos que uma
empresa p ú blica é constitu í da
com capital exclusivamente
p ú blico, devendo a maioria do
capital votante pertencer à entidade
pol í tica que a criou. Admite-se,
inclusive, que 100% do capital
perten ç a ao ente estatal criador
(sociedade unipessoal). J á a
sociedade de economia mista
possui a participa çã o de capital
privado, desde que o controle
acion á rio permane ç a com o ente
estatal a que se vincula. Outra
diferen ç a é que a empresa
p ú blica pode assumir qualquer
forma societ á ria admitida em
direito. J á a sociedade de
economia mista deve
obrigatoriamente revestir a
condi çã o de sociedade an ô nima.
Finalmente, o foro competente para
julgar as causas em que empresa
p ú blica federal seja parte é a
Justi ç a Federal, exceto as de
acidentes de trabalho (Justi ç a
Estadual) e as sujeitas à Justi ç a
Eleitoral e à Justi ç a do Trabalho
(art. 109, I, CF/88). Quanto à s
empresas p ú blicas estaduais e
municipais, a justi ç a
competente é a estadual. J á no caso
de sociedade de economia mista,
em qualquer caso o foro
competente é o estadual.
Entidades Paraestatais
As entidades paraestatais ou entes
de coopera çã o n ã o
pertencem à Administra çã o
P ú blica , mas desempenham
atividades de interesse do Estado,
raz ã o pela qual este incentiva suas
atividades, muitas vezes com
aportes or ç ament á rios e cess ã o
de pessoal. Como esp é cies deste
g ê nero, temos os servi ç os sociais
aut ô nomos , as organiza çõ es
sociais e as organiza çõ es da
sociedade civil de interesse
p ú blico (OSCIPs). Servi ç os
Sociais Aut ô nomos Os servi ç os
sociais aut ô nomos s ã o pessoas
jur í dicas de direito privado,
institu í dos em lei, para ministrar
assist ê ncia ou ensino a certas
categorias profissionais, sendo
mantidos por dota çõ es
or ç ament á rias ou por
contribui çõ es corporativas.
Est ã o sujeitos a controle
final í stico e devem prestar contas
dos recursos p ú blicos recebidos.
S ã o exemplos as entidades do
Sistema S: SESI, SESC, SENAI
etc. Organiza çõ es Sociais As
organiza çõ es sociais s ã o
entidades privadas sem fins
lucrativos que desempenham
atividades de interesse do Estado,
dirigidas ao ensino, à pesquisa
cient í fica, à prote çã o do meio
ambiente, à cultura e à sa ú de.
Celebram com o ente estatal um
contrato de gest ã o , por meio do
qual recebem tal qualifica çã o
(organiza çã o social), passando a
receber recursos or ç ament á rios,
isen çõ es fiscais, direitos de uso
de bens p ú blicos e at é mesmo
cess ã o de pessoal para o melhor
desempenho de suas atividades.
Ficam sujeitas, contudo, ao alcance
de metas e a presta çã o de contas
ao Estado. O contrato de gest ã o
n ã o é um contrato, na acep çã o
tradicional do termo, visto que
n ã o envolve interesses
contradit ó rios. Trata-se mais de
um acordo operacional (acordo-
programa), em que a
Administra çã o e a entidade
privada definem um programa de
trabalho, com fixa çã o de metas,
crit é rios para avalia çã o de
desempenho e responsabilidades.
Organiza çõ es da Sociedade Civil
de Interesse P ú blico (OSCIP) As
OSCIPs s ã o entidades privadas
sem fins lucrativos, que
desenvolvem atividades de
interesse do Estado. Guardam
semelhan ç a com as organiza çõ es
sociais. As OSCIPs recebem essa
qualifica çã o por ato do
Minist é rio da Justi ç a e podem
celebrar com o ente estatal um
termo de parceria , que define
direitos, obriga çõ es,
responsabilidades e metas a atingir,
passando a receber apoio do
Governo, em troca do alcance
dessas metas. O termo de parceira
em muito se assemelha ao contrato
de gest ã o, sendo as diferen ç as
principais entre eles o fato de o
termo de parceria n ã o prever a
utiliza çã o de bens p ú blicos, nem
a cess ã o de servidores à s
entidades paraestatais. As
organiza çõ es sociais e as OSCIPs
fazem parte do chamado terceiro
setor , constitu í do por entidades
privadas que desempenham
atividades de interesse p ú blico, e
harmonizam-se com os ideais de
enxugamento do Estado, com a
transfer ê ncia paulatina desse tipo
de atividades para o setor privado.
Fun çã o = é o encargo atribu í do
ao ó rg ã o. É a atividade exercida
pelo ó rg ã o. • Agentes = s ã o as
pessoas que exercem as fun çõ es, e
os quais est ã o vinculados a
um ó rg ã o; • Cargos = s ã o os
lugares criados por lei. S ã o
reservados aos agentes.
Caracter í sticas dos Ó rg ã os
Ó rg ã os P ú blicos Os ó rg ã os
p ú blicos s ã o centros de
compet ê ncia institu í dos
no â mbito da mesma pessoa
jur í dica para o desempenho das
fun çõ es estatais. S ã o
desprovidos de personalidade
jur í dica e integram a estrutura da
pessoa a que pertencem, a
quem é imputada a
responsabilidade pela atua çã o de
seus ó rg ã os. Embora
despersonalizados, estabelecem
rela çõ es com os administrados,
mas sempre atuando em nome da
pessoa jur í dica a que pertencem.
Os ó rg ã os p ú blicos surgem em
raz ã o do fen ô meno da
desconcentra çã o . Cada ó rg ã o
possui necessariamente fun çõ es ,
cargos e agentes . Os cargos s ã o
lugares criados na estrutura
do ó rg ã o, a serem providos pelos
agentes, pessoas f í sicas que
desempenham as fun çõ es previstas
para aquele cargo. Os cargos,
portanto, possuem um conjunto de
fun çõ es, a serem desempenhadas
pelos agentes que ocuparem estes
cargos. A vontade do agente que
executa determinada tarefa expressa
a vontade do ó rg ã o, que é ,
em ú ltima inst â ncia, a vontade da
pessoa jur í dica à qual o ó rg ã o
pertence. É o que se chama
imputa çã o conduta do agente ao
Estado, decorrente da teoria
do ó rg ã o .
Agentes P ú blicos:
Para o Estado desempenhar suas
atividades, utiliza-se dos agentes
p ú blicos que ir ã o externar seus
atos de governo e execut á -los,
concretizando o bem comum a que
se destina.
Segundo Henrique Savonitti
Miranda:
“ A express ã o “ agente p ú blico ”
é utilizada para designar todo
aquele que se encontre no
cumprimento de uma fun çã o
estatal, quer por represent á -lo
politicamente, por manter v í nculo
de natureza profissional com a
Administra çã o, por ter sido
designado para desempenhar
alguma atribui çã o ou, ainda, por
se tratar de delegat ó rio de
servi ç o p ú blico ” .[iii]
Os agentes p ú blicos, segundo
nosso doutrinador Hely Lopes
Meirelles, classificam-se em:
“ - Agentes pol í ticos: s ã o os
componentes do Governo nos seus
primeiros escal õ es, investidos em
cargos, fun çõ es, mandatos ou
comiss õ es, por nomea çã o,
elei çã o, designa çã o ou
delega çã o para o exerc í cio de
atribui çõ es constitucionais. Esses
agentes atuam com plena liberdade
funcional, desempenhando suas
atribui çõ es com prerrogativas e
responsabilidades pr ó prias,
estabelecidas na Constitui çã o e
em leis especiais (...).
- Agentes administrativos: s ã o
todos aqueles que se vinculam ao
Estado ou à s suas entidades
aut á rquicas e fundacionais por
rela çõ es profissionais,
sujeitos à hierarquia funcional e ao
regime jur í dico determinado pela
entidade estatal a que servem. S ã o
investidos a t í tulo de emprego e
com retribui çã o pecuni á ria, em
regra por nomea çã o, e
excepcionalmente por contrato de
trabalho ou credenciamento. (...) Os
agentes administrativos n ã o s ã o
membros de Poder de Estado, nem
o representam, nem exercem
atribui çõ es pol í ticas ou
governamentais; s ã o unicamente
servidores p ú blicos, com maior
ou menor hierarquia, encargos e
responsabilidades profissionais
dentro do ó rg ã o ou da entidade a
que servem (...)
- Agentes honor í ficos: s ã o
cidad ã os convocados, designados
ou nomeados para prestar,
transitoriamente, determinados
servi ç os ao Estado, em raz ã o de
sua condi çã o c í vica, de sua
honorabilidade ou de sua not ó ria
capacidade profissional, mas sem
qualquer v í nculo empregat í cio ou
estatut á rio e, normalmente, sem
remunera çã o (...)
- Agentes delegados: s ã o
particulares que recebem a
incumb ê ncia da execu çã o de
determinada atividade, obra ou
servi ç o p ú blico e o realizam em
nome pr ó prio, por sua conta e
risco, mas segundo as normas do
Estado e sob permanente
fiscaliza çã o do delegante. (...)
- Agentes credenciados: s ã o os
que recebem a incumb ê ncia da
Administra çã o para represent á -la
em determinado ato ou praticar
certa atividade espec í fica,
mediante remunera çã o do Poder
P ú blico credenciante ” .
Uma vez que é atrav é s das
atividades desenvolvidas pela
Administra çã o P ú blica que o
Estado alcan ç a seus fins, seus
agentes p ú blicos s ã o os
respons á veis pelas decis õ es
governamentais e pela execu çã o
dessas decis õ es.
Para que tais atividades n ã o
desvirtuem as finalidades estatais a
Administra çã o P ú blica se
submete à s normas constitucionais
e à s leis especiais. Todo esse
aparato de normas objetiva a um
comportamento é tico e moral por
parte de todos os agentes p ú blicos
que servem ao Estado.
4- Controle da Administra çã o
P ú blica
O Controle como fun çã o da
Ci ê ncia da Administra çã o O
controle figura como uma das cinco
fun çõ es universais da Ci ê ncia da
Administra çã o, a saber: prever,
organizar, comandar, coordenar e
controlar. O controle relaciona-se
com todas as demais fun çõ es,
constituindo-se em instrumento
indispens á vel para que sejam
atingidos os objetivos previstos por
qualquer organiza çã o. Com
rela çã o à fun çã o de planejamento
(previs ã o), chega-se a dizer que o
controle é seu irm ã o siam ê s,
tal é a simbiose entre ambos: o
planejamento sem controle da
execu çã o dificilmente logra ê xito,
bem como e o controle sem
padr õ es e objetivos previamente
definidos n ã o ter á como atuar, por
falta de objeto (CHIAVENATO,
2000).
MEGGINSON (1986) define
controle como o processo de
garantir que os objetivos
organizacionais e gerenciais
estejam sendo cumpridos; a
maneira de fazer com que as coisas
aconte ç am do modo planejado.
Segundo ALBANESE (1981), é o
processo destinado a assegurar que
as a çõ es estejam de acordo com
os resultados desejados. Em
rela çã o à s fases do controle, os
estudiosos e doutrinadores
tamb é m convergem para uma
conclus ã o comum: 1)
estabelecimento de um padr ã o de
desempenho esperado; 2)
avalia çã o da execu çã o do
processo controlado; 3)
compara çã o do resultado da
execu çã o com o padr ã o
esperado; e 4) implementa çã o de
a çõ es corretivas, quando
necess á rias.
Controle externo
Controle de m é rito
O controle de m é rito tem como
objetivo a verifica çã o da
efici ê ncia, da oportunidade, da
conveni ê ncia e do resultado do ato
controlado. Conforme Hely Lopes
Meirelles, “ a
efici ê ncia é comprovada em face
do desenvolvimento da atividade
programada pela Administra çã o e
da produtividade de seus
servidores ” .
OBJETIVO DO CONTROLE
JUDICIAL O controle jurisdicional
constitui, juntamente com o
princ í pio da legalidade, um dos
fundamentos em que repousa o
Estado de Direito. De nada
adiantaria sujeitar-se a
administra çã o p ú blica à lei se
seus atos n ã o pudessem ser
arrolados por um ó rg ã o dotado de
garantias e imparcialidade que
permitam apreciar e invalidar os
atos il í citos por ela praticados. O
objetivo do controle
jurisdicional é o exame da
legalidade do ato ou atividade
administrativa, confirmando um e
outra, se legais, ou desfazendo-os
se contr á rios ao direito. N ã o lhes
cabe, portanto, qualquer
aprecia çã o de m é rito, isto é , de
conveni ê ncia, oportunidade ou
economicidade da medida ou ato da
administra çã o p ú blica.
Controle Judicial da
Administra çã o P ú blica De
acordo com Maria Sylvia Zanella
Di Pietro, gra ç as a ado çã o do
sistema da jurisdi çã o una,
fundamentado no artigo 5 º , inciso
XXXV da Constitui çã o Federal,
no direito brasileiro, o Poder
Judici á rio dever á apreciar
qualquer les ã o ou amea ç a a
direito, mesmo que o autor da
les ã o seja o poder p ú blico.
O Poder Judici á rio pode examinar
os atos da Administra çã o
P ú blica, de qualquer natureza,
sejam gerais ou individuais,
unilaterais ou bilaterais, vinculados
ou discricion á rios, mas sempre
sob aspecto da moralidade e
tamb é m sob o aspecto da
legalidade. Os atos administrativos
em geral exp õ em-se à revis ã o
comum da justi ç a, existem ainda,
outros que por sua origem,
fundamento, natureza ou objeto,
ficam sujeitos a um controle
especial do Poder Judici á rio, tais
atos s ã o chamados atos pol í ticos,
os atos legislativos e os interna
corporis. Essa peculiaridade tem
conduzido a maioria dos autores a
considera-los “ insuscet í veis de
aprecia çã o judicial ” , o que
n ã o é exato, porque, na realidade
a Justi ç a os aprecia, apenas com
maior restri çã o quanto aos
motivos ou à via processual
adequada.
Conforme Alexandrino e Paulo, os
atos administrativos podem ser
anulados mediante o exerc í cio do
controle judicial, mas nunca
revogados. A anula çã o
ocorrer á nos casos em que a
ilegalidade for constatada no ato
administrativo, podendo a
anula çã o ser feita pela pr ó pria
Administra çã o ou pelo Poder
Judici á rio, e ter á efeitos
retroativos, desfazendo as rela çã o
resultantes do ato. Entretanto, de
acordo com os mesmos autores, a
regra de o ato nulo n ã o gerar
efeitos “ h á que ser excepcionada
para com os terceiros de boa-
f é que tenham sido atingidos pelos
efeitos do ato anulado. Em rela çã o
a esses, em face da presun çã o de
legitimidade que norteia toda a
atividade administrativa, devem ser
preservados os efeitos
j á produzidos na vig ê ncia do ato
posteriormente anulado ” .
Vincula çã o S ã o vinculados os
atos praticados pela
Administra çã o P ú blica,
conforme o ú nico comportamento
que a lei prescreve ao
administrador. A lei prev ê , em
princ í pio, se, quando e como deve
a Administra çã o agir ou decidir e
a vontade da lei somente
estar á satisfeita com esse
comportamento, j á que n ã o
permite à Administra çã o P ú blica
nenhum outro. Esses atos decorrem
do exerc í cio de uma atividade
vinculada ou, como prefere boa
parte dos autores, do desempenho
do poder vinculado, em cuja
pr á tica a Administra çã o n ã o
tem qualquer margem de liberdade.
A vincula çã o é um regramento que
pode atingir v á rios aspectos de
uma atividade determinada; nesse
caso se diz o poder da
Administra çã o é vinculado,
porque a lei deixou op çõ es,
estabelecendo que diante de
determinados requisitos, a
Administra çã o deve agir de tal ou
qual forma. Por isso mesmo se diz
que, diante do poder vinculado, o
particular tem um direito subjetivo
de exigir da autoridade a adi çã o
de determinado ato, sob pena de
n ã o o fazendo, sujeitar-
se à corre çã o judicial.
INSTRUMENTOS DO
CONTROLE JURISDICIONAL Os
meios de controle judici á rio ou
judicial dos atos administrativos de
qualquer dos Poderes s ã o as vias
processuais de procedimento
ordin á rio e sum á rio ou especial
de qual disp õ e o titular do direito
lesado ou amea ç ado de les ã o
para obter a anula çã o do ato ilegal
em a çã o contra a administra çã o
p ú blica. S ã o esses mecanismos
que proporcionam aos ó rg ã os
jurisdicionais o controle da
legalidade dos atos e atividades do
executivo e dos ó rg ã os de
administra çã o do Legislativo e do
Judici á rio, sendo os principais, o
habeas corpus, o h á beas data, o
mandado de seguran ç a individual,
mandado de seguran ç a coletivo, a
a çã o popular, o mandado de
injun çã o,a a çã o civil
p ú blica.S ã o eles: o habeas
corpus, o habeas data, o mandado
de seguran ç a, o mandado de
injun çã o e a a çã o popular. Todos
est ã o previstos na Cata Magna, e
podem ser conceituados como o
meio h á bil,
colocado à disposi çã o dos
cidad ã os, para provocar ou fazer
cessar a interven çã o de alguma
autoridade competente, seja por
ilegalidade ou abuso de poder.
Controle da Administra çã o
P ú blica • Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade e Efici ê ncia (C.F
Art. 37) • motiva çã o e supremacia
do interesse p ú blico
PRINC Í PIOS DA
ADMINISTRA ÇÃ O P Ú BLICA
Antigamente havia uma
preocupa çã o doutrin á ria no
sentido de se orientar os
administradores p ú blicos para
terem um comportamento especial
frente à Administra çã o P ú blica.
Esse comportamento especial,
regido por princ í pios b á sicos
administrativos, no Brasil, foi
aparecendo nas leis
infraconstitucionais.
Posteriormente, em 1988, os
constituintes escreveram no art. 37
da CF um cap í tulo sobre a
Administra çã o P ú blica, cujos
princ í pios s ã o elencados a
seguir:
1) PRINC Í PIO DA
LEGALIDADE 6 segundo ele,
todos os atos da Administra çã o
t ê m que estar em conformidade
com os princ í pios legais. Este
princ í pio observa n ã o s ó as leis,
mas tamb é m os regulamentos que
cont é m as normas administrativas
contidas em grande parte do texto
Constitucional. Quando a
Administra çã o P ú blica se afasta
destes comandos, pratica atos
ilegais, produzindo, por
conseq üê ncia, atos nulos e
respondendo por san çõ es por ela
impostas (Poder Disciplinar). Os
servidores, ao praticarem estes
atos, podem at é ser
demitidos. • Um administrador de
empresa particular pratica tudo
aquilo que a lei n ã o pro í be.
J á o administrador p ú blico, por
ser obrigado ao estrito
cumprimento da lei e dos
regulamentos, s ó pode praticar o
que a lei permite. É a lei que
distribui compet ê ncias aos
administradores.
2) PRINC Í PIO DA
IMPESSOALIDADE no art. 37 da
CF o legislador fala tamb é m da
impessoalidade. No campo do
Direito Administrativo esta palavra
foi uma novidade. O legislador
n ã o colocou a palavra finalidade.
Surgiram duas correntes para
definir “ impessoalidade ” :
Impessoalidade relativa aos
administrados : segundo esta
corrente, a Administra çã o
s ó pode praticar atos impessoais
se tais atos v ã o propiciar o bem
comum (a coletividade). A
explica çã o para a impessoalidade
pode ser buscada no pr ó prio texto
Constitucional atrav é s de uma
interpreta çã o sistem á tica da
mesma. Por exemplo, de acordo
com o art. 100 da CF, “à exce çã o
dos cr é ditos de natureza
aliment í cia, os pagamentos
devidos pela Fazenda .....far-se- ã o
na ordem cronol ó gica de
apresenta çã o dos precat ó rios
.. ” . N ã o se pode pagar fora desta
ordem, pois, do contr á rio, a
Administra çã o P ú blica estaria
praticando ato de impessoalidade;
Impessoalidade
relativa à Administra çã o :
segundo esta corrente, os atos
impessoais se originam da
Administra çã o, n ã o importando
quem os tenha praticado. Esse
princ í pio deve ser entendido para
excluir a promo çã o pessoal de
autoridade ou servi ç os p ú blicos
sobre suas rela çõ es
administrativas no exerc í cio de
fato, pois, de acordo com os que
defendem esta corrente, os atos
s ã o dos ó rg ã os e n ã o dos
agentes p ú blicos;
3) PRINC Í PIO DA
FINALIDADE relacionado com a
impessoalidade
relativa à Administra çã o, este
princ í pio orienta que as normas
administrativas tem que ter
SEMPRE como OBJETIVO o
INTERESSE P Ú BLICO. Assim,
se o agente p ú blico pratica atos
em conformidade com a lei,
encontrase, indiretamente, com a
finalidade, que est á embutida na
pr ó pria norma. Por exemplo, em
rela çã o à finalidade, uma
reuni ã o, um com í cio ou uma
passeata de interesse coletivo,
autorizadas pela Administra çã o
P ú blica, poder ã o ser
dissolvidas, se se tornarem
violentas, a ponto de causarem
problemas à coletividade (desvio
da finalidade). • Nesse caso, quem
dissolve a passeata, pratica um ato
de interesse p ú blico da mesma
forma que aquele que a autoriza. O
desvio da finalidade p ú blica
tamb é m pode ser encontrado nos
casos de desapropria çã o de
im ó veis pelo Poder P ú blico, com
finalidade p ú blica, atrav é s de
indeniza çõ es il í citas; 4)
PRINC Í PIO DA MORALIDADE
este princ í pio est á diretamente
relacionado com os pr ó prios atos
dos cidad ã os comuns em seu
conv í vio com a comunidade,
ligando-se à moral e à é tica
administrativa, estando esta ú ltima
sempre presente na vida do
administrador p ú blico, sendo mais
rigorosa que a é tica comum. Por
exemplo, comete ATO IMORAL o
Prefeito Municipal que empregar a
sua verba de representa çã o em
neg ó cios alheios à sua condi çã o
de Administrador P ú blico,
pois, É SABIDO QUE O
ADMINISTRADOR P Ú BLICO
TEM QUE SER HONESTO, TEM
QUE TER PROBIDADE E, QUE
TODO ATO ADMINISTRATIVO,
AL É M DE SER LEGAL, TEM
QUE SER MORAL, sob pena de
sua nulidade . Nos casos de
IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA, os
governantes podem ter suspensos os
seus direitos pol í ticos, al é m da
perda do cargo para a
Administra çã o, seguindo-se o
ressarcimento dos bens e a nulidade
do ato ilicitamente praticado.
H á um sistema de fiscaliza çã o ou
mecanismo de controle de todos os
atos administrativos praticados. Por
exemplo, o Congresso Nacional
exerce esse controle atrav é s de
uma fiscaliza çã o cont á bil externa
ou interna sobre toda a
Administra çã o P ú blica. 5)
PRINC Í PIO DA
PUBLICIDADE é a divulga çã o
oficial do ato da Administra çã o
para a ci ê ncia do p ú blico em
geral, com efeito de iniciar a sua
atua çã o externa, ou seja, de gerar
efeitos jur í dicos. Esses efeitos
jur í dicos podem ser de direitos e
de obriga çõ es. Por exemplo, o
Prefeito Municipal, com o objetivo
de preencher determinada vaga
existente na sua Administra çã o,
NOMEIA ALGU É M para o cargo
de Procurador Municipal. No
entanto, para que esse ato de
nomea çã o tenha validade, ELE
DEVE SER PUBLICADO. E ap ó s
a sua publica çã o, o nomeado
ter á 30 dias para tomar posse. Esse
princ í pio da publicidade é uma
generalidade. Todos os atos da
Administra çã o t ê m que ser
p ú blicos.
A PUBLICIDADE DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS sofre as
seguintes exce çõ es: nos casos de
seguran ç a nacional : 8 seja ela de
origem militar, econ ô mica,
cultural etc.. Nestas situa çõ es, os
atos n ã o s ã o tornados p ú blicos.
Por exemplo, os ó rg ã os de
espionagem n ã o fazem
publicidade de seus atos; nos casos
de investiga çã o policial : onde o
Inqu é rito Policial é extremamente
sigiloso (s ó a a çã o penal
que é p ú blica); nos casos dos atos
internos da Adm.P ú blica : nestes,
por n ã o haver interesse da
coletividade, n ã o h á raz ã o para
serem p ú blicos. Por outro lado,
embora os processos
administrativos devam ser
p ú blicos, a publicidade se
restringe somente aos seus atos
intermedi á rios, ou seja, a
determinadas fases processuais.
Por outro lado, a Publicidade, ao
mesmo tempo que inicia os atos,
tamb é m possibilita à queles que
deles tomam conhecimento, de
utilizarem os REM É DIOS
CONSTITUCIONAIS contra eles.
Assim, com base em diversos
incisos do art. 5 ° da CF, o
interessado poder á se utilizar:
A publicidade dos atos
administrativos é feita tanto na
esfera federal (atrav é s do Di á rio
Oficial Federal) como na estadual
(atrav é s do Di á rio Oficial
Estadual) ou municipal (atrav é s
do Di á rio Oficial do Munic í pio).
Nos Munic í pios, se n ã o houver o
Di á rio Oficial Municipal, a
publicidade poder á ser feita
atrav é s dos jornais de grande
circula çã o ou afixada em locais
conhecidos e determinados pela
Administra çã o. Por ú ltimo, a
Publicidade deve ter objetivo
educativo, informativo e de
interesse social, N Ã O
PODENDO SER UTILIZADOS
S Í MBOLOS, IMAGENS ETC.
que caracterizem a promo çã o
pessoal do Agente Administrativo.
S ã o fun çõ es b á sicas do
Controle Interno:
prestar informa çõ es
permanentes à Administra çã o
Superior sobre todas as á reas
relacionadas com o controle, seja
cont á bil, administrativo,
operacional ou jur í dico;
preservar os interesses da
organiza çã o contra ilegalidades,
erros ou outras irregularidades;
velar para a realiza çã o das metas
pretendidas;
recomendar os ajustes necess á rios
com vistas à efici ê ncia
operacional.
C.F Art.31.A fiscaliza çã o do
Munic í pio ser á exercida pelo
Poder Legislativo
Municipal,mediante controle
externo,e pelos sistemas de
controle interno do Poder
Executivo Municipal ,na forma da
lei.
Na esfera federal, a
Administra çã o Direta ou
Centralizada é composta
por ó rg ã os
subordinados à Presid ê ncia da
Rep ú blica e aos Minist é rios,
como o Departamento da Pol í cia
Federal, Secretaria do Tesouro
Nacional ou a Corregedoria-Geral
da Uni ã o.
A diferen ç a entre
descentraliza çã o e
desconcentra çã o j á foi v á rias
vezes cobrada em provas
anteriores.
A administra çã o
p ú blica é o conjunto das normas,
lei e fun çõ es desempenhadas para
organizar a administra çã o do
Estado em todas as suas inst â ncias
e tem como principal objetivo o
interesse p ú blico, seguindo os
princ í pios constitucionais da
legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e
efici ê ncia (art. 37, Constitui çã o
Federal de 1988
A Administra çã o pode assumir
duas vertentes: a primeira é a ideia
de servir e executar; a segunda
envolve a ideia de dire çã o ou
gest ã o. Nas duas vis õ es h á a
presen ç a da rela çã o de
subordina çã o e hierarquia.
Administrar para muitos significa
n ã o s ó prestar servi ç os e
execut á -los, como tamb é m
governar e exercer a vontade com o
objetivo de obter um resultado ú til
a coletividade. Administrar
significa tamb é m planejar e
elaborar a çõ es no sentido de
enfrentar os problemas vividos
diariamente pela sociedade, ou
seja, elaborar Pol í ticas P ú blicas
que possam orientar as a çõ es
governamentais. Em suma podemos
definir Administra çã o P ú blica
como toda atividade do Estado.
Logo, podemos formular conceito
pr ó prio partindo da vis ã o de
Hely Lopes Meirelles: “ O estudo
da Administra çã o P ú blica em
geral, compreendendo a sua
estrutura e as suas atividades, deve
partir do conceito de Estado, sobre
o qual repousa toda a concep çã o
moderna de organiza çã o e
funcionamento dos servi ç os
p ú blicos a serem prestados aos
administrados ” (MEIRELLES,
1994, p.55).
Princ í pio da Legalidade
A Legalidade est á no alicerce do
Estado de Direito, no princ í pio da
autonomia da vontade. É um dos
mais importantes para a
Administra çã o P ú blica. Baseia-
se no Art. 5 º da CF, que diz que
"ningu é m ser á obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa
sen ã o em virtude de lei",
pressuposto de que tudo o que
n ã o é proibido, é permitido por
lei. Mas o administrador p ú blico
deve fazer as coisas sob a
reg ê ncia da lei imposta. Portanto,
s ó pode fazer o que a lei lhe
autoriza. Ele n ã o pode se
distanciar dessa realidade, caso
contr á rio ser á julgado de acordo
com seus atos.
4- Ato Administrativo
ATO ADMINISTRATIVO : é o ato
jur í dico praticado pela
Administra çã o P ú blica; é todo o
ato l í cito, que tenha por fim
imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar ou extinguir
direitos; • s ó pode ser praticado
por agente p ú blico competente;
Fato Jur í dico : Ato
Jur í dico é um acontecimento
material involunt á rio, que vai
produzir conseq üê ncias
jur í dicas. : é uma manifesta çã o
de vontade destinada a produzir
efeitos jur í dicos. Fato
Administrativo : é o acontecimento
material da Administra çã o, que
produz conseq üê ncias jur í dicas.
No entanto, n ã o traduz uma
manifesta çã o de vontade voltada
para produ çã o dessas
conseq üê ncias. Ex. : A
constru çã o de uma obra p ú blica;
o ato de ministrar uma aula em
escola p ú blica; o ato de realizar
uma cirurgia em hospital p ú blico,
O Fato Administrativo n ã o se
destina a produzir efeitos no mundo
jur í dico, embora muitas vezes
esses efeitos ocorram, como
exemplo, uma obra p ú blica mal
executada vai causar danos aos
administrados, ensejando
indeniza çã o. Uma cirurgia mal
realizada em um hospital p ú blico,
que tamb é m resultar á na
responsabilidade do Estado. 8.2.
ESP É CIES DE ATOS
ADMINISTRATIVOS Atos
Normativos: aqueles que cont ê m
um comando geral do Executivo,
visando a correta aplica çã o da
lei; estabelecem regras gerais e
abstratas, pois visam a explicitar a
norma legal. Exs Decretos,
Regulamentos, Regimentos,
Resolu çõ es, Delibera çõ es, etc.
.: Atos Ordinat ó rios: visam
disciplinar o funcionamento da
Administra çã o e a conduta
funcional de seus agentes. Emanam
do poder hier á rquico da
Administra çã o. Exs .:
Instru çõ es, Circulares, Avisos,
Portarias, Ordens de Servi ç o,
Of í cios, Despachos.
Atos Normativos: aqueles que
cont ê m um comando geral do
Executivo, visando a correta
aplica çã o da lei; estabelecem
regras gerais e abstratas, pois
visam a explicitar a norma legal.
Exs Decretos, Regulamentos,
Regimentos, Resolu çõ es,
Delibera çõ es, etc. .: Atos
Ordinat ó rios: visam disciplinar o
funcionamento da Administra çã o e
a conduta funcional de seus
agentes. Emanam do poder
hier á rquico da Administra çã o.
Exs .: Instru çõ es, Circulares,
Avisos, Portarias, Ordens de
Servi ç o, Of í cios, Despachos.
Atos Negociais: aqueles que
cont ê m uma declara çã o de
vontade do Poder P ú blico
coincidente com a vontade do
particular; visa a concretizar
neg ó cios p ú blicos ou atribuir
certos direitos ou vantagens ao
particular. Ex.: Licen ç a;
Autoriza çã o; Permiss ã o;
Aprova çã o; Aprecia çã o; Visto;
Homologa çã o; Dispensa;
Ren ú ncia; Atos Enunciativos:
aqueles que se limitam a certificar
ou atestar um fato, ou emitir
opini ã o sobre determinado
assunto; N Ã O SE VINCULA A
SEU ENUNCIADO. Ex.:
Certid õ es; Atestados;
Pareceres. Atos Punitivos: atos
com que a Administra çã o visa a
punir e reprimir as infra çõ es
administrativas ou a conduta
irregular dos administrados ou de
servidores. É a APLICA ÇÃ O do
Poder de Policia e Poder
Disciplinar. Ex.: Multa;
Interdi çã o de atividades;
Destrui çã o de coisas;
Afastamento de cargo ou
fun çã o. REQUISITOS DO
ATO ADMINISTRATIVO
REQUISITOS Compet ê ncia,
Finalidade, Forma, Motivo e
Objeto (COFIFOMOB)
COMPET Ê NCIA: é o poder,
resultante da lei, que d á ao agente
administrativo a capacidade de
praticar o ato
administrativo; é VINCULADO; É o
primeiro requisito de validade do
ato administrativo.
Inicialmente, é necess á rio
verificar se a Pessoa Jur í dica tem
atribui çã o para a pr á tica daquele
ato. É preciso saber, em segundo
lugar, se o ó rg ã o daquela Pessoa
Jur í dica que praticou o ato, estava
investido de atribui çõ es para
tanto. Finalmente, é preciso
verificar se o agente p ú blico que
praticou o ato, f ê -lo no exerc í cio
das atribui çõ es do cargo. O
problema da compet ê ncia,
portanto, resolve-se nesses tr ê s
aspectos. • A compet ê ncia
ADMITE DELEGA ÇÃ O E
AVOCA ÇÃ O. Esses institutos
resultam da hierarquia.
FINALIDADE: é o bem jur í dico
objetivado pelo ato
administrativo; é VINCULADO; O
ato deve alcan ç ar a finalidade
expressa ou implicitamente prevista
na norma que atribui compet ê ncia
ao agente para a sua pr á tica. O
Administrador n ã o pode fugir da
finalidade que a lei imprimiu ao
ato, sob pena de NULIDADE do ato
pelo DESVIO DE FINALIDADE
espec í fica. Havendo qualquer
desvio, o ato é nulo por DESVIO
DE FINALIDADE , mesmo que
haja relev â ncia social. FORMA
: é a maneira regrada (escrita em
lei) de como o ato deve ser
praticado; É o revestimento externo
do ato; é VINCULADO. Em
princ í pio, exige-se a forma escrita
para a pr á tica do ato.
Excepcionalmente, admitem-se as
ordens atrav é s de sinais ou de
voz, como s ã o feitas no
tr â nsito. Em alguns casos, a
forma é particularizada e exige-se
um determinado tipo de forma
escrita. MOTIVO : é a situa çã o
de direito que autoriza ou exige a
pr á tica do ato administrativo;
motiva çã o obrigat ó ria
motiva çã o facultativa- ato
vinculado - ato discricion á rio
pode estar previsto em lei (a
autoridade s ó pode praticar o ato
caso ocorra a situa çã o prevista),
ou n ã o estar previsto em lei (a
autoridade tem a liberdade de
escolher o motivo em vista do qual
editar á o ato); A efetiva
exist ê ncia do motivo é sempre um
requisito para a validade do ato. Se
o Administrador invoca
determinados motivos, a validade
do ato fica subordinada à efetiva
exist ê ncia desses motivos
invocados para a sua pr á tica. É a
teoria dos Motivos Determinantes.
OBJETO : é o conte ú do do
ato; é a pr ó pria altera çã o na
ordem jur í dica; é aquilo que o ato
disp õ e. Pode ser VINCULADO
ou DISCRICION Á RIO. ato
vinculado ato discricion á rio o
objeto j á est á predeterminado na
lei (Ex .: aposentadoria do
servidor). h á uma margem de
liberdade do Administrador para
preencher o conte ú do do ato (Ex. :
desapropria çã o – cabe ao
Administrador escolher o bem, de
acordo com os interesses da
Administra çã o).
MOTIVO e OBJETO, nos
chamados atos discricion á rios,
caracterizam o que se denomina de
M É RITO ADMINISTRATIVO.
M É RITO ADMINISTRATIVO
corresponde à esfera de
discricionariedade reservada ao
Administrador e, em princ í pio,
n ã o pode o Poder Judici á rio
pretender substituir a
discricionariedade do
administrador pela
discricionariedade do Juiz. Pode,
no entanto, examinar os motivos
invocados pelo Administrador para
verificar se eles efetivamente
existem e se porventura
est á caracterizado um desvio de
finalidade. Ato Legal e
Perfeito é o ato administrativo
completo em seus requisitos e
eficaz em produzir seus efeitos;
portanto, é o ato eficaz e
exeq üí vel; Requisitos Tipo do
Ato Caracter í sticas
COMPET Ê NCIA Vinculado é O
PODER, resultante da lei, que
d á ao agente administrativo a
capacidade de praticar o ato
administrativo. Admite
DELEGA ÇÃ O e AVOCA ÇÃ O.
FINALIDADE Vinculado é o bem
jur í dico OBJETIVADO pelo ato
administrativo; é ao que o ato se
compromete; FORMA
Vinculado é a maneira regrada
(escrita em lei) de como o ato deve
ser praticado; É o revestimento
externo do ato. MOTIVO
Vinculado ou Discricion á rio é a
situa çã o de direito que autoriza ou
exige a pr á tica do ato
administrativo; OBJETO
Vinculado ou Discricion á rio é o
conte ú do do ato; é a pr ó pria
altera çã o na ordem
jur í dica; é aquilo de que o ato
disp õ e, trata.
ATRIBUTOS E QUALIDADES DO
ATO ADMINISTRATIVO
PRESUN ÇÃ O DE
LEGITIMIDADE: todo ato
administrativo presume-se
leg í timo, isto é , verdadeiro e
conforme o direito; é presun çã o
relativa (juris tantum). Ex.:
Execu çã o de D í vida
Ativa – cabe ao particular o ô nus
de provar que n ã o deve ou que o
valor est á errado.
IMPERATIVIDADE: é a qualidade
pela qual os atos disp õ em de
for ç a execut ó ria e se imp õ em
aos particulares,
independentemente de sua
concord â ncia; Ex.: Secret á rio de
Sa ú de quando dita normas de
higiene – decorre do exerc í cio do
Poder de Pol í cia – pode impor
obriga çã o para o
administrado. É o denominado
poder extroverso da
Administra çã o. AUTO-
EXECUTORIEDADE: é o atributo
do ato administrativo pelo qual o
Poder P ú blico pode obrigar o
administrado a cumpr í -lo,
independentemente de ordem
judicial;
Auto-Tutela a autotutela se
justifica para
garantir à Administra çã o: a defesa
da legalidade e efici ê ncia dos
seus atos; nada mais é que um
autocontrole SOBRE SEUS ATOS.
Continuidade do Servi ç o
P ú blico O servi ç o p ú blico
destina-se a atender necessidades
sociais. É com fundamento nesse
princ í pio que nos contratos
administrativos n ã o se permite que
seja invocada, pelo particular, a
exce çã o do contrato n ã o
cumprido. Os servi ç os n ã o
podem parar .
Razoabilidade Os poderes
concedidos à Administra çã o
devem ser exercidos na medida
necess á ria ao atendimento do
interesse coletivo, SEM
EXAGEROS.
REFER Ê NCIAS
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Da
administra çã o p ú blica
burocr á tica à gerencial. Revista
do Servi ç o P ú blico, 47, (1)
janeiro-abril 1996. Dispon í vel
em: . Acesso em: 20 maio 2009.
ALEXANDRINO, Marcelo; DE
PAULO, Vicente. Direito
Administrativo. 13 ª ed. ver. e atual.
Rio de Janeiro: Impetus, 2007.
LIMA, Paulo Daniel Barreto.
Excel ê ncia em Gest ã o P ú blica.
Recife: F ó rum Nacional de
Qualidade, 2006.
CHIAVENATO, Idalberto.
Introdu çã o à teoria geral da
administra çã o. 6 ª ed. Rio de
Janeiro : Campus, 2000
INTRODU ÇÃ O
Legislativo: SF e CD;
Conceitos B á sicos:
Agente Credenciado – s ã o os
credenciados pelo Estado para
represent á -lo em situa çã o
especifica que demandam
conhecimentos especializados.
Concurso P ú blico
É imprescind í vel para nomea çã o
de cargo efetivo;
Declara çã o de n ã o acumular
cargos, empregos ou fun çõ es
p ú blicas ilicitamente;
Exerc í cio
As vantagens do cargo e a
contrapresta çã o pecuni á ria v ê m
com o exerc í cio;
A homologa çã o de desempenho do
servidor ocorrer á 4 meses antes do
fim do est á gio probat ó rio;
O servidor em est á gio probat ó rio
n ã o pode receber as licen ç as:
para capacita çã o profissional,
para desempenho de mandato
classista e para assuntos
particulares;
- Se extinto fica em
disponibilidade;
Estabilidade: requisitos:
Concurso p ú blico;
Exonera çã o mediante
procedimento de avalia çã o
peri ó dica de desempenho na
forma de lei complementar;
Discricionariedade é o poder de
liberdade;
A posse n ã o é um contrato
administrativo;
O m ê s para o servidor é de 30
dias.
Provimento: é o preenchimento de
determinado cargo que estava
vazio. Para que haja o
provimento, é necess á rio que
sejam respeitados requisitos
b á sicos para a investidura em
cargo p ú blico (art. 5 º ):
Tipos de Provimento:
Escalonamento do Provimento:
Horizontal (sem eleva çã o
profissional) ou Vertical (com
eleva çã o profissional)
Nomea çã o:
Publica çã o no D.O.U.
Readapta çã o:
Vac â ncia;
Excedente.
Revers ã o:
Conceito: forma de provimento
derivada por reingresso do
servidor aposentado a
Administra çã o em decorr ê ncia
de cessa çã o da invalidez ou a
pedido, no interesse da
Administra çã o.
- Independe de estabilidade;
- Independe de cargo em vac â ncia
(excedente).
A pedido, no interesse da
Administra çã o:
- Volunt á ria;
- Estabilidade;
- Requisi çã o;
- Aposentadoria efetivada
nos ú ltimos 5 anos, a contar do
pedido de revers ã o.
Reintegra çã o:
Recondu çã o:
Aproveitamento:
Disponibilidade decorre de
estabilidade (regra);
Vac â ncia.
Remo çã o é o deslocamento do
servidor no â mbito do mesmo
quadro, com ou sem mudan ç a de
sede. A Remo çã o pode acontecer:
- de oficio, no interesse da
administra çã o;
- a pedido vinculado,
independente do interesse da
administra çã o: sa ú de,
acompanhar c ô njuge ou em virtude
de processo seletivo promovido de
acordo com o ó rg ã o onde o
servidor esteja lotado.
Redistribui çã o implica no
deslocamento do cargo de
provimento efetivo para
outro ó rg ã o ou entidade do
mesmo poder. Sempre
acontecer á no interesse da
administra çã o.
Vencimento é a retribui çã o
pecuni á ria pelo exerc í cio do
cargo. N ã o pode ser menor que um
sal á rio m í nimo e é irredut í vel.
Remunera çã o é o vencimento mais
as vantagens (gratifica çõ es
permanentes) de car á ter pessoal.
Vac â ncia:
Conceito: é o “ desprovimento ” de
cargo.
a) Readapta çã o
b) Recondu çã o (art.
20, § 2 ° )
c) Promo çã o
d) Falecimento
e) Aposentadoria
f) Demiss ã o
g) Exonera çã o
h) Posse em cargo
inacumul á vel
Acumula çã o de Cargos
P ú blicos – CF Art. 37, XVI e Art.
95 par á grafo Ú nico:
É vedada a acumula çã o
remunerada de cargos p ú blicos,
exceto:
Exonera çã o
- quando o servidor n ã o
for aprovado em estagio
probat ó rio;
- quando ap ó s a posse
n ã o entrar em exerc í cio no prazo
legal;
- ocupante de cargo em
comiss ã o a exonera çã o
ocorrer á a pedido ou a ju í zo da
autoridade competente;
Demiss ã o
Crime;
Improbidade administrativa;
Insubordina çã o;
Ofensa f í sica;
Corrup çã o;
Levar ao conhecimento da
autoridade superior as
irregularidades de que tiver
ci ê ncia em raz ã o do cargo;
Responsabilidade administrativa:
condutas impr ó prias do servidor
no desempenho de suas fun çõ es
que esteja em desacordo com os
princ í pios e regras que norteiam a
administra çã o publica;
a) Advert ê ncia:
Puni çã o branda;
b) Suspens ã o:
Puni çã o branda ou rigorosa;
Rigorosa: de 31 a 90
dias – precedida
de “ PAD ” (t é rmino 60 dias + 60
dias);
c) Demiss ã o:
Puni çã o rigorosa;
Cancelamento de registro: - ;
d) Cassa çã o de Proventos:
Cassa çã o de proventos de
aposentadoria ou disponibilidade
em decorr ê ncia de irregularidade
passiva de demiss ã o praticada
quando na ativa.
e) Destitui çã o:
De cargo em comiss ã o:
De fun çõ es de confian ç a:
Os atos de improbidade
administrativa que importam em
enriquecimento il í cito configuram-
se a modalidade mais grave e
ign ó bil de improbidade
administrativa, pois contempla o
comportamento torpe do agente
p ú blico que desempenha fun çõ es
p ú blicas de sua atribui çã o de
forma desonesta e imoral.
Os atos de improbidade
administrativa que causam
preju í zo ao er á rio foram
constitu í dos com a finalidade de
evitar e coibir a les ã o ao er á rio.
Por é m, o legislador
infraconstitucional lan ç ou m ã o
de um tipo aberto, de forma que
tem-se de ter cautela para n ã o
considerar toda e qualquer a çã o
ou omiss ã o dolosa ou culposa ato
de improbidade administrativa.
Os atos de improbidade
administrativa que atentam contra
os princ í pios da Administra çã o
p ú blica, s ã o residuais e s ó s ã o
aplic á veis quando n ã o
configuradas as demais
modalidades de improbidade
administrativa.
Qualquer pessoa
poder á representar à autoridade
administrativa competente para que
seja instaurada investiga çã o
destinada a apurar a pr á tica de ato
de improbidade, ainda que o autor
desse ato í mprobo seja o Prefeito.
Ele via responder por atos de
improbidade no ju í zo de primeira
inst â ncia, pois neste caso
n ã o é poss í vel em prerrogativa
de fun çã o e foro privilegiado, o
que somente é poss í vel nas a çõ es
de natureza criminal.
A corrup çã o é um problema de
toda a sociedade traz preju í zo
para as gera çõ es futuras, pois,
compromete a forma çã o da
personalidade dos jovens, que
v ê em valores e princ í pios como
verdade e honestidade, serem
desvirtuados, preteridos, retirando
a base de uma sociedade forte.
Nada obstante as recentes leis
especiais com o fito de vedar e
punir a pr á tica da corrup çã o na
coisa p ú blica, o combate a este
mal que assola o pa í s e afeta a
dignidade da pessoa humana,
depende de aquisi çã o de uma
consci ê ncia democr á tica e da
participa çã o popular, fiscalizando
as institui çõ es p ú blicas, al é m
de reduzir á a coniv ê ncia e, pouco
a pouco, depurar á as id é ias
daqueles que pretendem ascender
ao poder. Com isso, a corrup çã o
poder á ser atenuada, pois
eliminada nunca o ser á , conforme
assevera Garcia e Alves (2006, p.
6).
Decreto-Lei n. 201, de 27 de
fevereiro de 1967. Disp õ e sobre
os crimes de responsabilidade de
prefeitos e vereadores. Di á rio
Oficial [da] Rep ú blica Federativa
do Brasil, Poder Executivo,
Bras í lia, DF, 14 mar. 1967.
Dispon í vel em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_0
Lei/Del0201.htm>. Acesso em: 10
fev. 2006.