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Alexandre Couto da Fonseca

Carlos Roberto da Silva Rodrigues

Carlos Vinícius Dias dos Reis

Samuel Silva de Oliveira

Equação de Bernoulli

Cabo Frio, 2017.


Alexandre Couto da Fonseca – Matrícula: 201401046797

Carlos Roberto da Silva Rodrigues – Matrícula: 201408070723

Carlos Vinícius Dias dos Reis – Matrícula: 201509087842

Samuel Silva de Oliveira – Matrícula: 201512811599

Equação de Bernoulli

Relatório técnico apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação na disciplina
Hidráulica, no Curso de Engenharia Civil, na
Universidade Universidade Estácio de Sá.

Prof. Dr.: Marcelo Silva.

Cabo Frio, 2017.


RESUMO

Este trabalho apresenta a metodologia e os procedimentos realizados em laboratório


para a obtenção dos dados necessários para calcular-se a velocidade de escoamento de um
fluido. O objetivo deste é demonstrar como os experimentos foram realizados e a através dos
devidos cálculos, comparar os valores obtidos através da equação da continuidade (teóricos)
com os valores colhidos do equipamento (práticos) aplicados na equação de Bernoulli.
Sumário
1 Introdução: ........................................................................................................................................... 1
2 Desenvolvimento: ................................................................................................................................ 3
2.1 Objetivo:............................................................................................................................................ 3
2.2 Metodologia: ..................................................................................................................................... 4
2.3 Procedimentos Experimentais: .......................................................................................................... 4
2.4 Resultados: ........................................................................................................................................ 5
3 Conclusão: ............................................................................................................................................ 8
Referências bibliográficas: ...................................................................................................................... 9
1 Introdução:
A mecânica dos fluidos é o ramo da mecânica que estuda o comportamento físico dos
fluidos e suas propriedades. Os aspectos da mecânica dos fluidos são de fundamental
importância para a solução de vários problemas encontrados habitualmente na engenharia,
sendo suas principais aplicações destinadas ao estudo de escoamentos de líquidos e gases.

A vazão é a principal característica de um escoamento, uma vez que seu valor é


utilizado no dimensionamento de obras de Engenharia. A observação do escoamento permite
entender melhor o comportamento de um canal ou rio. No dia a dia, encontra-se o estudo
relacionado a vazão na elaboração de projetos de Engenharia para sistemas de água e esgotos,
geração de energia elétrica, irrigação e drenagem, além de sua aplicação nas indústrias em
máquinas e equipamentos, mostrando a importância do desenvolvimento de estudos neste
setor.

A equação da continuidade é uma das equações mais utilizadas na mecânica dos


fluidos. Essa equação é uma consequência da aplicação da conservação da massa no caso do
escoamento de um fluido incompressível e mostra a conservação da massa de líquido
transportado ao longo de todo o escoamento por uma tubulação.

Considerando três pedaços de tubos com diâmetros diversos e áreas de seção


transversal S1, S2 e S3 conectados, e com água escoando através deles no sentido de A para
B, com velocidades de intensidades V1, V2 e V3, respectivamente.

V1S1 = V2S2 = V3S3

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Sendo o líquido incompressível (mesma densidade em todos os pontos), o intervalo de
tempo em que um volume qualquer atravessa “S1” é o mesmo em “S2” e “S3”. Por
conseguinte a vazão nos três pontos (S1,S2 e S3) será a mesma. Desta dedução, temos a
fórmula: Q = v x S, ou Q = v x A, denominada equação da continuidade. Esta equação firma
que a velocidade com que o líquido escoa no interior do tubo é inversamente proporcional à
área de seção transversal (S) do mesmo, ou seja, diminuindo a área, a velocidade (v) com que
o líquido flui aumenta na mesma proporção.

A equação da continuidade permite postular e permear novas ideias e conceitos


relacionados ao estudo do escoamento de um fluido. Ao escoar por um duto com uma seção
transversal variável são observadas mudanças na velocidade de escoamento, de forma que a
vazão volumétrica permanece constante, respeitando o princípio de conservação de massa.
Sendo assim, pode-se notar, via Leis de Newton, que se a velocidade muda é porque existem
diferenças de pressão ao longo do cano, sendo a força resultante composta pela força
gravitacional e pela força associada a diferença de pressão.

A partir disso, iremos obter uma equação, chamada equação de Bernoulli, que
relaciona a pressão e a velocidade de um fluido ideal, incompressível, que escoa em regime
laminar sob efeito da gravidade ao longo de um tubo de corrente. A equação de Bernoulli,
assim como a equação da continuidade, não está baseada em novos princípios físicos. Assim
como a equação da continuidade expressa a conservação de massa do fluido, ou seja, o fato
básico de que massa não pode ser criada nem destruída, a equação de Bernoulli expressa a
conservação da energia do fluido, respeitando o modelo de fluido que estamos utilizando.
Essa equação é bastante importante na descrição de fluidos em movimento e foi obtida pela
primeira vez em 1738 por Daniel Bernoulli.

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2 Desenvolvimento:
Em hidráulica ou em mecânica dos fluidos, define-se vazão como a relação entre o
volume e o tempo. A vazão pode ser obtida a partir do escoamento de um fluido através de
determinada seção transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de um
conduto forçado (tubulação). Isto significa que a vazão representa a rapidez com a qual um
volume escoa.

A unidade de medida adotada pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) para a


vazão volumétrica é m³/s, embora os valores para esta vazão muitas vezes sejam mensurados
em m³/h, l/h ou o l/s.

A forma mais simples para se calcular a vazão volumétrica é tomando o volume


escoado (V) durante o tempo apurado (t). A vazão é geralmente representada na literatura pela
letra “Q”, ou ainda “Qv” quando se especifica “vazão volumétrica”.

Outra forma de se calcular os valores da vazão em determinado ponto é através da


relação da velocidade com a qual o fluido escoa pelo duto e a área da seção transversal desta
tubulação. Sendo “v” a velocidade de escoamento do fluido e “A” a área da seção transversal
da tubulação, tem-se:

Qv = v x A

A equação da continuidade afirma que durante o escoamento de um líquido incompressível a


vazão volumétrica permanece constante, enquanto a velocidade deste escoamento se altera de
acordo com a seção transversal do duto. Conhecendo a área dos dutos, pode-se obter a velocidade
de escoamento pela fórmula da vazão, fazendo:

Qv = v x A → v =

2.1 Objetivo:
Utilizar o conhecimento teórico para obter através dos cálculos o valor da velocidade
de escoamento de um fluido. Experimentalmente, obter novos valores para esta velocidade e
comparar os resultados encontrados.

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2.2 Metodologia:
Para a coleta dos dados, foram realizados experimentos no laboratório de Hidráulica
da Universidade Estácio de Sá – Campus Cabo Frio.

Para calcular a velocidade de escoamento necessita-se de um fluido. No experimento


em questão, foi utilizado água (adotado como incompressível).

Para determinar a velocidade experimentalmente, foi utilizado um painel hidráulico,


modelo EQ 879C. Este equipamento oferece a opção de regulagem para variadas vazões. No
procedimento realizado, foi adotada a vazão de 0,2 L/ min. Na realização do experimento, o
painel hidráulico possibilita a leitura de valores de pressão em mm/H2O que serão aplicados
nos cálculos para que ao fim do experimento, possa ser apurada a velocidade do fluido.

2.3 Procedimentos Experimentais:

2.3.1Materiais utilizados:

 Painel Hidráulico EQ 879C.

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2.3.2Procedimentos realizados:

a) Calcular as velocidades V1, V2 e V3, usando a equação da continuidade.


 Converteram-se as unidades encontradas no problema proposto para as unidades
convencionadas pelo Sistema Internacional (SI);
 Utilizando os valores obtidos das conversões realizadas, calculou-se a velocidade “V1”.
 Com a equação da continuidade (V1 x A1 = V2 x A2 = V3 x A3), encontrou-se os valores de
V2 e V3.

b) Calcular as velocidades V1,V2 e V3 usando a equação de Bernoulli:


 Acionar o Painel Hidráulico EQ 879C;
 Colher do equipamento os valores de pressão aferidos;
 Converter as unidades para o Sistema Internacional (SI);
 Aplicar os valores encontrados à equação de Bernoulli;
 Comparar os resultados encontrados com os valores obtidos no procedimento teórico.

2.4 Resultados:
a) Calcular as velocidades V1, V2 e V3, usando a equação da continuidade.

Q = 0,2 L/min → Q = 3,33 X 10-6 m3/s


D1 = 12 mm → D1 = 12 X 10-3 m
D2 = 8 mm → D2 = 8 X 10-3 m
D3 = 4 mm → D3 = 4 X 10-3 m

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V1 x A1 = V2 x A2 = V3 x A3 → Q=vxA
Calculando v1, tem-se:
v1=

V1 = → v1 = 0,029 m/s

v1=

V1 = → v1 = 0,029 m/s

Calculando v2, tem-se:

V1 x D12 = V2 x D22, logo:

0,029 x (12 x 10-3)2 = V2 x (0,8 x 10-3)2


v2 = 0,066 m/s

Para v3, calcula-se :

V1 x D12 = V2 x D22 = V3 x D32, logo:

0,029 x (12 x 10-3)2 = 0,066 x (0,8 x 10-3)2 = V3 x (0,4 x 10-3)2


v3 = 0,26 m/s

b) Calcular as velocidades V1,V2 e V3 usando a equação de Bernoulli:

Equação de Bernoulli: .

Como no experimento temos a mesma cota em todo ele, podemos descartar da fórmula
a variável “z” que diz respeito ao desnível entre dois pontos. Assim tem-se:

Aplicando a fórmula ao experimento realizado, faz-se:

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No equipamento, leu-se os seguintes valores para pressão:

P1 = 95 mm H2O → 931 Pa

P2 = 135 mm H2O → 1323 Pa

P3 = 80 mm H2O → 784 Pa

P4 = 115 mm H2O → 1127 Pa

Utilizando a fórmula, calcula-se:

(v2)2 = 0,04 x 19,6 → v2 = √0,04 x 19,6

v2 = 0,885 m/s

Para saber o valor de v3 a operação é a mesma, apenas alternando os valores:

(v3)2 = 0,075 x 19,6 → v3 = √0,075 x 19,6

v3 = 1,21 m/s

Agora, com os valores mensurados, pode-se realizar a comparação entre os valores


encontrados para v2 e v3 nos dois procedimentos.

Equação da continuidade → v2 = 0,066 m/s v3 = 0,26 m/s

Equação de Bernoulli → v2 = 0,885 m/s v3 = 1,21 m/s

Diferença entre os valores obtidos através da prática e os teóricos:

v2 → 0,885 – 0,066 = 0,819 m/s

v3 → 1,21 – 0,26 = 0,95 m/s

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3 Conclusão:
A determinação da velocidade com a qual um fluido escoa, oferece como resultado
parâmetros que são utilizados em diversos setores industriais e de execução de projetos de
engenharia. Estes valores são importantes no momento de tomar uma decisão e podem causar
problemas se calculados de maneira equivocada.

O experimento determinou a velocidade de um fluido sob duas metodologias, e


ofereceu artifícios e condições para que se faça este calculo em outros lugares, aplicando-os
em outras situações e problemas.

Foi encontrada uma diferença considerável entre os valores obtidos nos


procedimentos. Isso se deve principalmente ao fato de a equação da continuidade não levar
em conta a pressão que está inserida no sistema. Dessa forma, a equação da continuidade,
apesar de oferecer subsídios teóricos e deduções para diversas situações, não se mostra
confiável se confrontada com os valores práticos, obtidos experimentalmente.

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Referências bibliográficas:
http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrodinamica/hidrodin.html; Acesso em 12 de março de 2017.

http://www.if.ufrgs.br/cref/werlang/aula3.htm; Acesso em 12 de março de 2017.

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1982912/mod_resource/content/2/Auladocap15MecFluid
os2%C2%AA%20parte%20Equa%C3%A7%C3%B5a%20de%20Bernoulli.pdf; Acesso em 12 de março
de 2017.

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