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BABÁ LEJUGBÉ OU IJUGBÉ

Segundo algumas tradições, Babá Lejugbé ou Ijùgbè seria o mesmo Orixá Etekó que
acompanha Obatalá. Outras vertentes pregam que este seria um caminho ou qualidade de
Oxoguiã.

Este òrìsà também esta relacionado com a agricultura, dizem que foi o primeiro a cultivar o
inhame.

Um aspecto maduro de Oxalá, não é jovem nem idoso.

Confunde-se com Olúfón por ser vagaroso e sua principal característica é ser indeciso.

Caminha com Aiyrá e Iyemanja.

Veste branco.

Considerado mais um caminho do Obàtálá ou òrìsà funfun. Orisa Teko (Eteko) é também
chamado hoje como Orisa Ijugbe ou ainda Lejugbe (Senhor da Ijugbe) pois é o padroeiro dessa
cidade.

Ele é o Orisa da agricultura, dos granjeiros, dos inhames, das sementes, da fertilidade da terra
e também é quem traz a chuva para beneficio dos semeadores.

No principio, Ijugbe era uma aldeia de granjeiros, o sacerdote chefe do culto a Orisa Teko é o
Obarese, quem segundo a tradição era o primeiro em plantar o inhame para o Orisa abençoar
as colheitas. Do mesmo jeito, os primeiros inhames colhidos eram destinados a Orisa Teko.

Orisa Teko é conhecido em outras regioes da Nigeria pelo nome de Orisa Oko protetor da
cidade Oko ou ainda “orisa da agricultura”.

Originário da cidade de Irawo, onde era rei, foi banido da mesma, pois ficou leproso, indo
morar no campo com sua mulher, daí provém o apelido Eteko, que quer dizer: ETE = Leproso;
OKO = Campo; “O leproso do campo”.

Devido a sua doença, ele cobria o seu corpo do sol com um longo pano branco e caminhava
com dificuldade, com ajuda de sua mulher construiu uma cabana de folhas de palmeira e se
estabeleceram colhendo frutos do mato e caçando etus (galinhas d’angola).

Naqueles tempos, os homens não sabiam como plantar e foi por acidente que Orisa-Teko
descobriu a arte de agricultura ensaiando com os inhames e mais adiante com frutas.

Com o passar do tempo aprenderam também a plantar e reconhecer as qualidades medicinais


das ervas.

Depois de muitas provas com diferentes ervas, acharam a cura para sua doença. Depois de
curar, eles voltaram para a cidade de Irawo, onde o povo lhes acolheu com alegria fazendo
uma grande festa.
Orisa-Teko ensinou para seu povo a agricultura e o conhecimento das ervas medicinais.

Após morrerem Orisa-Teko e sua mulher, o povo não esqueceu deles, pelo contrário,
continuaram a contar a história de Orisa-Teko para seus descendentes. Após de muitos anos,
Orisa-Teko foi divinizado e virou padroeiro dos agricultores.

Teria sido um grupo de caçadores, seguidores de Orisa-Teko quem fundou a cidade de Oko,
levando o seu culto com eles.

Orisa-Teko passaria então a ser conhecido como Orisa-Oko (padroeiro de Oko) sendo na
verdade que Orisa-Teko e Orisa-Oko trata-se do mesmo.

No entanto, o nome “Orisa-Oko” é muito mais difundido pelo fato de ser quem ensinou a
agricultura, a palavra “oko”, além de “campo”, também quer dizer: plantaçao, semeado,
agricultura.

Uma barra de ferro enfeitada com búzios é o emblema deste orisá e é entregada aos iniciados
no seu culto. Essa barra (cajado de Orisa-Oko) pode passar a pertencer à família e podem ser
herdados os assentamentos do iniciado por um parente após da sua morte, pois o culto é
familiar.

No culto do Orisa-Oko (ou Eteko / Ijugbe, dependendo o lugar muda o nome) na Africa,
somente as mulheres iniciadas (Agegún Orisa Oko) são possuídas pela divindade e tem na testa
duas linhas verticais: uma vermelha e uma branca. Acredita-se que este Òrìsà cura a malária e
outras doenças ligadas as labores no campo.

As abelhas são suas mensageiras.

Suas comidas prediletas são: cabras brancas, melão cozido, vinho de milho (otì sèkètè), o peixe
chamado Eja Abori, galinhas de angola, inhame, farinha de inhame, mandioca e farinha de
mandioca.

Seus filhos não podem comer carne de animal velho, serpente nem inhame ou mandioca
novos antes que sejam celebradas as festas para o Orisá.

É costume dos granjeiros cumprimentar com seus produtos diante do Òrìsà antes de sair para
o mercado.

Na iniciação, os iyawo devem ficar isolados por três meses sem poder olhar o sol, vestem-se de
branco e tomam banho com água fresca todos os dias, enfeitando seus corpos com efun e
osun. Nao podem comer carne velha.

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