O texto analisa o presidencialismo de coalizão brasileiro e seu dilema institucional de agregar interesses antagônicos de forma legítima. Discorre sobre a pluralidade de interesses devido à desigualdade social e o arranjo necessário para estabilidade política. Aponta que a combinação entre presidencialismo, multipartidarismo e representação proporcional requer coalizões interpartidárias frágeis, gerando o dilema de regular conflitos internos para evitar paralisia.
O texto analisa o presidencialismo de coalizão brasileiro e seu dilema institucional de agregar interesses antagônicos de forma legítima. Discorre sobre a pluralidade de interesses devido à desigualdade social e o arranjo necessário para estabilidade política. Aponta que a combinação entre presidencialismo, multipartidarismo e representação proporcional requer coalizões interpartidárias frágeis, gerando o dilema de regular conflitos internos para evitar paralisia.
O texto analisa o presidencialismo de coalizão brasileiro e seu dilema institucional de agregar interesses antagônicos de forma legítima. Discorre sobre a pluralidade de interesses devido à desigualdade social e o arranjo necessário para estabilidade política. Aponta que a combinação entre presidencialismo, multipartidarismo e representação proporcional requer coalizões interpartidárias frágeis, gerando o dilema de regular conflitos internos para evitar paralisia.
Legislação e Processo Político – Turma A Prof. Suely Mára Vaz Guimarães De Araújo Catarina Cardoso – 15/0032242
RESENHA Aula 7: ABRANCHES, Sérgio. Presidencialismo de Coalizão: o Dilema Institucional Brasileiro. Dados, v. 31, n. 1, p. 5-38, 1988.
O texto Presidencialismo de Coalizão: o Dilema Institucional Brasileiro, famoso
artigo de Sergio Abranches, tem como objetivo, analisar os componentes institucionais reguladores dos conflitos que surgem a partir dos diferentes arranjos sociais e consequentes processos legítimos de representação (p. 8). Para tal, o autor divide o escrito em cinco parte, que vão desde a pluralidade de interesses públicos que são levados ao governo, até o arranjo institucional necessário para se garantir estabilidade política no Brasil, a pesar da diversidade social.
No primeiro pedaço do texto, denominado “Heterogeneidade e Pluralidade de
Interesses”, Abranches aborda o processo de desenvolvimento do capitalismo industrial brasileiro e seu caráter de assincronia em relação a ordem mundial e a diversidade de suas estruturas. Estes, combinados à complexidade social de profundas desigualdades, resultam na pluralidade de interesses e em antagonismos. O dilema das instituições brasileiras, de Estado inflado e burocrático, é então definido como a busca por um arranjo eficiente para agregar e processar os interesses antagônicos de forma legítima (p. 7).
Em seguida, acerca da “Crise Institucional”, aborda-se a transição iniciada com a
instauração da Nova República, que diz acerca da falência do modelo político anterior e consequente falência das instituições do regime autoritário. Esta renovação requer não apenas estabilidade para crises econômico-sociais, mas também uma reforma organizacional do estado cujos elementos apenas podem ser abordados a partir do processo constituinte (p. 8-11). A partir daí são analisados diversos arranjos democráticos, no segmento intitulado “Regimes Democráticos e Representação de Interesses”. Esta análise é feita a partir da comparação com as características da tradição republicana brasileira, enumerada pelo autor como: presidencialismo, federalismo, bicameralismo, multipartidarismo e representação proporcional. Estas características guardam singularidades que afetam a estabilidade institucional a longo prazo. Porém, as peculiaridades institucionais que levam ao dilema acima abordado não estão no modelo de representação ou no sistema partidário, conforme provado pela comparação com modelos democráticos estáveis do muno (p. 10-19).
A peculiaridade reside na combinação entre representação proporcional,
multipartidarismo e presidencialismo, conforme abordado em “Presidencialismo de Coalizão: A Especificidade do Modelo Brasileiro”. Este arranjo leva à necessidade de formação de coalizões interpartidárias para formação de gabinete. Estas coalizões, segundo o autor, baseiam-se em dois eixos, o partidário e o regional, que precisam respeitar limites ideológicos ou pragmáticos inegociáveis para um desempenho corrente do governo (p. 19-27). Assim, dá-se luz ao real dilema institucional.
Na última parte do texto, “O Dilema Institucional do Presidencialismo de
Coalisão”, o autor aponta a questão fundamental ao arranjo institucional brasileiro: a necessidade de mecanismos voltados a regulação de conflitos internos a coalizão, que funciona como defesa à democracia presidencialista. Este mecanismo é necessário pois rompimentos na coalizão resultam no enfraquecimento do Presidente e possíveis conflitos entre Executivo e Legislativo, o que pode resultar em paralisia decisória (p. 27-32).
Custeio da Seguridade Social pelos Bancos Comerciais: : contribuições específicas e aspectos constitucionais : seguridade social, proteção social, financiamento e solidariedade