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Saúde Ambiental

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE


AMBIENTAL

• HIPÓCATRES – Século V A.C. – “AS doenças dos


seres humanos provavelmente estão
relacionadas com o ambiente externo e
interno do indivíduo…”
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE
AMBIENTAL

• Agricola (1494-1555) descreveu a doença


respiratória dos mineiros das minas de metais.

• Paracelso (1493-1591) descreveu a doença


dos fundidores de metais.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE
AMBIENTAL

• Ramazzini (1633-1714) descreveu


sistematicamente doenças profissionais.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE
AMBIENTAL
• O.N.U.(1972) – 1.ª Conferência Mundial sobre Meio
Ambiente Humano

• O cidadão deve ser educado para a solução dos


problemas ambientais.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE
AMBIENTAL
• ECO 92 – Conferência da ONU sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento

• Re-orientar a Educação para o desenvolvimento


sustentável e o analfabetismo ambiental
CATÁSTROFES AMBIENTAIS:
CHERNOBYL (UCRÂNIA)
• Nos anos que se seguiram ao acidente cerca de 370
000 pessoas foram deslocadas para áreas menos
contaminadas, tendo sido criada uma zona de
exclusão que abrangia 4 300Km2.

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CHERNOBYL (26 de abril de
1986)
• https://www.youtube.com/watch?v=Z4vMk5a
CCg8
PROBLEMAS AMBIENTAIS

Maribel Carvalhais
PROBLEMAS AMBIENTAIS
Produção Utilização intensiva
dos recursos Esgotamento do
intensiva meio receptor
naturais

•Poluição do ar
•Contaminação de rios e oceanos
•Acumulação de resíduos
•Ruído ambiental
•Radioactividade

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PRINCIPAIS CATÁSTROFES AMBIENTAIS

• 1932-1968 – Minamata;

• 1976 – Seveso;

• 1979 – Three Mile island;

• 1984 – Bophal;

• 1986 – Chernobyl;

• 2011 – Terramoto e Tsunami no Japão


AMBIENTE

……………………………………………………………..

• Tudo aquilo que nos rodeia.

………………………………………………………………

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AMBIENTE
• POLUIÇÃO:
– Alteração do equilíbrio natural, que provoca efeitos
adversos na saúde e bem-estar das populações, nos
ecossistemas, na biodiversidade, nos materiais e no clima,
á escala local, regional e global…

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EFEITOS DA POLUIÇÃO
• Esgotamento dos recursos naturais;

• Destruição das florestas;

• Assimetria na distribuição da riqueza mundial, aumento do


subdesenvolvimento e fome;

• Diminuição da biodiversidade;

• Aumento das doenças resultantes da poluição.

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CATÁSTROFES ECOLÓGICAS:

• Marés Negras;

• Contaminação das águas;

• Acidentes químicos;

• SMOG Fotoquímico;

• Alterações atmosféricas;

• Radiações…

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MINIMIZAÇÃO DOS PROBEMAS
AMBIENTAIS:
• Tecnologias de fim de linha (ETAR´s);

• Avaliação prévia dos impactos ambientais;

• Avaliação do risco;

• Saúde Ambiental (Avaliar os impactos do ambiente sobre a


saúde: preventiva e curativa);

• Princípio da prevenção precaução.

16
•Água

17
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ÁGUA
• A água actua como solvente e como meio de
transporte.

• Solvente Universal –é capaz de dissolver uma


grande quantidade de compostos, tanto orgânicos
como inorgânicos.

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ÁGUA
• Sabe-se que mais de metade das substâncias conhecidas
está dissolvida nas águas que circulam pela Terra.

• Além disso, muitos materiais essenciais à nutrição dos


animais e vegetais só podem ser ingeridos se dissolvidos na
água.

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ÁGUA
• Água Pura – A água na natureza raramente é pura
no sentido de “água destilada”, contém sais
dissolvidos, substâncias tampão, nutrientes, etc.,
com concentrações várias dependendo das
condições locais.

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ÁGUA

• O tipo e natureza das impurezas, determina


a qualidade da água e limita o seu uso.

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ÁGUA - IMPUREZAS
• SUSPENSÃO – areia, partículas de terra, matéria orgânica, etc.

• DISSOLUÇÃO COLOIDAL - sílica, alumínio, argilas, ferro, ácidos


orgânicos, etc.

• DISSOLUÇÃO – cloretos, sulfatos, bicarbonatos, nitratos, matéria


orgânica solúvel, etc.

• GASES

• ORGANISMOS - algas, protozoários, bactérias, etc.

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ÁGUA
ÁGUA SUPERFICIAL SUBTERRÂNEA
Temperatura Variável Constante

Turvação Variável Fraca ou nula

Mineralização Variável +_ constante

Fe e Magnésio Geralmente Geralmente


ausentes presentes
Co2 agressivo Geralmente Geralmente
ausentes presentes
Sílica Teor baixo Teor elevado
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ÁGUA
SUPERFICIAL SUBTERRÂNEA

Muito vulneráveis Menos vulneráveis

Capacidade de Alternativa para o


autodepuração abastecimento simples e
limitada baixo custo
Elevados custos de Problemas de poluição
tratamento principais: nitratos e
pesticidas

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ÁGUA – UTILIZAÇÕES CONCORRENTES
• Uso urbano – doméstico, comercial e público;

• Actividades agro-pecuárias;

• Indústria (sanitário e de refrigeração de processos);

• Produção de energia eléctrica;

• Actividades recreativas (natação, pesca, desporto);

• Preservação da fauna e flora;

• Harmonia paisagística;

• Rega;

• Navegação fluvial;

• Controlo de incêndios.
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ÁGUA NO CORPO HUMANO

• Água representa 70% da massa do corpo


humano.

• Uma pessoa pode suportar até 50 dias sem


comer, mas apenas 4 dias sem beber água.

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ÁGUA NO CORPO HUMANO
• Sintomas de desidratação:
– Perda de 1 a 5% de água – sede, pulso acelerado,
fraqueza;

– Perda de 6 a 10% de água – dor de cabeça, fala confusa,


visão turva;

– Perda de 11 a 12% de água – delírio, língua inchada,


morte.

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POLUIÇÃO DA ÁGUA

• A poluição da água está associada a diversos


factores:
– Ao aumento da população,

– Ao desenvolvimento urbanístico;

– Á expansão industrial.

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POLUIÇÃO DA ÁGUA
Pontual ou Difusa

Escoamento superficial
urbano
Descarga de efluentes Escoamento superficial
de áreas agrícolas
e deposição atmosférica

Espalham-se por toda


São bem localizadas,
a cidade
fáceis de identificar
São difíceis de
e de monitorar
identificar e tratar
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PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO DA
ÁGUA

Reservas
de água

Poluição

Sedimentar Biológica Térmica Descarga de substâncias


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• POLUIÇÃO SEDIMENTAR -Acumulação de
partículas em suspensão (solo, produtos
químicos insolúveis)

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POLUIÇÃO BIOLÓGICA

• Presença de microrganismos patogénicos.

• 4 biliões de pessoas no mundo não têm


acesso à água potável tratada.

• 2,9 biliões de pessoas vivem em áreas sem


saneamento básico.

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 POLUIÇÃO TÉRMICA - Descarga de grandes volumes de água
aquecida em rios e oceanos (diminui a quantidade de o2 dissolvido,
diminui o tempo de vida de algumas espécies aquáticas, aumenta a
quantidade de CO2 na atmosfera…)

• POLUIÇÃO POR DESCARGA DE SUBSTÂNCIAS -


Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar nem de
remover (fertilizantes agrícolas, petróleo, plásticos…)

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POLUIÇÃO DA ÁGUA POE
EFLUENTES DOMÉSTICOS E
INDUSTRIAIS
POLUIÇÃO DA ÁGUA POR EFLUENTES DOMÉSTICOS E
INDUSTRIAIS

Matéria Orgânica Biodegradável Bactérias, vírus, larvas e parasitas

Explosão na população
de microrganismos Coliformes fecais – doenças

Consumo de Oxigénio Praias, rios e lagos impróprios


POLUIÇÃO POR PÁSTICOS
• A alta produção de plástico, leva a alta velocidade de
uso e descarga.

• O plástico leva muito tempo a degradar.

• Causa de morte de animais por sufocação.


POLUIÇÃO POR PETRÓLEO
• O petróleo é derramado e espalha-se ma massa de
água.

• A mancha recobre a superfície das águas e mata o


fitoplanton e o zooplanton.

• Sem a luz do sol as algas param de fazer fotossíntese.


POLUIÇÃO POR PETRÓLEO
• A quantidade de oxigénio diminui e outras espécies acabam por morrer.
– Os peixes morrem por intoxicação e falta de oxigénio.

– As aves marinhas ficam com o corpo impregnado de óleo e morrem afogadas


ou intoxicadas.

– Os crustáceos morrem por falta de alimento, ou afogamento.

– As famílias dos pescadores ficam sem sustento…

– O turismo morre …
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS
1. Coagulação,

2. Floculação,

3. Decantação,

4. Filtração,

5. Desinfecção,

6. Fluoretação,

7. Correcção do pH,

8. Reservatório e destribuição.
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS

• Coagulação
– Nesta etapa a adição de coagulantes: cal virgem
– CaO, Cal hidratada – Ca(OH)2, sulfato de
alumínio – Al2(SO4)3 e Cloreto de ferro III -
FeCl3.
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS

• Floculação
– Formação de aglomerados de partículas
(impurezas presentes na água) em flocos
maiores que possam ser removidos pela
decantação e filtração.
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS

• Decantação
– Após a floculação, a água é encaminhada para os
tanques de decantação, onde os flocos formados
são sedimentados pela acção da gravidade.
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS

• Filtração
– A água já coagulada é encaminhada para as
unidades filtrantes.
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS

• Desinfecção
– Para garantir a eliminação de microrganismos
nocivos à saúde, adiciona-se normalmente
agentes desinfectantes.
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS

• Fluoretação
– É feita pela adição de compostos à base de flúor
como ácido fluorsilícico ou fluorssilicato de
sódio. Esses compostos contribuem para a
redução da incidência de cárie dentária.
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS

• Correcção final de pH
– A correcção do pH é um método preventivo da
corrosão das tubagens.
O TRATAMENTO DA ÁGUA - ETAPAS

• Reservatório e distribuição
– A água proveniente da unidade de tratamento é
armazenada em reservatórios e distribuída à
população.

http://www.adp.pt/pt/atividade/gestao-da-
agua/?id=28
ÁGUA PARA CONSUMO
HUMANO
ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
• É toda a água no seu estado original, ou após tratamento, destinada a ser
bebida, a cozinhar, a preparar alimentos ou outros fins domésticos,
independentemente da sua origem e de ser fornecida a partir de:

– Uma rede de distribuição,

– Um camião ou navio-cisterna,

– Em garrafas ou outros recipientes, com ou sem fins comerciais.

– E…

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ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

• É toda a água utilizada numa empresa de indústria alimentar


para o fabrico, transformação, conservação ou
comercialização de produtos ou substâncias destinadas ao
consumo humano excepto quando a utilização dessa água não
afecta a salubridade do género alimentício na sua forma
acabada.

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ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

Riscos

Curto prazo: Médio e Longo Prazo:


Contaminação microbiológica Poluição química e orgânica

Incidência clínica aguda Efeitos nocivos após


exposição continuada

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Decreto-Lei n.º 152/2017, de 7 de
dezembro
• Regula a qualidade da água destinada ao consumo humano e
tem por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos
nocivos resultantes de qualquer contaminação da água
destinada ao consumo humano, assegurando a sua
salubridade e limpeza.

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Vigilância Sanitária
Decreto-Lei n.º152/2017, de 7 de dezembro

• É da competência das autoridades de saúde a


definição da necessidade ou não da realização de
análises suplementares inerentes à qualidade da
água para consumo humano e a avaliação do risco
para a saúde pública.(Autoridade de saúde- é a entidade à qual
compete a decisão de intervenção do Estado na defesa da saúde pública,
na prevenção da doença e na promoção e proteção da saúde, bem como
no controlo dos fatores de risco e das situações suscetíveis de causarem
ou acentuarem prejuízos graves à saúde dos cidadãos ou dos aglomerados
populacionais)

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Vigilância Sanitária/Verificação da
Conformidade
Vigilância Sanitária: Verificação da Conformidade:

Conjunto de acções de
avaliação da qualidade da água
É a constatação da qualidade
Realizadas com carácter regular
num determinado instante,
pelas entidades gestoras com
devendo os critérios de
o objectivo de:
qualidade ser um sinal,
-Verificar e manter a qualidade,
visando a prevenção do risco
em conformidade com
Sanitário
requisitos pré-estabeleidos;
-Avaliar a eficiência dos
tratamentos existentes,
Assume um carácter
Principalmente da desinfecção.
de fiscalização
(Delegado de Saúde)

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Vigilância Sanitária
Avaliação dos riscos para a Saúde
• As características físicas dos sistemas, práticas operacionais e de
controlo da qualidade da água;

• Informação local (localização geográfica, características hidrogeológicas,


histórico das características da água, antecedentes e actividades
desenvolvidas);

• Plantas topográficas das zonas de risco;

• Identificação dos pontos de amostragem;

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Vigilância Sanitária
Avaliação dos riscos para a Saúde
• Informação da morbi-mortalidade associada ao agente contaminante
(causa de óbito nos últimos dez anos e perturbações crónicas);

• Identificação da extensão da contaminação do meio (água e cadeia


alimentar);

• Pontos geograficamente representativos (acompanhamento de análises


suplementares e questionário de exposição ambiental)

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Vigilância Sanitária
Avaliação dos riscos para a Saúde
• Identificação dos perigos reais e potenciais associados à contaminação
aq eu as populações estão sujeitas;

• Avaliação da exposição das populações à contaminação (demografia,


subgrupos de risco – escolas, pesquisa de biomarcadores da exposição
do contaminante numa amostra da população);

• Determinação de implicações para a saúde.

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QUALIDADE DO AR
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

• É quando se verifica a alteração de um constituinte atmosférico,


substância ou energia, susceptível de causar efeitos adversos:
– Na saúde humana e bem estar das populações;

– Nos recursos biológicos e ecossistemas;

– Nos materiais, no património no valor recreativo ou outras utilizações


legítimas do ambiente;

– À escala global.

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Enquadramento legal
• A protecção da qualidade do ar enquadra-se na política de
preservação e melhoria do ambiente e da defesa da sua
qualidade, consignada na Lei de Bases do Ambiente, Lei
11/87, alterada pelo Decreto Lei nº 43/2015 de 27 de março ,
com a adopção de medidas legislativas para salvaguarda da
qualidade do recurso “ar” através da redução e controlo das
emissões de contaminantes para a atmosfera.

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QUALIDADE DO AR
FONTES Poluição
FIXAS atmosférica

MÓVEIS

•Chaminés, dimensionamento e condições


de dispersão
•SO2 (enxofre); CO; CO2; NOx (azoto);
•Veículos automóveis; COV´s (compostos orgânicos voláteis);
•CO; CO2; SO2; NOx; Dioxinas e furanos ; outros compostos
O3; partículas; resultantes das actividades específicas
•Amostragem do ar ambiente,
• Medições na fonte (chaminé), condições
representatividade
de Isocinetismo (na fonte de escoamento)

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PRINCIPAIS POLUENTES
POLUENTE PRINCIPAL FONTE EFEITOS NA POLUIÇÃO
SAÚDE ATMOSFÉRICA
CO Queima de combustível Formação de Directamente
fóssil – poluição automóvel Carboxihemoglobina relacionado com o
(COHb) tráfego automóvel
NOx Combustíveis, Centrais Lesões respiratórias Oxidante
NO2 termoeléctricas, Brônquios, alvéolos, Fotoquímico
Fábricas de fertilizantes, edema pulmonar, SMOG fotoquímico
de Ác. Nítrico, de bronquite crónica e (nevoeiro)
explosivos enfisema
SO2 Combustíveis fósseis em Danos e irritações do Chuvas Ácidas
especial de nafta/fuelóleo tracto respiratório
superior, doenças
cardiovasculares
PARTÍCULAS Queima de combustível <2 microns atingem Absorção superficial
os pulmões inibindo de metais pesados e
a respiração tóxicos
O3 Reacções fotoquímicas (luz Irritação dos olhos, Oxidante
solar) a partir de NOx e lacrimação, fotoquímico, SMOG
HC´s deficiências fotoquímico
respiratórias
DIOXINA Combustões de compostos Rupturas hormonais, Bioacumulação
FURANO químicos orgânicos e alterações genéticas,
plásticos imunológicas, cancro
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POLUIÇÃO – EFEITOS À ESCALA GLOBAL
POLUENTES EFEITOS

CFC´s Destruição da camada de ozono

CO2 Efeito de estufa

CO Formação da carboxihemoglobina

NOx/NO3 Reacções fotoquímicas


Smog fotoquímico
SO2 Chuvas ácidas

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POLUENTES
• Os efeitos da presença de poluentes no ar, na
saúde humana, nos seres vivos e nos
materiais, depende directamente das
concentrações dos poluentes e do tempo de
exposição.

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FACTORES INTRÍNSECOS ÁS POPULAÇÕES

• Os efeitos dos poluentes sobre as populações, para além das


concentrações e da exposição estão directamente
relacionados com o estado de saúde das populações,
nomeadamente:
– Idade,

– Condição física,

– Predisposições genéticas,

– Hábitos sociais.

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QUALIDADE DO AR

• O conhecimento da qualidade do ar implica os


seguintes parâmetros:
– Concentrações e variações de poluentes diurna e anual,

– Condições meteorológicas e climáticas,

– Fontes de emissão, móveis e fixas,

– Mecanismos de dispersão e transporte.

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QUALIDADE DO AR - CAUSAS
• Economia,

• Tecnologia,

• Crescimento demográfico,

• Urbanismo,

• Ordenamento,

• Tráfego automóvel,

• Crescimento automóvel,

• Combustíveis…

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

• Conjunto de acções que propiciam o conhecimento, a


detecção ou prevenção de qualquer mudança nos factores
determinantes e condicionantes da saúde individual ou
colectiva, com finalidade de recomendar e adoptar as
medidas de prevenção e controle das doenças ou redução do
bem-estar.

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

• Consiste no conhecimento, detecção e prevenção das


concentrações dos poluentes que constituem risco para a
saúde pública, das doenças por eles provocadas na população
e dos riscos resultantes em termos de saúde pública, com a
finalidade de serem estabelecidas medidas de prevenção,
precaução e controle.

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CONCLUSÃO
• Afigura-se como essencial o conhecimento das doenças do foro
respiratório, pulmonar, dermatológico e alergológico, que afectam a
população e que possam ser causadas por poluição atmosférica.

• Para tal há que ter conhecimento dos parâmetros de qualidade do ar,


sendo essencial a monitorização e conhecimento das variações das
concentrações dos constituintes e poluentes atmosféricos.

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OZONO E QUALIDADE DO AR
COMO SE FORMA O OZONO?

Radiação
Compostos Óxidos de solar intensa,
Orgânicos azoto (NOx): Condições
Voláteis: Combustão climáticas,
de gasolina, Ozono de
Solventes, + + Temperaturas =
carvão, superfície
Tintas, elevadas,
Combustíveis, gasóleo, Humidade,
etc. fuel, etc. vento fraco

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Decreto lei nº 164/2016 de 26 de agosto
(Resolução do Conselho de Ministros n.º 46/2016)

• Obrigação para os Estados membros estabelecerem um procedimento


harmonizado de:

– Monitorização;

– Intercâmbio de informações;

– Informação e alerta da população, no respeitante à poluição


atmosférica pelo ozono, que optimize as acções necessárias para
reduzir a formação de ozono.

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• VISA:

– A optimização de acções necessárias para reduzir a


formação de ozono e a garantia da informação do público,
no caso de serem ultrapassados os limiares de informação
e alerta à população.

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EFEITOS NA SAÚDE

• Acção directa sobre as mucosas;

• Ao nível dos olhos: irritação das conjuntivas, olhos vermelhos,


diminuição da visão;

• Ao nível do tracto respiratório: inducção de reacções


inflamatórias, diminuição da capacidade vital.

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EFEITOS NA SAÚDE - SINTOMAS

• Tosse,

• Respiração curta e rápida,

• Diminuição dos valores espirométricos,

• Aumento da resistência das vias respiratórias,

• Diminuição do limiar de sensibilidade aos alergenos.

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EFEITOS NA SAÚDE - CONSEQUÊNCIAS

• Dificuldades respiratórias, dores no peito, náuseas, irritação na garganta;

• Problemas respiratórios graves;

• Redução da capacidade respiratória pulmonar;

• Inflamação dos tecidos pulmonares;

• Aumento de internamentos hospitalares e urgências organismos mais


susceptíveis a;

• Diminuição do sistema imunológico tornando os organismos mais


susceptíveis aos problemas respiratórios, incluindo bronquite e
pneumonia.

78
COMO REDUZIR AS EMISSÕES DE OZONO?

• Optimizando a utilização de energia.

• Fazendo cuidadosamente os abastecimentos de combustíveis, sem derrames, ou


evaporações desnecessárias.

• Verificando a pressão dos pneus e procedendo á manutenção do motor do seu


veículo, das suspensões, etc.

• Utilizando os transportes colectivos.

• Usando tintas, vernizes e solventes amigos do ambiente, seguindo


cuidadosamente as instruções de utilização.

• Mantendo as embalagens devidamente vedadas e armazenadas em locais onde


não evaporem facilmente.

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CHUVA ÁCIDA
• A maioria das chuvas é ligeiramente ácida por causa da
pequena quantidade de dióxido de carbono dissolvido na
própria atmosfera. O dióxido de carbono atmosférico dissolve-
se nas nuvens e na chuva para formar um ácido fraco: o ácido
carbónico.

80
EFEITOS DA CHUVA ÁCIDA NAS FLORESTAS

• Enfraquece a árvore matando as suas folhas, limitando os nutrientes de que


precisa ou envenenando o solo com substâncias tóxicas.

• Os cientistas acreditam que a água acidificada dissolve os nutrientes que estão no


solo e arrasta-os rapidamente antes que as plantas os possam utilizar para crescer.

• Ao mesmo tempo, a chuva ácida pode causar a libertação de substâncias tóxicas


como o alumínio no solo. Quando ocorrem chuvas intensas a água arrasta essas
substâncias tóxicas até aos rios e lagos, provocando contaminação.

81
EFEITOS DA CHUVA ÁCIDA NA ÁGUA

• A maior parte dos rios e lagos tem um pH entre 6 e 8. No


entanto, se os solos e mesmo a água não tem capacidade de
neutralizar a chuva ácida, o pH dos lagos pode atingir valores
perto de 5, o que pode levar à morte de alguns organismos
que habitam nos meios aquáticos.

82
EFEITOS DA CHUVA ÁCIDA NAS
CONSTRUÇÕES
• A chuva ácida é responsável pela corrosão de pedra, metal ou
tinta.

• Praticamente todos os materiais expostos à chuva e ao vento


durante muito tempo degradam-se gradualmente.

• A chuva ácida vai acelerar esse processo, destruindo estátuas,


prédios ou monumentos….

83
EFEITO DE ESTUFA
EFEITO DE ESTUFA
• A radiação solar atravessa a atmosfera. A maior parte da radiação é
absorvida pela superfície terrestre e aquece-a.

• Alguma da radiação solar é reflectida pela Terra à atmosfera, de volta ao


espaço.

• Parte da radiação infravermelha (calor) é reflectida pela superfície da


terra, mas não regressa ao espaço, pois é reflectida de novo e absorvida
pela camada de gases de estufa que envolve o planeta. O efeito é o
aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera.

85
86
CONSEQUÊNCIAS DO AUMENTO DO
EFEITO DE ESTUFA
• Aumento da temperatura da terra em torno de 4 a 5ºC no próximo Século.

• Elevação de 15 a 95 cm no nível dos oceanos.

• Fusão da calote polar.

• Alteração dos ciclos de produtividade das culturas e vegetais.

• Transformação e perda de áreas produtivas e ecossistemas.

• Expulsão de milhões de seres humanos das áreas das costas marítimas e


outros.

87
RADIAÇÕES
ELECTROMAGNÉTICAS E EFEITOS
NA SAÚDE
RADIAÇÃO ELECTROMAGNÉTICA

• Radiação – relacionada com a noção de propagação


no espaço (propagação de energia)

• Electromagnética – campos eléctricos e magnéticos

27-02-2018 89
Possíveis efeitos na saúde

• Efeitos Térmicos;

• Efeitos Não Térmicos.

27-02-2018 90
EFEITOS TÉRMICOS
Absorção de energia de radiofrequência

Aquecimento dos tecidos biológicos

Aumento da temperatura

Mecanismos de termorregulação Aumento intensidade radiação

Efeitos térmicos
27-02-2018 91
PRINCIPAIS EFEITOS TÉRMICOS
• Alterações genéticas (studos laboratoriais),

• Cataratas (exposição aguda),

• Alterações: regulação da temperatura, função endócrina, sistema


cardiovascular, resposta imunitária, actividade do sistema nervoso,
comportamento (estudos em animais),

• Alterações na função cerebral e neuromuscular, aumento permeabilidade


da barreira hemato-encefálica, alterações hematológicas e reprodutivas,
variações na morfologia das células (estudos em sistemas celulares e
animais).

27-02-2018 92
EFEITOS NÃO TÉRMICOS
Frequências associadas ao Frequências utilizadas
funcionamento do Nos sistemas de
organismo humano Comunicação móvel

Interacção / Interferência

O organismo reconhece determinadas características


Da radiação e responde aos seus estímulos

27-02-2018 93
PRINCIPAIS EFEITOS NÃO TÉRMICOS
• Sistema Nervoso: falhas de memória, alterações da atenção, variações da
pressão arterial;

• Membrana Celular: alteração do potencial intracelular;

• Fluxo de cálcio: decréscimo do estado geral de excitabilidade do tecido


nervoso, influência na função cerebral,

• Melatonina: influência na iniciação e desenvolvimento de tumores,


alterações do ritmo circandiano.

27-02-2018 94
PRINCIPAIS EFEITOS NÃO TÉRMICOS

• Efeitos oculares: cataratas,

• Doenças neurológicas específicas: epilepsia.

• Sintomas:
– Cefaleias,

– Disfunção ocular,

– Fadiga,

– Tonturas,

– Perturbações do sono.

27-02-2018 95

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