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PLANO AMBIENTAL

MUNICIPAL

Garruchos, RS
2011
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS


Rua Ramão Adão Alves de Souza, 505
Garruchos – RS
CEP 97690-000

Prefeito Municipal
João Carlos Scotto

Vice Prefeito Municipal


Milton Artêmio Lottermann

Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social


Secretária Larissa Ponsi

Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto e Turismo


Secretária Rosani Noremberg Scotto

Secretaria Municipal da Fazenda


Secretário Antônio Fischer

Secretaria Municipal de Obras, Viação e Transporte


Secretário José Renato dos Santos

Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária, Indústria e Comércio


(Setor de Meio Ambiente)
Secretário Sérgio Lima da Silva

Secretaria Municipal de Administração


Secretário Roger Machado

Secretaria Municipal de Agricultura


Secretário Sérgio Lima da Silva
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Revisão e Montagem do Plano

ECONATIVA ASSESSORIA AMBIENTAL LTDA


Av. Borges de Medeiros, 500 – Centro
Santa Rosa/RS CEP 98900-000
Telefone: (55) 3511-4551
E-mail: econativa.sr@hotmail.com

Responsáveis Técnicos
Bióloga Juliana Meller
Bióloga Tássia Gasparin de Oliveira
Engenheiro Agrônomo Claudio Vicente Kroth

Colaboração Técnica
Biólogo Andrei Saviczki
Técnica Ambiental Marciane Lourdes Cornely
Prefeitura Municipal (Secretarias Municipais)

Elaboração da Cartografia Temática


Engenheiro Cartógrafo Marlos Henrique Batista
Revisão, Ajustes e Complementações
Geógrafa Adriana Binotto Bertoldo

Estudos da Fauna e Flora Municipal


VENUS CONSULTORIA AMBIENTAL
Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, n° 527. Jardim Itú. Porto Alegre/RS
Fone: (51) 33400736 / (51) 91706648

Responsáveis Técnicos
Geógrafa Priscila Meneghetti Eger
Biólogo Daniel Paulo de Souza Pires
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LISTA DE SIGLAS

APP – Área de Preservação Permanente


CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente
CORSAN – Companhia Rio Grandense de Saneamento
EMATER – Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica
e Extensão Rural
ESF – Estratégia Saúde da Família
ETE – Estação de Tratamento de Efluentes
FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
PSF - Programa de Saúde da Família
SEMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente
SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica
SIGA-RS – Sistema Integrado de Gestão Ambiental do Rio Grande do Sul
SISNAMA: Sistema Nacional de Meio Ambiente
SISVAN -Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional
UBS (Unidade Básica de Saúde
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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização do Município de Garruchos/RS


Figura 2 – Localização de Garruchos na Região das Missões
Figura 3 – Mapa Político Administrativo
Figura 4 – Receitas e despesas do Município de Garruchos
Figura 5 – Produto interno bruto do Município de Garruchos
Figura 6 – Figura 6 – Mapa com o sistema viário do município
Figura 7 – Frota municipal de veículos no Município de Garruchos/RS
Figura 8 – Evolução da População do Município de Garruchos
Figura 9 – Característica topográfica
Figura 10 – Característica topográfica
Figura 11 – Característica topográfica
Figura 12 – Característica topográfica
Figura 13 – Perfil topográfico do município de Guarruchos/RS
Figura 14 – Mapa dos tipos de solo do município
Figura 15 – Tipo de solo presente
Figura 16 – Tipo de solo presente
Figura 17 – Tipo de solo presente
Figura 18 – Tipo de solo presente
Figura 19 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Piratini
Figura 20 – Mapa das Microbacias do município de Garruchos
Figura 21 – Mapa das Área de Preservação Permanente
Figura 22 – Mapa geomorfológico do município de Garruchos
Figura 23 – Mapa geológico do município de Garruchos
Figura 24 – Mapa da cobertura vegetal no Município de Garruchos
Figura 25 – Floresta nativa em margem de Rio
Figura 26 – Floresta nativa formando mosaico com as áreas de savana
Figura 27 – Campos Nativos
Figura 28 – Campos Nativos
Figura 29 – Campos Nativos
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Figura 30 – Campos Nativos


Figura 31 – Via pública urbana com exemplares vegetais
Figura 32 – Praça da cidade com exemplares vegetais
Figura 33 – Imagem de satélite com vista áerea da vegetação no meio urbano
Figura 34 – Vegetação exótica (Eucaliptus) em área rural do município
Figura 35 – APP do Rio Uruguai com ocupação – área de lazer
Figura 36 – APP do Rio Piratini com ocupação – serviço de balseamento
Figura 37 – Área atual do aterro controlado para depósito de resíduos sólidos
domésticos
Figura 38 – Mapa zoneamento ambiental do município de Garruchos
Figura 39 – Vista da área urbana junto à margem do rio Uruguai
Figura 40 – Ocupação antrópica na APP
Figura 41 – Área de APP utilizada como ponto turístico
Figura 42 – Atividade predominante na área 1
Figura 43 – Características da área 1
Figura 44 – Atividade predominante na área 2
Figura 45 – Atividade predominante na área 2
Figura 44 – Mangueira construída na sede de fazenda para dar assistência ao
rebanho bovino
Figura 45 – Rebanho bovino
Figura 46 – Área de lavoura
Figura 47 – Área de lavoura, presença de mata no entorno dos córregos
Figura 48 – Área mista, lavouras e campo
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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Principais eventos e comemorações municipais


Quadro 2 – Exames e consultas especializadas
Quadro 3 - Produção Agrícola (Cereais, Leguminosas e Oleaginosas)
Quadro 4 – Produção temporária no ano de 2009
Quadro 5 – Rebanho animal existente no Município
Quadro 6 – Relação de Mamíferos registrados no Município
Quadro 7 – Relação das espécies de aves encontradas no Município
Quadro 8 – Relação das espécies de répteis encontradas no Município
Quadro 9 – Relação das espécies de répteis encontradas no Município
Quadro 10 – Relação das espécies de répteis encontradas no Município
Quadro 11 – Cronograma físico das ações previstas dos Projetos de Educação
Ambiental
Quadro 12 – Cronograma físico das ações previstas dos projetos relacionados aos
resíduos sólidos
Quadro 13 – Cronograma físico das ações propostas para os projetos de
recuperação das APPs
Quadro 14 – Cronograma físico das ações propostas para o Projeto de Arborização
Urbana
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SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS..................................................................................... 07
LISTA DE FIGURAS.................................................................................. 08
LISTA DE QUADROS................................................................................ 10
1 INTRODUÇÃO........................................................................................ 11
2 SITUAÇÃO GEOGRÁFICA.................................................................... 12
3 OBJETIVOS............................................................................................ 15
4 CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS......................................................... 18
5 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA MUNICIPAL..................................... 21
5.1 Setor de proteção ao Meio Ambiente............................................... 21
5.2 Outras Secretarias Municipais.......................................................... 22
5.2.1 Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto e Turismo.... 22
5.2.2 Saúde e Assistência Social............................................................... 23
5.2.3 Secretaria Municipal da Agricultura Pecuária Indústria e Comércio. 29
5.2.4 Secretaria Municipal da Fazenda...................................................... 31
5.2.5 Secretaria Municipal de Obras, Viação e Transporte........................ 33
6 INSTRUMENTOS LEGAIS E ADMINISTRATIVOS................................ 35
7 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO MUNICÍPIO..................................... 36
7.1 Características gerais........................................................................ 36
7.1.1 Área................................................................................................... 36
7.1.2 População......................................................................................... 36
7.1.3 Clima................................................................................................. 37
7.1.4 Temperatura...................................................................................... 37
7.1.5 Regime Pluviométrico........................................................................ 37
7.2 Fatores abióticos................................................................................ 38
7.2.1 Relevo............................................................................................... 38
7.2.2 Tipo de solo....................................................................................... 39
7.2.3 Recursos Hídricos............................................................................. 42
7.2.3.1- Subacias Hidrográficas................................................................. 43
7.2.3.2- Áreas de Preservação Permanente.............................................. 44
7.2.4 Domínios morfoestruturais (Geomorfologia)..................................... 46
7.2.5 Geologia............................................................................................ 47
7.3 Fatores bióticos................................................................................. 48
7.3.1 Vegetação......................................................................................... 48
7.3.1.1 Metodologia do inventário florestal................................................ 50
7.3.2 Formação Vegetal do Município de Garruchos................................ 51
7.3.2.1 Florestas........................................................................................ 52
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7.3.2.2 Campos nativos............................................................................. 59


7.3.2.3 Vegetação Urbana......................................................................... 61
7.3.2.4 Vegetação exótica......................................................................... 62
7.3.3 Fauna................................................................................................ 65
7.3.3.1 Mamíferos...................................................................................... 67
7.3.3.2 Aves............................................................................................... 68
7.3.3.3 Répteis........................................................................................... 72
7.3.3.4 Anfíbios.......................................................................................... 73
7.3.3.5 Peixes............................................................................................ 73
7.3.4 Habitas da fauna............................................................................... 76
7.3.4.1 Área urbana................................................................................... 76
7.3.4.2 Área rural....................................................................................... 76
7.3.4.3 Florestas........................................................................................ 76
7.3.4.4 Campos naturais............................................................................ 77
7.3.5 Considerações sobre a Fauna do Município de Garruchos............. 78
8 DIAGNÓSTICO ANTRÓPICO DO MEIO NATURAL............................. 80
8.1 Mananciais hidrológicos................................................................... 80
8.1.1 Abastecimento de água no município............................................... 81
8.2 Agrotóxicos........................................................................................ 82
8.3 Resíduos Sólidos............................................................................... 82
8.3.1 Resíduos Sólidos Domésticos.......................................................... 82
8.3.2 Resíduos dos Serviços de Saúde.................................................... 83
8.3.3 Poluição Sonora............................................................................... 84
8.3.4 Poluição Atmosférica........................................................................ 84
8.3.5 Poluição Visual................................................................................. 84
8.3.6 Resíduos líquidos............................................................................. 85
9 ZONEAMENTO AMBIENTAL................................................................ 86
10 PLANOS, PROJETOS E PROGRAMAS............................................. 92
10.1 Programa Municipal de Educação Ambiental............................... 92
10.2 Programa Municipal relacionado aos Resíduos Sólidos
Urbanos e Rurais............................................................................ 95
10.3 Programa Municipal de recuperação das Matas Ciliares e
entorno das Nascentes................................................................... 97
10.4 Programa Municipal de Arborização Urbana................................ 100
11 CONCLUSÃO....................................................................................... 104
12 BIBLIOGRAFIA.................................................................................... 105
APÊNDICES.............................................................................................. 107
ANEXOS.................................................................................................... 119
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1 INTRODUÇÃO

Este Plano Ambiental visa garantir a integração e o comprometimento dos


diversos segmentos da Administração Municipal do Município de Garruchos/RS,
visando o planejamento, a proteção, a recuperação e o uso ecologicamente
sustentável do ambiente natural, com ações voltadas ao controle e monitoramento
das atividades causadoras de degradação ambiental no Município, visto a
necessidade efetiva da construção de uma gestão pública focada, cada vez mais, na
dimensão ambiental e na consolidação de uma sociedade verdadeiramente
sustentável.

O plano está composto por um conjunto de estudos ambientais e de medidas


administrativas e operacionais que venham a garantir a implementação da política
ambiental local, enfocando programas e projetos para a proteção e recuperação do
meio ambiente de Garruchos, no Rio Grande do Sul, todos fundamentados em
diagnósticos ambientais, avaliações, levantamentos, consultas públicas, entre
outras, que serviram para caracterizar os problemas atuais e priorizar as ações que
ora estão sendo apontadas para a realização da Gestão Ambiental Municipal.

A construção do Plano Ambiental Municipal tem características efetivamente


participativas, onde a administração pública em conjunto com a sociedade civil
organizada, representada através do Conselho Municipal do Meio Ambiente,
realizaram reuniões e audiências públicas na comunidade, possibilitando a
consolidação deste trabalho, tornando-se, este, o marco inicial para gestão
ambiental compartilhada, onde o município estrutura-se para ter condições de atuar
no licenciamento das atividades consideradas de impacto local.

Este Plano Ambiental foi elaborado, considerando que as ações devem


acontecer de forma ampla, integrada e não segmentada, sendo, por tanto,
fundamental haver espaço para reavaliações e atualizações permanentes em razão
de interferências naturais que podem exigir novas demandas administrativas e
operacionais.
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2 SITUAÇÃO GEOGRÁFICA

O município de Garruchos, está situado a uma altitude de 99m, entre a


latitude de 28°11´02,40" e longitude de 55°38´20,40" (Figura 1). Sua área territorial é
de 799, 85 km2.

Figura 1 – Localização do Município de Garruchos/RS


Fonte – www.garruchos.rs.gov.br

Seus limites são a Norte com a República da Argentina, ao Sul com o município
de São Borja, a Leste com os Municípios São Nicolau e Santo Antonio das Missões
e a Oeste com a República da Argentina (Figura 2).
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Figura 2 – Localização de Garruchos na Região das Missões


Fonte - www.garruchos.rs.gov.br

Garruchos se situa a 650 km de Porto Alegre, 110km de São Borja, pela


rodovia BR 285, 60 km de Santo Antônio das Missões pela Rodovia BR 285, e a 55
km do município de São Nicolau, pela estrada vicinal.

Figura 3 – Mapa Político Administrativo


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2011
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As localidades rurais no município são, Faxinal, Rincão do Pedregulho, São


Lucas, Passo da Tigra, São José Velho, Mangerona, Caçapava, São João Tujá, São
João Mirim, Passo da Telha, Rincão do Sarmento.
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3 OBJETIVOS

O objetivo da implantação da Política Ambiental no Município de Garruchos


tem como princípio fundamental o desenvolvimento sustentável, a justiça social e o
equilíbrio ecológico.

A elaboração e implantação do Plano Ambiental no Município de Garruchos, a


partir da Política Ambiental Municipal, visa cumprir com os objetivos desta, e,
também apresenta-se, como um dos requisitos básicos para que o município possa
realizar o Licenciamento Ambiental das atividades de impacto local, conforme as
Resoluções do Conselho Estadual de Meio Ambiente. Além, da base legal ambiental
existente no Brasil e no Estado do Rio Grande do Sul, o balizador da Política
Ambiental do Município de Independência será a Política Estadual do Meio Ambiente
e a Política Nacional da Meio Ambiente. O Município terá como órgão executor de
implantação e implementação da política. O Setor de Meio Ambiente da Secretaria
Municipal de Agricultura e Abastecimento.

Dentre os objetivos expostos acima, tem o Plano Ambiental, os seguintes


objetivos específicos:
a) dotar o Município de Garruchos de uma Política Municipal de Meio
Ambiente em consonância com as políticas estadual e federal, observadas as
peculiaridades locais, e implementá-la, atendendo aos princípios do Sistema
Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA;
b) definir e dotar no Município programas e projetos de diagnóstico das
atividades e empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de degradação
ambiental ou que utilizem recursos ambientais;
c) promover um plano de gestão ambiental que permita cadastrar e licenciar
as atividades efetivas ou potencialmente poluidoras e que causem degradação
ambiental ou que utilizam de recursos ambientais, sejam elas de porte pequeno,
médio ou grande de acordo com a legislação ambiental vigente;
d) promover o controle e a fiscalização, em caráter permanente, sobre os
recursos ambientais e as atividade potencialmente poluidoras ou causadoras de
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degradação ambiental, visando o desenvolvimento econômico e a preservação e


proteção do meio ambiente ecologicamente equlibrado;
e) elaborar programas e projetos que visem promover a proteção e a
conservação do patrimônio ambiental do Município, em especial as áreas
identificadas nos mapas, como sendo de preservação permanente ou de relevante
interesse ambiental;
f) desenvolver programas municipais de gestão dos recursos ambientais
hídricos, visando a melhora na qualidade ambiental e consequentemente a melhora
na qualidade de vida dos munícipes;
g) fiscalizar e monitorar o uso do solo urbano e rural, em consonância com a
política municipal, estadual e federal;
h) estabelecer cronogramas de implantação dos programas e projetos
estabelecidos por este Plano Ambiental, de acordo com as prioridades e as
disponibilidades finaceiras do Município;
i) incentivar através de projetos o estudo e a pesquisa tecnológica orientada
para a proteção e conservação dos recursos ambientais e a resolução dos
problemas, de acordo com a Política Ambiental do Município;
j) adotar medidas técnicas ambientais, nos diferentes setores público e
privados, visando promover e manter o equilíbrio ecológico e a melhoria da
qualidade ambiental;
l) implantar um sistema de monitoramento e recuperação ambiental de áreas
críticas de poluição;
m) promover a educação ambiental formal e informal, nos termos da Política
Nacional de Educação Ambiental, objetivando capacitar a sociedade para sua
participação ativa na preservação, conservação, recuperação e melhoria do meio
ambiente;
n) incentivar ações desenvolvidas por entidades não governamentais de
proteção ao meio ambiente;
o) elaborar um plano de gerenciamento e disposição adequada dos resíduos
sólidos gerados no Município, sejam eles gerados no espaço urbano ou rural;
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p) impor, através da Política Municipal Ambiental, ao agente de degradação


ambiental a obrigação de recuperar e indenizar os danos ambientais causados pelas
suas atividades;
q) estabelecer um programa permanente de divulgação dos resultados dos
programas, projetos e ações ligadas ao meio ambiente, dando publicidade aos
mesmos, para que a população independesense participe ativamente da Política
Ambiental municipal.
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4 CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS

Por volta do ano de 1600 o Rio Grande do Sul era habitado por diversas tribos
de índios. Com a chegada dos jesuítas em 1626, foi fundada, à margem direita do
Rio Piratini, afluente da margem esquerda do Rio Uruguai, a Missão Jesuítica de
São Nicolau, a primeira povoação fundada no Rio Grande do Sul. A partir desse fato,
começaram a chegar à região os brancos “civilizados”, não só os que
acompanhavam os jesuítas, mas também as missões oficiais que vinham de Buenos
Aires, a cujo governo estavam subordinadas as Missões Jesuíticas, uma vez que
estavam a serviço da Coroa Espanhola.

Com a permanência dos jesuítas no Rio Grande do Sul e o aumento das


reduções que chegaram a 18, vieram também o gado vacum e o cavalar e isto
despertou o interesse dos Bandeirantes paulistas que levavam os índios para os
escravagistas e caçavam o gado para lhes tirar o couro para uso próprio, a carne
para seu consumo e o sebo para vender no comércio internacional da época. Devido
aos freqüentes ataques aos Bandeirantes, as Reduções Jesuíticas foram se
transferindo para a margem direita do Rio Uruguai já que os Bandeirantes não
transpunham esse rio e assim os jesuítas ficavam a salvo de seus ataques.
Nessas retiradas, muitos índios não acompanhavam os Jesuítas e se dispersavam
pelos matos. Passado algum tempo da retirada das Missões Jesuíticas para a banda
ocidental do Rio Uruguai, os Bandeirantes encontraram novos interesses com a
descoberta de ouro no Brasil Central, mais precisamente em Minas Gerais, como
conseqüência, desinteressaram-se pelos ataques ao sul.

Nessas retiradas, muitos índios não acompanhavam os Jesuítas e se


dispersavam pelos matos. Passado algum tempo da retirada das Missões Jesuíticas
para a banda ocidental do Rio Uruguai, os Bandeirantes encontraram novos
interesses com a descoberta de ouro no Brasil Central, mais precisamente em Minas
Gerais, e como consequência desinteressaram-se pelos ataques ao sul.
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Estes fatos, isto é, a fuga dos jesuítas e dos índios, a descoberta do ouro em
Minas Gerais e o desinteresse dos Bandeirantes pelas missões, fez com que o gado
vacum aumentasse muito na região missioneira e os cavalos também. Com isso os
jesuítas e os índios, que ainda os acompanhavam, voltaram e fundaram os Sete
Povos das Missões, começando por São Francisco de Borja (São Borja), que foi o
primeiro dos Sete Povos das Missões, fundado em 1682.

Dos índios que não quiseram acompanhar os jesuítas na fuga para a banda
ocidental do Rio Uruguai, ficou uma tribo que costumava desafiar os Bandeirantes
nos seus ataques, que estabeleceram as suas malocas nas margens esquerda e
direita do Rio Uruguai, a cerca de 50 km abaixo da foz do Rio Piratini, afluente do
mesmo rio.

Assim, quando os Bandeirantes atacavam na margem esquerda eles fugiam


para a maloca da margem direita. Quando os Bandeirantes se retiravam, eles
voltavam à margem esquerda. Ali deixavam aqueles índios os seus vestígios, as
suas habilidades e o seu nome que deu origem ao gaúcho brasileiro.

Nessa época surgiram os instrumentos de caça, tanto ao gado vacum quanto


ao cavalar. Tais instrumentos eram o laço feito do couro do próprio gado vacum, as
boleadeiras e a garrucha que era uma lâmina em forma de meia-lua, presa na ponta
de uma vara de madeira e que era usada para desgarronar os animais,
especialmente do gado vacum destinado ao próprio consumo.

Esta Garrucha foi inventada pelos próprios garruchos, por isso levou o nome
deles e não deve ser confundida com a garrucha, arma de fogo, que ali não existia
nessa época.

O grande interesse dos índios pela margem esquerda do rio Uruguai era a
abundância de gado e caça, já que, devido à pressão dos Bandeirantes, a região
estava quase vazia, tanto de brancos quanto de índios, pois estes eram muito
disputados pelos escravagistas e por isso se ocultavam nas matas. Com o
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desinteresse dos Bandeirantes pela região devido à descoberta de ouro em Minas


Gerais, aumentou muito o rebanho dos pampas.

Diziam os primitivos garruchenses que as lembranças das refregas de outros


tempos estão gravadas nas pedras que enfeitam o povoado. São lembranças das
lutas dos bravos índios que deixaram suas marcas de um lado e de outro do Velho
Rio.

Em 1809, o comando militar que governava São Borja mandou distribuir


sesmarias entre os rios Piratini e Icamaquã, afluentes do rio Uruguai. Consta que as
famílias Fagundes, Pereira Silva, Santos Robalo, Nolasco, Penteado, Moraes e Lago
foram algumas beneficiadas com uma sesmaria, equivalente a uma légua quadrada
ou 13 mil hectares. Descendentes dessas famílias até hoje residem na região.

Sabe-se desse tempo, segundo o engenheiro e agrimensor Maximiliano


Beschorem, que um vapor argentino havia chegado com maquinário para a usina de
açúcar, no outro lado da ribeira. Excepcionalmente, no lado brasileiro também
reinava bastante movimento. Lanchões chegavam de Uruguaiana, com cargas para
casas comerciais.

Segundo o escritor e historiador Apparicio Silva Rillo, a promoção do povoado


à Vila de Santa Barbara de Garruchos ocorreu em ato oficial a 18 de fevereiro de
1891, pela Câmara Municipal de São Borja. Criada a vila, foram estabelecidas
normas administrativas, e logradouros públicos receberam nomes de vultos e
homenagearam acontecimentos da época. Conclui-se, por esses dados, que
Garruchos possui uma história interessante, e que já no final do século passado
havia um povoado relativamente desenvolvido e organizado, com comércio,
guarnição e diversas atividades, principalmente a pecuária.

A emancipação político-administrativa de Garruchos ocorreu em 20 de março


de 1992, através da Lei Estadual 9.609/92, tendo sido desmembrado do município
de São Borja.
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5 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA MUNICIPAL

5.1 Setor de proteção ao Meio Ambiente

O setor de proteção ao Meio Ambiente vinculado a Secretaria Municipal de


Agricultura tem a função de trabalhar com a gestão local, coordenando os
programas e projetos voltados a recuperação e conservação ambiental e a
promoção da Educação Ambiental. Este setor trabalhará em parceria com as demais
secretarias afins e com o Conselho Municipal do Meio Ambiente com o propósito de
tornar o ambiente natural o mais adequado possível ao uso comum da população e
a preservá-lo para as futuras gerações.

Com a tarefa de fiscalizar e normatizar a gestão ambiental local estão sendo


criadas legislações específicas para disciplinar a prática do licenciamento ambiental,
assim como, as sanções e penalidades inerentes as atividades licenciáveis. Ainda,
será criada a Lei que estabelecerá a Política Municipal de Meio Ambiente de
Garruchos, dando as diretrizes para a boa prática da gestão ambiental.

A partir da habilitação do município a realização da prática do licenciamento


ambiental de impacto local, terá o Setor Municipal de Meio Ambiente a tarefa de
organizar novos programas, projetos e legislações que contribuam para a melhoria
do ambiente local e consequentemente melhora na qualidade de vida das pessoas.

Atualmente, o controle e fiscalização ambiental no município é feito pela


FEPAM, Brigada Militar / PATRAM e Promotoria Pública. Habilitado a emitir licenças
de impacto local e embasando-se na Política Municipal de Meio Ambiente, atribui-se
também ao município esta tarefa.

Ainda, de forma participativa, a municipalidade busca auxiliar na qualificação


do Conselho Municipal de Meio Ambiente que é a representação dos diversos
segmentos sociais, o qual tem a tarefa de junto com a Prefeitura Municipal pensar e
estruturar a Gestão Ambiental local.
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5.2 Outras Secretarias Municipais

Além do Gabinete do Prefeito Municipal, a estrutura administrativa de


Garruchos, está organizada em seis Secretarias, sendo:
- Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Turismo
- Secretaria Municipal de Administração
- Secretaria Municipal da Agricultura Pecuária Indústria e Comércio (Setor de
Meio Ambiente)
- Secretaria Municipal da Fazenda
- Secretaria Municipal da Saúde e Assistência Social
- Secretaria Municipal de Obras Viação e Transporte

5.2.1 Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto e Turismo

O município conta com quatro estabelecimentos de Ensino. Três Escolas da


rede Municipal, com 373 alunos e 45 professores e uma Escola da rede Estadual,
com nível médio.

O Município tem vários Eventos Culturais que são desenvolvidos durante o


ano. Dentre eles, destacam-se os Apresentados no Quadro 1.

Período/Data Atividade
Dia 02/02/06 Procissão fluvial da Nossa Senhora dos Navegantes
De 24 a 28/02/06 Baile municipal, escolha da Rainha e Rei Momo do
carnaval, Carnaval de rua e Bailes Carnavalescos
Dia 20/03/06 Comemorações ao aniversário do Município
De 18 e 19/03/06 Torneio de Pesca ao Dourado
Dia 26/08/06 Concurso de Dança Folclórica Gaúcha e Refrifest –
Festa do Refrigerante (Organizados pelo Grupo de
Danças Folclóricas SARANDEIO).
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De 14/09/06 à 20/09/06 Comemorações da Semana Farroupilha. Abertura,


Bailes, Torneio de Truco, Intensa atividade nos Piquetes
de Tradições Gaúchas e desfile dos Cavalarianos.
De 02/09 à 08/09/06 Comemorações a Semana da Padroeira do Município,
Nossa Senhora Imaculada Conceição, com abertura,
shows, feiras, olimpíadas estudantis, rodeio crioulo e
baile municipal
De 13/12/06 à 15/12/06 Natal para todos
Quadro 1- Principais eventos e comemorações municipais

5.2.2 Saúde e Assistência Social

O Município possui uma UBS (Unidade Básica de Saúde), onde são


prestados diversos serviços como: orientação e educação em saúde, consulta
médica, pequenos procedimentos ambulatoriais, imunizações, atendimento
odontológico, atendimento médico na ESF (Estratégia Saúde da Família),
odontológico, enfermagem e auxiliares de enfermagem, além de proporcionar
encaminhamentos de pacientes para consultas e exames especializados bem como
para internações hospitalares. Atualmente, conta-se com um profissional médico que
atende no Programa Saúde da Família (PSF).

O município não possui estabelecimento para internação. Os pacientes são


encaminhados para hospitais da região, sendo hospital de referencia o Hospital Ivan
Goulart no município de São Borja/RS, mediante convênio com a prefeitura. O
transporte de pacientes é realizado pela secretaria de saúde.

A Unidade Básica de Saúde realiza atendimento no Programa Saúde da


Família, que caracteriza pelo trabalho de prevenção, devido a isso, os equipamentos
são os essenciais para a realização desse tipo de atendimento, não possuindo
nenhum equipamento para atendimento de especialidades.
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A unidade conta com um consultório odontológico, um consultório médico,


sala de vacinas, ambulatório e sala de coleta de material para exames
citopatológicos.

Como já foi referido, é realizado trabalho de prevenção em saúde, programa


saúde da família (saúde bucal, saúde da criança, saúde do adolescente, saúde do
idoso e saúde da mulher) com as seguintes ações: reuniões, palestras, atendimento
educação e saúde de diabéticos, hipertensos e gestantes, escovação
supervisionada e aplicação de flúor, orientação, controle de placa. O atendimento da
equipe também se estende as comunidades do interior com uma unidade móvel de
atendimento onde são prestados serviços a população dessas localidades.

São desenvolvidos os seguintes Programas:

SAÚDE BÁSICA PARA TODOS:


Consultas atendidas na UBS, no período de maio de 2009 até abril de 2010.
 Coleta de material para exame citopatológico: 247
 Peuricultura: 26
 Pré-natal: 240
 Total geral de consultas na faixa etária de zero a mais de 60 anos: 7.431
 Atendimento individual da enfermeira: 672
 Reuniões de educação e prevenção em saúde: 13

Procedimentos:
 Curativos: 537
 Inalações: 277
 Injeções: 1.076
 Retirada de pontos: 75
 Satura: 16

ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO PARA TODOS:


 Consultas odontológicas: 1.898
 Gabinete odontológico completo
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COMPLEMENTAÇÃO AO SUS
Pessoas atendidas na complementação de AIHs (Cirurgia e internações)

 204 internações. Sendo as principais causas de internação:


 Tratamento de pneumonia ou influenza (gripe);
 Tratamento de diabetes mellitus;
 Tratamento de anemia aplástica e outras;
 Tratamento conservador de traumatismo;
 Internação para quimioterapia de administração.

ATENDIMENTO À SAÚDE DA FAMÍLIA


Visitas/atendimento do Programa PSF
 Médico do PSF: 92
 Enfermeira do PSF: 88
 Profissional de nível médio: 360
 Atendimento agente comunitário de saúde: 8.883

CAMPANHA DE VACINAS
 Campanha de vacina contra poliomielite (ano base 2008)
1º Etapa: 98,07%
2º Etapa: 95,16%

 Campanha de vacina contra a gripe (acima de 60 anos)


2009: 95,65%
2010: 95,16%

São realizadas ainda na Unidade Básica de Saúde vacinas contra o tétano,


hepatite, febre amarela e demais e demais doenças no qual constam no calendário
básico do Ministério da Saúde para crianças e adultos.
No Quadro 2, abaixo, descrevem-se os exames e consultas especializadas.
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EXAMES E CONSULTAS ESPECIALIZADAS


Endocrinologista: 59 Neurologista: 93 Traumatologista: 104
Cardiologista: 111 Oftalmologista: 145 Pediatra: 20
Ginecologista: 20 Gastroenteorologista: 20 Neuropediatria: 23
Otorrinolaringologista: 32 Pneumologista: 14 Cirurgião vascular: 19
Urologista: 37 Psiquiatra: 25 Dermatologista: 68
Cirurgião: 12 Reumatologista: 37 Fonoaudióloga: 29
Alergista: 05 Hematologista: 09 Raio X: 143
Ultra-som: 145 Mamografia: 133 Densitometria: 03
Tomografia: 20 Ressonância magnética: 07 Exames labor.: 1018
EEG: 74 ECG: 97 Anatomo: 15
Endoscopia: 32 Ecodopler: 08 Ecocardiograma: 06
Quadro 2 - Exames e consultas especializadas

O trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social


visa colaborar em prol da qualidade de vida de seus habitantes, bem como valorizar
a prevenção e levar acompanhamento qualificado a todos os cidadãos.

Também são oferecidos junto às unidades de saúde (sede e interior) os


programas do PSF e PACS abrangendo 100% da população.

O Município mantém programas de assistência ao cidadão como:


- Atendimento médico, médico de urgência, odontológico, (na sede e interior
do município);
- Atendimento psiquiátrico e fiositerapêutico;
- Farmácia básica e farmácia do idoso;
- Saúde Bucal;
- Saúde mental;
- Vigilância sanitária e epidemiológica (na sede e interior do município);
- Combate à carência nutricional;
- PSF: Programa da Saúde Familiar (na sede e interior do município);
- PACS: Programa dos Agentes Comunitários de Saúde (na sede e interior do
município)
- Atua junto a SMSAS, o conselho municipal de saúde que acompanha a
execução das políticas estabelecidas.
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- Grupo de pessoas portadoras de deficiências;


- PIM (Primeira Infância Melhor);
- CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) onde é desenvolvida
toda a política pública municipal de assistência social, tendo como objetivo a
inclusão social envolvendo: família, criança e adolescente, idoso, pessoas
portadoras de deficiência, aproveitando o Condomínio Residencial de propriedade
do Grupo Endesa transformando-o em um local de serviço contínuo de proteção
social básica. São onze casas com ruas internas, piscina e área de lazer que serão
adaptados ao projeto. Este condomínio, que estava desativado, servia de
instalações para os funcionários da empresa e foi doado pelo Grupo Endesa-Cien,
após apresentação de um projeto pela Prefeitura, para reaproveitamento do local.

Esse Centro será um espaço físico destinado a prestar um atendimento


socioassistencial, a pessoas de baixa renda, crianças, adolescentes e terceira idade,
colocando em prática serviços direcionados a cada faixa etária, voltados a
educação, trabalho, lazer, inclusão social e valorização do idoso dentro do município
de Garruchos, potencializando a rede de proteção social básica.

Objetivos do CRAS

 Instalações para administração do CRAS (Centro de Referência da


Assistência Social), com sala para Assistência Social e consultório para Psicóloga e
escritório administrativo;

 Instalações para o projeto ASEMA (Apoio Sócio Educativo em Meio Aberto),


direcionado a crianças do meio escolar de 07 a 14 anos;

 Destinar um local para instalação de uma escola-industrial de tela e


marcenaria para trabalhos de pequeno e médio porte, direcionados aos
adolescentes;

 Oferecer um local para instalação da Biblioteca Municipal e um Laboratório de


Informática para a comunidade carente;
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 Instalações para a Clínica de Fisioterapia, onde o trabalho realizado destina-


se mais 60% de sua carga horária a pessoas da terceira idade e inivando com a
hidroterapia, utilizando-se da piscina existente no local para realização dos
trabalhos;

 Criar a Casa Maturidade Ativa, destinada ao grupo de Prevenção e Terceira


Idade de Garruchos, onde serão realizados encontros de integração, reuniões
periódicas, cursos, entre outras atividades;

 Oferecer um local para instalar os Conselhos Municipais, entre eles o da


Saúde, Assistência Social, Educação, Agricultura e do Esporte e mais Pastoral da
Criança. Neste espaço serão realizadas as reuniões periódicas e arquivos de sua
competência;

 Criar um local para Casa do Esporte, com um espaço para jogos


educacionais, aulas de táticas do esporte, escolinha de natação, etc., voltado para a
criança e adolescentes de baixa renda;

 Criar um espaço para oficina de artesanato onde serão realizados cursos nas
mais variadas técnicas, cursos de corte e costura, confecção dos trabalhos e posto
de venda, tendo como público alvo adolescentes e famílias;

 Oferecer um espaço para atividades culturais, como oficinas de música,


teatro, dança e canto direcionadas as crianças, adolescentes e terceira idade;

 Criação de um mini auditório para eventos culturais, palestras, etc., em


benefício da comunidade;

 Um Refeitório a ser usado por crianças do projeto ASEMA, Terceira Idade e


outros projetos em horário integral.
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5.2.3 Secretaria Municipal da Agricultura Pecuária Indústria e Comércio

O setor da Agricultura e Pecuária é responsável pelo acompanhamento


destas atividades que são a base econômica do município, assistindo tecnicamente
os produtores e controlando os índices e produção.

Em relação a produção agrícola municipal, destacam-se cultivos


apresentados no Quadro 3, na sequência.

Arroz (em casca) - Quantidade produzida 2.499 Tonelada


Arroz (em casca) - Valor da produção 992 Mil Reais
Arroz (em casca) - Área plantada 370 Hectare
Arroz (em casca) - Rendimento médio da produção 6.754 Kg/Hectare
Milho (em grão) - Quantidade produzida 13.200 Tonelada
Milho (em grão) - Valor da produção 3.682 Mil Reais
Milho (em grão) - Área plantada 4.000 Hectare
Milho (em grão) - Área colhida 4.000 Hectare
Milho (em grão) - Rendimento médio da produção 3.300 Kg/Hectare
Soja (em grão) - Quantidade produzida 31.500 Tonelada
Soja (em grão) - Valor da produção 14.121 Mil Reais
Soja (em grão) - Área plantada 15.000 Hectare
Soja (em grão) - Área colhida 15.000 Hectare
Soja (em grão) - Rendimento médio da produção 2.100 Kg/Hectare
Trigo (em grão) - Quantidade produzida 8.100 Tonelada
Trigo (em grão) - Valor da produção 3.462 Mil Reais
Trigo (em grão) - Área plantada 4.500 Hectare
Trigo (em grão) - Área colhida 4.500 Hectare
Trigo (em grão) - Rendimento médio da produção 1.800 Kg/Hectare
Quadro 3 - Produção Agrícola (Cereais, Leguminosas e Oleaginosas)
Fonte : IBGE - Produção Agrícola Municipal 2007
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No ano de 2009, a Lavoura Temporária, produziu o apresentado no Quadro 4.

Arroz (em casca) - Quantidade produzida 2.905 Tonelada


Arroz (em casca) - Valor da produção 1.616 Mil Reais
Arroz (em casca) - Área plantada 398 Hectare
Arroz (em casca) - Rendimento médio 7.298 Kg/Hectare
Batata - doce - Quantidade produzida 117 Tonelada
Batata - doce - Valor da produção 67 Mil Reais
Batata - doce - Área plantada 9 Hectare
Batata - doce - Área colhida 9 Hectare
Cana-de-açúcar - Quantidade produzida 3.900 Tonelada
Cana-de-açúcar - Valor da produção 335 Mil Reais
Cana-de-açúcar - Área plantada 150 Hectare
Cana-de-açúcar - Área colhida 150 Hectare
Cana-de-açúcar - Rendimento médio 26.000 Kg/Hectare
Girassol (em grão) - Quantidade produzida 189 Tonelada
Girassol (em grão) - Valor da produção 125 Mil Reais
Girassol (em grão) - Área plantada 150 Hectare
Girassol (em grão) - Área colhida 150 Hectare
Girassol (em grão) - Rendimento médio 1.260 Kg/Hectare
Mandioca - Quantidade produzida 2.106 Tonelada
Mandioca - Valor da produção 1.120 Mil Reais
Mandioca - Área plantada 162 Hectare
Mandioca - Área colhida 162 Hectare
Mandioca - Rendimento médio 13.000 Kg/Hectare
Melão - Quantidade produzida 2 Tonelada
Melão - Valor da produção 1 Mil Reais
Melão - Área plantada 1 Hectare
Melão - Área colhida 1 Hectare
Melão - Rendimento médio 2.000 Kg/Hectare
Milho (em grão) - Quantidade produzida 2.520 Tonelada
Milho (em grão) - Valor da produção 852 Mil Reais
Milho (em grão) - Área plantada 3.500 Hectare
Milho (em grão) - Área colhida 3.500 Hectare
Milho (em grão) - Rendimento médio 720 Kg/Hectare
Soja (em grão) - Quantidade produzida 18.900 Tonelada
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Soja (em grão) - Valor da produção 14.232 Mil Reais


Soja (em grão) - Área plantada 15.000 Hectare
Soja (em grão) - Rendimento médio 1.260 Kg/Hectare
Trigo (em grão) - Quantidade produzida 9.576 Tonelada
Trigo (em grão) - Valor da produção 3.706 Mil Reais
Trigo (em grão) - Área plantada 4.200 Hectare
Trigo (em grão) - Rendimento médio 2.280 Kg/Hectare
Quadro 4 – Produção temporária no ano de 2009
Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2009.

No setor agropecuário, da mesma forma, há o acompanhamento direto da


Secretaria da atividade, uma vez que está representa ao Município grande parte da
sua geração de renda.

Na sequência, Quadro 5,podemos observar os números da pecuária.

Bovinos - efetivo dos rebanhos 68.000 cabeças


Eqüinos - efetivo dos rebanhos 826 cabeças
Bubalinos - efetivo dos rebanhos 12 cabeças
Muares - efetivo dos rebanhos 1 cabeças
Suínos - efetivo dos rebanhos 1.788 cabeças
Caprinos - efetivo dos rebanhos 22 cabeças
Ovinos - efetivo dos rebanhos 7.908 cabeças
Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 2.790 cabeças
Galinhas - efetivo dos rebanhos 5.280 cabeças
Coelhos - efetivo dos rebanhos 25 cabeças
Vacas ordenhadas - quantidade 1.866 cabeças
Ovinos tosquiados - quantidade 7.495 cabeças
Número de Produtores 828 Pessoas
Quadro 5 – Rebanho animal existente no Município
Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2009 e Inspetoria Veterinária Municipal

5.2.4 Secretaria Municipal da Fazenda

A receita orçamentária do município, segundo os dados obtidos junto ao IBGE


(2008) fica na casa dos 9.300.000,00 reais anuais (Figura 4). O município, também,
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tem encaminhado junto ao governo federal e estadual inúmeros projetos das mais
diversas áreas, com o propósito de captar recursos que venham contribuir na receita
municipal.

O PIB do município é gerado prioritariamente pela agropecuário, pela


indústria e pela prestação de servicos. Pode-se ver a distribuição na Figura 5.

Figura 4 – Receitas e despesas do Município de Garruchos


Fonte: IBGE, 2010

Figura 5 – Produto interno bruto do Município de Garruchos


Fonte: IBGE, 2010
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5.2.5 Secretaria Municipal de Obras, Viação e Transporte

A Secretaria é responsável com geranciar o Sistema Viário do município


(Figura 6). O maior desafio é a manutenção das estradas vicinais municipais, as
quais compreendem aproximadamente 600 km de vias de acesso.

Figura 6 – Mapa com o sistema viário do município


Fonte: CODEX Remote, 2010

Além da manutenção das vias públicas de domínio municipal, a Secretaria


tem ainda a responsabilidade de cuidar da manutenção das mais diversas obras de
melhoria das condições de acessibilidade dos munícipes.

Neste segmento também, a organização do transporte urbano e rural é de


responsabilidade da Secretaria. Embora de pequeno porte, a frota municipal é
significativa (Figura 7).
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Figura 7 – Frota municipal de veículos no Município de Garruchos/RS


Fonte – IBGE, 2010
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6 INSTRUMENTOS LEGAIS E ADMINISTRATIVOS

O Município de Garruchos tem como instrumentos na promoção da Gestão


Ambiental, as leis, normas e padrões ambientais Federais e Estaduais, além dos
regramantos legais Municipais, conforme descrição seguinte:

Leis Municipais

- Lei Orgânica Municipal promulgada em 22 de Agosto de 1994 no Título Da


Ecologia e do Meio Ambiente, Artigo 80 a 87, trata do Meio Ambiente do Município
Garruchos/RS;

- Lei Municipal n.° 003/93, que constituem a estrutura básica da


Administração Municipal de Garruchos criando a Secretaria da Agricultura e Meio
Ambiente;

- Lei Municipal n.° 113, de 22 de novembro de 2010, que institui a Política


Municipal de Meio Ambiente e dá outras providências.

- Lei Municipal n.° 1402, de 14 de dezembro de 2009, que criou o Conselho


Municipal de Meio Ambiente e dá outras providências.

- Lei Municipal n.° 1401, de 14 de dezembro de 2009, cria o Fundo Municipal


do Meio Ambiente – FAMMA, e dá outras providências.

- Lei Municipal n°113, de 22 de novembro de 2010, institui a Taxa de


Licenciamento Ambiental e dá outras providências.

- Lei Municipal nº 113, de 22 de novembro de 2010, dispõe sobre o


Licenciamento de impacto local no município de Garruchos/RS e dá outras
providências.
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7 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO MUNICÍPIO

O diagnóstico do meio natural no âmbito do município de Garruchos foi


realizado a partir das informações coletadas nas diversas Secretaria Municipais,
trabalho este coordenado pelo Setor de Meio Ambiente. Ainda, foram realizadas
pesquisas bibliográficas sobre as características naturais, além do trabalho de
campo realizado tanto pela equipe que efetuou inventário da fauna e da flora, assim
como, pela equipe que elaborou o mapeamento temático e a organização deste
Plano.

7.1 Características gerais


7.1.1 Área
O município, segundo o IBGE (2010), possui 799, 85 km2.

7.1.2 População
* Total: 3.233 (IBGE - 2010), assim distribuida:
* sexo feminino: 1.550;
* sexo masculino: 1.683;
* população rural: 2.177;
* população urbana: 1.056.

A evolução da população do município pode ser observado no gráfico em


sequência, Figura 8.
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Figura 8 – Evolução da População do Município de Garruchos


Fonte – IBGE, 2011

7.1.3 Clima

O clima do município é temperado subtropical, com geadas nos meses de


junho a agosto.

7.1.4 Temperatura

A temperatura média anual é em torno de 20 oC, oscilando entre temperaturas


muito baixas no inverno (0-3ºC) e temperaturas altas no verão (30-32ºC).

7.1.5 Regime Pluviométrico

As chuvas ocorrem frequentemente no período de inverno, sendo mais


comum nos meses de junho a agosto. O índice de precipitação segundo a
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul, foi de 655
mm no ano 2009.
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7.2 Fatores abióticos


7.2.1 Relevo

A região onde encontra-se o Município apresenta feições de revelo


predominantemente suaves com poucas áreas de saliências marcadas por
gradientes topográficos um pouco mais fortes. Tais saliências apresentam-se
marcadas pelas áreas de dissecação do rio Uruguai e de seus principais tributários.

Apresenta uma topografia bastante plana, com superfícies de interflúvios


alongadas, regionalmente conhecida como coxilhas, que se estendem dos divisores
de águas até o nível de base, representado pelos canais fluviais.

Figura 9 – Característica topográfica Figura 10 - Característica topográfica


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
2010 2010

Figura 11 - Característica topográfica Figura 12 - Característica topográfica


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
2010 2010
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Topograficamente, a maior porção municipal se insere em reduzidas classes


de declividades. Apenas na porção Norte, região marcada pela área de dissecação
do Uruguai verifica-se maior gradiente.

Figura 13 – Perfil topográfico do município de Guarruchos/RS


Fonte – CODEX Remote, 2010

O relevo apresenta uma série de componentes que devem ser identificados e


estudados para melhor compreensão de suas características, especialmente quando
se tem o cunho de realizar proposições socioambientais.

7.2.2 Tipo de solo

O território de Garrucho é composto por seis tipos de solos, segundo o IBGE


– Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2002.
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 LRd4 - Latossolo Roxo distrófico que corresponde a 19,60% do território, esse


solo é bem drenado, normalmente profundos a muito profundo, apresentando no
perfil uma seqüência de horizontes A-Bw-C. Os latossolos tem pouco incremento de
argila com a profundidade e apresentam uma transição difusa ou gradual entre os
horizontes, por isso mostram um perfil muito homogêneo, onde é difícil diferenciar os
horizontes.

 TRe3 – Terra Rocha Estruturada eutrófica, composto por 36,84% do


município, solo denominado de Nitossolos, que são solos profundos, apresentando
no perfil uma sequência de horizontes A-B-C, onde o horizonte B é do tipo B nítico.
Estes solos tem uma aparência muito semelhante aos La tossolos, pois também tem
pouco incremento de argila com a profundidade e apresentam uma transição difusa
ou gradual entre os horizontes. Os Nitossolos e os Latossolos no RS, tem
comumente característica muito próximas, o que pode dificultar a sua distinção no
campo.

 Re6 – Solo Litólico eutrófico (Neossolos) – com 34,18% da área territorial,


esse solo é raso ou profundo, apresentando no perfil uma seqüência de horizontesA-
R,A-C,A-C-R,A-Cr-R, O-R ou H-C;pode apresentar horizonte B desde que tenha
insuficiência de requisitos para qualquer tipo de horizontes B diagnóstico. São solos
de formação muito recentes, desenvolvidos a partir dos mais diversos tipos de
rochas (materiais de origem) e encontrados nas mais diversas condições de relevo e
drenagem.

 Ge – Gleissolo eutrófico – com 9% da área do município são solos pouco


profundos, muito mal drenados, de cor acinzentada ou preta, apresentando no perfil
uma seqüência de horizontes A-Cg, ou A-Bg-Cg ou H-Cg, Os Gleisssolos ocorrem
tipicamente em depressões mal drenadas em todo Estado.

 Lea1 – Latossolo Vermelho – escuro álico: com 0,38% do território municipal,


é um tipo de solo bem drenado, normalmente profundo a muito profund,
apresentando no perfil uma seqüência de horizontes A-Bw-C, onde o horizonte Bw é
do tipo B latossólico. Em alguns casos podem ser pouco profundos associados com
a inclusões de Neossolos Regoliticos ou Litólicos. Os latossolos tem pouco ou
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nenhum incremento de argila com aprofundidade e apresentam uma transição difusa


ou gradual entre os horizontes, por isso mostram um perfil muito homogêneo, onde é
difícil diferenciar os horizontes.

 Ae 1 e 2 – Solos aluviais eutróficos - representa 0,09% da área do município,


são solos aluviais distróficos e eutróficos A moderado textura e textura roxa e relevo
plano. São solos típicos de planícies fluviais, provenientes da deposição sucessiva
de materiais depositados pelos cursos d’água.

No mapa em sequência (Figura 14), pode-se observar a distribuição dos


diferentes topos de solo no território do município.

Figura 14 – Mapa das Microbacias do município de Garruchos


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2011

Na figuras em sequência, pode-se verificar os diferentes tipos de solo do


território municipal.
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Figura 15 – Tipo de solo presente no município Figura 16 – Tipo de solo presente no município
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
2010 2010

Figura 17 – Tipo de solo presente no município Figura 18 – Tipo de solo presente no município
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
2010 2010

Essas são as seis categorias de solo que se apresentam no município de


Garruchos. No geral, são solos que possuem boas condições para serem
desenvolvidas as atividades agropecuárias, mas que exigem atenção quanto às
técnicas aplicadas, no decorrer dos trabalhos.

7.2.3 Recursos Hídricos

O município de Garruchos compõe a Bacia Hidrográfica Piratinim situada a


noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas geográficas 28°00'
a 29°05 de latitude Sul e 54°05' a 56°00' de longitude Oeste. Abrange a Província
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Geomorfológica Planalto Meridional. Possui área de 7.596,07 Km², abrangendo


municípios como Bossoroca, Santo Antônio das Missões, São Luis Gonzaga e São
Miguel das Missões, com população estimada em 70.639 habitantes. Os principais
cursos de água são os arroios Inhacapetum, Itu, Chuní, Ximbocú e o Rio Piratinim.
Os principais usos da água se destinam a irrigação, dessedentação animal e
abastecimento humano. Pode ocorrer insuficiência hídrica nos meses de baixa
vazão, principalmente no verão

Figura 19 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Piratini


Fone - http://www.sema.rs.gov.br, 2011

7.2.3.1- Subacias Hidrográficas

O município de Garruchos está composto por seis subacias hidrográficas que


contribuem para o Rio Uruguai (Figura 20).
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Da rede de drenagem do município são contribuintes diretos para o rio


Uruguai os córregos que ocupam 23,93% da área territorial, 21,68% dos córregos
deságuam no rio Piratini, que posteriormente, deságua no rio Uruguai. E os demais
corpos hídricos formam as subacias hidrográficas, a do Arroio Barreiro representa
13,22%, Arroio São Lucas 18,62%, Arroio Amânoa 19,40% e a da Sanga São Lucas
3,16% da área territorial.

Figura 20 – Mapa das Microbacias do município de Garruchos


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2011

7.2.3.2- Áreas de Preservação Permanente

Em relação aos recursos hídricos, a APP (Área de Preservação Permanente)


consiste na área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com função
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem
estar das populações humanas. (Pizzatto e Pizzatto, 2009).
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Segundo a Resolução CONAMA 303/2002 e o Código Florestal Brasileiro, Lei


Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, em seu artigo 2º, consideram-se
como área de preservação permanente, as florestas e demais formas de vegetação
natural situadas:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais
alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:
de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de
largura;
de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a
50 (cinquenta) metros de largura;
de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a
200 (duzentos) metros de largura;
de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura
superior a 600 (seiscentos) metros;
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água",
qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50
(cinquenta) metros de largura;
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°,
equivalente a 100% na linha de maior declive;
(...)

Nas condições citadas acima é que se enquadra a área territorial do município


de Garruchos e que, segundo a lei, são tidas como área de preservação
permanente.

Figura 21 - Mapa das Área de Preservação Permanente


Fonte: ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2011
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

7.2.4 Domínios morfoestruturais (Geomorfologia)

Para elaboração do mapa de geomorfologia da área territorial municipal foram


utilizados os mapas Geomorfológicos, folha SH.21.X.A (São Borja) e SH.21.X.B
(Santo Ângelo), em escala 1:250.000, produzida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, no ano de 2003.

A área territorial de Garruchos corresponde geomorfologicamente ao domínio


morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares e depósitos sedimentares que
são importantes unidades no sul do território nacional, onde a ação de desgaste via
dissecações predominam.

O território de Garruchos divide-se em seis conjuntos de regiões


geomorfológicas: ao Planalto das Missões, da unidade do Planalto de Santo Ângelo,
que ocupa 40,96% da área do município, Planalto da Campanha, desdobrando-se
parte da unidade do Planalto de Uruguaiana, nível baixo, com 33,68% da área
municipal, e Planalto de Uruguaiana, nível baixo de superfície de aplanamento
retocada desnudada, com 12,73% da área territorial municipal, Planície Continental,
também desmembra-se em duas unidades, Planície alúvio-coluvionar terraço fluvial,
com 8,83% da área, e Planície alúvio-coluvionar, planície fluvial com 3,80% da área
do município.

A área territorial de Garruchos apresenta-se um pouco encaixada e dissecada


na porção nordeste, no vale o rio Piratinin, o restante da área municipal está sobre
uma planície que vai acompanhar o resto do território até chegar às margens do rio
Uruguai. São encontrados movimentos de massa que interferem diretamente nas
condições do solo.

Na sequência, pode-se, observar o mapa geomorfológico (Figura 22).


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Figura 22 – Mapa geomorfológico do município de Garruchos


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2011

7.2.5 Geologia

Todo o território municipal se enquadra na formação JKsg – Formação Serra


Geral, composta por rochas efusivas básicas continentais toleíticas, comumente
basaltos e fenobasálticas e QHa que é composto por depósitos aluvionares, areias,
cascalheiras e sedimentos, sílticos-argilosos de planícies de inundação, terraços e
depósitos de calha da rede fluvial atual e subatual (Figura 23).

Os cursos hidrográficos apresentam-se encaixados por um amplo conjunto de


fraturas estruturais na base geológica nos cursos que deságuam no Rio Piratin, os
demais cursos correm pela planície até encontrarem o rio Uruguai.
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Figura 23 – Mapa geológico do município de Garruchos


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2011

7.3 Fatores bióticos


7.3.1 Vegetação

Segundo a SEMA (2001), 71,88 km² da superfície do município de Garruchos


é Floresta Nativa, 359,35 km² é campo (Bioma Pampa), 0,36 km² é formado por
silvicultura com Eucaliptus e 0,05 km² por Pinnus. Estudos de revisão bibliográfica
realizado pela empresa Venus Consultoria Ambiental definiram que o Município de
Garruchos esta inserido na formação fitoecológica denominada Área de Tensão
Ecológica, da qual é constituída pela interpenetração de floras entre duas ou mais
regiões fitoecológicas (RADAMBRASIL, 1986). No município encontram-se num
contato denominado Savana/Savana estépica que ocupa partes das bacias dos Rios
Icamaquã, Piratini e respectivos tributários, prolongando-se ao norte, onde
acompanha o curso final do rio Ijuí.

As florestas da região merecem destaque por sua formação diversificada e


composição bem conservada. A vegetação de florestas de galeria, na sua proporção
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original parece ter sofrido poucas alterações. As maiores alterações aconteceram na


composição das comunidades abertas. Os campos, em função da atividade pecuária
são explorados mais intensamente pelo pastoreio, o que pode representar ser um
bom aproveitamento dos recursos campestres para o setor, devendo mesmo assim
ser explorados com sustentabilidade já que, segundo Boldrini (2009), a vegetação
campestre apresenta uma alta diversidade de espécies e de ecossistemas e está em
plena harmonia com o ambiente, ou seja, é adaptada aos diferentes locais. As
plantas que ali habitam apresentam na sua fisiologia e morfologia características
peculiares capazes de suportar os estresses do ambiente.

O Brasil possui a maior cobertura de florestas tropicais do mundo e a flora


mais rica do mundo, com cerca de 55 mil espécies de plantas superiores
(aproximadamente 22% do total mundial). O Rio Grande do Sul também é rico neste
aspecto, com um número estimado de pelo menos cinco mil espécies de plantas
vasculares nativas. Deste total, cerca de 10% (514 espécies) são árvores (Reitz et
al., 1983), com um número desconhecido de arbustos, ou outras formas de vida.

Rambo (1994) divide o Estado do Rio Grande do Sul em duas formações


vegetais, a do campo e a da floresta. Da área total do Estado, cerca de 131.896 km²
(46,26%) eram campos, 98,327 km² (34,47%) matas e o restante, atribuído à
vegetação litorânea, banhados inundáveis e outras formações. Portanto, dois terços
da área do Estado foram originalmente ocupados pela formação campestre, uma
paisagem de estepe, isto é, formação semi-xerofítica, porém num ambiente de clima
característico por umidade alta.

As árvores nativas são aquelas que a natureza gerou e fez evoluir em um


determinado ambiente. O fato de as espécies nativas serem naturalmente adaptadas
às regiões onde ocorrem é muito importante para o equilíbrio ambiental, pois
existem complexas relações dos demais seres vivos com essas árvores (SEMA,
2006).

São diversas as funções da vegetação. A infiltração de água em solos com


cobertura florestal é 40 vezes maior do que em solos descobertos, alimentando os
lençóis freáticos, que formam as nascentes e os rios. A presença de árvores reduz o
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impacto causado pelas chuvas, evitando a erosão do solo e o conseqüente


assoreamento dos recursos hídricos. Além disso, quando absorvida pelas plantas, a
água volta à atmosfera em forma de vapor, pela transpiração das folhas, que
também origina partículas necessárias (aerossóis) para que as nuvens se formem.
Uma árvore isolada pode transpirar até 500 litros de água por dia. Além disso, a
interceptação solar pelas copas evita o aquecimento dos prédios, cria ambientes que
servem de abrigo nas horas mais quentes do dia e diminui as consequências da
insolação direta. As árvores servem de refúgio e provêem alimento para
consumidores primários (herbívoros) tais como aves e insetos. Atuam como
despoluidoras removendo cerca de 1,2 tonelada/hectare de dióxido de carbono (
Kageyama et al. 2003 ; Primack & Rodrigues, 2006).

Os pré-requisitos indispensáveis para se desenvolver ações


conservacionistas em uma determinada região, principalmente no que se refere à
sua biodiversidade, estão na dependência do conhecimento básico das espécies e
de sua distribuição espacial. Sendo assim, o estudo Flora do Município de
Garruchos é relevante ao Plano Ambiental, no momento em que oferece auxílio ao
manejo e conservação da flora nativa.

7.3.1.1 Metodologia do inventário florestal

Para a análise das formações vegetais adotou-se o Inventário Florestal


Contínuo realizado pela SEMA em 2001, a Lei nº 11.520, de 03 de agosto de 2000
que institui o Código Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e
dá outras providências, Lei nº 9.519, de 21 de janeiro de 1992 que institui o Código
Florestal do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências e o Decreto
Estadual nº 42.099, publicado em 01 de Janeiro de 2003, a lista as espécies da flora
ameaçada de extinção no estado do Rio Grande do Sul.
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Para auxilio nos estudos das formações vegetais foram utilizados dados
levantados e desenvolvidos pela Divisão de Vegetação do projeto RADAMBRASIL
(1986).

Foi realizado um levantamento expedito percorrendo diversas áreas a pé e de


carro, identificando o maior numero de espécies possíveis. Realizou-se prévia
sistematização de informações (artigos, livros revistas, teses, monografias e
relatórios técnicos) sobre a flora e os ambientes na região de estudo.

7.3.2 Formação Vegetal do Município de Garruchos

A fitofisionomia da área de abrangência do município é notável pela presença


de numerosos gregarismos de cactáceas do gênero Opuntia sp. Que reveste os
solos das coxilhas. Esses agrupamentos de cactáceas desenvolvem-se sobre um
tapete herbáceo baixo, dominado principalmente por gramíneas rizomatosas
(geófitas), de folhas finas, em detrimento das cespitosas (hemicriptófitas),
entremeadas ainda por caméfitas pertencentes às famílias das oxalidáceas,
leguminosas, umbelíferas e outras. No aspecto geral, a área apresenta um tapete
gramíneo-lenhoso baixo e, flanqueando as redes de drenagens, ocorrem anteparos
formados por elementos fanerófitos dominados pelas espécies: Astronium balansae
(pau-ferro), Tabebuia avellanedae (ipê-roxo), Enterolobium contortisiliquum
(timbaúva), Schinus molle (aroeira-mansa), Schinus terebenthifolius (aroeira
vermelha), Lithraea molleoides (aroeira-de-fruto-achatado) (RADAMBRASIL, 1986).

O tipo de formação vegetal predominante no município de Garruchos são os


campos que estendem-se pelas terras planas da região. As florestas praticamente
detêm-se as matas ciliares que acompanham os rios Uruguai e Piratini e seus
afluentes. As formações vegetais ocorrentes no município são representados na
Figura 24.
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Figura 24 – Mapa da cobertura vegetal no Município de Garruchos


Fonte – CODEX Remote, 2010

7.3.2.1 Florestas

As principais florestas do município são em parte bem conservadas e parte


impactadas. Na sua grande maioria formada por mata secundária em estágio médio
de sucessão, apresentando em algumas porções árvores antigas com mais de
quinze metros de altura. O sub-bosque varia de muito adensado com espécies
pioneiras ou é mais aberto formado por uma flora arborescente desagregada. Na
borda de diversos capões há uma presença intensiva de pitangueiras (Eugenia
uniflora) lianas e gravatas (Eryngium sp.). Ainda se encontram alguns exemplares de
gerivá (Syagrus romanzoffiana), figueiras( Ficus sp.) e corticeiras (Erythrina falcata e
Erythrina cristagalli ) estas últimas imune ao corte. As florestas maiores encontram-
se na parte oeste do município e são paralelas ao rio Uruguai formando uma
extensa área de APP (Figura 25 e 26).
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Figura 25 – Floresta nativa em margem de Rio Figura 26 – Floresta nativa formando mosaico
Fonte - Vênus Consultoria Ambiental, 2010 com as áreas de savana
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
2010

As matas de galeria se caracterizam por apresentar largura variável. Por outro


lado, a estrutura e composição da mata não variam significativamente de um ponto
para outro. De maneira geral, a altura do dossel é, em média, inferior a 10 m.
Caracteriza-se pela presença de plantas mesófilas e hidrófilas de porte médio. No
entanto “braços” robustos de vegetação bem conservados avançam na direção
central do município por cerca de dois quilômetros afastando-se do rio Uruguai. Tais
florestas formam um importante corredor vegetal que algumas vezes é cortado por
campo nativo, campo cultivado e porções esparsas de pau ferro (Astronium
balansae) árvore considerada ameaçada de extinção e predominante no município,
o que pode ser verificado no Quadro 6.

A vegetação exótica associada às florestas nativas é representada


fortemente pelo cinamomo exótico (Melia azedarach), figueiras não nativas (Ficus
sp.) do rio grande do sul e diversas plantas do gênero Citrus sp.

Nomes Científicos Nomes populares Ameaça


FAMILIA/ Espécie / imune/
ANACARDIACEAE exótica
Astronium balansae Engl. Pau-ferro Em
Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-vermelha perigo
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ARECACEAE
Butia capitata (Mart.) Becc. Butiá Em
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Gerivá Imune
perigo
Trithrinax brasiliensis Mart. carandá Em PE
BIGNONIACEAE
Tabebuia heptaphylla Vel. Ipê-roxo
BORAGINACEAE
Cordia americana (L.) Gottsching & J.E. Mill. Guajuvira
CACTACEAE
Cereus hildmannianus K. Schum. Cacto
CARICACEAE
Caryca papaya L. mamoeiro Exótica
CELASTRACEAE
FABACEAE
Bauhinia forticata Link Pata-de-vaca
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Timbaúva
Erythrina falcata Benth Cortiçeira-da-serra Imune
Erythrina cristagalli L. Cortiçeira-do-banhado Imune
Momosa bimucronata (DC) Kuntze maricá
Inga sessilis (Vell.) Mart Ingá
Inga marginata Willd Ingá feijão
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan Angico
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Canafístula
FABOIDEAE
Tipuana tipu (Benth.) O. Kuntze Tipuana Exótica
LAURACEAE
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Canela-merda
LYTHRACEAE
Lagerstoemia sp. Extremosa Exótica
MALOIDEA
Eriobotrya japônica (Thunb.) Lindl. nespereira Exótica
MALVACEAE
Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna Paineira
Luehea divaricata Mart. & zucc. Açoita-cavalo
MELIACEAE
Melia azedarach Miq. Cinamomo Exótica
MORACEAE
Ficus luschnathiana Hassl figueira Imune
Ficus citrifolia Mill. Figueira Imune
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Ficus elástica Roxb Figueira Imune/e


Morus nigra L. Amoreira Exótica
xótica
MUSACEAE
Musa sp. bananeira Exótica
MYRTACEAE
Blepharocalyx salicifolius (Kunth.) O. Berg Murta
Eugenia uniflora L. Pitanga
Myrcianthes pungens (Berg) Legr. Guabiju
Psidium guajana L.. Goiabeira Exótica
Syzygium cumini (L) Skeels Jambolão Exótica
POACEAE
Bambusoideae sp. Bambu
RHAMNACEAE
Hovenia dulcis Uva-do-japão Exótica
RUTACEAE
Citrus sp. Laranja/bergamota/limão
Zanthoxylum rhoifoliu, Lam. Mamica-de-cadela
SALICACEAE
Salix babylonica L. Chorão
SAPINDACEAE
Allophylus Edulis (a. St.-Hil., Cambess. & A. Chal-chal
Cupania vernalis Cambess
Juss.) Radlak Camboatá-vermelho
Matayba elaeagnoides Radlk Camboatá-branco
VERBANACEAE
Duanta sp. Pingo-de-ouro
Quadro 6 – Relação das espécies vegetais existentes no município de Garruchos
Fonte: VENUS CONSULTORIA AMBINTAL, 2010

Em sequência, apresenta-se o Quadro 7 com a relação e grau de ameaça das


principais espécies arbóreas e arborescentes encontradas no Município através dos
levantamentos expeditos.

Nomes populares Ameaçada


Nomes Científicos
/ imune
FAMILIA/ Espécie
ANACARDIACEAE
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Astronium balansae Engl. Pau-ferro Em perigo


Lithraea molleoides (Vell.) Engl.
Lithaea brasiliensis Marchand Aroeira brava
Schinus terebinthifolius Aroeira-vermelha
Schinus molle L. Aroeira mansa
Schinus polygamus (Cav.) Cabrera Assobiadeira
ANNONACEAE
Rollinia sp. Araticum
APOCYNACEAE
Pecchiera hilariana Müll. Arg. Catavento
ARAUCAREACEAE
Araucaria angustifolia (Bertol.) Pinheiro brasileiro
ARECACEAE
Butia capitata (Mart.) Becc Butiá Em perigo
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Gerivá
BIGNONIACEAE
Tabebuia heptaphylla Vell Ipê-roxo
CACTACEAE
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Esporão-de-galo
CARDIOPTERIDACEAE
Citronella gongonha (Mart.) R.A. Howard Congonha
CARICACEAE
Vasconcella quercifolia A. St.-Hil. Mamoeiro-do-mato
CELASTRACEAE
Maytenus aquifolia Mart. Cancorosa Em perigo
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum argentinum O.E Schulz Cocão
EUPHORBIACEAE
Gymnanthes concolor Spreng. Aranjeira-do-mato
Sapium glandulosum (L.) Morong Leiteiro
Sebastiania brasiliensis Spreng. Leiteiro
Sebastiania commersoniana (Bail.) L.B. Sm.
& Downs Branquilho

Sebastiana schottiana (Müll. Arg.) Müll Arg. Sarandi


FABACEAE
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Acacia caven (Molina) Molina Espinilho


Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr Grápia Vulnerável
Ateleia glazioviana Bail. Timbó
Calliandra tweediei Benth Topete-de-cardeal
Bauhinia forficata Link Pata-de-vaca
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton Rabo-de-bugio
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Timbaúva
Erythrina falcata Benth. Corticeira-da-serra Imune
Erythrina cristagalli L. Corticeira-do-banhado Imune
Gleditsia amorphoides (Griseb.) Taub. Coronilha Em perigo
Holocalyx balansae Micheli Alecrim
Inga vera Willd. Ingá
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Maricá Vulnerável
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan Angico
Parkisonia acleata L. Cina-cina
LAURACEAE
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Canela-merda
Octea porosa (Ness) Barroso Imbuia Em perigo
Ocotea puberula (Rich.) Nees Canela-guaicá
MALVACEAE
Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna Paineira
Luehea divaricata Mart. & Zucc. Açoita-cavalo
Cedrela fissilis Vell. Cedro
Trichilia claussenii C. DC. Catiguá
Trichilia elegans A. Juss. Pau-de-ervilha
MONIMIACEAE
Hennecartia omphalandra J. Poiss. Canema
MORACEAE
Ficus luschnathiana Hassl. Figueira Imune
Ficus citrifolia Mill. Figueira Imune
MYRSINACEAE
Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze Capororoca
MYRTACEAE
Blepharocalyx salicifolius (Kunth.) O.Berg Murta
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Campomanesia guazumifolia (Cambess.)


O.Berg Sete-capotes

Campomanesia xanthocarpa O. Berg Guabiroba


Eugenia uniflora L. Pitanga
Myrcianthes pungens (Berg) Legr. Guabiju
PHYTOLACCACEAE
Phytolacca dioica L. Umbu
POLYGONACEAE
Ruprechtia laxiflora Meisn. Marmeleiro do mato
ROSACEAE
Prunus myrtifolia (L.) Urb. Pessegueiro-do-mato
RUBIACEAE
Guettarda urugguensis Cham. & Schltdl Veludo
RUTACEAE
Helietta apiculata Benth. Canela-de-veado
Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamica-de-cadela
SALICACEAE
Salix humboldtiana Willd Salgueiro
SAPINDACEAE
Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess. & A.
Chal-chal
Juss.) Radlk.
Allophylus guaraniticus Cambess. Vacum
Cupania vernalis Cambess. Camboatá-vermelho
Matayba elaeagnoides Radlk. Camboatá-branco
SAPOTACEAE
Pouteria gardneriana (DC.) Radlk. Aguaí
Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk. Mata-olho
SIMAROUBACEAE
Castela tweediei Planch. Pau-amargo Vulnerável
STYRACACEAE
Styrax leprosus Hook. & Arn. Carne-de-vaca
ULMACEAE
Celtis tala Gill Tala
VERBENACEAE
Aloysia visgata Cham Cidró
Quadro 7 - Relação e grau de ameaça das principais espécies arbóreas e arborescentes
encontradas no Município
Fonte: VENUS CONSULTORIA AMBINTAL, (2010).
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

7.3.2.2 Campos nativos

Os campos encontrados no município são muito diversos, misturando-se


campo limpo, campo sujo com desenvolvimento de vassourais com esparsas
presenças de capões de mata e árvores isoladas. Na região, o campo nativo,
submetido ao pastoreio extensivo, caracteriza-se por apresentar uma cobertura
vegetal basicamente herbácea e subarbustiva. As gramíneas são
predominantemente cespitosas e rizomatosas, alcançando altura superior a um
metro quando livres do manejo à base de queimadas. A presença de gado é intensa
contribuindo para manter o componente gramíneo baixo. Podem ser encontradas
espécies exóticas como Brachiaria sp. e aveia (Avena sp.). A fisionomia do campo
nativo não é uniforme, variando segundo as condições edáficas. Assim, nas áreas
onde o solo é raso, a composição florística é mais homogênea, com poucas
espécies herbáceas, enquanto que nas áreas mais baixas, com solo um pouco mais
profundo, desenvolvem-se espécies mais diversificadas e de maior porte.

Segundo Boldrini (2009) nestes campos podem ser encontrados gramíneas


cespitosas de porte baixo, muitas endêmicas de solos rasos, como Aristida murina,
A. uruguayensis, Bouteloua megapotamica, Eustachys brevipila, Microchloa indica,
Tridens hackelii e Tripogon spicatus. Em meio à alta percentagem de solo exposto
nestes ambientes, encontram-se compostas como Berroa gnaphalioides e
Sommerfeltia spinulosa e leguminosas como Adesmia incana, Indigofera asperifolia,
Mimosa amphigena e Rhynchosia diversifolia. Destacam-se espécies de outras
famílias, como Lippia vilafloridana,verbenácea de flores amarelas, Nierembergia
linariifolia, solanácea de flores branco-azuladas que forma grandes manchas,
exclusiva deste tipo de formação e tóxica para herbívoros, Convolvolus laciniatus,
convolvulácea de folhas muito recortadas e Ditaxis acaulis, euforbiácea densamente
pilosa, exclusiva destes ambientes. São comuns plantas espinescentes, como
Discaria americana (Rhamnaceae), espécie restrita e ameaçada de extinção,
Eryngium echinatum (Apiaceae) e Paronichia chilensis (Caryophyllaceae).
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Riachos e sangas cortam os campos trazendo consigo matas ciliares


características do pampa. Eles se desenvolvem a partir das nascentes de água e
dos riachos, aglutinando, frequentemente, em amplos e irregulares povoamentos
florestais. As principais espécies arbóreas da matas ciliares são a aroeira-vermelha
(Schinus terebinthifolius), o cocão (Erythroxylum argentinum) e a pitangueira
(Eugenia uniflora) no estrato inferior. Os campos nativos são representados na
Figura 27, 28, 29 e 30.

Figura 27 – Campos Nativos Figura 28 – Campos Nativos


Fonte – VENUS ASSESSORIA LTDA, 2010 Fonte – VENUS ASSESSORIA LTDA, 2010

Figura 29 – Campos Nativos Figura 30 – Campos Nativos


Fonte – VENUS ASSESSORIA LTDA, 2010 Fonte – VENUS ASSESSORIA LTDA, 2010
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7.3.2.3 Vegetação Urbana

A vegetação Urbana encontra-se bem associada à cidade. O


componente arbóreo e arborescente é bem heterogêneo, contemplando desde
espécies exóticas a espécies nativas do rio Grande do Sul (Figuras 31 e 32). São
exemplos de espécies vegetais ocorrentes, o ingá (Inga sessilis), a timbaúva
(Enterolobium contortisiliquum), o pau-ferro (Astronium balansae), a guajuvira
(Cordia americana) e diversas frutíferas exóticas do gênero Citrus sp. na cidade. Na
área urbana existem pequenas formações vegetais periféricas como capões e
bosques de árvores que concentram a maior população arborecente. Parte da
vegetação urbana é ligada às margens do rio Uruguai formando um adensado de
floresta bem próximas a área urbana (Figura 33).

Figura 31 – Via pública urbana com exemplares vegetais


Fonte – VENUS ASSESSORIA LTDA, 2010
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Figura 32 – Praça da cidade com exemplares vegetais


Fonte – Prefeitura Municipal de Garruchos/RS, 2010

Figura 33 – Imagem de satélite com vista áerea da vegetação no meio urbano


Fonte – www.googleearth.com.br, 2011

7.3.2.4 Vegetação exótica

O município apresenta uma grande diversidade de espécies exóticas


espalhadas no meio da mata nativa ou em plantações. No espaço rural podem ser
encontradas árvores como o cinamomo (Melia azedarach), diversas do gênero
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Citrus, a nespereira (Eriobotrya japonica), a amoreira (Morus sp), o ligustro


(Ligustrum lucidum), uva do Japão (Hovenia dulcis), tipuana (Tipuana tipu), além de
Pinus sp. e Eucalipto. sp.

Figura 34 – Vegetação exótica (Eucaliptus) em área rural do município


Fonte – VENUS ASSESSORIA LTDA, 2010

A composição florística do Município é bem heterogênea e representativa. As


florestas e campos nativos tem papel fundamental para a conservação da qualidade
de vida da população local. Além disso, muitas espécies de animais são
dependentes desses remanescentes florestais, onde a preservação da
biodiversidade tem grande importância na manutenção dos recursos naturais para
as gerações futuras.

As florestas da região merecem destaque por sua formação diversificada e


composição bem conservada. A vegetação de florestas de galeria, na sua proporção
original parece ter sofrido poucas alterações. Mesmo assim, em alguns lugares é
recomendado atenção e cuidado na exploração. Quando a floresta é derrubada, o
solo, geralmente, não sustenta a agricultura intensiva por mais do que alguns anos.
Uma vez abandonados, estes solos têm sua textura e composição tão modificadas,
que as árvores originais não podem retornar. Ao contrário, há uma nova comunidade
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vegetal de gramíneas e arbustos tolerantes ao calor e à seca que são pastagens


pobres para o gado. Perde-se para sempre, a rica diversidade de espécies de
árvores, a flora associada e os animais destas florestas (Primack & Rodrigues,
2001).

As maiores alterações aconteceram na composição das comunidades


abertas. Os campos, em função da atividade pecuária são explorados mais
intensamente pelo pastoreio, o que pode representar ser um bom aproveitamento
dos recursos campestres para o setor. Nabinger et al. (2009) sustenta que os
campos sulinos são um grande potencial de pasto natural para a criação de animais.
Mesmo assim os campos nativos devem ser explorados com sustentabilidade já que
segundo Boldrini (2009) a vegetação campestre apresenta uma alta diversidade de
espécies e de ecossistemas e está em plena harmonia com o ambiente, ou seja, é
adaptada aos diferentes locais. As plantas que ali habitam apresentam na sua
fisiologia e morfologia características peculiares capazes de suportar os estresses
do ambiente. É lógico que a substituição da vegetação original por outra atividade irá
implicar em alterações, como a redução e a perda da biodiversidade, tanto vegetal
quanto animal, pois todo organismo faz parte de uma cadeia trófica e no momento
que se altera a comunidade, esta cadeia sofre um desequilíbrio, podendo aumentar
populações de determinados organismos, os quais podem se tornar pragas,
principalmente de espécies exóticas oportunistas.

O resultado do estudo apresentado neste trabalho da somente uma ideia da


flora do Município. É necessário sempre mais estudos qualitativos e quantitativos
para conhecer o máximo possível da abundância e composição das espécies
vegetais da região e adaptar estes resultados a realidade da agricultura e pecuária
local, buscando sempre um modo sustentado de exploração dos recursos naturais.
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7.3.3 Fauna

Desempenhando papéis fundamentais na manutenção e equilíbrio dos


ecossistemas naturais, atuando como dispersores de sementes, polinizadores,
predadores de insetos e outras pragas, consumidores de material orgânico em
decomposição, a fauna de uma região compõe um importante grupo ecológico que
mantém equilibrado os ecossistemas.

Para desenvolver estratégias efetivas para a conservação das áreas naturais,


é de extrema importância que se obtenha conhecimento básico sobre a fauna local.
Além disso, são necessários estudos que permitam conhecer as respostas das
comunidades de animais, frente à modificação da paisagem que ocorre pela
fragmentação de habitats.

Alguns grupos de animais podem ser usados como indicadores da qualidade


ambiental, uma vez que características como presença/ausência, de algumas
espécies podem indicar a sustentabilidade ambiental de uma área. Inventários da
fauna permitem ações conservacionistas, uma vez que alguns animais se
enquadram como espécies “guarda-chuva” e/ou “chave” para a conservação do
meio físico e biológico, sendo imprescindíveis para a indicação de impactos
ambientais de diferentes naturezas, além de contribuírem para a criação de áreas
protegidas e implementação de seus planos de manejo.

A conservação da fauna silvestre em áreas florestadas é reconhecida como


de vital importância na estabilidade biológica, na manutenção da biodiversidade, no
controle biológico de pragas, na manutenção dos valores estéticos da natureza e
nos processos de renovação da vegetação nas reservas naturais.

Sendo assim, o estudo da fauna do Município de Garruchos é relevante ao


Plano Ambiental, no momento em que oferece auxílio ao manejo e conservação da
fauna silvestre.

O inventário da composição da fauna de Mamíferos, Aves, Répteis, Anfíbios e


Peixes do município de Garruchos foi realizado através de levantamento in situ com
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

o objetivo de registrar o maior numero de espécies de animais possível para região.


Foi realizada prévia sistematização de informações (artigos, livros revistas, teses,
monografias e relatórios técnicos) sobre a fauna e os ambientes na região de
estudo.

Foram consideradas áreas de estudo os habitats da fauna: área urbana,


florestas, campos e área rural. Em todos estes ambientes foram realizados censos
qualitativos das espécies, a pé e de carro. Para o inventário da mastofauna foram
utilizados tanto métodos diretos (contato visual) quanto indiretos (registros de
vestígios, tais como fezes, carcaças, pegadas e sons), permitindo a detecção de
espécies diurnas, crepusculares e noturnas. O rastreamento de pegadas deu-se em
locais de terra argilosa, ao longo de trilhas e cursos d’ água, nas áreas de estudo.
Todos os rastros encontrados foram identificados com base na experiência prévia do
observador e comparação com guias de campo (BECKER, DALPONTE, 1999;
BORGES E TOMÁS, 2004; CARVALHO Jr. e LUZ, 2008) e consulta a especialistas.

A metodologia utilizada para os inventários das espécies da avifauna local


foram transecções percorridas ad. libidum, tendo como objetivo registrar o maior
número de espécies possível. Utilizaram-se para registro um binóculo 10x21mm,
gravadores de áudio e câmera fotográfica. Utilizou-se guias de campo para
identificação (BELTON, 2000; DEVELEY,ENDRIGO , 2004).

O levantamento qualitativo das répteis e anfíbios foi realizado através de


busca ativa nos períodos diurno e noturno nas áreas de estudo. Vasculhou-se
ambientes onde os animais habitualmente se abrigam (em cavidades de árvores,
entre frestas de rochas, sob rochas e troncos, no solo, na serapilheira, nas moitas de
bromélias e ao longo de vegetação marginal dos cursos d’água). Foram registradas
espécies de anfíbios através da vocalização.

A relação das espécies de peixes foi montada com base em dados fornecidos
pelo município, na base de dados da FEPAM (2004) para a bacia do rio Uruguai e
entrevistas com pescadores da região.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Os moradores da região foram entrevistados com o objetivo de se obter


informações complementares sobre a fauna local. As entrevistas servem como um
elemento adicional, que vem a reforçar ou chamar a atenção para espécies que
poderiam passar despercebidas num estudo realizado em um período relativamente
curto de tempo.

7.3.3.1 Mamíferos

Foram registradas 20 espécies de mamíferos divididas em 12 famílias.


Conforme a Quadro 6.

Familia/Espécie Nome em português Categoria de ameaça


Atelidae
Alouatta guariba bugio-ruivo vulnerável
Leporidae
Lepus europaeus lebre européia
Dasypodidae
Dasypus novemcinctus tatu-galinha
Dasypus hybridus tatu-mulita
Euphractus sexcinctus tatu-peludo
Felidae
Leopardus pardalisu jaguatirica vulnerável
Leopardus tigrinus gato-do-mato-pequeno Vulnerável
Leopardus sp. gato-do-mato
Canidae
Lycalopex graxaim-do-campo
gymnocercus
Mustelidae
Lontra longicaudis lontra vulnerável
Mephitidae
Conepatus chinga zorrilho
Procyonidae
Procyon cancrivorus mão pelada
Didelphidae
Didelphis aurita gambá-de-orelha-preta
Didelphis albiventris gambá-de-orelha-branca
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Cervidae
Mazama gouazoubira veado catingueiro vulnerável
Mazama americana veado mateiro em perigo
Mazama nana veado bororo em perigo
Cuniculidae
Cuniculus paca paca em perigo
Caviidae
Cavia sp. preá
Hydrochoerus
hydrochaeris capivara
Leporidae
Lepus europaeus lebre européia
Quadro 6 – Relação de Mamíferos registrados no Município
Fonte - VENUS CONSULTORIA AMBIENTAL, 2010

A mastofauna do município é consideravelmente representativa. A lista é


formada tanto por espécies generalistas como espécies mais raras, mostrando que
ocorrem um diversificada comunidade de mamíferos na região.

Destacam-se os cervídeos do gênero Mazama, considerados frequentes


pelos moradores locais, principalmente o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira)
e os felinos do gênero Leopardus que são todos ameaçados de extinção. A maior
parte da fauna listada foi apreendida através das entrevistas com os moradores do
município, obtiveram-se poucos registros através de rastros e visualizações, mesmo
assim, rastros de algumas espécies são encontrados com facilidade e apresentam
grande frequência como é o caso do Lycalopex gymnocercus (graxain-do-campo),
Didelphis aurita (gambá-de-orelha-preta), Procyon cancrivorous (mão-pelada),
Hydrochoerus hydrochaeris (capivara) e os já citados cervídeos.

7.3.3.2 Aves

Através dos levantamentos de campo foram registrados 94 espécies de aves


divididas em 41 famílias, como mostra o Quadro 7.

Família/Espécie Nome em Português Grau de ameaça


Cracidae
Ortalis guttata aracuã
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Ardeidae
Ardea Alba garça-branca-grande
Bulbucus íbis garça-vaqueira
Egretta thula garça-branca-pequena
Syrigma sibilatrix maria-faceira
Anatidae
Amazonetta brasiliensis ananaí
Dendrocygna viduata Irerê
Podicipedidae
Podylimbus podiceps mergulhão
Threskiornithidae
Mesembrinibis coro-coró em perigo
cayennensis
Cathartidae
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta
Accipitridae
Rupornis magnirostris gavião-carijó
Falconidae
Caracara plancus caracará
Milvago chimachima carrapateiro
Milvago chimango chimango
Falco femoralis falcão-de-coleira
Rallidae
Aramides saracura saracura-do-mato
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero
Jacanidae
Jacana jaçanã jaçanã
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa
Patagioenas picazuro pombão
Columba cayennensis pomba-galega Vulnerável
Columbia Lívia pomba-doméstico
Leptotila verreauxi juriti-pupu
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-testa-vermelha
Myiopsitta monachus caturrita
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato
Crotophaga ani anu-preto
Guira guira anu-branco
Strigidae
Megascops choliba coruja-do-mato
Athene cunicularia coruja-buraqueira
Nyctibilidae
Nyctibius griseus urutau
Formicariidae
Chamaeza campanisona tovaca-campanhia
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Turdidae
Turdus albicollis sabiá-coleira
Turdus leucomelas sabiá branco
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira
Turdus amaurochalinus sabiá-poca
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor
Coerebidae
Coereba flaveola cambacica
Thraupidae
Tachyphonus coronatus tiê-preto
Thraupis sayaca sanhaçu-cinzento
Pipraeidea melanonota saíra-viúva
Tangara preciosa saíra-de-cara-suja
Emberizidae
Zonotrichia capensis tico-tico
Sicalis flaveola canário-da-terra
Cacicus haemorrhous guaxe
Coryphospingus tico-tico-rei
cucullatus
Paroaria coronata cardeal
Cardinalidae
Saltator similis trinca-ferro
Cyanoloxia brissonii azulão
Parulidae
Basileuterus culicivorus pula-pula
Basileuterus pula-pula-assobiador
leucoblepharus
Parula pitiayumi mariquita
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra
Trochilidae
Leucochloris albicolis beija-flor-papo-branco
Chlorostilbon aureoventris besourinho-de-bico-
vermelho
Alcedinidae
Ceryle torquatus martim-pescador-grande
Picidae
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó
Melanerpes candidus pica-pau-branco
Colaptes campestris pica-pau-do-campo
Dryocopus lineatus pica-pau-banda-branca Vulnerável
Thamnophilidae
Mackenziaena leachii borralha-assobiadora
Thamnophilus choca-da-mata
caerulescens
Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde
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Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado


Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro
Synallaxis cinerascens pi-puí
Synallaxis spixi joão-teneném
Tyrannidae
Capsiempis flaveola marianinha amarela
Corythopis delalandi estalador em perigo
Myiophobus fasciatus filipe

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato


Xolmis irupero noivinha
Machetornis rixosa bem-te-vi-do-gado
Pitangus sulphuratus bem-te-vi
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado
Tyrannus savana tesoura
Serpophaga subcristata alegrinho
Pyrocephalus rubinus príncipe
Myiarchus swainsoni Irrê
Pipridae
Chiroxiphia caudata tangará
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari
Hirundinidae
Notiochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-
casa
Progne tapera andorinha-do-campo
Progne chalybea andorinha-doméstica-
grande
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra
Icteridae
Gnorimopsar chopi chopim
Fringillidae
Euphonia chlorotica fim-fim
Carduelis magellanica pintassilgo
Cotingidae
Capornis cucullata corocochó
Corvidae
Cyanocorax chrysops gralha picaça
Polioptila lactea balança-rabo-leitoso
Passeridae
Passer domesticus pardal
Quadro 7 - Relação das espécies de aves encontradas no Município
Fonte - VENUS CONSULTORIA AMBIENTAL, (2010)
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

A avifauna registrada no município é muito diversificada, refletindo a


heterogeneidade de ambientes presentes no local (campos, áreas úmidas, lagos,
matas ciliares, capões e capoeiras de vegetação nativa). Desta maneira para que
esta diversidade de aves se mantenha no local é necessária a manutenção e
conservação destas áreas.

7.3.3.3 Répteis

A partir dos levantamentos realizados em campo e entrevistas com moradores


constatou-se a presença de 8 espécies de répteis divididas em 5 famílias presentes na
região. Conforme Quadro 8, na sequência.

Família/Espécie Nome em português Grau de ameaça


Viperidae
Botrops alternatus Cruzeiro
Botrops jararaca Jararaca
Dipsadidae
Sibynomorphus Dormideira
ventrimaculatus
Thamnodynastes Corredeira
strigatus
Philodryas olfersii Cobra verde
Elapidae
Micrurus altirostris Cobra coral
Teiidae
Tupinambis merianae Lagarto teiuaçu
Gekkonidae
Hemidactylus mabouia Lagartixa doméstica
Quadro 8 - Relação das espécies de répteis encontradas no Município
Fonte - VENUS CONSULTORIA AMBIENTAL, (2010)

A comunidade de répteis encontra-se na sua maior parte no interior das


florestas, onde os relatos da presença de espécies são mais freqüentes. As
espécies mais comumente relatadas são as serpentes Botrops alternatus (cruzeiro)
e Philodryas olfersii (cobra verde).
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

7.3.3.4 Anfíbios

Foram contabilizados nove espécies de anfíbios divididas em seis famílias no


Município de Garruchos, como mostra o Quadro 9.

Familia/Espécie Nome em português


Bufonidae
Rhinella ictérica sapo-cururu
Cycloramphidae
Odontophrynus americanus sapo-escavador ou rã da horta
Hylidae
Dendropsophus minutus perereca ampulheta
Hypsiboas pulchellus perereca comum
Scinax fuscovarius perereca-de-banheiro
Scinax squalirostris Perereca
Microhylidae
Elachistocleis ovalis sapo-guarda-de-duas-cores
Leiuperidae
Physalaemus biligonigerus Rã
Leptodactylidae
Leptodactylus lineatus Rã
Leptodactylus ocellatus rã-manteiga
Quadro 9 - Relação das espécies de répteis encontradas no Município
Fonte - VENUS CONSULTORIA AMBIENTAL, (2010)

Em sua maioria, as espécies amostradas ocorrem tanto em áreas de campo


como em de florestas, porém, mesmo as que vivem exclusivamente em ambientes
campestres, necessitam de ambientes úmidos para a reprodução.

7.3.3.5 Peixes

Através da sistematização de dados sobre a ictiofauna da região foi elaborada


uma lista com 54 espécies de peixes divididas em 17 famílias, todas ocorrentes nos
principais rios (Uruguai, Piratini e afluentes) do Município de Garruchos, conforme o
Quadro 10.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Familia/espécie Nome em Grau de ameaça


português
Paradontidae
Apareiodon affins charuto
Cyphocharax voga biru
Steindachnerina biornata biru
Steindachnerina brevipinna biru
Prochilodontidae
Prochilodus lineatus grumatã
Schizodon nasutus voga
Crenuchidae
Characidium occidentale canivete
Characidium pterostictum canivete
Characidium tenue canivete
Characidae
Aphyocharax anisitsi lambari
Astyanax fasciatus lambari
Astyanax jacuhiensis lambari
scrabripinnis lambari
Astyanax sp. lambari
Astyanax sp. 2 lambari
Bryconamericus stramineus lambari
Bryconamericus stramineus lambari
Bryconamericus uporas lambari
Cheirodon interruptus lambari
Cyanocharax uruguayensis lambari
Hyphessobrycon luetckenii lambari
Moenkhausia dichroura lambari
Oligosarcus brevioris tambicu
Oligosarcus jenynsii tambicu
Oligosarcus oligolepis tambicu
Pseudocorynopoma doriae lambari
Salminus brasiliensis dourado Vulnerável
Acestrorhynchidae
Acestrorhychus pantaneiro tambicu
Erytrinidae
Holopilas malabaricus traíra
Trichomycteridae
Scleronema sp.
Callichthyidae
Corydoras paleatus cascudinho
Loricaridae
Ancistrus taunay cascudo
Hemiancistrus fuliginosus cascudo
Hemipsilichthys sp. cascudinho
Hisonotus sp. cascudinho
Hypostomus commersoni cascudo
Hypostomus isbrueckeri cascudo
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Hypostomus regani cascudo


Loricariichthys melanocheilus viola
Rineloricaria sp. violinha
Pseudopimelodidae
Microglanis malabarbai bagrinho
Heptapteridae
Heptapterus mustelinus jundiá-cipó
Pimelodella australis mandi
Rhamdia quelen jundia
Auchenipteridae
Trachelyopterus teaguei cangati
Gymnotidae
Gymnotus sp. tuvira
Hypopomidae
Brachyhypopomus sp. tuvira
Poeciliidae
Phalloceros caudimaculatus barrigudinho
Synbranchidae
Synbranchus marmoratus mussum
Cichlidae
Cichlasoma dimerus cará
Crenicichla gaucho joana
Crenicichla lepidota joana
Crenicichla sacottii joana
Geophagus brasiliensis cará
Gymnogeophagus sp. cará
Quadro 10 - Relação das espécies de répteis encontradas no Município
Fonte - VENUS CONSULTORIA AMBIENTAL, 2010

A riqueza observada na fauna de peixes dos rios da região mostra a


importância desses cursos de água para conservação de espécies e manutenção
dos processos ecológicos associados à fauna aquática, Principalmente o rio
Uruguai. Os peixes exibem inegável importância ecológica na estruturação e
funcionamento dos ecossistemas aquáticos, ocorrendo em diversos níveis tróficos,
desde detritívoros e consumidores primários até predadores de topo, muitas vezes
como espécies dominantes. Podem afetar a abundância, a composição em espécies
e a distribuição de comunidades de algas, e invertebrados. Também é inegável a
importância econômica dos peixes, principalmente por sua participação
preponderante na produção pesqueira.
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7.3.4 Habitats da fauna


7.3.4.1 Área urbana

Compreende a região urbanizada da cidade. A fauna encontrada aqui é bem


característica e adaptada a presença antrópica. Sendo comum a presença de aves
das espécies Euphonia chlorotica (fim-fim), Pygochelidon cyanoleuca (andorinha-
pequena-de-casa), Pitangus sulphuratus (bem-te-vi), Vanellus chilensis (quero-
quero), Guira guira (Anu branco), a ocasional presença de Coragyps atratus (urubu-
de-cabeça-preta) e a espécie exótica Passer domesticus (pardal).

7.3.4.2 Área rural

Este ambiente se caracteriza por ser uma área natural modificada pelo
homem em forma de cultivo ou criação de animais. Muitos animais nativos
encontram aqui um ambiente favorável para seu estabelecimento, aproveitando os
locais para se alimentarem e, em alguns casos construir ninhos. Na área rural é
massiva a presença de falconídeos Milvago chimachima (carrapteiro) e Rupornis
magnirostris (gavião carijó), Milvago chimango (gavião cinza), e outras aves como o
Vanellus chilensis (quero-quero). Entre os mamíferos destacam-se os cervídeos do
gênero Mazama que deixam dezenas de pegadas espalhadas pelas plantações.
Entre os répteis é comum o relato da Botrops alternatus (cobra cruzeiro) e
Tupinambis merianae (lagarto teiú).

7.3.4.3 Florestas

As florestas de Garruchos na sua maior parte acompanham os leitos dos rios


e são em parte bem conservadas, e no âmbito geral permanecem ainda com
moderada conexão entre elas e com baixo impacto, sendo em algumas áreas
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

apresentam uma estrutura bem composta, pouca presença antrópica, com árvores
frutíferas, insetos, tocas e troncos caídos, ideal para o estabelecimento da fauna
silvestre. Dentre elas destacam-se a espécie de mamífero ameaçada de extinção
Cuniculus paca (paca), espécies mais comuns como o Didelphis aurita (gambá-de-
orelha-preta), Hydrochoerus hydrochaeris (capivara). Entre as aves encontradas nos
locais destacam-se o Polydilimbus podiceps (mergulhão), o Dryocopus lineatus
(pica-pau-banda-branca), membros da família Emberezidae e Tyrannidae.

Vários peixes estão presentes nos rios, desde animais de pequeno porte
como Cyphocharax voga (biru) e de grande porte como o Prochilodus lineatus
(grumatã) e Rhandia quelen (jundiá) espécie que é bastante tolerante a distúrbios
ambientais. Pode ser encontrado também o Salminus brasiliensis (dourado) espécie
comun na região e ameaçada de extinção.

Podem ser observados nas áreas de vegetação mais preservada a presença


de diversos componentes da fauna silvestre característicos desse tipo de formação
vegetal. Entre as aves destacam-se a presença de Thamnophilus caerulescens
(choca-da-mata) e Veniliornis spilogaster (pica-pau-verde-carijó). Nas florestas é
comum o relato de visualização das espécies de Leopardus sp ( gato-do-mato). Nas
áreas de várzea e parte da floresta que sofre alagamentos dos rios são comum os
cantos dos anfíbios como por exemplo Hypsiboas pulchellus ( perereca).

7.3.4.4 Campos naturais

Os campos constituem um dos habitats principais de uma parcela expressiva


da fauna do município de Garruchos, onde esse ecossistema ocupa uma superfície
maior. A composição faunística dos campos nativos é muito diversa, mostrando que
este ambiente é significativamente importante para as comunidades das espécies
locais. Algumas das espécies mais populares e emblemáticas da fauna gaúcha são
animais encontrados com facilidade nos campos, como (Venellus chilensis) que em
grande número nidifica e forrageia nas gramas naturais. Os gaviões Mivalgo
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

chimachima (carrapteiro) e Rupornis magnirostris (gavião-carijó) também tem forte


presença. Nas cercas é comum observar e ouvir os bandos de Gnorimopsar chopi
(chopim). A presença do gado é constante nos campos e associados um grande
numero de garças-vaqueiras (Bulbucus ibis) e alta frequência de Colaptes
campestris (pica pau do campo).

Serpentes como a Botrops alternatus (cruzeiro) mostram-se presente


procurando alimento nos campos. Muitos relatos apontam a presença do Euphractus
sexcinctus (tatu-peludo).

Os Campos Sulinos sustentam uma fauna própria e com grande diversidade


de espécies e modos de vida. Esses ecossistemas também são singularmente
importantes como habitats de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção em
distintas escalas geográficas. Atributos como esses, conferem grande valor biológico
às formações campestres do sul do Brasil e as tornam merecedoras de esforços de
conservação (BENCKE, 2009).

7.3.5 Considerações sobre a Fauna do Município de Garruchos

Tomando como base o estudo realizado, pode-se ter uma ideia aproximada
da situação da fauna do Município Garruchos. Porém, diante dos resultados e
ponderações apresentados, observa-se a necessidade de se realizar mais estudos
qualitativos e quantitativos sobre as comunidades encontradas no local.

As espécies de animais da região, em sua maioria, são espécies que ocorrem


em mosaicos formados pelo contato entre formações vegetais abertas, florestas
estacionais ou espécies que não apresentam associação direta com formações
campestres, mas ocupam outros tipos de ambientes que ocorrem como elementos
discretos na paisagem de regiões com predomínio de campos, tais como matas de
galeria, o que evidencia a importância de um gradiente ambiental heterogêneo. Isso
mostra que as espécies da região campestre também tende a ocupar intensamente
os ambientes mésicos, como matas de galeria, matagais arbustivos úmidos e
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

capinzais altos em margens de banhados, onde encontra sítios adequados para


abrigar-se durante o dia e obtém acesso a recursos críticos (água). Assim pode-se
dizer que os animais exploram intensamente o mosaico de ambientes que
caracteriza as paisagens campestres, visto que relativamente poucas espécies são
exclusivamente adaptadas a campos abertos (BENCKE, 2009). Assim, a maioria
parece depender ou tirar proveito da complementaridade entre habitats
espacialmente contíguos, como campos, banhados e matas de galeria, que são
utilizados de forma conjugada.

Levando em conta as áreas de vegetação bem preservadas e conectadas que


se formam nos leitos dos rios, a presença frequente de espécies mais raras e
ameaçadas de extinção e o baixo impacto nessas florestas, pode-se dizer que a
fauna nativa do município associada ao tipo de ambiente mencionado ainda
encontra-se capaz de sobreviver as pressões realizadas pelo o homem, pois
elementos de mata preservados representam refúgios e locais para os animais
forragearem. Contudo essa capacidade só será mantida com a conservação e uso
racional das florestas. O valor das florestas como um corredor biológico é
fundamental para a sobrevivência de muitas espécies e a conectividade destes
remanescentes florestais é de vital importância para o fluxo genético e a
conservação da fauna local contribuindo para manter os padrões de diversidade que
fazem funcionar os ecossistemas.

A forte influência da presença antrópica sobre o campo é bem evidenciada


pela criação de gado, fazendo assim dessa formação vegetal a mais impactada no
local. Os impactos gerados pelo gado fizeram com que as populações de animais
mais raros desaparecem dando lugar a espécies mais oportunista que podem de
certa forma descaracterizar faunisticamente os campos nativos, fazendo destes
locais ótimos habitats para espécies de alta plasticidade ecológica que podem vir a
trazer transtornos futuramente.

Avaliar os impactos das diferentes formas de uso da terra sobre a diversidade


é fundamental para entendermos e desenvolvermos as melhores formas de
utilização dos recursos naturais, conciliando, assim, o desenvolvimento
socioeconômico com a conservação da natureza.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

8 DIAGNÓSTICO ANTRÓPICO DO MEIO NATURAL

8.1 Mananciais hidrológicos

Os recursos hídricos do Município de Garruchos, em sua maioria, apresentam


algum grau de comprometimento no que diz respeito, sobretudo, à qualidade das
águas, mas, também, apresentando problemas em relação à descaracterização dos
mesmos.

Os cursos d’água do interior do Município apresentam grau de


comprometimento acentuados, prevalecendo os associados à erosão e
assoreamento, a falta de proteção natural (mata ciliar), o uso indevido das APPs, ao
lançamento de dejetos animais (bovinocultura especialmente) e químicos (insumos
agrícolas: fertilizantes, corretivos, agrotóxicos).

A poluição hídrica está também associada a contaminação do solo e


consequentemente a contaminação do lençol freático. Esta poluição em sua grande
maioria está diretamente ligada a falta de tratamento adequado dos dejetos líquidos
(esgoto doméstico e da produção agrícola).

Como o município, não possui estação de tratamento destes efluentes (ETE),


os mesmos são destinados em fossas sépticas, a céu aberto ou em poços
sumidouros (poço negro).

Na saída a campo realizada pela equipe técnica a qual elaborou este Plano
Ambiental, buscou-se identificar os impactos que agravam as condições dos cursos
hídricos e que fazem estimar que o nível de degradação seja acentuado. Dentre as
ações antrópicas, podemos citar:

• Assoreamento visível dos canais principais e nos afluentes;


• Desmatamento e/ou corte de árvores em áreas de preservação permanente
(APP’s) ou em áreas de reserva legal;
• Uso do entorno dos cursos hídricos pelas atividades da pecuária;
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

• Mau uso do solo agrícola;


• Ocupação de APP’s para pecuária ou cultivo de monoculturas;
• Ausência de mata ciliar nos recursos hídricos (canais principais e/ou afluentes);
• Instalação de edificações em APP’s (área rural);
• Instalação e criação de animais em áreas impróprias (próximas ou em APP);
• Nascentes expostas, sem vegetação na área de APP;
• Isolamento de vegetação nativa (ausência de corredores ecológicos);
• Descarga de resíduos líquidos (esgoto) domésticos sem tratamento;
• Descarte de lixo sólido nas margens e leito dos canais;
• Descarte de lixo em áreas rurais;
• Uso de agrotóxicos e defensivos em APP.

Figura 35 – APP do Rio Uruguai com ocupação – Figura 36 – APP do Rio Piratini com ocupação
porto público – serviço de balseamento
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental
2010 Ltda, 2010

8.1.1 Abastecimento de água no município

O município é responsável pelo abastecimento de água na área urbana e


pelas redes públicas na área rural, contando com cinco poços artesianos na área
urbana, comportando a água em quatro caixas de água de 20 mil litros cada uma.
Os poços urbanos estão localizados nas dependências da Escola Estadual Evaristo
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Afonso de Castro, na Praça Municipal, na entrada principal de acesso ao Município,


na futura instalação da Creche e na área onde localiza-se a Prefeitura Municipal.

As águas subterrâneas no Município têm sido largamente utilizadas para


abastecimento doméstico e para a dessedentação de animais, além da prática da
irrigação. São aproximadamente 30 poços profundos perfurados no município
(somando os da área urbana e rural) e que na sua grande maioria não estão
regularizados no que refere-se ao licenciamento ambiental.

8.2 – Agrotóxicos

A utilização de insumos agrícolas (fertilizantes químicos, corretivos,


agrotóxicos, resíduos de medicamentos) é bastante intensa no município por se
tratar de uma região de produção agrícola e pecuária.
No município de Garruchos encontra-se instalada a Cooperativa Tritícola São
Luizense (Coopatrigo), onde a mesma organiza sistemas de coleta das embalagens
vazias de agrotóxicos com entrega voluntária pelos agricultores dando
posteriormente destino corretos as mesmas.

8.3 Resíduos Sólidos

8.3.1 Resíduos Sólidos Domésticos

A coleta do lixo na cidade de Garruchos é realizada pela Secretaria Municipal


de Obras, e os resíduos são levados ao Aterro Controlado Municipal (28º 11´ 52.76´´
S e 55º 38´17.18´´ O). O mesmo conta com a licença de operação válida até junho
de 2011 (LO nº 2529/2007-D004C). Para prosseguir com o sistema, está sendo
aguardado a Licença Prévia para uma segunda área (28º 12´03.58´´ S e 55º
34´48.17´´ O).
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Figura 37 – Área atual do aterro controlado para depósito de resíduos


sólidos domésticos
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2010

Um dos motivos pelo qual solicita-se a instalação de um novo aterro, é a sua


localização, pois o atual (área 1) fica a aproximadamente 600 m da área urbana e
400 m de uma APP. Já a área 2 está a 6 km da cidade e afastado de áreas de
preservação permanente.

A coleta de resíduos é realizada por caminhão caçamba, três vezes na


semana (segundas, quartas e sextas) na área urbana e mensalmente em pontos
estratégicos na área rural.

8.3.2 Resíduos dos Serviços de Saúde

Como toda Unidade de Saúde, são gerados resíduos infectantes, comuns,


perfuro-cortantes e recicláveis. Os resíduos comuns e recicláveis são recolhidos
pela Prefeitura e levados ao aterro controlado municipal, os demais são levados ao
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município de Santo Antonio das Missões, o qual encaminha até a cidade de Santo
Ângelo para destinar a empresa especializada no tratamento deste tipo de resíduo.

8.3.3 Poluição Sonora

A poluição sonora ocorre restritamente associada ao ruído do trânsito de


veículos, aos sistemas de som de veículos e as festividades das associações ou às
igrejas. Eventualmente, ocorrem perturbações sonoras proveniente de sons
automotivos ou outra fonte, não caracterizando-se como transtorno a vida social.
Porém, a municipalidade em discussão propícia com o Conselho Municipal de Meio
Ambiente, a partir da constituição deste, poderá pensar legislação de vise regrar a
atividade, evitando possíveis conflitos.

8.3.4 Poluição Atmosférica

As fontes de poluição atmosférica existentes no município restringem-se as


atividades de armazenagem e beneficiamento de grãos, queimadas de resíduos
(sólidos urbanos ou rurais) e outras práticas rurais comuns. No espaço rural a
poluição atmosférica está ligada as queimadas e a aplicação de agrotóxicos sem a
observação correta das normas de segurança, provocando dispersão das partículas
pelo vento, manifestando-se na forma de odores desagradáveis no ar.

8.3.5 Poluição Visual

Quanto a poluição visual no município destaca-se o uso de exposição visual


dos mais diversos tipos, caracterizando-se predominentemente pelas mensagens
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publicitárias de bailes, festas, concursos, encontros de categorias e outros eventos e


pelas propagandas eleitorais.

Estas propagandas normalmente são afixadas em postes de iluminação, em


placas em geral espalhadas pela município e nos pontos comerciais. Há uma
parcela do uso destes recursos de divulgação no espaço urbano onde há o fluxo de
pessoas diariamente, mas há também o uso na área rural.

Uma proposição futura para normatização e fiscalização faz-se necessário,


com a criação de legislação municipal que discipline a prática, criando critérios e
locais adequados para a propaganda. Assim, poder-se-á contribuir para a melhoria
do cenário visual e paisagístico do município.

8.3.6 Resíduos líquidos

O tratamento dos efluentes domésticos de Garruchos se faz através de fossas


sépticas e poço sumidouro. A cidade não conta com rede de esgoto pluvial e
Estações de Tratamento de Efluentes (ETE). Como projeto futuro está o Plano
Municipal de Saneamento e o Projeto de Lei que está em fase de conclusão para
construção de fossas sépticas, sendo que serão doadas as fossas a população de
baixa renda e financiada aos outros interessados.
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9 ZONEAMENTO AMBIENTAL

A característica do munícipio é especial. Tem sua econômica calcada nas


atividades agropecuárias, tendo a pecuária grande destaque na econômica
municipal. A presença intensiva de pecuária ocorre devido a grandes extensões de
campos nativo (Bioma Pampa) presentes na área territorial municipal.

O território do município apresenta três regiões distintas, conforme o mapa em


sequência, (Figura 38), que estabelece o zoneamento ambiental.

Figura 38 – Mapa zoneamento ambiental do município de Garruchos


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2011

As regiões estabelecidas no mapas de zoneamento, caracterizam o perfil


ambiental do Município de Garrucho, dando-se ênfase as potencialidade e restrições
de cada região.

A definição de regiões a partir das feições naturais e de acordo com o uso e


ocupação do solo, são geradas a partir da combinação dos diferentes atributos
naturais (tipo de solo, relevo, geomorfologia, vegetação e outros).
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Foram estabelecidas as regiões:

Área Especial – possui 3.980,11ha, representa 5,01% da área do município.


Esta área consiste na área que corresponde à área de preservação permanente,
que na margem do rio Uruguai, segundo a Legislação Federal vigente é de 500
metros em toda sua margem. Atualmente, esta área encontra-se ocupada com
atividades de pecuária na sua maior parte, as demais com atividades agrícolas e
turismo e lazer. Em torno de 50% da área urbana do município localiza-se dentro
desta área especial, dentro da área de preservação permanente.

Figura 39 - Vista da área urbana junto à margem do rio Uruguai


Fonte: Google Earth, 2011

A Figura 40 abaixo mostra a ocupação dentro da área especial. Esta área


deveria destinada ao uso mais restrito, com atividades que não degradam ao espaço
natural.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Figura 40 - Ocupação antrópica na APP Figura 41 - APP utilizada como ponto turístico
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
2010 2010

Restrições existentes nesta área estão ligadas ao uso da área de preservação


permanente com as atividades que estão sendo desenvolvidas no momento.
Potencialidades: aproveitamento turístico de forma sustentável, através de trilhas
ecológicas que não tragam impacto ao local, coleta de recursos naturais como:
sementes, cascas, frutos, e atividade de apicultura, bem como, recuperação das
áreas degradadas.

Região 01: Região com feições mista com predomínio de campo (Bioma Pampa),
uso para a atividade de pecuária extensiva, ao mesmo tempo em que possui a maior
concentração de vegetação nativa em porte arbustivo da região. Solo apresenta-se
mais raso com afloramento rochoso em diversas porções. Potencialidades:
atividades econômicas: pecuária extensiva, destinação à preservação ambiental
(Reserva Legal e Área de proteção do Bioma Pampa e Floresta nativa). Restrições:
APP em torno dos cursos hídricos, afloramento de rocha.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

Figura 42 – Atividade predominante na área 1 Figura 43 – Características da área 1


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
2011 2011

Figura 44 - Mangueira construída na sede de Figura 45 - Rebanho bovino


fazenda para dar assistência ao rebanho bovino Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2011
2011

A atividade da pecuária tem grande importância para a economia municipal,


portanto, as áreas são ocupadas intensivamente, são propriedades com grandes
extensões. As restrições desta área consistem principalmente no uso das áreas de
preservação permanente, no geral não apresenta maiores problemas ambientais. A
vegetação existente nesta área está mais concentrado no entorno dos córregos, é
uma vegetação rasteira e rala, e não apresenta-se muito impactada.

As potencialidades existentes estão relacionadas na preservação das áreas


de preservação permanente e preservação das áreas de campo nativo para que a
atividade da pecuária não o degrade e leve a extinção essa vegetação causando
problemas ambientais no solo.
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Área 2 – com área de 39.657,31 ha, 49,99% da área municipal, predomina


grandes propriedades, com atividades agrícolas. Predominando as culturas
comerciais, como soja, milho, trigo e girassol e aveia. Essa área vem passando por
transformação das áreas de campos para lavouras, inserção intensa das atividades
agrícolas. Área que utilizam pouca mão-de-obra, empregando um número baixo de
pessoas. Uso intenso de maquinários.

Figura 46 - Área de lavoura Figura 47 - Área de lavoura, presença de mata


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, no entorno dos córregos
2010 Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda,
2010

Figura 48 - Área mista, lavouras e campos


Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda, 2010

As Restrições desta área estão ligadas aos problemas ambientais, ao uso das
áreas de preservação permanente com atividades agrícolas e de pecuária. A
transformação das áreas de campo para áreas agrícolas causam impacto e exigem
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cuidados com relação ao solo, visto que passa por mudanças nas condições
naturais da área. As Potencialidades da área estão relacionadas à preservação da
área de preservação permanente, cuidados com o solo através das técnicas
aplicadas, como plantio direto visto que o solo é arenoso. Aplicação de técnicas de
plantio que viabilizem maior retorno ao agricultor.
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10 PLANOS, PROJETOS E PROGRAMAS

Os Planos, Programas e Projetos alencados neste Plano Ambiental, visam


contribuir para a melhoria das condições do ambiente no âmbito do município, tanto
no espaço rural como no espaço urbano. Tais planos, programas e/ou projetos de
certo modo já estão em funcionamento, precisando serem melhor qualificados no
decorrer dos próximos anos.

Destacam-se neste sentido quatro grandes eixos de atuação: Educação


Ambiental (formal e informal), Recuperação de Áreas de Preservação Permanente
(mata ciliar, nascentes e áreas úmicas com banhados), Destino e Tratamento dos
Resíduos Sólidos (urbano e rural) e Arborização Urbana.

Além destes eixos de atuação, o município poderá elencar outras atividades na


área ambiental que surgirão com a construção prevista da Hidrelétrica de Garabi
junto ao Rio Uruguai e, cujas águas devido ao represamento, ocuparão diversas
propriedades no seu entorno.

10.1 Programa Municipal de Educação Ambiental

JUSTIFICATIVA:
Considerando que a política educacional do meio ambiente deve perpassar
toda a sociedade, as Secretarias da Agricultura, através do Setor de Meio Ambiente
e Secretaria da Educação, deverão desenvolver uma parceria com as escolas
municipais e estaduais para implementar o programa de Educação Ambiental formal
e informal, visando atender os objetivos gerais do programa. Esse programa deverá
ser qualificado no decorrer do tempo com a finalidade de sensibilizar a sociedade
em relação as questões ambientais, visando a preservação e recuperação do
equilibrio ecológico e a melhoria da qualidade de vida da população.
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OBJETIVO:
Incentivar a discussão de alternativas para o desenvolvimento sustentável que
considerem a preservação do meio ambiente e o equilíbrio ecológico como desafio à
conservação do Planeta, dentro do princípio do “pensar globalmente e agir
localmente”.

CONTEÚDOS DO PROGRAMA:
Todos os conceitos previstos nos Planos Políticos Pedagógicos da rede escolar
( municipal e estadual), a saber:
- Noções básicas de ecologia;
- Sustentabilidade Ambiental;
- Diversidade biológica;
- Estudo da fauna e flora;
- Estudo da microbióta;
- Cidadania e respeito as diferentes formas de vida;
- Saúde e Meio Ambiente;
- Saneamento básico (destino e tratamento dos resíduos sólidos e líquidos);
- Legislação Ambiental;
- Atividades a serem licenciadas municipalmente;
- Discussão dos problemas ambientais existentes;
- Outros.

METODOLOGIA:
Baseada na forma compartilhada de experiências, a metodologia é construida
no decorrer do processo. A cada fim de ano, a equipe técnica reunir-se-á para
avaliar as atividades do ano findo e para organizar as ações a serem desenvolvidas
posteriormente, tendo a competência para convidar tantas quantas entidades e/ou
pessoas que entender ser conveniente. Após a elaboração das ações e do seu
cronograma, este será distribuido as diferentes esferas envolvidas para o
conhecimento e engajamento de todos.
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RECURSOS HUMANOS:
EQUIPE TÉCNICA: A equipe técnica será constituida por um representante ou mais
da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 01 representante ou mais da
Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e 01 representante ou mais do
Conselho Municipal de Meio Ambiente.
EQUIPE DE APOIO: Conforme o Projeto ou sub-projeto, serão convidados os
parceiros. Neste caso, como o Programa de Educação Ambiental deve envolver toda
a sociedade local. São parceiros, a EMATER, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais,
as Associações de Moradores e os representantes das localidades rurais, as Igrejas,
a rede educacional (municipal e estadual) e toda a administração pública, além de
outras instituições e/ou entidades que manifestarem interesse em contribuir.

RECURSOS MATERIAIS E ORÇAMENTÁRIOS

Os recursos materiais para o desenvolvimento das ações planejadas serão


provindos da administração municipal e das contribuições dos agentes parceiros.
Quanto aos recursos orçamentários, estes ficam sob avaliação dos Secretários
Municipal dentro das suas demandas financeiras.

O Fundo Municipal do Meio Ambiente, com recursos das atividades de


licenciamento e outros, também poderá contribuir financeiramente neste Programa.

CRONOGRAMA FÍSICO

AÇÕES PREVISTAS PERÍODO DE EXECUÇÃO


1- Aprofundamento de conceitos Durante todo o ano letivo
teóricos vinculados a educação formal Início: 1º semestre após a habilitação do
(escolas) município
2- Produção de material audiovisual De acordo com a organização de cada
(folders, faixas, cartazes, etc) estabelecimento educacional
Início: 1º semestre após a habilitação do
município
3- Sensibilização da comunidade Na fase de execução e na etapa de
(Produção de artigos/notícia para os conclusão do Projeto. No caso de
meios de comunicação escrita e Programa contínuo, a sensibilização é
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falada; permanente.
Entrevista em rádio e TV local e Início: março, 2012
regional).
4- Reunião/palestra nas comunidades Uma a cada semestre.
rurais para explanação do projeto; Início: 1º semestre após a habilitação do
Palestra nas escolas da rede pública. município
5- Adoção dos recursos hídricos pelas Anual
escolas, tendo as mesmas a tarefa de Início: 2º semestre após a habilitação do
realizar pesquisa sobre o local município
ressaltando os aspectos históricos e
culturais do mesmo.
Quadro 11 - Cronograma físico das ações previstas dos Projetos de Educação Ambiental
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda/Prefeitura Municipal de Garruchos (RS), 2011

10.2. Programa Municipal relacionado aos Resíduos Sólidos, Urbanos e Rurais

JUSTIFICATIVA:
Diante da necessidade de se continuar com a prática adequada de
recolhimento e destino correto dos resíduos domésticos gerados com as atividades
humanas diárias, faz-se necessário a busca por melhorias nos programas já em
andamento, visando qualificá-los aprofundando os conhecimentos da população
local, aumentando assim, o índice de participação e de Educação Ambiental com
relação ao destino adequado dos resíduos sólidos, tanto urbanos como rurais.

OBJETIVO:
Divulgar a importância de separar os resíduos sólidos (úmidos e secos) de
forma seletiva nas residências, ambiente de trabalho ou lazer e no meio rural,
preservando assim o ambiente, gerando trabalho e renda, recuperando energia e
favorecendo a reciclagem.

CONTEÚDOS DOS PROGRAMAS:


- Conceituação básica de resíduo;
- Tipos e categorias de resíduos;
- Legislação ambiental;
- Disposição dos resíduos;
- Recolhimento e tratamento de resíduos;
- Reciclagem ;
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- Geração de emprego e renda;


- Saneamento básico e saúde coletiva;
- Sustentabilidade ambiental.

RECURSOS HUMANOS:
EQUIPE TÉCNICA: A equipe técnica será constituida por representantes de
todas as Secretarias Municipais diretamente ligadas ao controle dos serviços de
recolhimento e destino final, assim como, as demais agregadas nos programas de
Educação.
EQUIPE DE APOIO: Serão convidados os parceiros ligados de alguma forma
ao tema. Neste caso, são parceiros, a EMATER, o Sindicato dos Trabalhadores
Rurais, as Associações de Moradores e os representantes das localidades rurais, as
Igrejas, a rede educacional (municipal e estadual), a Câmara Municipal de
Vereadores e o setor industrial e comercial do município.

RECURSOS MATERIAIS E ORÇAMENTÁRIOS


Os recursos materiais para o desenvolvimento das ações planejadas serão
provindos da administração municipal e das contribuições dos agentes parceiros.
Quanto aos recursos orçamentários, estes ficam sob avaliação dos Secretários
Municipais dentro das suas demandas financeiras.

INSTRUMENTOS E AÇÕES DO PROGRAMA:


O Programa utilizará como instrumentos:
- Material Informativo: materiais impressos (folders, cartazes, sacolas
ecológicas, etc.) de forma instrutiva, à separação dos resíduos;
- Palestras nas Escolas, Comunidades urbanas e rurais e Empresas: as
palestras são feitas em escolas das redes municipal e estadual, além de
comunidades e empresas, buscando estimular a educação ambiental voltada para a
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diminuição na produção dos resíduos. Na área rural deverá ser discutida a


obrigatoriedade de recolhimento de embalagens de agrotóxicos.

CRONOGRAMA FÍSICO
Ações previstas Período de execução
Projeto Central de triagem - 2012 a 2014
Projeto de coleta seletiva do resíduo urbano - 2012 a 2014
Projeto de coleta seletiva no meio rural - 2012 a 2014
Palestras nas escolas, comunidades e - 2012 a 2014
empresas
Produção de materiais impressos (folders, - 2012 a 2014
cartazes, sacolas ecológicas, etc
Programas em rádio local e regional Início, na fase de execução e na
etapa de conclusão do Projeto No
caso de Programa contínuo, a
sensibilização é permanente.
Quadro 12 - Cronograma físico das ações previstas dos projetos relacionados aos resíduos sólidos
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda/Prefeitura Municipal de Garruchos (RS), 2011

10.3 Programa Municipal de recuperação das Matas Ciliares e entorno das


Nascentes

JUSTIFICATIVA:

Diante das evidências ambientais decorrentes da degradação ambiental


através da interferência antrópica nos ecossistemas de âmbito municipal, constata-
se a necessidade de preservação e recuperação da vegetação protetora dos
recursos hídricos do Município (rios, lajeados, banhados e nascentes).

Considerando ser um município com atividades predominantes no meio rural,


o uso e ocupação do solo ocorre para o desenvolvimento das atividades
agropecuárias que avançaram às margens dos corpos hídricos e campos, o que
gerou manejo inadequado e ocupação das áreas de preservação permanente, não
respeitando a legislação ambiental vigente (Código Florestal e outros).
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OBJETIVO:

Contribuir para a preservação dos recursos hídricos (rios, lajeados, banhados


e nascentes) na área de abrangência do Município, buscando a melhora das
condições da qualidade e quantidade da água e, consequentemente, a recuperação
da biodiversidade floristica e faunistica.

METODOLOGIA:

Em primeiro momento há a necessidade de montar uma equipe técnica


gestora do Programa, vinculado a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente para realizar um levantamento/diagnóstico e localização dos cursos
hídricos mais críticos que necessitam ação imediata. Esse levantamento utilizar-se-á
os mapas dos recursos hídricos produzidos para este Plano Ambiental.

Em segundo momento serão realizadas visitas a campo para delimitar a área


do Projeto inicial, ao mesmo tempo promovendo uma sensibilização na população
envolvida.

Posteriormente, definir-se-á com o grupo gestor do Programa as


metodologias e métodos a serem adotados para as etapas subsequentes.

CONTEÚDOS DO PROGRAMA:

- Conceituação de Bacia Hidrográfica, curso hídrico, nascente, banhado, mata


ciliar,e demais APP’s;

- Legislação Ambiental;

- Degradação ambiental X recuperação ambiental;

- Reflorestamento (teoria e prática);

- Uso de espécies exóticas e nativas;

- Processos de sucessão ecológica.


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RECURSOS HUMANOS:

EQUIPE TÉCNICA: A equipe técnica será constituida por representantes da


Secretarias Municipais de Agricultura e de Meio Ambiente
EQUIPE DE APOIO: Serão convidados os parceiros: EMATER, o Sindicato dos
Trabalhadores Rurais, a rede educacional (municipal e estadual) e a Câmara
Municipal de Vereadores.

RECURSOS MATERIAIS E ORÇAMENTÁRIOS

Os recursos materiais para o desenvolvimento das ações planejadas serão


provindos da administração municipal e das contribuições dos agentes parceiros.
Quanto aos recursos orçamentários, estes ficam sob avaliação dos Secretários
Municipais dentro das suas demandas financeiras. Também buscar-se-á recursos de
fontes financiadoras oficiais (Fundo Estadual de Meio Ambiente, Fundo Nacional de
Meio Ambiente, Ministério do Meio Ambiente e, também, do Fundo Municipal).

CRONOGRAMA FÍSICO
Ações previstas Objetivo Secretarias e Período
Entidades de
ligadas execução
Projeto de Educação Ambiental Sec.Agric.,
para reflorestamento, limpeza de Conscientização Sec.Adm., 2012
rios e recuperação de nascentes da importância Sec.Educação, a
da conservação Emater, 2014
do Meio Ministério
Ambiente; Público
Projeto de reflorestamento, com  Evitar o Sec.Agric.,
espécies nativas da região, das assoreamento Sec.Adm., 2014 a
margens dos rios, nascentes, dos rios; Sec.Educação, 2018
banhados e córregos.  Evitar o Emater,
Mapeamento das nascentes e escoamento e Escolas,
das propriedades lindeiras à escorrimento Ministério
cursos d’água no minicípio. superficial; Público
Mapeamento das nascentes e  Recuperação
das propriedades lindeiras à da
cursos d’água, no município. biodiversidade
Demarcar com placas os locais local;
 Conservação
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de plantio das mudas do solo;


 Melhoria da
identificando as áreas de
qualidade de
recuperação ambiental. vida;
Identificar e cadastrar produtores
rurais voluntários em tornar sua
propriedade ambientalmente
sustentável.

Quadro 13 - Cronograma físico das ações propostas para os projetos de recuperação das APPs
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda/Prefeitura Municipal de Garruchos (RS), 2011

10.4 Programa Municipal de Arborização Urbana

JUSTIFICATIVA:

Diante da necessidade de recuperar e embelezar o ambiente urbano, bem


vital para oferecer uma vida digna e saudável aos moradores, diminuindo a poluição
principalmente pela emissão de gás carbonico, é fundamental a arborização dos
passeios públicos, praças e avenidas utilizando espécies adequadas para esta
finalidade. A arborização deve ser planejada prevendo-se o que já existe e as
necessidades futuras.

OBJETIVO:

O passeio público, avenidas e praças são Patrimonios Públicos devendo o Projeto


ser construido conjuntamente com os setores da agricultura, meio ambiente e
administração, um conjunto de ações aplicáveis a curto, médio e longo prazo
capazes de educar os munícipes do espaço urbano, quanto a esta necessidade que
é indispensável para a qualidade de vida. Esta ação poderá contemplar, também, os
povoados da zona rural.
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METODOLOGIA:

A arborização deverá ser planejada e executada pela Administração Municipal


para que haja uma uniformidade de árvores quanto a porte, adaptabilidade e beleza
sem causar problemas futuros. A escolha das espécies é fundamental para esta
finalidade, devido as características diferenciadas de cada uma. A realidade atual
mostra que cada morador utiliza uma espécie diferente da outra e, na maioria das
vezes, incompatível para a finalidade proposta. Porisso, o planejamento é
fundamental, onde será previsto o que preservar ou retirar das árvores existentes e
a programação a curto, médio ou longo prazo quanto ao plantio e/ou substituição.

CONTEÚDOS DO PROGRAMA:

- Levantamento da situação atual;


- Elaboração de um Projeto Municipal de Arborização;
- Discussão com a comunidade sôbre o Projeto;
- Elaboração de folders sobre plantio e condução das árvores;
- Formação de Equipe e treinamento de pessoal para a execução do Projeto;
- Implantação do Projeto.

RECURSOS HUMANOS:

EQUIPE TÉCNICA: A equipe técnica será constituida por representantes da


Secretarias Municipais de Agricultura e de Meio Ambiente, do ConselhoMunicipal do
Meio Ambiente e da Comunidade.
EQUIPE DE APOIO: Serão convidados os parceiros: Secretaria Estadual de
Agricultura, a Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos, o Conselho
Municipal de Proteção Ambiental e Universidades.
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RECURSOS MATERIAIS E ORÇAMENTÁRIOS:

Os recursos materiais e financeiros para o desenvolvimento das ações


planejadas serão provindos da Administração Municipal e do Fundo Municipal do
Meio Ambiente. Quanto aos recursos orçamentários, estes ficam sob avaliação dos
Secretários Municipais dentro das suas demandas financeiras.

CRONOGRAMA FÍSICO:

Ações previstas Objetivo Secretarias Período


e Entidades de
ligadas execução
- Levantamento da situação atual. Conhecer a Secretarias 2012
realidade da
atual Agricultura e
Meio
Ambiente ou
empresa
terceirizada

- Elaboração do Projeto de Arborização Prever as


necessidades Sec.Agric. e 2012/13
de mudas a Meio
plantar ou Ambiente ou
retirar. empresa
Escolha das terceirizada
espécies
- Discussão com a Comunidade Apresentar o
Projeto de Elaboradores 2013
Arborização do Projeto
para
conhecimento
e discussão
- Elaboração de folders Apresentar as Secretaria do
ações a Meio 2013
realizar a Ambiente
curto, médio e
longo prazos

- Formação de Equipe e Treinamento


para execução do Projeto. Escolha de
funcionários Secretarias 2013
do Municipio envolvidas
e
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Treinamento

- Implantação do Projeto Executar o


Projeto Secretaria do A partir
discutido e Meio de 2013
aprovado Ambiente e
pela Obras
Comunidade
Quadro 14 - Cronograma físico das ações propostas para o Projeto de Arborização Urbana
Fonte – ECONATIVA Assessoria Ambiental Ltda/Prefeitura Municipal de Garruchos (RS), 2011
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11 CONCLUSÃO

No Plano Ambiental de Garruchos procurou-se demonstrar o cenário natural do


território municipal tanto do espaço urbano quanto do rural, caracterizando física,
cultural e ambientalmente o Município, assim como, apontando as principais
atividades e empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de degradação
ambiental ou os usuários de recursos ambientais.

Concomitantemente com a implementação da Política Municipal do Meio


Ambiente que será instituida, o Município propõe a construção e o aperfeiçoamento
do Plano Ambiental em conjunto com o Conselho Municipal do Meio Ambiente que
terá um papel importante na construção das políticas públicas ambientais para o
município.

A elaboração deste Plano Ambiental foi realizado por equipe multidisciplinar e


pelos representantes da Administração Municipal, tendo como objetivo principal
diagnosticar o espaço das áreas urbana e rural a fim de buscar subsídios para a
elaboração de uma política pública para as questões ambientais condizentes com a
realidade que está inserido. Além disso, é um documento base para a busca da
gestão ambiental a nível local, o qual o município passa a partir deste momento
pleitear junto a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA/RS).

Atendendo os dispositivos legais, o município de Garruchos, embasando-se no


Plano Ambiental, nos mapas elaborados e nas legislações ambientais municipais
que passará a adotar, está preparado para buscar a gestão ambiental
compartilhada, integrando-se ao Programa SIGA/RS (Sistema Integrado de Gestão
Ambiental do Estado do Rio Grande do Sul).

A decisão política de assumir a gestão ambiental local foi decisiva para a


construção de um processo transparente, tranquilo e ambientalmente correto.
Busca-se então, a partir da aprovação junto ao Conselho Estadual de Meio
Ambiente (CONSEMA) e a SEMA, aplicar a Política Municipal de Meio Ambiente e
os Programas e Projetos, a fim de tornar o município cumpridor de suas obrigações
legais e sociais e ser também um agente de transformação e melhoria da vida dos
munícipes.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GARRUCHOS / RS

12 BIBLIOGRAFIA

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