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MÓDULO BÁSICO DE

CIÊNCIAS DA NATUREZA

CURSO DE MATEMÁTICA
Copyright © Instituto do Grêmio Politécnico para
Desenvolvimento da Educação, 2013

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conselho editorial: Fábio Sato
Marcos Cezar de Freitas

diretor pedagógico: Lilio Alonso Paoliello Junior


coordenação de produção: Arlete Sousa
copidesque: Sérgio Nascimento
revisão: Flávia Baggio
Luciana Baraldi
edição de arte: Stella Belluzzo
projeto gráfico e capa: Urbânia
diagramação: Bruna Lis Bortolotto

autor: Francisco Flavio Ribeiro Viana

impressão: Ágil Gráfica e Editora Ltda.

Empenhamos todos os esforços para localizar os titulares de direitos sobre as imagens e os textos constantes neste material didático.
Caso estejam com os créditos incorretos, solicitamos que entrem em contato para a correção por esta instituição.
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Escrevo para que o aprendiz possa sempre aperceber-se do fundamento


interno das coisas que aprende, de tal forma que a origem da invenção possa
aparecer e, portanto, de tal forma que o aprendiz possa aprender tudo como
se o tivesse inventado por si próprio.
Gottfried Wilhelm Leibniz

Como estudar Física Grandezas físicas e unidades


de medida
Podemos estudar a natureza de diversas formas – uma
delas é a Física. Para que essa investigação seja frutífera, Suponha que você queira comprar madeira; uma tábua,
podemos aplicar muitos processos, mas hoje sabemos por exemplo. Ao chegar à madeireira, como você fará o
que eles não se dispõem numa sequência bem definida. pedido? Dois quilogramas de madeira? Dois litros de
Assim, o mais usual é adotar o que chamamos de método madeira? Dois metros? Nesse caso, o primeiro impulso
científico, cuja linha de raciocínio básica pode ser dada é responder “dois metros”, porque isso depende do que
pela seguinte figura: queremos. Se quisermos uma massa, a pediremos em
quilogramas; um volume, em litros; e um comprimento,
Método científico em metros.
Antes de qualquer pedido, o importante é entender
o que se pede (grandeza física) e como se mede isso
perguntas (unidade de medida).
Em geral, tudo o que pode ser medido é uma grandeza,
observações
mas aqui, evidentemente, estamos interessados apenas
nas grandezas físicas. Verificar uma grandeza física é, na
realidade, comparar valores. É assim que se introduzem
registros descobertas os padrões e, com isso, se definem as unidades de me-
dida, por exemplo:
dois quilogramas de madeira.
seguir
aprendendo
novas valor unidade
perguntas
numérico de medida
conclusões hipóteses

A informação completa é:
A massa de dois quilogramas de madeira.
experimentação
grandeza valor unidade
Disponível em: http://pesquisaeinter física numérico de medida
disciplinaridadefb.blogspot.com.br
(acesso em: 19 abr. 2016) É claro que a mesma porção de madeira poderia ser
medida de outra forma (com outro padrão). Por exemplo,
De modo geral, muitas descobertas científicas se de- podemos dizer que dois mil gramas equivalem a dois
vem a esse método, mas engessar o raciocínio ao método quilogramas, e a informação poderia ser dada assim:
pode limitar nossa visão!
O principal objetivo deste curso é não ser mais uma valor
“receita científica”, mas propor linhas de raciocínio que numérico
permitam a apropriação da linguagem matemática básica m = 2 kg
m = 2 kg
que aqui instrumentaliza a Física: quantificar, enumerar m = 2 000 g
e comparar os dados que compõem os conceitos físicos símbolo da unidade
estudados no Ensino Médio. grandeza física de medida

CURSINHO DA POLI 3
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Os padrões se mostraram necessários por vários motivos, entre eles, sua aplicação no comércio. Mas não pense que
eles foram aprimorados contínua e regularmente; pelo contrário, foram sendo criados em diversos lugares e de forma
fragmentada até que, no fim do século XIX, com os avanços e as necessidades modernas, se estabeleceram padrões
internacionais, ou o conhecido Sistema Internacional de Unidades (SI).

Regiões onde oficialmente se usa o SI

*Só três países ainda não adotaram oficialmente o SI: Myanmar (na Ásia), Libéria (na África) e EUA (na América do Norte).
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Internacional_de_Unidades (acesso em: 9 ago. 2013)

Tabela 1 – Unidades de base do SI


grandeza de base unidade de base do SI

nome símbolo nome símbolo

comprimento l, x, r etc. metro m

massa m quilograma kg

tempo, duração t segundo s

corrente elétrica I, i ampere A

temperatura termodinâmica T kelvin K

quantidade de substância n mol mol

intensidade luminosa Iv candela cd

4 CURSINHO DA POLI
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Tabela 2 – Exemplos de unidades do SI derivadas


coerentes, expressas a partir das unidades de base
grandeza derivada unidade derivada coerente do SI
nome símbolo nome símbolo
área A metro quadrado m2
volume V metro cúbico m3
velocidade v metro por segundo m/s
aceleração a metro por segundo ao quadrado m/s2
metro elevado à potência
número de ondas σ, ‡ v m–1
menos um
densidade, massa específica ρ quilograma por metro cúbico kg/m3
densidade superficial ρA quilograma por metro quadrado kg/m2
volume específico v metro cúbico por quilograma m3/kg
densidade de corrente j ampere por metro quadrado A/m2
campo magnético H ampere por metro A/m
concentração de quantidade
c mol por metro cúbico mol/m3
de substância (a)
concentração mássica ρ, γ quilograma por metro cúbico kg/m3
luminância LV candela por metro quadrado cd/m2
índice de refração (b) η um 1
permeabilidade relativa (b)
µt um 1
(a) Na química clínica, essa grandeza é chamada também de concentração de substância.
(b) Essas são grandezas adimensionais, ou de dimensão um. O algarismo "1" geralmente é omitido
quando se dá o valor de grandezas sem dimensão.
Disponível em: www.inmetro.gov.br (adaptada) (acesso em: 9 ago. 2013)

 onversão de unidades, potenciação


C Nas medidas de comprimento, o padrão fundamental
e notação científica é o metro (m), e dele derivamos os demais, que são seus
múltiplos ou submúltiplos. Para convertê-los, fazemos su-
Estimar medidas pressupõe um padrão, mas deve-se cessivas multiplicações ou divisões por 10 (porque nosso
escolher o padrão adequado. sistema de numeração é decimal). Vejamos o exemplo
A Terra fica a aproximadamente 150 000 000 000 metros de uma régua escolar:
do Sol. Não seria muito mais simples dar essa distância em 1 mm
outra unidade de medida? De fato, isso acontece. Para deter-
minados tipos de medidas, adotamos padrões convenientes,
em função da ordem de grandeza daquilo que medimos. 0 CM 1 2 3 4 5 6 7
A distância entre o Sol e a Terra pode ser expressa em
diferentes unidades, por exemplo:

150 000 000 000 m
150 000 000 km Como 1 cm equivale a 10 mm, a relação com o padrão
metro é dada por:
O importante é verificar qual prefixo representa o valor
1 000. Assim, temos:
1 cm = 0,01 m
1 km = 1 · 1 000 · m = 1 ⋅ 103 m 1 mm = 0,001 m

CURSINHO DA POLI 5
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Para entender melhor a relação entre esses dois pa- Agora, vamos relembrar algumas propriedades básicas
drões, acompanhe as seguintes igualdades: da potenciação. Sejam os números inteiros a, b e c:
a0 = 1
1 cm 0,01 m a1 = a
= = 10 ⇒ 1 cm = 10 mm
1 mm 0,001 m a2 = a ⋅ a
a3 = a ⋅ a ⋅ a
ou seja, 1 cm é 10 vezes maior que 1 mm. a ⋅ ac = ab + c
b

ab / ac = ab – c
Nessas conversões simples, percebemos a impor- (ab)c = a( b ⋅ c)
tância das multiplicações sucessivas por 10, ou das
potências. Como a base 10 é a que nos interessa:
Entre muitas outras coisas, a potenciação permite reso-
luções menos complicadas de problemas que envolvem 100 = 1
conversão de unidades. 101 = 10
102 = 10 ⋅ 10 = 100
equiva- 103 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 1 000
Prefixo símbolo lente potência de base 10 102 ⋅ 103 = 102 + 3 = 100 000
decimal 103 / 102 = 103 – 2 = 10
(10 2)3 = 10( 2 ⋅ 3) = 10 6
Yotta Y 1024 1 000 000 000 000 000 000 000 000

Zetta Z 1021 1 000 000 000 000 000 000 000 Mas, como trataremos de grandezas físicas, os objetos,


Exa E 1018  1 000 000 000 000 000 000 os corpos em geral ou as distâncias não podem ser
todos representados apenas por múltiplos de 10. Assim,
Peta P 1015 1 000 000 000 000 000
devemos encontrar outra forma de expressar medidas
Tera T 1012 1 000 000 000 000 físicas, e sem abrir mão dessa ferramenta tão importante.
O comprimento de uma mesa pode ser expresso por
Giga G 109 1 000 000 000
1,72 m, por 172 cm ou por 1 720 mm. Então:
Mega M 106 1 000 000

Quilo k 103 1 000


1,72 m = 1 720 mm
1 720 ⋅ 10–3 m = 1,72 ⋅ 103 ⋅ 10–3 m
Hecto h 102 100

Deca da 101 10 Como 103 ⋅ 10–3 = 1, vemos que essas grandezas são equi-
valentes, embora possam ser escritas de diferentes modos.
100 1
A medida física de comprimento associada à mesa
Deci d 10 –1 0,1 (1 720 mm) pode ser expressa por um valor multiplicado
por uma potência de base 10. Essa forma de represen-
Centi c 10 –2 0,01
tação é chamada notação científica.
Mili m 10  –3
0,001 Esse valor poderia ser escrito assim:
Micro µ 10 –6 0,000001
1, 72 ⋅ 103 mm
Nano n 10 –9 0,000000001

Pico p 10 –12 0,000000000001 A representação de grandezas físicas por notação


científica obedece à seguinte regra:
Femto f 10 –15 0,000000000000001

Atto a 10  –18


0,000000000000000001
n • 10x
Zepto z 10  –21
0,000000000000000000001

Yocto y 10 –24 0,000000000000000000000001 Onde {n ∈ ® / 1 ≤ n < 10} e {x ∈ Z}, ou seja, n é um


Disponível em: www.brasilescola.com (acesso em: 9 ago. 2013) número real entre 1 (inclusive) e 10 (exclusive), e x é
um número inteiro.

6 CURSINHO DA POLI
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Sabemos que a velocidade da luz no vácuo é de apro- número de planetas semelhantes à Terra, na Via
ximadamente 300 000 000 m/s. Considerando a distância Láctea, seria:
da Terra em relação ao Sol (150 000 000 000 m), podemos a) 2 ⋅ 104
estimar o tempo que decorre entre a emissão e a recep- b) 2 ⋅ 106
ção de um raio de luz aqui na Terra: c) 2 ⋅ 108
d) 2 ⋅ 1011
∆S 150 000 000 000 m e) 2 ⋅ 1012
∆t = = = 500 s
Vm 300 000 000 m/s

Veja que essa resolução é longa e trabalhosa, mas


podemos simplificá-la com o uso da notação científica:
Proporcionalidade

∆S 1,5 ⋅ 1011 m Muitas das grandezas físicas que estudaremos têm


∆t = = = 5 ⋅ 102 s
Vm 3 ⋅ 108 m/s uma característica fundamental: a proporção.
Por exemplo, a velocidade. Suponha que um automóvel
se desloque com velocidade constante de 20 km/h. Para
calcular onde ele estará 8 horas depois de ter partido,
EXERCÍCIOS podemos pensar da seguinte forma:
Se esse carro percorre 20 km em uma hora, quanto
percorrerá em 0 hora? Esse raciocínio é baseado na ideia
1. Escreva as seguintes medidas em notação cien- de proporção.
tífica: Em Matemática, definimos proporção como a compa-
a) 570 000 m ração entre duas razões, respeitando a ordem de seus
b) 12 500 kg termos. Assim, muitas das grandezas físicas que estuda-
c) 50 000 000 m/s mos são proporções e, por isso, esse método matemático
d) 0,0000012 s é tão importante aqui. Vejamos o exemplo:
e) 0,32 N
20 km
20 km/h =
2. Resolva as expressões e dê as respostas em no- 1h
tação científica: 20 km 40 km
=
a) (2,5 ⋅ 107 m) ⋅ (4 ⋅ 10–3 m) = 1h 2h
b) (11,5 ⋅ 10–6 m/s) ⋅ (0,5 ⋅ 10–4 s) =
c) (1,5 ⋅ 10–6 kg) ⋅ 100 =
2,4 ⋅ 1012 m Como vimos, o conceito de proporção indica que as
d) =
3,0 ⋅ 1010 s razões são equivalentes, logo:
1,05 ⋅ 10–7 kg
e) =
0,5 ⋅ 104 m2 20 km d
=
1h 8h
3. Reescreva as medidas em quilômetros: 20 km
d=8h⋅ = 160 km
a) 3 600 m 1h
b) 2 160 000 cm d = 160 km
c) 0,03 m
d) 5 780 dm Essas relações indicam que as duas grandezas estuda-
e) 27 600 m das cresceram, ou seja, que, viajando à mesma velocidade,
num intervalo de tempo maior, a distância total percorrida
4. (UFPI) Nossa galáxia, a Via Láctea, contém cerca também será maior e, por isso, essas grandezas são cha-
de 400 bilhões de estrelas. Suponha que 0,05% madas diretamente proporcionais. Analogamente, quando
dessas estrelas tenham um sistema planetário o crescimento de uma grandeza implica o decréscimo de
onde exista um planeta semelhante à Terra. O outra, elas são inversamente proporcionais.

CURSINHO DA POLI 7
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Para o mesmo carro, podemos pensar em uma trajetó-


ria de 100 km. Se ela for percorrida a uma velocidade de
20 km/h, teremos um intervalo de tempo de 5 horas, mas,
se fizermos o mesmo percurso a 50 km/h, o intervalo de
tempo será de apenas 2 horas. Portanto, ao aumentar a
velocidade, diminuímos o tempo de viagem e concluímos
que, nessas condições, velocidade e tempo são grandezas
inversamente proporcionais.
Em Física, existem muitas grandezas que são definidas
como a razão entre duas outras. A velocidade média é a
razão entre a variação da posição e o intervalo de tem-
100 m
po em que ela ocorre; a aceleração média é a variação
da velocidade no intervalo de tempo considerado, e o
mesmo vale para muitas outras grandezas que estuda- a) Qual é a menor distância que um carro pode percorrer
remos. É importante lembrar que, quando resolvemos entre as duas estações?
problemas pelo método da proporcionalidade, a razão b) Qual é o tempo gasto pelo metrô (Tm) para ir de uma
entre as duas grandezas físicas consideradas deve ser estação à outra, de acordo com o mapa?
sempre constante. c) Qual é a razão entre os tempos gastos pelo carro (Tc)
Assim, todas as grandezas físicas que são expressas T
e pelo metrô para ir de uma estação à outra, c ?
na forma Tm
Considere o menor trajeto para o carro.

B
A= = constante
C 3. (Mackenzie) O óxido de vanádio é constituído de
moléculas V2Oy. Se a massa molecular do V2Oy é
admitem uma solução pelo método da proporção. 182 u, então y é igual a:
Dados: V = 51 u; O = 16 u
a) 1.
EXERCÍCIOS b) 3.
c) 7.
d) 5.
1. Resolva os problemas pelo método da proporção. e) 4.
a) Sabendo que um corpo de densidade 2 g/cm3 tem
massa igual a 50 g, que volume que esse corpo ocupa? 4. (UFAC) A massa molecular do composto
b) Em condições normais de pressão e temperatura, Na2SO4 ⋅ 3H2O é igual a:
o calor latente de fusão do gelo é de 80 cal/g. Se a Dados: H = 1 u; O = 16 u; Na = 23 u; S = 32 u
massa de um bloco de gelo é de 200 g, qual é a energia a) 142 u.
necessária para que ele mude de estado físico? b) 196 u.
c) Uma lâmpada funciona ininterruptamente durante c) 426 u.
duas horas. Sabe-se que, a cada segundo, ela trans- d) 444 u.
forma 40 J de energia elétrica em energia luminosa, e) 668 u.
ou seja, tem 40 W de potência. Nessas condições,
qual é a energia total necessária ao funcionamento 5. O número de mols existentes em 800 g de hidró-
da lâmpada? xido de sódio (NaOH) é:
Dados: H = 1 u; O = 16 u; Na = 23 u
2. (Unicamp) Os carros em uma cidade grande a) 4 mols
desenvolvem uma velocidade média de 18 km/h, b) 8 mols
em horários de pico, enquanto a velocidade média c) 16 mols
do metrô é de 36 km/h. O mapa a seguir representa d) 20 mols
os quarteirões de uma cidade e a linha subterrânea e) 24 mols
do metrô:

8 CURSINHO DA POLI
CIÊNCIAS DA NATUREZA

 emelhança de triângulos e óptica


S
geométrica
H
Como tópico matemático, constata-se a semelhança
de figuras pela comparação entre algumas grandezas. h
Duas figuras são semelhantes quando seus ângulos
internos correspondentes têm a mesma medida e seus S s
lados correspondentes são proporcionais. Mais uma vez, podemos aplicar a proporção entre as
Esse conceito tem aplicação direta em duas situações grandezas correspondentes:
físicas da óptica geométrica: a câmara escura e a projeção
de sombras de objetos devido à incidência paralela do H h
=
feixe de luz solar na superfície terrestre. S s

Câmara escura de orifício


Devido à propagação retilínea da luz, percebemos EXERCÍCIOS
nesse equipamento a formação da imagem de objetos
posicionados na frente do orifício na parede oposta. Veja 1. (PUC-Camp) Uma pessoa se coloca na frente de
a figura: uma câmara escura, a 2 m do orifício dessa câma-
ra, e sua imagem no fundo da mesma tem 6 cm
de altura. Para que ela tenha 4 cm de altura, essa
pessoa, em relação à câmara, deve:
to ti
a) afastar-se 1 m.
b) afastar-se 2 m.
c) afastar-se 3 m.
do di d) aproximar-se 1 m.
e) aproximar-se 2 m.
Sendo:
2. (UEL) Pinhole, do inglês “buraco de agulha” , é
uma câmera fotográfica que não dispõe de lentes.
do= distância do objeto ao orifício
Consegue-se uma imagem em um anteparo quan-
di= distância da imagem ao orifício
do a luz, proveniente de um objeto, atravessa um
to= tamanho do objeto pequeno orifício.
ti = tamanho da imagem

Como podemos perceber, os triângulos são semelhan-


20 m 5 cm
tes; logo, existe uma relação de proporção que pode
resolver esse problema:

D=? 10 cm
t0 t
= i
d0 di
De acordo com seus conhecimentos em óptica
geométrica e com os dados contidos no esque-
Incidência dos raios solares na superfície terrestre ma acima, determine a distância D do orifício da
Nas condições em que percebemos a incidência dos câmera (pinhole) até a árvore.
raios solares na superfície terrestre, verificamos seu pa- a) 2 m c) 40 m e) 200 m
ralelismo e, por isso, percebemos a semelhança. b) 4 m d) 50 m

CURSINHO DA POLI 9
CIÊNCIAS DA NATUREZA

3. (UFRJ) Para determinar a que altura H uma fonte Grandeza vetorial


de luz pontual está do chão, plano e horizontal,
foi realizada a seguinte experiência: Colocou-se Existem grandezas físicas que não podem ser ex-
um lápis de 0,10 m, perpendicularmente sobre o pressas apenas pela sua intensidade. Essas grande-
chão, em duas posições distintas: primeiro em P zas necessitam de outras informações para serem
e depois em Q. A posição P está exatamente na representadas, como direção e sentido. Por exemplo,
vertical que passa pela fonte e, nessa posição, não podemos dizer que o veículo estava a uma velocidade
há formação de sombra do lápis, conforme ilustra de 150 km/h para o leste, mas seria bastante estranho
esquematicamente a figura. uma pessoa, após descer de uma balança, dizer que
está com 65 kg para o leste. Massa, que é medida em
quilograma (kg), é uma grandeza escalar, que admite
apenas intensidade; já a velocidade tem outras carac-
H
terísticas, ela é uma grandeza vetorial.
As grandezas físicas, que chamaremos de vetoriais,
P Q devem apresentar três características para que possam
ser expressas completamente:
Na posição Q, a sombra do lápis tem comprimento
49 vezes menor que a distância entre P e Q. • Intensidade ou Módulo.
A altura H é aproximadamente igual a: • Direção.
a) 0,49 m c) 1,5 m e) 5,0 m • Sentido.
b) 1,0 m d) 3,0 m
Como veremos, a representação dessa grandeza será
4. (UFSCar) A 1 m da parte frontal de uma câmara melhor demonstrada por um ente matemático chamado
escura de orifício, uma vela de comprimento 20 cm vetor, como na figura abaixo:
projeta na parede oposta da câmara uma imagem
de 4 cm de altura.
a&

B
c&
b&

A câmara permite que a parede onde é projetada Para o vetor (a=) temos:
a imagem seja movida, aproximando-se ou afastan- • Intensidade: 4 u.
do-se do orifício. Se o mesmo objeto for colocado • Direção: horizontal.
a 50 cm do orifício, para que a imagem obtida no • Sentido: da esquerda para a direita.
fundo da câmara tenha o mesmo tamanho da an-
terior, 4 cm, a distância a que deve ser deslocado Para o vetor (b=) temos:
o fundo da câmara, relativamente à sua posição • Intensidade: 3 u.
original, em cm, é de: • Direção: vertical.
a) 50 • Sentido: de baixo para cima.
b) 40
c) 20 Para o vetor (c=) temos:
d) 10 • Intensidade: 4 u.
e) 5 • Direção: oblíqua.
• Sentido: do ponto (A) para o ponto (B).

10 CURSINHO DA POLI
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Teste rápido Ou seja, a intensidade, ou módulo, do vetor soma (S=)


Das grandezas físicas a seguir, marque aquelas que é dada por: |S=| = |a=| – |b=|
você julga serem grandezas vetoriais:
( ) velocidade • Vetores com direções perpendiculares:
( ) energia
a&
( ) massa
( ) força
a& + b&
( ) tempo b& S&
( ) deslocamento
( ) calor específico
( ) aceleração Ou seja, a intensidade, ou módulo, do vetor soma (S=)
é dada por: |S=| = |a=| + |b=|
2 2 2
( ) volume
( ) temperatura

Operações com vetores Componentes de um vetor


Quando temos uma grandeza vetorial, a qual é dada
por dois ou mais componentes, a forma como realizamos Toda representação vetorial, como vimos, está pautada
a operação de adição está estreitamente relacionada em um sistema de referências. O plano cartesiano é o
ao conceito de vetor. Assim, a figura abaixo evidencia sistema de referenciais que auxilia adequadamente essa
as principais partes integrantes de um vetor: sua base representação. Seja um vetor (B=), conforme mostrado a
e sua extremidade. seguir:

a& extremidade y
base
B&

A principal operação entre vetores é a soma vetorial. θ


Essa operação se dá pelo posicionamento geométrico en- x
tre esses entes matemáticos. Assim, considerando para
um vetor uma base e uma extremidade, a adição será
dada pelo posicionamento da base de um dos vetores na A projeção desse vetor B= no eixo (x) pode ser repre-
extremidade do outro vetor. Dessa forma, a soma de dois sentada pelo vetor B=x, bem como a projeção do vetor
vetores deve conservar as características de cada vetor. B= no eixo (y) pode ser representada pelo vetor Bx:
Faremos as adições de dois vetores na seguinte ordem:
• Vetores de mesma direção e mesmo sentido: y
B&

a& a& + b& B&y


S& θ B&x
b&
x

Ou seja, a intensidade, ou módulo, do vetor soma (S=) O vetor analisado pode ser representado como uma
é dada por: |S=| = |a=| + |b=| soma vetorial, ou seja:

• Vetores de mesma direção e sentidos opostos: B= = B=x + B=x

a& a& + b& Sendo, neste caso:


B=x = 3 i =
b& S& B=y = 3 j =

CURSINHO DA POLI 11
CIÊNCIAS DA NATUREZA

Sendo = e =os vetores unitários nas direções indica-


das pelos eixos (x) e (y), respectivamente, dessa forma 2. (UEL) Na figura a seguir estão desenhados dois
o vetor também pode ser representado por: vetores (x= e y=). Esses vetores representam des-
locamentos sucessivos de um corpo. Qual é o
B= = 3 i = + 3 j = módulo do vetor igual a x= + y?

Devemos nos lembrar de que os módulos dos compo-


nentes também podem ser representados por relações y&
trigonométricas: x&

By
sen θ = → By = B ⋅ sen ⋅ θ 1 cm
B
1 cm
Bx
cos θ = → Bx = B ⋅ cos ⋅ θ
B

Os vetores unitários, quando indicarem sentido oposto a) 4 cm


aos eixos considerados, serão representados por: – = e – = b) 5 cm
c) 8 cm
d) 13 cm
EXERCÍCIOS e) 25 cm

3. (Mackenzie) Com seis vetores de módulos iguais a


1. (Fatec) Sobre o corpo C atuam duas forças f 1= e f 2= , 8 u, construiu-se o hexágono regular abaixo:
conforme esquema. O diagrama que fornece a
resultante R= = f 1= + f 2= é:
v&2

v&1 v&3
c
f2&
f1&
v&4 v&6
f2& f2& v&5
a) f1& f1&
R& R&
O módulo do vetor resultante desses seis vetores
f2& f2& é igual a:
f2& f1& & f2& f2
& f1& a) 64 u
b) f1 f1& R& R&
R& b) 32 u
R& R& fR&& c) 16 u
f2& f2&
1
f2& f2& f2&
f1& f1& f1& f1&
d) 8 u
f2&
R&
&2 f&
e) zero
R& c) fR& & R& R1& R&
& &
1
R& R
f1& &
f1
f1& f2 f2&
&
f2&
f2
&
f1&
f2
R& f1& R& R&
R&
f1& R&
d)
f1&
f1& f1& f2& &
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