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roteiro

19.09.2017
pedro feris araujo

NOME DO PROJETO/PROPOSTA
Blur Build

LOCAL
Yverdon-Les-Bains, Lago Nechatel, Suiça.

DATA
2001

AUTOR
Diller Scofidio & Renfro

DADOS SOBRE AUTOR/ESCRITÓRIO

Um dos mais proeminentes escritórios contemporâneos, Diller Scofidio + Renfro


é um estúdio interdisciplinar de design que integra em sua abordagem tanto
arquitetura como artes visuais e performáticas. Fundado em 1979 pelos
arquitetos Elizabeth Diller e Ricardo Scofidio, o escritório integra um novo
parceiro em 2004, Charles Renfro.

CLIENTE
Pavilhão de Exposição: SUIÇA EXPO, 2002
DADOS SOBRE CLIENTE/ENCOMENDA / PARTIDO / BREVE DESCRIÇÃO /
HIPÓTESE DE ANÁLISE

A intenção deste projeto nasce sob o propósito de questionar as convenções


de espaço e sensação física nos levando a questionar nossa dependência da
visão e a exigência em corresponder a um programa funcional através do
edifício, que, neste caso, se situa como elemento mediador entre uma
experiência sensorial do espaço e o uso racional das tecnologias emergentes
como aparato do fazer.

Além disso, há uma busca por uma arquitetura que beira o imaginável –
chamado de “arquitetura da atmosfera” pela arquiteta Elizabeth Diller – que não
tem paredes, tetos ou objetos que intercedam nossas relações. A massa de
água é usada não apenas como contexto mas, sobretudo, como material
primária que intercede a experiência.

O Blur Build consiste em uma plataforma, construída sobre o lago Neuchatel,


Suiça, para a Expo Suiça 2002. Essa estrutura se materializa através de uma
trama de estrutura metálica vazada, acessível apenas por uma extensa
passarela, que estabelece a comunicação entre a experiência deste espaço e o
contexto em que ele se insere.

O edifício contém ainda uma série de pulverizadores controlados por


computador, dispostos ao longo de sua estrutura, que borrifam água do lago de
modo a criar uma nuvem que envolve permanentemente o edifício e apresenta
mudanças de tamanho e densidade de acordo com as mudanças climáticas do
entorno. Dessa forma, esse efeito estético e sensorial, percorre a apreensão do
edifício, apresentando-o como algo indefinido e difuso.

Trata-se de uma proposta que apresenta uma série de particularidades e propõe


discussões acerca do formalismo na arquitetura – apresentado de maneira
efêmera – e a sociedade do espetáculo – difundido através da oposição ao
consumo visual excessivo em oposição a condição nebulosa - além de sugerir a
diluição do espaço, incorporado ao campo da experiência.
BIBLIOGRAFIA SELECIONADA

TSCHUMI, Bernard. O prazer na arquitetura. In.: NESBITT, Kate. (Org.). Uma


nova agenda para arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p.573-584.

EISENMAN. O pensamento de Heidegger sobre arquitetura. In.: NESBITT,


Kate. (Org.). Uma nova agenda para arquitetura. São Paulo: Cosac Naify,
2006, p.600-607

_________ O Pós-Funcionalismo. In.: NESBITT, Kate. (Org.). Uma nova


agenda para arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p.97-101.

TONETTI, Ana Carolina. Interseções entre arte e arquitetura. O caso dos


pavilhões. 2013. Dissertação (Mestrado em Projeto, Espaço e Cultura) -
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2013.

RENDELL, Jane. Art and architecture: a place between. Londres: I.B. Tauris,
2008.

WISNIK, Guilherme. Dentro do nevoeiro: diálogos cruzados entre arte e


arquitetura contemporânea. 2012. Tese (Doutorado em História e
Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
MATERIAL GRÁFICO SELECIONADO

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