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C N

FÍSICA

4ª edição • São Paulo


2018

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co Basileus, Herlan Fellini
, Felipe Filatte e Kevork Soghomonian
1
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino. São Paulo, 2018
Todos os direitos reservados.

Autores
Caco Basileus
Herlan Fellini
Felipe Filatte
Kevork Soghomonian
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisora
Maria Cristina Lopes Araújo
Pesquisa iconográfica
Stephanie Lippi Antonio
Programação visual
Hexag Sistema de Ensino

Editoração eletrônica
Claudio Guilherme da Silva
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Matheus de Oliveira Ferretti
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Stephanie Lippi Antonio

Projeto gráfico e capa


Raphael Campos Silva

Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)

Impressão e acabamento
Meta Solutions

ISBN: 978-85-9542-011-3

Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não represen-
tando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.

2018
Todos os direitos reservados por Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Jd. Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
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contato@hexag.com.br
CARO ALUNO

O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos princi-
pais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo
enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2018.
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
No total, são 105 livros e 6 cadernos de aula.

O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno

realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.

Todo livro é iniciado por um infográfico. Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados
nos principais vestibulares, voltados para o curso de medicina em todo território nacional.
O conteúdo das aulas está dividido da seguinte forma:
TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões
propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam
as explicações dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de
informações para o estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos.
TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS)
Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses
compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais aces-
sível e de bom entendimento aos olhos do estudante.
Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula.
INTERATIVIDADE
Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar
o repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do
aluno. Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado
com finos critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares
de hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e
química, história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações
que relacionam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, o estudante
consegue entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando
o contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas”
de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção "Aplicação no Cotidiano". Como o próprio
nome já aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm
contato em seu dia a dia.
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve
conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas
dessas habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expo-
sitiva, descrevendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a
apurá-las na sua prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um
deles é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas
mentais e fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios.
A edição 2018 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para
o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.

Herlan Fellini
FÍSICA
CINEMÁTICA
Aulas 1 e 2: Vetores 7
Aulas 3 e 4: Introdução ao estudo dos movimentos 37
Aulas 5 e 6: Movimento Retilíneo Uniforme 67
Aulas 7 e 8: Gráficos do M.R.U. 99
Aulas 9 e 10: M.R.U.V. 131

GRANDEZAS ESCALARES E CALORIMETRIA


Aulas 1 e 2: Grandezas físicas 165
Aulas 3 e 4: Calor sensível 189
Aulas 5 e 6: Mudança de estado 225
Aulas 7 e 8: Transmissão de calor 265
Aulas 9 e 10: Expansão térmica de sólidos e líquidos 299

ELETROSTÁTICA
Aulas 1 e 2: Princípios da eletrostática 333
Aulas 3 e 4: Lei de Coulomb 365
Aulas 5 e 6: Campo elétrico 385
Aulas 7 e 8: Força elétrica e campo elétrico 415
Aulas 9 e 10: Potencial elétrico 439
INFOGRÁFICO:
Abordagem da CINEMÁTICA nos principais vestibulares.

FUVEST - A cinemática sempre está presente nas provas da Fuvest, com enunciados curtos,
bem elaborados e objetivos, quase sempre havendo manipulação matemática das
equações do MRU e MRUV.

LD
ADE DE ME
D
UNICAMP - Com questões curtas e objetivas as
U

IC
FAC

INA

BO
1963
T U C AT U
provas da Unicamp quase sempre relacionam
cinemática com dinâmica em suas questões disserta-
tivas.

UNESP - A cinemática quase sempre está


presente nas provas da Unesp, com
questões bem elaboradas e com bom nível UNIFESP - Com questões mais bem elaboradas, as
de dificuldade em manipulação das questões de MRU e MRUV presentes na prova da
equações matemáticas, além de também Unifesp sempre pedem uma análise que utilize
ser frequente a leitura de gráficos. conhecimentos de matemática geométrica.

ENEM / UFRJ - A cinemática possui grande incidência nas provas do ENEM, sempre
relacionando com o cotidiano e em praticamente em todas as questões, e quase
sempre possuem análise gráfica.

UERJ - Nas provas da UERJ, cinemática é um assunto constante, com


enunciados bem elaborados e objetivos, quase sempre havendo manipulação
matemática das equações do MRU e MRUV.
© Foto011/Shutterstock

Aulas 1e2

Vetores
Competência 5
Habilidade 17
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Grandezas vetoriais
Existem dois tipos de grandezas físicas: as escalares e as vetoriais. Uma grandeza escalar é caracterizada apenas
pela sua intensidade, ou seja, o valor numérico, acompanhado de sua unidade de medida. O tempo, a massa e
a temperatura de um corpo são exemplos de grandezas escalares. Já as grandezas vetoriais necessitam, além da
intensidade, da informação quanto à sua direção e seu sentido. Ao dizer, por exemplo, que um carro se move a
40 km/h, a informação sobre sua velocidade está incompleta. A velocidade é uma grandeza vetorial e, portanto,
é necessário informar a direção e o sentido de deslocamento do carro. Neste caso, poderia ser dito que o carro
trafega na Avenida Paulista (direção) em sentido à Rua da Consolação (sentido).
A tabela a seguir apresenta algumas grandezas vetoriais e algumas grandezas escalares:

Grandezas Grandezas
escalares vetoriais
tempo velocidade

massa aceleração

temperatura deslocamento

trabalho posição

energia força elétrica

pressão campo elétrico

potência força magnética

potencial campo magnético

diferença de potencial força gravitacional

quantidade de mol campo gravitacional

carga elétrica força peso

intensidade da corrente elétrica força de reação normal

resistência elétrica força elástica

capacidade térmica força tensora

calor específico sensível força centrípeta

calor latente empuxo

fluxo magnético quantidade de movimento

vazão momento

capacitância impulso

9
Vetor
É um ente matemático representado por um segmento de reta orientado (flecha). A notação de um vetor é dada
por uma letra (maiúscula ou minúscula) com uma pequena flecha para a direita acima da mesma. Representam-se
algumas grandezas físicas (grandezas vetoriais) por meio de vetores.

N
NO NE

O L
SO SE

S
r (reta suporte)

v ou v B (final ou extremidade: sentido)
“para onde”

v (vetor v)
θ (direção) linha
horizontal
A (origem)

Resumo:
§§ módulo ou intensidade: é dado pelo comprimento do segmento orientado (nº. + unidade)
§§ direção: é dada pelo ângulo formado entre o vetor e o eixo horizontal
§§ sentido: é dado pela orientação do segmento

Características de um vetor
Como vimos um vetor pode ser representado por uma letra e um segmento orientado (flecha) sobre a letra, con-
forme a figura.

​___›
a ​​   
​___›
b ​​   

Lembrando que as três características de um vetor são: módulo (ou intensidade), direção e sentido.
A direção de dois vetores são iguais, caso eles estejam sobre retas paralelas ou sobre a mesma reta (denomina-
__ suporte). Como exemplo, suponha que as retas r e ​_s__, na figura a seguir, sejam paralelas. Desse modo, os vetores
da ​_reta
​___› › _​›_ _​›_ ›
​a ​ ,  b ​
​   e c ​
​   possuem a mesma direção, mas os vetores c ​
​   e d ​
​   têm direções diferentes.
Os sentidos de dois vetores são iguais quando possuem a mesma direção e estiverem orientados para ​_o__
_​__› ​___› ›
mesmo lado. Os vetores ​a ​  e​___​b ​ ,  na figura a seguir, estão orientados em sentidos opostos, assim como os vetores ​b ​   
_​›_ › _​›_
e c ​
​  .  Entretanto, os vetores a ​
​   e c ​
​   têm sentidos iguais.

10
Observações:
§§ Vetor nulo: Denomina-se vetor nulo a todo vetor cujo representante é um segmento de reta orientado,
nulo, isto é, o início e o fim deste segmento de reta coincidem. A representação do vetor___nulo é um ponto
​›
(.). Também pode ser representado pelo número zero com uma flecha acima do mesmo ( 0 ​ ) .
§§ Vetores paralelos: Diz-se que 2 ou mais vetores são paralelos entre si, quando suas direções (inclinações)
forem idênticas, não importando os sentidos dos mesmos.
§§ Vetores iguais: 2 vetores são iguais se, e somente se, tiverem o mesmo módulo, a mesma direção e o
mesmo sentido.
§§ Vetores simétricos ou opostos: Quando 2 vetores possuem o mesmo
módulo, a mesma direção, porém sentidos opostos, diz-se que os mesmos são
simétricos ou opostos entre si.

Teoria na prática
1. (UFB – Adaptado) Observe a figura a seguir e determine quais os vetores que:

a) têm a mesma direção.


b) têm o mesmo sentido.
c) são iguais.

Resolução:
___
​ › ___
​ › __
​› ___
​ › ___
​›
a) Podemos perceber pelo desenho que os vetores ​E ​___ ,  ​A ​  ___
e ​F ​  estão na direção vertical, os vetores ​C ​  e ​D ​  estão
​› ​›
em uma direção oblíqua___(inclinada)
__
e os vetores ​B ​  e ​G ​  estão na horizontal.
___ ___
​› ​› ​› ​›
b) No desenho, os vetores ​A ​  e ​F ​  estão no sentido norte e os vetores ​C ​  e ​D ​  estão no sentido nordeste.
c) Para que um vetor seja igual ao outro, as três características (módulo, direção e sentido) devem ser iguais.
​___› ​__›
Pelo desenho, vemos que os vetores___A ​
​    e___F ​
​    são iguais, pois compartilham de um módulo 2u, direção
​› ​› __
vertical e sentido norte. Os vetores C ​ ​    também são iguais por terem módulo 2 √
​    e D ​ ​ 2 ​u,
  uma direção
oblíqua e sentido nordeste.

11
A intensidade, módulo ou norma de uma grandeza vetorial, é o módulo do valor numérico do vetor. O módu-
lo de um vetor, graficamente, é proporcional ao seu comprimento. Suponha, por exemplo, que um automóvel esteja
se deslocando com velocidade escalar de 80 km/h em sentido norte. Na figura, a flecha (apontando para o norte)
​__› ​__›
representa o vetor velocidade ​v ​  do automóvel; o módulo desse vetor será ​ ​v ​   ​= 80 km/h. É importante destacar que
todo vetor que possuir mesma direção, mesmo sentido e mesma intensidade, representando, portanto, a mesma
grandeza, representa uma classe de equipotência.
_​›_
v ​​    N
O L
S
_​›_
|​v ​|   = 80 km/h

Uma grandeza pode ter valor numérico igual a zero. ​_Se__› um objeto estiver em repouso, por exemplo, sua
velocidade será nula. Desse modo, o vetor nulo, denotado por ​0 ​ ,  pode ser utilizado para representar essa grandeza.
A direção e o sentido não são definidos para o vetor nulo.
O deslocamento vetorial é o exemplo mais elementar de grandeza vetorial.
Na figura abaixo, suponha que uma partícula desloca-se do ponto P até o ponto Q, seguindo a trajetória
descrita pela figura.
Q Q

​___›
d ​​   

P P
​___›
O vetor d ​
​   representa o deslocamento vetorial realizado pela partícula.
Esse vetor une o ponto inicial P (chamado origem do vetor) ao ponto final Q (chamado extremidade do vetor).

Teoria na prática
1. (UEM) O desenho abaixo ilustra um trabalhador puxando por uma corda um carrinho que se desloca em
linha reta.
O puxão da corda efetuado pelo trabalhador pode ser descrito como uma força que:
a) possui somente magnitude.
b) possui somente direção.
c) possui direção e magnitude.
d) não possui nem direção nem magnitude.
e) realiza um torque.
Resolução:
O puxão da corda é caracterizado como um vetor força, assim ele tem um módulo (magnitude), uma direção e
um sentido. Nesse caso, o módulo não é citado, porém a direção é oblíqua (inclinada) e o sentido é nordeste.

Alternativa C

12
Surgimento do vetor
Foram os trabalhos de alguns matemáticos e físicos que estudavam os números complexos que originou
o conceito formal de vetores, entre eles podemos destacar Willian Rowan Hamilton (1805-1865), Josian Willard
Gibbs (1839-1903) e Carl Friedrich Gauss (1777-1855). Porém, conceitos mais intuitivos remontam a Aristóteles
(385-322 a.C.) e a Herão de Alexandria (século I).

Adição de vetores
As grandezas vetoriais podem ser somadas (ou adicionadas), porém, essa operação é realizada de modo diferente
da soma de grandezas escalares. Por exemplo, ao efetuar a soma de1 kg de tomates com mais 2 kg de tomates, o
resultado sempre será 3 kg de tomates.
No entanto, outra abordagem é necessária para somarmos vetores. Na _figura
__ abaixo, uma partícula efetua
​___› ​›
um deslocamento a ​
​   do ponto M ao ponto N e, em seguida, um deslocamento b ​
​   do ponto N ao ponto P.

_​›_
O deslocamento final da partícula, que se moveu do ponto M ao ponto P, é indicada na figura pelo vetor ​s ​ . 
_​›_
Desse modo, os dois deslocamentos anteriores
___ podem ser substituídos por um deslocamento único, o vetor s ​​  .  Esse
​___› ​›
vetor é a soma (ou resultante) de ​a ​  e b ​
​  ,  e indicamos:
_​›_ _​__› ​___›
​s ​  = ​a ​  + ​b ​   

Regra do polígono
_​__› ​___›
Dois vetores quaisquer (não nulos), a ​ ​   e b ​
​  ,  são somados, de modo
​___›
geral, de acordo com os seguintes passos:
Como ilustra a figura, desenhamos um vetor igual a ​b ​  (mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido)
​___›
a partir da extremidade_ __ do vetor a ​ ​   . ​___›
​___› ​ › ​_›_ ​___›
A soma de a ​ ​   e b ​
​  ,  o vetor s ​
​   , é obtida ligando a origem de a ​ ​   à extremidade de b ​
​  . 

_​__› _​__› _​__› _​__› _​__›


a ​​    a ​​    a ​​   
b ​​    b ​​   
​___›
_​›_
b ​​    s ​​   

​_›_ ​___› _​__›


s ​
​   = a ​
​   + b ​
​   
Outro modo é fazer o seguinte: ​___›
​___›
Desenhamos um vetor igual a a ​
​   a partir da extremidade de b ​
​  . 

13
_​›_ ​___› ​___›
Para obter o vetor s ​
​  ,  que é a soma dos vetores, ligamos a origem de b ​
​   à extremidade de a ​
​   .

​___›
a ​​   
​_›_
s ​​   
​___› ​___›
b ​​    b ​​    ​___›
a ​​   
_​__› ​___›
b ​​    a ​​   

Logo, a adição de vetores apresenta a propriedade comutativa:


​___› _​__› _​__› ​___

​a ​  + ​b ​  = ​b ​  + ​a ​  
Caso um dos vetores seja nulo, temos:
​___› _​__› _​__› ​___› ​___›
​a ​  + ​0 ​  = ​0 ​  + ​a ​  = ​a ​  
No caso ilustrado, note que:
​_ _ ​___ _​__›
​ ​s ​ ›  ​< ​ ​a ​ ›  ​+ ​ ​b ​   ​
_​›_ _​__› ​___›
Ou seja, o módulo de s ​ ​   é menor que a soma dos módulos de a ​
​   e b ​
​  . 
_​›_ _​__› ​___›
Assim, o​___módulo de ​s ​  será necessariamente igual à soma dos módulos de ​a ​  e ​b ​ ,  somente no caso em que
_​__› ›
os vetores a ​
​   e b ​
​   tenham direção e sentido iguais.

Teoria na prática
_​_› _​›_
1. Na figura abaixo, vamos determinar o módulo da resultante dos vetores ​x ​  e ​y ​ .  Cada quadradinho mede uma
unidade.

_​›_
x ​​   
_​›_
y ​​   

_​›_
Resolução: y ​​   
_​_› _​›_
A soma de x ​
​   e y ​​   está efetuada na figura a seguir:
​_›_
O módulo de ​s ​  é obtido aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo sombreado na figura:

_​›_
x ​​   
_​›_
​_›_
y ​​   
s ​​   
3

​_ _ ›
​ ​s ​   2​ = _3_ 2 + 42___
= 9 + _16 = 25
​_›_ ​ ​_
​ ​s ​   2​ = 25 ä ​ s ​ ​›  ​= √​ 25 ​ ä ​ s ​ ​›  ​= 5 unidades

14
Esse processo realizado para obter a soma de dois vetores também pode ser aplicado para fazer a soma de
três ou mais vetores. ___ ​___› ​ › _​›_
Na figura a seguir, estão representados os vetores ​a ​ ,  ​b ​   e c ​
​  .  Para obter a soma dos três vetores, isto é, o
_​›_
vetor ​s ​ ,  tal que:

_​›_ ​___› ​_ __› _​›_


​s ​  = ​a ​  + ​b ​  + ​c ​   

​___› _​__› ​___›


desenhamos um vetor igual ao vetor ​b ​  a partir da extremidade de a ​
​   , e a partir da extremidade de b ​
​   desenhamos
_​›_ ​___› _​›_ _​›_
um vetor igual a ​c ​ ,  como na figura. Unindo a origem de a ​
​   à extremidade de c ​
​  ,  obtemos o vetor s ​​  . 

A regra do polígono pode ser aplicada para qualquer quantidade de vetores, basta adicionar a origem de
um vetor à extremidade do vetor anterior e, por fim, traçar o vetor resultante.

Regra do paralelogramo
_​_› _​›_
Para exemplificar a regra do paralelogramo, considere os vetores x ​
​   e y ​
​   representados na figura.

_​›_ _​›_
x ​​    y ​​   

Faremos, então, o seguinte:


_​_› _​›_
Desenhamos vetores iguais a x ​
​   e y ​
​   a partir de uma mesma origem P.
_​_›
Desenhamos o segmento ​MQ​
XXX paralelo a ​PN​
XXX a partir da extremidade de ​x ​   (ponto M), e o segmento ​NQ​
XXX 
paralelo a XPM​ , de modo a obter o paralelogramo PMQN.
​ XX 
_​›_ _​_› _​›_
Obtemos o vetor s ​
​   , que é a soma de x ​
​   e y ​
​  ,  unindo P a Q:

_​›_
M _​›_
M M
_​›_
x ​​    x ​​    x ​​    ​_›_
P P Q P s ​​    Q
_​›_ _​›_
y ​​    y ​​   
N N N

15
A seguinte relação pode ser usada para calcular o módulo da soma de dois vetores quaisquer.

​___› ​___›
a ​​    a ​​   
​_›_
θ θ s ​​   

​___› ​___›
b ​​    b ​​   

​_ _ ​___ ​_ __› ​___ ​_ __›


​ ​s ​ ›  ​² = ​ ​a ​ ›  ​² + ​ ​b ​   ​² + 2 · ​ ​a ​ ›  ​· ​ ​b ​   ​· cos u

A soma de vetores utilizando a regra do paralelogramo é uma prática comum, cujo autor é desconhecido.

Teoria na prática _____


​___› ​›
1. (Unesp – Adaptado) A figura mostra, em escala, duas forças ​a ​  e b ​
​  , atuando num mesmo ponto material P.

1N 1N b

_____
​› _____ _____
​›
​›
a) Represente na figura reproduzida a força ​R ​ ,  resultante das forças ​a ​  e ​b ​ ,  e determine o valor de seu
módulo, em newtons. ___
​___› ​›
b) Determine o cosa formado entre os vetores a ​
​   e b ​
​  . 

Resolução:
___
​›
a) Pela regra do paralelogramo, temos que |​R ​ |  = 3N.

b) Os módulos dos vetores são:


___
​›
Módulo de ​___a ​   : a = 2 N
​› ___
Módulo de ​b ​   : b² = 2² + 3² ⇔ b² = 13 ⇔ b = √
​ 13 ​ N
Aplicando a regra do paralelogramo, temos:
___ ___
R² = a² + b² + 2 · a · b · cos a ⇔ 3² = 2² + (​√13 ​ )² + 2 · 2 · (​√13 ​ ) cos a ⇔
___ ___
⇔ 9 = 4 + 13 + 4(​√13 ​ ) cos a ⇔ cos a = (9 – 4 – 13)/4 (​√13 ​ ) ⇔
–2
⇔ cos a = ​ ____
___  ​ 
​√13 ​ 
16
2. (UEM) Um corpo está sendo arrastado em uma superfície lisa (atrito desprezível), tracionado por duas cor-
das, conforme o diagrama de forças abaixo. Qual a intensidade da força resultante Fr?

___
a) Fr = ​√__19 ​ N
b) Fr = √ 8 ​ N
​ ___
c) Fr = ​√___
34 ​ N
d) Fr = ​√49 ​ N
__
e) Fr = ​√2 ​ N
Resolução:
Devemos lembrar que o ângulo de 120° está no segundo quadrante, no qual o cosseno é negativo. O valor
de cos(120°) é –0,5.
Aplicando a regra do paralelogramo, temos (Fr)² = (3)² + (5)² + 2 · 3 · 5 · cos(120°)
___
⇔ (Fr)² = 9 + 25 + 30(–0,5) ⇔ (Fr)² = 34 –15 ⇔ (Fr)² = 19 ⇔ Fr = √ ​ 19 ​ N.
Alternativa A

Oposto de um vetor
​___› ​___›
Seja um vetor ​a ​  não nulo. Um vetor com a mesma direção e o mesmo módulo de ​a ​ ,  mas com sentido contrário, é
​___›
denominado oposto de ​a ​  .
​___› ​___›
O vetor oposto de a ​ ​   é indicado por –​a ​  .
s
r
_​__›
a ​​   

​___›
–​a ​  

Subtração de vetores
_​__› ​___›
A diferença de dois vetores a ​
​   e b ​
​   é obtida de modo semelhante ao que se faz com os números reais:
​___› ​_ __› ​___› ​_ __›
​a ​  – ​b ​  = ​a ​  + (–​b ​ ) 
​___› _​__› ​___› _​__›
Isto é, o vetor a ​
​   – b ​
​   é obtido efetuando a adição do vetor a ​
​   com o oposto de b ​
​  . 

Exemplo
_​__› ​___› ​___› ​___› _​__› ​___›
§§ Dados os vetores ​a ​  e ​b ​  da figura, determinaremos o vetor ​d ​  tal que ​d ​  = ​a ​  – ​b ​ .  Utilizando a relação apre-
sentada acima, temos:
​_ __› ​___› ​_ __› ​___› ​_ __›
​d ​  = ​a ​  – ​b ​  = ​a ​  + (–​b ​ ) 

17
_____
​___› ​ ›
Então, fazemos a adição de a ​
​   com –b ​
​   :

O módulo da diferença de dois vetores quaisquer pode ser calculado usando a seguinte relação:
_​__ _​__ _​__
​ ​d ​ ›  ​² = ​ ​_​a ​ __›  ​² + ​ ​b ​ ›  ​² – 2 · ​ ​_​a ​ __›  ​· ​ ​b ​ ›  ​ cos u

​___› ​___›
Onde u é o ângulo formado entre os vetores ​a ​  e b ​
​  ,  quando ambos estão partindo da mesma origem.

Teoria na prática
1. (UFPI) Os vetores mostrados na figura a seguir representam 4 forças, todas de mesmo módulo F. Marque a
alternativa que representa uma força resultante nula.

​_____› ​_____› ​_____›


a) ​
F_____1  ​+_____ 
  F​   ​+   F ​​  
​› ​› 4 ​_____› 2
b) ​F ​_____ 1–  
  F ​​_____ 4+   F​_____3  ​
​› ​› ​›
c) ​ F ​_____ 1+  
  F ​​_____ 2+   F ​​ _____ 3
​› ​› ​›
d) ​ F ​_____ 1 –  
  F_____​ 4  ​+_____ F​ 2  ​

​› ​› ​ ›
e) ​ F ​  1 –  
  F ​​  2+ F​ 3 ​ 

Resolução:
Através da regra do polígono, podemos montar o seguinte diagrama vetorial:

Tomando como partida qualquer um desses vetores, temos que o ponto inicial sempre coincide com o ponto
final, tornando a resultante nula.
Alternativa A

18
___
​› ___
​› ___
​›
2. Dados os vetores representados na figura, obtenha ​D ​  = X ​
​   –  ​ 
Y​  .

Resolução:
___
​› ___
​›
Para fazer a subtração
___ ___ ___ ___ ___
vetorial,
___
devemos somar o vetor X ​
​   com o oposto do vetor Y ​
​  . 
​› ​› ​› ​› ​› ​›
D ​
​   = X ​ ​   ⇔ D ​
​   – Y ​ ​   = X ​
​   + (–1) Y ​
​ ___  
​› ​___›
Invertemos o sentido do vetor Y ​
​   e aplicamos a regra da poligonal para encontrar o vetor D ​
​  . 

Multiplicação e divisão de um vetor por um número


​___› ​___›
Seja ​a ​___  um vetor não nulo e k um número real não nulo. Podemos multiplicar o vetor ​a ​  pelo número k, obtendo o
​›
vetor b ​
​  : 
_​__› ​___›
​b ​  = k · ​a ​   

​___›

___ características de b ​


As ​   são:
​› ​___›
b​  ​ = ​ k ​· ​ ​a ​   ​
§§ ​___  ​  
​› ​___›
§§ ​b ​ tem a mesma
___ direção de a ​
​   . _​__›
​› ___
​› ​___›
§§ Se k > 0, ​b ​  tem o mesmo sentido de a ​
​   , caso seja k < 0, b ​
​   tem sentido oposto ao de a ​
​  . 
Como
_____
exemplos na física temos:
​› ​___›
a) F ​
​_____ = m?​a _____  (m escalar positivo)
​› ​›
b) ​F ​ = |q|?​E  (q > 0 ou q < 0)

Exemplo
​___› ​___› ​___› ​___› ​___›
§§ Na figura, representamos os vetores a ​
​   , 2​a ​   e –2​a ​ .  Note que tanto 2​a ​   como –2​a ​   têm módulos iguais ao
​___› ​___› ​___› ​___›
dobro do módulo de a ​
​   . O vetor 2​a ​  tem o mesmo sentido do vetor a ​
​   e o vetor –2​a ​  tem sentido oposto ao
​___›
do vetor a ​
​   .

​___›
_​__› 2​a ​   ​___›
a ​​    –2​a ​  

19
​___› _​›_
​   por k, obtendo o vetor c ​​  : 
Podemos também dividir o vetor a ​
_​›_ ​___›
​a ​ ​   
​c ​  = ​ __
k

Sendo:
___
​›
_​›_ a

 ​|
|​  
​ ​c ​   ​ = __
​   ​ 
k
__​›
Quanto à direção e ao sentido de​___ ​c ​ ,  valem as mesmas considerações feitas para a multiplicação.

​a ​ ​   .
Se k = 0, não podemos calcular ​ __
k

Teoria na prática
_​_› _​›_
1. Determine a resultante da soma dos vetores x ​
​   e y ​
​   nos casos a seguir, admitindo-se que cada quadradinho
tenha lados iguais a uma unidade.

a)
_​›_
x ​​   

_​›_
y ​​   

b)
_​›_
x ​​   

_​›_
y ​​   

Resolução:

a) Neste caso, temos:


_​›_ _​›_
x ​​    y ​​   

​_›_
s ​​   
​_ _ ​_ _ ​_ _
​ ​s ​ ›  ​= ​ ​x ​ ›  ​+ ​ ​y ​ ›  ​= 3 + 2 = 5 unidades
_​›_ _​_› _​›_
b) O vetor s ​
​   é a soma de x ​
​   e y ​
​  ,  isto é:
_​›_
x ​​   
​_›_ _​›_
s ​​    y ​​   
_​›_ _​›_ _​›_
​s ​  = ​x ​  + ​y ​  

No entanto, neste caso, temos:


​_ _ ​_ _ ​_ _
​ ​s ​ ›  ​= ​ ​x ​ ›  ​– ​ ​y ​ ›  ​= 5 – 3 = 2 unidades

20
Observação:
§§ Versor – é um vetor unitário que possui a mesma direção e mesmo sentido do eixo que o contém.
y
y →


→ 1 j
i
1 j →
→ j =1u →
0 1 x j =1u →

i

i k =1u x
0 1
i =1u 0 1 x →
1
→ → i =1u
i =1u k
z
u ... unidade de medida

Componentes de um vetor ou projeções ortogonais


de um vetor ou decomposição de um vetor

Toda representação vetorial, como vimos, está pautada em um sistema de referências. O plano cartesiano é o sistema
​___›
de referenciais que auxilia adequadamente essa representação. Seja um vetor a ​ ,  conforme a representação abaixo:

_​›_
 ​ a​  
θ
x
​___› ​___› ​___›
A projeção desse vetor a,   no eixo (x) pode ser representada pelo vetor a ​ x , bem como a projeção do vetor a ​   
​___›
no eixo (y) pode ser representado pelo vetor a ​ y .

O vetor analisado pode ser representado como uma soma vetorial, ou seja:
___› ​___› ___›
a   = ax  + ay  

Neste caso:
___› ​___›
ax   = 3 i  
___› ​___›
ay   = 3j   
___› ​___›
Sendo i   e j   os vetores unitários nas direções indicadas pelos eixos (x) e (y) respectivamente, desta forma o
vetor também pode ser representando por:
___› ​___› ​___›
a   = 3 i  + 3j   

21
Devemos lembrar que os módulos dos componentes também podem ser representados por relações trigo-
nométricas:
ay
sen θ = ​ __
a ​ → ay = a · sen θ
a__x
cos θ = ​ a ​  → ax = a · cos θ

Os vetores unitários, quando indicarem sentido oposto aos eixos considerados, serão representados por:
___› ​___›
– i   e – j   

Teoria na prática __
​› __
​› __
​› __
​› __
​› __
​›
1. Num ponto material P, estão aplicadas seis forças coplanares F ​
​  1  , F ​
​  2  , F ​
​  3  ,​F ​ 4  , F ​
​  5  e F ​
​  6  , representadas conforme
figura a seguir, cujas intensidades são, respectivamente, 12 N, 8,0 N, 15 N, 6,0 N, 8,0 N e 7,0 N.

A resultante desse sistema de forças tem intensidade:


a) 10 N.
b) 8,0 N.
c) zero.
d) 12 N.
e) 16 N.

Resolução:
__
​› __
​› __
​› __
​›
Primeiramente, vamos decompor os vetores F ​
​  2  e F ​
​  5  nos eixos i  ​
​  e j​ 
  ​  :
__
​› __
​› __
​› __
​› __
​› __
​› __
​› __
​› __
​›
O vetor F ​
​    será: __F ​
__ ​    = (|​F ​ 2  |__cos x) i  ​ ​  __
+ (|​F ​ 2  | senx) __ j  ​​  ⇔ __F 
  ​    = (8cosx)
__ i  ​
​  + (8senx)
__ j  ​
​  (N) __
​›2 ​›2 ​› ​› ​› ​ ›​2 ​› ​› ​›
O vetor ​__F ​ 5  será: __F ​
​  5  =(–1)(|​
__ F ​ 5  | cosx)
__ __ i  ​
​  +(–1)(|​
__ F ​ 5  | senx)   j  ​​  ⇔ F ​
​  5  =(–8cosx) i  ​
​  + (–8senx) j  ​
​  (N)
​› ​› ​› ​ › ​› ​›
O vetor ​__F ​ 1  será: F ​ i​  ⇔ F ​
​    = |​__F ​ 1  |   ​  ​    = 12   j  ​__
​  (N)
​› __
​›1 ​› __ ​› __
​›1 ​›
O vetor F ​
​    será: __F ​
__ j​ __ ⇔__F ​
​    = |​F ​ 3  |   ​  ​    = 15 j  ​ ​  (N)__
​›3 ​› 3 ​› ​ › 3 __ ​› ​›
O vetor F ​
​  4  será: F ​
__ ​__ 4  = (–1) |​F ​ __ i​__ ⇔ __F ​
 4  |   ​  ​  4  = –6 __  i  ​​  (N)
​› ​› ​› ​ › ​› ​›
O vetor F ​
​  6  será: F ​ ​  6  = (–1) |​F ​ 6  |   ​  j​  ⇔ F ​​  6  = –7   j  ​​  (N)

A resultante das forças é a soma vetorial de todas elas; assim, temos:


​__› ​__› ​__› ​__› ​__› ​__› ​__›
F ​
​  r  =__ F ​ ​    + F ​
​ ___
   + F ​
​  3  + F ​
​  4  + F ​ ​  6  ⇔__
​    + F ​
​› 1 ​2› ​__› 5 ​› ​__› ​__› ​__› ​__› ​__›
⇔ ​F ​ r
   = 12 i​  ​  + (8cosx) i  ​ ​   + (8senx) j  ​
​   + 15 j  ​
​   + (– 6) i  ​
​   + (– 8cosx) i  ​
​   + (– 8senx) j  ​
​   + (– 7) j
 ​  ⇔
  ​
​__› ​__› ​__›
⇔ F ​ ​  r  = (12__– 6 + 8cosx – 8cosx) i  ​ ​  + ( 15 – 7 + 8senx – 8senx )   j  ​​  ⇔
​__› ​› ​__›
⇔ F ​ ​  r  = (6) i  ​
​  + (8) j  ​​  (N). __
​›
Assim, o módulo do __vetor ​F ​ r  será: (Fr )²= (6)² + (8)² ⇔ (Fr )² = 36 + 64 ⇔
​› ____ ​__›
⇔ (Fr )² = 100 ⇔ |​F ​ r  | = ​ 100 ​ N ⇔ |​F ​ r  | = 10 N.

Alternativa A

22
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Cursos Unicamp: Física Geral I - Aula 4


Fonte: Youtube

Vídeo Física - Introdução a vetores e escalares - parte 1 (Khan Academy)

Fonte: Youtube

Vídeo Módulo do vetor soma

Fonte: Youtube

Vídeo Física I – Aula 5 – Grandezas escalares e vetoriais

Fonte: Youtube

24
ACESSAR

Sites Resumo sobre vetores

www.respondeai.com.br /resumos/1/capitulos/1
pt.khanacademy.org/math/precalculus/vectors-precalc

LER

tt
Livros
Leonard Mlodinow - A janela de Euclides
Livro que aborda de maneira simples, divertida e curiosa a
evolução de conceitos-chave de geometria e o modo com
que o Homem compreende o espaço.

25
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Apesar de algumas pessoas pensarem que a utilização de conceitos vetoriais está restrita aos campos da Física e
da Matemática, elas o fazem sem perceber. Atualmente, muitas pessoas utilizam GPS para se localizar ou localizar
um destino. Só no fato de localizar um ponto em relação a um referencial já temos um vetor, mas quando localiza-
mos um destino e seguimos os passos designados pelo GPS, cada passo trata-se de um vetor, e, a cada instrução
realizada, estamos compondo uma soma vetorial pela regra do polígono.
Se nos dias atuais pequenos deslocamentos nas cidades se dão através da utilização de aplicativos de locali-
zação como o WAZE, é possível imaginar a necessidade e a importância da localização em mapas cartográficos,
cartas de navegação e a revolução que foi a organização utilizando latitude e longitude.

INTERDISCIPLINARIDADE

Para a aplicação da noção de vetores, algumas ideias matemáticas são necessárias, utilizamos praticamente
conceitos de geometria espacial e geometria analítica. Noções de ponto, reta, espaço, segmento orientado e as
operações entre os vetores são conceitos puramente matemáticos. É sempre importante lembrar que existe diferen-
ça nas operações entre grandezas escalares e operações entre grandezas vetoriais.
Da matemática de Euclides ficaram definidos os conceitos de ponto, reta, plano e segmento de reta. O ponto,
“o que não tem partes”, sendo um elemento desprovido de tamanho, sem dimensões, sem forma. A reta é definida
como um ente geométrico de apenas uma dimensão, de maneira simplista podemos dizer que uma reta é formada
por infinitos pontos “alinhados”; duas retas podem ser classificadas como paralelas, concorrentes, perpendicula-
res, coincidentes ou ainda como reta tangente ou reta secante.

26
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 17 - Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e


representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

A matemática entra como ferramenta fundamental para a interpretação e/ou construção


de fenômenos no contexto da física, dessa forma se faz necessário saber o manuseio,
aplicabilidade além da capacidade interpretativa dessa linguagem simbólica. Tal qual o
terceiro eixo cognitivo da matriz de referência do ensino médio diz: “selecionar, organi-
zar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para
tomar decisões e enfrentar situações-problema.”
A utilização de vetores é inerente à física, dada a grande quantidade de grandezas
vetoriais, sendo vital para a compreensão a fixação deste assunto, mais básico e, como
dito anteriormente uma ferramenta, fundamental para a física.

Modelo
(Enem) Um foguete foi lançado do marco zero de uma estação e após alguns segundos atingiu a
posição (6, 6, 7) no espaço, conforme mostra a figura. As distâncias são medidas em quilômetros.

Considerando que o foguete continuou sua trajetória, mas se deslocou 2 km para frente na direção
do eixo-x, 3 km para trás na direção do eixo-y, e 11 km para frente, na direção do eixo-z, então o
foguete atingiu a posição

a) (17, 3, 9).
b) (8, 3, 18).
c) (6, 18, 3).
d) (4, 9, - 4).
e) (3, 8, 18).

27
Análise Expositiva

Habilidade 17
No ensino médio o contato inicial que se tem em física com vetores é em cinemática. A ideia
de representar a posição de um objeto no espaço é o exemplo mais clássico da utilização de
vetores, além de ser um dos motivadores de sua criação.
Adotando como referência “para trás” como sendo no sentido negativo e “para frente” como
um deslocamento no sentido positivo de cada eixo, devemos somar o número inteiro corres-
pondente ao deslocamento em cada coordenada, sendo assim temos que:
(6 + 2,6 – 3,7 + 11) = (8, 3, 18).

Alternativa B

Estrutura Conceitual
Processo
Módulo geométrico

Direção
Vetor

Processo
Sentido analítico

28
E.O. Aprendizagem Os diagramas que, corretamente, represen-
tam a relação vetorial F = A – B são apenas:
a) I e III.
1. Assinale a opção correta. b) II e IV.
a) Um escalar pode ser negativo.
c) II e III.
b) A componente de um vetor não pode ser ne-
d) III e IV.
gativa.
e) I e IV.
c) O módulo de um vetor pode ser negativo.
d) A componente de um vetor é sempre dife-
rente de zero. 5. Considere as seguintes grandezas físicas me-
cânicas: TEMPO, MASSA, FORÇA, VELOCIDADE
2. Dados os vetores A, B e C, representados na e TRABALHO. Dentre elas, têm caráter veto-
figura em que cada quadrícula apresenta rial apenas:
lado correspondente a uma unidade de me- a) força e velocidade.
dida, é correto afirmar que a resultante dos b) massa e força.
vetores tem módulo: c) tempo e massa.
d) velocidade e trabalho.
e) tempo e trabalho.

6. O estudo da física em duas e três dimensões


requer o uso de uma ferramenta matemática
conveniente e poderosa conhecida como ve-
tor. Sobre os vetores, assinale o que for cor-
a) 1. reto.
b) 2. 01) A direção de um vetor é dada pelo ângulo
c) 3. que ele forma com um eixo de referência
d) 4. qualquer dado.
e) 6. 02) O comprimento do segmento de reta
orientado que representa o vetor é pro-
_​__› _​__› _​__› _​__›
3. Qual é a relação entre os vetores ​M ​  , ​N ​  , ​P ​  e R ​
​    porcional ao seu módulo.
representados na figura? 04) Dois vetores são iguais somente se seus
módulos correspondentes forem iguais.
08) O módulo do vetor depende de sua dire-
ção e nunca é negativo.
16) Suporte de um vetor é a reta sobre a qual
ele atua.

​___› ​___› ​___› ​___› ​___›


a) ​​_M ​
__›   + ​_N ​
​__›  + ​_P ​
​__›  + ​_R ​
​__›  = 0 ​
​    7. Dados os vetores “a”, “b”, “c”, “d” e “e” a
b) ​_P ​
​›__   + M ​
_​
​›__  
  + _
​›R ​

__   = N ​
_​
​›__    seguir representados, obtenha o módulo do
c) ​_P ​
​__›  + _R ​
​​__›  = _M ​
​​__›  + _N ​​​__›   vetor soma: R = a + b + c + d + e
d) ​P ​
​___›  – R ​

​___›  = M ​

​___›    – ​_N ​
​__›  
e) ​P ​  + R ​ ​   + N ​ ​   = M ​ ​   

4. Considere os vetores A, B e F, nos diagramas


numerados de I a IV.

A F F A
I III

B B a) Zero
___
b) ​√20 ​ 
B B c) 1
d) 2___
II A IV F A
F e) ​√52 ​ 

29
8. Observe a figura a seguir e determine quais 2. Uma pessoa caminha em um passeio, num
as flechas que têm a mesma direção. dia de domingo, 180 m do sul para o norte. A
seguir, desloca-se 240 m de oeste para leste.
Qual é o valor do deslocamento final dessa
pessoa?
a) 200 m
b) 300 m
c) 250 m
d) 350 m
e) 650 m
a) A e B, C e D, E e F 3. Analisando a disposição dos vetores BA, EA,
b) B e C, A e F, D e E CB, CD e DE, conforme figura a seguir, assi-
c) A e D, B e F, C e E nale a alternativa que contém a relação veto-
e) A e D, B e C, E e F rial correta.

9. (UPE) A figura a seguir mostra o vetor v re-


presentado no plano cartesiano.

a) CB + CD + DE = BA + EA
b) BA + EA + CB = DE + CD
c) EA – DE + CB = BA + CD
O módulo desse vetor é: d) EA – CB + DE = BA – CD
a) 1 e) BA – DE – CB = EA + CD
b) 3
c) 4 4. A localização de um lago, em relação a uma
d) 5 caverna pré-histórica, exigia que se cami-
e) 2 nhasse 200 m numa certa direção e, a seguir,
480 m numa direção perpendicular à primei-
10. Dois vetores de módulos de 12 unidades e 5 ra. A distância em linha reta, da caverna ao
unidades foram somados. Indique o interva- lago era, em metros:
lo no qual o módulo do vetor resultante se a) 680.
encontra. b) 600.
a) Entre 5 e 12 unidades. c) 540.
b) Entre 5 e 17 unidades. d) 520.
c) Entre 17 e 27 unidades. e) 500.
d) Entre 7 e 17 unidades.
e) Entre 5 e 15 unidades. 5. (Acafe) Considere a árvore de natal de veto-
res, montada conforme a figura a seguir.

E.O. Fixação
1. Para o diagrama vetorial abaixo, a única
igualdade correta é:

_​_› ​___› _​_›


a) ​a ​
​___›  + b ​ ​​__  = ​_c ​
​_ . 
› ›
b) ​b ​
​__›

  – a ​

​___›    = c ​
​  . 
​__›
c) ​a ​
​___›  – b ​​​__   = c ​​  ​_. _
› ›
d) ​b ​​__›

  + c ​

​___›    = –​
​__›
a ​ . 
e) ​c ​  – b ​ ​   = a ​ ​  . 

30
A alternativa correta que apresenta o módu- Considere que a velocidade da correnteza é a
lo, em cm, do vetor resultante é: mesma em todos os pontos do rio.
a) 4 Nesse caso, para alcançar a segunda boia, o
b) 0 menino deve nadar na direção indicada pela
c) 2 linha:
d) 6 a) K.
b) L.
6. Um homem caminha, sobre uma superfície c) M.
plana, a partir de um ponto A, 4,0 m para o d) N.
norte e 3,0 m para o leste. Qual a distância
entre a posição final do homem e o ponto A? 10. A figura adiante mostra o mapa de uma ci-
a) 5,0 m
dade em que as ruas retilíneas se cruzam
b) 1,0 m
c) 7,0 m perpendicularmente e cada quarteirão mede
d) 10,0 m 100 m. Você caminha pelas ruas a partir de
e) 4,5 m sua casa, na esquina A, até a casa de sua avó,
na esquina B. Dali segue até sua escola, si-
7. Num estacionamento, um coelho se desloca, tuada na esquina C. A menor distância que
em sequência, 12 m para o oeste, 8 m para você caminha e a distância em linha reta en-
o norte e 6 m para o leste. O deslocamento tre sua casa e a escola são, respectivamente:
resultante tem módulo:
a) 26 m.
b) 14 m.
c) 12 m.
d) 10 m.
e) 2 m.

8. Na figura a seguir, onde o reticulado forma


quadrados de lados l = 0,5 cm, estão dese-
nhados 10 vetores contidos no plano xy. O
módulo da soma de todos esses vetores é, em
a) 1800 m e 1400 m.
centímetros:
b) 1600 m e 1200 m.
c) 1400 m e 1000 m.
d) 1200 m e 800 m.
e) 1000 m e 600 m.

E.O. Complementar
1. Qual o​___cosseno​__ do ângulo ​_›_
formado ​_pelos ve-
› › ​___› ›_ ​_›_
tores ​A ​  _​=_ 4_​_ · ​i ​   + 3 · ​j ​   e ​B ​   = –1 · ​i ​   + 1 · ​j ​ , 
› ›
a) 0,0. em que ​i ​  e j ​ ​  são vetores unitários?
b) 0,5.
c) 1,0.
d) 1,5.
e) 2,0.

9. Um menino flutua em uma boia que está


se movimentando, levada pela correnteza
de um rio. Uma outra boia, que flutua no
mesmo rio a uma certa distância do menino,
também está descendo com a correnteza.
A posição das duas boias e o sentido da cor-
renteza estão indicados nesta figura: __
√ 2 ​ 
a) ​ –​____  ​ 
10___
√ 10 ​ 
b) ​  –​
_____  ​  

__2
​√2 ​ ​  
c) ​ ___
10
___
​√ 10 ​ 
____
d) ​   ​   
2
e) 0

31
2. Para se posicionar frente ao gol adversário,
um jogador efetua deslocamentos rápidos e
sucessivos em linha reta, com módulos de
1,8 m e 2,4 m, deixando completamente para
trás a defesa oponente. Para que o desloca-
mento resultante da bola seja de 3,0 m, o ân-
gulo entre estes deslocamentos deve ser de:
a) 0°.
b) 30°.
c) 60°.
d) 90°.
e) 120°. ​  ​ B ​ ​ .
a) – ___
​ A ​
 
b) – ___​  ​ A  ​.​ 
3. Os automóveis A e B se movem com velocida- ​ B ​
des constantes vA = 50 km/h e vB = 30 km/h, c) –​ A ​∙ ​ B ​.
em relação ao solo, ao longo das estradas EA d) ​ A ​∙ ​ B ​.
e EB, indicadas na figura. Sabendo que a ve-
locidade relativa entre os carros é dada pela
diferença entre suas velocidades, determine
o módulo da velocidade relativa, em km/h.
E.O. Dissertativo
1. Dois vetores encontram-se numa mesma
reta suporte. Quando eles são adicionados, a
soma vale 48u e quando eles são subtraídos,
a diferença vale 14u. Determine a intensida-
de destes dois vetores.

2. Dois vetores de 5 cm e 6 cm formam entre si


___ um ângulo de 60º. Determine o vetor soma e
a) 10​√___
19 ​ 
diferença entre os vetores.
b) 19​√___
10 ​ 
c) 10​√___
18 ​ 

d) 18​ ___
19 ​  3. Determine a intensidade de dois vetores, sa-
e) 19​√19 ​  bendo-se que eles são perpendiculares entre
si e que a relação entre os mesmos é de 3/4
e a intensidade do vetor soma é 150u.
4. Com seis vetores de módulo iguais a 8u, cons-
truiu-se o hexágono regular a seguir. O módu-
4. A soma de dois vetores perpendiculares
___ en-
lo do vetor resultante desses 6 vetores é:
tre si tem módulo igual a ​√20 ​u
  . Se o módulo
de um deles é o dobro do módulo do outro,
determine a intensidade do maior.

5. A intensidade do vetor
___ soma de dois vetores,
de 3u e 4u, é de √
​ 37 ​u.
  Determine o ângulo
formado entre os dois vetores.

a) 40u. 6. Determine o módulo da resultante dos veto-


b) 32u. res a = 3 m e b = 4 m perpendiculares entre si.
c) 24u.
d) 16u. 7. Um homem segue este itinerário: parte de
e) zero. sua casa, percorre quatro quadras para leste,
_​__› _​__› três quadras para o norte, três quadras para
5. Os vetores ​A ​   e ​B ​  , na figura a seguir, repre- leste, seis quadras para o sul, três quadras
sentam, respectivamente, a velocidade do para o oeste, três quadras para o sul, três
vento e a velocidade de um avião em rela- quadras para o oeste, três quadras para o sul,
ção ao vento em pleno voo. Sabendo-se que o duas quadras para leste, duas quadras para
movimento resultante do avião acontece em leste, duas quadras para leste, duas quadras
uma direção perpendicular à direção da ve- para o sul, oito quadras para oeste, seis qua-
locidade do vento, tem-se que o cosseno ​___› do​___› dras o norte, e duas quadras para leste. A
ângulo 𝛉 entre os vetores velocidades A ​ ​    e B ​
​    que distância e em que direção está ele de
vale: seu lar?

32
8. Considerando que os vetores A, B e C satis-
fazem a equação vetorial A + B = C e seus
módulos estão relacionados pela equação es-
calar A + B = C, responda ao que se pede.
a) Como está orientado o vetor A em relação ao
vetor B? Justifique o seu raciocínio.
b) Considere agora que a relação entre os seus
módulos seja dada por A2 + B2 = C2 Qual seria Suponha que o pardal tenha sido calibrado
a nova orientação do vetor B em relação ao para registrar velocidades superiores a V,
vetor A? Justifique seu raciocínio. quando o ângulo θ = 0°.
A velocidade v do veículo, que acarretará o
9. Um jogador de golfe necessita de quatro ta- registro da infração pelo pardal, com relação
cadas para colocar a bola no buraco. Os qua- à velocidade padrão V, será de:
tro deslocamentos estão representados na fi- a) V senθ.
gura. Sabendo-se que d1 = 15 m, d2 = 6,0 m, b) V cosθ.
d3 = 3,0 m e d4 = 1,0 m, qual era a distância V    
c) ​ ____ ​.
inicial da bola ao buraco? senθ
​  V    
d) ____ ​.
cosθ

2. (UERJ) As contas correntes de um banco são


codificadas através de um número sequen-
cial seguido de um dígito controlador. Esse
dígito controlador é calculado conforme o
procedimento a seguir:

10. Os deslocamentos A e B da figura formam um


ângulo de 60° e possuem módulos iguais a A conta 643 − 5, aberta na década de 80, foi
8,0 m. Calcule os módulos dos deslocamen- cadastrada no ano de:
tos A + B, A – B e B – A e desenhe-os na a) 1985.
figura. b) 1986.
c) 1987.
d) 1988.

E.O. UERJ
Exame Discursivo
1. (UERJ) A tabela a seguir apresenta os preços
unitários de três tipos de frutas e os núme-

E.O. UERJ ros de unidades vendidas de cada uma delas


em um dia de feira.
Exame de Qualificação Preço por unidade
Número de
Frutas unidades
(em reais)
1. (UERJ) Pardal é a denominação popular do vendidas
dispositivo óptico-eletrônico utilizado para Mamão 1 x
fotografar veículos que superam um deter- Abacaxi 2 y
minado limite estabelecido de velocidade V. Melão 3 z
Em um trecho retilíneo de uma estrada, um
pardal é colocado formando um ângulo U A arrecadação obtida com a venda desses
com a direção da velocidade do carro, como produtos__pode ser calculada ___ pelo produto es-
​› ​›
indica a figura a seguir. ​   = (1, 2, 3) por ϖ ​
calar de v ​ ​    = (x, y, z).

33
_​_› ​
Determine: 2. (Unifesp)
____› ​__› Na figura, são dados os vetores ​a ​ , ​
a) o valor arrecadado, em reais, com a venda de v ​  e v ​
​  . 
dez mamões, quinze abacaxis e vinte melões;

b) o cosseno do ângulo formado pelos vetores​
___› ​___›
v ​  e ϖ ​
​   , sabendo que x, y e z são respectiva-
mente proporcionais a 3, 2 e 1.

2. (UERJ) A figura do R3 a seguir representa


uma pirâmide de base quadrada ABCD em Sendo u a unidade de medida do módulo​
que as coordenadas são A (0,0,0), B (4,2,4) desses vetores, pode-se afirmar que o vetor​
__
› ​__› ​____› ​__›
e C (0, 6, 6), e o vértice V é equidistante dos g ​  = a ​
​   – v ​
​   + v ​
​   tem módulo:
demais. a) 2u, e sua orientação é vertical, para cima.
b) 2u, e sua orientação é vertical, para baixo.
c) 4u, e sua orientação é horizontal, para a di-
reita.
__
d) (​√2 ​)  u, e sua orientação forma 45° com a ho-
rizontal,
__
no sentido horário.

e) (​ 2 ​)  u, e sua orientação forma 45° com a ho-
rizontal, no sentido anti-horário.

E.O. Gabarito

A partir da análise dos dados fornecidos, E.O. Aprendizagem


determine as coordenadas do vértice D e a 1. A 2. A 3. C 4. B 5. A
medida de cada aresta de base.
6. 1 + 2 + 16 = 19 7. E 8. C 9. D 10. D

E.O. Objetivas E.O. Fixação


(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. C 2. B 3. D 4. D 5. C

6. A 7. D 8. E 9. A 10. C
1. (Unesp) Um caminhoneiro efetuou duas en-
tregas de mercadorias e, para isso, seguiu
o itinerário indicado pelos vetores desloca- E.O. Complementar
mentos d1 e d2 ilustrados na figura. 1. A 2. D 3. A 4. B 5. B

E.O.​__› Dissertativo
​___›
​ ​a ​   ​+ ​ b ​ 
​   ​= 48u
1. ​__› ​___›
​   ​– ​ b ​ 
​ a ​  ​   ​= 14u
_​_›
2​  a ​ 
​   ​= 62u ​___›
​__›
​   ​= 31u ä ​ b ​ 
​ a ​  ​   ​= 17u
Para a primeira entrega, ele deslocou-se 10
S2 = a2 + b2 + 2 ab cos u
2.
km e para a segunda entrega, percorreu uma
S2 = 52 + 62 + 2 · 5 · 6 · cos 60º
distância de 6 km. Ao final da segunda en-
S2 = 25 + 36 + 30
trega, a distância a que o caminhoneiro se
S2 = 91
___
encontra do ponto de partida é: S=√ ​ 91 ​ cm
a) 4 km. D2 = a2 + b2 – 2 ab cos u
b) 8 km.
___ D2 = 52 + 62 – 2 · 5 · 6 · cos 60º
c) 2​√__
19 ​k
  m. D2 = 25 + 36 – 30

d) 8​ 3 ​ km. D2 = 31
___
e) 16 km. D=√ ​ 31 ​ cm

34
|a| __ 9.
​ ___  ​ = ​ 3 ​ 
3. |b| 4
_​_› _​_› _​__›
​ S ​  ​   ​² + ​ b ​ 
​   ​² = ​ a ​  ​   ​²
​__› _​__
​  3 ​ ​  b ​ 
​   ​

​   ​ = __
​ a ​ 
4
​___ ​___›
(150u)² = ​ ___ 9  ​ ​  ​b ​ ›  ​² + ​ b ​ 
​   ​²
16
_​__
​ 25  ​ ​  ​b ​   2​

(150u)2 = ___ d2 = (5)2 + (12)2
16 d = 13 m
​___ __
​ 5 ​ ​  b ​ 
​   ​

150u = __ 10. |A + B| = 8​√3 ​ m
​___› 4 _​_› |A – B| = |B – A| = 8 m
​ b ​ 
​   ​= 120u e ​ a ​  ​   ​= 90u
_​_› _​_› _​__› Observe a figura a seguir:
​ S ​ 
4. ​  _ _​² + ​ ​b ​   ​² __
​   ​² = ​ a ​ 
​› ​›
20u² = ​ a ​  ​  _ _​² + (2​ a ​  ​   ​)²
​›
20u² = 5​ a ​   
​   ​²
_​_›
4u² = ​ a ​ 
​   ​²
_​__› _​__›
​ a ​ 
​   ​= 2u ä ​ ​b ​   ​ = 4u
O maior é 4u.
5.
S2 ___
= a2 + b2 + 2 ab cos u
(​√37 ​u)²
  = (3u)² + (4u)² + 2(3u)(4u) · cos u
37 u2 = 9 u2 + 16 u2 + 24 u2 cos u
12 u2 = 24 u2 cos u
​ 12u2 ​ 
2
cos u = _____
24u
cos u = ​ 1 ​ [ u = 60º
__
2 E.O. UERJ
S2 = a2 + b2
6. Exame de Qualificação
S2 = (3)2 + (4)2 1. D 2. B
S2 = 9 + 16
S2 = 25
S=√
___
​ 25 ​  E.O. UERJ
S=5m Exame Discursivo
7.
Caminho = 4 Leste + 3 Norte + 3 Leste + 6 Sul 1.
+ 3 Oeste + 3 Sul + 3 Oeste + 3 Sul + 2 Leste a) 100 reais.
b) ​ __5  ​
+ 2 Leste + 2 Leste + 2 Sul + 2 Oeste + 6 Norte 7
+ 2 Leste 2.
Teremos:
_____
​ › _____
​ ›
Como Oeste = –Leste (​ BC ​   = 90 – 4,6 – 2,6 – 4) ⇒ BC ​
​   = (– 4,4,2)
_____
​ › _____
​ ›
Sul = –Norte ​AD ​  = BC ​​   ⇒ D(– 4,4,2)
_____
​ ›
Temos: A medida do lado do quadrado será |​AD ​  
| =​
Caminho = 4 L + 3 N + 3 L – 6 N – 3 L – 3 N dXXXXXXXXXXXXXX
(-
   4)2 + 42 + 22 ​= 6
–3L–3N+2L+2L+2L–2N–8L+6N
+2L
Caminho = 1 L –______
5N
E.O. Objetivas
___
√ =√
[ Distância = ​ 1 + 52 ​ 
2
​ 26 ​ quadras (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
8. 1. C 2. B
a) Mesma direção e o mesmo sentido, pois
somente neste caso a soma de dois veto-
res corresponde à soma de seus módulos.
b) A relação mencionada é o teorema de Pi-
tágoras, logo, os dois vetores são perpen-
diculares.

35
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Aulas 3e4

Introdução ao estudo dos


movimentos
Competência 6
Habilidades 2 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
O ramo da Mecânica que descreve os movimentos é a cinemática, que tem por objeto o estudo do movimento
dos corpos sem levar em conta os agentes que o produzem. Os conceitos de posição, velocidade e aceleração ao
longo do tempo são tópicos estudados por esse ramo. Os corpos serão considerados pontos materiais, isto é, as
dimensões dos corpos não interferem no estudo de determinado fenômeno.

Posição numa trajetória


O principal objetivo da cinemática é determinar a posição de um corpo em cada instante. O conceito de posição
pode ser exemplificado pelas marcações quilométricas de uma rodovia, ou seja, posição é o lugar geométrico que
o corpo está no instante da observação. Esses marcos podem ser utilizados para localizar os veículos que nela
trafegam. Na figura abaixo, a posição do carro é determinada pelo marco km 80 (figura à esquerda).
Ao longo do tempo, um corpo pode ter diferentes posições. Chamamos de trajetória o conjunto dessas di-
ferentes posições ocupadas pelo corpo. O deslocamento é a variação da posição apresentada pelo corpo durante
um intervalo de tempo. Como exemplo, um carro que ocupava a posição do marco de km 60 em um instante, e num
instante posterior, a posição do marco km 80, dizemos que o carro percorreu a distância de 20 km.
Ainda na figura abaixo (à direita), existem dois carros, um na posição km 80 e outro na posição km 60, mas
se deslocando em sentidos contrários. Não é possível determinar o sentido do movimento analisando
apenas o marco quilométrico.

© Rafael Schaffer Gimenes/Schäffer Editorial

O marco quilométrico km 80 localiza o carro Representação esquemática de


nessa estrada e fornece sua posição. posições numa rodovia

Note que o marco zero, chamado origem dos espaços, foi escolhido arbitrariamente. A partir dessa posi-
ção, são medidos os comprimentos que indicam a posição do corpo. O marco zero é o referencial.

O corpo A encontra-se a 10 km do marco zero, e o corpo B, a 20 km.

39
Deslocamento (grandeza vetorial) e distância percorrida
(grandeza escalar)
§§ Deslocamento escalar – é a diferença entre as posições final e inicial ocupadas numa determinada trajetória.
+ ∆S = S - S0
0 S0 S
S0 .... posição inicial
S0 ∆S S ...... posição final
∆S ... variação de posição
S
ou deslocamento escalar

§§ Distância percorrida – é o total de movimento realizado por um móvel.


Observação: O deslocamento escalar nem sempre é igual à distância percorrida. Isso só é verdade quando
o movimento é sempre no mesmo sentido e a favor da trajetória.

Teoria na prática
1. Um indivíduo parte de um ponto X de uma trajetória e caminha até uma posição Y e, em seguida, retorna
para o ponto Z. Verifique a figura dada e responda:
t0 t2 t1

-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 S (m)

(X) (Z) (Y)

a) qual a distância percorrida de X até Y?


b) qual o deslocamento efetuado pelo indivíduo de X até Y?
c) qual a distância percorrida pelo indivíduo do instante t­0 até t2?
d) qual o deslocamento total percorrido pelo indivíduo do instante t­0 até o instante t2?
Resolução:
a) a distância percorrida corresponde efetivamente ao que o indivíduo percorreu, ou seja, 120 m, pois ele se
desloca da posição – 30 m e vai até a posição 90 m. Perceba que, como é um movimento no mesmo sen-
tido e com a mesma direção da trajetória, a distância percorrida pode ser calculada através da expressão:
d = DS = S – S0 ⇔ d = 90 – (– 30) ⇔ d = 120 m
b) DS = S – S0 ⇔ DS = 90 – (– 30) ⇔ DS = 120 m
c) desde o instante t0 até t2, o indivíduo se desloca de X para Y e de Y para Z, logo a distância percorrida é
a soma dos segmentos
d = XY– + YZ— ⇔ d = 120 + 40 ⇔ d = 160 m
d) o deslocamento é calculado pela expressão:
DS = S – S0 ⇔ ΔS = 50 – (– 30) ⇔ DS = 80 m

Observe que, quando o deslocamento se dá em um só sentido, a distância percorrida é numericamente


igual ao deslocamento (vide itens a e b).

40
2. Uma pessoa partindo de X, efetua voltas em torno de uma praça retangular como mostra a figura a seguir,
Calcule o deslocamento e a distância percorrida, desde o instante da partida, nas seguintes situações:

X 400
40
00 m Y

300
000 m

Z W

a) a distância percorrida por ela até chegar em W.


b) o deslocamento até W.
c) a distância percorrida e o deslocamento em uma volta completa.

Resolução:

a) de X até Y a pessoa percorreu 400 m, de Y até W percorreu 300 m então:


d = XY— + YW— ⇔
⇔ d = 400 + 300
⇔ d = 700 m
b) o deslocamento de X até W é o valor da hipotenusa, que pelo teorema de Pitágoras é:
(XW—)2 = (XY—)2 + (YW—)2 ⇔
⇔ DS2 = (400)2 + (300)2 ⇔
⇔ DS2 = 160.000 + 90.000 ⇔
⇔ DS2 = 250.000
⇔ DS = 500 m
c) a distância percorrida em uma volta completa, é:
d = XY— + YW— + WZ— + ZX— ⇔

⇔ d = 400 + 300 + 400 + 300

⇔ d = 1.400 m
e o deslocamento é ΔS = 0, pois a posição inicial e final são o mesmo lugar (X).

Referencial
Um corpo está em movimento se a sua posição é alterada ao longo do tempo em relação a um referencial. Pode-
-se analisar o movimento de um corpo comparando sua posição em relação a outro corpo, que, nesse caso, será o
referencial. Assim, o estado de movimento ou repouso de um corpo depende do referencial escolhido. Um mesmo
corpo pode estar em repouso em relação a um referencial e em movimento em relação a outro. A trajetória do
corpo também é dependente do referencial. Os corpos, por sua vez, também possuem uma classificação. Se a
dimensão do corpo, comparada com a dimensão da trajetória for desprezível, esse será chamado de ponto material;
se ele não puder ser desprezado, será chamado de corpo extenso. Existem muitos casos em que o tamanho do
corpo deverá ser considerado. Veremos alguns casos em exercícios posteriores.

41
Definição de movimento e repouso

Um ponto material é considerado em movimento quando sua posição em relação a um referencial é alterada
durante o intervalo de tempo considerado.

O passageiro dentro do ônibus está em movimento em relação à pessoa em pé no ponto (observador).

Um ponto material é considerado em repouso quando sua posição em relação a um referencial não é alte-
rada durante o intervalo de tempo considerado.

Dentro do ônibus, o passageiro está em repouso em relação ao motorista.

A forma da trajetória de um ponto material depende do referencial adotado.

A trajetória descrita por um móvel também depende do referencial adotado.


A imagem abaixo exemplifica as trajetórias diferentes de uma lâmpada em queda livre, em relação a dois
referenciais.

A lâmpada descreve uma trajetória retilínea vertical em relação ao observador (T).


Em relação ao observador (S), a trajetória da lâmpada é parabólica.

É importante lembrar que a escolha do referencial é totalmente arbitrária. A escolha é feita de modo a
facilitar a resolução dos exercícios.

42
Teoria na prática
1. Um ônibus escolar está parado no ponto de ônibus e um aluno está sentado em uma das poltronas. Quando
o ônibus entra em movimento, sua posição no espaço se altera, afastando-se do ponto de ônibus. Nessa
situação, podemos afirmar que a conclusão ERRADA é que:
a) o aluno sentado na poltrona acompanha o ônibus e, portanto, também se afasta do ponto de ônibus.
b) podemos dizer que um corpo está em movimento em relação a um referencial quando a sua posição
muda em relação a esse referencial.
c) o aluno está parado em relação ao ônibus e em movimento em relação ao ponto de ônibus, se o refe-
rencial for o próprio ônibus.
d) se o referencial for o ponto de ônibus, o aluno está em movimento em relação ao ônibus.
e) para dizer se um corpo está parado ou em movimento, precisamos relacioná-lo a um ponto ou a um
conjunto de pontos de referência.
Resolução:

Observamos que o aluno está em movimento se o referencial adotado for o ponto de ônibus ou a rua; pois,
como vimos, a escolha do referencial é arbitrária e é necessário escolher apenas um único ponto como re-
ferencial. Porém, caso o referencial escolhido seja o próprio ônibus, ou o motorista do ônibus, a posição do
aluno não irá se alterar em relação ao motorista ou ao ônibus.
Alternativa D

2. (PUC-SP) Leia com atenção a tira da Turma da Mônica mostrada a seguir e analise as afirmativas que se
seguem, considerando os princípios da Mecânica Clássica.

I. Cascão encontra-se em movimento em relação ao skate e também em relação ao amigo Cebolinha.


II. Cascão encontra-se em repouso em relação ao skate, mas em movimento em relação ao amigo Cebolinha.
III. Em relação a um referencial fixo fora da Terra, Cascão jamais pode estar em repouso.
Estão corretas:
a) apenas I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I, II e III.

43
Resolução:

I. Incorreta, pois Cascão está em repouso em relação ao skate, mas em relação ao Cebolinha ele está em
movimento.
II. Correta.
III. Correta, pois a Terra gira constantemente em torno de seu eixo e em torno do Sol; em relação a um
referencial fixo fora da Terra, Cascão jamais poderia estar em repouso.

Alternativa D

Velocidade escalar média


A velocidade escalar de um corpo determina o quão rápido é o seu deslocamento. A velocidade escalar
média é definida como a razão entre a variação da posição do corpo e o intervalo de tempo decorrido durante
essa varição na posição.
Na figura abaixo, um ponto material P descreve uma certa trajetória em relação a um determinado refe-
rencial. No instante t1 sua posição é S1 e no instante posterior t2 sua posição é S2. Durante o intervalo de tempo
Dt = t2 – t1, a variação espacial do ponto material é DS = S2 – S1. A velocidade escalar média vm no intervalo de
tempo Dt é expressa pela relação:

S –S
___ ​ = _____
vm = ​ DS ​  2 1 ​  
Dt t2 – t1

A unidade de velocidade escalar (média ou instantânea) é expressa em unidade de comprimento por uni-
dade de tempo: km/h (quilômetros por hora), m/s (metros por segundo), mi/h (milhas por hora), cm/s (centímetros
por segundo) etc.
As unidades de velocidades podem ser convertidas umas nas outras, por exemplo, de km/h para m/s e vice-
-versa.
1 km = 1.000 m
Sabemos que: 1 h = 60 min e 1 min = 60 s    Então: 1 ___ 1.000 m ​ 
​ km ​ = ​ _______ ​  1 m  ​ 
= ____
1 h = 60 · 60 s = 3.600 s h 3.600 s 3,6 s

​ km ​ = ​ ___
Portanto: 1 ___ 1   ​ __
​ m ​  e 1 m/s = 3,6 km/h
h 3,6 s
× 3,6
km ​  
​ ___ : 3,6 m ​ 
 ​ __
h s

Sendo assim, para converter km/h em m/s, divide-se o valor da velocidade por 3,6; para converter m/s em
km/h, multiplica-se o valor da velocidade por 3,6.

44
Teoria na prática
1. O edifício Taipei 101 é um ícone de Taiwan e combina tradição e modernidade.
Suas características de segurança permitem-lhe suportar tufões e terremotos, que são frequentes nessa
região. O edifício possui 61 elevadores, sendo dois de ultravelocidade.

Divulgação
Sabendo que um desses elevadores de ultravelocidade sobe, do térreo até o 89º andar percorrendo 380
metros em 40 segundos, conclui-se que a sua velocidade média vale, em m/s:
a) 4,7.
b) 7,2.
c) 9,5.
d) 12,2.
e) 15,5.

Resolução:
De acordo com as informações fornecidas pelo enunciado, o deslocamento do elevador foi de DS = 380 m
e o intervalo de tempo de Dt = 40 s.
Assim, a velocidade média do elevador é calculada da seguinte forma:
vm = ​ ___ 380 ​ ä v = 9,5 m/s
DS ​ = ​ ___
Dt 40 m

Alternativa C

2. (Cefet) Num shopping, há uma escada rolante de 6 m de altura e 8 m de base que transporta uma pessoa entre
dois andares consecutivos num intervalo de tempo de 20 s. A velocidade média desta pessoa, em m/s, é:
a) 0,2.
b) 0,5.
c) 0,9.
d) 0,8.
e) 1,5.

Resolução:

Fazendo um desenho ilustrativo do problema, temos:

45
O espaço percorrido por uma pessoa na escada rolante é a hipotenusa do triângulo pitagórico. Aplicando o
teorema de Pitágoras, temos:
____
DS² = 6² + 8² ⇔ DS² = 100 ⇔ DS = √
​ 100 ​ ⇔ DS = 10 m
Assim, a velocidade média da escada rolante será:
vm= ___ ​ 10 ​ ⇔ vm = 0,5 m/s
​  DS  ​ ⇔ vm= ___
Dt 20
Alternativa B

3. (UFJF) O motorista de um caminhão pretende fazer uma viagem de Juiz de Fora a Belo Horizonte, passando
por Barbacena (cidade situada a 100 km de Juiz de Fora e a 180 km de Belo Horizonte). A velocidade má-
xima no trecho que vai de Juiz de Fora a Barbacena é de 80 km/h e de Barbacena a Belo Horizonte é de 90
km/h. Determine qual o tempo mínimo, em horas, de viagem de Juiz de Fora a Belo Horizonte, respeitando-
-se os limites de velocidades.
a) 4,25 h
b) 3,25 h
c) 2,25 h
d) 3,50 h
e) 4,50 h
Resolução:
Fazendo um desenho ilustrativo do exercício, temos:

O intervalo de tempo do primeiro trecho será:


ΔS (S – S0) (100 – 0)
v1= ​  ___1 ​ ⇔ v1= ______
​  1  ​   ⇔ 80 = _______
​   ​  ​ 100 ​ ⇔ Δt1 = 1,25 h.
 ⇔ Δt1 = ___
Δt1 Δt1 Δt1 80

O intervalo de tempo do segundo trecho será:


ΔS (S – S1) (280 – 100)
v2= ​  ___2  ​⇔ v2= ______
​  2  ​  ⇔ 90 = _________
  ​   ​   ​ 180 ​ ⇔ Δt1 = 2 h
  Δt2 = ___

Δt2 Δt2 t2 90

Assim, o intervalo de tempo total será: Δttotal = Δt1 + Δt2 ⇔ Δttotal = 1,25 + 2

⇔ Δttotal = 3,25 horas


Alternativa B

46
Movimentos progressivo e retrógrado
O movimento de um ponto material é progressivo quando sua posição varia no sentido da orientação positiva da
trajetória. Desse modo, os valores da sua posição aumentam ao longo do tempo e sua velocidade escalar é positiva.
O movimento é retrógrado quando o ponto material se move no sentido oposto à orientação positiva
da trajetória. Assim, os valores da sua posição decrescem ao longo do tempo e sua velocidade escalar é negativa.

v>0 v<0

© Rafael Schaffer Gimenes/Schäffer Editorial


0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Observe que o sinal atribuído à velocidade escalar indica o sentido do movimento.

Teoria na prática
1. Um móvel realiza um movimento uniforme e seu espaço varia com o tempo segundo a tabela:

t(s) 0 1 2 3 4 5
S(m) 20 17 14 11 8 5

a) Classifique o movimento dizendo se é progressivo ou retrógrado.


b) Calcule e velocidade escalar do móvel.
c) Qual é o espaço inicial do móvel?

Resolução:

a) Podemos perceber pela tabela que o móvel se locomove no sentido contrário à trajetória, pois o espaço
ao longo do tempo diminui. Logo, temos um movimento retrógrado (v < 0).
b) Vamos utilizar o tempo t = 0 s e o tempo t = 4 s. No primeiro, temos a posição de 20 metros e, no se-
gundo, de 8 metros. Assim, a velocidade escalar será:
(S – S ) (8 –20)
v = ​ ΔS
__  ​ ⇔ v = _______
​  f o  ​  ⇔ v = ​ _____ ​ ⇔ v = ​ –12
___ ​ ⇔ v = –3 m/s
Δt (tf – to) (4–0) 4
Resposta: –3 m/s
Observação: Em um movimento uniforme retrógrado, a velocidade só pode ser negativa, o que con-
firmamos na letra b.

c) A posição inicial será localizada no início do movimento (t = 0 s). Temos que para t = 0 s a posição é de
20 metros.

47
Função horária
Função horária da posição é a função que relaciona o espaço S com os instantes de tempo t correspondentes, e
é representada genericamente por S = f(t). Essa expressão é lida: S é uma função de t.
Ao fornecer uma função horária, deve-se indicar as unidades do espaço e do tempo: caso S esteja em metros
(m) e t em segundos (s), podemos apenas informar que as unidades são as do SI. Nesse caso, a unidade da veloci-
dade v será m/s. Se S estiver em quilômetros (km) e t em horas (h), a unidade de v será km/h.

Teoria na prática
1. A posição de uma partícula em função do tempo é mostrada no gráfico abaixo. A partícula se desloca ao
longo do eixo x. Calcule a velocidade média da partícula no intervalo entre t = 2 s e t = 8 s, em m/s.

Resolução:
Observando o gráfico, o corpo encontrava-se na posição –40 m no instante de tempo t = 2 s e estava na po-
sição +20 m no instante de tempo t = 8 s. Desse modo, a velocidade média é calculada da seguinte maneira:
x – x0 ________
20 – (–40)
vm = ​ ___
Dx ​ = ​ _____
 ​ 
 = ​   ​   = 10 m/s
Dt Dt 6

48
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Física - Velocidade Média (Khan Academy)


Fonte: Youtube

Vídeo Frames of Reference (1960)

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Deslocamento e velocidade média

pt.khanacademy.org/science/physics/one-dimensional-motion/displacement-velocity-time/a/
what-is-displacement
www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1288476-sao-paulo-tera-radar-que-multa-pela-
velocidade-media-do-veiculo.shtml
efisica.if.usp.br/mecanica/basico/referenciais/intro/
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/velocidade-escalar-media.htm
www.estudopratico.com.br/referencial-movimento-espaco-e-repouso/

50
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

O conceito de velocidade média tem importantes aplicações cotidianas, entre elas podemos citar o custo no trans-
porte de mercadorias, aplicações no cálculo da vazão de reservatórios, o cálculo do custo da energia elétrica no sis-
tema metroviário. Na indústria, seu conceito é utilizado na produção. Atualmente, com a introdução da matemática
e estatística nos esportes, o conceito de velocidade média é amplamente utilizado na estratégia dos esportistas, seja
desde um maratonista, nadador ou mesmo um jogador de futebol (é possível analisar a velocidade média do joga-
dor durante uma partida, a distância efetivamente percorrida por ele, sua aceleração média e muito mais). No filme
Moneyball, que foi baseado em fatos reais, Billy Beane emprega conceitos estatísticos para a elaboração do seu time.

INTERDISCIPLINARIDADE

"Nada me produz tanta perplexidade como o tempo e o espaço. E, entretanto, nada me preocupa menos que o tempo
e o espaço, já que nunca penso neles."
Charles Lamb

Muitos filósofos já discutiram sobre o tempo e para alguns é um conceito indefinível em palavras. Zenão de Eleia
(490-430 a.C.) foi um filósofo que se opôs à ideia de movimento, para ele o movimento era uma ideia que não poderia existir:
“Um móvel que está no ponto A e tenta atingir o ponto B. Isso é impossível, pois antes de atingir o ponto B, o
móvel tem que atingir o meio do caminho entre A e B, isto é, um ponto C. Mas para atingir C, terá que primeiro atingir
o meio do caminho entre A e C, isto é, um ponto D. E assim, infinitamente.”
Ou seja, antes de atingir o destino final, o móvel teria que passar por sucessivos pontos intermediários infinita-
mente, jamais chegando ao seu destino. Seu paradoxo mais famoso trata de Aquiles, o velocista, e a tartaruga:
“Imagine uma corrida entre Aquiles e uma tartaruga. Por questões de justiça, é dada para a tartaruga uma
vantagem inicial, já que ela é mais lenta, a tartaruga irá começar a disputa na metade do caminho. Aquiles jamais a
alcançará, porque quando ele chegar ao ponto de onde a tartaruga partiu, ela já terá percorrido uma nova distância; e
quando ele atingir essa nova distância, a tartaruga já terá percorrido uma outra nova distância, e assim, infinitamente.”
Desse modo, a ideia de encontro entre dois móveis é impossível.
Platão (427-348 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) disseram que o tempo tem origem cosmológica. Devido a
inúmeros eventos periódicos na Natureza, a ideia de tempo cíclico foi sendo desenvolvida pela Humanidade (gregos,
egípcios, maias etc. tinham a ideia de ciclos). A cultura ocidental-cristã incorporou a ideia de tempo linear, sendo esse
uma grandeza absoluta. Para o filósofo Santo Agostinho (345-430), não seria correto definir o tempo em termos do
movimento periódico dos astros, pois na hipótese da ausência de movimento dos astros, automaticamente o tempo
desapareceria, o que seria um absurdo. Para filósofos mais modernos, como Immanuel Kant (1724-1804), o tempo é
uma criação da mente humana, assim como para Baruch Spinoza (1632-1677).

51
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 2 - Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro,


com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.

A compreensão do mundo visto de forma racional, mecânica e cartesiana se faz neces-


sária no universo acadêmico-científico, sendo cada vez mais importante no mundo atual
aonde novas tecnologias são desenvolvidas em altíssima velocidade.
Dentro dos eixos-cognitivos a habilidade 2 impõe ao aluno a compreensão, dentro
das várias áreas do conhecimento, de fenômenos físicos com a intenção de conceber os
fenômenos naturais implicando na produção tecnológica. A compreensão do mundo ao
nosso redor é cada vez mais vital para a sobrevivência dentro uma sociedade altamente
desenvolvida e competitiva.
Pertence também a outro eixo cognitivo, enfrentando situações-problemas aonde o aluno
deve saber organizar, relacionar e interpretar as informações. Problemas relacionados ao
transporte, ou mesmo saúde, para e dentro do desenvolvimento científico é objeto de
estudo das ciências naturais. Além é claro de cobrar do aluno a construção de argumen-
tação ao relacionar diferentes informações.

Habilidade 20 - Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias,


objetos ou corpos celestes.

O estudo do movimento é objeto essencial da física e das ciências naturais, pertence ao


cerne da construção do pensamento físico e filosófico. Fator importante no desenvolvi-
mento da física e do pensamento científico.
Para caracterizar a causa ou efeitos do movimento é necessário que o aluno domine
a linguagem matemática e científica, primeiro eixo cognitivo para que ele possa enfren-
tar situações-problemas, terceiro eixo cognitivo, construindo argumentação baseada na
razão, no pensamento lógico e dedutivo, quarto eixo cognitivo.
Compreender as causas e efeitos dos movimentos dos corpos pertencentes ao Uni-
verso é importante não só dentro do mundo acadêmico-científico quanto no cotidiano
das pessoas, afinal não só estamos em constante movimento, como cercados de objetos
em movimento. Saber compreender, prever ou antecipar o movimento dos diferentes
objetos é fundamental na produção técnico-científica.

52
Modelo 1
Um pesquisador avaliou o efeito da temperatura do motor (em velocidade constante) e da veloci-
dade média de um veículo (com temperatura do motor constante) sobre a emissão de monóxido
de carbono (CO) em dois tipos de percurso, aclive e declive, com iguais distâncias percorridas em
linha reta. Os resultados são apresentados nas duas figuras.

A partir dos resultados, a situação em que ocorre maior emissão de poluentes é aquela na qual o
percurso é feito com o motor

a) aquecido, em menores velocidades médias e em pista em declive.


b) aquecido, em maiores velocidades médias e em pista em aclive.
c) frio, em menores velocidades médias e em pista em declive.
d) frio, em menores velocidades médias e em pista em aclive.
e) frio, em maiores velocidades médias e em pista em aclive.

Análise Expositiva 1

Habilidade 2
Este é um excelente exercício pertencente ao modelo ENEM, exemplo típico do que é exigido
neste exame. Além de solicitar que o aluno faça a leitura e compreensão correta dos gráficos
individualmente, permite ao aluno analisar dois diferentes gráficos da mesma situação-
-problema. Desse modo requer que o aluno saiba ligar problemas cotidianos, relacionados ao
transporte e saúde, ao mundo técnico-científico relacionado ao movimento do móvel.
A primeira figura nos permite concluir que para menores temperaturas (motor frio) e
em pista em aclive a emissão de CO é maior ao compararmos o gráfico de aclive (mais es-
curo) com o gráfico de declive (claro e tracejado). Desse modo é interessante perceber que
a emissão é maior para a temperatura mais baixa nos dois casos do movimento do veículo,
diminuindo conforme aumenta a temperatura (funcionamento) do motor.
A segunda figura mostra que a emissão de CO é maior para baixas velocidades médias e
em pista em aclive. A análise acontece do mesmo modo que no primeiro gráfico, sendo que
é interessante notar que o veículo emite menos CO quanto maior é a velocidade média, fato
interessante nas grandes cidades aonde o congestionamento de veículos nas grandes vias, e
consequentemente a baixa velocidade média, aumenta a emissão de poluentes.

Alternativa D

53
Modelo 2
(Enem) Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve
possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega.
Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas
permitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a dis-
tância a ser percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade
máxima permitida é 120 km/h.

Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande con-
tinuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para a
realização da entrega?
a) 0,7
b) 1,4
c) 1,5
d) 2,0
e) 3,0

Análise Expositiva 2

Habilidade 20
Atualmente as provas do ENEM cobram cada vez mais dos alunos, este é um claro exemplo,
no qual o aluno deve saber de antemão conceitos básicos de movimento e além de dominar a
manipulação matemática em equações e fórmulas.
Apesar dessa cobrança maior, esse exercício ainda produz uma situação-problema per-
tencente ao cotidiano do aluno.
Primeiramente, temos os seguintes dados, o primeiro deslocamento ∆S1 = 80 km com a
seguinte velocidade v1 = 80 km/h, já o segundo deslocamento é de ∆S2 = 60 km com a seguin-
te velocidade média v1 = 120 km/h.
Lembrando a velocidade média é dada pela razão entre o deslocamento do móvel pelo
intervalo de tempo correspondente.
∆S ​ 
v = ​ ___
∆t
Uma vez que o tempo total é a soma dos dois tempos parciais, temos que:
∆S1 ____ ∆S2 ___
∆ = ∆t1 + ∆t2 ⇒ ∆t = ____
 ​ v  ​

 +  ​ v  ​
  ​ 60  ​ = 1 + 0,5 ⇒ ∆t = 1,5 h.
 = ​ 80  ​+ ____
1 2 80 120
Alternativa C

54
Estrutura Conceitual

Espaço
A
B
Posição Deslocamento
inicial Posição km/h
final

Velocidade
min max
média
Tempo Rapidez

Intervalo
de tempo

55
E.O. Aprendizagem Desprezando-se a resistência do ar, podemos
afirmar que:
01) o observador A vê a bola se mover ver-
1. Um professor de física, verificando em sala
ticalmente para cima e cair nas mãos do
de aula que todos os seus alunos encontram-
garoto.
-se sentados, passou a fazer algumas afirma-
02) o observador B vê a bola descrever uma
ções para que eles refletissem e recordassem
parábola e cair nas mãos do garoto.
alguns conceitos sobre movimento. Das afir-
04) os dois observadores veem a bola se mo-
mações seguintes formuladas pelo professor,
ver numa mesma trajetória.
a única correta é:
08) o observador B vê a bola se mover verti-
a) Pedro (aluno da sala) está em repouso em calmente para cima e cair atrás do garoto.
relação aos demais colegas, mas todos nós 16) o observador A vê a bola descrever uma
estamos em movimento em relação à Terra. parábola e cair atrás do garoto.
b) Mesmo para mim (professor), que não paro
de andar, seria possível achar um referencial Dê como resposta a soma dos números asso-
em relação ao qual eu estivesse em repouso. ciados às proposições corretas.
c) A velocidade dos alunos que eu consigo ob-
servar agora, sentados em seus lugares, é 4. (Uemg) “A moça imprimia mais e mais velo-
nula para qualquer observador humano. cidade a sua louca e solitária maratona.”
d) Como não há repouso absoluto, nenhum de EVARISTO, 2014, p. 67.
nós está em repouso, em relação a nenhum
referencial. Conceição Evaristo refere-se claramente a
e) O Sol está em repouso em relação a qualquer uma grandeza física nesse texto: “imprimia
referencial. mais e mais velocidade.” Trata-se de uma
grandeza relacionada não à velocidade, mas à
2. Júlia está andando de bicicleta, em um pla- mudança da velocidade, em relação ao tempo.
A unidade dessa grandeza física, no sistema
no horizontal e com velocidade constante,
internacional de unidades, é:
quando deixa cair uma moeda. Tomás está
a) m.
parado na rua e vê a moeda cair.
b) s.
Considere desprezível a resistência do ar.
c) m.s-1
Assinale a alternativa em que melhor estão d) m.s-2
representadas as trajetórias da moeda, como
observadas por Júlia e por Tomás.
5. Um automóvel que trafega ao longo de uma
a) rodovia passa pelo marco de estrada 115 km
às 19 h 15 min e pelo marco 263,5 km às 20 h
54 min. A velocidade escalar média desse
automóvel, nesse intervalo de tempo, é:
b) a) 148,5 m/s.
b) 106,8 m/s.
c) 29,7 m/s.
d) 25,0 m/s.
e) 90,0 m/s.
c)

6. O motorista de um automóvel deseja per-


correr 40 km com uma velocidade média
de 80 km/h. Nos primeiros 15 minutos, ele
d) manteve velocidade média de 40 km/h. Para
cumprir seu objetivo, ele deve fazer o res-
tante do percurso com velocidade média, em
km/h, de:
a) 160.
3. Um trem se move com velocidade horizontal
b) 150.
constante. Dentro dele estão o observador A
c) 120.
e um garoto, ambos parados em relação ao
d) 100.
trem. Na estação, sobre a plataforma, está o
e) 90.
observador B parado em relação a ela. Quan-
do o trem passa pela plataforma, o garoto
joga uma bola verticalmente para cima.

56
7. Numa corrida de revezamento, dois atletas, 10. O quadro seguinte mostra a velocidade mé-
por um pequeno intervalo de tempo, andam dia de corrida de alguns animais.
juntos para a troca do bastão. Nesse interva-
lo de tempo: Animais Velocidade média
I. num referencial fixo na pista, os atletas
cavalo 1,24 km/min
têm velocidades iguais.
II. num referencial fixo em um dos atletas, a coelho 55 km/h
velocidade do outro é nula.
girafa 833 m/min
III. o movimento real e verdadeiro dos atle-
tas é aquele que se refere a um referen- zebra 18 m/s
cial inercial fixo nas estrelas distantes.
Disponível em: <http://curiosidades.tripod.com/
Está(ão) correta(s): velocidade.htm>. Acesso em: 11 out. 2012.(Adaptado)
a) apenas I.
b) apenas II. Dentre os animais citados, o que possui
c) apenas III. maior velocidade média é a(o):
d) apenas I e II. a) cavalo.
e) I, II e III. b) coelho.
c) girafa.
8. Hoje sabemos que a Terra gira ao redor do Sol d) zebra.
(sistema heliocêntrico), assim como todos
os demais planetas do nosso sistema solar.
Mas, na Antiguidade, o homem acreditava
ser o centro do Universo, tanto que conside- E.O. Fixação
rava a Terra como centro do sistema planetá-
rio (sistema geocêntrico). Tal consideração 1. Sete crianças saíram em uma van para vi-
estava baseada nas observações cotidianas, sitar as obras de um dos estádios da Copa
pois as pessoas observavam o Sol girando em do Mundo de 2014, distante 20 km de suas
torno da Terra. casas. Durante a primeira metade do cami-
É CORRETO afirmar que o homem da Antigui- nho, a van conseguiu desenvolver velocidade
dade concluiu que o Sol girava em torno da máxima da pista e chegar a 90 km/h. Porém,
Terra devido ao fato que: para a infelicidade do grupo, na segunda
a) considerou o Sol como seu sistema de refe- parte do trajeto, havia muito congestiona-
rência. mento em que levaram 30 minutos.
b) considerou a Terra como seu sistema de refe- Portanto, podemos concluir que a velocidade
rência. média, em km/h, em todo percurso foi de,
c) esqueceu de adotar um sistema de referência.
aproximadamente:
d) considerou a Lua como seu sistema de referência.
a) 32.
e) considerou as estrelas como seu sistema de
b) 38.
referência.
c) 42.
d) 48.
9. Dois aviões do grupo de acrobacias (Esqua-
e) 62.
drilha da Fumaça) são capazes de realizar
manobras diversas e deixam para trás um
rastro de fumaça. Nessas condições, para que 2. (FMP 2017) A Maratona é uma prova olím-
os aviões descrevam duas semirretas parale- pica das mais famosas. Trata-se de uma cor-
las verticais (perpendiculares ao solo, con- rida em uma distância de 42,195 km, nor-
siderado plano), de tal sorte que o desenho malmente realizada em ruas e estradas. Na
fique do mesmo tamanho, os pilotos contro- Alemanha, ao vencer a Maratona de Berlim,
lam os aviões para que tenham velocidades o queniano Dennis Kimetto quebrou o recorde
constantes e de mesmo módulo. mundial completando o percurso no tempo de
Considerando o mesmo sentido para o mo- duas horas, dois minutos e 57 segundos.
vimento dos aviões durante essa acrobacia, Tal façanha correspondeu a uma velocidade
pode-se afirmar corretamente que: média com valor próximo de:
a) os aviões não se movimentam em relação a) 2,1 m/s.
ao solo. b) 5,7 m/s.
b) os aviões estão parados, um em relação c) 21 m/s.
ao outro. d) 2,1 km/h.
c) um observador parado em relação ao solo e) 5,7 km/h.
está acelerado em relação aos aviões.
d) um avião está acelerado em relação ao outro.

57
3. Nessa malha metroviária, a velocidade mé-
dia de um trem que se movimenta da pri-
meira até a última estação é, em km/h, de:
a) 72.
b) 68.
c) 64.
d) 60.
e) 56.

7. (Unicamp 2017) Em 2016 foi batido o re-


corde de voo ininterrupto mais longo da
Algumas cidades têm implantado corredores história. O avião Solar Impulse 2, movido a
exclusivos para ônibus a fim de diminuir o energia solar, percorreu quase 6.480 km em
tempo das viagens urbanas. aproximadamente 5 dias, partindo de Na-
Suponha que, antes da existência dos corredo- goya no Japão até o Havaí nos Estados Uni-
res, um ônibus demorasse 2 horas e 30 minutos dos da América.
para percorrer todo o trajeto de sua linha, de- A velocidade escalar média desenvolvida
senvolvendo uma velocidade média de 6 km/h. pelo avião foi de aproximadamente:
Se os corredores conseguirem garantir que a a) 54 km/h.
velocidade média dessa viagem aumente para b) 15 km/h.
20 km/h, o tempo para que um ônibus per- c) 1.296 km/h.
corra todo o trajeto dessa mesma linha será: d) 198 km/h.
a) 30 minutos.
b) 45 minutos. 8. A órbita do planeta Terra, em torno do Sol,
c) 1 hora. possui uma distância aproximada de 930
d) 1 hora e 15 minutos. milhões de quilômetros. Sabendo-se que o
e) 1 hora e 30 minutos.
ano possui 365 dias e 5 horas, a velocidade
média exercida pela Terra para executar essa
4. A Lua leva 28 dias para dar uma volta com- órbita é, aproximadamente, de:
pleta ao redor da Terra. Aproximando a órbi- a) 106.103 km/h.
ta como circular, sua distância ao centro da b) 1.061 km/h.
Terra é de cerca de 380 mil quilômetros. c) 106 km/h.
A velocidade aproximada da Lua, em km/s, é: d) 10,6 km/h.
a) 13.
b) 0,16.
9. (EEAR)
c) 59.
d) 24.
e) 1,0.

5. Um automóvel vai de P até Q, com velocidade


escalar média de 20 m/s e, em seguida, de Q
O avião identificado na figura voa horizon-
até R, com velocidade escalar média de 10 m/s.
talmente da esquerda para a direita. Um in-
A distância entre P e Q vale 1 km, e a dis-
divíduo no solo observa um ponto vermelho
tância entre Q e R, 2 km. Qual é a velocidade
na ponta da hélice. Qual figura melhor re-
escalar média em todo o percurso em m/s?
a) 15 presenta a trajetória de tal ponto em relação
b) 12 ao observador externo?
c) 9 a)
d) 10
e) 20

6. Em uma determinada cidade, a malha metrovi- b)


ária foi concebida de modo que a distância en-
tre duas estações consecutivas seja de 2,4 km.
Em toda a sua extensão, a malha tem 16 es- c)
tações, e o tempo necessário para ir-se da
primeira à última estação é de 30 minutos.

d)

58
10. (EEAR 2017) Uma aeronave F5 sai da base 2. Três amigos, Antônio, Bernardo e Carlos, saí-
aérea de Santa Cruz às 16h30min para fazer ram de suas casas para se encontrarem em uma
um sobrevoo sobre a Escola de Especialistas lanchonete. Antônio realizou metade do per-
de Aeronáutica (EEAR), no momento da for- curso com velocidade média de 4 km/h e a ou-
matura de seus alunos do Curso de Formação tra metade com velocidade média de 6 km/h.
de Sargentos. Sabendo que o avião deve pas- Bernardo percorreu o trajeto com velocidade
sar sobre o evento exatamente às 16h36min média de 4 km/h durante metade do tempo
que levou para chegar à lanchonete e a outra
e que a distância entre a referida base aérea
metade do tempo fez com velocidade média
e a EEAR é de 155 km, qual a velocidade mé-
de 6 km/h. Carlos fez todo o percurso com
dia, em km/h que a aeronave deve desenvol-
velocidade média de 5 km/h. Sabendo que os
ver para chegar no horário previsto? três saíram no mesmo instante de suas casas
e percorreram exatamente as mesmas distân-
cias, pode-se concluir que:
a) Bernardo chegou primeiro, Carlos em segun-
do e Antônio em terceiro.
b) Carlos chegou primeiro, Antônio em segun-
do e Bernardo em terceiro.
c) Antônio chegou primeiro, Bernardo em se-
gundo e Carlos em terceiro.
d) Bernardo e Carlos chegaram juntos e Antô-
nio chegou em terceiro.
e) os três chegaram juntos à lanchonete.

a) 1.550 3. Nos Jogos Paraolímpicos de Londres, o su-


lafricano biamputado Oscar Pistorius, após
b) 930
perder a medalha de ouro para o brasileiro
c) 360
Alan Fonteles, indignado, reclamou do ta-
d) 180
manho das próteses de Fonteles. Antes dos
jogos, elas foram trocadas por um par 5,0 cm

E.O. Complementar maior que, no entanto, estavam dentro do li-


mite estabelecido pelo regulamento. Porém,
mesmo com próteses mais longas, as ampli-
1. Um trenzinho, de 60 cm de comprimento, tudes de passada de Fonteles foram menores
descreve uma trajetória sobre uma superfí- do que as de Pistorius, conforme o quadro
cie plana e horizontal, da qual se destaca o da prova de 200 metros rasos apresentado a
trecho ABC, ilustrado abaixo. O movimento seguir.
é com velocidade escalar constante, os arcos
Dados da corrida Fonteles Pistorius
AB e BC da trajetória são semicircunferên-
cias e o intervalo de tempo gasto para que Altura 1,82 m 1,86 m
ele atravesse completamente o trecho AC, ao Altura máxima
longo dos trilhos, é 2,5 s. A velocidade esca- 1,85 m 1,93 m
permitida
lar do trenzinho é aproximadamente:
Amplitude média
2,04 m 2,17 m
da passada
Número de
98 92
passadas
Tempo 21,45 s 21,52 s

Considere que Fonteles consiga aumen-


tar a amplitude média de sua passada em
1,0 cm, mantendo a mesma frequência de
passadas. Nessas circunstâncias, quantos
segundos, aproximadamente, será a nova
vantagem de Fonteles?
a) 0,9 m/s. a) 0,05
b) 1,8 m/s. b) 0,07
c) 2,0 m/s. c) 0,10
d) 2,2 m/s. d) 0,17
e) 3,6 m/s. e) 0,35

59
4. Um automóvel e um ônibus trafegam em uma 5. (Espcex) Um automóvel percorre a metade
estrada plana, mantendo velocidades constan- de uma distância D com uma velocidade mé-
tes em torno de 100 km/h e 75 km/h, respec- dia de 24 m/s e a outra metade com uma
tivamente. Os dois veículos passam lado a lado velocidade média de 8 m/s. Nesta situação, a
em um posto de pedágio. Quarenta minutos
velocidade média do automóvel, ao percorrer
(2/3 de hora) depois, nessa mesma estrada, o
toda a distância D, é de:
motorista do ônibus vê o automóvel ultrapas-
sá-lo. Ele supõe, então, que o automóvel deve a) 12 m/s.
ter realizado, nesse período, uma parada com b) 14 m/s.
duração aproximada de: c) 16 m/s.
a) 4 minutos. d) 18 m/s.
b) 7 minutos. e) 32 m/s.
c) 10 minutos.
d) 15 minutos.
e) 25 minutos.

E.O. Dissertativo
1. Sentado em um ponto de ônibus, um estudante observa os carros percorrerem um quarteirão (100 m).
Usando seu relógio de pulso, ele marca o tempo gasto por 10 veículos para percorrerem essa dis-
tância. Suas anotações mostram:

Veículo 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10°
Tempo (s) 12 16 5 20 9 10 4 15 8 13

Com os dados colhidos, determinar:


a) os valores da maior e da menor velocidade média.
b) quais veículos tiveram velocidade média acima da velocidade máxima permitida de 60 km/h.

2. Numa corrida de carros, suponha que o vencedor gastou 1h30min para completar o circuito, desen-
volvendo uma velocidade média de 240 km/h, enquanto que um outro carro, o segundo colocado,
desenvolveu a velocidade média de 236 km/h. Se a pista tem 30 km, quantas voltas o carro vence-
dor chegou à frente do segundo colocado?

3. (Udesc) Um campista planeja uma viagem, no seu carro, para acampar em uma cidade situada a
660,0 km de Florianópolis. Para tal, considera os seguintes fatos:
I. Seu conhecimento de que, para longos percursos, tendo em vista o tempo gasto com paradas, é
razoável considerar uma velocidade média de 60,0 km/h, ao calcular o tempo de percurso;
II. Não chegar ao seu destino depois das 17,0 h, pois quer montar seu acampamento à luz do dia.
Conhecendo o problema do motorista campista, DETERMINE:
a) o tempo (em horas) que ele calculou gastar no percurso;
b) o horário de partida de Florianópolis, para chegar no seu destino às 17,0 h.

4. (UFPE) O gráfico a seguir mostra a posição de uma partícula, que se move ao longo do eixo x, em
função do tempo. Calcule a velocidade média da partícula no intervalo entre t = 2 s e t = 8 s, em m/s.

60
5. Admitindo que um circuito tenha 5 km de da rodovia, vê o ônibus passar e afirma que o
extensão, e que uma corrida disputada neste referido passageiro está em movimento.
tenha 78 voltas e que a média de velocidade
das voltas é de 195 km/h, em quanto tempo
o piloto termina a corrida?

6. (UFBA) As comemorações dos 40 anos da


chegada do homem à Lua trouxeram à baila
o grande número de céticos que não acredi-
tam nessa conquista humana. Em um pro-
grama televisivo, um cientista informou que De acordo com os conceitos de movimento
foram deixados na Lua espelhos refletores e repouso usados em Mecânica, explique de
para que, da Terra, a medida da distância que maneira devemos interpretar as afirma-
Terra-Lua pudesse ser realizada periodica-
ções de Heloísa e Abelardo para dizer que
mente, e com boa precisão, pela medida do
intervalo de tempo ∆t que um feixe de laser ambas estão corretas.
percorre o caminho de ida e volta.
9. Uma partícula desloca-se sobre uma reta na
direção x. No instante t1 = 1,0 s, a partícu-
la encontra-se na posição A e no instante
t2 = 6,0 s encontra-se na posição B, como in-
dicadas na figura a seguir. Determine a ve-
locidade média da partícula no intervalo de
tempo entre os instantes t1 e t2.

Um grupo acompanhou uma medida realiza-


da por um cientista, na qual ∆t = 2,5 s. Con-
siderando que a velocidade da luz, no vácuo, E.O. Enem
é igual a 3 · 108 m/s e desprezando os efei-
tos da rotação da Terra, calcule a distância 1. (Enem) Antes das lombadas eletrônicas, eram
Terra-Lua. pintadas faixas nas ruas para controle da ve-
locidade dos automóveis. A velocidade era es-
7. João fez uma pequena viagem de carro de sua timada com o uso de binóculos e cronômetros.
casa, que fica no centro da cidade A, até a O policial utilizava a relação entre a distância
casa de seu amigo Pedro, que mora bem na percorrida e o tempo gasto, para determinar a
entrada da cidade B. Para sair de sua cidade e velocidade de um veículo. Cronometrava-se o
entrar na rodovia que conduz à cidade em que
tempo que um veículo levava para percorrer a
Pedro mora, João percorreu uma distância de
10 km em meia hora. Na rodovia, ele mante- distância entre duas faixas fixas, cuja distân-
ve uma velocidade escalar constante até che- cia era conhecida. A lombada eletrônica é um
gar à casa de Pedro. No total, João percorreu sistema muito preciso, porque a tecnologia
330 km e gastou quatro horas e meia. elimina erros do operador. A distância entre
os sensores é de 2 metros, e o tempo é medido
por um circuito eletrônico.
O tempo mínimo, em segundos, que o moto-
rista deve gastar para passar pela lombada
eletrônica, cujo limite é de 40 km/h, sem
receber uma multa, é de:
a) Calcule a velocidade escalar média do carro a) 0,05.
de João no percurso dentro da cidade A. b) 11,1.
b) Calcule a velocidade escalar constante do c) 0,18.
carro na rodovia. d) 22,2.
e) 0,50.
8. Heloísa, sentada na poltrona de um ônibus,
afirma que o passageiro sentado à sua frente 2. (Enem) Conta-se que um curioso incidente
não se move, ou seja, está em repouso. Ao aconteceu durante a Primeira Guerra Mun-
mesmo tempo, Abelardo, sentado à margem dial. Quando voava a uma altitude de dois mil

61
metros, um piloto francês viu o que acredita-
va ser uma mosca parada perto de sua face. E.O. UERJ
Apanhando-a rapidamente, ficou surpreso ao
verificar que se tratava de um projétil alemão. Exame de Qualificação
PERELMAN, J. Aprenda física brincando.
São Paulo: Hemus, 1970. 1. (UERJ 2017) O rompimento da barragem de
contenção de uma mineradora em Mariana
O piloto consegue apanhar o projétil, pois: (MG) acarretou o derramamento de lama con-
a) ele foi disparado em direção ao avião fran- tendo resíduos poluentes no rio Doce. Esses
cês, freado pelo ar e parou justamente na resíduos foram gerados na obtenção de um
frente do piloto. minério composto pelo metal de menor raio
b) o avião se movia no mesmo sentido que o atômico do grupo 8 da tabela de classificação
dele, com velocidade visivelmente superior. periódica. A lama levou 16 dias para atingir o
c) ele foi disparado para cima com velocidade mar, situado a 600 km do local do acidente,
constante, no instante em que o avião fran- deixando um rastro de destruição nesse percur-
cês passou. so. Caso alcance o arquipélago de Abrolhos, os
d) o avião se movia no sentido oposto ao dele, recifes de coral dessa região ficarão ameaçados.
com velocidade de mesmo valor. Com base nas informações apresentadas no
e) o avião se movia no mesmo sentido que o texto, a velocidade média de deslocamento
dele, com velocidade de mesmo valor. da lama, do local onde ocorreu o rompimen-
to da barragem até atingir o mar, em km/h,
3. (Enem) Uma empresa de transportes preci- corresponde a:
sa efetuar a entrega de uma encomenda o a) 1,6.
mais breve possível. Para tanto, a equipe de b) 2,1.
logística analisa o trajeto desde a empresa c) 3,8.
até o local da entrega. Ela verifica que o tra- d) 4,6.
jeto apresenta dois trechos de distâncias di-
ferentes e velocidades máximas permitidas
diferentes. No primeiro trecho, a velocidade E.O. UERJ
máxima permitida é de 80 km/h e a distân-
cia a ser percorrida é de 80 km. No segundo Exame Discursivo
trecho, cujo comprimento vale 60 km, a ve-
locidade máxima permitida é 120 km/h. 1. (UERJ) Uma partícula se afasta de um ponto
Supondo que as condições de trânsito sejam de referência O, a partir de uma posição ini-
favoráveis para que o veículo da empresa cial A, no instante t = 0 s, deslocando-se em
ande continuamente na velocidade máxima movimento retilíneo e uniforme, sempre no
permitida, qual será o tempo necessário, em mesmo sentido.
horas, para a realização da entrega? A distância da partícula em relação ao ponto
a) 0,7 O, no instante t = 3,0 s, é igual a 28,0 m e, no
b) 1,4 instante t = 8,0 s, é igual a 58,0 m.
c) 1,5 Determine a distância, em metros, da posi-
d) 2,0 ção inicial A em relação ao ponto de refe-
e) 3,0 rência O.

4. (Enem) No Mundial de 2007, o americano


Bernard Lagat, usando pela primeira vez E.O. Objetivas
uma sapatilha 34% mais leve do que a mé-
dia, conquistou o ouro na corrida de 1.500 (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
metros com um tempo de 3,58 minutos. No
ano anterior, em 2006, ele havia ganhado 1. (Fuvest) Após chover na cidade de São Pau-
medalha de ouro com um tempo de 3,65 mi- lo, as águas da chuva descerão o rio Tie-
nutos nos mesmos 1.500 metros. tê até o rio Paraná, percorrendo cerca de
Revista Veja, São Paulo, ago. 2008 (adaptado). 1.000 km. Sendo de 4 km/h a velocidade mé-
dia das águas, o percurso mencionado será
Sendo assim, a velocidade média do atleta cumprido pelas águas da chuva em aproxi-
aumentou em aproximadamente: madamente:
a) 1,05%. a) 30 dias.
b) 2,00%. b) 10 dias.
c) 4,11%. c) 25 dias.
d) 4,19%. d) 2 dias.
e) 7,00%. e) 4 dias.

62
2. (Fuvest) Um barco é erguido 24 m, no inte- Podemos afirmar que a relação v1/v2 vale:
rior de uma eclusa, num intervalo de tempo
de 40 min. Sua velocidade média de ascen-
são é:

​  1 ​ 
a) __
2
b) 1__
a) 18 m/s. c) ​√2 ​ 
b) 2,5 · 10-3 m/s. d) 2 __
e) 2​√2 ​ 
c) 5 · 10-3 m/s.
d) 10-2 m/s.
6. (Unesp) Ao passar pelo marco "km 200" de
e) 7,2 · 10-3 m/s. uma rodovia, um motorista vê um anúncio
com a inscrição: "ABASTECIMENTO E RES-
3. (Unesp) Há 500 anos, Cristóvão Colombo TAURANTE A 30 MINUTOS". Considerando
partiu de Gomera (Ilhas Canárias) e chegou que este posto de serviços se encontra junto
a Guanahani (Ilhas Bahamas), após navegar ao marco "km 245" dessa rodovia, pode-se
cerca de 3000 milhas marítimas (5556 km) concluir que o anunciante prevê, para os car-
durante 33 dias. Considerando que um dia ros que trafegam nesse trecho, uma veloci-
dade média, em km/h, de
tem 86400 segundos, a velocidade média da
a) 80.
travessia oceânica, no sistema Internacional b) 90.
(SI) de Unidades, foi aproximadamente c) 100.
a) 2 · 10-2 m/s. d) 110.
b) 2 · 10-1 m/s. e) 120.
c) 2 · 10-0 m/s.
d) 2 · 101 m/s. 7. (Unesp) Nos últimos meses assistimos aos
e) 2 · 102 m/s. danos causados por terremotos. O epicentro
de um terremoto é fonte de ondas mecâni-
cas tridimensionais que se propagam sob a
4. (Fuvest) Em um prédio de 20 andares (além
superfície terrestre. Essas ondas são de dois
do térreo) o elevador leva 36 s para ir do tipos: longitudinais e transversais. As on-
térreo ao 20º. andar. Uma pessoa no andar das longitudinais viajam mais rápido que
X chama o elevador, que está inicialmente as transversais e, por atingirem as estações
no térreo, e 39,6 s após a chamada a pessoa sismográficas primeiro, são também chama-
atinge o andar térreo. Se não houve paradas das de ondas primárias (ondas P); as trans-
intermediárias, e os tempos de abertura e versais são chamadas de ondas secundárias
fechamento da porta do elevador e de en- (ondas S). A distância entre a estação sis-
trada e saída do passageiro são desprezíveis, mográfica e o epicentro do terremoto pode
podemos dizer que o andar X é o: ser determinada pelo registro, no sismógra-
fo, do intervalo de tempo decorrido entre a
a) 9º.
chegada da onda P e a chegada da onda S.
b) 11º. Considere uma situação hipotética, extrema-
c) 16º. mente simplificada, na qual, do epicentro
d) 18º. de um terremoto na Terra são enviadas duas
e) 19º. ondas, uma transversal que viaja com uma
velocidade de, aproximadamente 4,0 km/s, e
5. (Fuvest) Os pontos A, B, C e D representam outra longitudinal, que viaja a uma velocida-
pontos médios dos lados de uma mesa qua- de de, aproximadamente 6,0 km/s. Supondo
que a estação sismográfica mais próxima do
drada de bilhar. Uma bola é lançada a partir
epicentro esteja situada a 1200 km deste,
de A, atingindo os pontos B, C e D, sucessi- qual a diferença de tempo transcorrido entre
vamente, e retornando a A, sempre com ve- a chegada das duas ondas no sismógrafo?
locidade de módulo constante v1. Num outro a) 600 s.
ensaio a bola é lançada de A para C e retorna b) 400 s.
a A, com velocidade de módulo constante v2 c) 300 s.
e levando o mesmo tempo que o do lança- d) 100 s.
mento anterior. e) 50 s.

63
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 10. (Unicamp) Drones são veículos voadores
não tripulados, controlados remotamente
Andar de bondinho no complexo do Pão de e guiados por GPS. Uma de suas potenciais
Açúcar no Rio de Janeiro é um dos passeios aplicações é reduzir o tempo da prestação de
aéreos urbanos mais famosos do mundo. Mar- primeiros socorros, levando pequenos equi-
ca registrada da cidade, o Morro do Pão de pamentos e instruções ao local do socorro,
Açúcar é constituído de um único bloco de para que qualquer pessoa administre os pri-
granito, despido de vegetação em sua quase meiros cuidados até a chegada de uma am-
totalidade e tem mais de 600 milhões de anos. bulância.
O passeio completo no complexo do Pão de Considere um caso em que o drone ambulân-
Açúcar inclui um trecho de bondinho de cia se deslocou 9 km em 5 minutos. Nesse
aproximadamente 540 m, da Praia Vermelha caso, o módulo de sua velocidade média é de
ao Morro da Urca, uma caminhada até a se- aproximadamente
gunda estação no Morro da Urca, e um segun- a) 1,4 m/s.
do trecho de bondinho de cerca de 720 m, do b) 30 m/s.
Morro da Urca ao Pão de Açúcar c) 45 m/s.
d) 140 m/s.
8. (Unicamp) A velocidade escalar média do
bondinho no primeiro trecho é v1 = 10,8 km/h
e, no segundo, é v2 = 14,4 km Supondo que,
em certo dia, o tempo gasto na caminhada
E.O. Dissertativas
no Morro da Urca somado ao tempo de es- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
pera nas estações é de 30 minutos, o tempo
total do passeio completo da Praia Vermelha 1. (Unicamp) “Brasileiro sofre!” Numa tarde
até o Pão de Açúcar será igual a de sexta-feira, a fila única de clientes de um
a) 33 min. banco tem comprimento médio de 50 m. Em
b) 36 min. média, a distância entre as pessoas na fila é
c) 42 min. de 1,0 m. Os clientes são atendidos por três
d) 50 min. caixas. Cada caixa leva 3,0 min para atender
um cliente.
9. (Unesp) João mora em São Paulo e tem um Pergunta-se:
compromisso às 16 h em São José dos Cam- a) Qual a velocidade (média) dos clientes ao
pos, distante 90 km de São Paulo. Preten- longo fila?
dendo fazer uma viagem tranquila, saiu, no b) Quanto tempo um cliente gasta na fila?
dia do compromisso, de São Paulo às 14h, c) Se um dos caixas se retirar por trinta minu-
planejando chegar ao local pontualmente no tos, quantos metros a fila aumentará?
horário marcado. Durante o trajeto, depois
de ter percorrido um terço do percurso com ve- 2. (Fuvest) Em janeiro de 2006, a nave espacial
locidade média de 45 km/h, João recebeu uma New Horizons foi lançada da Terra com des-
ligação em seu celular pedindo que ele chegas- tino a Plutão, astro descoberto em 1930. Em
se meia hora antes do horário combinado. julho de 2015, após uma jornada de aproxi-
madamente 9,5 anos e 5 bilhões de km, a
nave atinge a distância de 12,5 mil km da
superfície de Plutão, a mais próxima do as-
tro, e começa a enviar informações para a
Terra, por ondas de rádio. Determine
a) a velocidade média v da nave durante a viagem;
b) o intervalo de tempo ∆t que as informações
enviadas pela nave, a 5 bilhões de km da
Terra, na menor distância de aproximação
entre a nave e Plutão, levaram para chegar
Para chegar ao local do compromisso no novo em nosso planeta;
horário, desprezando-se o tempo parado c) o ano em que Plutão completará uma volta
para atender a ligação, João deverá desen- em torno do Sol, a partir de quando foi des-
volver, no restante do percurso, uma veloci- coberto.
dade média, em km/h, no mínimo, igual a Note e adote:
a) 120. Velocidade da luz 3 x 108 m/s
b) 60. Velocidade média de Plutão = 4,7 km/s
c) 108. Perímetro da órbita elíptica de Plutão = 35,4
d) 72. x 109 km
e) 90. 1 ano = 3 x 107 s

64
3. (Unicamp) O Sr. P. K. Aretha afirmou ter 6. d = 375.000 km.
sido sequestrado por extraterrestres e ter 7.
passado o fim de semana em um planeta a) vm = 20 km/h.
da estrela Alfa da constelação de Centauro. b) v’m = 80 km/h.
Tal planeta dista 4,3 anos-luz da Terra. Com 8. Movimento e repouso dependem do referen-
muita boa vontade, suponha que a nave dos cial escolhido.
extraterrestres tenha viajado com a veloci- 9. vm = 22 m/s.
dade da luz (3,0 . 108 m/s), na ida e na volta.
Adote 1 ano = 3,2 . 107 segundos. Responda:
a) Quantos anos teria durado a viagem de ida e E.O. Enem
de volta do Sr. Aretha? 1. C 2. E 3. C 4. B
b) Qual a distância em metros do planeta à Terra?

4. (Fuvest) Um avião vai de São Paulo a Recife E.O. UERJ


em 1 h e 40 min. A distância entre essas
cidades é aproximadamente 3.000 km. Exame de Qualificação
Dado: velocidade do som no ar: 340 m/s. 1. A
a) Qual a velocidade média do avião?
b) O avião é supersônico?
E.O. UERJ
5. (Fuvest) Diante de uma agência do INSS há
uma fila de aproximadamente 100 m de com- Exame Discursivo
primento, ao longo da qual se distribuem 1.
SA = 10 m
de maneira uniforme 200 pessoas. Aberta a
porta, as pessoas entram, durante 30 s, com
uma velocidade média de 1 m/s. Avalie: E.O. Objetivas
a) o número de pessoas que entraram na agência. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
b) o comprimento da fila que restou ao lado
de fora. 1. B 2. D 3. C 4. B 5. C

6. B 7. D 8. B 9. D 10. B

Gabarito
E.O. Dissertativas
E.O. Aprendizagem (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
1. B 2. D 3. 01 + 02 = 03 4. D 5. D
a) 1 m/min.
6. C 7. D 8. B 9. B 10. A b) Dt = 50 min.
c) A fila aumenta em 10 metros.
2.
E.O. Fixação a) v = 1,75 × 104 m/s.
b) ∆t = 1,7 × 104 s.
1. A 2. B 3. B 4. E 5. B
c) No ano de 2181.
6. A 7. A 8. A 9. B 10. A 3.
a) 8,6 anos.
b) 4,13 . 1016 m.
E.O. Complementar 4.
1. C 2. D 3. D 4. C 5. A a) v = 1800 km/h.
b) Sim, o avião é supersônico.
5.
E.O. Dissertativo a) 60 pessoas.
1. b) Sobraram 70 m.
a) vmaior = 25 m/s.
vmenor = 5 m/s.
b) 2º e 7º.
2.
O vencedor chegou 0,2 volta à frente.
3.
a) t = 11 h.
b) 6 h (da manhã).
x - x0 __________
20 - (-40)
4. ​ ∆x ​ = ​ _____
Vm = ___  ​ 
 = ​   ​   
= 10 m/s
∆t ∆t 6
5.
∆t = 2 h.

65
© supergenijalac/Shutterstockk

Aulas 5e6

Movimento Retilíneo
Uniforme
Competência 6
Habilidades 3 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Movimento retilíneo uniforme (M.R.U.)
O conceito de velocidade média é muito importante, porém é pouco preciso. Por isso, a partir de agora, iremos
estudar alguns casos específicos de movimento.
Movimentos retilíneos uniformes são todos os movimentos nos quais o vetor velocidade não se altera,
ou seja, direção, sentido e intensidade não são alterados. Dessa forma, em um estudo unidimensional, o módulo
da velocidade é constante, assim, em quaisquer instantes considerados a velocidade instantânea será equivalente
à velocidade escalar média:

​ DS ​ = constante i 0
v = vm = ___ 
Dt

Sendo assim, no movimento uniforme, o corpo percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.

Função horária
Como visto anteriormente, a função horária de um movimento é a expressão matemática que fornece a posição
para um determinado instante de tempo t. A velocidade escalar instantânea, no movimento uniforme, é constante
e coincide com a velocidade escalar média, qualquer que seja o intervalo de tempo. Portanto:

​ DS ​  ​ DS ​ 
vm = ___ ä v = ___
Dt Dt

Fazendo DS = S – S0 e Dt = t – 0 = t, vem:
S – S0
v = ​ ___
DS ​ ä v = ​ _____
 ​
  
Dt t
ä v · t = S – S0

S = S0 + v · t (Função horária do movimento uniforme)

Sistema Internacional
S0 → posição inicial
metro (m)
S → posição final

v → velocidade escalar (constante e não nula) metro por segundo (m/s)

t → tempo segundo (s)

Desse modo, o espaço S é composto por duas parcelas: o espaço inicial S0 e o espaço percorrido após o
início da contagem do tempo, cujo valor é v · t. Adotamos, neste estudo, o instante inicial (t0 = 0) para que a função
horária evidencie o comportamento do corpo como se o estudo do movimento se desse a partir daquele instante.
Na expressão da função horária, S0 e v são constantes ao longo do tempo; a velocidade escalar do movi-
mento é v; se o movimento é progressivo, v > 0, e se o movimento é retrógrado, v < 0, ou seja, quando v > 0, o
movimento é a favor da orientação da trajetória, e quando v < 0, o movimento é contra a orientação da trajetória.

69
A tabela ilustra alguns exemplos, sendo S em metros e t em segundos:

S = S0 + vt S0 v progressivo/retrógrado
S = 50 + 20 t S0 = 50 m v = + 20 m/s v > 0, progressivo

S = 60 – 9 t S0 = 60 m v = –9 m/s v < 0, retrógrado

S = –40 t S0 = 0 v = –40 m/s v < 0, retrógrado

S = 18 t S0 = 0 v = 18 m/s v > 0, progressivo

Resumindo os conceitos de movimento uniforme:

​ DS ​ 
S = S0 + v · t, onde v = constante i 0   v = vm = ___ 
Dt

Para qualquer tipo de trajetória, o M.R.U. é definido por essas funções.

Teoria na prática
1. (UC-GO) A figura mostra a posição de um móvel, em movimento uniforme, no instante t = 0.

Sendo 5 m/s o módulo de sua velocidade escalar, pede-se:


a) a função horária dos espaços;
b) o instante em que o móvel passa pela origem dos espaços.

Resolução:

a) A figura nos mostra que o móvel tem uma posição inicial de 30 m e movimenta-se no sentido contrário
da trajetória, logo, a sua velocidade constante é –5 m/s (movimento retrógrado).
Assim, a função horária do movimento será:
S = S0 + v.t ⇔ S = 30 +(–5)t ⇔ S = 30 – 5t
Resposta: A função horária é S = 30 – 5t .

b) Para encontrar o instante em que o móvel passa pela origem dos espaços, basta igualar a posição final
a 0. Assim, temos:
​ 30 ​ ⇔ t = 6 s
S = 30 – 5t ⇔ 0 = 30 – 5t ⇔ 5t = 30 ⇔ t = ___
5
Resposta: O tempo será de 6 segundos.

2. O espaço inicial de uma bicicleta que descreve um movimento retilíneo e uniforme é –5 m. Nesse movimen-
to, a bicicleta percorre a cada intervalo de tempo de 10 s uma distância de 50 m. Determine a função horária
do espaço para esse movimento, e considere-o progressivo.

Resolução:

A bicicleta percorre 50 metros em 10 segundos, logo, a velocidade dela será:


v = ​ ΔS ​ 50 ​ ⇔ v = 5 m/s
__ ​ ⇔ v = ___
Δt 10
A posição inicial da bicicleta é –5 m e sua velocidade constante é de 5 m/s, logo, a função horária do mo-
vimento será:
S = S0 + v.t ⇔ S = –5 + 5t.

70
3. (Ufgrs) Um caminhoneiro parte de São Paulo com velocidade escalar constante de módulo igual a 74
km/h. No mesmo instante, parte outro de Camaquã, no Rio Grande do Sul, com velocidade escalar constan-
te de 56 km/h.

Em que cidade eles vão se encontrar?


a) Camboriú
b) Garopaba
c) Laguna
d) Araranguá
e) Torres

Resolução:

O caminhão A tem posição inicial igual a 0 km, velocidade constante de 74 km/h e o sentido é o mesmo da
trajetória. A função horária do movimento do caminhão A será:
SA = S0,A + vAt ⇔ SA = 0 + 74 t ⇔ SA = 74 t

O caminhão B tem posição inicial de 1300 km e movimenta-se contra a trajetória, logo sua velocidade será
de –56 km/h. A função horária do movimento do caminhão B será:
SB = S0,B + vBt ⇔ SB = 1300 + (–56)t ⇔ SB = 1300 – 56 t

No ponto de encontro temos que as posições finais dos caminhões são iguais, logo:
SA = SB ⇔ 74 t = 1300 – 56 t ⇔ 74 t + 56 t = 1300 ⇔ 130 t = 1300 ⇔ t = ____ ​ 1300 ​ ⇔ t = 10 h
130
Agora, basta aplicar o tempo igual a 10 horas em uma das duas funções horárias para encontrar a posição
final.
SA = 74t ⇔ SA = 74(10) ⇔ SA = 740 km
Os caminhões vão se encontrar na cidade de Garopaba.
Alternativa B

Galileu Galilei (1564-1642) foi um dos fundadores do pensamento científico moderno baseado na experi-
mentação, fazendo a transição da filosofia natural da Antiguidade para a ciência moderna. Empregando a matemá-
tica às suas observações experimentais, Galileu deu importantes contribuições ao estudo do movimento uniforme,
percebendo ser impossível distinguir entre dois objetos isolados, qual está parado ou qual está em movimento,
formulou o princípio da relatividade galineana.

71
Encontro – o encontro entre móveis significa que os mesmos passam pela mesma posição na trajetória
ao mesmo tempo.
Considere 2 móveis (1 e 2) em MRU com funções horárias de posição S1 = S01 + v1t e S2 = S02 + v2t de
modo que eles se encontrem e, se você quiser descobrir o tempo de encontro é só igualar as duas funções e isolar
o tempo. Se desejar encontrar a posição do encontro basta substituir esse tempo numa das funções.

Teoria na prática
1. Dois móveis, 1 e 2, movem-se com movimento uniforme e no mesmo sentido num certo trecho retilíneo.
Suas velocidades escalares possuem intensidades respectivamente iguais a 20 m/s e 15 m/s. No tempo
inicial zero, os móveis encontram-se nas posições indicadas abaixo.

(m)
0 100

Determine:
a) o instante do encontro.
b) a posição do encontro.

Resolução:

a) antes de iniciarmos a resolução vamos escrever as funções horárias da posição de cada móvel. Assim,

S1 = S01 + v1t e S2 = S02 + v2t


S1 = 0 + 20t e S2 = 100 + 15t

Encontradas as funções horárias da posição devemos igualar as mesmas para determinar o instante que
1 encontra 2
S1 = S2 ⇔
0 + 20t = 100 + 15t ⇔
⇔ 20t – 15t = 100 ⇔
⇔ 5t = 100 ⇔
⇔ t = 20 s

b) para encontrarmos a posição do encontro, basta substituir o valor do tempo encontrado no item anterior
em qualquer uma das funções horárias. Assim,
S1 = 0 + 20 . 20 ⇔
⇔ S1 = 400 m
Portanto, a posição do encontro fica a 400 m da origem.

2. Dois veículos movem-se em MRU, um de encontro ao outro. Suas velocidades escalares têm módulos
22 m/s e 18 m/s, respectivamente. No instante t = 0 os veículos ocupam as posições sinalizadas na figura
que se segue.

(m)
0 200
Determine:
a) o instante do encontro.
b) a posição do encontro.

72
Resolução:

A resolução deste exercício é similar ao anterior.


a) escreva as funções horárias da posição de A e B

SA = S0A + vAt e SB = S0B + vBt


SA = 0 + 22t e SB = 200 – 18t

Nesse exercício a velocidade de B é – 18 porque o veículo move-se no sentido oposto ao da orientação


da trajetória. Igualando as funções, temos:
0 + 22t = 200 – 18t ⇔
⇔ 22t + 18t = 200 ⇔
⇔ 40t = 200 ⇔
⇔t=5s

b) para determinarmos a posição em que ocorre o encontro, basta substituir o valor do tempo em uma das
funções. Assim,
SA = 0 + 22 . 5 ⇔
⇔ SA = 110 m
Temos que a posição do encontro é 110 m da origem.

Velocidade relativa
Sejam duas partículas realizando movimentos uniformes, em relação a um referencial qualquer, em uma mesma
trajetória ou em trajetórias paralelas. A velocidade relativa das duas partículas pode ser calculada escolhendo uma
das partículas como um novo referencial. Como os módulos de suas velocidades são constantes em função do
tempo, o módulo da velocidade relativa é dado por:

DS
vREL = ____
​  REL ​


Dt

Onde:
vREL: é a velocidade relativa de um corpo em relação a outro.
Dt: intervalo de tempo
DSREL: é a distância relativa entre os corpos.
Dado que o movimento das partículas é realizado na mesma trajetória ou em trajetórias paralelas, as partí-
culas podem se mover no mesmo sentido ou em sentidos opostos, como ilustrado na figura abaixo.

73
As velocidades têm a mesma direção e mesmo sentido
Em casos de aproximação, como de afastamento, o módulo da velocidade relativa entre as partículas é dada pela
diferença entre os módulos das suas velocidades.

vREL = |vMAIOR| – |vMENOR|

As velocidades têm a mesma direção e sentidos contrários


Em casos de aproximação, como de afastamento, o módulo da velocidade relativa entre as partículas é dada pela
soma dos módulos das suas velocidades.

vREL = |vMAIOR| + |vMENOR|

Teoria na prática
1. Três móveis A, B e C encontram-se numa trajetória retilínea descrevendo movimentos uniformes de acordo
com a figura a seguir:

Determine:
a) a velocidade de A em relação a B;
b) a velocidade de B em relação a C;
c) a velocidade de C em relação a A.

Resolução:

a) O móvel A está na mesma direção e sentido que o corpo B, logo a velocidade relativa será:

vAB = |vA| – |vB| ⇔ vAB = |5| – |8| ⇔ vAB = –3 m/s.

Temos que o móvel A nunca irá encontrar o móvel B, pois a sua velocidade relativa é de afastamento
(vAB < 0).

b) O móvel B está na mesma direção porém em um sentido contrário do corpo C, logo a velocidade relativa será:
vBC = |vB| + |vC| ⇔ vBC = |8| + |–4| ⇔ vBC = 8 + 4 ⇔ vBC = 12 m/s

Temos que o móvel B irá encontrar o corpo C, pois a sua velocidade relativa é de aproximação (vBC > 0).
c) O móvel C está na mesma direção, porém em um sentido contrário do móvel A, logo, a velocidade rela-
tiva será:
vCA = |vC| + |vA| ⇔ vCA =|–4| + |5| ⇔ vCA = 4 + 5 ⇔ vCA = 9 m/s

Temos que o móvel C irá encontrar o móvel A, pois a sua velocidade relativa é de aproximação (vCA > 0).

74
2. Duas cidades, A e B, distam entre si 400 km. Da cidade A parte um móvel P dirigindo-se à cidade B; no mes-
mo instante, parte do B outro móvel Q dirigindo-se a A. Os móveis P e Q executam movimentos uniformes
e suas velocidades escalares são de 30 km/h e 50 km/h, respectivamente. A distância da cidade A ao ponto
de encontro dos móveis P e Q, em km, vale:
a) 120.
b) 150.
c) 200.
d) 240.
e) 250.
Resolução:

Temos que o móvel P está a favor do movimento e o móvel Q está contrário. A velocidade de P será + 30 km/h
e a de Q será –50 km/h. Como os móveis estão em sentidos opostos, a velocidade relativa entre eles será:

vPQ = |vP| + |vQ| ⇔ vPQ = |30| + |–50| ⇔ vPQ = 80 km/h

ΔS
​ 400 ​ ⇔ Δt = ___
O intervalo de tempo relativo será: vPQ = ​ ___R ​  ⇔ 80 = ___ ​ 400 ​ ⇔ Δt = 5 h.
Δt Δt 80
Agora, para definir a posição de encontro, basta aplicar o tempo na função horária de um dos dois móveis.
SA= S0,A + vAt ⇔ SA = 0 + 30(5) ⇔ SA= 150 km

Alternativa B

Composição de movimentos
O movimento de uma partícula é definido apenas se for conhecida, ao longo do tempo, a variação da sua posição
e em relação a um determinado referencial. De modo geral, o referencial não é especificado quando se fala em
velocidade. Nesse caso, adota-se, implicitamente, que o referencial é a Terra.

Princípio de Galileu ou princípio da independência


dos movimentos

Em um corpo que está sob ação de vários movimentos simultâneos, cada movimento é realizado como se
os outros não existissem.

Galileu propôs que esses três movimentos ocorrem ao mesmo tempo: o movimento relativo, o movimento
de arrastamento e o movimento resultante.
A composição de movimento de um barco se movimentando em um rio é um problema clássico. Abaixo,
está sua descrição, onde:
vRES é velocidade resultante (velocidade do barco em relação à margem)
vREL é velocidade relativa (velocidade do barco em relação à água)
vARR é velocidade de arrastamento (velocidade da água em relação à margem)

75
1. Barco se move no mesmo sentido que as águas do rio (θ = 0º).

vRES = vREL + vARR

2. Barco se move no sentido oposto que as águas do rio (θ = 180º).

vRES = vREL – vARR

3. Barco atravessa o rio, mantendo a proa perpendicular à margem (θ = 90º).

v2RES = v2REL + v2ARR

4. Barco atravessando o rio, sendo que a trajetória resultante é perpendicular à margem.

v2RES = v2REL – v2ARR

76
Teoria na prática
1. (Unesp) Entre duas cidades X e Y, sopra um vento de 50 km/h na direção indicada na figura. Um avião, que
desenvolve 250 km/h em relação ao ar, faz em linha reta a trajetória XY. Qual das retas abaixo melhor indica
(no plano horizontal de voo), a inclinação do avião em relação à trajetória XY?

a) b) c) d) e)

Resolução:

O avião segue na direção vertical e, para que isso ocorra, ele deve estar com sua velocidade aplicada para
a direita, pois o vento aplica uma velocidade no avião. Segue o diagrama vetorial:

​  50  ​ = 0,2 ⇔ b = 11,5°


Sen b = ___
250
Alternativa D

2. (PUC) Um barco sai de um ponto P para atravessar um rio de 4,0 km de largura. A velocidade da correnteza,
em relação às margens do rio, é de 6,0 km/h. A travessia é feita segundo a menor distância PQ, como mostra
o esquema representado a seguir, e dura 30 minutos.

77
A velocidade do barco em relação à correnteza, em km/h, é de
a) 4,0.
b) 6,0.
c) 8,0.
d) 10.
e) 12.
Resolução:


O tempo é de 30 minutos (0,5 hora) e a distância percorrida pelo barco é a largura do rio, logo, a velocidade
resultante será:
vresultante = ​ Δs
__  ​ ⇔ v ​  4   ​ ⇔ vresultante = 8 km/h
= ___
Δt resultante 0,5
Aplicando o teorema de Pitágoras nas velocidades, temos:
(vbarco)² = (vcorrenteza)² + (vresultante)² ⇔ (vbarco)² = 6² + 8² ⇔ (vbarco)² = 100 ⇔ vbarco = 10 km/h

Alternativa D

3. (UFBA) Um pássaro parte em voo retilíneo e horizontal do seu ninho para uma árvore distante 75 m e volta,
sem interromper o voo, sobre a mesma trajetória.

Sabendo-se que sopra um vento de 5 m/s na direção e sentido da árvore para o ninho e que o pássaro
mantém, em relação à massa de ar, uma velocidade constante de 10 m/s, determine, em segundos, o tempo
gasto na trajetória de ida e volta.

Resolução:

78
Na ida, temos velocidades em mesma direção, porém em sentidos contrários, logo a velocidade relativa será:
vrel = |vpassaro| – |vvento| ⇔ vrel = 10 – 5 ⇔ vrel = 5 m/s.

Assim, o tempo de ida será:


vrel = ​ ΔS ​ 75  ​ ⇔ Δt1 = ___
___   ​ ⇔ 5 = ___ ​ 75 ​ ⇔ Δt1 = 15 s
Δt1 Δt1 5
Na volta, temos velocidades em mesma direção e sentido, logo, a velocidade relativa será:
vrel = |vpassaro| + |vvento| ⇔ vrel = 10 + 5 ⇔ vrel = 15 m/s

Assim, o tempo de volta será:


vrel = ​ ΔS ​ 75  ​ ⇔ Δt2 = ___
___   ​ ⇔ 15 = ___ ​ 75 ​ ⇔ Δt2 = 5 s.
Δt2 Δt2 15
O tempo total será: Δttotal = Δt1 + Δt2 ⇔ Δttotal = 15 + 5 ⇔ Δttotal = 20 s

Resposta: O tempo total será 20 segundos.

79
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Aceleração de Super Carros


Fonte: Youtube

Vídeo MRU - Esquema - Função - Tabelas - Gráficos


Fonte: Youtube

Vídeo MRU (Movimento Retilíneo Uniforme) - Mundo Física - ENEM


Fonte: Youtube

Vídeo Física - Cinemática: MRU


Fonte: Youtube

80
ACESSAR

Sites Cinemática: MRU (Movimento Retilíneo Uniforme)

https://guiadoestudante.abril.com.br/curso-enem-play/movimento-retilineo-uniforme/

81
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Assim como o conceito de velocidade média, a velocidade escalar média instantânea é aplicada em diversos
casos, afinal quando queremos uma maior precisão ao descrever o movimento de um móvel a função velocidade
instantânea é muito mais reveladora. Um dos casos mais clássicos, de muito interesse, pois é aplicado em diversas
situações, é aquele em que a velocidade é constante.
A velocidade pode ser considerada constante em inúmeras situações, tal como a esteira de produção nas
indústrias, um carro que viaja numa estrada por um longo período de tempo sem mudar sua velocidade, etc.

INTERDISCIPLINARIDADE

A função polinomial do primeiro grau com apenas uma variável independente e uma dependente chama-se função
afim, definida como f de  em  dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e
a ≠ 0. Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante.
Nesse caso, a função posição é dada em termo dos coeficientes a, que será a velocidade do móvel, e b, que
será a posição inicial. Assim, teremos a posição S em função do tempo t.

82
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 3 - Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso


comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.

Não é raro encontrarmos verdades ditas com tanta certeza, frases feitas muito populares,
textos publicados em veículos de comunicações ou em mídias sociais que veiculam fatos,
fenômenos, explicações cientificamente inverídicas. Além disso, não é raro quando o sen-
so comum acaba levando a uma conclusão equivocada.
Neste contexto exercícios de cinemática levam o estudante ao confronto entre in-
terpretações baseadas no senso comum, em situações-problema contextualizadas, com a
interpretação técnica-científica. Problemas que envolvam referencial, movimento, veloci-
dade relativa são ótimos nesse quesito.

Habilidade 20 - Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias,


objetos ou corpos celestes.

Tal como já foi dito anteriormente o movimento é objeto essencial da física e das ciên-
cias naturais, pertence ao cerne da construção do pensamento físico e filosófico. Fator
importante no desenvolvimento da física e do pensamento científico. Após o domínio dos
conceitos básicos como tempo, espaço, deslocamento, intervalo de tempo e velocidade
partimos para uma nova empreitada: a classificação dos diferentes tipos de movimento.
O primeiro e mais básico é aquele em que o móvel possui velocidade constante durante
todo o movimento numa trajetória retilínea, situação essa que é explorada em inúmeras
situações-problema em diferentes contextos dentro das ciências naturais: desde um au-
tomóvel, um trem, um avião que se deslocam com a mesma velocidade numa trajetória
retilínea ou mesmo o movimento de uma onda sonora, uma onda luminosa que também
trafegam com velocidade constante.
Deste modo sua aplicabilidade percorre todos os eixos cognitivos, desde compre-
ender fenômenos naturais como enfrentar situações-problema relevantes ao cotidiano,
sendo cobrado do estudante a capacidade de construir argumentação consistente com
a realidade das informações apresentadas como elaborar propostas através do conheci-
mento obtido.

83
Modelo 1
(Enem) Em apresentações musicais realizadas em espaços onde o público fica longe do palco, é ne-
cessária a instalação de alto-falantes adicionais a grandes distâncias, além daqueles localizados no
palco. Como a velocidade com que o som se propaga no ar (vsom = 3,4 3 102 m/s) é muito menor do
que a velocidade com que o sinal elétrico se propaga nos cabos (vsinal = 2,6 3 108 m/s), é necessário
atrasar o sinal elétrico de modo que este chegue pelo cabo ao alto-falante no mesmo instante em que
o som vindo do palco chega pelo ar. Para tentar contornar esse problema, um técnico de som pensou
em simplesmente instalar um cabo elétrico com comprimento suficiente para o sinal elétrico chegar
ao mesmo tempo que o som, em um alto-falante que está a uma distância de 680 metros do palco.
A solução é inviável, pois seria necessário um cabo elétrico de comprimento mais próximo de:
a) 1,1 3 103 km.
b) 8,9 3 104 km.
c) 1,3 3 105 km.
d) 5,2 3 105 km.
e) 6,0 3 1013 km.

Análise Expositiva 1

Habilidade 20
Outro exercício onde há o contraste entre o senso comum e aplicação da física. Mesmo sem
calcular a resposta, analisando somente as alternativas já é possível notar que o comprimen-
to do fio seria quilométrico. Sabendo que as contas se propagam com velocidade constante é
possível facilmente calcular o comprimento do fio para que o som chegue no mesmo instante.
O intuito é que o aluno perceba quão absurda seria a ideia proposta.
Primeiramente deve-se perceber que o intervalo de tempo deverá ser o mesmo, tanto para o
sinal via cabo quanto para o som. Assim sendo, basta igualar as equações:
L Lcabo
∆tsinal = ∆tsom ⇒ ____
​ v cabo  ​ vd   ​ ⇒ _________
 ​ = ____ ​  ​ 680 ​ ⇒ Lcabo = (2,6 3 108) ⇒ Lcabo = 5,2 3 108 m =
= ____
 8 ​ 
sinal som 2,6 3 10 340
5,2 3 105 km.
Alternativa D

Modelo 2
(Enem) Conta-se que um curioso incidente aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial. Quando
voava a uma altitude de dois mil metros, um piloto francês viu o que acreditava ser uma mosca
parada perto de sua face. Apanhando-a rapidamente, ficou surpreso ao verificar que se tratava de
um projétil alemão.
PERELMAN, J. Aprenda física brincando. São Paulo: Hemus, 1970.

O piloto consegue apanhar o projétil, pois:


a) ele foi disparado em direção ao avião francês, freado pelo ar e parou justamente na frente do piloto.
b) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade visivelmente superior.
c) ele foi disparado para cima com velocidade constante, no instante em que o avião francês passou.
d) o avião se movia no sentido oposto ao dele, com velocidade de mesmo valor.
e) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade de mesmo valor.

84
Análise Expositiva 2

Habilidade 3
Excelente aplicação da habilidade 3, colocando em xeque o senso comum que em muitas
vezes nos leva a respostas incorretas. Apesar de conceitualmente simples, a adoção de um
referencial traz conclusões corretas mais facilmente. Ao perceber que o projétil estava para-
do em relação ao piloto, o estudante compreende que o movimento depende do referencial
adotado, pois se estava parado em relação ao piloto, estava em movimento em relação ao
solo, por exemplo.
Uma vez que o projétil se encontra com velocidade nula em relação ao piloto, temos que o
projétil se encontra parado em relação ao mesmo. Logo, concluímos que ambos possuíam a
mesma velocidade, com o mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido. Dessa maneira, a
resposta correta é a de alternativa E.
Alternativa E

Estrutura Conceitual

80 km/h
km/h

Função horária
Referencial Movimento da posição
Posição Velocidade
inicial
constante

80
km/h

Referencial
Posição Movimentos
inicial Movimento
simultâneos
relativo

85
E.O. Aprendizagem 4. Filas de trânsito são comuns nas grandes ci-
dades, e duas de suas consequências são: o
aumento no tempo da viagem e a irritação
1. (PUC-RJ 2017) Um carro viaja a 100 km/h por dos motoristas. Imagine que você está em
15 minutos e, então, baixa sua velocidade a uma pista dupla e enfrenta uma fila. Pen-
60 km/h percorrendo 75 km nesta velocidade. sa em mudar para a fila da pista ao lado,
Qual é a velocidade média do carro para o pois percebe que, em determinado trecho,
trajeto total, em km/h? a velocidade da fila ao lado é 3 carros/min.
a) 80 enquanto que a velocidade da sua fila é
b) 75 2 carros/min.
c) 67 Considere o comprimento de cada automóvel
d) 85 igual a 3 m.
e) 58

2. Na última volta de um grande prêmio au-


tomobilístico, os dois primeiros pilotos que
finalizaram a prova descreveram o trecho da
reta de chegada com a mesma velocidade
constante de 288 km/h. Sabendo que o pri- Assinale a alternativa correta que mostra o
meiro colocado recebeu a bandeirada final tempo, em min, necessário para que um au-
cerca de 2,0 s antes do segundo colocado, a tomóvel da fila ao lado que está a 15 m atrás
do seu possa alcançá-lo.
distância que os separava neste trecho der-
a) 2
radeiro era de:
b) 3
a) 80 m.
c) 5
b) 144 m.
d) 4
c) 160 m.
d) 288 m.
5. Rússia envia navios de guerra para o Medi-
e) 576 m.
terrâneo
Fonte militar disse que envio ocorre devido
3. Tem-se uma fonte sonora no vértice A de à situação na Síria. A Marinha negou que a
uma pista triangular equilátera e horizon- movimentação esteja ligada à crise em Da-
tal, de 340 m de lado. A fonte emite um masco.
29/08/2013, 08h32 - Atualizado em: 29/08/2013, 08h32.
sinal que após ser refletido sucessivamen-
te em B e C retorna ao ponto A. No mesmo A Rússia está enviando dois navios de guerra
instante em que a fonte é acionada um cor- ao Mediterrâneo Oriental, enquanto potên-
redor parte do ponto X, situado entre C e A, cias ocidentais se preparam para uma ação
em direção a A, com velocidade constante de militar na Sina em resposta ao suposto ata-
10 m/s. Se o corredor e o sinal refletido atin- que com armas químicas na semana passada.
gem A no mesmo instante, a distância AX é de: Uma fonte anônima do comando das Forças
Armadas disse que um cruzador de mísseis
B C
e um navio antissubmarino chegariam aos
próximos dias ao Mediterrâneo por causa da
“situação bem conhecida” – uma clara refe-
X rência ao conflito na Síria.
A Marinha negou que a movimentação esteja
ligada aos eventos na Síria e disse que faz
parte de uma rotatividade planejada de seus
navios no Mediterrâneo. A força não disse
A que tipo de embarcações, ou quantas, estão a
Dado: velocidade do som no ar = 340 m/s caminho da região.
Dado: Velocidade do som no ar = 340 m/s Os Estados Unidos acusam as forças do go-
a) 10 m. verno sírio de realizar um ataque com armas
b) 20 m. químicas na semana passada e disse que está
c) 30 m. reposicionando suas forças navais no Medi-
d) 340 m. terrâneo.
e) 1020 m. Portal G1 – http://g1.globo.com/revoIta-arabe/
noticia/2013/08/russia-enva-navios-de-guerra-para-
omediterraneo-diz-agencia.html-
Acesso em: 30/09/2013.

86
A velocidade dos navios é geralmente me- 8. Dois automóveis A e B encontram-se estacio-
dida em uma unidade chamada nó. Um nó nados paralelamente ao marco zero de uma
equivale a uma velocidade de aproximada- estrada. Em um dado instante, o automóvel
mente 1,8 km/h. A parte, movimentando-se com velocidade
Um navio russo que desenvolvesse uma velo- escalar constante VA = 80 km/h. Depois de
certo intervalo de tempo, ∆t, o automóvel B
cidade constante de 25 nós, durante 10 ho-
parte no encalço de A com velocidade escalar
ras, percorreria uma distância de: constante VB = 100 km/h. Após 2 h de via-
a) 180 km. gem, o motorista de A verifica que B se en-
b) 250 km. contra 10 km atrás e conclui que o intervalo
c) 430 km. ∆t, em que o motorista B ainda permaneceu
d) 450 km. estacionado, em horas, é igual a:
a) 0,25.
6. Um motorista viaja da cidade A para a ci- b) 0,50.
c) 1,00.
dade B em um automóvel a 40 km/h. Certo
d) 4,00.
momento, ele visualiza no espelho retrovi-
sor um caminhão se aproximando, com ve-
9. Segundo o grande cientista Galileu Galilei,
locidade relativa ao carro dele de 10 km/h,
todos os movimentos descritos na cinemá-
sendo a velocidade do caminhão em rela- tica são observados na natureza na forma
ção a um referencial inercial parado é de de composição desses movimentos. Assim,
50 km/h. Nesse mesmo instante, há uma bo- se um pequeno barco sobe o rio Guaraguaçu,
bina de aço rolando na estrada e o motorista em Pontal do Paraná, com velocidade de
percebe estar se aproximando da peça com a 12 km/h e desce o mesmo rio com velocidade
mesma velocidade que o caminhão situado à de 20 km/h, a velocidade própria do barco e
sua traseira se aproxima de seu carro. Com a velocidade da correnteza serão, respecti-
base nessas informações, responda: a velo- vamente:
cidade a um referencial inercial parado e a a) 18 km/h e 2 km/h.
b) 17 km/h e 3 km/h.
direção da bobina de aço é: c) 16 km/h e 4 km/h.
d) 15 km/h e 5 km/h.
e) 19 km/h e 1 km/h.

10. (Utfpr) Uma navio de pesquisa equipado


com SONAR está mapeando o fundo do oce-
ano. Em determinado local, a onda ultrasso-
a) 10 km/h com sentido de A para B. nora é emitida e os detectores recebem o eco
b) 90 km/h com sentido de B para A. 0,6 s depois.
c) 40 km/h com sentido de A para B. Sabendo que o som se propaga na água do
mar com velocidade aproximada de 1.500
d) 50 km/h com sentido de B para A.
m/s, assinale qual é a profundidade, em me-
e) 30 km/h com sentido de A para B. tros, do local considerado.
a) 450.
7. Em um trecho retilíneo de estrada, dois veí- b) 380.
culos, A e B, mantêm velocidades constantes c) 620.
VA = 14 m/s e VB = 54 m/s. d) 280.
e) 662.

E.O. Fixação
1. (CPS) Suponha que uma semeadeira é arras-
tada sobre o solo com velocidade constante de
Sobre os movimentos desses veículos, pode- 4 km/h, depositando um único grão de milho e
-se afirmar que: o adubo necessário a cada 20 cm de distância.
a) ambos apresentam a mesma velocidade escalar. Após a semeadeira ter trabalhado por 15 mi-
b) mantidas essas velocidades, A não consegui- nutos, o número de grãos de milho plantados
rá ultrapassar B. será de, aproximadamente,
a) 1.200.
c) A está mais rápido do que B. b) 2.400.
d) a cada segundo que passa, A fica dois metros c) 3.800.
mais distante de B. d) 5.000.
e) depois de 40 s A terá ultrapassado B. e) 7.500.

87
2. (PUC-SP) Alberto saiu de casa para o traba- 5. (PUC-RJ 2017) Um carro saiu da posição xi = 0
lho exatamente às 7 h, desenvolvendo, com km e percorreu uma estrada retilínea e hori-
seu carro, uma velocidade constante de 54 zontal até xf = 10 km. Entre 0 km e 5 km, sua
km/h. Pedro, seu filho, percebe imediata- velocidade foi 60 km/h e, entre 5 km e 10 km,
mente que o pai esqueceu sua pasta com sua velocidade foi 30 km/h.
documentos e, após 1 min de hesitação, sai Calcule, em km/h a velocidade média para
para encontrá-lo, movendo-se também com percorrer os 10 km totais.
velocidade constante. Excelente aluno de Fí- a) 20
sica, calcula que, como saiu 1 min após o pai, b) 30
demorará exatamente 3 min para alcançá-lo. c) 40
Para que isso seja possível, qual a velocidade d) 45
escalar do carro de Pedro? e) 60
a) 60 km/h
b) 66 km/h 6. (Efomm) Uma videochamada ocorre entre
dois dispositivos móveis localizados sobre a
c) 72 km/h
superfície da Terra, em meridianos opostos,
d) 80 km/h
e próximo ao equador. As informações, co-
e) 90 km/h
dificadas em sinais eletromagnéticos, trafe-
gam em cabos de telecomunicações com ve-
3. Duas bolas de dimensões desprezíveis se locidade muito próxima à velocidade da luz
aproximam uma da outra, executando movi- no vácuo. O tempo mínimo, em segundos,
mentos retilíneos e uniformes (veja a figu- para que um desses sinais atinja o receptor e
ra). Sabendo-se que as bolas possuem veloci- retorne ao mesmo dispositivo que o transmi-
dades de 2 m/s e 3 m/s e que, no instante t = tiu é, aproximadamente,
0, a distância entre elas é de 15 m, podemos Dados: raio médio da Terra, Rmed = 1/15 x 108 m;
afirmar que o instante da colisão é: Velocidade da luz (vácuo), c = 3 x 108 m/s.
a) 1/30
b) 1/15
c) 2/15
d) 1/5
e) 3/10

a) 1 s. 7. Na disputa de uma corrida, dois ciclistas, X


b) 2 s. e Y, partem juntos, mantendo constante o
sentido do movimento. O ciclista X percorre
c) 3 s.
12 km nos primeiros 10 minutos, 20 km nos
d) 4 s.
15 minutos seguintes e 4 km nos 5 minutos
e) 5 s.
finais. O ciclista Y mantém durante todo o
percurso uma velocidade uniforme. Ao final
4. Dois móveis A e B, ambos com movimen- da corrida, eles chegam juntos, isto é, empa-
to uniforme percorrem uma trajetória tam. A velocidade constante do ciclista Y, em
retilínea conforme mostra a figura. Em km/h, é:
t = 0, estes se encontram, respectivamente, a) 18.
nos pontos A e B na trajetória. As velocida- b) 24.
des dos móveis são vA = 50 m/s e vB = 30 m/s c) 36.
no mesmo sentido. d) 72.

8. Um pequeno bote, que navega a uma velocida-


de de 2,0 m/s em relação à margem de um rio,
é alcançado por um navio, de 50 m de compri-
mento, que se move paralelamente a ele, no
mesmo sentido, como mostrado nesta figura:

Em qual ponto da trajetória ocorrerá o en-


contro dos móveis?
a) 200 m
b) 225 m
c) 250 m
d) 300 m
e) 350 m

88
Esse navio demora 20 segundos para ultra- 3. Um determinado veículo é conduzido em uma
passar o bote. Ambos movem-se com veloci- cidade com uma velocidade escalar constan-
dades constantes. te e igual a 54 km/h. O condutor desse veí-
Nessas condições, a velocidade do navio em re- culo faz todos os dias um mesmo trajeto de
lação à margem do rio é de, aproximadamente: 5 km; ao longo desse trajeto, há 2 semáforos
a) 0,50 m/s. em pontos diferentes. Cada semáforo, quan-
b) 2,0 m/s. do indica o sinal vermelho, permanece aceso
c) 2,5 m/s. durante um período de 1,0 minuto, em se-
d) 4,5 m/s. guida troca direto para o verde. Se, durante
o trajeto, der o azar de o condutor ter que
9. (UFPR 2017) A utilização de receptores GPS é parar o veículo nos dois semáforos, durante
cada vez mais frequente em veículos. O prin- o tempo máximo dos dois sinais vermelhos,
cípio de funcionamento desse instrumento é e desejar chegar ao destino ainda no mesmo
baseado no intervalo de tempo de propaga- tempo, como se todos os semáforos estives-
ção de sinais, por meio de ondas eletromag- sem abertos, qual será o valor da velocidade
néticas, desde os satélites até os receptores média em que deverá conduzir o veículo?
GPS. Considerando a velocidade de propaga- a) Igual a 65 km/h.
ção da onda eletromagnética como sendo de
b) Igual a 72 km/h.
300.000 km/s e que, em determinado instan-
c) Igual a 70 km/h.
te, um dos satélites encontra-se a 300.000 km
d) Maior que 80 km/h.
de distância do receptor, qual é o tempo de
propagação da onda eletromagnética emitida e) Menor que 65 km/h.
por esse satélite GPS até o receptor?
a) 10 s 4. Durante um teste de treinamento da Mari-
b) 1 s nha, um projétil é disparado de um canhão
c) 0,1 s com velocidade constante de 275,0 m/s em
d) 0,01 s direção ao centro de um navio. O navio mo-
e) 1 m/s ve-se com velocidade constante de 12,0 m/s
em direção perpendicular à trajetória do
projétil. Se o impacto do projétil no navio
E.O. Complementar ocorre a 21,6 m do seu centro, a distância
(em metros) entre o canhão e o navio é:
1. Um motorista apressado passa em alta ve- a) 516,6.
locidade por uma base da Polícia Rodoviá- b) 673,4.
ria, com velocidade constante de módulo v. c) 495,0.
Dez segundos depois, uma viatura parte em d) 322,2.
perseguição desse carro e o alcança nos pró- e) 245,0.
ximos 30 segundos. A velocidade escalar mé-
dia da viatura, em todo o percurso, será de: 5. Considere a escada de abrir. Os pés P e Q se
movem com velocidade constante v.
a) v
4v  
b) ___ O
3
 2v  
c) ___
3
5v
d)  ___  
3 L L
2. (ITA) No sistema de sinalização de trânsi-
to urbano chamado de “onda verde”, há
semáforos com dispositivos eletrônicos que V V
indicam a velocidade a ser mantida pelo mo- P M Q
torista para alcançar o próximo sinal ainda
aberto. Considere que de início o painel in- O intervalo de tempo decorrido, desde o iní-
dique uma velocidade de 45 km/h. Alguns cio da abertura, para que o triângulo POQ se
segundos depois ela passa para 50 km/h e, torne equilátero será:
finalmente, para 60 km/h. Sabendo que a
indicação de 50 km/h no painel demora 8,0 a) __​  Lv  ​.
s antes de mudar para 60 km/h então a dis- b) ___ ​  L  ​. 
tância entre os semáforos é de: 2v
a) 1,0 x 10-1 km. c) ​ ____ L   ​. 
b) 2,0 x 10-1 km. ​ XX
d 3 ​v 
c) 4,0 x 10-1 km. d) ___ ​  L  ​. 
d) 1,0 km. 4v
e) 1,2 km. e) ​  2L ___
v ​. 

89
E.O. Dissertativo 5. Dois trens, um de carga e outro de passagei-
ros, movem-se nos mesmos trilhos retilíneos,
em sentidos opostos, um aproximando-se do
1. (UFRJ) Um atleta dá 150 passos por minuto, outro, ambos com movimentos uniformes. O
cada passo com um metro de extensão. trem de carga, de 50 m de comprimento, tem
Calcule quanto tempo ele gasta, nessa mar- uma velocidade de módulo igual a 10 m/s
cha, para percorrer 6,0 km. e o de passageiros, uma velocidade de mó-
dulo igual a v. O trem de carga deve entrar
2. (UFPE) Um automóvel faz o percurso Reci- num desvio para que o de passageiros possa
fe-Gravatá a uma velocidade média de 50 prosseguir viagem nos mesmos trilhos, como
km/h. O retorno, pela mesma estrada, é rea- ilustra a figura. No instante focalizado, as
lizado a uma velocidade média de 80 km/h. distâncias das dianteiras dos trens ao desvio
Quanto, em percentual, o tempo gasto na ida valem 200 m e 400 m, respectivamente.
é superior ao tempo gasto no retorno?
desvio
3. Um submarino em combate lança um tor- trem de passageiros trem
pedo na direção de um navio ancorado. No v
instante do lançamento o submarino se mo-
via com velocidade v = 14 m/s. O torpedo
é lançado com velocidade v(res), em relação Calcule o valor máximo de v para que não
ao submarino. O intervalo de tempo do lan- haja colisão.
çamento até a colisão do torpedo com o na-
vio foi de 2,0 min. Supondo que o torpedo 6. (UFRJ) Um estudante a caminho da UFRJ
se moveu com velocidade constante, calcule trafega 8,0 km na Linha Vermelha a 80
v(res) em m/s. km/h (10 km/h a menos que o limite permi-
tido nessa via).
Se ele fosse insensato e trafegasse a 100 km/h,
calcule quantos minutos economizaria nesse
mesmo percurso.

7. A velocidade típica de propagação de um


pulso elétrico através de uma célula nervo-
4. Os carros em uma cidade grande desenvol- sa é 25 m/s. Estime o intervalo de tempo
vem uma velocidade média de 18 km/h, em necessário para você sentir uma alfinetada
horários de pico, enquanto a velocidade mé- na ponta do seu dedo indicador. (Dê o re-
dia do metrô é de 36 km/h. O mapa adiante sultado com dois algarismos significativos).
representa os quarteirões de uma cidade e a A distância entre o dedo indicador e o
linha subterrânea do metrô. cérebro é de aproximadamente 1m

8. (Espcex 2017) Um trem de 150 m de compri-


mento se desloca com velocidade escalar cons-
tante de 16 m/s. Esse trem atravessa um túnel
e leva 50 s desde a entrada até a saída completa
de dentro dele. O comprimento do túnel é de:

9. (UFRJ) Nas Olimpíadas de 2004, em Atenas,


o maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro
de Lima liderava a prova quando foi inter-
ceptado por um fanático. A gravação crono-
metrada do episódio indica que ele perdeu
20 segundos desde o instante em que foi in-
a) Qual a menor distância que um carro pode
terceptado até o instante em que retomou o
percorrer entre as duas estações?
curso normal da prova.
b) Qual o tempo gasto pelo metrô (Tm) para ir de Suponha que, no momento do incidente,
uma estação à outra, de acordo com o mapa? Vanderlei corresse a 5,0 m/s e que, sem ser
c) Qual a razão entre os tempos gastos pelo interrompido, mantivesse constante sua ve-
carro (Tc) e pelo metrô para ir de uma esta- locidade.
ção à outra, Tc/Tm? Considere o menor traje- Calcule a distância que nosso atleta teria
to para o carro. percorrido durante o tempo perdido.

90
10. (Ufrj) Em um trecho em declive, de 20 km de 2. (UERJ) A figura a seguir representa uma
extensão, de uma estrada federal, a veloci- piscina completamente cheia de água, cuja
dade máxima permitida para veículos pesa- forma é um prisma hexagonal regular.
dos é de 70 km/h e para veículos leves é de
80 km/h. Suponha que um caminhão pesado
e um automóvel iniciem o trecho em declive
simultaneamente e que mantenham veloci-
dades iguais às máximas estabelecidas.
Calcule a distância entre os dois veículos no
instante em que o automóvel completa o tre-
cho em declive. Admita que:
§§ A, B, C e D representam vértices desse
prisma;
E.O. Enem §§ o volume da piscina é igual a 450 m3 e
​ ​ 3 ​ ​  ;
dXX
​  AB ​ = ___
___
1. (Enem) Em apresentações musicais re- CD 10
alizadas em espaços onde o público fica §§ um atleta nada, em linha reta, do ponto A
longe do palco, é necessária a instala- até o ponto médio da aresta XCD​
​ XX 
, utilizan-
ção de alto-falantes adicionais a grandes do apenas glicose como fonte de energia
distâncias, além daqueles localizados no para seus músculos.
palco. Como a velocidade com que o som A velocidade média do atleta no percurso de-
se propaga no ar (vsom = 3,4 × 102 m/s) finido foi igual a 1,0 m/s.
é muito menor do que a velocidade com O intervalo de tempo, em segundos, gasto
que o sinal elétrico se propaga nos cabos nesse percurso equivale a cerca de:
(vsinal = 2,6 × 108 m/s), é necessário atrasar o a) 12,2.
sinal elétrico de modo que este chegue pelo b) 14,4.
cabo ao alto-falante no mesmo instante em c) 16,2.
que o som vindo do palco chega pelo ar. Para d) 18,1.
tentar contornar esse problema, um técnico
de som pensou em simplesmente instalar um
cabo elétrico com comprimento suficiente 3. (UERJ) Um foguete persegue um avião, am-
para o sinal elétrico chegar ao mesmo tempo bos com velocidades constantes e mesma di-
que o som, em um alto-falante que está a uma reção. Enquanto o foguete percorre 4,0 km,
distância de 680 metros do palco. A solução é o avião percorre apenas 1,0 km. Admita que,
inviável, pois seria necessário um cabo elétri- em um instante t1, a distância entre eles é
co de comprimento mais próximo de: de 4,0 km e que, no instante t2, o foguete
a) 1,1 × 103 km.
alcança o avião.
b) 8,9 × 104 km.
c) 1,3 × 105 km. No intervalo de tempo t2 – t1, a distância
d) 5,2 × 105 km. percorrida pelo foguete, em quilômetros,
e) 6,0 × 1013 km. corresponde aproximadamente a:
a) 4,7.
b) 5,3.
E.O. UERJ c) 6,2.
d) 8,6.
Exame de Qualificação
4. (UERJ) Dois automóveis, M e N, inicialmente a
1. (UERJ) Em um longo trecho retilíneo de uma 50 km de distância um do outro, deslocam-se
estrada, um automóvel se desloca a 80 km/h com velocidades constantes na mesma direção
e um caminhão a 60 km/h, ambos no mesmo e em sentidos opostos. O valor da velocidade
sentido e em movimento uniforme. Em de- de M, em relação a um ponto fixo da estrada, é
terminado instante, o automóvel encontra- igual a 60 km/h. Após 30 minutos, os automó-
-se 60 km atrás do caminhão. veis cruzam uma mesma linha da estrada.
O intervalo de tempo, em horas, necessário Em relação a um ponto fixo da estrada, a ve-
para que o automóvel alcance o caminhão é locidade de N tem o seguinte valor, em qui-
cerca de: lômetros por hora:
a) 1. a) 40.
b) 2. b) 50.
c) 3. c) 60.
d) 4. d) 70.

91
5. (UERJ) Um piso plano é revestido de he- A extensão do percurso entre as cidades é de,
xágonos regulares congruentes, cujos lados aproximadamente:
medem 10 cm. a) 103 m.
b) 104 m.
Na ilustração de parte desse piso, T, M e F
c) 105 m.
são vértices comuns a três hexágonos e re- d) 106 m.
presentam os pontos nos quais se encon-
tram, respectivamente, um torrão de açúcar, 9. (UERJ) A distância média entre o Sol e a Ter-
uma mosca e uma formiga. ra é de cerca de 150 milhões de quilômetros.
Assim, a velocidade média de translação da Ter-
ra em relação ao Sol é, aproximadamente, de:
a) 3 km/s.
b) 30 km/s.
c) 300 km/s.
d) 3000 km/s.

10. (UERJ) Em nosso planeta, ocorrem diaria-


mente eventos sísmicos, provocados por di-
Ao perceber o açúcar, os dois insetos partem versos fatores. Observe o esquema mostrado
no mesmo instante, com velocidades cons- na figura a seguir, em que um desses eventos,
representado pelo raio sísmico e produzido
tantes, para alcançá-lo. Admita que a mosca
pela fonte sísmica, atravessa três regiões ge-
leve 10 segundos para atingir o ponto T. Des-
ológicas distintas – o oceano, o platô e o con-
preze o espaçamento entre os hexágonos e as tinente – e chega à estação sismológica, onde
dimensões dos animais. é registrado por equipamentos adequados.
A menor velocidade, em centímetros por se-
gundo, necessária para que a formiga che-
gue ao ponto T no mesmo instante que a raio sísmico F
mosca, é igual a:
a) 3,5.
b) 5,0. E
c) 5,5.
d) 7,0. B A
C
6. (UERJ) Ao se deslocar do Rio de Janeiro a
Porto Alegre, um avião percorre essa dis- A - oceano
B - platô F - fonte sísmica
tância com velocidade média v no primeiro
C -continente E - estação sísmológica
1/9 do trajeto e 2v no trecho restante.
A velocidade média do avião no percurso to-
Considere dA, dB e dC as distâncias percorri-
tal foi igual a:
das pelo evento sísmico, respectivamente,
a) ​ __9  ​ v.
5 no oceano, no platô e no continente, e vA, vB
e vC as velocidades médias correspondentes
b) __​ 8  ​ v.
5 a cada um desses trechos.
5
__
c) ​    ​ v. Assim, a razão entre a distância total per-
3
5
__ corrida pelo evento sísmico e a velocidade
d) ​    ​ v. média ao longo de toda sua trajetória equi-
4
vale a:
7. (UERJ) A velocidade normal com que uma
fita de vídeo passa pela cabeça de um grava- d d dC
a) __
​  vA ​ + __
​  vB ​ + __
​  v  ​ 
dor é de, aproximadamente, 33 mm/s. A B C

Assim, o comprimento de uma fita de 120


minutos de duração corresponde a cerca de: dA2 + dB2 + dC2
a) 40 m. b) ​ ____________
  
   ​.
dA + dB + dC
b) 80 m.
c) 120 m. ddd
d) 240 m. c) ______
​  vAvBv C ​ 
.
A B C

8. (UERJ) Uma estrada recém-asfaltada entre dA + dB + dC


duas cidades é percorrida de carro, durante d) ​ __________
v v v  ​.  
A B C
uma hora e meia, sem parada.

92
E.O. UERJ Determine a velocidade de propagação do
impulso elétrico:
Exame Discursivo a) no nervo motor, em km/h;
b) no nervo sensorial, em m/s, entre os eletro-
dos 2 e 3.
1. (UERJ) A figura abaixo mostra dois barcos que
se deslocam em um rio em sentidos opostos.
4. (UERJ) Uma pessoa, movendo-se a uma ve-
Suas velocidades são constantes e a distância
locidade de 1 m/s bateu com a cabeça em um
entre eles, no instante t, é igual a 500 m.
obstáculo fixo e foi submetida a uma eco-
encefalografia. Nesse exame, um emissor/
receptor de ultrassom é posicionado sobre
a região a ser investigada. A existência de
uma lesão pode ser verificada por meio da
Nesse sistema, há três velocidades paralelas, detecção do sinal de ultrassom que ela reflete.
cujos módulos, em relação às margens do rio, Observe, na figura adiante, que a região de
são: tecido encefálico a ser investigada no exa-
– | Vbarco 1 |=| Vbarco 2 | = 5 m/s; me é limitada por ossos do crânio. Sobre um
– | Váguas do rio | = 3 m/s. ponto do crânio se apoia o emissor/receptor
Estime, em segundos, o tempo necessário para de ultrassom.
ocorrer o encontro dos barcos, a partir de t.

2. (UERJ) Um motorista dirige um automóvel


em um trecho plano de um viaduto. O movi-
mento é retilíneo e uniforme.
A intervalos regulares de 9 segundos, o mo-
torista percebe a passagem do automóvel
sobre cada uma das juntas de dilatação do
viaduto.
Sabendo que a velocidade do carro é 80
km/h, determine a distância entre duas jun-
tas consecutivas.

3. (UERJ) A velocidade com que os nervos do


braço transmitem impulsos elétricos pode
ser medida, empregando-se eletrodos ade-
quados, através da estimulação de diferentes a) Suponha a não existência de qualquer tipo
pontos do braço e do registro das respostas a de lesão no interior da massa encefálica. De-
estes estímulos. termine o tempo gasto para registrar o eco
O esquema I, adiante, ilustra uma forma de proveniente do ponto A da figura.
medir a velocidade de um impulso elétrico
em um nervo motor, na qual o intervalo de b) Suponha, agora, a existência de uma lesão.
Sabendo que o tempo gasto para o registro
tempo entre as respostas aos estímulos 1 e 2,
do eco foi de 0,5 ∙ 10-4 s, calcule a distância
aplicados simultaneamente, é igual a 4 m/s.
do ponto lesionado até o ponto A.
O esquema II, ilustra uma forma de medir
Dados:
a velocidade de um impulso elétrico em um
§§ velocidade do som no tecido encefálico =
nervo sensorial.
1.540 m/s
§§ velocidade do som no osso 3.360 m/s
§§ espessura do osso da caixa craniana = 1 cm

5. (UERJ) Um juiz, que está no posição J da


figura a seguir, apita uma falta num instante
t. Um goleiro, na posição G, leva um interva-
lo de tempo ∆t1 = t1 – t0 para ouvir o som do
apito, propagado ao longo do segmento JG.
P

40 cm 40 cm
(Adaptado de CAMERON, J. R. et alii. Physics of the
Body. Madison: Medical Physics Publishing, 1999.) J G

93
Decorrido um intervalo de tempo favorável de 2 m/s, o tempo necessário para
∆t2 = t2 – t1, o goleiro ouve o eco dessa onda a conclusão da prova é reduzido em 0,1 s.
sonora, através de sua reflexão num ponto P Se um velocista realiza a prova em 10 s sem
da parede. vento, qual seria sua velocidade se o vento
Considerando que a velocidade do som no ar fosse favorável com velocidade de 2 m/s?
é 340 m/s e que a distância entre o goleiro a) 8,0 m/s.
e o juiz é de 60 m, determine o valor, em b) 9,9 m/s.
minutos, de: c) 10,1 m/s.
a) ∆t1; d) 12,0 m/s.
b) ∆t2.
4. (Unicamp) O transporte fluvial de cargas é

E.O. Objetivas pouco explorado no Brasil, considerando-


-se nosso vasto conjunto de rios navegáveis.
Uma embarcação navega a uma velocidade
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) de 26 nós, medida em relação à água do rio
(use 1 nó = 0,5 m/s). A correnteza do rio,
1. (Fuvest) Dirigindo-se a uma cidade próxima, por sua vez, tem velocidade aproximada-
por uma autoestrada plana, um motorista mente constante de 5,0 m/s em relação às
estima seu tempo de viagem, considerando margens. Qual é o tempo aproximado de via-
que consiga manter uma velocidade média gem entre duas cidades separadas por uma
de 90 km/h. Ao ser surpreendido pela chu- extensão de 40 km de rio, se o barco navega
va, decide reduzir sua velocidade média para rio acima, ou seja, contra a correnteza?
60 km/h, permanecendo assim até a chuva a) 2 horas e 13 minutos.
parar, quinze minutos mais tarde, quando b) 1 hora e 23 minutos.
retoma sua velocidade média inicial.
c) 51 minutos.
Essa redução temporária aumenta seu tempo de
d) 37 minutos.
viagem, com relação à estimativa inicial, em:
a) 5 minutos.
b) 7,5 minutos. 5. (Fuvest) Astrônomos observaram que a nossa
c) 10 minutos. galáxia, a Via Láctea, está a 2,5 · 106 anos-
d) 15 minutos. -luz de Andrômeda, a galáxia mais próxima
e) 30 minutos. da nossa.
Com base nessa informação, estudantes em
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO uma sala de aula afirmaram o seguinte:
Recentemente, uma equipe de astrônomos I. A distância entre a Via Láctea e Andrô-
afirmou ter identificado uma estrela com meda é de 2,5 milhões de km.
dimensões comparáveis às da Terra, com- II. A distância entre a Via Láctea e Andrô-
posta predominantemente de diamante. Por meda é maior que 2 × 1019 km.
ser muito frio, o astro, possivelmente uma III. A luz proveniente de Andrômeda leva 2,5
estrela anã branca, teria tido o carbono de milhões de anos para chegar à Via Láctea.
sua composição cristalizado em forma de um Está correto apenas o que se afirma em:
diamante praticamente do tamanho da Terra. Dado: 1 ano tem aproximadamente 3 · 107 s.
a) I.
2. (Unicamp) Os astrônomos estimam que a estrela b) II.
estaria situada a uma distância d = 9,0 · 1018 m c) III.
da Terra. Considerando um foguete que se d) I e III.
desloca a uma velocidade v = 1,5 · 104 m/s, e) II e III.
o tempo de viagem do foguete da Terra até
essa estrela seria de: 6. (Fuvest) Marta e Pedro combinaram encon-
(1 ano ≈ 3,0 · 107 s) trar-se em certo ponto de uma autoestrada
a) 2.000 anos. plana, para seguirem viagem juntos. Marta,
b) 300.000 anos. ao passar pelo marco zero da estrada, cons-
c) 6.000.000 anos. tatou que, mantendo uma velocidade média
d) 20.000.000 anos. de 80 km/h, chegaria na hora certa ao ponto
de encontro combinado. No entanto, quando
3. (Unicamp) Para fins de registros de recor- ela já estava no marco do quilômetro 10, fi-
des mundiais, nas provas de 100 metros cou sabendo que Pedro tinha se atrasado e,
rasos não são consideradas as marcas em só então, estava passando pelo marco zero,
competições em que houver vento favorável pretendendo continuar sua viagem a uma
(mesmo sentido do corredor) com velocida- velocidade média de 100 km/h. Mantendo
de superior a 2 m/s. Sabe-se que, com vento essas velocidades, seria previsível que os

94
dois amigos se encontrassem próximos a um Considere que ambos dirigem com velocida-
marco da estrada com indicação de: des constantes. Medindo o tempo, a partir
a) km 20 de sua passagem pelo ponto P, João deverá
b) km 30 alcançar seu amigo, aproximadamente, em:
c) km 40 a) 4 minutos
d) km 50 b) 10 minutos
e) km 60 c) 12 minutos
d) 15 minutos
7. (Fuvest) Um passageiro, viajando de metrô, e) 20 minutos
fez o registro de tempo entreraio
duassísmico
estações
F
e obteve os valores indicados na tabela.
Supondo que a velocidade média entre duas E.O. Dissertativas
E estações consecutivas seja sempre a mesma e
que o trem pare o mesmo tempo em qualquer (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
estação da linha, de 15 km de extensão, é
possível estimar que um trem, desde a parti- 1. (Fuvest) Pedro atravessa a nado, com veloci-
da da Estação Bosque até a chegada à Estação dade constante, um rio de 60 m de largura e
Terminal, leva aproximadamente: margens paralelas, em 2 minutos. Ana, que
Chega Partida boia no rio e está parada em relação à água,
Chegada Partida
Vila Maria 0:00 min 1:00 min observa Pedro, nadando no sentido sul-nor-
Vila Marla 0:00 min 1:00 min te, em uma trajetória retilínea, perpendicu-
Felicidade 5:00 min 6:00 min
Felicidade 5:00 6:00 min lar às margens. Marta, sentada na margem
do rio, vê que Pedro se move no sentido su-
doeste-nordeste, em uma trajetória que for-
São José Arcoverde 2 km Terminal ma um ângulo θ com a linha perpendicular
Felicidade às margens. As trajetórias, como observadas
Bosque Central por Ana e por Marta, estão indicadas nas fi-
Vila Maria
guras a seguir, respectivamente por PA e PM.
a) 20 min.
b) 25 min.
c) 30 min.
d) 35 min.
e) 40 min.

8. (Unifesp) Para testar o seu equipamento de


som, um artista dá um toque no microfone
ligado a uma caixa de som localizada a 330
m de distância, em um local em que a velo-
cidade do som é 330 m/s. Pode-se afirmar
que o intervalo de tempo entre o toque do
artista no microfone e o instante em que o
artista ouve o barulho do toque reproduzido
pela caixa é, aproximadamente, de:
a) 1,0 s, independentemente de o microfone
ter ou não fio.
b) 1,5 s, independentemente de o microfone
ter ou não fio. Se o ângulo θ for tal que cos θ = 3/5 (sen θ
c) 2,0 s, independentemente de o microfone = 4/5), qual o valor do módulo da velocidade
ter ou não fio. a) de Pedro em relação à água?
d) 2,0 s com microfone sem fio e 1,0 s com mi- b) de Pedro em relação à margem?
crofone com fio. c) da água em relação à margem?
e) 2,0 s com microfone sem fio e um valor entre
1,0 s e 2,0 s com microfone com fio. 2. (Fuvest) Um consórcio internacional, que
reúne dezenas de países, milhares de cien-
9. (Fuvest) João está parado em um posto de tistas e emprega bilhões de dólares, é res-
gasolina quando vê o carro de seu amigo, ponsável pelo Large Hadrons Colider (LHC),
passando por um ponto P, na estrada, a 60 um túnel circular subterrâneo, de alto vácuo,
km/h. Pretendendo alcançá-lo, João par- com 27 km de extensão, no qual eletromag-
te com seu carro e passa pelo mesmo pon- netos aceleram partículas, como prótons e
to P, depois de 4 minutos, já a 80 km/h. antiprótons, até que alcancem 11.000 voltas

95
por segundo para, então, colidirem entre si. b) Sabe-se que o diâmetro do Sol é cerca de 110
As experiências realizadas no LHC investi- vezes maior do que o diâmetro de Vênus. No
gam componentes elementares da matéria e entanto, em fotos como essa, que mostram a
reproduzem condições de energia que teriam silhueta de Vênus diante do Sol, o diâmetro
existido por ocasião do Big Bang. do Sol parece ser aproximadamente 30 ve-
a) Calcule a velocidade do próton, em km/s, re- zes maior. Justifique, baseado em princípios
lativamente ao solo, no instante da colisão. e conceitos da óptica geométrica, o porquê
b) Calcule o percentual dessa velocidade em re- dessa discrepância.
lação à velocidade da luz, considerada, para
esse cálculo, igual a 300.000 km/s.
c) Além do desenvolvimento científico, cite 5. (Unicamp) A velocidade linear de leitura de
outros dois interesses que as nações envol- um CD é 1,2 m/s.
vidas nesse consórcio teriam nas experiên- a) Um CD de música toca durante 70 minutos,
cias realizadas no LHC. qual é o comprimento da trilha gravada?
b) Um CD também pode ser usado para gravar
3. (Unesp) Mapas topográficos da Terra são de dados. Nesse caso, as marcações que repre-
grande importância para as mais diferentes sentam um caracter (letra, número ou espa-
atividades, tais como navegação, desenvolvi- ço em branco) têm 8 μm de comprimento.
mento de pesquisas ou uso adequado do solo. Se essa prova de Física fosse gravada em CD,
Recentemente, a preocupação com o aqueci- quanto tempo seria necessário para ler o
mento global fez dos mapas topográficos das item a) desta questão? 1 μm = 10-6 m.
geleiras o foco de atenção de ambientalistas
e pesquisadores. O levantamento topográfico 6. (Fuvest) O sistema GPS (Global Positioning
pode ser feito com grande precisão utilizan- System) permite localizar um receptor espe-
do os dados coletados por altímetros em sa- cial, em qualquer lugar da Terra, por meio de
télites. O princípio é simples e consiste em sinais emitidos por satélites. Numa situação
registrar o tempo decorrido entre o instante particular, dois satélites, A e B, estão ali-
em que um pulso de laser é emitido em di- nhados sobre uma reta que tangencia a su-
reção à superfície da Terra e o instante em perfície da Terra no ponto O e encontram-se
que ele retorna ao satélite, depois de refleti- à mesma distância de O. O protótipo de um
do pela superfície na Terra. Considere que o novo avião, com um receptor R, encontra-se
tempo decorrido entre a emissão e a recep- em algum lugar dessa reta e seu piloto dese-
ção do pulso de laser, quando emitido sobre ja localizar sua própria posição.
uma região ao nível do mar, seja de 18 · 10-4
s. Se a velocidade do laser for igual a 3 × 108
m/s, calcule a altura, em relação ao nível do
mar, de uma montanha de gelo sobre a qual
um pulso de laser incide e retorna ao satélite
após 17,8 · 10-4 segundos.

4. (Unifesp)

Os intervalos de tempo entre a emissão dos


sinais pelos satélites A e B e sua recepção por
R são, respectivamente, ∆tA = 68,5 · 10-3s e
∆tB = 64, 8 · 10-3 s. Desprezando possíveis
efeitos atmosféricos e considerando a velo-
cidade de propagação dos sinais como igual
A foto, tirada da Terra, mostra uma sequên- à velocidade c da luz no vácuo, determine:
cia de 12 instantâneos do trânsito de Vênus a) A distância D, em km, entre cada satélite e
em frente ao Sol, ocorrido no dia 8 de junho o ponto O.
de 2004. O intervalo entre esses instantâne- b) A distância X, em km, entre o receptor R, no
os foi, aproximadamente, de 34 min. avião, e o ponto O.
a) Qual a distância percorrida por Vênus, em c) A posição do avião, identificada pela letra R,
sua órbita, durante todo o transcorrer desse localizando-a no esquema anterior.
fenômeno?
Dados: velocidade orbital média de Vê-
nus: 35 km/s; distância de Vênus à Terra
durante o fenômeno: 4,2 · 1010 m; dis-
tância média do Sol à Terra: 1,5 · 1011 m.

96
7. (Fuvest) Dois carros, A e B, movem-se no
mesmo sentido, em uma estrada reta, com Gabarito
velocidades constantes VA = 100 km/h e
VB = 80 km/h, respectivamente.
a) Qual é, em módulo, a velocidade do carro B
E.O. Aprendizagem
em relação a um observador no carro A? 1. C 2. C 3. C 4. C 5. D
b) Em um dado instante, o carro B está 600 m à
6. E 7. B 8. B 9. C 10. A
frente do carro A. Quanto tempo, em horas,
decorre até que A alcance B?
E.O. Fixação
8. (Unicamp) Um escoteiro está perdido no
topo de uma montanha em uma floresta. De 1. D 2. C 3. C 4. D 5. C
repente ele escuta os rojões da polícia flo- 6. C 7. D 8. D 9. B
restal em sua busca. Com um cronômetro de
centésimos de segundo ele mede 6 s entre a
visão do clarão e a chegada do barulho em E.O. Complementar
seus ouvidos. A velocidade do som no ar vale
1. B 2. D 3. D 4. C 5. B
Vs = 340 m/s.
Como escoteiro, ele usa a regra prática de di-
vidir por 3 o tempo em segundos decorrente
entre a visão e a escuta, para obter a distân-
E.O. Dissertativo
1. Se cada passo possui 1 m de extensão e o
cia em quilômetros que o separa da polícia
atleta realiza 150 passos por minuto, então
florestal.
a velocidade do atleta é de 150 m/min. Dado
a) Qual a distância entre o escoteiro e a polícia
que a distância percorrida é de 6,0 km =
florestal, de acordo com a regra prática?
6000 m, tem-se:
b) Qual o erro percentual que o escoteiro come-
v = d/t ⇒ 150 = 6000/t ⇒ t = 6000/150
teu ao usar sua regra prática?
t = 40 min.
c) Sabendo que a velocidade da luz vale 3,0 ·
2. 60 %
108 m/s, qual será o erro maior: considerar a
3. Vres = 21 m/s.
velocidade da luz infinita ou o erro na cro-
4.
nometragem do tempo? Justifique.
a) d = 700 m.
b) Tm = 50 s.
c) Tc = 140 s
9. (Unicamp) Pesquisas atuais no campo das
Tc/Tm = 2,8.
comunicações indicam que as "infovias"
5. v = 16m/s.
(sistemas de comunicações entre redes de
6. Para o movimento uniforme pode-se empre-
computadores como a INTERNET, por exem-
gar S = v.t, onde S é a distância percorrida; v
plo) serão capazes de enviar informação
a velocidade constante do móvel e t é o tem-
através de pulsos luminosos transmitidos
po usado para percorrer a distância S, com a
por fibras ópticas com a frequência de 1011
velocidade v. Na primeira situação 8 = 80.t
pulsos/segundo. Na fibra óptica a luz se pro-
⇒ t = 1/10h = 6 min. De forma análaga para
paga com velocidade de 2 · 108 m/s.
a segunda situação t' = 8/100 h = 4,8 min.
a) Qual o intervalo de tempo entre dois pulsos
O que implica numa economia de tempo de
de luz consecutivos?
6 - 4,8 = 1,2 minuto, ou 1 min 12 s.
b) Qual a distância (em metros) entre dois pulsos?
7. t = 0,04 s.
8. 650 m.
10. (Unesp) Num caminhão-tanque em movi- 9. d = 100 m.
mento, uma torneira mal fechada goteja à 10. 2,5 km.
razão de 2 gotas por segundo. Determine a
velocidade do caminhão, sabendo que a dis-
tância entre marcas sucessivas deixadas pe- E.O. Enem
las gotas no asfalto é de 2,5 metros.
1. D

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. C 2. D 3. B 4. A 5. D

6. A 7. D 8. C 9. C 10. A

97
E.O. UERJ c) Observe o esquema a seguir:
em direção a O R em direção a
Exame Discursivo A∅ ∅B
1. t = 50 s. 555km
2. ∴ Ds = 200 m.
3. Escala
a) 225 km/h. O 500km
b) 50 m/s. 7.
4. a) 20 km/h
a) t = 1,36 ∙ 10-4 s. b) 3,0 · 10–2 h
8.
b) x = 3,4 cm em relação ao emissor.
a) d = 2,0 km.
5.
b) 2 %.
a) Dt1 ≈ 0,18 s. c) Dt = 7 · 10-6 s.
b) Dt2 ≈ 0,16 ∙ 10-4 s. 9.
a) 1 · 10–11 s
b) 2 · 10-3 m
E.O. Objetivas 10. 5 m/s
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. A 2. D 3. C 4. B 5. E

6. D 7. D 8. A 9. C

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) vp/ag = 0,5 m/s.
b) v = 0,83 m/s.
c) vag = 0,67 m/s.
2.
a) v = 2,97 · 105 km/s.
b) rP = 99%.
c) Sabemos da corrida em busca de novas
armas envolvendo tecnologias nucleares.
Portanto, um primeiro interesse das na-
ções envolvidas é bélico. Além disso, a
descoberta de novas tecnologias também
pode ser aproveitada no desenvolvimento
de novos produtos, ou mesmo na redu-
ção dos custos de produção, melhorando
o poder aquisitivo e a qualidade de vida
das pessoas. Há ainda um outro interesse
que é a busca por novas fontes para pro-
dução de energia.
3. Como esta diferença compreende duas vezes
a altura da montanha em relação ao nível do
mar, esta é de 6000/2 = 3000 m.
4.
a) DS = 7,9 × 105 km.
b) α/β ≈ 30,8.
5.
a) DS = 5040m.
b) Dt = 5,6 · 10–4s.
6.
a) D = 19.995 km.
b) X = 555 km.

98
© Konstantin Tronin/Shutterstock

Aulas 7e8

Gráficos do M.R.U.
Competências 5 e 6
Habilidades 17, 19 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Gráfico horário do movimento retilíneo uniforme
O gráfico da função horária de um movimento em um sistema de coordenadas cartesianas é denominado gráfico
horário do movimento. No momento retilíneo uniforme (M.R.U), S (eixo das ordenadas) é uma função do 1º
grau em t (eixo das abscissas) e, por isso, o gráfico é uma reta não paralela ao eixo t.
Lembrando que:

S = S0 + v ∙ t
v≠0

S0 → posição inicial
S → posição final
v → velocidade constante e não nula
t → tempo

Como vimos anteriormente, em M.R.U., temos 2 tipos de movimento:


§§ Progressivo (v > 0): se o movimento é progressivo, a velocidade é positiva (reta crescente) e a partícula
movimenta-se a favor da trajetória.

§§ Retrógrado (v < 0): se o movimento é retrógrado, a velocidade é negativa (reta decrescente) e a partícula
movimenta-se no sentido contrário da trajetória.

V<0

Gráfico da velocidade do movimento retilíneo uniforme


v = constante

O gráfico da velocidade (eixo das ordenadas) em função do tempo (eixo das abscissas) será sempre uma reta
paralela ao eixo t.
Como no M.R.U. a velocidade é constante ao longo do tempo, a ordenada terá o mesmo valor para todos
os pontos (instantes de tempo).

101
Se o movimento é progressivo, a velocidade é positiva e está acima do eixo. Já em um movimento retrógra-
do, a velocidade é negativa e está abaixo do eixo.

Progressivo Retrógrado

v> 0

v< 0

Propriedade do gráfico horário


Considere novamente o gráfico horário do movimento S × t.

Pontos t S
P1 t1 S1
P2 t2 S2

Assim, pela definição de tangente, temos:

cateto oposto
   ​ ⇔ tg α = ​ ∆S
tg α = ________________
​    __ ​ ⇔ tg α = v
cateto adjacente ∆t

Portanto, no gráfico S × t, a tangente do ângulo que a função horária forma com o eixo 0t é numericamente
igual à velocidade escalar da partícula. Trata-se de uma grandeza numérica, pois a velocidade é uma grandeza
vetorial dimensional e a tg α é adimensional.
Outra propriedade é que, quando o gráfico cruza o eixo 0S, obteremos a posição inicial (S0).
Observação: quando o movimento é progressivo (v > 0), o ângulo α formado será agudo (0º < α < 90º).
Já em movimento retrógrado, o ângulo será obtuso (90º < α < 180º).

102
Exemplo de gráficos horário e de velocidade para movimento progressivo

Corpo B Corpo A
t(s) S(m) t(s) S(m)
0 0 0 4
2 8 2 8
5 20 5 14

Podemos inferir que a velocidade do corpo B é maior que a velocidade do corpo A. Isso pode ser dito, pois a tan-
gente de ângulos agudos aumenta à medida que o ângulo aumenta.
Comprovando o que foi dito anteriormente, temos:
∆S S –S
vA  =​ N​ tg α ⇔ vA = ___
​  A ​ ⇔ vA = ______
​  A 0A ​  ​ 14 – 4 ​ 
⇔ vA = _____ ⇔ vA = 2 m/s
∆t tA – t0 5 – 0
∆S S –S
vB  =​ N​ tg β ⇔ vB = ___
​  B ​ ⇔ vB = ______
​  B 0B ​  ​ 20 – 8 ​
⇔ vB = ______   ⇔ vB= 4 m/s

∆t tB – t0 5–2
Assim, o gráfico da velocidade do corpo A e B em função do tempo será:

Exemplo de gráficos horário e de velocidade para movimento retrógrado

103
Corpo A Corpo B
t(s) S(m) t(s) S(m)
0 12 0 6
4 0 1 0
5 -3 2 -6

Podemos inferir que a velocidade do corpo B é maior em módulo que a velocidade do corpo A. Isso pode ser
dito, pois a tangente de ângulo obtuso diminui, em módulo, à medida que o ângulo aumenta.

∆S S –S
vA  =​ N​ tg α ⇔ vA = ___
​  A ​ ⇔ vA = ______
​  A 0A ​  ​ 0 –  ​
⇔ vA = _____ 12  – 0 ⇔ vA = –3 m/s
∆tA tA – t0A 4
∆S S –S (-6) – 0
vB  =​ N​ tg b ⇔ vB = ___
​  B ​ ⇔ vB = ______
​  B 0B ​  ⇔ vB = ______
​  ⇔ vB= – 6 m/s
 ​ 
∆tB tB – t0B 2–1

Assim, o gráfico da velocidade do corpo A e B em função do tempo será:

VA

VB

Teoria na prática
1. (UFSC) Dois trens partem, em horários diferentes, de duas cidades situadas nas extremidades de uma ferro-
via, deslocando-se em sentidos contrários. O trem azul parte da cidade A com destino à cidade B, e o trem
vermelho da cidade B com destino à cidade A. O gráfico representa as posições dos dois trens em função do
horário, tendo como origem a cidade A (d = 0).

Considerando a situação descrita e as informações do gráfico, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) e


sua soma:
01) O tempo de percurso do trem vermelho é de 18 horas.
02) Os dois trens gastam o mesmo tempo no percurso: 12 horas.
04) O módulo da velocidade média dos trens é de 60 km/h.
08) O trem azul partiu às 4 horas da cidade A.
16) A distância entre as duas cidades é de 720 km.
32) Os dois trens se encontram às 11 horas.

104
Resolução:

01) Incorreto. O trem vermelho parte às 6 horas da cidade B e chega a cidade A às 18 horas; logo, o intervalo
de tempo será:

∆tvermelho = tf – t0 ⇔ ∆tvermelho = 18 – 6 ⇔ ∆tvermelho = 12 h

02) Correto. O trem azul parte às 4 horas da cidade A e chega à cidade B às 16 horas, tendo um intervalo de
tempo igual ao do trem vermelho.
Δtazul = tf – t0 ⇔ Δtazul = 16 – 4 ⇔ Δtazul = 12 h

04) Correto. O módulo da velocidade média dos trens será.


​ ∆S ​ ⇔ |vm| = ___
|vm| = ___ ​ 720 ​ ⇔ |vm| = 60 km/h
∆t 12
08) Correto. Vemos pelo gráfico que o trem azul parte da cidade azul às 4 horas.

16) Correto. Vemos pelo gráfico que o trem azul parte da origem (0 km) e chega aos 720 km, e o contrário
acontece com o trem vermelho.

32) Correto. No ponto de encontro, as posições dos trens são iguais; assim, temos:
SA = SV ⇔ S0,A + vA(tf – t0) = S0,V + vV(tf – t0) ⇔ 0 + 60(t - 4) = 720 – 60(t – 6) ⇔
⇔ 60t – 240 = 720 – 60t + 360 ⇔ 120t = 1320 ⇔ t = ____ ​ 1320 ​ ⇔ t = 11 h
120
Resposta: A soma das corretas é 62.

2. (PUC-PR) O gráfico mostra a variação da posição de uma partícula em função do tempo.

Analisando o gráfico, é correto afirmar:


a) É nulo o deslocamento da partícula de 0 a 15 s.
b) A velocidade da partícula é negativa entre 0 e 10 segundos.
c) A aceleração da partícula vale 20 m/s2.
d) A velocidade da partícula é nula no instante 10 s.
e) A velocidade da partícula é constante e vale 20 m/s.

Resolução:

105
No gráfico de espaço em função do tempo de M.R.U., temos sempre uma reta e, quando ela é crescente, a
velocidade será constante e positiva. A velocidade da partícula será:
(200 – 0)
∆S  ​ ⇔ v = _______
v = tg x ⇔ v = ​ ___ ​  ​ 200 ​ ⇔ v = 20 m/s
⇔ v = ___
 ​ 
∆t (20 – 10) 10

Alternativa E

Propriedade do gráfico v × t
A representação gráfica das funções horárias nos trazem muitas informações para o estudo do movimento de
um corpo. Se considerarmos a função horária das velocidades, no M.R.U. teremos, graficamente, um retângulo
composto pelo valor da velocidade e pelo intervalo de tempo considerado para o estudo. A área sob a curva será
numericamente igual ao deslocamento do móvel.
Considere um ponto material em movimento retilíneo uniforme, com velocidade v. O espaço percorrido até
o instante de tempo t1 é S1, e o espaço percorrido até o instante de tempo t2 é S2.
Tem-se:
S2 = S0 + v(t2 – t0)
S1 = S0 + v(t1 – t0)

Para calcular o deslocamento S2 – S1, subtrai-se a segunda equação da primeira, obtendo:

S2 – S1 = v t2 – v t1 ou S2 – S1 = v(t2 – t1)

É possível demonstrar que o deslocamento DS = S2 – S1 pode ser representado pela área de um retângulo,
definido pelo gráfico da velocidade em função do tempo. Considere o seguinte gráfico da velocidade do movimento.

O produto da base AB pela altura BC resulta na área do retângulo ABCD. No entanto, a base AB representa
o intervalo de tempo Dt = t2 – t1 e a altura BC do retângulo representa a velocidade v.
Portanto:

A ABCD = AB ∙ BC = v ∙ Dt ∴ A ABCD =​  N​  DS = S2 – S1

Admita-se aqui, sem demonstração, que quando o diagrama de velocidade não é uma reta paralela ao eixo
dos tempos, o movimento não é uniforme.

106
Para qualquer movimento, é válida essa propriedade do gráfico da função horária da velocidade no tempo.
Sua aplicação é geral e, em diversos casos, muito útil. Como é possível apresentar nos exemplos abaixo:

Observação: é importante lembrar que o deslocamento será positivo quando a área calculada estiver
acima do eixo x, e será negativo quando a área estiver abaixo do eixo x.

Teoria na prática
1. (FATEC) Um objeto se desloca em uma trajetória retilínea. O gráfico a seguir descreve as posições do objeto
em função do tempo.

Analise as seguintes afirmações a respeito desse movimento:


I. Entre t = 0 s e t = 4 s, o objeto executou um movimento retilíneo uniformemente acelerado.
II. Entre t = 4 s e t = 6 s, o objeto se deslocou 50 m.
III. Entre t = 4 s e t = 9 s, o objeto se deslocou com uma velocidade média de 2 m/s.
Deve-se afirmar que apenas:
a) I é correta.
b) II é correta.
c) III é correta.
d) I e II são corretas.
e) II e III são corretas.

107
Resolução:

I. Incorreta, pois o objeto se desloca em uma reta indicando um movimento retilíneo e uniforme, onde a
aceleração é nula.
II. Incorreta, pois o objeto entre os instantes t = 4 s e t = 6 s fica todo o tempo na posição de 50 metros.
III. Correta. A velocidade média do objeto entre os instantes 4 s e 9 s será:
(60 – 50)
vm = ​ ΔS
__ ​ ⇔ v = _______
​  ​ 10 ​ ⇔ vm = 2 m/s
⇔ vm = ___
 ​ 

Δt m
(9 – 4) 5

Alternativa C

2. (UFPR) Assinale a alternativa que apresenta a história que melhor se adapta ao gráfico.

a) Assim que saí de casa, lembrei que deveria ter enviado um documento para um cliente por e-mail. Re-
solvi voltar e cumprir essa tarefa. Aproveitei para responder a mais algumas mensagens e, quando me
dei conta, já havia passado mais de uma hora. Saí apressada e tomei um táxi para o escritório.
b) Saí de casa e quando vi o ônibus parado no ponto corri para pegá-lo. Infelizmente, o motorista não me
viu e partiu. Após esperar algum tempo no ponto, resolvi voltar para casa e chamar um táxi. Passado
algum tempo, o táxi me pegou na porta de casa e deixou-me no escritório.
c) Eu tinha acabado de sair de casa, quando tocou o celular e parei para atendê-lo. Era meu chefe, dizendo
que eu estava atrasado para uma reunião. Minha sorte é que, nesse momento, estava passando um táxi.
Acenei para ele e poucos minutos depois, eu já estava no escritório.
d) Tinha acabado de sair de casa quando o pneu furou. Desci do carro, troquei o pneu e finalmente pude ir
para o trabalho.
e) Saí de casa sem destino – estava apenas com vontade de andar. Após ter dado umas dez voltas na
quadra, cansei e resolvi entrar novamente em casa.

Resolução:

Pelo gráfico de posição em função do tempo, temos que encontrar uma história na qual a pessoa saia de
casa rapidamente por uma distância considerável, pare por um tempo, volte, pare de novo e vá diretamente
ao seu destino sem parar.

Alternativa B

108
3. (UFSCar) O gráfico da figura representa a distância percorrida por um homem em função do tempo. Qual é
o valor da velocidade do homem quando:

s(m)

40
30
20
10 x t(s)
10 20 30

a) t = 5 s;
b) t = 20 s.

Resolução:

a) Entre os instantes t = 0 s, e t = 10 s o homem está em um M.R.U. progressivo. Logo, a velocidade será


calculada pela tangente do gráfico.
(40 – 0)
v = tg x ⇔ v= ​ ΔS__ ​ ⇔ v = ______
​   
 ​
Δt (10 – 0)
​ 40 ​ ⇔ v = 4 m/s
⇔ V = ___
10

Resposta: A velocidade será 4 m/s.

b) Como o homem do instante t = 10 s em diante não sai da posição de 40 metros, logo, sua velocidade
no instante t = 20 s é 0 m/s.

4. (Unesp) Considere o gráfico de velocidade em função do tempo de um objeto que se move em trajetória
retilínea.

No intervalo entre 0 a 4 h, o objeto percorre efetivamente qual distância, em relação ao ponto inicial?
a) 0 km
b) 1 km
c) 2 km
d) 4 km
e) 8 km

109
Resolução:

O deslocamento de um objeto em um gráfico de velocidade em função do tempo será calculado pela área
sob a curva. Áreas acima do eixo do tempo serão positivas e áreas abaixo do eixo serão negativas.
Entre os instantes t = 1 h e t = 2 h, temos:
∆S1 = A1 ⇔ ∆S1 = 1 ∙ 4 ⇔ ∆S1 = 4 km

Entre os instantes t = 2 h e t = 3 h temos:


∆S2 = A2 ⇔ ∆S2 = 1(–6) ⇔ ∆S2 = –6km

Entre os instantes t = 3 h e t = 4 h, temos:


∆S3 = A3 ⇔ ∆S3 = 6 ∙ 1 ⇔ ∆S3 = 6 km
Assim, o espaço total será: ∆Stotal = ∆S1 + ∆S2 + ∆S3 ⇔ ∆Stotal = 4 + (–6) + 6 ⇔ ∆Stotal = 4 km

Alternativa D

5. (CFT-MG) Ana (A), Beatriz (B) e Carla (C) combinam um encontro em uma praça próxima às suas casas. O
gráfico, a seguir, representa a posição (x) em função do tempo (t), para cada uma, no intervalo de 0 a 200 s.
Considere que a contagem do tempo se inicia no momento em que elas saem de casa.

Referindo-se às informações, é correto afirmar que, durante o percurso:


a) a distância percorrida por Beatriz é maior do que a percorrida por Ana.
b) o módulo da velocidade de Beatriz é cinco vezes menor do que o de Ana.
c) o módulo da velocidade de Carla é duas vezes maior do que o de Beatriz.
d) a distância percorrida por Carla é maior do que a percorrida por suas amigas.

Resolução:

A variação de espaço de Ana será: ∆SA = 500 – 0 ⇔ ∆SA = 500 m.


A variação de espaço de Beatriz será: ∆SB = 500 – 400 ⇔ ∆SB = 100 m.
A variação de espaço de Carla será: ∆SC = 500 – 450 ⇔ ∆SC = 50 m.
∆S
A velocidade de Ana será: vA = ​ ___A ​ ⇔ vA= ___​ 500 ​ ⇔ vA= 2,5 m/s.
∆t 200
∆S
A velocidade de Beatriz será: vB = ​   ​ ⇔ vB= ___
___ B
​ 100 ​ ⇔ vB= 0,5 m/s.
∆t 200
∆S
​  50  ​ ⇔ vC = 0,25 m/s.
A velocidade de Carla será: vC = ​  ___C ​ ⇔ vC = ___
∆t 200
Alternativa B

110
6. O gráfico abaixo representa a velocidade do veículo numa viagem em função do tempo. Determine:

a) o deslocamento do veículo na viagem;


b) a velocidade média do veículo em km/h.

Resolução:

a)

Pelo gráfico, vemos que o veículo percorreu as primeiras três horas com velocidade constante de 90 km/h
e as duas últimas com velocidade de 60 km/h.
O primeiro deslocamento será numericamente igual à área 1.
∆S1 = A1 ⇔ ∆S1 = 90(3 – 0) ⇔ ∆S1 = 90 · 3 ⇔ ∆S1 = 270 km
O segundo deslocamento será numericamente igual à área 2.
∆S2 = A2 ⇔ ∆S2 = 60(5 – 3) ⇔ ∆S2 = 60 · 2 ⇔ ∆S2 = 120 km
Assim, o deslocamento total será: ∆Stotal = ∆S1 + ∆S2 ⇔ ∆Stotal = 270 + 120
⇔ ∆Stotal = 390 km.
Resposta: O deslocamento será de 390 km.

b) A velocidade média do veículo será:


vm = ​ ∆S ​  390  ​ 
__ ​ ⇔ v = ______ ​ 390 ​  ⇔ vm = 78 km/h.
⇔ vm = ___
∆t m
(5 – 0) 5
Resposta: A velocidade média será de 78 km/h.

111
INTERATIVI
A DADE

ACESSAR

Sites Deslocamento e velocidade média

www.aulas-fisica-quimica.com/9f_07.html
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/graficos-movimento-uniforme.html
minhasaulasdefisica.blogspot.com.br/2012/03/mru-graficos-do-mru.html

112
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

A interpretação de gráficos é de suma importância no nosso cotidiano, seja em notícias jornalísticas ou em apre-
sentações empresariais.
De maneira rápida e eficaz, podemos sintetizar inúmeras informações e apresentá-las na forma gráfica,
saber reconhecer quais são os principais pontos nos vestibulares ou no ENEM.
Saber compreender gráficos é uma poderosa habilidade para sintetizar o movimento dos corpos. De maneira
rápida e visual, todas as informações ficam disponíveis ao leitor.

INTERDISCIPLINARIDADE

Uma dada função do primeiro grau pode ser representada por um gráfico, sendo este uma reta. Existem duas pos-
sibilidades para este gráfico: crescente (o valor da variável dependente cresce com os valores da variável indepen-
dente) ou decrescente (os valores da variável dependente diminuem quando os valores da variável independente
cresce). De maneira fácil, relacionamos a função crescente ao sinal positivo do coeficiente da variável e a função
decrescente ao sinal negativo do coeficiente da variável.

113
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 17 - Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e


representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

A habilidade 17 sempre será recorrente nas ciências da natureza, pois a matemática é


a linguagem com a qual o Homem interpreta a Natureza. Para sintetizar uma série de
informações será recorrente a apresentação dos dados em forma de gráficos ou tabelas.
Se na aula anterior vimos que a posição é uma função do tempo, agora podemos traçar
o gráfico que representa o movimento. Isso sintetiza muito a informação e aumenta a
capacidade de análise.

Habilidade 19 - Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que con-
tribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

A habilidade 19 avalia a capacidade do estudante de avaliar métodos em solucionar


problemas. Tal qual diz o quarto eixo cognitivo “relacionar informações representadas
em diferentes formas e conhecimentos disponíveis em situações concretas para construir
argumentação consistente”. Aqui, essa capacidade pode ser explorada fazendo que o
estudante tenha que confrontar dados gráficos ou tabelas a fim de tomar uma decisão
a respeito.

Modelo 1
(Enem) O gráfico a seguir modela a distância percorrida, em km, por uma pessoa em certo período
de tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das abscissas depende da maneira como essa
pessoa se desloca.

114
Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio ou forma de locomoção e unidade de
tempo, quando são percorridos 10 km?
a) carroça - semana
b) carro - dia
c) caminhada - hora
d) bicicleta - minuto
e) avião - segundo

Análise Expositiva 1

Habilidade 19
Neste exercício, o estudante deve interpretar e analisar o gráfico em questão, sendo neces-
sário que ele relacione qual forma de locomoção foi utilizada para percorrer o intervalo de
tempo para qual a unidade de tempo faria sentido. Além de interpretação, cobra-se do estu-
dante poder dedutivo analítico.
Uma carroça pode se locomover como uma pessoa andando, 3 km/h ou 4 km/h. Neste caso,
10 km são percorridos em menos de 4 horas, e não em uma semana.
Um carro pode se locomover a 60 km/h ou mais. A 60 km/h, a distância de 10 km é realizada
em 10 minutos, e não em um dia.
Uma caminhada a 4 km/h precisa de 2 horas e meia para 10 km. E, desta forma, o diagrama
é compatível com essa situação.
Para uma bicicleta realizar 10 km em 2,5 minutos sua velocidade deveria ser de 4 km/min =
240 km/h. Fórmula 1 tudo bem, bicicleta não.
10 km em 2,5 segundos corresponde a 4 km/s = 14400 km/h. Um avião comercial viaja pró-
ximo de 1000 km/h.

Alternativa C

115
Modelo 2
(Enem) Um sistema de radar é programado para registrar automaticamente a velocidade de todos
os veículos trafegando por uma avenida, onde passam em média 300 veículos por hora, sendo 55
km/h a máxima velocidade permitida. Um levantamento estatístico dos registros do radar permi-
tiu a elaboração da distribuição percentual de veículos de acordo com sua velocidade aproximada.

A velocidade média dos veículos que trafegam nessa avenida é de:

a) 35 km/h
b) 44 km/h
c) 55 km/h
d) 76 km/h
e) 85 km/h

Análise Expositiva 2

Habilidade 17
Neste exercício, o aluno deve ser capaz de relacionar o conceito de velocidade média na
interpretação estatística do gráfico fornecido, sendo necessário no final afirmar qual é a
velocidade média dos carros que trafegam na avenida cuja velocidade média é de 55 km/h.
Típico exercício do Enem, contextualizado com os problemas sociais, necessita de muita in-
terpretação da tabela e noções de estatística.
Como o gráfico fornece a quantidade de carros que trafegam para cada velocidade média,
e calculá-la, basta calcular a média ponderada das velocidades, onde a quantidade de cada
carro corresponde ao peso. Assim temos:
20 ∙ 5 + 30 ∙ 15 + 40 ∙ 30 + 50 ∙ 40 + 60 ∙ 6 + 70 ∙ 3 + 80 ∙ 1​
Vm = ________________________________________________________
​            
100
vm = 44 km/h

Alternativa B

116
Estrutura Conceitual

Espaço

v min max
Relações
S matemáticas
Velocidade
Gráfico

Descrição do
movimento

Tempo

117
E.O. Aprendizagem a) movem-se no mesmo sentido.
b) movem-se em sentidos opostos.
c) no instante t = 0, encontram-se a 40 m uma
1. (EEWB) O gráfico abaixo representa a veloci- da outra.
dade em função do tempo de um objeto em d) movem-se com a mesma velocidade.
movimento retilíneo. Calcule a velocidade e) não se encontram.
média entre os instantes t = 0 e t = 5 h.
4. O gráfico v × t representa os movimentos de
dois automóveis, com velocidades v1 e v2. A
área hachurada representa a distância entre
os automóveis no instante t, medida ao lon-
go da mesma trajetória, no seguinte caso:
V

V1
V2
a) 5,0 m/s
b) 5,5 m/s
c) 6,0 m/s
d) 6,5 m/s
t
0 t
2. (Ifsul) Um ponto material movimentou-se a) partiram da mesma posição e em instantes
em linha reta durante 16 s e o comporta- diferentes.
mento da sua velocidade, em função do tem- b) partiram do mesmo instante e de posições
po, foi representado em um gráfico, ilustra- diferentes.
do na figura abaixo. c) partiram em instantes diferentes e de posi-
ções diferentes.
d) partiram da mesma posição e no mesmo ins-
tante.
e) em qualquer dos casos acima.

5. No gráfico abaixo, cada ponto indica o mó-


dulo da velocidade instantânea de um atleta
medida ao final de cada quilômetro percor-
rido em uma maratona de 10 km. Com base
nas informações contidas nesse gráfico e
A análise do gráfico indica que o ponto ma- considerando que o atleta partiu do repouso,
terial estava em: analise as seguintes afirmativas:
a) movimento uniformemente acelerado, entre 1. O movimento do atleta é uniformemente
os instantes 0 s e 2 s. acelerado nos primeiros 3 km.
b) repouso, somente entre os instantes 2 s e 10 s. 2. Entre os quilômetros 4 e 5, o atleta pode ter
c) movimento uniforme, entre os instantes 0 s se deslocado com velocidade constante.
e 2 s e 10 s e 12 s. 3. As informações são insuficientes para
d) repouso, entre os instantes 2 s e 10 s e entre calcular o tempo que o atleta levou para
os instantes 12 s e 16 s. percorrer os 10 km.

3. Duas partículas A e B movem-se numa mes-


ma trajetória, e o gráfico a seguir indica suas
posições (s) em função do tempo (t). Pelo
gráfico, podemos afirmar que as partículas:

s(m)

40 A
Assinale a alternativa correta.
20 a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
5 B c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
t(s) d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
0 5 10 e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

118
6. O gráfico a seguir representa a posição em Caso não tivesse reduzido a velocidade de-
função do tempo de uma partícula em movi- vido às obras, mas mantido sua velocidade
mento retilíneo uniforme sobre o eixo x. constante de 90 km/h durante os 80 s re-
presentados no gráfico, a distância adicional
x(m) que teria percorrido nessa estrada seria, em
metros, de:
8 a) 1 650.
b) 800.
c) 950.
d) 1 250.
4 e) 350.

t(s) 9. Com a intenção de se preparar para uma ma-


8 ratona, Branca de neve e Encantado começa-
É CORRETO afirmar que: ram um treino diário de corrida e pediram
a) em t = 1,0 s, x = 5,0 m. ajuda para a experiente maratonista Fada-
b) em t = 2,0 s, x = 6,0 m. madrinha. A instrutora, então, com a ajuda
c) em t = 3,0 s, x = 5,0 m. de um dispositivo eletrônico de última gera-
d) em t = 4,0 s, x = 6,0 m. ção conhecido como radar, plotou gráficos da
e) em t = 5,0 s, x = 7,0 m. velocidade de cada um pelo tempo em que
ficava observando.
7. Um carro move-se ao longo de um trecho re- Certo dia, apresentou os gráficos aos dois,
tilíneo da avenida Amazonas, variando sua utilizando para isso a mesma escala nos ei-
posição com o tempo, de acordo com a tabela xos, sendo VE a velocidade de Encantado e VB
a seguir. a velocidade de Branca de neve.

Posição (m) Tempo (s)


5253 0

5238 1
5223 2
5208 3
5193 4

5178 5

Nessa situação, é correto afirmar que o carro:


a) está parando.
b) tem velocidade constante.
c) apresenta aceleração negativa.
d) possui movimento uniformemente retardado.

8. Um motorista dirigia por uma estrada plana


e retilínea quando, por causa de obras, foi
Baseando-se nos gráficos apresentados, du-
obrigado a desacelerar seu veículo, reduzin-
rante o intervalo de tempo T observado, po-
do sua velocidade de 90 km/h (25 m/s) para
demos concluir corretamente que:
54 km/h (15 m/s). Depois de passado o tre-
a) a aceleração impressa no início por Encanta-
cho em obras, retornou à velocidade inicial
do foi maior do que a de Branca de neve.
de 90 km/h. O gráfico representa como va-
b) a velocidade máxima atingida por Branca de
riou a velocidade escalar do veículo em fun-
neve foi maior do que a de Encantado.
ção do tempo, enquanto ele passou por esse
c) Encantado foi mais longe que Branca de
trecho da rodovia. neve.
d) Branca de neve percorreu uma distância
maior do que Encantado.
e) a velocidade média de Branca de neve é me-
nor do que a de Encantado.

119
10. Analise as alternativas abaixo e assinale o 2. O gráfico abaixo indica a posição (S) em fun-
que for correto. ção do tempo (t) para um automóvel em mo-
01) O gráfico da velocidade em função do vimento num trecho horizontal e retilíneo
tempo, para um móvel descrevendo um de uma rodovia.
Movimento Retilíneo e Uniforme, é uma
reta paralela ao eixo dos tempos.
02) O gráfico da posição em função do tempo,
para um móvel descrevendo um movimen-
to Retilíneo e Uniforme, é uma reta, e o
coeficiente angular dessa reta fornece a
velocidade do móvel.
04) O gráfico do espaço percorrido em função
do tempo é uma reta para um móvel que
realiza um Movimento Uniforme qualquer.
08) O espaço percorrido por um móvel, em um
dado intervalo de tempo, pode ser obtido
calculando-se a “área sob a curva” do grá- Da análise do gráfico, pode-se afirmar que o
fico da velocidade em função do tempo, automóvel:
para aquele dado intervalo de tempo. a) está em repouso, no instante 1 min.
16) O gráfico da velocidade em função do b) possui velocidade escalar nula, entre os ins-
tempo, para um móvel descrevendo um tantes 3 min e 8 min.
Movimento Retilíneo Uniforme, é uma pa- c) sofreu deslocamento de 4 km, entre os ins-
tantes 0 min e 3 min.
rábola.
d) descreve movimento progressivo, entre os
instantes 1 min e 10 min.
E.O. Fixação e) tem a sua posição inicial coincidente com a
origem da trajetória.

1. O jipe-robô Curiosity da NASA chegou a Mar-


3. Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio
te, em agosto de 2012, carregando consigo
de bicicleta em torno de uma lagoa.
câmeras de alta resolução e um sofisticado
Neste gráfico, está registrada a distância que
laboratório de análises químicas para uma
rotina de testes. Da Terra, uma equipe de cada uma delas percorre, em função do tem-
técnicos comandava seus movimentos e lhe po:
enviava as tarefas que deveria realizar.
Imagine que, ao verem a imagem de uma ro-
cha muito peculiar, os técnicos da NASA, no
desejo de que o Curiosity a analisasse, deter-
minam uma trajetória reta que une o ponto
de observação até a rocha e instruem o robô
para iniciar seu deslocamento, que teve du-
ração de uma hora.
Nesse intervalo de tempo, o Curiosity desen-
volveu as velocidades indicadas no gráfico.
O deslocamento total realizado pelo Curiosi-
ty do ponto de observação ao seu destino foi,
em metros:

Após 30 minutos do início do percurso, Tâ-


nia avisa a Ângela, por telefone, que acaba
de passar pela igreja.
Com base nessas informações, são feitas
duas observações:
I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após
o telefonema de Tânia.
II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia
está 4 km à sua frente.
Considerando-se a situação descrita, é COR-
a) 9. RETO afirmar que:
b) 6. a) apenas a observação I está certa.
c) 4. b) apenas a observação II está certa.
d) 2. c) ambas as observações estão certas.
e) 1. d) nenhuma das duas observações está certa.

120
4. Toda manhã, um ciclista com sua bicicleta
pedala na orla de Boa Viagem durante 2 ho-
ras. Curioso para saber sua velocidade mé-
dia, ele esboçou o gráfico velocidade esca-
lar em função do tempo, conforme a figura
abaixo. A velocidade média, em km/h, entre
o intervalo de tempo de 0 a 2 h, vale:

a) corpo 1.
b) corpo 4.
c) corpo 2.
d) corpo 3.

7. (UEL) Dois móveis partem simultaneamente


a) 3. de um mesmo ponto e suas velocidades estão
b) 4. representadas no mesmo gráfico a seguir.
c) 6. V(m/s)
d) 8.
A
e) 9. 12

5. (CFT-CE) Observe o gráfico a seguir: 8 B

t(s)
0 15 30

A diferença entre as distâncias percorridas


pelos dois móveis, nos 30 s, é igual a
a) zero.
b) 60 m.
c) 120 m.
d) 180 m.
e) 300 m.
(Fonte: http://geocities.yahoo.com.br/saladefisica8/)

Procure associar os pontos 1, 2 e 3 do gráfico 8. O gráfico a seguir mostra a posição, em fun-


com as figuras A, B e C. A correspondência ção do tempo, de três carros que se movem
verdadeira é: no mesmo sentido e na mesma estrada retilí-
a) 1A – 2B – 3C. nea. O intervalo de tempo que o carro Z leva
b) 1B – 2C – 3A. entre ultrapassar o carro X e depois ultrapas-
c) 1A – 2C – 3B. sar o carro Y é de:
d) 1C – 2B – 3A.
e) 1B – 2A – 3C.

6. (UFLA) Quatro corpos 1, 2, 3 e 4 movem-se


em uma trajetória retilínea e o diagrama
velocidade versus tempo de cada um deles
é mostrado a seguir. Considerando que to-
dos os corpos partiram do mesmo ponto, é
CORRETO afirmar que o corpo que está mais
próximo do ponto de partida no instante
t = 10 s é o representado na alternativa:
a) 10 s.
b) 15 s.
c) 20 s.
d) 25 s.
e) 30 s.

121
9. A cidade de João Câmara, a 80 km de Na- a) –37,50 m.
tal, no Rio Grande do Norte (RN), tem sido b) –12,50 m.
o epicentro (ponto da terrestre atingido em c) 12,50 m.
primeiro lugar, e com mais intensidade, pe- d) 37,50 m.
las ondas sísmicas) de alguns terremotos e) 62,50 m.
ocorridos nesse estado. O departamento de
Física da UFRN tem um grupo de pesquisa-
dores que trabalham na área de sismologia E.O. Complementar
utilizando um sismógrafo instalado nas suas
dependências, para detecção de terremotos. 1. O gráfico abaixo representa a velocidade (v)
Num terremoto, em geral, duas ondas, deno- de uma partícula que se desloca sobre uma
minadas de primária (P) e secundária (S),
reta em função do tempo (t). O deslocamen-
percorrem o interior da Terra com velocida-
to da partícula, no intervalo de 0 s a 8 s, foi de:
des diferentes.
Admita que as informações contidas no grá-
fico adiante são referentes a um dos terre-
motos ocorridos no RN. Considere ainda que
a origem dos eixos da figura é coincidente
com a posição da cidade de João Câmara.
Distância (km)

100
Natal 80
P S
60
40
20
João a) –32m.
Câmara 0 4 8 12 16 20 24 28 tempo (s) b) –16m.
c) 0 m.
Dados referentes às ondas P e S, associados d) 16 m.
a um terremoto ocorrido no Rio Grande do e) 32 m.
Norte. Diante das informações contidas no
gráfico, é correto afirmar que a onda mais TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
rápida e a diferença de tempo de chegada
das ondas P e S no sismógrafo da UFRN, em Um objeto que não pode ser considerado uma
Natal, correspondem, respectivamente: partícula é solto de uma dada altura sobre
a) a onda S e 4 segundos. um lago. O gráfico ao lado apresenta a velo-
b) a onda P e 8 segundos. cidade desse objeto em função do tempo. No
c) a onda P e 16 segundos. tempo t = 1, 0 s, o objeto toca a superfície da
d) a onda S e 24 segundos. água. Despreze somente a resistência no ar.

10.
x (m)

25,00
t(s)
0 30,00

Correndo com uma bicicleta, ao longo de um


trecho retilíneo de uma ciclovia, uma crian-
ça mantém a velocidade constante de módu- 2. (UEL) Qual a profundidade do lago?
lo igual a 2,50 m/s. O diagrama horário da a) 1 m
posição para esse movimento está ilustrado b) 5 m
na figura. Segundo o referencial adotado, no c) 7 m
instante t = 15,00 s, a posição x da criança d) 100 m
é igual a: e) 1000 m

122
3. O alto custo das passagens de ônibus e as 5. O gráfico a seguir representa a posição de
diversas atividades realizadas pelos jovens, uma partícula em função do tempo. Qual a
que os obrigam a se deslocarem de suas casas velocidade média da partícula, em m/s, en-
em diferentes horários, têm comprometido o tre os instantes t = 2,0 min e t = 6,0 min?
orçamento familiar destinado ao transporte x(m)
dos filhos. Pretendendo diminuir os gastos
de sua família com transportes, Paulo deixou 8,0 X 102
de ir à escola de ônibus, passando a utilizar
a bicicleta. 6,0 X 102
No trajeto casa-escola, o ônibus percorre 10
4,0 X 102
km.
Paulo usa um atalho e vai de casa à escola 2,0 X 102
percorrendo 8,0 km com velocidade média
de 15 km/h. 0
O gráfico representa a velocidade média do 0 1,5 3,0 4,5 6,0 t(min)
ônibus, em alguns intervalos de tempo, du- a) 1,5
rante 40 minutos, a partir da casa de Paulo, no b) 2,5
mesmo horário em que ele vai para a escola. c) 3,5
d) 4,5
e) 5,5

E.O. Dissertativo
1. Um veículo A passa por um posto policial a
uma velocidade constante acima do permiti-
do no local. Pouco tempo depois, um policial
Supondo que Paulo e o ônibus partem juntos em um veículo B parte em perseguição ao
veículo A. Os movimentos dos veículos são
do mesmo ponto, é correto afirmar que:
a) o ônibus chega à escola 2,0 minutos depois descritos nos gráficos da figura.
de Paulo. 50
b) Paulo e o ônibus chegam juntos à escola em B
32 minutos. 40
c) a velocidade média do ônibus durante o tra- 30
v(m/s)

jeto casa-escola é 30 km/h. A


d) Paulo chega à escola 2,0 minutos depois do 20
ônibus.
10
e) o ônibus chega à escola 8,0 minutos depois
de Paulo. 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
t(s)
4.
S(m) Tomando o posto policial como referência
para estabelecer as posições dos veículos e
50
utilizando as informações do gráfico, calcule:
a) a distância que separa o veículo B de A no
instante t = 15,0 s.
b) o instante que o veículo B alcança o veículo A.
0 10 20 30 40 t

No gráfico, representam-se as posições ocu- 2. (Udesc) A posição de um corpo varia em fun-


padas por um corpo que se desloca numa tra- ção do tempo, de acordo com o gráfico a se-
jetória retilínea, em função do tempo. guir.
Pode-se, então, afirmar que o módulo da ve-
d(m)
locidade do corpo:
a) aumenta no intervalo de 0 s a 10 s.
b) diminui no intervalo de 20 s a 40 s.
c) tem o mesmo valor em todos os diferentes
intervalos de tempo.
30
d) é constante e diferente de zero no intervalo
de 10 s a 20 s.
e) é maior no intervalo de 0 s a 10 s. 0 10 20 30 40 t(s)

123
Determine, DESCREVENDO passo a passo, os 5. A figura mostra um gráfico da velocidade em
raciocínios adotados na solução das questões função do tempo para um veículo que realiza
adiante: um movimento composto de movimentos re-
a) a posição do corpo no instante 5 segundos; tilíneos uniformes. Sabendo-se que em t = 0
b) a velocidade no instante 15 segundos; a posição do veículo é x0 = +50 km, calcule a
c) a posição no instante 25 segundos. posição do veículo no instante t = 4,0 h, em
km.
3. Um carro, A, está parado diante de um semá-
v (km/h)
foro. Quando a luz verde se acende, A se põe
20
em movimento e, nesse instante, outro car-
15
ro, B, movimentando-se no mesmo sentido,
10
o ultrapassa. Os gráficos seguintes represen-
tam a velocidade em função do tempo, para
0
cada um dos carros, a partir do instante em 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 tb (h)
que a luz verde se acende.

velocidade 12 -15
(m/s) -20

6 o
Carro A 6. A posição de um automóvel em viagem en-
0 tre duas cidades foi registrada em função do
0 5 10 15 20 tempo (s)
tempo. O gráfico a seguir resume as observa-
ções realizadas do início ao fim da viagem.
velocidade 12
(m/s)
120
6
100
Carro B
posição (km)

0
0 5 10 15 20 tempo (s)
50
a) Examinando os gráficos, determine o instan-
te em que as velocidades de ambos os carros
se igualam. 0
0 1,0 1,8 3,0 tempo(h)
b) Nesse instante, qual a distância entre os
dois carros? a) Indique durante quanto tempo o carro per-
maneceu parado.
4. Duas partículas se deslocam ao longo de uma
b) Calcule a velocidade escalar média do carro
mesma trajetória. A figura a seguir repre-
nessa viagem.
senta, em gráfico cartesiano, como suas ve-
locidades variam em função do tempo.
7. O gráfico descreve a posição x, em função do
V(m/s) tempo, de um pequeno inseto que se move
ao longo de um fio. Calcule a velocidade do
inseto, em cm/s, no instante t = 5,0 s.

4 x(cm)

100
80
60
2 40
t(s)
20
Suponha que no instante em que se inicia- 0
ram as observações (t = 0) elas se encontra- 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 t(s)
vam na mesma posição.
a) Determine o instante em que elas voltam a
se encontrar. 8. (UFRJ) O gráfico a seguir mostra a abscissa da
b) Calcule a maior distância entre elas, desde o posição de uma partícula que se move ao lon-
instante em que se iniciaram as observações go do eixo x em função do tempo t e destaca
até o instante em que voltam a se encontrar. três instantes de tempo distintos t1, t2 e t3.

124
x(m) tempo a VELOCIDADE do corredor é aproxi-
madamente constante?

10
a) Entre 0 e 1 segundo.
b) Entre 1 e 5 segundos.
c) Entre 5 e 8 segundos.
d) Entre 8 e 11 segundos.
e) Entre 12 e 15 segundos.
t1 5 t2 10 15 t3 20 t(s)

Coloque em ordem crescente os valores das E.O. UERJ


velocidades escalares instantâneas da partí-
cula nos instantes t1, t2 e t3. Justifique a sua Exame de Qualificação
resposta.
1. (UERJ) Em uma pista de competição, quatro
9. Considerando um diagrama v x t, onde v é a carrinhos elétricos, numerados de I a IV, são
velocidade instantânea de uma partícula no movimentados de acordo com o gráfico v × t
instante t, o que representa a área sob a curva? a seguir.

E.O. Enem
1. (Enem) O gráfico a seguir modela a distância
percorrida, em km, por uma pessoa em certo
período de tempo. A escala de tempo a ser
adotada para o eixo das abscissas depende
da maneira como essa pessoa se desloca.

10 km
O carrinho que percorreu a maior distância
em 4 segundos tem a seguinte numeração:
a) I.
b) II.
c) III.
0 1 2 Tempo d) IV.
Qual é a opção que apresenta a melhor associa-
ção entre meio ou forma de locomoção e unida- 2. (UERJ) Um professor e seus alunos fizeram
de de tempo, quando são percorridos 10 km? uma viagem de metrô para estudar alguns
conceitos de cinemática escalar. Durante o
a) carroça – semana
percurso verificaram que, sempre que partia
b) carro – dia
de uma estação, a composição deslocava-se
c) caminhada – hora
d) bicicleta – minuto com aceleração praticamente constante du-
e) avião – segundo rante 15 segundos e, a partir de então, du-
rante um intervalo de tempo igual a T se-
2. (Enem) Em uma prova de 100 m rasos, o de- gundos, com velocidade constante.
sempenho típico de um corredor padrão é O gráfico que melhor descreve a variação
representado pelo gráfico a seguir: temporal da velocidade v da composição, ob-
12 servada a partir de cada estação, é:
a)
10 V
velocidade (ms)

6
15 15+T (s)
4

2 b)
V
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (s)
Baseado no gráfico, em que intervalo de 15 15+T (s)

125
c) 5. (UERJ) O gráfico a seguir representa a indi-
V cação da velocidade de um carro em movi-
mento, em função do tempo.
v (m/s)
15 15+T (s)
20
d)
V
10

A
15 15+T (s)
0 4 6 10 t (s)

O deslocamento do carro entre os instantes 4 s


3. (UERJ) O gráfico a seguir representa a variação
e 10 s, em metros, é igual a:
da velocidade v em relação ao tempo t de dois a) 50.
móveis A e B, que partem da mesma origem. b) 72.
v (m/s) c) 110.
d) 150.
50
B

E.O. UERJ
40
A
30

20 Exame Discursivo
10
1. (UERJ) A velocidade de um corpo que se
0 t (s)
desloca ao longo de uma reta, em função do
1 2 3 4 5
tempo, é representada pelo seguinte gráfico:
A distância, em metros, entre os móveis, no v(m/s)
instante em que eles alcançam a mesma ve-
locidade, é igual a: 15
a) 5.
b) 10. 10
c) 15.
d) 20. 5

0 10 20 30 t(s)
4. (UERJ) A função que descreve a dependên-
cia temporal da posição S de um ponto mate- Calcule a velocidade média desse corpo no
rial é representada pelo gráfico a seguir. intervalo entre 0 e 30 segundos.

s(m)
2. (UERJ) A distância entre duas estações de
metrô é igual a 2,52 km. Partindo do repou-
12 so na primeira estação, um trem deve chegar
8
à segunda estação em um intervalo de tem-
po de três minutos. O trem acelera com uma
4 taxa constante até atingir sua velocidade
máxima no trajeto, igual a 16 m/s. Permane-
0 1 2 3 4 5 t(s) ce com essa velocidade por um certo tempo.
-4
Em seguida, desacelera com a mesma taxa
(RAMALHO JÚNIOR, Francisco et alii. "Os fundamentos
anterior até parar na segunda estação.
da física." São Paulo: Moderna, 1993.)
a) Calcule a velocidade média do trem, em m/s.
Sabendo que a equação geral do movimento b) Esboce o gráfico velocidade × tempo e calcu-
é do tipo S = A + B ∙ t + C ∙ t2, os valores nu- le o tempo gasto para alcançar a velocidade
méricos das constantes A, B e C são, respec- máxima, em segundos.
tivamente:
a) 0, 12, 4.
b) 0, 12, –4.
c) 12, 4, 0.
d) 12, –4, 0.

126
E.O. Objetivas a) 5.
b) 25.
c) 15.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) d) 20.
e) 10.
1. (Unicamp 2017) O semáforo é um dos re-
cursos utilizados para organizar o tráfego 3. (Unesp) Duas carretas, A e B, cada uma com
de veículos e de pedestres nas grandes cida- 25 m de comprimento, transitam em uma
des. Considere que um carro trafega em um rodovia, no mesmo sentido e com velocida-
trecho de uma via retilínea, em que temos des constantes. Estando a carreta A atrás de
3 semáforos. O gráfico abaixo mostra a ve- B, porém movendo-se com velocidade maior
locidade do carro, em função do tempo, ao que a de B, A inicia uma ultrapassagem so-
passar por esse trecho em que o carro teve bre B. O gráfico mostra o deslocamento de
que parar nos três semáforos. ambas as carretas em função do tempo.
x (m)
14 250
225
12 200
175
velocidade (m/s)

10
150
8 125
100
6 75
50
4
25
2 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t(s)
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
tempo (s) Considere que a ultrapassagem começa em
t = 0, quando a frente da carreta A esteja ali-
A distância entre o primeiro e o terceiro se- nhada com a traseira de B, e termina quando
máforo é de: a traseira da carreta A esteja alinhada com a
a) 330 m. frente de B. O instante em que A completa a
b) 440 m. ultrapassagem sobre B é:
c) 150 m. a) 2,0 s.
d) 180 m. b) 4,0 s.
c) 6,0 s.
d) 8,0 s.
2. (Unesp) Os dois primeiros colocados de uma
e) 10,0 s.
prova de 100 m rasos de um campeonato de
atletismo foram, respectivamente, os corre-
dores A e B. O gráfico representa as velocida- 4. (Unesp) Os gráficos na figura representam as
des escalares desses dois corredores em função posições de dois veículos, A e B, deslocando-
do tempo, desde o instante da largada (t = 0) -se sobre uma estrada retilínea, em função do
até os instantes em que eles cruzaram a li- tempo.
nha de chegada. posição
veículo A

veículo B

0
U tempo t

A partir desses gráficos, é possível concluir


que, no intervalo de 0 a t,
a) a velocidade do veículo A é maior que a do
Analisando as informações do gráfico, é cor- veículo B.
reto afirmar que, no instante em que o cor- b) a aceleração do veículo A é maior que a do
redor A cruzou a linha de chegada, faltava veículo B.
ainda, para o corredor B completar a prova, c) o veículo A está se deslocando à frente do
uma distância, em metros, igual a veículo B.

127
d) os veículos A e B estão se deslocando um ao Considerando que os automóveis se mante-
lado do outro. nham em trajetórias retilíneas e paralelas,
e) a distância percorrida pelo veículo A é maior calcule o módulo do deslocamento sofrido
que a percorrida pelo veículo B. pelo carro A entre os instantes 0 e 15 s e o
instante t, em segundos, em que a diferença
5. (Fuvest) Dois trens A e B fazem manobra em entre as coordenadas xA e xB, dos pontos A e
uma estação ferroviária deslocando-se para- B, será igual a 332 m.
lelamente sobre trilhos retilíneos. No ins-
tante t = 0 s eles estão lado a lado. O gráfico
representa as velocidades dos dois trens a 2. (Unesp) O gráfico na figura descreve o mo-
partir do instante t = 0 s até t = 150 s, quan- vimento de um caminhão de coleta de lixo
do termina a manobra. A distância entre os em uma rua reta e plana, durante 15 s de
dois trens no final da manobra é: trabalho.
V(m/s)
14
12
10
8
6
4
2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 t(s)
a) 0 m.
b) 50 m. a) Calcule a distância total percorrida neste in-
c) 100 m. tervalo de tempo.
d) 250 m. b) Calcule a velocidade média do veículo.
e) 500 m.
3. (Unicamp) A figura a seguir mostra o esque-
E.O. Dissertativas ma simplificado de um dispositivo colocado
em uma rua para controle de velocidade de
automóveis (dispositivo popularmente cha-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) mado de radar).
Os sensores S1 e S2 e a câmera estão ligados
1. (Unesp) Dois automóveis estão parados em a um computador. Os sensores enviam um
um semáforo para pedestres localizado em sinal ao computador sempre que são pressio-
uma rua plana e retilínea. Considere o eixo nados pelas rodas de um veículo. Se a velo-
x paralelo à rua e orientado para direita, que cidade do veículo está acima da permitida, o
os pontos A e B da figura representam esses computador envia um sinal para que a câme-
automóveis e que as coordenadas xA(0) = 0 ra fotografe sua placa traseira no momento
e xB(0) = 3, em metros, indicam as posições em que esta estiver sobre a linha tracejada.
iniciais dos automóveis. Para um certo veículo, os sinais dos sensores
foram os seguintes:

Os carros partem simultaneamente em sen-


tidos opostos e suas velocidades escalares
variam em função do tempo, conforme re-
presentado no gráfico.

a) Determine a velocidade do veículo em km/h.


b) Calcule a distância entre os eixos do veículo.

128
Gabarito E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
E.O. Aprendizagem 1. A 2. D 3. D 4. C 5. D
1. D 2. A 3. B 4. D 5. E

6. D 7.B 8. E 9. D E.O. Dissertativas


10. 01 + 02 + 04 + 08 = 15 (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
∆x = 125 m
1.
t = 20 s.
E.O. Fixação 2.
1. B 2. B 3. C 4. D 5. D a) 60 m.
b) 4m/s.
6. D 7. A 8. C 9. B 10. E 3.
a) 72 km/h;
E.O. Complementar b) 3 m.

1. C 2. C 3. D 4. E 5. B

E.O. Dissertativo
1.
a) 250 m.
b) 40,0 s.
2.
a) 30 m.
b) -3,0 m/s.
c) 7,5 m.
3.
a) t = 10 s.
b) d = 60 m.
4.
a) 4,0 s.
b) 4,0 m.
5.
+25 km.
6.
a) 48 minutos.
b) 40 km/h.
7.
20 cm/s.
8.
Em ordem crescente: v(t2), v(t3), v(t1).
9.
A distância percorrida entre dois instantes.

E.O. Enem
1. C 2. C

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. B 2. A 3. C 4. D 5. C

E.O. UERJ
Exame Discursivo
1.
A velocidade média é v = ∆S/∆t = 300/30 = 10 m/s.
2.
a) Vm = 14 m/s.
b) ∆t = 22,5 s.

129
© HodagMedia/Shutterstock

Aulas 9 e 10

M.R.U.V.
Competência 6
Habilidades 19 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Conceito de aceleração
Analisamos, inicialmente, que a velocidade é a rapidez com que um corpo muda sua posição ao longo do tempo, e,
em seguida, estudamos um caso especial em que a velocidade permanecia constante ao longo do tempo. No nosso
cotidiano, no entanto, percebemos que nós e os objetos que nos cercam não estão sempre necessariamente com
velocidade constante, pelo contrário, vemos que os objetos possuem uma determinada velocidade em um instante
e, em um instante posterior, possuem outra velocidade. Esse é o caso, por exemplo, de um carro inicialmente em
repouso que adquire velocidade, mas, ao se aproximar de um semáforo com o sinal vermelho, reduz sua velocidade
até o repouso.
Precisamos então definir uma nova grandeza que esteja relacionada com essa variação da velocidade. A
aceleração é definida como sendo a rapidez com que um corpo varia sua velocidade.

A ideia de aceleração está sempre ligada à variação da velocidade.

Aceleração escalar média

Suponhamos que a velocidade escalar de uma partícula, em um instante t1 seja v1, e em um instante posterior, t2,
a velocidade escalar seja v2. A aceleração escalar média (am) da partícula entre esses dois instantes de tempo
é definida como sendo a variação da velocidade dividida pelo tempo transcorrido:

v –v
am = ​ Dv
___ ​ = _____
​  2 1 ​  
Dt t2 – t1

Nessa definição, a unidade de aceleração é igual à razão entre a unidade de velocidade e a unidade de
tempo. No SI, temos:

m ​ 
​ __
m/s
​  s ​  = ​  ss  ​ = __
___ __ ​ m ​ ⋅ __
​ 1 ​ = __
​ m2 ​ = m ⋅ s–2
​ __  ​ s s s
1

Como o intervalo de tempo ∆t é sempre positivo, o sinal da aceleração escalar média é igual ao sinal da
variação de velocidade ∆v.
§§ Se vf > vi, temos (vf – vi) > 0 e a > 0.
§§ Se vf < vi, temos (vf – vi) < 0 e a < 0.
Observe que no caso de movimento retilíneo uniforme, vf = vi, e, portanto (vf – vi) = 0, ou seja, a = 0. Desse
modo, a aceleração é nula no movimento retilíneo uniforme.

133
Unidades de aceleração
A unidade de aceleração é a razão entre uma unidade de velocidade e uma unidade de tempo, por exemplo:
km/h
1​ ____
s ​
  

Contudo, essa unidade não pertence ao SI. O seguinte exemplo ilustra a unidade de aceleração no SI e seu
significado: uma pedra cai de uma determinada altura e sua velocidade é de vi = 5 m/s, logo, após iniciar a queda.
Após um intervalo de tempo ∆t = 2 s, sua velocidade é de vf = 25 m/s. A aceleração da pedra é:
v f – vi
a = ​ _____ ​
  ​ 25 m/s –  ​
   5 m/s 
  = ____________ ​ 20 m/s
= ______ ​  ​ 10 sm/s
 ou a = ______ ​  

Dt 2 s 2 s
Esse resultado mostra que a velocidade de pedra aumenta em 10 m/s a cada 1 s. Então, no SI, a unidade de
aceleração é 1 (m/s)/s, que se costuma escrever da seguinte maneira:
m/s ​  = 1​ __
1​ ___ m ​ ∙ __
1 m
___
s s ​  s ​ = 1 ​ s2 ​ 
Em geral, o resultado anterior é apresentado da forma a = 10 m/s2. Destacamos, então:

No SI, a unidade de aceleração é 1 m/s2. A velocidade varia de 1 m/s a cada 1 s.

Movimentos acelerado e retardado


Vimos que o movimento pode ser classificado como progressivo ou como retrógrado, agora podemos caracterizar
ainda mais o movimento. Dizemos que o movimento é acelerado quando, em módulo, a velocidade aumenta com
o tempo e que um movimento é retardado (freado) quando o módulo da velocidade diminui com o tempo. Mate-
maticamente, percebe-se que o sinal da aceleração e o sinal da velocidade no movimento acelerado são idênticos
e no movimento retardado os sinais são opostos.

§§ a > 0 e v > 0 ou a < 0 e v < 0 o movimento é acelerado (a e v têm o mesmo sinal).


§§ a > 0 e v < 0 ou a < 0 e v > 0 o movimento é retardado (a e v têm sinais diferentes).

Por exemplo, se um carro tem velocidade v1 = 10 m/s em t1 e num instante posterior t2 sua velocidade é de
v2 = 30 m/s, dizemos que o movimento é acelerado. O mesmo ocorre se v1 = –10 m/s em t1 e num instante posterior
t2 sua velocidade é de v2 = –30 m/s. Porém, se em t1 sua velocidade é de v1 = 30 m e num instante seguinte t2 ela
diminui para v2 = 20 m/s, seu movimento é dito retardado.
§§ O movimento é acelerado se o módulo da velocidade aumentar:

movimento acelerado ⇒ |v| aumenta

134
§§ O movimento é retardado se o módulo da velocidade diminui:
movimento retardado ⇒ |v| diminui
Agora, podemos classificar o movimento como sendo progressivo acelerado, progressivo retardado, retró-
grado acelerado ou retrógrado retardado. Note ainda que o fato do movimento ser progressivo ou retrógrado é
devido a uma escolha da orientação, mas o movimento ser acelerado ou retardado não tem relação alguma com
a escolha da orientação.

Teoria na prática
1. Um automóvel se desloca por uma estrada, e sua velocidade aumenta ao longo do tempo. Em um determi-
nado instante, o automóvel tem velocidade escalar de 54 km/h e, após 2,0 segundos, sua velocidade passa
a ser 72 km/h. Vamos determinar a aceleração escalar média do automóvel nesse intervalo de tempo.
Resolução:
O intervalo de tempo é Dt = 2,0 s.
A variação de velocidade escalar nesse intervalo de tempo foi:
Dv = (72 km/h) – (54 km/h) ⇒ Dv = 18 km/h
Como o intervalo de tempo foi dado em segundos, façamos a transformação da unidade de velocidade:
​ 18  ​ m/s = 5 m/s
Dv = 18 km/h = ___
3,6
Então, calculamos a aceleração:
5,0 m/s
am = ​ Dv
___ ​ = ______
​   ​ 

= 2,5 m/s2
Dt 2,0 s
Esse resultado mostra que, em média, a velocidade aumentou 2,5 m/s a cada segundo.

2. Um carro de corrida é acelerado de forma que sua velocidade em função do tempo é dada conforme a tabela:
t(s) 3 6 9
v(m/s) 20 30 60

Determine o valor da aceleração média desse carro entre t1 = 3 s e t2 = 9 s.


Resolução:
Fazendo um desenho ilustrativo do problema, temos:

A variação de tempo e de velocidade entre os instantes t = 3 s e t = 9 s serão:


Δt = 9 – 3 = 6 s
Δv = v3 – v1 = 60 – 20 = 40 m/s
Assim, a aceleração média será:
am = ​ Δv ​ 40 ​ = 6,67 m/s2
___  ​ = ___
Δt 6
Resposta: A aceleração será de 6,67 m/s2.

Observação: vimos que a velocidade é a variação do espaço no tempo, também vimos que a aceleração
é a variação da velocidade no tempo. Não há nenhuma grandeza associada à variação da aceleração no tempo,
todos os exercícios de cinemática são resolvidos em função da posição, velocidade, aceleração e tempo.

135
Movimento retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V.)
Além da aceleração escalar média (am), define-se também a aceleração escalar instantânea (a), que é a aceleração
escalar em um instante de tempo bastante curto. Vamos considerar o caso em que a aceleração escalar instantânea
é constante. Nesse caso, em qualquer intervalo de tempo, a aceleração escalar média tem o mesmo valor e é igual
ao valor da aceleração escalar instantânea.

aceleração constante ⇒ a = am = ​  Dv
___ ​ 
Dt

Como exemplo, a tabela abaixo mostra as velocidades escalares de uma partícula em intervalos de 1 se-
gundo. A velocidade varia de modo regular, isto é, a cada 1 segundo, o aumento da velocidade é 2 m/s. Portanto, a
aceleração escalar é constante e dada por:
a = 2 m/s por segundo = 2 m/s2

t (s) v (m/s)
0 5

1 7

2 9

3 11

4 13

No caso em que a aceleração é constante e não nula, temos um movimento uniforme.


se a = 0 → v é constante → o movimento é uniforme

Funções horárias
Considere uma partícula realizando um movimento uniformemente variado em uma linha, como na figura abaixo.
No instante inicial (t = 0), a partícula passa pelo ponto de posição S0, com velocidade escalar v0. Depois de algum
tempo, em um instante qualquer t, a partícula passa pelo ponto de posição S, com velocidade escalar v. Sendo a
aceleração escalar constante ao longo de toda trajetória

Temos que pela definição da aceleração:


v – v0
a = ​ Dv
___ ​ = ​ _____ ​  
Dt t – t0
Rearranjando a equação:
v – v0 = a ∙ t
Assim:

v = v0 + a ∙ t

Esta equação é a função horária da velocidade escalar.

136
É possível demonstrar que a velocidade média no movimento retilíneo uniformemente variado é dada por:

v + v0
vm = _____
​   ​   
2

E a partir da definição de velocidade média:


S – S0
vm = ​ DS
___ ​ = ​ _____  ​ 
Dt t – t0
Podemos combinar ambas as equações de modo que para t0 igual a zero, temos:
(v + v) (t – 0) ______
(v + v)t
DS = ___________
​  0  ​  = ​  0  ​
    
2 2
Utilizando a função horária da velocidade escalar v = v0 + a ⋅ t e Ds = s – s0, obtemos:
(v0 + v0 + at)t 2v
___________ t + at2
________ at2 ​ 
S – S0 = ​   ​   
= ​  0
 ​   = v0t + ​ ___
2 2 2
Assim:

​ 1 ​ ∙ a ∙ t2
S = S0 + v0 ∙ t + __
2

Esta equação é a função horária da posição.

Observação: Para t0 diferente de zero, temos as equações:


v = v0 + a ∙ (t – t0)
​ 1 ​  · a · (t – t0)2
S = S0 + v0 ∙ (t – t0) + __
2
Teoria na prática
1. (UFAL) A velocidade de um móvel aumenta, de maneira uniforme, 2,4 m/s a cada 3,0 s. Em certo instante
a velocidade do móvel é de 12 m/s. A partir desse instante, nos próximos 5,0 s a distância percorrida pelo
móvel, em metros, é igual a:
a) 10.
b) 30.
c) 60.
d) 70.
e) 90.

Resolução:

O enunciado nos diz que a velocidade aumenta a uma taxa de 2,4 m/s em 3 s, assim a aceleração do móvel
será:
2,4
a = ​ Δv
___  ​ = ___
​   ​ = +0,8 m/s2
Δt 3

Admitindo o início da trajetória o móvel com velocidade de 12 m/s, após 5 s aplicaremos a função horária
da posição em M.R.U.V. para encontrar a distância percorrida.

​ at ​ 
2
S = S0 + v0t + ___
2
0,8(5)2
S – S0 = 12 ∙ (5) + ______
​   ​   = 60 + 0,4 ∙ (25) = 60 + 10 = 70 m
2

Altenativa D

137
2. (UFBA) Um corpo que parte do repouso deve percorrer uma distância de 3000 m. Os primeiros 220 m ele os
percorre em 8 s, sendo que o movimento é uniformemente acelerado. O restante é percorrido a velocidade
constante igual à atingida quando ele alcançou aqueles 220 m. O tempo total aproximado para realizar
todo o percurso será de:
a) 20 s.
b) 30 s.
c) 50 s.
d) 58 s.

Resolução:

Nos primeiros 8 segundos, o corpo percorre 220 m partindo do repouso. Aplicando a função horária do
movimento retilíneo uniformemente acelerado, temos:

​ at ​ 
2
S = S0 + v0t + ___
2
(8)²
220 = 0 + 0 ∙ 8 + a ∙ ___​   ​  
2
220 = ___​ 64a ​  
2
​ 220 ​ = 6,875 m/s2
a = ___
32
Nos mesmos 8 segundos, aplicaremos a função horária da velocidade escalar para obter a velocidade final
do corpo:

v = v0 + at = 0 + 6,875 ∙ 8 = 55 m/s

No enunciado temos que esta velocidade permanece constante e ainda faltam 2780 metros para o corpo
percorrer. Assim, o segundo intervalo de tempo será:

​ ∆S ​ 
v = __
∆t
​ 2780 ​
55 = ____  

∆t

​ 556 ​ s
∆t = ___
11
​ 556 ​ = 58,54 ≈ 58 s.
O tempo total será: ttotal = 8 + ___
11
Altenativa D

3. A figura abaixo ilustra uma partícula com movimento uniformemente variado, com aceleração a = 6 m/s2. A
partícula passa pelo ponto de posição 10 m e velocidade escalar 4 m/s no instante t0 = 0.

a) No instante t = 5 s, qual é a posição e a velocidade escalar da partícula?


b) Determine a velocidade escalar média da partícula entre os instantes t0 = 0 e t = 5 s.

138
Resolução:
a) Sabendo que a partícula está em M.U.V., e sendo a = 6 m/s2, v0 = 4 m/s e S0 = 10 m, temos:
a ⋅  ​
t2 
S = S0 + v0 ⋅ t + ​ ____  
2
e para t = 5 s:
6 ⋅ (5)2
S = 10 + 4 ⋅ (5) + ______
​   ​   ⇒ S = 105 m
2
v = v0 + a ⋅ t
e para t = 5 s:
v = 4 + 6 ⋅ (5) ⇒ v = 34 m/s
b) Vimos que a velocidade média no M.U.V. pode ser calculada como:
Vf + V0
vm = ​ ______
 ​  
2
Logo, a velocidade média é:
34 + ​ 4 
vm = ​ ______ ​ 38 ​ ⇒
 = ___
2 2
vm = 19 m/s
4. Em uma autoestrada, um guarda (em uma motocicleta) persegue um automóvel, cujo motorista cometeu
uma infração e que se move com velocidade escalar constante de 20 m/s. A figura a seguir ilustra a situação
em um determinado instante.

 esse instante o guarda tem velocidade escalar 8,0 m/s. Admitindo que ele se move com aceleração escalar
N
constante de 2,0 m/s2 e desprezando os comprimentos dos veículos:
a) a partir do instante representado na figura, quanto tempo o guarda levará para alcançar o automóvel?
b) qual a velocidade do guarda ao alcançar o automóvel?
c) determine a distância percorrida pelo guarda desde o instante representado na figura até o instante de
encontro.
Resolução:
a) Adotemos a posição inicial do guarda como a origem do eixo de coordenadas dos espaços (S0G = 0) e
64 m como a posição inicial do automóvel (S0A = 64 m).

8,0 m/s 20 m/s

64 s (m)

O movimento do guarda é uniformemente variado com S0 = 0, v0 = 8,0 m/s e a 2,0 m/s2, e o automóvel
se movimenta uniformemente com S0 = 64 m e v = 20 m/s. Assim, as funções horárias das posições para
o guarda e para o automóvel são:

139
guarda (M.U.V.)     automóvel (M.U.)
​ a  ​t2      S = S0 + vt
S = S0 + v0t + __
2
2,0 2
___
SG = 0 + 8,0 t + ​   ​t        SA = 64 + 20 t
2
SG = 8,0 t + t2
Para determinar o instante de encontro, igualamos as posições do guarda e do automóvel dadas pelas
equações acima, então:
SG = SA
8,0 t + t² = 64 + 20 t
t² – 12t – 64 = 0
Resolvendo esta equação (de 2º grau), obtemos:
t = 16 ou t = –4
 esprezando a resposta negativa, obtemos t = 16 s, ou seja, após 16 segundos do instante representado
D
na figura, o guarda alcança o automóvel.

b) Como o movimento do guarda é uniformemente variado, substituindo t = 16 s na função horária de sua


velocidade escalar, obtemos:
v = v0 + at ⇒ v = 8,0 + 2,0 t
t = 16 s ⇒ v = 8,0 + (2,0)(16) ⇒ v = 40 m/s
A velocidade do guarda no instante de encontro é de 40 m/s.

c) Substituindo t = 16 s na equação horária da posição do guarda, resulta:


SG = 8,0 t + t²
t = 16 s ⇒ SG = 8,0(16) + (16)² ⇒ SG = 384 m
Isto é, o guarda se moveu da posição inicial S0G = 0 até a posição SG = 384 m, e, portanto, percorreu a
distância de 384 metros.

Equação de Torricelli
Os problemas de M.R.U.V. podem ser resolvidos com as funções horárias da velocidade e da posição. No entanto,
vamos mostrar abaixo uma equação que relaciona a velocidade e a posição, sem envolver o tempo. Essa equação
será útil na solução de problemas que não envolvam a variável tempo no enunciado.
Para obter essa equação, isolamos tempo na função horária da velocidade:
v – v0
v = v0 + at ⇒ at = v – v0 ⇒ t = ​ _____
a ​  

E substituímos esse valor de t na equação horária da posição, então:


at2 ​ ⇒ S = S + v ​ ​ _____
S = S0 + v0t + ​ ___
2 0 0 a ( 
v – v0 __a _____
) ( v–v 2
)
   ​+ ​    ​ ⋅ ​ ​  a ​ 0 
 ​ 
2
 ​

Efetuando os cálculos, obtemos uma equação denominada de equação de Torricelli:

v² = v0² + 2a(S – S0)

140
Teoria na prática
1. Em uma rodovia, um automóvel viaja com velocidade escalar constante de 30 m/s. Em determinado ins-
tante, o motorista pisa no freio provocando uma desaceleração constante de 3,0 m/s2 até o automóvel parar.
Vamos calcular a distância percorrida durante a frenagem.
Resolução:
A figura a seguir ilustra a situação:

Considerando a velocidade escalar positiva (mesmo sentido que a orientação da trajetória) e sendo o movi-
mento retardado, a aceleração escalar é negativa, a = –3,0 m/s2.
A velocidade inicial é v0 = 30 m/s, e a velocidade final é nula (v = 0). Pelas informações fornecidas e a falta
de informação sobre o intervalo de tempo, suspeitamos que, provavelmente, a melhor equação a ser usada
é a equação de Torricelli, então:
v² = v0² + 2a (S – S0)
0 = (30)² + 2(–3) ⋅ DS
Daí, tiramos:
DS = 150 m

2. (PUC) Ao iniciar a travessia de um túnel retilíneo de 200 metros de comprimento, um automóvel de dimen-
sões desprezíveis movimenta-se com velocidade de 25 m/s. Durante a travessia, desacelera uniformemente,
saindo do túnel com velocidade de 5 m/s. O módulo de sua aceleração escalar, nesse percurso, foi de
a) 0,5 m/s².
b) 1,0 m/s².
c) 1,5 m/s².
d) 2,0 m/s².
e) 2,5 m/s².
Resolução:
A velocidade inicial é 25 m/s e a final é 5 m/s. A variação de espaço é de 200 m. Aplicaremos a equação de
Torricelli para encontrar a desaceleração do corpo.
v² = v0² + 2aDS
(5)² = (25)² + 2 ∙ a ∙ 200
a = –1,5 m/s² .
Assim, o módulo da aceleração é 1,5 m/s2.
Alternativa C

3. (UEL) Um motorista está dirigindo um automóvel a uma velocidade de 54 km/h. Ao ver o sinal vermelho,
pisa no freio. A aceleração máxima para que o automóvel não derrape tem módulo igual 5 m/s2. Qual a
menor distância que o automóvel irá percorrer, sem derrapar e até parar, a partir do instante em que o mo-
torista aciona o freio?
a) 3,0 m
b) 10,8 m
c) 291,6 m
d) 22,5 m
e) 5,4 m

141
Resolução:
Aplicando a análise dimensional na velocidade inicial, temos:
​ 1000 m
v0 = 54 km/h ∙ ______ ​  1 h   ​ 
. ______
 ​ 
  = 15 m/s
1 km 3600 s
Fazendo um desenho ilustrativo do problema, temos:

O vetor aceleração é contra a trajetória, logo, temos uma desaceleração. Aplicando a equação de Torricelli,
temos:
v² = v0² + 2aDS
0² = (15)² + 2 ∙ (–5) ∙ DS
0 = 225 – 10 DS
​ 225 ​ = 22,5 m
DS = ___
10
Alternativa D

4. (Unicamp) Um automóvel trafega com velocidade constante de 12 m/s por uma avenida e se aproxima de
um cruzamento onde há um semáforo com fiscalização eletrônica. Quando o automóvel se encontra a uma
distância de 30 m do cruzamento, o sinal muda de verde para amarelo. O motorista deve decidir entre parar
o carro antes de chegar ao cruzamento ou acelerar o carro e passar pelo cruzamento antes do sinal mudar
para vermelho. Este sinal permanece amarelo por 2,2 s. O tempo de reação do motorista (tempo decorrido
entre o momento em que o motorista vê a mudança de sinal e o momento em que realiza alguma ação) é
0,5 s.
a) Determine a mínima aceleração constante que o carro deve ter para parar antes de atingir o cruzamento
e não ser multado.
b) Calcule a menor aceleração constante que o carro deve ter para passar pelo cruzamento sem ser multa-
do. Aproxime (1,7)² ≈ 3,0.
Resolução:
a) O tempo de reação do motorista é 0,5 s e sua velocidade constante é de 12 m/s. Assim, o deslocamento
do motorista em M.R.U.V. será:
DS ​ 
v = ​ ___
Dt
DS  ​ 
12 = ​ ___
0,5
∆S = 6 m.
A distância quando o semáforo muda de verde para amarelo é 30 m e a distância na reação é 6 m, logo,
a distância em M.R.U.V. é 24 m. Aplicando a equação de Torricelli, temos:
v2 = v02 + 2 ∙ a ∙ DS
(0)2 = (12)2 + 2 ∙ a ∙ 24
a = –3 m/s2
Resposta: A mínima desaceleração é de 3 m/s2.

142
b) O tempo total é 2,2 s e o tempo de reação é 0,5 s, assim, o tempo do carro em M.R.U.V. será:
ttotal = treação + tMRUV
2,2 = 0,5 + tMRUV
tMRUV = 1,7 s.

Aplicando a função horária da posição em M.R.U.V., acharemos a aceleração do carro.


​ at ​ 
2
S = S0 + v0 t + ___
2
(1,7)2
24 = 0 + 12 ∙ (1,7) + a ∙ ​  _____
 ​ 

2
a = 2,4 m/s2.
Resposta: A aceleração será de 2,4 m/s2.

Evangelista Torricelli (1608-1647) serviu como copista de Galileu nos últimos 3 meses de vida do mesmo.
A partir das equações de Galileu para o M.U.V., Torricelli deduziu a equação que carrega seu nome. Inventou o
barômetro, instrumento que serve para medir a pressão atmosférica local.

Identificando as variáveis
Dada uma função horária de posição qualquer, é possível por análise descobrir as variáveis de interesse S0, v0 e
a, afim de construir a função horária da posição. Como sabemos, todo movimento uniformemente variado tem a
função da posição do seguinte modo:

a ⋅  ​
t2 
S(t) = S0 + v0 ⋅ t + ​ ____  
2

A posição inicial sempre será o coeficiente independente, isto é, aquele que não multiplica nenhuma po-
tência da variável t, caso não exista teremos que S0 = 0. A velocidade inicial será o coeficiente que acompanha a
potência de t que tem o expoente 1. Por fim, a aceleração será o dobro do coeficiente que acompanha a potência
de t que está ao quadrado. Caso falte alguma potência de t, isto deve-se ao fato de que o coeficiente é nulo.
Se, por exemplo, for fornecido uma função S(t) = 5 – 3 ∙ t + 3 ∙ t2, podemos comparar com a função da
posição genérica e identificar S0 = 5 m, v0 = –3 m/s e a = 6 m/s2. Assim, podemos escrever a função horária da
velocidade, que de maneira genérica é dado por:

v(t) = v0 + a · t

E, assim, temos que:


v(t) = –3 + 6 ∙ t
Do mesmo modo, podemos inferir a velocidade inicial e aceleração a partir da função da velocidade. Na
função da velocidade, o coeficiente independente trata-se da velocidade inicial e o coeficiente que acompanha a
variável t é a aceleração. Seja uma dada função da velocidade v(t) = 5 + 8 ∙ t, temos que v0 = 5 m/s e a = 8 m/s2.
Porém não conseguimos escrever a função da posição, pois ainda falta a posição inicial, neste caso o enunciado
irá fornecer a informação, por exemplo S0 = –3 m . Assim, poderemos substituir na função genérica da posição:
​ a ⋅  ​
S(t) = S0 + v0 ⋅ t + ____ t2 

2
Assim, teremos que:
S(t) = –3 + 5 · t + 4 ∙ t2

143
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Física - Aceleração (Khan Academy)


Fonte: Youtube

Vídeo Física Total - Aula 05 - Movimento Uniformemente Variado - MUV

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites O que é aceleração e Cinemática

pt.khanacademy.org/science/physics/one-dimensional-motion/acceleration-tutorial/a/
acceleration-article
www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20042/Luciano/cinematica.html

144
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Mudanças na velocidade são comuns no nosso dia a dia: um carro que trafega numa avenida e desacelera, parando
devido a um semáforo vermelho, ou o mesmo um carro que acelera, quando o semáforo está verde; também na
queda dos corpos, que veremos nas próximas aulas.
No geral, os móveis alteram entre diversos movimentos, o que tornaria o estudo completo algo mais difícil,
por isso “quebramos” o movimento em partes, das quais conseguimos estudar com facilidade, MU e MUV, saber
distinguir entre esses dois tipos de movimento, conhecer suas funções horárias, é fundamental para a resolução
de problemas.

INTERDISCIPLINARIDADE

Uma função polinomial do segundo grau em uma variável é do tipo f de  em , onde f(x) = a ∙ x² + b ∙ x + c,
com a, b e c números reais e a ≠ 0.
Para determinar a solução de equação do segundo grau 0 = a ∙ x² + b ∙ x + c, utilizamos um algoritmo
desenvolvido por Bháskara, em que temos duas raízes dadas por:

x = ​ –b ± d​ ​
_______∆ ​  
XX

2a
sendo:
∆ = b2 – 4ac

Onde se Δ > 0 haverá duas soluções distintas, se Δ = 0 haverá duas soluções idênticas e se Δ < 0 não haverá raiz real.

Para um corpo em M.R.U.V, a função horária da posição é uma função polinomial do 2º grau, em uma variável.

145
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 19 - Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que con-
tribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

A habilidade 19 avalia a capacidade do estudante de avaliar métodos em solucionar pro-


blemas cotidianos, relacionados também ao movimento de corpos acelerados. O exemplo
mais comum disto são os exercícios que envolvem veículos de transporte (carros, motos,
caminhões) que constantemente mudam sua velocidade ao trafegar pelas vias públicas.
Avaliar qual é a distância que um móvel percorre até frear em um semáforo, por exemplo,
é frequente nas avaliações do Enem, sendo esta uma situação-problema clássica.

Habilidade 20 - Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias,


objetos ou corpos celestes.

A habilidade 20 mais uma vez aparece, já que mais um passo é acrescentado ao estudo
do movimento dos corpos: agora os corpos podem possuir aceleração não nula. No coti-
diano mundano das pessoas, os móveis estão em constante alteração do seu movimen-
to, o exemplo mais clássico disto é um automóvel que após estar estacionado adquire
movimento, sendo freado posteriormente em algum semáforo e acelerado novamente
inúmeras vezes até chegar em seu destino. A mudança da velocidade é algo normal e se
faz presente em inúmeras situações-problema que o estudante irá encontrar.

Modelo 1
(Enem) Um motorista que atende a uma chamada de celular é levado à desatenção, aumentando a
possibilidade de acidentes ocorrerem em razão do aumento de seu tempo de reação. Considere dois
motoristas, o primeiro atento e o segundo utilizando o celular enquanto dirige. Eles aceleram seus
carros inicialmente a 1,00 m/s2. Em resposta a uma emergência, freiam com uma desaceleração
igual a 5,00 m/s2. O motorista atento aciona o freio à velocidade de 14,0 m/s enquanto o desaten-
to, em situação análoga, leva 1,00 segundo a mais para iniciar a frenagem.
Que distância o motorista desatento percorre a mais do que o motorista atento, até a parada total
dos carros?
a) 2,90 m
b) 14,0 m
c) 14,5 m
d) 15,0 m
e) 17,4 m

146
Análise Expositiva

Habilidade 20
Excelente exercício, traz para a realidade do estudante a aplicação direta das funções ho-
rárias do movimento uniformemente acelerado em uma situação-problema comum nos dias
atuais: motoristas imprudentes que utilizam celulares enquanto dirigem. Aplicando as fun-
ções e manipulando as equações o estudante será capaz de perceber qual a real diferença
entre dirigir com atenção e dirigir enquanto se manipula um celular.
Para o motorista atento, temos:
Tempo e distância percorrida até atingir 14 m/s a partir do repouso:
v = v0 + at
14 = 0 + 1 · t1 ⇒ t1 = 14 s
v2 = v02 + 2a∆S
142 = 02 + 2 · 1 · d1 ⇒ d1 = 98 m
Distância percorrida até parar:
02 = 142 + 2 · (-5) · d1' ⇒ d1' = 19,6 m
Distância total percorrida:
∆S1 = d1 + d1' = 98 + 19,6 ⇒ ∆S1 = 117,6 m
Para o motorista que utiliza o celular, temos:
t2 = t1 + 1 ⇒ t2 = 15 s
Velocidade atingida e distância percorrida em 15 s a partir do repouso:
v2 = 0 + 1 · 15 ⇒ v2 = 15 m/s
152 = 02 + 2 · 1 · d2 ⇒ d2 = 112,5 m
Distância percorrida até parar:
02 = 152 + 2 · (-5) . d2' ⇒ d2' = 22,5 m
Distância total percorrida:
∆S2 = d2 + d2' = 112,5 + 22,5 ⇒ ∆S2 = 135 m
Portanto, a distância percorrida a mais pelo motorista desatento é de:
∆S = ∆S2 - ∆S1 = 135 - 117,6
∴∆S = 17,4 m
Alternativa E

147
Modelo 2
(Enem) O trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), que circula diariamente
entre a cidade de Cariacica, na Grande Vitória, e a capital mineira Belo Horizonte, está utilizando
uma nova tecnologia de frenagem eletrônica. Com a tecnologia anterior, era preciso iniciar a fre-
nagem cerca de 400 metros antes da estação. Atualmente, essa distância caiu para 250 metros, o
que proporciona redução no tempo de viagem.
Considerando uma velocidade de 72 km/h, qual o módulo da diferença entre as acelerações de
frenagem depois e antes da adoção dessa tecnologia?
a) 0,08 m/s2
b) 0,30 m/s2
c) 1,10 m/s2
d) 1,60 m/s2
e) 3,90 m/s2

Análise Expositiva 2

Habilidade 19
Neste exercício o aluno se depara na mesma situação com duas possibilidades de sistema de
frenagem e deve calcular o módulo da diferença entre elas, fazendo-se necessária a aplicação
e manipulação das fórmulas que regem o M.R.U.V., o estudante deve repetir o mesmo proce-
dimento em ambas as situações.
Supondo essas acelerações constantes, aplicando a equação de Torricelli para o movimento
uniformemente retardado, vem:
v2 = vO2 - 2 a ∆S ⇒ O2 = v02 - 2 a ∆S ⇒

( ​  20   ​ 
)
2
v 2 a1 = _______ ⇒ a1 = 0,5 m
a = _____
​  0   ​     
    2 · 400
⇒ ​  ​ _____________________________  ​  ​ ⇒ |a1 - a2| = |0,5 - 0,8| ⇒ |a1 - a2| = 0,3 m/s3.
2 ∆S a2 = ​  20
_______2
⇒ a1 = 0,8 m/s
  ​  2
2 · 250
Alternativa B

148
Estrutura Conceitual
80
km/h

Referencial Movimento
Velocidade
inicial
Alterção da
velocidade

Velocidade
final

Aceleração

Funções Condições
horárias iniciais

149
E.O. Aprendizagem 4. Suponha que um automóvel de motor muito
potente possa desenvolver uma aceleração
média de módulo igual a 10 m/s2. Partindo
1. A situação em que o módulo da aceleração do repouso, esse automóvel poderia chegar
média será maior está descrita em: à velocidade de 90 km/h num intervalo de
a) “Na Terra, uma pedra arremessada para cima
tempo mínimo, em segundos, igual a:
encontra-se no ponto mais alto de sua traje-
a) 2,0.
tória.”
b) 9,0.
b) “Um corredor velocista realiza a prova dos
c) 2,5.
100 m rasos alcançando a partir do repouso
d) 4,5.
a velocidade de 11 m/s em 5 s.”
c) “Um automóvel em movimento tem sua ve- e) 3,0.
locidade de 16 m/s reduzida a zero em 4 s
diante de um sinal vermelho.” 5. Tendo chegado atrasado ao casamento, um
d) “Um avião, ao pousar, toca a pista de ater- convidado conseguiu pegar a última fatia de
rissagem com uma velocidade inicial de 70 bolo e concluiu que era o melhor glacê de
m/s, levando 14 s para alcançar o repouso.” toda a sua vida. Ouvindo falar que na cozi-
nha havia mais um bolo, e que seria cortado
2. Sem proteção adequada, uma queda com apenas em outra festa, ele foi até lá. Viu o
skate pode causar sérias lesões, dependendo bolo em cima de uma mesa perto da porta.
da velocidade que ocorre a queda. Um me-
Porém, percebeu que havia também uma
nino em repouso no seu skate encontra-se
cozinheira de costas para o bolo e para ele.
no ponto mais alto de uma rampa e começa
Querendo passar o dedo no bolo sem ser pego
a descer, chegando ao ponto mais baixo com
pela cozinheira, deduziu que se conseguisse
velocidade de módulo 2,0 m/s. Em seguida,
pegar a maior quantidade de glacê possível,
o menino se lança para baixo com o mesmo
skate desse ponto mais alto com uma veloci- e passasse muito rápido, o dedo pegaria pou-
dade inicial de módulo 1,5 m/s. co glacê; mas, se passasse lentamente, corria
Sabendo que, em ambas as situações, após o risco de ser descoberto. Supondo, então,
iniciado o movimento, o menino não toca que ele tenha 3 segundos para roubar o glacê
mais os pés no solo, a alternativa correta que sem ser notado e que a melhor técnica para
indica o módulo da velocidade, em m/s, com conseguir a maior quantidade seja passar o
que o menino no skate chega ao ponto mais dedo por 40,5 cm de bolo em MRUV, partindo
baixo na segunda situação, é: do repouso, qual aceleração teria o dedo no
Observação: em ambos os casos a aceleração intervalo de tempo do roubo do glacê?
é a mesma. a) 0,03 m/s²
a) 0,5. b) 0,04 m/s²
b) 3,5. c) 0,09 m/s²
c) 2,5. d) 1,05 m/s²
d) 2,0. e) 2 m/s²

3. Muitos acidentes acontecem nas estradas por-


6. Um carro está desenvolvendo uma velocida-
que o motorista não consegue frear seu carro
de constante de 72 km/h em uma rodovia
antes de colidir com o que está à sua frente.
federal. Ele passa por um trecho da rodovia
Analisando as características técnicas, forne-
que está em obras, onde a velocidade má-
cidas por uma revista especializada, encon-
xima permitida é de 60 km/h. Após 5 s da
tra-se a informação de que um determinado
carro consegue diminuir sua velocidade, em passagem do carro, uma viatura policial ini-
média, 5,0 m/s a cada segundo. cia uma perseguição, partindo do repouso e
Se a velocidade inicial desse carro for 90,0 desenvolvendo uma aceleração constante.
km/h (25,0 m/s), a distância necessária A viatura se desloca 2,1 km até alcançar o
para ele conseguir parar será de, aproxima- carro do infrator. Nesse momento, a viatura
damente: policial atinge a velocidade de:
a) 18,5 m. a) 20 m/s.
b) 25,0 m. b) 24 m/s.
c) 31,5 m. c) 30 m/s.
d) 45,0 m. d) 38 m/s.
e) 62,5 m. e) 42 m/s.

150
7. O desrespeito às leis de trânsito, principal- a) 1,4 – não será – não ultrapassará
mente àquelas relacionadas à velocidade b) 4,0 – não será – não ultrapassará
permitida nas vias públicas, levou os órgãos c) 10 – não será – não ultrapassará
regulamentares a utilizarem meios eletrô- d) 4,0 – será – ultrapassará
nicos de fiscalização: os radares capazes de e) 10 – será – ultrapassará
aferir a velocidade de um veículo e capturar
sua imagem, comprovando a infração ao Có-
digo de Trânsito Brasileiro. 10. Um motorista conduz seu automóvel pela
Suponha que um motorista trafegue com seu BR-277 a uma velocidade de 108 km/h quan-
carro à velocidade constante de 30 m/s em do avista uma barreira na estrada, sendo
uma avenida cuja velocidade regulamentar obrigado a frear (desaceleração de 5 m/s2)
seja de 60 km/h. A uma distância de 50 m, o e parar o veículo após certo tempo. Pode-se
motorista percebe a existência de um radar afirmar que o tempo e a distância de frena-
fotográfico e, bruscamente, inicia a frena- gem serão, respectivamente:
gem com uma desaceleração de 5 m/s2. a) 6 s e 90 m.
Sobre a ação do condutor, é correto afirmar b) 10 s e 120 m.
que o veículo: c) 6 s e 80 m.
a) não terá sua imagem capturada, pois passa
d) 10 s e 200 m.
pelo radar com velocidade de 50 km/h.
b) não terá sua imagem capturada, pois passa
pelo radar com velocidade de 60 km/h.
c) terá sua imagem capturada, pois passa pelo E.O. Fixação
radar com velocidade de 64 km/h.
d) terá sua imagem capturada, pois passa pelo 1. O movimento retilíneo de um corpo é descri-
radar com velocidade de 66 km/h. to pela equação v = 10 – 2t em que v é a velo-
e) terá sua imagem capturada, pois passa pelo
cidade, em m/s, e t é o tempo, em segundos.
radar com velocidade de 72 km/h.
Durante os primeiros 5,0 s, a distância per-
corrida por ele, em metros, é:
8. Um automóvel desloca-se por uma estrada
a) 10.
retilínea plana e horizontal, com velocidade
constante de módulo v. b) 15.
Após algum tempo, os freios são acionados c) 20.
e o automóvel percorre uma distância d com d) 25.
as rodas travadas até parar. Desconsiderando
o atrito com o ar, podemos afirmar correta-
2. Para garantir a segurança no trânsito, deve-
mente que, se a velocidade inicial do auto-
móvel fosse duas vezes maior, a distância -se reduzir a velocidade de um veículo em
percorrida seria: dias de chuva, senão vejamos: um veículo em
a) d/4. uma pista reta, asfaltada e seca, movendo-
b) d/2. -se com velocidade de módulo 36 km/h (10
c) d. m/s) é freado e desloca-se 5,0 m até parar.
d) 2d. Nas mesmas circunstâncias, só que com a
e) 4d. pista molhada sob chuva, necessita de 1,0 m
a mais para parar.
9. Numa determinada avenida onde a veloci- Considerando a mesma situação (pista seca
dade máxima permitida é de 60 km/h, um e molhada) e agora a velocidade do veículo
motorista dirigindo a 54 km/h vê que o se- de módulo 108 km/h (30 m/s), a alternativa
máforo, distante a 63 metros, fica amarelo e correta que indica a distância a mais para
decide não parar. Sabendo que o sinal ama- parar, em metros, com a pista molhada em
relo permanece aceso durante 3 segundos relação a pista seca é:
aproximadamente, esse motorista, se não
a) 6.
quiser passar no sinal vermelho, deverá im-
b) 2.
primir ao veículo uma aceleração mínima de
c) 1,5.
______ m/s2.
d) 9.
O resultado é que esse motorista ______ mul-
tado, pois ______ a velocidade máxima.
Assinale a alternativa que preenche as lacu-
nas, correta e respectivamente.

151
3. (Fepar 2017) Em Curitiba, oito em cada dez ciclistas usam a Via Calma para trabalhar ou estudar

TOTAL DO TRECHO
Somatória dos sentidos centro e bairro e dos turnos manhã e tarde
2015 2016
ANO LOCAL
absoluto porcentual absoluto porcentual
Canaleta 247 93,21% 85 28,15%
Via Lenta / Via Calma 217 71,85%
TOTAL 265 100,00% 302 100,00%
Em 2015, Via Lenta; em 2016, com a implantação da Via Calma. Fonte: IPUC

Pesquisa mostra que 78% usam a bicicleta como modo de transporte e se sentem seguros em com-
partilhar esse tipo de via, em que o limite de velocidade é de 30 km/h.
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPUC), entre junho
e dezembro de 2015, confirmou o tráfego intenso de ciclistas nas avenidas João Gualberto e Paraná. A
pesquisa realizada no ano passado indicava um dado preocupante: 93,21% dos ciclistas seguiam pela
canaleta do ônibus Expresso, enquanto apenas 6,79% usavam a via lenta. Uma nova pesquisa realiza-
da esta semana, entre os dias 27 e 28 de junho, demonstrou mudança de comportamento.
Apenas 10 dias depois de inaugurada a segunda Via Calma, uma nova contagem de ciclistas de-
monstrou que 71,85% dos usuários deixaram de usar a canaleta, ocupando o espaço compartilhado
por carros e bicicletas.
(BEM PARANÁ, 30 jun. 2016)

Considere as informações e julgue as afirmativas.


( ) De acordo com a tabela, de 2015 para 2016 ocorreu um aumento de aproximadamente 14% no número
total de ciclistas que usam o trecho pesquisado.
( ) Um carro que se desloca na via calma respeitando o limite de velocidade estabelecido pode percorrer
uma quadra de 800 metros num tempo médio de 1 minuto 40 segundos.
( ) Se um carro, parado em um sinaleiro, arrancar com uma aceleração de 2 m/s2, em 10 m de deslocamen-
to terá ultrapassado a velocidade máxima permitida na Via Calma.
( ) De acordo com os dados da pesquisa, para cada 100 ciclistas que utilizavam o trecho em 2015, em
média menos de 7 ciclistas não utilizavam a canaleta.
( ) Se a velocidade média de um ciclista é de 10 km/h e a do carro, na Via Calma, é de 30 km/h indepen-
dentemente do tamanho todos os trechos serão sempre percorridos com a mesma diferença absoluta
de tempo.

4. Um veículo automotivo, munido de freios que reduzem a velocidade de 5,0 m/s, em cada segundo,
realiza movimento retilíneo uniforme com velocidade de módulo igual a 10,0 m/s. Em determinado
instante, o motorista avista um obstáculo e os freios são acionados. Considerando-se que o tempo
de reação do motorista é de 0,5 s, a distância que o veículo percorre, até parar, é igual, em m, a:
a) 17,0.
b) 15,0.
c) 10,0.
d) 7,0.
e) 5,0.

5. Em uma prova internacional de ciclismo, dois dos ciclistas, um francês e, separado por uma dis-
tância de 15 m à sua frente, um inglês, se movimentam com velocidades iguais e constantes de
módulo 22 m/s. Considere agora que um representante brasileiro na prova, ao ultrapassar o ciclista
francês, possui uma velocidade constante de módulo 24 m/s e inicia uma aceleração constante de
módulo 0,4 m/s2, com o objetivo de ultrapassar o ciclista inglês e ganhar a prova. No instante em
que ele ultrapassa o ciclista francês, faltam ainda 200 m para a linha de chegada. Com base nesses
dados e admitindo que o ciclista inglês, ao ser ultrapassado pelo brasileiro, mantenha constantes
as características do seu movimento, assinale a alternativa correta para o tempo gasto pelo ciclista
brasileiro para ultrapassar o ciclista inglês e ganhar a corrida.
a) 1 s
b) 2 s
c) 3 s
d) 4 s
e) 5 s

152
6. Em uma região plana, delimitou-se o triângulo ABC, cujos lados AB e BC medem, respectivamente,
300,00 m e 500,00 m. Duas crianças, de 39,20 kg cada uma, parte, simultaneamente, do repouso,
do ponto A, e devem chegar juntas ao ponto C, descrevendo movimentos retilíneos uniformemente
acelerados.

Para que logrem êxito, é necessário que a razão entre as acelerações escalares, a1 e a2, das respec-
tivas crianças, seja:
a 7
a) __​  a1 ​ = __
​   ​ .
2 8
a__1 __
b) ​  a  ​ = ​ 8 ​ .
2 7
a1 __
c) ​  a  ​ = ​ 7 ​ .
__
2 5
a__1 __
d) ​  a  ​ = ​ 5 ​ .
2 7
a1 ____
e) ​  a  ​ = ​ 583 ​ 
__ .
2 800

7. Considere o texto e a figura mostrados a seguir.


“Na semana passada, foram exatos 3 centésimos de segundo que permitiram ao jamaicano Asafa
Powell, de 24 anos, bater o novo recorde mundial na corrida de 100 m rasos e se confirmar no posto
de corredor mais veloz do planeta. Powell percorreu a pista do estádio de Rieti, na Itália, em 9,74
s, atingindo a velocidade média de 37 km/h. Anteriormente, Powell dividia o recorde mundial, de
9,77 s, com o americano Justin Gatlin, afastado das pistas por suspeita de doping.”
Revista “Veja”, edição de 19 de setembro de 2007.

Baseado no texto e na figura julgue as afirmações a seguir:

I. O movimento do atleta é acelerado durante toda a corrida.


II. A aceleração do atleta é negativa no trecho entre 60 m e 100 m.
III. A máxima velocidade atingida pelo atleta é da ordem de 11,9 m/s.
IV. No trecho entre 50 m e 60 m, o movimento do atleta é uniforme.
Estão corretas somente:

a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

153
8. Um carro viajando em uma estrada retilí- pouso quanto para decolagem é 259,2 km/h.
nea e plana com uma velocidade constante Após percorrer 1.240 m da pista o piloto ve-
v1 = 72 km/h passa por outro que está em rificou que a velocidade da aeronave era de
repouso no instante t = 0 s. O segundo carro 187,2 km/h. Mantida esta desaceleração, a
acelera para alcançar o primeiro com acele- que distância do fim da pista o piloto de-
ração a2 = 2,0 m/s2. O tempo que o segundo veria arremeter a aeronave, com aceleração
carro leva para atingir a mesma velocidade máxima de 4 m/s2, para evitar o acidente?
do primeiro é: a) 312 m
a) 1,0 s. b) 390 m
b) 2,0 s. c) 388 m
c) 5,0 s. d) 648 m
d) 10,0 s. e) 700 m
e) 20,0 s.
2. Um automóvel percorre uma estrada reta de
9. Em um piso horizontal um menino dá um um ponto A para um ponto B. Um radar de-
empurrão em seu caminhãozinho de plásti- tecta que o automóvel passou pelo ponto A
co. Assim que o contato entre o caminhãozi- a 72 km/h. Se esta velocidade fosse manti-
nho e a mão do menino é desfeito, observa- da constante, o automóvel chegaria ao pon-
to B em 10 min. Entretanto, devido a uma
-se que em um tempo de 6 s o brinquedo
eventualidade ocorrida na metade do cami-
foi capaz de percorrer uma distância de 9
nho entre A e B, o motorista foi obrigado
m até cessar o movimento. Se a resistência
a reduzir uniformemente a velocidade até
oferecida ao movimento do caminhãozinho
36 km/h, levando para isso, 20 s. Restando
se manteve constante, a velocidade inicial
1 min. para alcançar o tempo total inicial-
obtida após o empurrão, em m/s, foi de:
mente previsto para o percurso, o veículo é
a) 1,5.
acelerado uniformemente até 108 km/h, le-
b) 3,0.
vando para isso, 22 s, permanecendo nesta
c) 4,5.
d) 6,0. velocidade até chegar ao ponto B. O tempo
de atraso, em segundos, em relação à previ-
e) 9,0.
são inicial, é:
a) 46,3.
10. Indique a alternativa que representa correta- b) 60,0.
mente a tabela com os dados da posição, em c) 63,0.
metros, em função do tempo, em segundos, d) 64,0.
de um móvel, em movimento progressivo e e) 66,7.
uniformemente retardado, com velocidade
inicial de valor absoluto 4 m/s e aceleração 3. Sobre os movimentos Retilíneo Uniforme e
constante de valor absoluto 2 m/s2. Retilíneo Uniformemente Variado é correto
a) 0 1 2 3 afirmarmos que:
a) no MRU a velocidade é constante e diferente
s(m) 7 8 7 4
de zero. No Movimento Retilíneo Uniforme-
mente Variado a aceleração é constante e di-
b) 0 1 2 3 ferente de zero.
s(m) 4 7 8 7 b) no Sistema Internacional de Unidades, me-
dimos a velocidade em km/h e a aceleração
em m/s2.
c) 0 1 2 3 c) na equação horária x = 8 + 2 t (S.I.) o espaço
s(m) –4 –2 –4 –10 inicial vale 2 m.
d) quando a velocidade é negativa, o móvel
está andando de marcha ré.
d) 0 1 2 3
e) no MRUV, a velocidade varia devido a acele-
s(m) 0 –3 –4 –3 ração ser variável.

e) 0 1 2 3 4. Em uma prova de atletismo, um corredor


de 100 m rasos parte do repouso, corre com
s(m) 0 4 7 8
aceleração constante nos primeiros 50 m e
depois mantém a velocidade constante até o
E.O. Complementar final da prova. Sabendo que a prova foi com-
pletada em 10 s, o valor da aceleração é:
a) 2,25 m/s2.
1. A pista principal do aeroporto de Congonhas b) 1,00 m/s2.
em São Paulo media 1.940 m de compri- c) 1,50 m/s2.
mento no dia do acidente aéreo com o Air- d) 3,20 m/s2.
bus 320 da TAM, cuja velocidade tanto para e) 2,50 m/s2.

154
5. Um automóvel trafega em uma estrada retilí- Determine:
nea. No instante t = 0 s, os freios são aciona- a) A aceleração escalar do GUEPARDO.
dos, causando uma aceleração constante até b) A velocidade do GUEPARDO, ao passar pelo
anular a velocidade, como mostra a figura. ponto B da trajetória.
A tabela mostra a velocidade em determina-
dos instantes. 3. Considere o movimento de um caminhan-
te em linha reta. Este caminhante percor-
re os 20,0 s iniciais à velocidade constante
v1 = 2,0 m/s. Em seguida, ele percorre os
v0 = 15 m/s v=0 próximos 8,0 s com aceleração constante
a = 1 m/s2 (a velocidade inicial é 2,0 m/s).
V(m/s) t(s) Calcule:
a) a distância percorrida nos 20,0 s iniciais.
15 0
b) a distância percorrida nos 28,0 s totais.
11 2 c) a velocidade final do caminhante.
9 3
4. (UEL) Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o cor-
Com base nestas informações, são feitas al-
redor dos 100 metros rasos Usain Bolt ven-
gumas afirmativas a respeito do movimento:
ceu a prova com o tempo de 9 segundos e
I. O automóvel apresenta uma aceleração no
81centésimos de segundo. Um radar foi usa-
sentido do deslocamento.
do para medir a velocidade de cada atleta e
II. O deslocamento do veículo nos primeiros
os valores foram registrados em curtos in-
2 s é 34 m.
tervalos de tempo, gerando gráficos de ve-
III. A aceleração do veículo é –1,5 m/s2.
locidade em função do tempo. O gráfico do
IV. A velocidade varia de modo inversamente
vencedor é apresentado a seguir.
proporcional ao tempo decorrido.
V. A velocidade do veículo se anula no ins-
tante 7,5 s.
Está correta ou estão corretas:
a) somente I.
b) I e II.
c) somente III.
d) IV e V.
e) II e V.

E.O. Dissertativo
1. (CFT-CE) Observe o movimento da moto a se-
guir, supostamente tomada como partícula.
Considerando o gráfico deversusresponda
aos itens a seguir.
a) Calcule a quantidade de metros que Bolt per-
correu desde o instante 2,5 s até o instan-
te4,5 s, trecho no qual a velocidade pode ser
considerada aproximadamente constante.
Determine o deslocamento da moto de t = 0 b) Calcule o valor aproximado da aceleração de
até o instante em que a moto atingir uma Usain Bolt nos instantes finais da prova, ou
velocidade de 20m/s. seja, a partir de 9 s.

2. A figura, a seguir, representa, fora de escala, 5. (CFT-CE) Um policial rodoviário, estacionado


as marcas das patas traseiras de um GUEPAR- com uma MOTO às margens de uma estrada
DO que, partindo do repouso no ponto A, faz e munido de um radar, observa a passagem
uma investida predatória, a fim de garantir de uma FERRARI, cuja velocidade é registra-
sua refeição. O intervalo entre as marcas é da no aparelho como 108 km/h. Sendo de
de 1 (um) segundo. 80 km/h a velocidade máxima permitida no
local, o policial parte do repouso, no instan-
te t = 0 e com aceleração escalar constante
de 1,0 m/s2, em perseguição à FERRARI que,
nesse instante, já se encontra a 600 m de
distância.

155
108 km/h 8. Um carro trafega por uma avenida, com ve-
locidade constante de 54 km/h. A figura a
seguir ilustra essa situação.
Se a máxima velocidade que a MOTO pode im-
primir é de 144 km/h, qual o menor inter-
valo de tempo gasto pelo policial para alcan-
çar a FERRARI, supondo que a velocidade da
mesma não se altera durante a perseguição? 38 m

Quando o carro encontra-se a uma distância


6. Um jogador de futebol em repouso vê uma
de 38 m do semáforo, o sinal muda de ver-
bola passar por ele a uma velocidade cons-
de para amarelo, permanecendo assim por
tante de 5 m/s. Ele sai em perseguição da
2,5 s. Sabendo que o tempo de reação do mo-
mesma com uma aceleração constante igual
a 1,0 m/s2. torista é de 0,5 s e que a máxima aceleração
a) Em quanto tempo ele alcançará a bola? (em módulo) que o carro consegue ter é de
b) Qual a distância percorrida por jogador e bola, 3 m/s2, responda:
quando o jogador finalmente alcançar a bola? a) verifique se o motorista conseguirá parar o
carro (utilizando a desaceleração máxima)
7. Em algumas rodovias, em trechos retilíneos antes de chegar ao semáforo. A que distân-
que antecedem cruzamentos ou curvas peri- cia do semáforo ele conseguirá parar?
gosas, a fim de induzir o motorista à diminui- b) considere que, ao ver o sinal mudar de verde
ção de sua velocidade até um valor mais segu- para amarelo, o motorista decide acelerar,
ro, é aplicada em relevo sobre o asfalto uma passando pelo sinal amarelo. Determine se
sequência de estreitas faixas perpendiculares ele conseguirá atravessar o cruzamento de
ao traçado da pista, conhecidas por sonoriza- 5 m antes que o sinal fique vermelho.
dores. Ao serem transpostos, os sonorizado-
res produzem o peculiar som “TRUNTRUM”. 9. (ITA) Billy sonha que embarcou em uma nave
Quando o motorista está consciente de que
espacial para viajar até o distante planeta
deve diminuir sua velocidade e o faz com a
Gama, situado a 10,0 anos-luz da Terra. Me-
devida desaceleração, o intervalo de tempo
entre um “TRUNTRUM” e o próximo é igual, tade do percurso é percorrida com aceleração
quaisquer que sejam as duas faixas consecuti- de 15 m/s2, e o restante com desaceleração de
vas transpostas. Se, contudo, o motorista não mesma magnitude. Desprezando a atração gra-
diminui a velocidade, os intervalos de tempo vitacional e efeitos relativistas, estime o tem-
entre um som e o próximo começam a ficar po total em meses de ida e volta da viagem do
progressivamente menores, comunicando so- sonho de Billy. Justifique detalhadamente.
noramente a iminência do perigo.
Uma sequência de sete sonorizadores foi apli- 10. (Unesp) Um rato, em sua ronda à procura de
cada sobre uma rodovia, em um trecho no qual alimento, está parado em um ponto P, quan-
a velocidade deveria ser reduzida de 34 m/s
do vê uma coruja espreitando-o. Instintiva-
para 22 m/s (aproximadamente, 120 km/h
mente, ele corre em direção à sua toca T, lo-
para 80 km/h). No projeto, a expectativa de
tempo e velocidade em todo o trecho foi tabe- calizada a 42 m dali, em movimento retilíneo
lada relativamente ao primeiro sonorizador. uniforme e com velocidade v = 7 m/s. Ao ver
o rato, a coruja dá início à sua caçada, em um
mergulho típico, como o mostrado na figura.
trajetória
da coruja

Uma vez que foram distribuídas sete faixas so-


norizadoras, de forma que a cada segundo, para
um motorista que esteja obedecendo à sinaliza-
P T
ção, o veículo passa sobre uma delas, responda:
a) Em termos das expressões usadas para clas- Ela passa pelo ponto P, 4 s após a partida do
sificar a velocidade e a aceleração em movi- rato e a uma velocidade de 20 m/s.
mentos retilíneos uniformemente variados, a) Considerando a hipótese de sucesso do rato,
escreva as duas possíveis classificações para
o movimento de um veículo que inicia a pas- em quanto tempo ele atinge a sua toca?
sagem dessa sequência de sonorizadores. b) Qual deve ser a aceleração média da coruja, a
b) Deixando expresso seu raciocínio, calcule a partir do ponto P, para que ela consiga cap-
distância em metros, do primeiro ao sétimo turar o rato no momento em que ele atinge
sonorizador. a entrada de sua toca?

156
E.O. Enem 3. (UERJ) Durante um experimento, um pes-
quisador anotou as posições de dois móveis
A e B, elaborando a tabela a seguir.
1. (Enem) O trem de passageiros da Estrada
de Ferro Vitória-Minas (EFVM), que circula posição em metros
diariamente entre a cidade de Cariacica, na tempo(t) em segundos
A B
Grande Vitória, e a capital mineira Belo Ho-
rizonte, está utilizando uma nova tecnologia 0 –5 15
de frenagem eletrônica. Com a tecnologia 1 0 0
anterior, era preciso iniciar a frenagem cerca 2 5 –5
de 400 metros antes da estação. Atualmente, 3 10 0
essa distância caiu para 250 metros, o que
4 15 15
proporciona redução no tempo de viagem.
Considerando uma velocidade de 72 km/h, O movimento de A é uniforme e o de B é
qual o módulo da diferença entre as acelera- uniformemente variado.
ções de frenagem depois e antes da adoção A aceleração do móvel B é, em m/s2, igual a:
dessa tecnologia? a) 2,5.
a) 0,08 m/s2 b) 5,0.
b) 0,30 m/s2 c) 10,0.
c) 1,10 m/s2 d) 12,5.
d) 1,60 m/s2
e) 3,90 m/s2 4. (UERJ) O movimento uniformemente ace-
lerado de um objeto pode ser representado
pela seguinte progressão aritmética:
E.O. UERJ 7 11 15 19 23 27...

Exame de Qualificação Esses números representam os deslocamen-


tos, em metros, realizados pelo objeto, a
cada segundo. Portanto, a função horária
1. (UERJ) O número de bactérias em uma cultu- que descreve a posição desse objeto é:
ra cresce de modo análogo ao deslocamento a) 3t + 4t2.
de uma partícula em movimento uniforme- b) 5t + 2t2.
mente acelerado com velocidade inicial nula. c) 1 + 2t + 4t2.
Assim, pode-se afirmar que a taxa de cresci- d) 2 + 3t + 2t2.
mento de bactérias comporta-se da mesma
maneira que a velocidade de uma partícula. 5. (UERJ) Durante um experimento, um pes-
Admita um experimento no qual foi medi- quisador anotou as posições de dois móveis
do o crescimento do número de bactérias em A e B, elaborando a tabela a seguir.
um meio adequado de cultura, durante um
posição em metros
determinado período de tempo. Ao fim das tempo(t) em segundos
primeiras quatro horas do experimento, o A B
número de bactérias era igual a 8 × 105.
0 –5 15
Após a primeira hora, a taxa de crescimento
1 0 0
dessa amostra, em número de bactérias por
hora, foi igual a: 2 5 –5
a) 1,0 ∙ 105. 3 10 0
b) 2,0 ∙ 105. 4 15 15
c) 4,0 ∙ 105.
d) 8,0 ∙ 105. O movimento de A é uniforme e o de B é
uniformemente variado.
A distância, em metros, entre os móveis A e
2. (UERJ) Ao perceber o sinal vermelho, um B, no instante t = 6 segundos, corresponde a:
motorista, cujo carro trafegava a 80 km/h, a) 45.
pisa no freio e para em 10 s. b) 50.
A desaceleração média do veículo, em km/h2, c) 55.
equivale, aproximadamente, a: d) 60.
a) 1,4 ∙ 103.
b) 8,0 ∙ 103.
c) 1,8 ∙ 104.
d) 2,9 ∙ 104.

157
E.O. UERJ E.O. Objetivas
Exame Discursivo (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (UERJ) O cérebro humano demora cerca de 1. (Unifesp) A função da velocidade em relação
0,36 segundos para responder a um estímu- ao tempo de um ponto material em trajetó-
lo. Por exemplo, se um motorista decide pa- ria retilínea, no SI, é v = 5,0 - 2,0 t. Por meio
rar o carro, levará no mínimo esse tempo de dela pode-se afirmar que, no instante t = 4,0 s,
resposta para acionar o freio. a velocidade desse ponto material tem módulo.
Determine a distância que um carro a 100 km/h a) 13 m/s e o mesmo sentido da velocidade inicial.
percorre durante o tempo de resposta do mo- b) 3,0 m/s e o mesmo sentido da velocidade
torista e calcule a aceleração média imposta ao inicial.
carro se ele para totalmente em 5 segundos. c) zero, pois o ponto material já parou e não se
movimenta mais.
d) 3,0 m/s e sentido oposto ao da velocidade
2. (UERJ) Galileu Galilei, estudando a queda
inicial.
dos corpos no vácuo a partir do repouso, ob-
e) 13 m/s e sentido oposto ao da velocidade
servou que as distâncias percorridas a cada
inicial.
segundo de queda correspondem a uma se-
quência múltipla dos primeiros números ím-
2. (Unifesp) A velocidade em função do tempo
pares, como mostra o gráfico abaixo.
de um ponto material em movimento reti-
líneo uniformemente variado, expressa em
unidades do SI, é v = 50 - 10t. Pode-se afir-
mar que, no instante t = 5,0 s, esse ponto
material tem
a) velocidade e aceleração nulas.
b) velocidade nula e daí em diante não se mo-
vimenta mais.
c) velocidade nula e aceleração a = - 10 m/s2.
d) velocidade nula e a sua aceleração muda de
sentido.
e) aceleração nula e a sua velocidade muda de
Determine a distância total percorrida após sentido.
4 segundos de queda de um dado corpo. Em
seguida, calcule a velocidade desse corpo em 3. (Fuvest) A velocidade máxima permitida em
t = 4 s. uma autoestrada é de 110 km/h (aproxima-
damente 30 m/s) e um carro, nessa velocida-
3. (UERJ) Dois carros, A e B, em movimento re- de, leva 6s para parar completamente. Dian-
tilíneo acelerado, cruzam um mesmo ponto te de um posto rodoviário, os veículos devem
em t = 0 s. Nesse instante, a velocidade v0 de trafegar no máximo a 36 km/h (10 m/s).
A é igual à metade da de B, e sua aceleração Assim, para que carros em velocidade máxi-
a corresponde ao dobro da de B. ma consigam obedecer o limite permitido, ao
Determine o instante em que os dois carros passar em frente do posto, a placa referente à
se reencontrarão, em função de v0 e a. redução de velocidade deverá ser colocada an-
tes do posto, a uma distância, pelo menos, de
4. (UERJ) Uma das atrações típicas do circo é o a) 40 m
equilibrista sobre monociclo. b) 60 m
c) 80 m
d) 90 m
e) 100 m

4. (Unifesp) Uma ambulância desloca-se a


108 km/h num trecho plano de uma rodo-
O raio da roda do monociclo utilizado é igual a via quando um carro, a 72 km/h, no mesmo
20 cm, e o movimento do equilibrista é retilíneo. sentido da ambulância, entra na sua frente a
O monociclo começa a se mover a partir do re- 100 m de distância, mantendo sua velocidade
pouso com aceleração constante de 0,50 m/s2. constante. A mínima aceleração, em m/s2, que
Calcule a velocidade média do equilibrista a ambulância deve imprimir para não se chocar
no trajeto percorrido nos primeiros 6,0 s. com o carro é, em módulo, pouco maior que:

158
a) 0,5. 3. (Unicamp) Os avanços tecnológicos nos
b) 1,0. meios de transporte reduziram de forma
c) 2,5. significativa o tempo de viagem ao redor do
d) 4,5. mundo. Em 2008 foram comemorados os 100
e) 6,0. anos da chegada em Santos do navio "Kasato
Maru", que, partindo de Tóquio, trouxe ao
5. (Fuvest) Um carro viaja com velocidade de Brasil os primeiros imigrantes japoneses. A
90 km/h (ou seja, 25 m/s) num trecho re- viagem durou cerca de 50 dias. Atualmente,
tilíneo de uma rodovia quando, subitamen- uma viagem de avião entre São Paulo e Tó-
te, o motorista vê um animal parado na sua quio dura em média 24 horas. A velocidade
pista. Entre o instante em que o motorista escalar média de um avião comercial no tre-
avista o animal e aquele em que começa a cho São Paulo - Tóquio é de 800 km/h.
frear, o carro percorre 15 m. Se o motorista a) O comprimento da trajetória realizada pelo
frear o carro à taxa constante de 5,0 m/s2, "Kasato Maru" é igual a aproximadamente
mantendo-o em sua trajetória retilínea, ele duas vezes o comprimento da trajetória do
só evitará atingir o animal, que permanece avião no trecho São Paulo-Tóquio. Calcule a
imóvel durante todo o tempo, se o tiver per- velocidade escalar média do navio em sua
cebido a uma distância de, no mínimo, viagem ao Brasil.
a) 15 m. b) A conquista espacial possibilitou uma via-
b) 31,25 m. gem do homem à Lua realizada em poucos
c) 52,5 m. dias e proporcionou a máxima velocidade de
d) 77,5 m. deslocamento que um ser humano já experi-
e) 125 m. mentou. Considere um foguete subindo com
uma aceleração resultante constante de mó-
dulo aR = 10 m/s2 e calcule o tempo que o
E.O. Dissertativas foguete leva para percorrer uma distância de
800 km, a partir do repouso.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
4. (Unicamp) Uma possível solução para a crise
1. (Unicamp) A Agência Espacial Brasileira está do tráfego aéreo no Brasil envolve o emprego
desenvolvendo um veículo lançador de saté- de um sistema de trens de alta velocidade
lites (VLS) com a finalidade de colocar saté- conectando grandes cidades. Há um proje-
lites em órbita ao redor da Terra. A agência to de uma ferrovia de 400 km de extensão
pretende lançar o VLS em 2016, a partir do que interligará as cidades de São Paulo e Rio
Centro de Lançamento de Alcântara, no Ma- de Janeiro por trens que podem atingir até
ranhão. 300 km/h.
a) Considere que, durante um lançamento, o a) Para ser competitiva com o transporte aéreo,
VLS percorre uma distância de 1200 km em estima-se que a viagem de trem entre essas
800 s. Qual é a velocidade média do VLS nes- duas cidades deve durar, no máximo, 1 hora
se trecho? e 40 minutos. Qual é a velocidade média de
b) Suponha que no primeiro estágio do lança- um trem que faz o percurso de 400 km nesse
mento o VLS suba a partir do repouso com tempo?
aceleração resultante constante de módulo b) Considere um trem viajando em linha reta
aR. Considerando que o primeiro estágio dura com velocidade constante. A uma distância
80 s, e que o VLS percorre uma distância de de 30 km do final do percurso, o trem inicia
32 km, calcule aR. uma desaceleração uniforme de 0,06 m/s2,
para chegar com velocidade nula a seu des-
2. (Unicamp) Correr uma maratona requer pre- tino. Calcule a velocidade do trem no início
paro físico e determinação. A uma pessoa da desaceleração.
comum se recomenda, para o treino de um
dia, repetir 8 vezes a seguinte sequência: 5. (Unicamp) Em muitas praças de pedágio de
correr a distância de 1 km à velocidade de rodovias existe um sistema que permite a
10,8 km/h e, posteriormente, andar rápido a abertura automática da cancela. Ao se apro-
7,2 km/h durante dois minutos. ximar, um veículo munido de um dispositivo
a) Qual será a distância total percorrida pelo apropriado é capaz de trocar sinais eletro-
atleta ao terminar o treino? magnéticos com outro dispositivo na can-
b) Para atingir a velocidade de 10,8 km/h, par- cela. Ao receber os sinais, a cancela abre-se
tindo do repouso, o atleta percorre 3 m com automaticamente e o veículo é identificado
aceleração constante. Calcule o módulo da para posterior cobrança. Para as perguntas a
aceleração a do corredor neste trecho. seguir, desconsidere o tamanho do veículo.

159
a) Um veículo aproxima-se da praça de pedágio 9. (Unicamp) Um automóvel trafega com velo-
a 40 km/h. A cancela recebe os sinais quando cidade constante de 12 m/s por uma aveni-
o veículo se encontra a 50 m de distância. da e se aproxima de um cruzamento onde
Qual é o tempo disponível para a completa há um semáforo com fiscalização eletrônica.
abertura da cancela? Quando o automóvel se encontra a uma dis-
b) O motorista percebe que a cancela não abriu e tância de 30 m do cruzamento, o sinal muda
aciona os freios exatamente quando o veículo de verde para amarelo. O motorista deve de-
se encontra a 40 m da mesma, imprimindo
cidir entre parar o carro antes de chegar ao
uma desaceleração de módulo constante. Qual
deve ser o valor dessa desaceleração para que cruzamento ou acelerar o carro e passar pelo
o veículo pare exatamente na cancela? cruzamento antes do sinal mudar para verme-
lho. Este sinal permanece amarelo por 2,2 s.
6. (Unesp) Uma composição de metrô desloca- O tempo de reação do motorista (tempo de-
va-se com a velocidade máxima permitida de corrido entre o momento em que o motorista
72 km/h, para que fosse cumprido o horário vê a mudança de sinal e o momento em que
estabelecido para a chegada à estação A. Por realiza alguma ação) é 0,5 s.
questão de conforto e segurança dos passa- a) Determine a mínima aceleração constan-
geiros, a aceleração (e desaceleração) máxi- te que o carro deve ter para parar antes de
ma permitida, em módulo, é 0,8 m/s2. Expe- atingir o cruzamento e não ser multado.
riente, o condutor começou a desaceleração b) Calcule a menor aceleração constante que o
constante no momento exato e conseguiu carro deve ter para passar pelo cruzamento
parar a composição corretamente na estação sem ser multado. Aproxime 1,72 ≈ 3,0.
A, no horário esperado. Depois de esperar o
desembarque e o embarque dos passageiros, 10. (Unicamp) As faixas de aceleração das auto-
partiu em direção à estação B, a próxima pa- estradas devem ser longas o suficiente para
rada, distante 800 m da estação A. Para per- permitir que um carro partindo do repouso
correr esse trecho em tempo mínimo, impôs atinja a velocidade de 100 km/h em uma es-
à composição a aceleração e desaceleração trada horizontal. Um carro popular é capaz
máximas permitidas, mas obedeceu a velo- de acelerar de 0 a 100 km/h em 18 s. Supo-
cidade máxima permitida. Utilizando as in- nha que a aceleração é constante.
formações apresentadas, e considerando que a) Qual o valor da aceleração?
a aceleração e a desaceleração em todos os b) Qual a distância percorrida em 10 s?
casos foram constantes, calcule c) Qual deve ser o comprimento mínimo da fai-
a) a distância que separava o trem da estação
xa de aceleração?
A, no momento em que o condutor começou
a desacelerar a composição.
b) o tempo gasto para ir da estação A até a B.
Gabarito
7. (Unicamp) Um corredor de 100 metros rasos
percorre os 20 primeiros metros da corrida
em 4,0 s com aceleração constante. A velo- E.O. Aprendizagem
cidade atingida ao final dos 4,0 s é então 1. A 2. C 3. E 4. C 5. C
mantida constante até o final da corrida.
a) Qual é a aceleração do corredor nos primei- 6. E 7. E 8. E 9. D 10. A
ros 20 m da corrida?
b) Qual é a velocidade atingida ao final dos pri-
meiros 20 m? E.O. Fixação
c) Qual é o tempo total gasto pelo corredor em 1. D 2. D 3. V – V – F – V – F 4. B 5. E
toda a prova?
6. A 7. E 8. D 9. B 10. B
8. (Unesp) Um veículo está rodando à velocida-
de de 36 km/h numa estrada reta e horizon-
tal, quando o motorista aciona o freio. Su- E.O. Complementar
pondo que a velocidade do veículo se reduz
1. C 2. D 3. A 4. A 5. D
uniformemente à razão de 4 m/s em cada
segundo a partir do momento em que o freio
foi acionado, determine
a) o tempo decorrido entre o instante do acio-
E.O. Dissertativo
namento do freio e o instante em que o veí- 1. ​ 10 x ​
∆S = _______ 20 

= 100 m.
2
culo para. 2.
b) a distância percorrida pelo veículo nesse in- a) 10 m/s2.
tervalo de tempo. b) 30 m/s.

160
3.
a) 40 m.
E.O. Dissertativas
b) 88,0 m. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
c) 10 m/s. 1.
4. a) vM = 1.500 m/s.
a) Considerando a velocidade sendo cons- b) aR = 10 m/s2.
tante nesse percurso, podemos achar o 2.
deslocamento a partir da área do gráfico. a) d = 9.920 m.
V = 37,5 km/h b) a = 1,5 m/s2.
V = 10,4 m/s 3.
DS = V · Dt ⇒ 10,4 · 2 ⇒ DS = 20,8 m. a) v = 32 km/h.
b) Temos: b) t = 400 s = 6 min 40 s.
17,5 – 32,5m
​  DV  ​⇒ a = ​  ____________
a = ___     ​ ⇒ a = -8,2 m/ 4.
Dt 9,5 – 9
s.
2
a) 240 km/h.
5. 140 s. b) 60 m/s.
6. 5.
a) t = 10 s. a) 4,5 s.
b) 50 m. b) 1,54 m/s2.
7. 6.
a) 1) Considerando que a velocidade é posi- a) 250 m.
tiva o movimento é progressivo. b) 65 s.
2) Na medida em que o módulo ou inten- 7.
sidade da velocidade está diminuindo o a) γ = 2,5 m/s2.
movimento é retardado. b) Vf = 10 m/s.
b) x = 168 m. c) T = 12,0 s.
8. 8.
a) 7 m após o semáforo. a) 2,5 s.
b) Sim. b) 12,5 m.
9. Cálculo do tempo total de ida e volta: 9.
T = 4.t a) a = -3 m/s2.
T = 3,2 × 108 s b) a ≈ 2,4 m/s2.
T = 120 meses. 10.
10. a) a ≈ 1,54 m/s2.
a) 6s. b) ∆s ≈ 77 m.
b) 1 m/s2. c) ∆s ≈ 250 m.

E.O. Enem
1. B

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. A 2. D 3. C 4. B 5. B

E.O. UERJ
Exame Discursivo
1.
a = – 5,6 m/s2; ∆S = 10 m.
∴V = 40 m/s; ∆S = 80 m.
2.
4V0
∴t = ____
3. ​  a ​


4.
1,5 m/s.

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. D 2. C 3. C 4. A 5. D

161
INFOGRÁFICO:
Abordagem de GRANDEZAS ESCALARES E CALORIMETRIA
nos principais vestibulares.

FUVEST - Com questões mais aprofundadas, as resoluções necessitam de grande


manipulação das equações matemáticas.

LD
ADE DE ME
D
UNICAMP - Questões que relacionam diferentes
U

IC
FAC

INA

BO
1963
T U C AT U
assuntos e amplo domínio das equações de calorime-
tria.

UNESP - Distribuição entre questões


teóricas e questões numéricas de
calorimetria. UNIFESP - Questões bem elaboradas que necessitam
domínio das equações de calorimetria.

ENEM / UFRJ - Questões práticas tanto teóricas quanto com manipulação matemá-
tica.

UERJ - Questões curtas e voltadas principalmente à manipulação das


equações de calorimetria.
© nobeastsofierce/Shutterstock

Aulas 1e2

Grandezas físicas
Competência 5
Habilidade 17
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Grandezas físicas fundamentais e derivadas
As três grandezas mecânicas – comprimento, massa e tempo – são grandezas físicas que independem de
outras grandezas e são denominadas grandezas fundamentais (ou primitivas).
Os símbolos dimensionais L, M e T serão atribuídos, respectivamente, ao comprimento, à massa e ao tempo.
A temperatura é a grandeza térmica fundamental – símbolo u –, e a grandeza elétrica fundamental é a
intensidade de corrente elétrica – símbolo dimensional I. Por conveniência, adotou-se a intensidade de corrente
elétrica como grandeza fundamental da eletricidade, em vez da escolha mais natural, que seria a carga elétrica.
As grandezas físicas, cujas definições dependem da relação entre outras grandezas, são denominadas
grandezas derivadas. Por exemplo, a velocidade e a aceleração dependem dos conceitos de comprimento e de
tempo.
Grandeza fundamental Símbolo fundamental
comprimento L

tempo T

massa M

temperatura u
intensidade de corrente elétrica I

quantidade de matéria N

intensidade luminosa J

Equações dimensionais
Utilizando o produto de potências de bases M, L, T, u, N, J e I, pode-se representar qualquer outra grandeza física.
A potência de cada uma dessas bases diferencia as grandezas físicas relacionadas.
A equação dimensional é a denominação dada ao produto de potências para determinada grandeza física.
As fórmulas dimensionais para grandezas mecânicas (A), térmicas (B) e elétricas (C) são expressas, generi-
camente, da seguinte forma:

[A] = Ma Lb Tc
[B] = Md Le Tf ug
[C] = Mh Li Tl Ik

No estudo da Mecânica, as grandezas estão associadas às grandezas massa (M), comprimentos (L) e inter-
valos e/ou instantes de tempo (T). Logo, as dimensões de temperatura e intensidade de corrente elétrica não estão
relacionadas. De modo análogo, para a grandeza térmica (B), na fórmula dimensional, não aparece a potência de
base (I).
Dado que uma potência de zero é sempre igual a 1, se uma grandeza qualquer for independente da massa,
por exemplo, a potência M0 não precisará ser incluída na fórmula, uma vez que 1 (M0 = 1) é o elemento neutro da
multiplicação.
Para obtermos a fórmula dimensional de uma grandeza, partimos de sua fórmula física e expressamos todos
os fatores que dela participam em função das grandezas fundamentais.

167
A seguir, são apresentados alguns exemplos de fórmulas dimensionais:

( 
a) Velocidade ​ v = ___
​ DS ​  ​
Dt )
Como [DS] = L e [Dt] =T, temos [v] = _​ L  ​ ä [v] = LT–1.
T

( 
___
Dv
b) Aceleração ​ a = ​   ​  ​
Dt )
​ LT1 ​ ä [a] = LT–2.
-1
Como [v] = LT–1 e [Dt] = T, temos [a] = ___
T
c) Força (F = ma)

Como [m] = M e [a] = LT–2 , temos [F] = MLT–2.

d) Trabalho (t = Fdcos w)
Como [F] = MLT–2 [d] = L e cos w é adimensional (não tem dimensão física), temos
[t] = MLT–2L = ML2T–2.

( 
​ 1 ​  mv2  ​
e) Energia cinética ​ Ec = __
2 )
Como [m] = M, [v] = LT–1 e 2 adimensional, temos [Ec] = M(LT–1)2 ä [Ec] = ML2T–2.

Notas:
§§ Foi obtida a equação dimensional da energia cinética, mas essa fórmula também se aplica a qual-
quer outra grandeza de energia, por exemplo, o calor (Q): [Q] = ML–2T–2.
§§ Energia e trabalho têm a mesma fórmula dimensional, consequentemente são grandezas medidas
nas mesmas unidades.

( 
f) Potência ​ Pot = ___
​  t  ​   ​
Dt )
​ ML T ​ 
2 –2
Como [t] = ML2T–2 e [Dt] = T, temos [Pot] = _____  ä [Pot] = ML2T–3.
T

g) Impulso (I = FDt)

Como [F] = MLT–2 e [Dt] = T, temos [I] = MLT–2T ä [I] = MLT–1.

h) Quantidade de movimento (Q = mv)

Como [m] = M e [v] = LT–1, temos [Q] = MLT–1.

Nota:
§§ Quantidade de movimento e impulso também têm a mesma equação dimensional e são, portanto,
grandezas medidas nas mesmas unidades.

i) Densidade ​ m = __( 
​ m ​   ​
V )
​ M ​ ä [m] = ML–3.
Como [m] = M e [V] = L³, temos [m] = __

(  )
​ F  ​   ​
j) Pressão ​ p = __
A
​ MLT2 ​ 
–2
Como [F] = MLT–2 e [A] = L², temos [p] = _____  ä [p] = ML–1T–2.
L
168
( Q
k) Calor específico ​ c = ____
​     
mDθ
 ​  ​
) ​ ML T   
2 –2
Como [Q] = ML2T–2, [m] = M e [Du] = u, temos c = _____ ​ ä [c] = L2T–2u–1.
Mu

l) Capacidade térmica ​ C = ___


Q
( 
​    ​  ​
Du )
​ ML T   
2 –2
Como [Q] = ML2T–2 e [Du] = u, temos [C] = _____ ​ ä [C] = ML2T–2u–1.
u

(  Q
m) Carga elétrica ​ i = ___
​    ​ ä Q = iDt  ​
Dt )
Como [i] = I e [Dt] = T, temos [Q] = IT.

( 
E
n) Potencial elétrico ​ V = __
​ qP ​ ​ )
​ ML T ​ 
2 –2
Como [Ep] = ML2T–2 e [q] = IT, temos [V] = _____  ä [V] = ML2T–3I–1.
IT
Se, para determinada grandeza, a sua fórmula dimensional for conhecida, pode-se obter diretamente sua
unidade de medida em termos das unidades de outras grandezas fundamentais.
No SI, a unidade de tempo é segundo (s), a de temperatura é kelvin (K) e a de intensidade de corrente é
ampère (A). Como exemplos:
§§ Para a pressão:
[p] = ML1T–2 · Unid · SI (p): kg · m1 · s–2 = pascal (Pa).
§§ Para a capacidade térmica:
[C] = ML2T–2u–1 · Unid · SI (C): kg · m2 · s–2 · K–1.
§§ Para a resistência elétrica:
[R] = ML2T–3I–2 · Unid · SI (R): kg · m2 · s–3 · A–2 = ohm (V)

Teoria na prática
1. Faça a análise dimensional para a grandeza momento angular, cuja fórmula é dada por:

momento angular = r ⋅ p ⋅ sen θ

Onde:
§§ r é a distância;
§§ p é o momento linear (ou quantidade de movimento); e
§§ θ é o ângulo entre a distância e o momento linear.

Resolução:
Para determinar a dimensão de L, basta conhecer a dimensão das variáveis envolvidas, uma vez que:
§§ [momento angular] = [r] ⋅ [p] ⋅ [sen θ ]
§§ [momento angular] = (L) ⋅ (MLT-1) ⋅ (1)
§§ [momento angular] = M ⋅ L2 ⋅ T-1

Homogeneidade dimensional
As equações físicas devem ser dimensionalmente homogêneas. Isso significa que ambos os lados da equação
devem satisfazer a mesma fórmula dimensional.
Nas equações I e II abaixo, A, B, C, D, E e F são grandezas físicas e [A], [B], [C], [D], [E] e [F] são, respectiva-
mente, suas fórmulas dimensionais:
Equação I: A = B + C
Equação II: D = E · F

169
A homogeneidade dimensional exige que as fórmulas dimensionais sejam:
Em I: [A] = [B] = [C]
Em II: [D] = [E] · [F]
Como exemplo, seja uma equação física do tipo p = mAh, na qual p representa pressão, m representa den-
sidade e h, respresenta altura. Se a equação é dimensionalmente homogênea, qual é a unidade da grandeza A?
As fórmulas dimensionais da pressão, densidade e altura são:

[p] = ML–1T–2, [m] = ML–3 e [h] = L

Tem-se, então:

[p] = [m] · [A] · [h] ä ML–1T–2 = ML–3 [A]L

Ou seja, é necessário que:

[A] = LT–2

Pela fórmula dimensional obtida para A, pode-se concluir que essa grandeza é uma aceleração.

Sistema Internacional de Unidades


Antigamente, eram difíceis as trocas de mercadorias, pois em localidades distintas utilizavam-se unidades padrões
distintas. Normalmente, utilizava-se medidas do corpo humano como padrão (especialmente dos líderes), mas
como pessoas diferentes possuem tamanhos diferentes não era um método muito confiável. Foi só em 1789 que a
Academia de Ciências da França pensou em criar um sistema de unidades padrão. Assim, surgiu o metro (m) sendo
a décima milionésima parte da quarta parte do meridiano terrestre; o litro (L) como equivalente a um decímetro
cúbico; e o quilograma (kg) como a massa de 1 L de água a 4,44 °C. Em 1875, o Brasil aderiu, assim como outros
17 países, a esta proposta.
Em 1960, o sistema recebeu o nome de Sistema Internacional de Unidades (SI). Desde 1962, o Brasil adotou
o SI, sendo que em 1988 o Conmetro ratificou esta adoção.
Existem sete unidades fundamentais no Sistema Internacional de Unidades (SI), e cada uma delas
corresponde a uma grandeza:

Unidade Símbolo Grandeza


metro m comprimento

quilograma kg massa

segundo s tempo

ampère A intensidade da corrente elétrica

kelvin K quantidade de termodinâmica

mol mol quantidade de matéria

candela cd intensidade luminosa

A medida de ângulos é feita por duas unidades suplementares: o radiano (rad), para ângulos planos, e o
esterradiano (sr), para ângulos sólidos.
A partir das unidades fundamentais, pode-se reduzir ou derivar, direta ou indiretamente, as unidades deri-
vadas. Por se tratar de um número bastante grande, essas variáveis não serão reproduzidas aqui.

170
Oficialmente, a norma estabelecida para a grafia de todas as unidades, fundamentais ou derivadas, quando
escritas por extenso, é que se iniciem por letra minúscula, incluindo o caso de unidades que recebem nomes de
pessoas. Devem ser escritos, portanto, metro, ampère, newton, coulomb, quilômetro, pascal etc. A unidade de tem-
peratura da escala Celsius é a única exceção (escreve-se grau Celsius, símbolo: °C). Quando a frase é iniciada pelo
nome da unidade, inicia-se também com letra maiúscula.
Os símbolos são grafados, usualmente, com letras minúsculas, exceto quando se tratar de nomes de pesso-
as. Apesar de usar-se inicial minúscula, quando escrito por extenso, nesse caso, o símbolo é grafado com maiúscula.
Por exemplo, usa-se A para ampère, N para newton, W para watt, Pa para pascal etc.
Se a unidade for composta, os símbolos devem ser colocados um em seguida ao outro, e podem ou não ser
separados por um ponto, exemplos: quilowatt-hora: kWh ou kW · h; newton-metro: Nm ou N ∙ m etc.
Os símbolos e as unidades por extenso não devem ser misturadas. Desse modo, é incorreto escrever
quilômetro/h ou km/hora. A forma correta da grafia é quilômetro por hora ou km/h.
Quando o símbolo de uma unidade contém divisão, pode-se utilizar qualquer uma das três maneiras exem-
plificadas a seguir:
​ N · m
2
N · m2/kg2 = N · m2 · kg–2 = _____  ​  
kg 2

Acrescenta-se, simplesmente, a letra s para se obter o plural das unidades, mesmo no caso de violar as
regras gramaticais. Consequentemente, escrevem-se metros, ampères, pascals, decibeis. Algumas exceções existem
para as unidades que terminam por s, x e z. Essa unidades não variam no plural (siemens, lux, hertz).
Caso as unidades sejam palavras compostas por multiplicação de elementos independentes, ambos são
flexionados: quilowatts-horas, newtons-metros, ohms-metros etc. A flexão também ocorre quando as palavras
compostas não são ligadas por hífen: metros quadrados, milhas marítimas etc.
Nas unidades compostas por divisão, o denominador não recebe a letra s: quilômetros por hora; newtons
por metro quadrado etc. Em palavras compostas, nas quais os elementos complementares de nomes de unidades
são ligados por hífen ou preposição, também não se acrescenta a letra s: anos-luz, quilogramas-força, elétrons-volt,
unidades de massa atômica etc.
Os símbolos nunca flexionam no plural. Então, 50 metros devem ser escritos 50 m e NÃO 50 ms. Múltiplos e
submúltiplos, que são obtidos pela adição de um prefixo anteposto à unidade, são admitidos em todas as unidades,
derivadas ou fundamentais.
A unidade fundamental de massa, por razões histórias, é o quilograma, obtida pelo acréscimo de prefixo
“quilo” à unidade grama. Por conta disso, as unidades de massa múltiplas e submúltiplas são obtidas pelo acrés-
cimo do prefixo ao grama, e não ao quilograma.
Prefixo Símbolo Base de 10
yotta Y 1024
zetta Z 1021
exa E 1018
peta P 1015
tera T 1012
giga G 109
mega M 106
quilo k 103
hecto h 102
deca da 101
deci d 10-1
centi c 10-2
mili m 10-3
micro µ 10-6
nano n 10-9
pico p 10-12
femto f 10-15
171
Operações com algarismos significativos
O resultado de uma multiplicação ou uma divisão deve ser apresentado com um número de algarismos significa-
tivos igual ao do fator que possui o menor número de algarismos significativos. Por exemplo, ao realizar o
produto 2,31 · 1,4, encontramos 3,234. O primeiro fator tem três algarismos significativos (2,31) e o segundo tem
dois (1,4). Desse modo, o resultado é apresentado com dois algarismos significativos, ou seja, 3,2. O arredonda-
mento é feito como se segue: após abandonar o primeiro algarismo (4), sendo menor do que 5, o valor do último
algarismo significativo (2) será mantido, se o segundo algarismo a ser abandonado for menor do que 5, como neste
exemplo, que o valor é 3; se esse valor for maior ou igual a 5, acrescentamos uma unidade ao último algarismo
significativo. Portanto, no exemplo, o primeiro algarismo abandonado é o 4. Como o próximo algarismo tem valor
3, que é menor do que 5, mantém-se o número 2, que é o último algarismo significativo.
Seja o produto 2,33 ∙ 1,4. O resultado da operação é 3,262. Novamente, o resultado deve apresentar dois
algarismos significativos. Desse modo, o resultado fica 3,3. Abandona-se o primeiro algarismo, 2, e, sendo o segun-
do algarismo, 6, maior do que 5, acrescentamos uma unidade ao número 2, que é o último algarismo significativo.
O resultado da adição e da subtração deve conter um número de casas decimais igual ao da parcela com
menos casas decimais. Por exemplo, a adição 3,32 + 3,1. O resultado é 6,42. A primeira parcela tem duas casas
decimais (3,32) e a segunda somente uma (3,1), e, portanto, apresentamos o resultado com apenas uma casa
decimal. Desse modo, o resultado é 6,4. Já na operação 3,37 + 3,1 = 6,47, o resultado deve apresentar uma casa
decimal. Levando em conta a regra do arredondamento, obtemos como resultado o valor 6,5.

Teoria na prática
1. Calcule a soma a seguir e dê a resposta levando em conta o número de casas decimais.
A = 1,23 + 23,2

Resolução:

Como se pede
A = 1,23 + 23,2 = 24,43
Porém, como a primeira parcela possui duas casas decimais e a segunda parcela possui apenas uma casa
decimal, devemos dar a solução com o menor número de casas decimais logo, a solução deve apresentar
uma casa decimal.
A = 24,4

2. Um estudante está calculando a área superficial de uma folha de papel. Ele mede o comprimento como
sendo b = 27,9 cm e a largura como sendo h = 21,6 cm. O estudante deve expressar a área do papel como:
a) 602,64 cm².
b) 602 cm².
c) 602,6 cm².
d) 603 cm².

Resolução:

Para o cálculo da área, basta conhecermos a fórmula da área do retângulo:


A = comprimento ⋅ largura
A=b⋅h
A = (27,9 cm) ⋅ (21,6 cm) = 602,64 cm2

172
Como o enunciado pede a solução com o número correto de algarismos significativos, temos então que
em 27,9 cm e 21,6 tem 3 algarismos significativos. Como se trata de uma multiplicação, devemos dar a
resposta com o menor número de algarismos significativos que algum dos fatores possuir. Ou seja, daremos
a resposta com 3 algarismos significativos:
A = 603 cm2
Alternativa D

3. Uma estudante está calculando a espessura de uma folha de papel. Ela mede a espessura de uma pilha de
80 folhas de papel com um paquímetro e descobre que a espessura é l = 1,27 cm. Ao calcular a espessura
de uma folha, ela irá encontrar? Dê a resposta com o número correto de algarismos significativos.
Resolução:
Uma vez que as 80 folhas possuem juntas uma espessura de 1,27 cm, temos que, para encontrar a espes-
sura de cada uma, basta dividir a espessura total pela quantidade de folhas.
1,27
x = ____
​   ​ cm = 0,015875 cm
80
Como o enunciado pede a solução com o número correto de algarismos significativos, temos que em 1,27
há 3 algarismos significativos; já em 80, temos 2 algarismos significativos. Logo, a resposta final deve pos-
suir apenas 2 algarismos significativos, respeitando as regras de aproximação.
x = 0,016 cm

Notação científica
A notação científica é utilizada para apresentar um número na forma N · 10n, na qual n é um expoente inteiro e
N é tal que 1 ≤ N < 10. Em notação científica, o número N deve ser formado por todos os algarismos significativos
de uma grandeza.
Sejam os algarismos significativos das medidas a seguir expressas corretamente: 360 s e 0,0035 m. Levando
em conta o número de algarismos significativos, a notação científica para essas medidas será, respectivamente:
3,60 · 102 s e 3,5 · 10–3 m.

Ordem de grandeza
A ordem de grandeza de uma medida é a potência de 10 mais próxima da potência dada para o valor encon-
trado para a grandeza. Mas como estabelecer essa potência de 10 mais próxima?
___
Determina-se essa potência do seguinte modo: se o número N é maior ou igual a ​√10 ​,  utiliza-se a potência
___
de 10 de expoente um grau maior, isto é, 10n + 1; se N for menor que √
​ 10 ​,  usa-se a mesma potência da notação
científica, isto é, 10n.
Resumidamente:
___
​ 10 ​ ä ordem de grandeza: 10n + 1
N≥√
___
​ 10 ​ ä ordem de grandeza: 10n
N<√

Exemplo: o raio da Terra é igual a 6,37 · 106 m e a distância da Terra ao Sol é igual a 1,49 · 1011 m. Qual a
ordem de grandeza desses valores?
___
No primeiro caso, N = 6,37 > ​√10 ​,  e, portanto, a ordem de grandeza do raio da Terra é dada por:
___
106 + 1 m =107 m. No segundo caso, N = 1,49 < ​√10 ​ ​ , e, consequentemente, a distância da Terra ao Sol tem ordem
de grandeza de 1011 m.

173
Teoria na prática
1. (Cesgranrio) Um recipiente cúbico tem 3,000 m de aresta, n é o número máximo de cubos, de 3,01 mm de
aresta, que cabem no recipiente. A ordem de grandeza de n é:
a) 109.
b) 102.
c) 104.
d) 101.
e) 1010.
Resolução:
Para encontrar o valor de n, basta dividir o volume do recipiente pelo volume de cada cubo menor. Dessa forma, temos:

( )
3000 mm ​  
n = ​ ​ _______
3
​ = 990 ⋅ 106 cubos = 9,90 ⋅ 108 cubos
3,01 mm
___
Como 9,90 é maior que ​√10 ​ ≈ 3,16 , devemos somar +1 no expoente da base dez para determinar a ordem
de grandeza. A ordem de grandeza de n é 108+1 = 109
Alternativa A
2. (UFU) A ordem de grandeza, em segundos, em um período correspondente a um mês, é:
a) 10.
b) 103.
c) 106.
d) 109.
e) 1012.
Resolução:
Para determinar a quantidade x de segundo que há em 1 mês, temos:
segundos
​ hora ​ · 60 ____
x = 30 dias ⋅ 24 ____ ​ min  ​ · 60 ___
​   ​  
= 2 592 000 segundos = 2,592 · 106 segundos
dia hora min
___
Como 2,592 é menor que ​√10 ​ ≈ 3,16, devemos manter a potência de 10, ela será a ordem de grandeza.
Sendo assim, a ordem de grandeza é de 106.
Alternativa C

3. (Unirio)
"Um dia eu vi uma moça nuinha no banho
Fiquei parado o coração batendo
Ela se riu
Foi o meu primeiro alumbramento.”
(Manuel Bandeira)

A ordem de grandeza do número de batidas que o coração humano dá em um minuto de alumbramento


como este é:
a) 101.
b) 102.
c) 100.
d) 103.
e) 104.
Resolução:
Sabendo que a frequência cardíaca normal de uma pessoa saudável entre 15 e 20 anos pertence ao inter-
valo de 60 a 90 vezes por minuto, fica evidente que a ordem de grandeza é de 102.
Alternativa A

174
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Interpretação de unidades em fórmulas ...


Fonte: Youtube

Vídeo Lucie conta a História das Ciências – Pesos e Medidas

Fonte: Youtube

Vídeo Inmetro – O tempo todo com você

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites

176
ACESSAR

Sites Instrumentação / medidas / grandezas

pt.khanacademy.org/math/algebra/units-in-modeling/intro-to-dimensional-analysis/e/
working-with-units
macbeth.if.usp.br/~gusev/unidades.pdf
educacao.globo.com/matematica/assunto/matematica-basica/sistemas-de-unidades-de-
medidas.html

LER

tt
Livros
Introdução à Física – Aspectos históricos,
unidades de medidas e vetores

Esta obra aborda os principais conceitos e aspectos históri-


cos da Física. Ao longo de seis capítulos, o leitor conhecerá
as principais unidades de tempo, massa e comprimento,
bem como as ferramentas e técnicas necessárias para a
realização de operações. Além disso, aprenderá a distinguir
as grandezas escalares e vetoriais.

177
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

No dia a dia, referimo-nos de maneira equivocada a algumas unidades. Por exemplo, é muito comum uma pessoa ir
à padaria e pedir “meio quilo de queijo” e receber meio quilograma de queijo, mas quando pedimos meio quilo de
queijo, estamos pedindo 500 pedaços de queijo, e não a massa de 500 gramas. Outra situação que poderia acon-
tecer na mesma padaria seria a pessoa pedir “duzentas gramas de queijo” e acabar recebendo duzentos gramas
de queijo; a grama é uma planta e a unidade de massa pertence ao gênero masculino.
De maneira geral, sempre estamos nos referindo a diversas unidades, nem sempre tomando todos os cuidados
necessários. Saber converter diferentes unidades é uma tarefa importante, ainda mais quando visitamos outro país.

INTERDISCIPLINARIDADE

Como vimos, existem diversas unidades de medidas para a mesma grandeza física, sendo de suma importância co-
nhecer as regras de conversão entre as diferentes unidades. Para tal, basta conhecer a razão de proporcionalidade
entre as grandezas e realizar uma regra de três simples.
No caso das unidades de medidas, as grandezas serão diretamente proporcionais, isto é, aumentando uma
das duas, a segunda também aumentará.
O procedimento para a resolução de uma regra de três simples diretamente proporcional é simples.
Primeiramente, montamos uma tabela de duas colunas, em que na primeira coluna colocamos valores numa
unidade e o valor corresponde em outra unidade na segunda coluna. Após isso, basta igualar a razão obtida com
os valores na primeira coluna com a razão dos elementos da segunda coluna.
Exemplo:

Tempo em horas Tempo em segundos


1h 3600 s
5h x

​  ___ ​ 36000
1h ​ = _______
x ​
s 

5h
X = 1800 s

178
E.O. Aprendizagem Dado: a intensidade é calculada pela razão
entre potência e área.
a) –1, 2, 2.
1. Uma grandeza física que não possui unida- b) 2, –1, 2.
de é chamada de adimensional. Um exemplo c) 2, 2, –1.
desse tipo de grandeza física é: d) 2, 2, 1.
a) índice de refração. e) 2, 2, 2.
b) tempo.
c) peso. 5. (IFSP) Mário sabe que sua caixa d’água está
d) massa. com problemas. Para a realização do reparo,
e) temperatura. foi dito a ele que a caixa d’água deveria es-
tar, no máximo, com 625 mil centímetros cú-
2. A força da gravitação entre dois corpos é bicos de água, o que representa um volume
dada pela expressão F = G (m1m2)/r2. A di- máximo de:
mensão da constante de gravitação G é en- a) 62,5 litros.
tão: b) 6,25 litros.
a) [L]3 [M]–1 [T]–2. c) 0,625 litros.
b) [L]3 [M] [T]–2. d) 625 litros.
c) [L] [M]–1 [T]2. e) 6.250 litros.
d) [L]2 [M]–1 [T]–1.
e) nenhuma. 6. Um objeto de 3,10 kg é liberado por um as-
tronauta, a partir do repouso, e cai em dire-
3. (Unifesp) Uma das especificações mais im- ção à superfície do planeta Marte.
portantes de uma bateria de automóvel é Calcule a força peso em newtons atuando so-
o ‘ampère-hora’ (Ah), uma unidade prática bre o objeto, expressando o resultado com
que permite ao consumidor fazer uma ava- o número de algarismos significativos apro-
liação prévia da durabilidade da bateria. priado.
Considere a aceleração da gravidade:
Em condições ideais, uma bateria de 50 Ah
gMarte = 3,69 m/s2
funciona durante 1 h quando percorrida por
a) 31,0.
uma corrente elétrica de intensidade 50 A,
b) 11,439.
ou durante 25 h, se a intensidade da corren-
c) 11,44.
te for 2 A. Na prática, o ampère-hora nomi-
d) 11,4.
nal de uma bateria só é válido para correntes
e) 6,79.
de baixa intensidade – para correntes de alta
intensidade, o valor efetivo do ampère-hora
7. Uma certa grandeza física A é definida como
chega a ser um quarto do valor nominal.
o produto da variação de energia de uma
Tendo em vista essas considerações, pode-se
partícula pelo intervalo de tempo em que
afirmar que o ampère-hora mede a:
essa variação ocorre. Outra grandeza, B, é
a) potência útil fornecida pela bateria.
o produto da quantidade de movimento da
b) potência total consumida pela bateria.
partícula pela distância percorrida. A combi-
c) força eletromotriz da bateria.
nação que resulta em uma grandeza adimen-
d) energia potencial elétrica fornecida pela ba- sional é:
teria. a) AB.
e) quantidade de carga elétrica fornecida pela b) A/B.
bateria. c) A/B2.
d) A2/B.
4. Durante a apresentação do projeto de um e) A2B.
sistema acústico, um jovem aluno do ITA
esqueceu-se da expressão da intensidade de 8. O censo populacional realizado em 1970
uma onda sonora. Porém, usando da intui- constatou que a população do Brasil era de
ção, concluiu ele que a intensidade média 90 milhões de habitantes. Hoje, o censo es-
(I) é uma função da amplitude do movimen- tima uma população de 150 milhões de ha-
to do ar (A), da frequência (f), da densidade bitantes. A ordem de grandeza que melhor
do ar (r) e da velocidade do som (v), che- expressa o aumento populacional é:
gando à expressão I = Ax fy ra v. Considerando a) 106.
as grandezas fundamentais massa, compri- b) 107.
mento e tempo, assinale a opção correta que c) 108.
representa os respectivos valores dos expo- d) 109.
entes x, y e a: e) 1010.

180
9. (UECE) Considere um sistema em que as uni- 4. (Acafe) No Sistema Internacional de Unida-
dades fundamentais sejam força, cujo sím- des (SI), as grandezas fundamentais da Me-
bolo para sua unidade de medida seja G, e cânica e suas respectivas unidades são: mas-
velocidade, com unidade simbolizada por H. sa em quilograma, comprimento em metro e
Em termos dessas unidades, potência seria tempo em segundo.
dada em unidades de: A alternativa correta que indica a unidade
a) H/G. da grandeza potência em função dessas uni-
b) H x G. dades é:
c) G/H. a) quilograma vezes metro dividido por segundo.
d) G2/H. b) quilograma vezes metro dividido por segun-
do ao quadrado.
10. (Fuvest) A massa do Sol é cerca de 1,99·1030 kg. c) quilograma vezes metro ao quadrado dividi-
A massa do átomo de hidrogênio, constituin- do por segundo ao cubo.
te principal do Sol é 1,67·10–27 kg. Quantos d) quilograma vezes metro ao quadrado dividi-
átomos de hidrogênio há aproximadamente do por segundo ao quadrado.
no Sol?
a) 1,5 · 10–57 átomos 5. (Fuvest) Numa aula prática de Física, três
b) 1,2 · 1057 átomos estudantes realizam medidas de pressão. Ao
c) 1,5 · 1057 átomos invés de expressar seus resultados em pas-
d) 1,2 · 10–57 átomos cal, a unidade de pressão no Sistema Inter-
e) 1,2 · 103 átomos nacional (SI), eles apresentam seus resulta-
dos nas seguintes unidades do SI:
E.O. Fixação I. Nm–2
II. Jm–3
1. Os valores de x, y e n, para que a equação III. Wsm–3
(força)x (massa)y = (volume) (energia)n seja Podem ser considerados corretos, do ponto
dimensionalmente correta, são, respectiva- de vista dimensional, os seguintes resulta-
mente: dos:
a) (–3, 0, 3).
b) (–3, 0, –3). a) Nenhum.
c) (3, –1, –3). b) Somente I.
d) (1, 2, –1). c) Somente I e II.
e) (1, 0, 1). d) Somente I e III.
e) Todos.
2. (Unesp) Considere o volume de uma gota
como 5,0 ∙ 10–2 ml. A ordem de grandeza do
6. A nanotecnologia é um dos ramos mais pro-
número de gotas em um litro de água é:
a) 103. missores para o progresso tecnológico hu-
b) 105. mano. Essa área se baseia na manipulação
c) 102. de estruturas em escala de comprimento, se-
d) 104. gundo o que é indicado no próprio nome, na
e) 106. ordem de grandeza de:
a) 0,001 m.
3. (UFPR) Sobre grandezas físicas, unidades b) 0,000.1 m.
de medida e suas conversões, considere as c) 0,000.001 m.
igualdades abaixo representadas:
1. 6 m2 = 60.000 cm2. d) 0,000.000.001 m.
2. 216 km/h = 60 m/s. e) 0,000.000.000.000.001 m.
3. 3000 m3 = 30 litros.
4. 7200 s = 2 h. 7. A força de resistência do ar é um fator re-
5. 2,5 × 105 g = 250 kg. levante no estudo das quedas dos corpos
Assinale a alternativa correta. sob ação exclusiva da gravidade. Para velo-
a) Somente as igualdades representadas em 1,
cidades relativamente baixas, da ordem de
2 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as igualdades representadas em 1, metros por segundo, ela depende direta-
2, 4 e 5 são verdadeiras. mente da velocidade (v) de queda do corpo
c) Somente as igualdades representadas em 1, e da área efetiva (A) de contato entre o cor-
2, 3 e 5 são verdadeiras. po e o ar. Sua expressão, então, é dada por
d) Somente as igualdades representadas em 4 e Far = K · A ∙ v, na qual K é uma constante que
5 são verdadeiras. depende apenas da forma do corpo. Em fun-
e) Somente as igualdades representadas em 3 e ção das grandezas primitivas da mecânica
4 são verdadeiras. (massa, comprimento e tempo), a unidade

181
de K, no SI, é: temperatura entre o corpo e o ambiente. A
a) kg · m–1 · s–1. dimensão desta grandeza em termos de mas-
b) kg · m–2 · s–1. sa (M), comprimento (L) e tempo (T) é dada
c) kg · m · s–1. por:
d) kg · m · s–2. a) M2 L–1 T–3.
e) kg · m2 · s–2. b) M L–1 T–2.
c) M L–1 T–3.
d) M L–2 T–3.
8. A grandeza física ENERGIA pode ser repre- e) M2 L–2 T–2.
sentada de várias formas e com a utilização
de outras diferentes grandezas físicas. A 2. (UECE) A potência elétrica dissipada em um
composição destas outras grandezas físicas resistor ôhmico pode ser dada pelo produto
define o que alguns chamam de formulação da tensão aplicada pela corrente percorrida
matemática. no elemento resistivo. Em termos de unida-
Dentre elas, destacamos três: des fundamentais do SI, a potência é dada
K · x2
________
E = m · g · h   E = ​   ​    
  E = ​  m · v
______2
 ​   em unidades de
2 2 a) kg · m1 · s–2.
Considerando o Sistema Internacional de
Unidades, podemos representar energia b) kg · m–2 · s3.
c) kg · m2 · s–3.
como:
d) kg · m2 · s3.
a) kg · m · s–1.
b) kg · m2 · s1.
c) kg · m–2 · s–2. 3. Em certos problemas relacionados ao esco-
d) kg · m · s .
2 2 amento de fluidos no interior de dutos, en-
e) kg · m · s .
2 –2 contram-se expressões do tipo:
​ k · a2 ​
· l3 
g = _________  
v
9. Uma esfera de cobre com raio da ordem de A grandeza g possui a mesma dimensão da
micrômetros possui uma carga da ordem de razão entre potência e temperatura. O ter-
dez mil cargas elementares, distribuídas mo k é a condutividade térmica, conforme
uniformemente sobre sua superfície. Consi- descrito pela lei de Fourier. As dimensões
dere que a densidade superficial é mantida dos parâmetros a e l são, respectivamente,
constante. Assinale a alternativa que contém as mesmas de aceleração e comprimento. A
a ordem de grandeza do número de cargas dimensão de v para que a equação acima seja
elementares em uma esfera de cobre com dimensionalmente correta é igual (ao):
raio da ordem de milímetros. a) raiz quadrada da aceleração.
a) 1019 b) quadrado da velocidade.
b) 1016 c) produto do comprimento pela raiz quadrada
c) 1013 da velocidade.
d) 1010 d) produto da velocidade pela raiz quadrada do
e) 101 comprimento.
e) produto do comprimento pelo quadrado da
10. As unidades habituais de energia, como o velocidade.
joule e o quilowatt-hora, são muito elevadas
4. No Sistema Internacional (SI), existem sete
para o uso em física atômica ou de partícu-
unidades consideradas como unidades de
las. Para trabalhar com quantidades micros-
base ou fundamentais. As unidades para as
cópicas de energia, é usado o:
demais grandezas físicas podem ser obtidas
a) volt.
pela combinação adequada dessas unidades
b) watt.
de base. Algumas das unidades obtidas dessa
c) ampère.
maneira recebem nomes geralmente home-
d) ohm.
nageando algum cientista. Na coluna II estão
e) elétron-volt.
as unidades para algumas grandezas físicas,
escritas utilizando-se unidades de base. Na

E.O. Complementar coluna I estão alguns nomes adotados no SI.


Numere as unidades da coluna II com o seu
nome correspondente na coluna I.
1. Em certo fenômeno físico, uma determina- COLUNA I
da grandeza referente a um corpo é expressa 1. pascal
como sendo o produto da massa específi- 2. ohm
ca, do calor específico, da área superficial, 3. joule
da velocidade de deslocamento do corpo, 4. coulomb
do inverso do volume e da diferença de 5. tesla

182
COLUNA II número de feijões no recipiente, sabendo-
( ) kg · m2/(s3A2) -se que a relação entre os comprimentos das
( ) kg/(s2 A) ​ a  ​ = __
arestas é __ ​  b  ​ = __
​  c  ​.
( ) kg/(m s2) 4 3 1
( ) As
( ) kg m2/s2
Assinale a alternativa que apresenta a nu-
meração correta da coluna da direita, de
cima para baixo.
a) 2 – 5 – 1 – 4 – 3
b) 3 – 4 – 1 – 5 – 2
c) 5 – 2 – 4 – 1 – 3
d) 2 – 1 – 5 – 3 – 4
e) 4 – 3 – 1 – 5 – 2

5. (UFPR) A unidade de uma grandeza física


kg · m2
pode ser escrita como ​ _______ ​·

 Consideran-
s3 ∙ A
do que essa unidade foi escrita em termos
das unidades fundamentais do SI, assinale a
alternativa correta para o nome dessa gran-
3. Um projetista de máquinas de lavar roupas
deza.
estava interessado em determinar o volu-
a) Resistência elétrica.
me de água utilizado por uma dada lavado-
b) Potencial elétrico.
ra de roupas durante o seu funcionamento,
c) Fluxo magnético.
de modo a otimizar a economia de água por
d) Campo elétrico.
parte do aparelho. Ele percebeu que o vo-
e) Energia elétrica.
lume V de água necessário para uma lava-
gem depende da massa m das roupas a se-
rem lavadas, do intervalo de tempo Dt que
E.O. Dissertativo esta máquina leva para encher de água e da
pressão P da água na tubulação que alimenta
1. (ITA) No sistema de unidades atômicas de esta máquina de lavar. Assim, ele expressou
Hartree, as unidades de carga elétrica, de o volume de água através da função V = k ma
massa, de comprimento e de tempo podem (Dt)b Pn, onde k é uma constante adimen-
sional e a, b e n são coeficientes a serem
ser representadas respectivamente por qA,
determinados.
mA, LA e tA. Neste sistema, a carga elétrica e
Calcule os valores de a, b e n para que a
do próton é igual a 1qA, a massa do elétron equação seja dimensionalmente correta.
m0 vale 1 mA a constante de Planck reduzida
h é igual a 1 mA . L​  A2 ​/  tA e a constante de Cou- 4. Um tenista, numa brilhante jogada durante
lomb K0 = 1/(4πε0) vale 1 mA . L​  A3 ​/  (q​  A2 ​ . t​  A2 ​)  . um treino, atirou a bola de tênis para o outro
Dados no SI: lado da quadra. Instantes depois, foi anun-
e = 1,6 x 10-19 C . m0 = 9,1 x 10-31 kg . h = 1,1 x 20-34 ciado que a bola atingiu uma velocidade es-
J . s . K0 = 9,0 x 109 N . m2/C2. calar média de 151,2 km/h.
a) Qual a medida em metros de um comprimen- Expresse essa velocidade no Sistema Inter-
to igual a 1,0 LA? nacional de unidades.
b) Qual a medida em segundos de um tempo
igual a 1,0 tA? 5. Uma partícula de massa m oscila no eixo OX
sob a ação de uma força F = – kx3, na qual k
é uma constante positiva e x é a coordenada
2. Um estudante de Física aceita o desafio de da partícula (figura 1).
determinar a ordem de grandeza do número Suponha que a amplitude de oscilação seja
de feijões em 5 kg de feijão, sem utilizar A e que o período seja dado por (figura 2):
qualquer instrumento de medição. Ele sim-
plesmente despeja os feijões em um reci-
piente com um formato de paralelepípedo e
conta quantos feijões há na aresta de menor
comprimento c, como mostrado na figura. Ele
verifica que a aresta c comporta 10 feijões.
Calcule a potência da ordem de grandeza do

183
onde c é uma constante adimensional e a, b 9. (UFRN) Segundo a teoria cosmológica da
e g são expoentes a serem determinados. Uti- grande explosão, nas fases iniciais de forma-
lize seus conhecimentos de análise dimensio- ção do universo, as condições físicas foram
nal para calcular os valores de a, b e g. tais que seu tratamento teórico precisa ser
de gravitação quântica. Mas tal tratamento
6. Um vertedouro de uma represa tem uma só é necessário durante um certo intervalo de
forma triangular, conforme mostra a figura tempo, t(p), chamado tempo de Planck, ou
a seguir. Um técnico quer determinar em- era de Planck. De fato, conforme o universo
piricamente o volume de água por unidade se expande, os domínios das forças funda-
de tempo que sai pelo vertedouro, isto é, a mentais vão se desacoplando um do outro, e
vazão. Como a represa é muito grande, a va- chega um momento, quando o tempo de exis-
zão não depende do tempo. Os parâmetros tência do universo for da ordem de t(p) ou
relevantes são: h, a altura do nível de água maior que t(p), em que efeitos quânticos e
gravitacionais podem ser tratados separada-
medida a partir do vértice do triângulo, e
mente.
g, a aceleração da gravidade local. A partir
É possível estimar-se a ordem de grandeza
dessas informações, o técnico escreve a se-
de t(p) a partir de considerações básicas en-
guinte fórmula para a vazão Q: volvendo constantes fundamentais e análise
Q = Chx gy dimensional. A grandeza t(p) é uma escala
de tempo típica de uma situação física em
na qual C é uma grandeza adimensional. que não se pode desprezar a gravidade nem
fenômenos quânticos. Portanto, a expressão
que define t(p) deve envolver explicitamen-
te a constante gravitacional, G, e a constante
de Planck, h. Além dessas duas constantes,
espera-se ainda que a velocidade da luz, c,
seja importante para estimar tal escala de
tempo, pois essa velocidade é a constante
associada aos fenômenos relativísticos pre-
sentes na descrição da evolução do universo.
Existe uma única maneira de combinar al-
gebricamente essas três constantes de modo
Calcule os valores dos expoentes x e y para que a grandeza resultante tenha dimensão
que Q tenha dimensão de vazão. de tempo.
Informações e sugestões de procedimentos
7. Leia atentamente o quadrinho a seguir. para a solução desta questão:
§§ Para obter a expressão literal para t(p) e
VEREDA TROPICAL Nani
depois calcular seu valor, comece fazen-
Desemprego:
Quem tem
Escuta. Você é do uma análise dimensional envolvendo
economista e
diploma tá trabalhando apenas as três constantes. Em outras pa-
universitário como lixeiro.
tá topando
Recolhi hoje
Não precisa
lavras, combine as dimensões físicas das
35.475 folhas de
qualquer árvore, 72 quilos fazer relatório. três constantes, de modo que o resultado
trabalho de papel, seja uma expressão literal que representa
85 mil
pontas de uma grandeza com dimensão de tempo,
cigarros...
isto é, t(p).
§§ Depois de obter essa expressão, substitua
O Dia, 23 - 06 - 99 os valores das constantes fundamentais
Com base no relatório do gari, calcule a or- que nela aparecem para obter uma esti-
dem de grandeza do somatório do número de mativa da ordem de grandeza de t(p) .
Pode ser que, para obter tal expressão,
folhas de árvores e de pontas de cigarros que
você precise manipular com potências in-
ele recolheu.
teiras e/ou fracionárias das constantes.
§§ Note que a dimensão de G é dada por L3M-
8. No filme “Armageddon”, é mostrado um aste- T , a dimensão de h é dada por L2MT-1 e
-1 -2

roide em rota de colisão com a Terra. O diâ- a dimensão de c é dada por LT-1, em que L
metro desse asteroide mede cerca de 1000 km, representa a dimensão de comprimento,
mas, de acordo com vários astrônomos, os M a de massa e T a de tempo.
maiores asteroides com alguma probabilidade §§ São dados os valores das constantes no SI:
de colidir com a Terra têm um diâmetro de 10 G ~ 7×10-11 N . m2/kg2; h ~ 7×10-34 J.s; e
km. São os chamados “exterminadores”. Faça c ≈ 3×108 m/s.
uma estimativa da razão entre as massas des- Estime a ordem de grandeza do tempo de
Planck.
ses dois tipos de asteroides.

184
10. Suponha que em um sólido os átomos estão joules, que se espera atingir em breve, com o
distribuídos nos vértices de uma estrutura acelerador de Brookhaven, é:
cúbica, conforme a figura a seguir. A massa a) 10-8.
de cada átomo é 1,055 · 10–22 g e a densida- b) 10-7.
de do sólido é 8,96 g/cm3. Qual o módulo do c) 10-6.
expoente da ordem de grandeza da menor d) 10-5.
separação entre os átomos?
2. (UERJ) Uma das fórmulas mais famosas des-
te século é:
E = mc2
Se E tem dimensão de energia e m, de massa,
c representa a seguinte grandeza:
a) força
b) torque
c) aceleração
d) velocidade

E.O. Enem E.O. Objetivas


1. (Enem) SEU OLHAR
(Gilberto Gil, 1984)
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Fuvest) Uma gota de chuva se forma no alto
Na eternidade
Eu quisera ter de uma nuvem espessa. À medida que vai
Tantos anos-luz caindo dentro da nuvem, a massa da gota vai
Quantos fosse precisar aumentando, e o incremento de massa ∆t,
Pra cruzar o túnel em um pequeno intervalo de tempo ∆t, pode
Do tempo do seu olhar ser aproximado pela expressão: ∆m = avS∆t,
Gilberto Gil usa na letra da música a pala- em que a é uma constante, v é a velocidade
vra composta ANOS-LUZ. O sentido prático, da gota, e S, a área de sua superfície. No sis-
em geral, não é obrigatoriamente o mesmo tema internacional de unidades (SI) a cons-
que na ciência. Na Física, um ano-luz é uma tante a é:
medida que relaciona a velocidade da luz e o a) expressa em kg · m3
tempo de um ano e que, portanto, se refere a: b) expressa em kg · m-3
a) tempo. c) expressa em m3·s·kg-1
b) aceleração. d) expressa em m3·s-1
c) distância. e) adimensional.
d) velocidade.
e) luminosidade. 2. (Unesp) O fluxo representa o volume de san-
gue que atravessa uma sessão transversal de

E.O. UERJ um vaso sanguíneo em um determinado in-


tervalo de tempo. Esse fluxo pode ser calcu-

Exame de Qualificação lado pela razão entre a diferença de pressão


do sangue nas duas extremidades do vaso
(P1 e P2), também chamada de gradiente de
1. (UERJ) O acelerador de íons pesados relati- pressão, e a resistência vascular (R), que é a
vísticos de Brookhaven (Estados Unidos) foi medida da dificuldade de escoamento do flu-
inaugurado com a colisão entre dois núcleos xo sanguíneo, decorrente, principalmente,
de ouro, liberando uma energia de 10 tri-
da viscosidade do sangue ao longo do vaso.
lhões de elétrons-volt. Os cientistas espe-
A figura ilustra o fenômeno descrito.
ram, em breve, elevar a energia a 40 trilhões
de elétrons-volt, para simular as condições
do Universo durante os primeiros microsse-
gundos após o "Big Bang."
("Ciência Hoje", setembro de 2000)

Sabendo que 1 elétron-volt é igual a 1,6 × 10-19


joules, a ordem de grandeza da energia, em

185
Assim, o fluxo sanguíneo Φ pode ser calcu- 6. (Fuvest) Um motorista para em um posto
lado pela seguinte fórmula, chamada de lei e pede ao frentista para regular a pressão
de Ohm: dos pneus de seu carro em 25 "libras" (abre-
(P – P2) viação da unidade "libra força por polega-
Φ =_________
​  1  ​    da quadrada" ou "psi"). Essa unidade cor-
R
responde à pressão exercida por uma força
Considerando a expressão dada, a unidade igual ao peso da massa de 1 libra, distribuí-
de medida da resistência vascular (R), no da sobre uma área de 1 polegada quadrada.
Sistema Internacional de Unidades, está cor- Uma libra corresponde a 0,5 kg e 1 polega-
retamente indicada na alternativa: da a 25 · 10-3 m, aproximadamente. Como 1
kg.s
a) ____
​  5 ​    atm corresponde a cerca de 1 · 105 Pa no SI
m (e 1Pa = 1 N/m2), aqueIas 25 "libras" pedidas
kg.m4
b) _____
​  s ​  
  pelo motorista equivalem aproximadamente
kg.s2
a:
c) _____ ​  m ​  

a) 2 atm
kg
d) ____ ​  4   ​  b) 1 atm
m .s
kg2.m5 c) 0,5 atm
______
e) ​  2 ​  

s d) 0,2 atm
e) 0,01 atm
3. (Unesp) Desde 1960, o Sistema Internacio-
nal de Unidades (SI) adota uma única uni- 7. (Fuvest) Um estudante está prestando vesti-
dade para quantidade de calor, trabalho e bular e não se lembra da fórmula correta que
energia, e recomenda o abandono da antiga relaciona a velocidade v de propagação do
unidade ainda em uso. Assinale a alternati- som, com a pressão P e a massa específica μ
va em que I indica a unidade adotada pelo SI (kg/m3), num gás. No entanto, ele se recorda
e II, a unidade a ser abandonada. que a fórmula é do tipo va = C . Pb/μ, onde
C é uma constante adimensional. Analisan-
a) I – joule (J); II – caloria (cal)
do as dimensões (unidades) das diferentes
b) I – caloria (cal); II – joule (J) grandezas físicas, ele conclui que os valores
c) I – watt (W); II – quilocaloria (kcal) corretos dos expoentes a e b são:
d) I – quilocaloria (kcal); II – watt (W) a) a = 1, b = 2
e) I – pascal (Pa); II – quilocaloria (kcal) b) a = 1, b = 1
c) a = 2, b = 1
4. (Unesp) Segundo a lei da gravitação de d) a = 2, b = 2
Newton, o módulo F da força gravitacional e) a = 3, b = 2
exercida por uma partícula de massa m1
sobre outra de massa m2, à distância d da 8. (Fuvest) No Sistema Internacional de Unida-
des (SI), as sete unidades de base são o me-
primeira, é dada por F = G(m1m2)/d2, onde
tro (m), o quilograma (kg), o segundo (s),
G é a constante da gravitação universal. Em o kelvin (K), o ampere (A), a candela (cd)
termos exclusivos das unidades de base do e o mol (mol). A lei de Coulomb da eletros-
Sistema Internacional de Unidades (SI), G é tática pode ser representada pela expressão
expressa em F = (1/4πε)(Q1 Q2/r2), onde ε0 é uma cons-
a) kg-1. m3. s-2. tante fundamental da física e sua unidade,
b) kg2 . m-2 . s2. em função das unidades de base do SI, é
c) kg2 . m-2 . s-1. a) m-2 s2 A2
d) kg3 . m3 . s-2. b) m-3 kg-1 A2
c) m-3 kg-1 s4 A2
e) kg-1 . m2 . s-1.
d) m kg s-2
e) adimensional
5. (Unesp) A unidade da força resultante F,
experimentada por uma partícula de massa 9. (Unesp) No SI (Sistema Internacional de
m quando tem uma aceleração a, é dada em Unidades), a medida da grandeza física tra-
newtons. A forma explícita dessa unidade, balho pode ser expressa em joules ou pelo
em unidades de base do SI, é produto
a) kg.m/s a) kg.m.s-1.
b) m/(s.kg) b) kg.m.s-2.
c) kg.s/m c) kg.m-2.s-2.
d) m/(s2.kg) d) kg.m2.s-2.
e) kg.m/s2 e) kg.m-2.s2.

186
10. (Unesp) O intervalo de tempo de 2,4 minu- devido ao calor gerado pelo atrito com a at-
tos equivale, no Sistema Internacional de mosfera marciana.
unidades (SI), a: a) Calcule, para essa órbita fatídica, o raio em
a) 24 segundos. metros. Considere 1 pé = 0,30 m.
b) 124 segundos. b) Considerando que a velocidade linear da
c) 144 segundos.
sonda é inversamente proporcional ao raio
d) 160 segundos.
da órbita, determine a razão entre as veloci-
e) 240 segundos.
dades lineares na órbita fatídica e na órbita
segura.
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) Gabarito
1. (Unesp) Num determinado processo físico,
a quantidade de calor Q transferida por con-
E.O. Aprendizagem
vecção é dada por 1. A 2. A 3. E 4. D 5. D
Q = h . A . ∆T . ∆t 6. D 7. B 8. C 9. B 10. B
onde h é uma constante, Q é expresso em
joules (J), A em metros quadrados (m2), ∆T
em kelvins (K) e ∆t em segundos (s), que E.O. Fixação
são unidades do Sistema Internacional (SI). 1. B 2. D 3. B 4. C 5. E
a) Expresse a unidade da grandeza h em termos
de unidades do SI que aparecem no enunciado. 6. D 7. B 8. E 9. D 10. E
b) Expresse a unidade de h usando apenas as
unidades kg, s e K, que pertencem ao con-
junto das unidades de base do SI. E.O. Complementar
1. C 2. C 3. D 4. A 5. B
2. (Unesp) Considere os três comprimentos se-
guintes:
d1 = 0,521 km, E.O. Dissertativo
d2 = 5,21 . 10-2 m e 1.
d3 = 5,21 . 106 mm. a) LA ≅ 5,8 x 10-11 m.
b) tA ≅ 2,8 x 10-17 s.
a) Escreva esses comprimentos em ordem cres-
cente.
b) Determine a razão d3/d1. 2.
A potência é igual a 4.
3.
a = 3; b = –6 e n = –3.
3. (Unicamp) "Erro da NASA pode ter destruído
sonda" 4.
42,00 m/s.
​ 1  ​;
(Folha de S. Paulo, 1/10/1999)
a = __
5.
2
Para muita gente, as unidades em problemas b = – __ ​ 1  ​ e
de Física representam um mero detalhe sem 2
importância. No entanto, o descuido ou a g = –1.
confusão com unidades pode ter consequên- x = __
6. ​ 5 ​ 
cias catastróficas, como aconteceu recente- 2
mente com a NASA. A agência espacial ame- y = ​ 1 ​ 
__
2
ricana admitiu que a provável causa da perda
7.
105
de uma sonda enviada a Marte estaria rela- mimaginário
cionada com um problema de conversão de ​ ________
8. mreal ​   
= 106
unidades. Foi fornecido ao sistema de nave-
gação da sonda o raio de sua órbita em ME- 9.
t(p) ≈ 1,42 . 10-43 s.
TROS, quando, na verdade, este valor deveria 10. 7.
estar em PÉS. O raio de uma órbita circular
segura para a sonda seria r = 2,1 · 105 m,
mas o sistema de navegação interpretou esse E.O. Enem
dado como sendo em pés. Como o raio da
órbita ficou menor, a sonda desintegrou-se 1. C

187
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. D 2. D

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. B 2. D 3. A 4. A 5. E

6. A 7. C 8. C 9. D 10. C

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) [h] = J/m2.K.s (S.I.)
b) [h] = kg/K.s3 (S.I.)
2.
a) d
2 < d1 < d3
d
​ 5210 ​ 
b) ​ __3 ​ = _____ = 10
d1 521

3.
a) 2,1 ∙ 105 pés = 2,1 ∙ 105 ∙ 0,3 m = 6,3 ∙
104 m
10 ​ 
b) ​ ___
3

188
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Aulas

Habilidade 21
Competência 6
Calor sensível
3e4
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
O estudo da Termologia envolve muitos conceitos novos. A noção de equilíbrio, por exemplo, serve para as mais
diversas áreas do conhecimento humano, no entanto, nesta grande área que envolve as transferências de calor,
suas causas e consequências, definir adequadamente conceitos tornará a compreensão física dos fenômenos algo
mais sólido e duradouro. O próprio conceito de temperatura, que está associado às energias cinéticas médias das
moléculas que compõem o corpo, dá-nos a correta noção de que o calor é transferido do corpo de maior tempera-
tura para o corpo de menor temperatura, até que possam juntos atingir aquilo que conceituaremos como equilíbrio
térmico. O termo energia cinética das moléculas refere-se à energia cinética de translação das moléculas.
Quando for necessário fazer referência à energia cinética de rotação das moléculas, será utilizado diretamente o
termo energia de rotação das moléculas. A grandeza termodinâmica relacionada à energia cinética média de
translação das moléculas é a temperatura.
Sendo assim, quando a temperatura de um corpo aumenta, a energia cinética de suas partículas também
aumenta. Quando a temperatura do corpo diminui, a energia cinética de suas partículas também diminui. Não nos
esqueçamos de que a energia de um sistema termodinâmico também é composta pela energia potencial das
moléculas, cujo somatório representa a energia necessária para desagregar as moléculas.
A estrutura física que caracteriza os sólidos indica que as moléculas que os compõem possuem uma organi-
zação tal que seu nível de agitação, e, portanto, sua energia cinética média, seja menor que a organização de um
gás em mesmas condições termodinâmicas. Assim, são percebidas as transferências de energias para as partículas
mais próximas. Chamamos de calor a energia térmica em trânsito.
Já os gases possuem moléculas com maior grau de energia cinética. As moléculas portadoras de maiores
energias cinéticas realizam colisões com outras moléculas menos energéticas. Nessas colisões, em geral, são per-
cebidas transferências energéticas de tal forma que, após um intervalo de tempo, em média, o grupo de moléculas
possuirá uma energia cinética média; nesta condição, podemos dizer que os corpos estarão em equilíbrio térmico,
ou seja, em mesma temperatura.
A transferência de energia, espontaneamente, de um corpo para outro devido à existência de diferença de
temperatura entre eles, recebe o nome de transferência de energia térmica. A energia térmica transferida nesse
processo é o calor.
Quando o equilíbrio térmico é atingido, ou seja, quando os corpos estão na mesma temperatura, a trans-
ferência de calor é cessada.

Observação:
Por se tratar de um processo, a transferência de energia térmica, ou seja, calor, só é possível se entre os corpos
estudados houver diferença de temperatura. Justamente por se tratar de um processo, um corpo não pode estar,
ou possuir, calor, mas sim transferi-lo.

Escalas termométricas
A verificação do grau de agitação das partículas que compõem um corpo é feita de maneira indireta. A temperatura
de um corpo pode ser estimada pelo equilíbrio térmico entre dois ou mais corpos. Dessa forma, existem estados
termodinâmicos, nos quais os corpos se encontram, que servem como referência para a construção daquilo que cha-
maremos de escala termométrica. Todos os corpos possuem características térmicas; são exatamente essas carac-
terísticas termossensíveis que permitem a construção de aparelhos de medição, como os termômetros de mercúrio.
A definição da escala está pautada na escolha adequada de pontos de referência. O ponto de gelo, condi-
ção em que se apresentam em equilíbrio térmico gelo e água em pressão normal, assim como o ponto de vapor,

191
condição em que se apresentam em equilíbrio água e vapor de água em condições normais de pressão, podem
ser escolhidos. Existe uma equação de conversão entre as escalas termométricas que pode ser utilizada para as
mais diversas conversões. Por exemplo, quando queremos converter um valor genérico de temperatura θc, medido
em grau Celsius, em seu respectivo valor θf , medido em grau Fahrenheit. Para tanto, comparando a razão entre os
segmentos a e b da figura a seguir, esta relação não depende das unidades de medida.
Dessa forma:

u – 0 _______
u – 32 u u – 32
​  a  ​ = ______
__ ​  c   ​  = ​  f   ä ___
 ​   ​  c  ​ = ______
​  f  ​   
b 100 – 0 212 – 32 100 180

__u uf – 32
Simplificando: ​  c ​ = ______
​   ​


5 9

Essa é a equação de conversão entre graus Celsius e graus Fahrenheit. Da mesma forma, podemos converter
utilizando a unidade kelvin, onde T representa a temperatura em kelvin, obtendo:
u uf – 32 ______
__
​  c ​  = ______
​   = ​  T – 273
 ​   ​  
5 9 5

William Thomson (1824-1907), lorde Kelvin, estabeleceu em 1848 a escala absoluta, que leva o seu nome.
Ele determinou a menor temperatura possível, cujo valor é 0 K (zero kelvin).
Caso seja necessário converter variações de temperatura, podemos trabalhar com as equações apresenta-
das anteriormente e chegarmos às seguintes equações de conversão para a variação de temperaturas:

Du DuF
___
​   ​c  = ​ ___ ​
  
5 9

Duc = DT

Anders Celsius (1701-1744) foi um físico que propôs, em 1742, a escala de temperatura que leva o seu
nome, mas que originalmente era conhecido como sistema centígrado. Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736) foi,
além de físico e engenheiro, um vendedor de termômetros. Criou o termômetro de mercúrio, além, é claro, da escala
de temperatura que leva o seu nome e que é ainda muito utilizada em países anglo-saxões.

192
Teoria na prática
1. O álcool, ou etanol, possui ponto de fusão igual a –114 °C e ponto de ebulição igual a +78,5 °C. É por
isso que, em temperatura ambiente (cerca de 20 °C), o álcool é um líquido. Passando para a escala kelvin,
o ponto de fusão e o ponto de ebulição do etanol são, respectivamente, iguais a:
a) –387 e –194,65.
b) +159 e +351,5.
c) +387,25 e +194,65.
d) –159 e –351,5.
e) +159 e –351,5.

Resolução:
Sabemos que para transformar a temperatura de graus Celsius para kelvin basta somar 273:
TK = θC + 273
Assim sendo, basta substituir cada temperatura desejada para o ponto de fusão:
TK = –114 + 273 = 159 K
para o ponto de ebulição, temos:
TK = 78,5 + 273 = 351,5 K

Alternativa B

2. Qual é a temperatura na escala Fahrenheit que corresponde a 40 °C?


a) 313
b) 4,444
c) 39,2
d) 2,25
e) 104

Resolução:

Sabendo que a relação entre as escalas Fahrenheit e Celsius é


θ θF - 32
​​  __C  ​ = ​ ______
   ​​ 
5 4
Basta substituir θC = 40 ºC e encontrar o correspondente em Fahrenheit.
θF - 32
​​ 40  ​​ ​= ​ ______
__     ​​
5 9
θF = 104 ºF

Alternativa E

3. (ITA) O verão de 1994 foi particularmente quente nos Estados Unidos da América. A diferença entre a má-
xima temperatura do verão e a mínima do inverno anterior foi de 60 °C. Qual o valor dessa diferença na
escala Fahrenheit?
a) 108 °F
b) 60 °F
c) 140 °F
d) 33 °F
e) 92 °F

193
Resolução:

Primeiramente, devemos identificar que o exercício não pede a transformação de uma dada temperatura de
uma escala em outra, mas a transformação de uma variação de temperatura numa escala em outra. Sabe-
mos que a relação entre as escalas Fahrenheit e Celsius é:
∆θ ∆θF
​​ ____ ​​C = ​​ ___ ​​
  
5 9
Substituindo o valor fornecido, temos:
∆θF
​​  60 ​​ = ___
__ ​​   ​​
  
5 9
θF = 108 ºF

Alternativa A

Efeitos macroscópicos da variação


da energia interna devido ao calor

As relações de transferências de calor, tanto para o corpo que recebe quanto para o corpo que cede, podem evi-
denciar relações de causa e consequência, nas quais, basicamente, isolamos três efeitos:
§§ variação de temperatura;
§§ mudança de estado físico; e
§§ dilatação térmica.
Para as duas primeiras consequências caracterizaremos as quantidades de calores transferidos para substân-
cias puras, como: caso um corpo, ao ganhar energia, aumente a energia potencial de ligação das moléculas, pode
ocorrer a desagregação das moléculas e o estado físico pode mudar. Este tipo de energia é denominado calor latente.
1. Se houver variação de temperatura: calor sensível;
2. Se houver mudança de estado físico: calor latente.

Diagrama de aquecimento de água


Se observarmos o fornecimento de calor a um bloco de gelo, inicialmente a –20 °C, verificaremos que ele:
§§ Inicialmente, aumenta de temperatura até atingir 0 °C (ponto de fusão), indicando que a entrada de calor
está aumentando a energia cinética das moléculas.
§§ A partir daí, permanece com a temperatura constante, apesar de receber calor, e passa a mudar de estado
físico. Isso ocorre porque as moléculas estão aumentando sua energia potencial, e não a cinética.
§§ Terminada a fusão, teremos apenas água a 0 °C, que, à medida que recebe mais calor, aumenta a tempera-
tura até 100 °C (ponto de ebulição).
§§ Durante a vaporização, a temperatura permanece constante mais uma vez, apesar do recebimento de calor,
porque as moléculas, à medida que se desagregam, aumentam a energia potencial, permanecendo a ener-
gia cinética constante.
§§ Finalmente, após a vaporização completa da água, o vapor, ao receber mais calor, volta a aumentar a ener-
gia cinética de suas moléculas, aumentando a temperatura.

194
Teoria na prática
1. (Puc) Uma forma de gelo com água a 25 ºC é colocada num freezer de uma geladeira para formar gelo. O
freezer está no nível de congelamento mínimo, cuja temperatura corresponde a –18 ºC.
As etapas do processo de trocas de calor e de mudança de estado da substância água podem ser identifi-
cadas num gráfico da temperatura x quantidade de calor cedida.
Qual dos gráficos a seguir mostra, corretamente (sem considerar a escala), as etapas de mudança de fase
da água e de seu resfriamento para uma atmosfera?
a) Temperatura
25 ºC

Quantidade de calor
0 ºC

-18 ºC

Temperatura
b)
25 ºC

Quantidade de calor
0 ºC

-18 ºC

c) Temperatura
25 ºC

Quantidade de calor
0 ºC

-18 ºC

195
d)
Temperatura
25 ºC

Quantidade de calor
0 ºC

-18 ºC

e) Temperatura
25 ºC

Quantidade de calor
0 ºC

-18 ºC

Resolução:

Para esta questão, vale lembrar que existem dois tipos de calor: sensível e latente. O calor sensível é aquele
fornecido a algum material de forma a variar a sua temperatura. Já o calor latente é o calor fornecido a
um material para que ocorra a mudança de estado físico do material. Durante esta etapa de mudança de
estado, não há variação de temperatura.
Diante disto, fica fácil observar que a resposta correta é o gráfico mostrado na alternativa A.
No primeiro momento, a água é resfriada até uma temperatura de 0 °C. Após isto, passa pela etapa de
solidificação, na qual a temperatura permanece constante. Por fim, o gelo continua a resfriar até que atinja
o equilíbrio térmico com a temperatura do freezer em –18 °C.

Alternativa A

Estudo do calor sensível


Quando fornecemos a mesma quantidade de calor a um balde com água e a um copo com água, verificamos que,
no primeiro, perceberemos uma pequena variação de temperatura, ao passo que a variação da temperatura do
segundo é bem maior.
Isso acontece porque o balde com água tem inércia térmica maior que o copo com água. Lembramos que
inércia mecânica representa a resistência que todos os corpos materiais têm à modificação do seu estado de movi-
mento. Assim, a inércia térmica é a resistência que todos os corpos materiais têm à modificação de sua temperatura.
Contudo, por tradição, faremos uso do termo capacidade térmica em vez de inércia térmica.

Capacidade térmica de um corpo (C)


Por definição, capacidade térmica é a relação entre a quantidade de calor recebido ou cedido por um corpo e a
correspondente variação de temperatura Du.
A capacidade térmica representa a quantidade de calor necessária para variar a temperatura do corpo em
uma unidade.

196
Assim, podemos fazer uma analogia com a mecânica, associando capacidade térmica à inércia térmica,
medindo a dificuldade de se variar a temperatura de um corpo. Ou seja, quanto maior a capacidade térmica de um
corpo, maior a quantidade de calor necessária para aumentar sua temperatura. Matematicamente:

Q
C = ___
​     ​ [ Q = C · Du
Du

A unidade usual da capacidade térmica é cal/°C; no SI é J/K. Por simplicidade, consideraremos que a capa-
cidade térmica dos corpos é constante durante os experimentos. Contudo, é importante saber que, na prática, a
capacidade térmica pode variar com a temperatura. Mas o estudo disso fica para um curso de nível superior.

Teoria na prática
1. Ao fornecer 300 calorias de calor para um corpo, verifica-se como consequência uma variação de tempera-
tura igual a 50 °C. Determine a capacidade térmica desse corpo.

Resolução:
Como por definição a capacidade térmica é dada pela razão entre o calor e a variação de temperatura,
temos:
Q 300 cal cal  ​​
C = ​ ​___   ​​ = ​ ​______ ​​ = 6 ​ ​___
  
∆θ 50 ºC °C

Calor específico de uma substância (c)


No exemplo anterior, fizemos uma comparação entre um balde com água e um copo com água. A diferença básica
entre ambos é a quantidade de água.
Pode-se argumentar que a capacidade térmica do corpo de água contido no balde com água é maior do que
a capacidade térmica do corpo de água contido no copo, porque o primeiro apresenta maior massa.

No balde, com um número maior de moléculas (uma vez que há mais massa), a energia é transferida
para um número maior de moléculas e, portanto, o acréscimo da energia de uma molécula é menor, assim
a evidência do aumento de temperatura se mostra menos perceptível.

No copo, com um número menor de moléculas (uma vez que a massa é menor), a energia é transferida
para um número menor de moléculas e, portanto, a evidência do aumento da energia de uma molécula é
maior, tornando mais perceptível o aumento da temperatura.

197
A capacidade térmica é proporcional à massa do corpo. Contudo, também depende do material de que é
feito o corpo. Desse modo, pode-se relacionar a capacidade térmica, a quantidade de água e um fator referente
ao material:

C=m·c

De acordo com essa expressão, a capacidade térmica (C) é proporcional à massa (m).
O fator c, calor específico sensível, representa a inércia térmica de uma unidade de massa do material
​ cal  ​. 
de que é feito o corpo. No caso da água, o valor é 1 ___
g°C
Para aquecer 1 g de água a 1 °C é necessário 1 caloria; para aquecer 1 g de rocha a 1 °C é necessário
apenas 0,21 caloria. Assim, é “mais fácil” aquecer 1 g de rocha do que aquecer 1 g de água.
Por isso, quando o Sol surge ao amanhecer, a areia da praia (rocha) se aquece mais do que a água, pois
quanto menor é o calor específico sensível maior é a variação de temperatura.
Lembrando que:

Q = C · Du

Podemos escrever a seguinte relação:

Q = m · c · Du

Observações importantes a respeito da capacidade térmica e do calor específico sensível:


§§ A capacidade térmica de um sistema composto é equivalente à soma das capacidades térmicas individuais
dos componentes do sistema.
§§ O calor específico de uma substância depende do estado físico em que ela se encontra.
§§ A capacidade térmica é uma característica de um corpo, enquanto que o calor específico sensível é uma
característica de uma substância.

Convenção de sinais
De acordo com as equações anteriores, podemos inferir que:
§§ Se um corpo recebe calor (entrada de calor no corpo), Q terá valor positivo e a variação de temperatura será
positiva.
§§ Se um corpo perde calor (saída de calor do corpo), Q terá valor negativo e a variação de temperatura será
negativa.
O nome da unidade caloria vem de uma teoria abandonada. A teoria calórica propunha que existia o fluido
calórico que escorria de um corpo para outro, diminuindo a temperatura do primeiro e aumentando a do segundo.
Historicamente, uma caloria é a energia necessária para elevar de 14,5 °C, para 15,5 °C a temperatura de
1 g de água. Desde 1948, por definição 1 caloria equivale a 4,1868 joules.

Teoria na prática
1. (UFPR) Para aquecer 500 g de certa substância de 20 °C para 70 °C, foram necessárias 4 000 calorias. A
capacidade térmica e o calor específico valem, respectivamente:
a) 8 cal/ °C e 0,08 cal/g ∙ °C
b) 80 cal/ °C e 0,16 cal/g ∙ °C
c) 90 cal/ °C e 0,09 cal/g ∙ °C
d) 95 cal/ °C e 0,15 cal/g ∙ °C
e) 120 cal/ °C e 0,12 cal/g ∙ °C

198
Resolução:
Primeiramente, vamos identificar os valores fornecidos:
Q = 4000 cal
∆θ = 70 ºC – 20ºC = 50 ºC
m = 500 g
Sabemos que a capacidade térmica é dada pela razão entre o calor recebido e a variação de temperatura:

Q 4000 cal cal ​​ 
C = ___
​​    ​​ = ______
​​  = 80 ​​ ___
 ​​ 

∆θ 50 ºC °C

Também sabemos que o calor específico sensível é dado pela razão entre a capacidade térmica e a massa:
cal ​ 
80 ​ ___
c = ​​ m  ​​ = ​​  ºC  
__ C _____ ​​  cal  ​​ 
 ​​ = 0,16 ___
500 g gºC

Alternativa B
2. (Mackenzie) Em uma manhã de céu azul, um banhista na praia observa que a areia está muito quente e a
água do mar está muito fria. À noite, esse mesmo banhista observa que a areia da praia está fria e a água
do mar está morna. O fenômeno observado deve-se ao fato de que:
a) a densidade da água do mar é menor que a da areia.
b) o calor específico da areia é menor que o calor específico da água.
c) o coeficiente de dilatação térmica da água é maior que o coeficiente de dilatação térmica da areia.
d) o calor contido na areia, à noite, propaga-se para a água do mar.
e) a agitação da água do mar retarda seu resfriamento.
Resolução:
O calor específico sensível da água é muito maior que o da areia. Enquanto que cágua = 1 cal/g°C e o
careia = 0,12 cal/g°C. Isso significa que, para quantidades de massas iguais que receberam a mesma quanti-
dade de calor, a variação de temperatura é maior no caso da areia. Dito isso, vamos ao problema: devido ao
calor específico sensível da água ser maior, durante o dia a temperatura da água varia menos; dessa forma,
a temperatura final da água será menor que a da areia, que, devido ao menor calor específico sensível, teve
uma maior variação de temperatura, acarretando uma maior temperatura final. Por isso, durante o dia, a
água está fria e a areia quente.
À noite, acontece o resfriamento tanto da areia quanto da água, porém, devido ao menor calor específico
sensível, a areia sofre uma maior variação de temperatura e, assim, sua temperatura final será menor que
a da água, que, por ter o calor específico sensível maior, possui uma menor variação de temperatura; logo,
sua temperatura final será maior. Dessa forma, fica explicado porque, à noite, a água está morna enquanto
a areia está fria.
Alternativa B

3. Um amolador de facas, ao operar um esmeril, é atingido por fagulhas incandescentes, mas não se queima.
Isso acontece porque as fagulhas:
a) têm calor específico muito grande.
b) têm temperatura muito baixa.
c) têm capacidade térmica muito pequena.
d) estão em mudança de estado.
e) não transportam energia.

199
Resolução:
Apesar de as fagulhas possuírem altas temperaturas, devido a sua pequena constituição, possuem pouca
massa e, consequente, uma capacidade térmica muito pequena. Como o calor é proporcional à capacidade
térmica, o calor trocado entre o amolador e as fagulhas é muito pequeno.

Alternativa C

Sistema termicamente isolado


Dizemos que um sistema está termicamente isolado, quando as partes do
sistema (os corpos) trocam calor apenas entre si, mas não com o exterior do
sistema. Para conseguir esse cenário, é necessário o uso de um recipiente
que isole seu conteúdo termicamente do meio externo. Esse recipiente tem
paredes isolantes térmicas, chamadas de paredes adiabáticas.
Para monitorar a temperatura do interior, faz-se uso de um termô-
metro. Desse modo, construímos um equipamento que recebe o nome de
calorímetro.
Além do termômetro, temos um agitador e um aquecedor, caso quei-
ramos interferir mecânica ou termicamente com o conteúdo no recipiente.
Quando colocamos corpos no calorímetro, eles trocam calor apenas
entre si. Pelo princípio da conservação da energia, todo calor cedido por um dos corpos será absorvido por outro
dentro do calorímetro. Dessa forma, a equação de transferência de calor para os corpos no interior no calorímetro é
dada por uma soma das quantidades de calor igualada à zero, uma vez que toda a transferência de calor só ocorre
entre os corpos em seu interior.

Matematicamente:
Qrecebido = –Qcedido

Qrecebido + Qcedido = 0

200
Teoria na prática
1. Dentro de um calorímetro, cuja capacidade térmica é desprezível, colocou-se um bloco de chumbo com 4 kg,
a uma temperatura de 80 °C. O calorímetro contém 8 kg de água a uma temperatura de 30 °C. Consideran-
do cchumbo = 0,0306cal/g.°C e cágua =1 cal/g°C, determinar a temperatura final do sistema.

Resolução:

Para sistemas de trocas de calor, temos que:

Qágua + Qchumbo = 0
mágua cágua ∆θágua + mchumbo cchumbo∆θchumbo = 0
1 cal   0,0306 cal
8000g · ​ ​____ ​​ · (θ – 30 ºC) + 4000 g ​ ​________
    ​​ 
(θ – 80 ºC) = 0
gºC gºC
θ ≈ 30,7 ºC

Dessa forma, a temperatura final do sistema é de aproximadamente 30,7 °C.

Calorímetro real
Um calorímetro real consegue impedir com eficácia apenas a troca de calor entre os corpos em seu interior e o meio
externo, no entanto, participará das trocas tendo como referência a própria capacidade térmica.
Nesses casos, temos de considerar o calor trocado entre os corpos e o calorímetro.
Se o problema fornecer a capacidade térmica do calorímetro, use:

Qcalorímetro = Ccalorímetro · Du

Certos problemas também podem fornecer o equivalente em água do calorímetro. Equivalente em água
corresponde à massa de água, cuja capacidade térmica é a mesma do calorímetro. Em outras palavras, com o valor
do equivalente em água (E), conseguimos obter a capacidade térmica do calorímetro da seguinte maneira:

Ccalorímetro = E · cágua

Por exemplo, se o equivalente em água de um calorímetro é 25 g e o calor específico da água é 4 J/g °C,
então:

Ccalorímetro = E · cágua = 25 · 4 = 100 J/°C

Potência
A definição de potência é dada pela razão entre a quantidade de calor transferido da fonte para o corpo ou de um
corpo para outro, pelo intervalo de tempo decorrido nesse processo. A relação matemática pode ser escrita como:

Q
P = ___
​    ​ 
Dt

É comum utilizarmos como unidade da potência caloria por segundo, cal/s. No SI, a unidade da potência é
J/s, que chamamos de watt, representado pelo símbolo W.

201
Teoria na prática
1. (Epcar (Afa)) Deseja-se aquecer 1,0 L de água que se encontra inicialmente à temperatura de 10 ºC até
atingir 100 ºC sob pressão normal, em 10 minutos, usando a queima de carvão. Sabendo-se que o calor de
combustão do carvão é 6000 cal/g e que 80% do calor liberado na sua queima é perdido para o ambiente,
a massa mínima de carvão consumida no processo, em gramas, e a potência média emitida pelo braseiro,
em watts, são:
a) 15; 600.
b) 75; 600.
c) 15; 3000.
d) 75; 3000.

Resolução:

O calor necessário Qnec para aquecer a água será dado pelo calor sensível:
Qnec = m ⋅ c ⋅ Δθ = 1000 g ⋅ 1cal/g°C ⋅ (100 – 10)°C = 9 ⋅ 104 cal

Como somente 20% do calor fornecido pela combustão do carvão Qforn representa o Qnec:
Q
Qforn = ___
​​  nec ​​ = 4,5 ⋅ 105 cal
0,2
Logo, a massa de carvão será dada pela razão entre a quantidade total de calor emitida pela combustão e
o calor de combustão por grama de carvão.
4,5 ⋅ 105 cal
m = ​​​ ​​ _________ ​​ ​​​ 
= 75 g
6000 cal/g
Para o cálculo da potência, devemos transformar as unidades para o sistema internacional:
Q 4,5 ∙ 105 cal ∙ 4 J/cal
P = ____
​​  forn ​​ = ________________
  
​​      ​​ = 3000 W
Δt 10 min ∙ 60 s/min

Alternativa D

202
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Calor específico da água


Fonte: Youtube

Vídeo O universo. Temperatura = movimento - calor = transferência

Fonte: Youtube

Vídeo Temperatura: História do termômetro

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites

204
ACESSAR

Sites Instrumentação / medidas / grandezas

www.sensacaotermica.com.br/
pt.khanacademy.org/science/chemistry/thermodynamics-chemistry/internal-energy-sal/a/heat
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equacao-fundamental-calorimetria.htm
educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/calorimetria-o-estudo-dos-fenomenos-de-
transferencia-de-calor.htm
pt.khanacademy.org/science/biology/water-acids-and-bases/water-as-a-solid-liquid-and-
gas/a/specific-heat-heat-of-vaporization-and-freezing-of-water

205
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

No dia a dia, é comum as pessoas observarem as tabelas nutricionais que existem nos alimentos. Elas contêm o
equivalente mecânico em calorias e em joules que o alimento fornecerá àquele que o consumir.

Também é comum ouvirmos, principalmente em dias frios e em uma aula de física, que o frio não existe, que
ele é apenas uma questão psicológica. Quente ou frio são comparações que fazemos, entre a temperatura de um
determinado objeto e a nossa temperatura corporal, diferentemente de calor, que é a energia térmica em trânsito.
Por isso, deve-se tomar cuidado com o vocabulário, diferenciar o termo técnico, presente em um livro, do usual.

206
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 21 - Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou
tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo.

A habilidade 21 avalia a capacidade do estudante de entender conceitos da física, sua importân-


cia histórica e saber aplicá-los no cotidiano, tal qual diz o segundo eixo cognitivo “construir e apli-
car conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de
processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.”

Modelo 1
(Enem) Aquecedores solares usados em residências têm o objetivo de elevar a temperatura da água
até 70°C. No entanto, a temperatura ideal da água para um banho é de 30°C. Por isso, deve-se
misturar a água aquecida com a água à temperatura ambiente de um outro reservatório, que se
encontra a 25°C.
Qual a razão entre a massa de água quente e a massa de água fria na mistura para um banho à
temperatura ideal?
a) 0,111.
b) 0,125.
c) 0,357.
d) 0,428.
e) 0,833.

Análise Expositiva 1

Habilidade 21
O ENEM tem cobrado temas típicos dos principais vestibulares do país, entre eles a troca de
calor entre dois corpos. Nesse exercício, o estudante precisa dominar os conceitos básicos de
calorimetria e saber utilizar a fórmula.
Q1 + Q2 = 0 ⇒ mQ ∙ c ∙ (30 – 70) + mF ∙ c ∙ (30 – 25) = 0
___ m 50
​​  mQ ​​ = ___
​​   ​​ = 0,125
F 40
Alternativa B

208
Modelo 2
(Enem ) As altas temperaturas de combustão e o atrito entre suas peças móveis são alguns dos
fatores que provocam o aquecimento dos motores à combustão interna. Para evitar o superaque-
cimento e consequentes danos a esses motores, foram desenvolvidos os atuais sistemas de refri-
geração, em que um fluido arrefecedor com propriedades especiais circula pelo interior do motor,
absorvendo o calor que, ao passar pelo radiador, é transferido para a atmosfera.
Qual propriedade o fluido arrefecedor deve possuir para cumprir seu objetivo com maior eficiên-
cia?
a) Alto calor específico.
b) Alto calor latente de fusão.
c) Baixa condutividade térmica.
d) Baixa temperatura de ebulição.
e) Alto coeficiente de dilatação térmica.

Análise Expositiva 2

Habilidade 21
Esse é um exercício típico do que é exigido pelo ENEM. Nessa questão, é necessário que o
aluno saiba interpretar o problema e, principalmente, entender a propriedade do fluido que
está relacionada a este problema.
Da expressão do calor específico sensível: Q =- m ∙ c ∙ DU
"O fluido arrefecedor deve receber calor e não sofrer sobreaquecimento". Para tal, de acordo
com a expressão acima, o fluido deve ter alto calor específico.
Alternativa A

209
Estrutura Conceitual

TERMÔMETRO

Não altera
Potência
o estado físico

TEMPERATURA
CALOR
VARIAÇÃO DE SENSÍVEL
TEMPERATURA
Escalas
Termométricas
Calor Massa
específico

Kelvin Celsius Fahrenheit

Capacidade
térmica
Zero
absoluto

210
E.O. Aprendizagem A correspondente leitura na escala Celsius
era de:
a) 30.
1. Um turista estrangeiro leu em um manual de b) 32.
turismo que a temperatura média do esta- c) 36.
do do Amazonas é de 87,8 graus, medido na d) 40.
escala Fahrenheit. Não tendo noção do que e) 42.
esse valor significa em termos climáticos, o
turista consultou um livro de Física, encon- 5. A utilização do termômetro, para a avaliação
trando a seguinte tabela de conversão entre da temperatura de um determinado corpo, é
escalas termométricas: possível porque, após algum tempo de con-
tato entre eles, ambos adquirem a mesma
Celsius Fahrenheit temperatura.
Neste caso, é válido dizer que eles atingem
fusão do gelo 0 32 a(o):
ebulição da água 100 212 a) equilíbrio térmico.
b) ponto de condensação.
Com base nessa tabela, o turista fez a con- c) coeficiente de dilatação máximo.
versão da temperatura fornecida pelo manu- d) mesma capacidade térmica.
al para a escala Celsius e obteve o resultado: e) mesmo calor específico.
a) 25.
b) 31. 6. Para elevar a temperatura de 200 g de uma
c) 21. certa substância, de calor específico igual a
d) 36. 0,6 cal/g°C, de 20 °C para 50 °C, será neces-
e) 16. sário fornecer-lhe uma quantidade de ener-
gia igual a:
2. Largamente utilizados na medicina, os ter- a) 120 cal.
mômetros clínicos de mercúrio relacionam o b) 600 cal.
comprimento da coluna de mercúrio com a c) 900 cal.
temperatura. Sabe-se que quando a coluna de d) 1800 cal.
mercúrio atinge 2,0 cm, a temperatura equi- e) 3600 cal.
vale a 34 °C e, quando atinge 14 cm, a tem-
peratura equivale a 46 °C. Ao medir a tempe- 7. A tabela mostra o ponto de ebulição da água e
ratura de um paciente com esse termômetro, a pressão atmosférica em diversas altitudes.
a coluna de mercúrio atingiu 8,0 cm.
A alternativa correta que apresenta a tempe- Pressão Ponto de
Altitude (m) atmosférica ebulição da
ratura do paciente, em °C, nessa medição é:
(cmHg) água (ºC)
a) 36.
b) 42. 0 76 100
c) 38. 500 72 98
d) 40.
1000 67 97
3. (PUC-RJ 2017) Dois blocos metálicos idênti- 1500 64 95
cos de 1 kg estão colocados em um recipien-
2000 60 93
te e isolados do meio ambiente.
Se um dos blocos tem a temperatura inicial 2500 56 92
de 50 ºC e o segundo, a temperatura de 100 ºC, 9000 24 70
qual será a temperatura de equilíbrio, em ºC,
dos dois blocos? Ao armar acampamento durante a escalada,
a) 75
um alpinista verifica em seus instrumentos
b) 70
que a pressão atmosférica local é de 60 cmHg
c) 65
e a temperatura ambiente é de 10 °C. Esse
d) 60
e) 55 alpinista deseja ferver 200 g de água (calor
específico 1 cal/g°C), que se encontra à tem-
peratura ambiente, utilizando para isso um
4. Ao tomar a temperatura de um paciente, um
médico do programa Mais Médicos só tinha fogão que fornece 200 cal/s.
em sua maleta um termômetro graduado na Considerando as perdas de energia térmica
escala Fahrenheit. Após colocar o termôme- (para o ambiente e para o recipiente) cor-
tro no paciente, ele fez uma leitura de 104 °F. respondentes a 50% da energia fornecida,

211
pode-se afirmar que o aquecimento demo- de 500 gramas de água, da temperatura de
rará: 20 °C para 80 °C. Considerando que toda a
a) 120 s. energia transferida é aproveitada no aque-
b) 166 s. cimento da água e sabendo que o calor es-
c) 180 s. pecífico da água é c = 1,0 cal/g.°C, o tempo
d) 332 s. necessário para atingir 80 °C é igual a:
e) 360 s. a) 60 s.
b) 68 s.
8. (Fuvest 2017) No início do século XX, Pierre c) 75 s.
Curie e colaboradores, em uma experiência d) 84 s.
para determinar características do recém- e) 95 s.
-descoberto elemento químico rádio, colo-
caram uma pequena quantidade desse ma-
terial em um calorímetro e verificaram que
1,30 grama de água líquida ia do ponto de
E.O. Fixação
congelamento ao ponto de ebulição em uma
hora.
1. O gráfico representa, em um processo iso-
A potência média liberada pelo rádio nesse
bárico, a variação em função do tempo da
período de tempo foi, aproximadamente:
temperatura de uma amostra de um elemen-
Note e adote:
§§ Calor específico da água: 1 cal/(g.ºC) to puro cuja massa é de 1,0 kg, observada
§§ 1 cal = 4 J durante 9 minutos.
§§ Temperatura de congelamento da água: 0 ºC
§§ Temperatura de ebulição da água: 100 ºC
§§ Considere que toda a energia emitida
pelo rádio foi absorvida pela água e em-
pregada exclusivamente para elevar sua
temperatura.
a) 0,06 W.
b) 0,10 W.
c) 0,14 W.
d) 0,18 W.
e) 0,22 W.

9. Considere duas amostras, X e Y, de materiais A amostra está no estado sólido a 0 °C no


distintos, sendo a massa de X igual a quatro instante t = 0 e é aquecida por uma fonte de
vezes a massa de Y. calor que lhe transmite energia a uma taxa
As amostras foram colocadas em um calorí- de 2,0 × 10³ J/min, supondo que não haja
metro e, após o sistema atingir o equilíbrio perda de calor.
térmico, determinou-se que a capacidade A partir dos dados do gráfico, pode-se afir-
térmica de X corresponde ao dobro da capa-
mar que o calor específico desse elemento no
cidade térmica de Y.
estado líquido é de:
Admita que cx e cy sejam os calores específi-
a) 180 J/(kg · K).
cos, respectivamente, de X e Y.
c b) 150 J/(kg · K).
A razão __ ​ cx ​ é dada por: c) 180 J/(kg · K).
y
1
__ d) 200 J/(kg · K).
a) ​    ​.
4
1
__
b) ​    ​.
2 2. Um líquido é aquecido através de uma fonte
c) 1. térmica que provê 50,0 cal por minuto. Ob-
serva-se que 200 g deste líquido se aquecem
d) 2.
de 20,0 °C em 20,0 min.
Qual é o calor específico do líquido, medido
10. Uma forma de aquecer água é usando aque-
em cal/(g °C)?
cedores elétricos de imersão, dispositivos
que transformam energia elétrica em ener- a) 0,0125
gia térmica, mediante o uso de resistores b) 0,25
elétricos. Um desses aquecedores, projetado c) 5,0
para fornecer energia na razão de 500 calo- d) 2,5
rias por segundo, é utilizado no aquecimento e) 4,0

212
3. Para se aquecer um corpo constituído por uma Dado: temperatura inicial da ferradura:
substância de calor específico 0,4 cal/g °C 20 ºC.
foi utilizado uma fonte térmica que forne- a) 25
ce 120 cal/min. Se, no aquecimento, o corpo b) 250
sofreu um aumento de 50 °C em sua tempe- c) 2500
ratura num intervalo de 15 minutos, então, d) 25000
a massa desse corpo é de: e) 250000
a) 60 g.
b) 80 g. 7. Um homem gasta 10 minutos para tomar
c) 90 g. seu banho, utilizando-se de um chuveiro
elétrico que fornece uma vazão constante de
d) 180 g.
10 litros por minuto. Sabendo-se que a água
tem uma temperatura de 20 °C ao chegar ao
4. Ao trocar calor com o meio ambiente, um cor-
chuveiro e que alcança 40 °C ao sair do chu-
po de massa 0,5 kg teve sua temperatura re-
veiro, e admitindo-se que toda a energia elé-
duzida para 20 °C, sem sofrer mudança no seu
trica dissipada pelo resistor do chuveiro seja
estado físico. Sendo o calor específico da subs- transferida para a água nesse intervalo de
tância que constitui esse corpo igual a 0,175 tempo, é correto concluir-se que a potência
cal/g °C e a quantidade total de calor trans- elétrica desse chuveiro é:
ferida igual a 4900 cal, então a temperatura Obs.: Considere que a densidade da água é
inicial do corpo no início do processo era de: 1 kg/litro, que o calor específico da água é
a) 72 °C. 1 cal/g ºC e que 1 cal = 4,2 J.
b) 76 °C. a) 10 kW.
c) 80 °C. b) 12 kW.
d) 84 °C. c) 14 kW.
d) 16 kW.
5. Um corpo constituído por uma substância de e) 18 kW.
calor específico 840 J/kg°C e aquecido por
uma fonte térmica apresenta variação de 8. Dois blocos metálicos A e B, ambos de mate-
temperatura conforme o gráfico. riais diferentes, são colocados em contato no
interior de um calorímetro ideal, de modo
a isolá-los de influências externas. Conside-
rando que a massa do bloco A (mA) é igual
ao dobro da massa do bloco B (mB), o calor
específico do bloco A (cA) é igual à metade
do calor específico do bloco B (cB) e a tempe-
ratura inicial do bloco A (TA) é igual ao triplo
da temperatura inicial do bloco B (TB), pode-
-se afirmar que, quando alcançado o equilí-
Se o corpo tem massa igual a 250 g, então a brio térmico do sistema, a temperatura de
quantidade de calor fornecida pela fonte a equilíbrio (Teq) será igual a:
cada minuto é (Considerar: 1 cal = 4,2 joules): a) TB.
a) 75 cal. b) 2 TB.
b) 25 cal. c) 3 TB.
c) 50 cal. d) 4 TB.
d) 42 cal. e) 5 TB.

9. Em uma casa moram quatro pessoas que uti-


6. O homem utiliza o fogo para moldar os mais
lizam um sistema de placas coletoras de um
diversos utensílios. Por exemplo, um forno
aquecedor solar para aquecimento da água.
é essencial para o trabalho do ferreiro na O sistema eleva a temperatura da água de
confecção de ferraduras. Para isso, o ferro é 20 °C para 60 °C todos os dias. Considere
aquecido até que se torne moldável. Consi- que cada pessoa da casa consome 80 litros de
derando que a massa de ferro empregada na água quente do aquecedor por dia. A situação
confecção de uma ferradura é de 0,5 kg, que geográfica em que a casa se encontra faz com
a temperatura em que o ferro se torna mol- que a placa do aquecedor receba por cada metro
dável é de 520 ºC e que o calor específico do quadrado a quantidade de 2,016 × 108 J de calor
ferro vale 0,1 cal/gºC, assinale a alternativa do sol em um mês. Sabendo que a eficiência
que fornece a quantidade de calor, em calo- do sistema é de 50%, a área da superfície das
rias, a ser cedida a essa massa de ferro para placas coletoras para atender à demanda diá-
que possa ser trabalhada pelo ferreiro. ria de água quente da casa é de:

213
Dados: a) 0,4 e 3,0.
Considere um mês igual a 30 dias. b) 2,4 e 3,6.
Calor específico da água: c = 4,2 J/g °C. c) 0,4 e 1,2.
Densidade da água: d = 1 kg/L. d) 1,2 e 0,4.
a) 2,0 m2. e) 3,6 e 2,4.
b) 4,0 m2.
c) 6,0 m2. 3. As pontes de hidrogênio entre moléculas de
d) 14,0 m2. água são mais fracas que a ligação covalen-
e) 16,0 m2. te entre o átomo de oxigênio e os átomos
de hidrogênio. No entanto, o número de li-
10. Em um laboratório, as amostras X e Y, com- gações de hidrogênio é tão grande (bilhões
postas do mesmo material, foram aquecidas de moléculas em uma única gota de água)
a partir da mesma temperatura inicial até que estas exercem grande influência sobre
determinada temperatura final. as propriedades da água, como, por exemplo,
Durante o processo de aquecimento, a amos- os altos valores do calor específico, do calor
tra X absorveu uma quantidade de calor de vaporização e de solidificação da água. Os
maior que a amostra Y. altos valores do calor específico e do calor
Considerando essas amostras, as relações en- de vaporização da água são fundamentais
tre os calores específicos cX e cY, as capacida- no processo de regulação de temperatura
des térmicas CX e CY e as massas mX e mY são do corpo humano. O corpo humano dissipa
descritas por: energia, sob atividade normal por meio do
a) cX = cY CX > CY mX > mY. metabolismo, equivalente a uma lâmpada de
b) cX > cY CX = CY mX = mY. 100 W.
c) cX = cY CX > CY mX = mY. Se em uma pessoa de massa 60 kg todos os
d) cX > cY CX = CY mX > mY. mecanismos de regulação de temperatura
parassem de funcionar, haveria um aumen-

E.O. Complementar to de temperatura de seu corpo. Supondo


que todo o corpo é feito de água, em quanto
tempo, aproximadamente, essa pessoa teria
1. (UFC) Três recipientes A, B e C contêm, res- a temperatura de seu corpo elevada em 5 ºC?
pectivamente, massas m, m/2 e m/4 de um Dado: calor específico da água
mesmo líquido. No recipiente A, o líquido < 4,2 × 103 J/kg·ºC.
encontra-se a uma temperatura T; no reci- a) 1,5 h
piente B, a uma temperatura T/2; no reci- b) 2,0 h
piente C, a uma temperatura T/4. Os três lí- c) 3,5 h
quidos são misturados, sem que haja perda d) 4,0 h
de calor, atingindo uma temperatura final e) 5,5 h
de equilíbrio Tf. Assinale a alternativa que
contém o valor correto de Tf. 4. A primeira coisa que o vendedor de churros
a) T/2 providencia é o aquecimento dos 4 litros de
b) 3 T/4 óleo de fritura que cabem em sua fritadeira.
c) 3 T/8
A partir de 20 ºC, levam-se 12 minutos para
d) 5 T/16
que a temperatura do óleo chegue a 200 ºC,
e) 2 T/3
aquecimento obtido por um único queima-
dor (boca de fogão), de fluxo constante, ins-
2. Foi realizada uma experiência em que se uti- talado em seu carrinho. Admitindo que 80%
lizava uma lâmpada de incandescência para, do calor proveniente do queimador seja efe-
ao mesmo tempo, aquecer 100 g de água e
tivamente utilizado no aquecimento do óleo,
100 g de areia. Sabe-se que, aproximada-
pode-se determinar que o fluxo de energia
mente, 1 cal = 4 J e que o calor específico
térmica proveniente desse pequeno fogão,
da água é de 1 cal/g ºC e o da areia é 0,2
cal/g ºC. Durante 1 hora, a água e a areia em kcal/h, é, aproximadamente:
receberam a mesma quantidade de energia Dados: densidade do óleo = 0,9 kg/L
da lâmpada, 3,6 kJ, e verificou-se que a água calor específico do óleo = 0,5 cal/(g.ºC)
variou sua temperatura em 8 ºC e a areia em a) 4 000.
30 ºC. Podemos afirmar que a água e a areia, b) 3 500.
durante essa hora, perderam, respectiva- c) 3 000.
mente, a quantidade de energia para o meio, d) 2 500.
em kJ, igual a: e) 2 000.

214
5. O gráfico a seguir representa o calor absorvi- 3. Considere X e Y dois corpos homogêneos,
do por dois corpos sólidos M e N em função constituídos por substâncias distintas, cujas
da temperatura. massas correspondem, respectivamente, a
20 g e 10 g.
O gráfico abaixo mostra as variações da tem-
peratura desses corpos em função do calor
absorvido por eles durante um processo de
aquecimento.

A capacidade térmica do corpo M, em relação


à do corpo N, vale:
a) 1,4.
b) 5,0.
c) 5,5.
d) 6,0.
e) 7,0.
Determine as capacidades térmicas de X e Y
e, também, os calores específicos das subs-
E.O. Dissertativo tâncias que os constituem.

1. Sob pressão constante, eleva-se a temperatura 4. O gráfico a seguir assinala a média das tem-
de certa massa de gelo, inicialmente a 253 K, peraturas mínimas e máximas nas capitais
por meio de transferência de calor a taxa de alguns países europeus, medidas em
constante, até que se obtenha água a 293 K. graus Celsius.

Considere a necessidade de aquecer 500 g de


A partir do gráfico, responda: água de 0 ºC até a temperatura média máxi-
a) Qual é o maior calor específico? É o do gelo ma de cada uma das capitais.
ou da água? Justifique. Determine em quantas dessas capitais são
b) Por que a temperatura permanece constante necessárias mais de 12 kcal para esse aque-
em 273 K, durante parte do tempo? (Des- cimento. Considere o calor específico da
carte a hipótese de perda de calor para o água igual a 1 cal/g.°C.
ambiente.)
5. Um calorímetro ideal contém uma certa mas-
2. Um calorímetro de capacidade térmi- sa de um líquido A a 300 K de temperatura.
ca 10 cal/ºC, contendo 500 g de água a Um outro calorímetro, idêntico ao primeiro,
20 ºC, é utilizado para determinação do calor contém a mesma massa de um líquido B à
específico de uma barra de liga metálica de mesma temperatura.
200 g, a ser utilizada como fundo de pane- Duas esferas metálicas idênticas, ambas
las para cozimento. A barra é inicialmente a 400 K de temperatura, são introduzidas
aquecida a 80 ºC e imediatamente colocada nos calorímetros, uma no líquido A, outra
dentro do calorímetro, isolado termicamen- no líquido B. Atingido o equilíbrio térmico
te. Considerando o calor específico da água em ambos os calorímetros, observa-se que
1,0 cal/(g·ºC) e que a temperatura de equi- a temperatura do líquido A aumentou para
líbrio térmico atingida no calorímetro foi 360 K e a do líquido B, para 320 K.
30 ºC, determine: Sabendo que as trocas de calor ocorrem à
a) a quantidade de calor absorvido pelo caloríme- pressão constante, calcule a razão cA/cB entre
tro e a quantidade de calor absorvido pela água. o calor específico cA do líquido A e o calor
b) a temperatura final e o calor específico da barra. específico cB do líquido B.

215
6. Um estudante precisa de três litros de água específico 0,20 cal/g°C e está à temperatura
à temperatura de 37 ºC. Ele já dispõe de dois de 100 °C. Posteriormente, e após que se te-
litros de água a 17 ºC. A que temperatura, nha atingido o equilíbrio, esse último cubi-
em ºC, ele deve aquecer o litro de água a ser nho é retirado do calorímetro e verifica-se,
misturado com o volume já disponível? Con- nesse instante, que sua temperatura é 50 °C.
sidere a existência de trocas térmicas apenas Calcule a temperatura final de equilíbrio da
entre os volumes de água na mistura. água e do cubinho que permanece no calo-
rímetro.
7. Para testar os conhecimentos de termofísica
de seus alunos, o professor propõe um exer-
cício de calorimetria no qual são misturados
100 g de água líquida a 20 °C com 200 g de
E.O. Enem
uma liga metálica a 75 °C. O professor in- 1. (Enem) Aquecedores solares usados em re-
forma que o calor específico da água líquida sidências têm o objetivo de elevar a tem-
é 1 cal/(g.°C) e o da liga é 0,1 cal/(g.°X), peratura da água até 70 °C. No entanto, a
onde X é uma escala arbitrária de tempera- temperatura ideal da água para um banho é
tura, cuja relação com a escala Celsius está
de 30 °C. Por isso, deve-se misturar a água
representada no gráfico.
aquecida com a água à temperatura ambien-
te de um outro reservatório, que se encontra
a 25 °C.
Qual a razão entre a massa de água quente
e a massa de água fria na mistura para um
banho à temperatura ideal?
a) 0,111
b) 0,125
c) 0,357
d) 0,428
e) 0,833
Obtenha uma equação de conversão entre
as escalas X e Celsius e, considerando que a 2. (Enem) Em um centro de pesquisa de ali-
mistura seja feita dentro de um calorímetro mentos, um técnico efetuou a determinação
ideal, calcule a temperatura final da mistu- do valor calórico de determinados alimentos
ra, na escala Celsius, depois de atingido o da seguinte forma: colocou uma massa co-
equilíbrio térmico. nhecida de água em um recipiente termi-
camente isolado. Em seguida, dentro desse
8. É cada vez mais frequente encontrar resi-
recipiente, foi queimada uma determinada
dências equipadas com painéis coletores
de energia solar. Em uma residência foram massa do alimento. Como o calor liberado
instalados 10 m2 de painéis com eficiência por essa queima é fornecido para a água, o
de 50%. Supondo que em determinado dia técnico calculou a quantidade de calor que
a temperatura inicial da água seja de 18 °C, cada grama do alimento libera.
que se queira aquecê-la até a temperatura de Para a realização desse teste, qual aparelho
58 °C e que nesse local a energia solar média de medida é essencial?
incidente seja de 120 W/m2, calcule o volume a) Cronômetro
de água que pode ser aquecido em uma hora. b) Dinamômetro
c) Termômetro
9. Uma pessoa, com temperatura corporal igual d) Radiômetro
1 ​  litro de água a 15 °C. Ad- e) Potenciômetro
a 36,7 °C, bebe ​ __
2
mitindo que a temperatura do corpo não se 3. (Enem) O Sol representa uma fonte limpa e
altere até que o sistema atinja o equilíbrio inesgotável de energia para o nosso planeta.
térmico, determine a quantidade de calor,
Essa energia pode ser captada por aquece-
em calorias, que a água ingerida absorve do
dores solares, armazenada e convertida pos-
corpo dessa pessoa.
Utilize: Calor específico da água = 1,0 cal/g°C teriormente em trabalho útil. Considere de-
Massa específica da água = 1 g/cm3. terminada região cuja insolação – potência
solar incidente na superfície da Terra – seja
10. (UFRJ) Em um calorímetro ideal, há 98 g de de 800 watts/m2.
água à temperatura de 0 °C. Dois cubinhos Uma usina termossolar utiliza concentrado-
metálicos são introduzidos no caloríme- res solares parabólicos que chegam a dezenas
tro. Um deles tem massa 8,0 g, calor espe- de quilômetros de extensão. Nesses coletores
cífico 0,25 cal/g°C e está à temperatura de solares parabólicos, a luz refletida pela su-
400 °C. O outro tem 10 g de massa, calor perfície parabólica espelhada é focalizada

216
em um receptor em forma de cano e aquece 2. (UERJ) Admita duas amostras de substân-
o óleo contido em seu interior a 400 °C. O cias distintas com a mesma capacidade tér-
calor desse óleo é transferido para a água, mica, ou seja, que sofrem a mesma variação
vaporizando-a em uma caldeira. O vapor em de temperatura ao receberem a mesma quan-
alta pressão movimenta uma turbina acopla- tidade de calor.
da a um gerador de energia elétrica. A diferença entre suas massas é igual a 100 g, e
a razão entre seus calores específicos é igual
​​  6 ​​ .
a __
5
A massa da amostra mais leve, em gramas,
corresponde a:
a) 250
b) 300
c) 500
d) 600

3. (UERJ) Em um experimento que recebeu seu


nome, James Joule determinou o equivalen-
Considerando que a distância entre a borda te mecânico do calor: 1 cal = 4,2 J. Para isso,
inferior e a borda superior da superfície re- ele utilizou um dispositivo em que um con-
fletora tenha 6 m de largura e que focaliza junto de paletas giram imersas em água no
no receptor os 800 watts/m2 de radiação pro- interior de um recipiente.
venientes do Sol, e que o calor específico da Considere um dispositivo igual a esse, no
água é 1 cal · g–1 · ºC–1 = 4200 J · kg–1 · ºC–1, qual a energia cinética das paletas em mo-
então o comprimento linear do refletor para- vimento, totalmente convertida em calor,
bólico necessário para elevar a temperatura provoque uma variação de 2 ºC em 100 g de
de 1 m3 (equivalente a 1 t) de água de 20 °C água. Essa quantidade de calor corresponde
para 100 °C, em uma hora, estará entre: à variação da energia cinética de um corpo
a) 15 m e 21 m. de massa igual a 10 kg ao cair em queda li-
b) 22 m e 30 m. vre de uma determinada altura.
c) 105 m e 125 m. Essa altura, em metros, corresponde a:
d) 680 m e 710 m. a) 2,1.
e) 6700 m e 7150 m. b) 4,2.
c) 8,4.

E.O. UERJ d) 16,8.

Exame de Qualificação 4. (UERJ) Um sistema é constituído por uma pe-


quena esfera metálica e pela água contida em
um reservatório. Na tabela, estão apresenta-
1. (UERJ 2017) Analise o gráfico a seguir, que dos dados das partes do sistema, antes de a
indica a variação da capacidade térmica de
esfera ser inteiramente submersa na água.
um corpo (C) em função da temperatura (θ).
Partes do Temperatura Capacidade
sistema inicial (°C) térmica (cal/°C)
esfera metálica 50 2
água do
30 2000
reservatório

A temperatura final da esfera, em graus Cel-


sius, após o equilíbrio térmico com a água do
reservatório, é cerca de:
a) 20.
b) 30.
A quantidade de calor absorvida pelo mate- c) 40.
rial até a temperatura de 50 ºC, em calorias, d) 50.
é igual a:
a) 500. 5. (UERJ) A tabela abaixo mostra a quantidade
b) 1500. de alguns dispositivos elétricos de uma casa,
c) 2000. a potência consumida por cada um deles e o
d) 2200. tempo efetivo de uso diário no verão.

217
Tempo efe- 8. (UERJ) Duas chaleiras idênticas, que come-
Potência çam a apitar no momento em que a água
Dispositivo Quantidade tivo de uso
(kW) nela contida entra em ebulição, são coloca-
diário (h)
ar-condi-
das de duas formas distintas sobre o fogo,
cionado
2 1,5 8 como indica a figura:
geladeira 1 0,35 12
lâmpada 10 0,10 6

Considere os seguintes valores:


§§ densidade absoluta da água: 1,0 g/cm3
§§ calor específico da água: 1,0 cal . g-1 ºC-1
§§ 1 cal = 4,2 J
§§ custo de 1 kWh = R$ 0,50
No inverno, diariamente, um aquecedor elé- (Adaptado de EPSTEIN, Lewis C. "Thinking
Physics". San Francisco: Insight Press, 1995.)
trico é utilizado para elevar a temperatura
de 120 litros de água em 30 ºC. Em um dado momento, em que ambas já es-
Durante 30 dias do inverno, o gasto total tavam apitando, as chamas foram apagadas
com este dispositivo, em reais, é cerca de: simultaneamente.
a) 48 Assim, a situação relativa ao tempo de du-
b) 63 ração dos apitos das chaleiras e a explicação
física do fenômeno estão descritas na se-
c) 96
guinte alternativa:
d) 126
a) A chaleira I continuará apitando por mais
tempo, pois a placa metálica está mais
6. (UERJ) Um adulto, ao respirar durante um quente do que a água.
minuto, inspira, em média, 8,0 litros de ar b) Ambas as chaleiras deixam de apitar no mes-
a 20 °C, expelindo-os a 37 °C. Admita que o mo instante, pois as chamas foram apagadas
calor específico e a densidade do ar sejam, simultaneamente.
c) Ambas as chaleiras deixam de apitar no mes-
respectivamente, iguais a 0,24 cal ∙ g-1 ∙ °C-1
mo instante, pois a temperatura da água nas
e 1,2 g ∙ L-1. duas é a mesma.
Nessas condições, a energia mínima, em qui- d) A chaleira II continuará apitando por mais
localorias, gasta pelo organismo apenas no tempo, pois a capacidade térmica do metal é
aquecimento do ar, durante 24 horas, é apro- menor do que a da água.
ximadamente igual a:
a) 15,4. 9. (UERJ) Observe na tabela os valores das tem-
b) 35,6. peraturas dos pontos críticos de fusão e de
ebulição, respectivamente, do gelo e da água, à
c) 56,4.
pressão de 1 atm, nas escalas Celsius e Kelvin.
d) 75,5.
Temperatura
Pontos críticos
7. (UERJ) Observe o diagrama adiante, que °C K
mostra a quantidade de calor Q fornecida a Fusão 0 273
um corpo. Ebulição 100 373
Q(cal) Considere que, no intervalo de temperatura
entre os pontos críticos do gelo e da água, o
mercúrio em um termômetro apresenta uma
Q1 dilatação linear.
Nesse termômetro, o valor na escala Celsius
100 correspondente à temperatura de 313 K é
igual a:
a) 20.
b) 30.
-10 0 10 T(°C) c) 40.
d) 60.
O valor de Q1 indicado no diagrama, em ca-
lorias, é: 10. (UERJ) Suponha que uma pessoa precise de
a) 200. 2400 kcal/dia para suprir suas necessida-
b) 180. des e energia. Num determinado dia, essa
c) 128. pessoa, além de executar suas atividades
d) 116. regulares, caminhou durante uma hora. A

218
energia gasta nessa caminhada é a mesma
necessária para produzir um aumento de
temperatura de 80 °C em 3 kg de água.
Considere o calor específico da água igual a
1 cal/g°C.
A necessidade de energia dessa pessoa, no
mesmo dia, em kcal, é equivalente a:
a) 2480.
b) 2520.
c) 2600.
Calcule o calor específico da substância da
d) 2640. qual o corpo é composto, bem como a capaci-
dade térmica desse corpo.

E.O. UERJ 4. (UERJ) Um copo contendo 200 g de água é


colocado no interior de um forno de micro-
Exame Discursivo -ondas.
Quando o aparelho é ligado, a energia é ab-
sorvida pela água a uma taxa de 120 cal/s.
1. (UERJ) No mapa abaixo, está representada a Sabendo que o calor específico da água é
variação média da temperatura dos oceanos igual a 1 cal.g-1 . °C-1, calcule a variação de
em um determinado mês do ano. Ao lado, temperatura da água após 1 minuto de fun-
encontra-se a escala, em graus Celsius, utili- cionamento do forno.
zada para a elaboração do mapa.

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Fuvest) Uma piscina com 40 m2 de área
contém água com uma profundidade de 1,0
m. Se a potência absorvida da radiação solar,
por unidade de área, for igual a 836 W/m2, o
tempo de exposição necessário para aumen-
tar a temperatura da água de 17 °C a 19 °C
será aproximadamente:
a) 100 segundos.
b) 10.000 segundos.
c) 1.000.000 segundos.
d) 2.500 segundos.
e) 25.000 segundos.
Determine, em kelvins, o módulo da variação 2. (Fuvest) Dois corpos A e B, inicialmente às
entre a maior e a menor temperatura da es- temperaturas tA = 90 °C e tB = 20 °C, são
cala apresentada. postos em contacto e isolados termicamente
2. (UERJ) Para aquecer 1 L de água contida em do meio ambiente. Eles atingem o equilíbrio
um recipiente de capacidade térmica despre- térmico à temperatura de 45 °C. Nestas con-
zível, uma pessoa dispõe de um aquecedor dições, podemos afirmar que o corpo A
elétrico portátil cuja potência é de 1273 W a) cedeu uma quantidade de calor maior do que
a absorvida por B.
quando submetido a uma tensão de 127 V.
b) tem uma capacidade térmica menor do que a de B.
Considere que toda a energia fornecida pelo c) tem calor específico menor do que o de B.
aquecedor seja absorvida pela água. d) tem massa menor que a de B.
Nessas condições, calcule a variação de tem- e) cedeu metade da quantidade de calor que
peratura da água após o aquecedor inserido possuía para B.
no recipiente ficar ligado por 165 segundos.
3. (Unesp) Um estudante, no laboratório, deveria
3. (UERJ) Um corpo de massa igual a 500 g aquecer uma certa quantidade de água desde
aquecido por uma fonte térmica cuja potên- 25 °C até 70 °C. Depois de iniciada a experi-
cia é constante e igual a 100 cal/min, absorve ência ele quebrou o termômetro de escala Cel-
integralmente toda a energia fornecida por sius e teve de continuá-la com outro de escala
essa fonte. Observe no gráfico a variação de Fahrenheit. Em que posição do novo termôme-
temperatura do corpo em função do tempo. tro ele deve ter parado o aquecimento?

219
Nota: 0 °C e 100 °C correspondem, respecti- calor específico
vamente, a 32 °F e 212 °F.
líquido
a) 102 °F ​​  J   ​​ 
____
gºC
b) 38 °F
c) 126 °F água 4,19
d) 158 °F petróleo 209
e) 182 °F
glicerina 2,40
4. (Fuvest) Um atleta envolve sua perna com leite 3,93
uma bolsa de água quente, contendo 600 g mercúrio 0,14
de água à temperatura inicial de 90 °C. Após
4 horas ele observa que a temperatura da a) a água.
b) o petróleo.
água é de 42 °C. A perda média de energia
c) a glicerina.
da água por unidade de tempo é: d) o leite.
Dado: c = 1,0 cal/g. °C e) o mercúrio.
a) 2,0 cal/s
b) 18 cal/s
8. (Unesp) Quando uma enfermeira coloca um
c) 120 cal/s
d) 8,4 cal/s termômetro clínico de mercúrio sob a língua
e) 1,0 cal/s de um paciente, por exemplo, ela sempre
aguarda algum tempo antes fazer a sua lei-
5. (Fuvest) Adote: calor específico da água: tura. Esse intervalo de tempo é necessário
1,0 cal/g°C a) para que o termômetro entre em equilíbrio
térmico com o corpo do paciente.
Calor de combustão é a quantidade de calor
b) para que o mercúrio, que é muito pesado,
liberada na queima de uma unidade de massa possa subir pelo tubo capilar.
do combustível. O calor de combustão do gás c) para que o mercúrio passe pelo estrangula-
de cozinha é 6000 kcal/kg. Aproximadamen- mento do tubo capilar.
te quantos litros de água à temperatura de d) devido à diferença entre os valores do calor
20 °C podem ser aquecidos até a temperatura específico do mercúrio e do corpo humano.
de 100 °C com um bujão de gás de 13 kg? e) porque o coeficiente de dilatação do vidro é di-
Despreze perdas de calor: ferente do coeficiente de dilatação do mercúrio.
a) 1 litro
b) 10 litros 9. (Fuvest) Um ser humano adulto e saudável
c) 100 litros consome, em média, uma potência de 120 J/s.
d) 1000 litros Uma "caloria alimentar" (1 kcal) correspon-
e) 6000 litros de, aproximadamente, a 4 · 103 J. Para nos
mantermos saudáveis, quantas "calorias ali-
6. (Fuvest) Adote: calor específico da água: mentares" devemos utilizar, por dia, a partir
1,0 cal/g.°C dos alimentos que ingerimos?
Um bloco de massa 2,0 kg, ao receber toda a) 33
energia térmica liberada por 1000 gramas b) 120
de água que diminuem a sua temperatura c) 2,6 × 103
de 1 °C, sofre um acréscimo de temperatu- d) 4,0 × 103
ra de 10 °C. O calor específico do bloco, em e) 4,8 × 105
cal/g.°C, é:
a) 0,2 10. (Unesp) Um bloco de certa liga metálica, de
b) 0,1 massa 250 g, é transferido de uma vasilha,
c) 0,15 que contém água fervendo em condições
d) 0,05 normais de pressão, para um calorímetro
e) 0,01 contendo 400 g de água à temperatura de
10°C. Após certo tempo, a temperatura no
7. (Unesp) Massas iguais de cinco líquidos dis- calorímetro se estabiliza em 20 °C. Supondo
tintos, cujos calores específicos estão dados que toda a quantidade de calor cedida pela
na tabela adiante, encontram-se armazena- liga tenha sido absorvida pela água do calo-
das, separadamente e à mesma temperatura, rímetro, pode-se dizer que a razão entre o
dentro de cinco recipientes com boa isolação calor específico da água e o calor específico
e capacidade térmica desprezível. Se cada lí- da liga metálica é igual a
quido receber a mesma quantidade de calor, a) 1.
suficiente apenas para aquecê-lo, mas sem b) 2.
alcançar seu ponto de ebulição, aquele que c) 3.
apresentará temperatura mais alta, após o d) 4.
aquecimento, será: e) 5.

220
E.O. Dissertativas 4. (Unesp) Na cozinha de um restaurante há
dois caldeirões com água, um a 20 °C e outro
a 80 °C. Quantos litros se deve pegar de cada
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) um, de modo a resultarem, após a mistura,
10 litros de água a 26 °C?
1. (Unifesp 2018) Para a preparação de um
café, 1L de água é aquecido de 25 ºC até 5. (Unicamp) Em um aquário de 10 ℓ completa-
85 ºC em uma panela sobre a chama de um mente cheio d’água, encontra-se um peque-
fogão que fornece calor a uma taxa cons- no aquecedor de 60 W. Sabendo-se que em
tante. O gráfico representa a temperatura 25 minutos a temperatura da água aumen-
(θ) da água em função do tempo, conside- tou de 2ºC, pergunta-se:
rando que todo o calor fornecido pela cha- a) Que quantidade de energia foi absorvida
ma tenha sido absorvido pela água. pela água?
b) Que fração da energia fornecida pelo aquece-
dor foi perdida para o exterior?
Dados: calor específico da água = 1 cal/g·ºC

6. (Unicamp) Um rapaz deseja tomar banho de


banheira com água à temperatura de 30 °C,
misturando água quente e fria. Inicialmente,
ele coloca na banheira 100 L de água fria a
20 °C. Desprezando a capacidade térmica da
banheira e a perda de calor da água, pergunta-se:
a) quantos litros de água quente, a 50 °C, ele
deve colocar na banheira?
Após um certo período de tempo, foram mistu- b) se a vazão da torneira de água quente é de
rados 200 mL de leite a 20 ºC a 100 mL do café 0,20 ℓ/s, durante quanto tempo a torneira
preparado, agora a 80 ºC em uma caneca de deverá ficar aberta?
porcelana de capacidade térmica 100 cal/ºC,
inicialmente a 20 ºC Considerando os calores 7. (Fuvest) Adote: calor específico da água = 1
específicos da água, do café e do leite iguais a cal/g.°C
1 cal/(g ·ºC), as densidades da água, do café
e do leite iguais a 1 kg/L que 1 cal/s = 4 W e Um recipiente contendo 3600 g de água à
desprezando todas as perdas de calor para o temperatura inicial de 80 °C é posto num
ambiente, calcule: local onde a temperatura ambiente perma-
a) a potência, em W da chama utilizada para nece sempre igual a 20 °C. Após 5 horas o
aquecer a água para fazer o café. recipiente e a água entram em equilíbrio
b) a temperatura, em ºC em que o café com lei- térmico com o meio ambiente. Durante esse
te foi ingerido, supondo que o consumidor período, ao final de cada hora, as seguintes
tenha aguardado que a caneca e seu conteú- temperaturas foram registradas para a água:
do entrassem em equilíbrio térmico. 55 °C, 40 °C, 30 °C, 24 °C, e 20 °C. Pede-se:
a) um esboço, indicando valores nos eixos, do
2. (Unesp) Acende-se uma lâmpada de 100 W
gráfico da temperatura da água em função
que está imersa num calorímetro transpa-
do tempo;
rente contendo 500 g de água. Em 1 minuto
b) em média, quantas calorias por segundo, a
e 40 segundos a temperatura da água sobe
4,5 °C. Qual porcentagem de energia elétri- água transferiu para o ambiente.
ca fornecida à lâmpada é convertida em luz?
(Considere o calor específico da água 4,2 8. (Unesp) Sob pressão constante, eleva-se a
Joules/g .°C e que a luz produzida não é ab- temperatura de certa massa de gelo, inicial-
sorvida pelo calorímetro. Despreze a capaci- mente a 253 K, por meio de transferência de
dade térmica do calorímetro e da lâmpada). calor a taxa constante, até que se obtenha
água a 293 K.
3. (Fuvest) Uma pessoa bebe 500 g de água a
10 °C. Admitindo que a temperatura dessa T (K)
293
pessoa é de 36,6 °C, responda:
a) Qual a energia que essa pessoa transfere
para a água?
b) Caso a energia absorvida pela água fosse to- 273
talmente utilizada para acender uma lâm-
pada de 100 W, durante quanto tempo ela
permaneceria acesa? 253 Gelo gelo e água água t (103 s)
Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g°C
e 1 cal = 4J 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

221
A partir do gráfico responda:
a) Qual é o maior calor específico? É o do gelo Gabarito
ou da água? Justifique.
b) Por que a temperatura permanece constante
em 273 K, durante parte do tempo?
E.O. Aprendizagem
(Descarte a hipótese de perda de calor para 1. B 2. D 3. A 4. D 5. A
o ambiente).
6. E 7. B 8. C 9. B 10. A

9. (Fuvest) Um recipiente de vidro de 500 g e


calor específico 0,20 cal/g°C contém 500 g E.O. Fixação
de água cujo calor específico é 1,0 cal/g°C. O
1. D 2. B 3. C 4. B 5. B
sistema encontra-se isolado e em equilíbrio
térmico. Quando recebe uma certa quantida- 6. D 7. C 8. B 9. E 10. A
de de calor, o sistema tem sua temperatura
elevada.
Determine: E.O. Complementar
a) a razão entre a quantidade de calor absorvi- 1. B 2. C 3. C 4. E 5. E
da pela água e a recebida pelo vidro.
b) a quantidade de calor absorvida pelo sistema
para uma elevação de 1,0 °C em sua tempe- E.O. Dissertativo
ratura. 1.
a) Da água, pois o calor específico é inversa-
10. (Unicamp) Um aluno simplesmente sentado mente proporcional ao tempo.
numa sala de aula dissipa uma quantidade b) Corresponde a uma mudança de fase.
de energia equivalente à de uma lâmpada de 2.
100 W. O valor energético da gordura é de a) QC = 100 cal
9,0 kcal/g. Para simplificar, adote 1 cal = 4,0 J. QA = 5.000 cal
a) Qual o mínimo de quilocalorias que o aluno b) c = 0,51 cal/g.°C
deve ingerir por dia para repor a energia dis- tf = 30 ºC
sipada? 3. CX = 10 cal/K
b) Quantos gramas de gordura um aluno quei- cX = 0,5 cal/gK
ma durante uma hora de aula? CY = 4 cal/K
cY = 0,4 cal/gK
4. 5 capitais
__ cA
5. ​  c  ​ = 1/6
B
6. T = 77 °C
7. 50 °C
8. V = 12,9 L.
9. Q = 10850 cal
10. T = 9 °C

E.O. Enem
1. B 2. C 3. A

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. B 2. C 3. C 4. B 5. B

6. C 7. A 8. A 9. C 10. D

E.O. UERJ
Exame Discursivo
DT = 8 K.
1.
DT ≅ 50 ºC.
2.
3.
C = 75 cal/ºC; c = 0,015 cal/ ºC.
4.
Dθ = 36 ºC.

222
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. B 2. B 3. D 4. A 5. D

6. D 7. E 8. A 9. C 10. E

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) P = 800W.
b) θ = 35°C.
2.
5,5 %
3.
a) 5,3 · 104 J.
b) 5,32 · 102 s.
4.
1 litro e 9 litros.
5.
a) Q = 8 x 104 J.
b) f = 1/9.
6.
a) 50 litros.
b) 2,5 · 102 s.
7.
a) Observe a figura a seguir.
0(°C)

80

55

40
30
24
20

1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 t(h)


b) 12 cal/s.
8.
a) Da água, pois a variação de temperatura
é inversamente proporcional ao calor es-
pecífico sensível.
b) Ocorre mudança de estado no intervalo
de 2 s a 5 s, logo a temperatura é cons-
tante.
9.
a) 5,0.
b) 6,0 · 102 cal.
10.
a) 2,16 ∙ 103 kcal.
b) 10 g.

223
© Denis Burdin/Shutterstock

Aulas 5e6

Mudança de estado
Competências 5 e 6
Habilidades 17 e 21
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Estado físico da matéria
Em física básica são três os estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. O estado sólido é aquele onde as
moléculas estão mais fortemente ligadas e mais próximas, dando ao corpo uma forma fixa. Já no estado líquido as
moléculas estão relativamente próximas e com uma força de atração mediana, o corpo já não possui uma forma
fixa; a substância no estado líquido acaba por se adaptar ao formato do recipiente que a contém. Por último, no
estado gasoso a substância além de não ter forma fixa, acaba tendo uma grande variação em sua forma e volume.
A força de atração entre as moléculas é a menor entre os três casos citados.
Observação: em física avançada existem mais outros dois estados da matéria: o plasma e o condensado
de Bose-Einstein.
Cada processo de alteração de um estado físico para outro recebe um nome que o identifica. Ao passar do
estado sólido para o líquido acontece a fusão, do líquido para o gasoso acontece a vaporização. Já o oposto, passar
do gasoso para o líquido é chamado de condensação ou liquefação e passar do estado líquido para o sólido é
chamado de solidificação. Quando ocorre de a substância passar do estado sólido para o gasoso, sem passar para
o estado líquido, ou o oposto, passar do estado gasoso para o sólido é chamado de sublimação. Todo processo
endotérmico é aquele em que a substância recebe calor, já no exotérmico ela cede calor.

Calor latente de mudança de fase


O fornecimento de calor para um corpo pode evidenciar muitas consequências, uma delas é a mudança de estado
físico, o calor fornecido é utilizado para alterar a organização microscópica, ou seja, o estado de agregação das
moléculas, modificando apenas o valor da energia potencial, mas não a energia cinética das moléculas.
A fusão dos sólidos de estrutura cristalina e a ebulição dos líquidos em geral obedecem a três leis básicas:
1. Para uma determinada pressão, cada substância possui uma temperatura de fusão e outra de ebulição.
2. Para uma mesma substância, as temperaturas de fusão e de ebulição variam com a pressão.
3. Se, durante a fusão ou a ebulição de uma substância, a pressão permanecer constante, sua temperatura
também permanecerá constante.
A quantidade de calor Q por unidade de massa m necessária para efetuar a transição de fase de uma subs-
tância é denominada de calor latente L.
Assim, o calor necessário para efetuar a mudança de fase de um corpo é diretamente proporcional à sua
massa. Logo, matematicamente:

Q = mtransformada · L

227
§§ Unidades de L:
Usual: cal/g
S.I.: J/kg
O sinal de L está relacionado à absorção ou à liberação de calor pelo corpo:
L > 0, quando ocorre absorção de calor.
L < 0, quando ocorre liberação de calor.
Para a água, na pressão de 1 atm, os valores são:

Lfusão 80 cal/g
Lsolidificação –80 cal/g
Lvaporização 540 cal/g
Lliquefação –540 cal/g

Diagrama de aquecimento da água

Diagrama de resfriamento da água

228
Teoria na prática
1. (Puc) Podemos estimar quanto é o dano de uma queimadura por vapor da seguinte maneira: considere que
0,60 g de vapor condense sobre a pele de uma pessoa. Suponha que todo o calor latente é absorvido por
uma massa de 5,0 g de pele. Considere que o calor específico da pele é igual ao da água. Considere o calor
latente de vaporização da água como Lv = (1000/3) cal/g. Calcule o aumento de temperatura da pele devido
à absorção do calor, em ºC.
a) 0,60
b) 20
c) 40
d) 80
e) 333
Resolução:
A quantidade de calor trocada pelo vapor para condensar é igual ao calor sensível responsável por aumen-
tar a temperatura da pele.
Qlatente = Qsensível
mv ∙ Lv = mp ∙ c . ∆θ
Isolando a variação de temperatura e substituindo os valores fornecidos no enunciado:
∆θ = [0,6 g ∙ (1000/3) cal/g]/(5 g ∙ 1 cal/g°C)
∆θ = 40 °C
Alternativa C

2. (UEG) A mudança do estado físico de determinada substância pode ser avaliada em função da variação da
temperatura em relação ao tempo, conforme o gráfico a seguir. Considere que o composto encontra-se no
estado sólido.

No gráfico, encontra-se a substância no estado líquido nos pontos:


a) I, II e IV.
b) III, IV e V.
c) II, III e IV.
d) I, III e V.
Resolução:
Ao ser submetida ao aquecimento de uma substância pura que esteja no estado sólido, teremos dois pontos
em que a temperatura permanece constante à pressão constante. Primeiramente, há o aquecimento do sóli-
do até o momento em que alcançado o ponto de fusão, no qual encontramos duas fases distintas (sólido e
líquido) sem que haja alteração da temperatura (região II do gráfico). Ao derreter todo o sólido, resta apenas
o líquido, que ao absorver mais calor, aumenta sua temperatura até que a pressão de vapor atinja a pressão
atmosférica (região III), neste ponto estamos diante de mais uma mudança de fase (líquido para vapor) e
a temperatura permanece constante até que todo o líquido vaporize (região IV). No gráfico, temos líquido
quando começa a fusão até o término da vaporização, ou seja, corresponde aos pontos II, III e IV.
Alternativa C

229
3. (G1 - Ifsul) Sendo:
§§ o calor específico da água líquida igual a 1 cal/g°C;
§§ o calor específico do gelo igual a 0,5 cal/g°C;
§§ o calor específico do vapor de água igual a 0,5 cal/g°C;
§§ o calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g;
§§ o calor latente de solidificação da água igual a –80 cal/g;
§§ o calor latente de vaporização da água igual a 540 cal/g; e
§§ o calor latente de condensação do vapor de água igual a –540 cal/g.
Usando os dados acima, a fase e a temperatura de 100 g de vapor de água, inicialmente a 130 °C quando
cede 75000 cal serão, respectivamente:
a) sólida e –30 ºC.
b) líquida e 30 ºC.
c) sólida e –67 ºC.
d) líquida e 67 ºC.
Resolução:
Calculemos a quantidade de calor cedida em cada uma das etapas. O sinal (–) significa calor cedido.
§§ Resfriamento do vapor de 130 °C a 100 °C
Q1 = m ⋅ cv ⋅ ∆θ = 100 ⋅ 0,5 ⋅ (100 – 130) = –1500 cal
§§ Condensação do vapor
Q2 = m ⋅ LC = 100 (–540) = –54000 cal
§§ Resfriamento da água de 100 °C a 0 °C
Q3 = m ⋅ c ⋅ ∆θ = 100 ⋅ 1 ⋅ (0 – 100) = –10000 cal
§§ Congelamento da água
Q4 = m ⋅ Ls = 100 ⋅ (–80) = –8000 cal
A quantidade de calor cedida até essa última etapa é:
Q = Q1 + Q2 + Q3 + Q4 = –73500 cal
O restante da quantidade de calor cedida é para resfriar o gelo até a temperatura
Q5 = –75000 – (–73500) = –1500 cal
Q5 = m ⋅ cg ∆θ → –1500 = 100 ⋅ 0,5 ⋅ (θ – 0) → θ = –30 ºC
Portanto, o gelo (fase sólida) estará à temperatura final de –30 ºC.
Alternativa A

4. (UFF) Uma bola de ferro e uma bola de madeira, ambas com a mesma massa e a mesma temperatura, são
retiradas de um forno quente e colocadas sobre blocos de gelo.

Marque a opção que descreve o que acontece a seguir.


a) A bola de metal esfria mais rápido e derrete mais gelo.
b) A bola de madeira esfria mais rápido e derrete menos gelo.
c) A bola de metal esfria mais rápido e derrete menos gelo.
d) A bola de metal esfria mais rápido e ambas derretem a mesma quantidade de gelo.
e) Ambas levam o mesmo tempo para esfriar e derretem a mesma quantidade de gelo.

230
Resolução:
As quantidades de calor sensível liberadas por cada uma das bolas são transferidas para os blocos de gelos.
Como o ferro tem maior condutividade térmica que a madeira, ele transfere calor mais rapidamente, sofren-
do um resfriamento mais rápido.
A quantidade de calor sensível de cada esfera é igual, em módulo, à quantidade de calor latente absorvida
por cada bloco de gelo.

|Qbola|= |Qgelo|
m ∙ c ∙ |∆θ| = mgelo ∙ Lgelo
mgelo = ( m ∙ c ∙ |∆θ|) / Lgelo
Como as massas das bolas são iguais e as variações de temperatura também, a massa de gelo fundida em
cada caso é diretamente proporcional ao calor específico do material que constitui a bola. Assim, analisando
a expressão, vemos que funde menor quantidade de gelo a bola de material de menor calor específico, no
caso, a de metal.

Alternativa C

5. (Puc) Um cubo de gelo de massa 100 g e temperatura inicial –10 °C é colocado no interior de um micro-
-ondas. Após 5 minutos de funcionamento, restava apenas vapor de água. Considerando que toda a energia
foi totalmente absorvida pela massa de gelo (desconsidere qualquer tipo de perda) e que o fornecimento de
energia foi constante, determine a potência utilizada, em W.
Pressão local = 1 atm
Calor específico do gelo = 0,5 cal∙g-1∙ºC-1
Calor específico da água líquida = 1,0 cal∙g-1∙ºC-1
Calor latente de fusão da água = 80 cal∙g-1
Calor de vaporização da água = 540 cal∙g-1
1 cal = 4,2 J
a) 1008
b) 896
c) 1015
d) 903
e) 1512

Resolução:
A quantidade de calor total é igual ao calor sensível do gelo de –10 °C até 0 °C, mais o calor latente de
fusão do gelo, mais o calor sensível da água de 0 °C a 100 °C e mais o calor de vaporização da água.
Equacionando:
Q = Qgelo + Qfusão + Qágua + Qvaporização ⇒ Q = m cgelo ∆θgelo + m Lfusão + m cágua ∆θágua + m Lvap ⇒
Q = 100 (0,5) [0 – (–10)] + 100 (80) + 100 (1) (100 – 0) + 100 (540) ⇒
Q = 500 + 8000 + 10000 + 54000 = 72500 cal.

Transformando em joules:
Q = 72 ∙ 500 (4,2) = 304 ∙ 500 J

Calculando a potência:
Q
P = ___ ​ ​304500
​ ​  ​​  = _______
300
   ​​ = 1015 W
∆t
Alternativa C

231
6. (Puc) Dona Salina, moradora de uma cidade litorânea paulista, resolve testar o funcionamento de seu
recém-adquirido aparelho de micro-ondas. Decide, então, vaporizar totalmente 1 litro de água inicialmente
a 20 ºC. Para tanto, o líquido é colocado em uma caneca de vidro, de pequena espessura, e o aparelho é
ligado por minutos. Considerando que D. Salina obteve o resultado desejado e sabendo que o valor do kWh
é igual a R$ 0,28. Calcule o custo aproximado, em reais, devido a esse procedimento. Despreze qualquer
tipo de perda e considere que toda a potência fornecida pelo micro-ondas, supostamente constante, foi
inteiramente transferida para a água durante seu funcionamento.
a) 0,50
b) 0,40
c) 0,30
d) 0,20
e) 0,10

Resolução:

Q = Q1 + Q2
Q = m · c · ∆θ + m · L
Q = 1000 · 1 · (100 – 20) + 1000 · 540
Q = 620000 cal = 2604 kJ
Como 1 kWh = 3,6 ∙ 106 J
Temos que Q = 0,72 kWh, dessa forma o custo C será de:
C = 0,28 ∙ 0,72 = R$ 0,20 aproximadamente

Alternativa D

Sobrefusão ou superfusão
Durante o resfriamento de um líquido, eventualmente podem ser atingidas temperaturas abaixo da que correspon-
de à de solidificação da substância, e ainda assim a substância se mantém líquida.

Na sobrefusão (ou superfusão), uma substância encontra-se no estado


líquido com temperatura abaixo da sua temperatura de solidificação.

232
O estado de equilíbrio da sobrefusão é me-
taestável, ou seja, existe equilíbrio, aparentemente,
porém, ocorre a mudança muito lenta do estado físico
da substância. A introdução de uma pequena porção
sólida ou uma agitação perturba o fenômeno e provoca
uma brusca solidificação, parcial ou total, do líquido. A
temperatura aumenta e atinge o ponto de solidificação.
Esse aumento de temperatura ocorre porque a queda
de energia potencial (característica da solidificação)
é compensada pelo aumento da energia cinética das
moléculas.
Vulgarmente, a perda de “calor erroneamente
sensível” torna-se perda de calor “latente”.
O estado de superaquecimento, isto é, quan-
do a substância atinge temperaturas superiores à tem-
peratura de ebulição sem que ocorra a ebulição, pode ocorrer ao se aquecer uma substância no forno micro-ondas.
Se o aquecimento é feito por uma chama, existem correntes de convecção no sistema e essas perturbam suficien-
temente o sistema, fervendo a substância quando a temperatura de ebulição for atingida.
O superaquecimento também é um estado metaestável. Desse modo, qualquer perturbação no sistema
diminui seu estado de energia potencial.

Vaporização
A passagem do estado líquido para o estado gasoso de uma substância é denominada vaporização, e pode ocorrer
de três modos: ebulição, evaporação e calefação.
A ebulição é o processo de vaporização que acontece quando a substância atinge uma determinada tem-
peratura. Esse processo é turbulento.
A evaporação acontece em qualquer temperatura nos líquidos, no entanto, especificamente na sua su-
perfície livre. A água líquida, por exemplo, quando colocada em um prato, desaparece após determinado tempo,
ou seja, a água é vaporizada (transforma-se em vapor) e misturada aos outros gases da atmosfera.
A calefação é um processo rápido de vaporização e ocorre quando o aumento de temperatura é brusco.
Esse processo acontece, por exemplo, ao colocarmos pequenas quantidades de água em uma frigideira bem quen-
te. A vaporização da água, nesse caso, é bastante rápida, quase instantânea.

Evaporação

O processo de evaporação ocorre na superfície livre do líquido, onde as molé-


culas têm diferentes energias: algumas estão mais agitadas e outras menos.
Ao colidirem umas com as outras, as partículas mais agitadas perdem parte
de sua energia para as partículas menos agitadas. Desse modo, a energia ci-
nética das moléculas da superfície aumenta e, então, acabam por se libertar
da superfície do líquido: evaporam.
As moléculas que conseguiram se vaporizar obtiveram energia cinéti-
ca das demais moléculas do líquido. Assim, as moléculas restantes no líquido
ficam com energia cinética menor, e assim, a temperatura do líquido diminui.
Portanto, o processo de evaporação resfria o líquido remanescente.

233
Os fatores listados a seguir influenciam na velocidade de evaporação:
§§ Quanto maior a pressão atmosférica, menor será a velocidade.
§§ A atmosfera, pressionando a superfície do líquido, dificulta a vaporização.
§§ Quanto mais o líquido for volátil, maior será a velocidade.
§§ Como a área livre é maior, mais moléculas estão nessa superfície, o que aumenta a probabilidade de haver
moléculas “escapando” da superfície do líquido.
§§ Quanto maior for a temperatura do líquido, maior a velocidade.
§§ As moléculas, com temperatura maior, e, portanto, mais agitadas, têm maior velocidade e, consequentemente,
maior facilidade de “escapar”.
§§ Quanto mais úmido estiver o ar (maior a pressão parcial do vapor), menor será a velocidade.
Com o ar mais úmido, poderá ocorrer de as moléculas de vapor presentes no ar aderirem à superfície do
líquido, condensando-se.

mevaporação A · (F – f)
vevaporação = _______
​   ​   = K _______
​  p  ​   
Dt e

Onde:
§§ K representa a volatilidade do líquido.
§§ A representa área da superfície livre do líquido.
§§ pe representa a pressão externa a que o líquido está submetido.
§§ F representa a pressão máxima de vapor (que depende da temperatura).
§§ f representa a pressão parcial de vapor na atmosfera (que caracteriza o grau de umidade).

Mais energéticas: evaporação


Moléculas de vapor com pouca energia: voltam ao líquido.
Moléculas com pouca energia permanecem no líquido.

Diagrama de fase

Introdução
A fase ou estado físico de uma substância representa o estado de agregação de suas moléculas.
No estado sólido, as moléculas encontram-se tão agregadas que não têm a possibilidade se de moverem
umas pelas outras.
No estado líquido, existe alguma mobilidade das moléculas, o que faz com que uma substância nesse es-
tado não tenha um forma definida. Entretanto, a interação é suficiente para que as moléculas ocupem um volume
bem definido, sendo, como nos sólidos, difícil comprimi-las.
No estado gasoso, as substâncias não têm nem forma nem volume definido, ou seja, é relativamente fácil
comprimir um gás.

234
Pressão e estado físico
Para determinada pressão, a temperatura dos sólidos é menor do que dos líquidos, e a temperatura desses, por sua
vez, é menor do que a dos gases. Isso ocorre devido ao aumento da agitação das moléculas (aumento da energia
cinética de translação). O movimento é tal que a interação entre as moléculas impede que se mantenham agregadas.
Por outro lado, o estado de agregação das moléculas pode ser modificado alterando-se a pressão que é
exercida pela vizinhança (geralmente a atmosfera) sobre a substância. Comprimindo uma massa gasosa, por exem-
plo, é possível aproximar as moléculas o suficiente para que elas se agreguem, mudando de fase para o estado
líquido (e até ao sólido).

Vapor Líquido

Substâncias mais comuns


O comportamento normal do volume em função do estado físico está resumido na figura abaixo.

Como observamos na figura anterior, para a maior parte das substâncias, na passagem do estado ga-
soso para o líquido e do líquido para o sólido, ocorre a redução do volume. Observe, portanto, que é possível fazer
essa transição de fase reduzindo a temperatura ou aumentando a pressão exercida sobre a substância.
Conclui-se, assim, que o estado físico de uma substância não é determinado apenas pela temperatura, mas
também pela pressão.

235
Reprodução O diagrama de fase é um gráfico que relaciona as
fases da substância com a pressão e temperatura. Cada pon-
to no gráfico corresponde a uma combinação de pressão e
temperatura bem definida, determinando a fase da substância.
As linhas no diagrama de fase dividem as fases
e indicam valores de pressão e temperatura, nas quais
diferentes fases podem coexistir.
Para a maioria das substâncias, as linhas de fusão,
vaporização e sublimação têm inclinação positiva e a tem-
peratura de mudança de estado aumenta com o aumento
da pressão.

Observe, a seguir, o diagrama de fases do dióxido de carbono:

Observando o diagrama de fases, podemos concluir que:


§§ Aumentando a pressão – o ponto de fusão aumenta (a curva de fusão é crescente).
§§ Aumentando a pressão – o ponto de ebulição aumenta (a curva de ebulição é crescente).

236
Comportamento da água e do bismuto
A água e o bismuto, ao passarem do estado líquido para o estado sólido, ao contrário das demais substâncias,
aumentam de volume.

Esse comportamento da água ocorre porque, ao se solidificar, as ligações entre as moléculas, que são pontes
de hidrogênio, formam cristais, cuja geometria afasta as moléculas. A figura, a seguir, ilustra a estrutura da água
no estado líquido e no estado sólido.
H2O líquida H2O sólida

Observando o diagrama de fases da água, é possível perceber que a curva de fusão é decrescente. Assim,
a temperatura de fusão diminui com o aumento da pressão. Logo, é possível derreter o gelo em uma temperatura
menor, caso ele esteja em uma pressão maior.

237
Observando o diagrama de fases acima, concluímos que:
§§ Aumentando a pressão – o ponto de fusão diminui (a curva de fusão é decrescente).
§§ Aumentando a pressão – o ponto de ebulição aumenta (a curva de ebulição é crescente).

Teoria na prática
1. (Esc. Naval) Observe o gráfico a seguir.

Uma máquina de café expresso possui duas pequenas caldeiras mantidas sob uma pressão de 1,0 MPa.
Duas resistências elétricas aquecem separadamente a água no interior das caldeiras até as temperaturas
TA ºC, na caldeira com água para o café, e TB ºC, na caldeira destinada a produzir vapor d’água para aquecer
leite. Assuma que a temperatura do café na xícara, TC ºC, não deve ultrapassar o ponto de ebulição da água
e que não há perdas térmicas, ou seja, TC = TA. Considerando o diagrama de fases no gráfico acima, quanto
vale, aproximadamente, o menor valor, em kelvins, da diferença TB – TA?
Dado: 1,0 atm = 0,1 MPa
a) 180
b) 130
c) 80
d) 30
e) Zero

238
Resolução:

Do enunciado, sabe-se que existem duas caldeiras, com temperaturas TA e TB e que ambas se encontram à
pressão constante de 1 MPa. Ainda do enunciado, a caldeira A é destinada para a água do café e a B para
o vapor d’água para aquecer o leite.
A temperatura do café na xícara é TC e TC = TA.
No processo de fazer o café ou do vapor, quando a caldeira liberar o líquido contido nelas, a pressão sofrerá
uma redução brusca para o valor de 1 atm (0,1 Mpa).

Com base nisto, pode-se concluir que:


1. Para que a água na xícara não seja vaporizada na produção do café, a temperatura TA deve ser de 100 °C,
pois após a redução de pressão, esta estaria no limite da vaporização da água na pressão de 1 atm.
2. Para que o líquido já saia da caldeira B como um gás, TB = 180 °C, ou seja, a caldeira B terá seu ponto
de operação de 1 atm e 180 °C em cima da curva de vaporização do líquido.
Dessa forma, pode concluir-se que a diferença de temperatura entre TA e TB é de 80 °C. Como a variação
de temperatura em graus Celsius é igual à variação de temperatura em kelvin, logo a variação em kelvin é
também igual a 80 K.

Alternativa C

2. (Ifsul) A panela de pressão permite que o cozimento dos alimentos ocorra mais rapidamente que em panelas
comuns.
Se, depois de iniciada a saída de vapor pela válvula, baixarmos o fogo, para economizar gás, o tempo gasto
no cozimento:
a) aumenta, pois a temperatura diminui dentro da panela.
b) diminui, pois a temperatura aumenta dentro da panela.
c) aumenta, pois diminui a formação de vapor dentro da panela.
d) não varia, pois a temperatura dentro da panela permanece constante.

Resolução:

Durante a mudança de fase de uma substância pura e cristalina, a temperatura permanece constante e de-
pende somente da pressão. O aumento de pressão aumenta a temperatura do ponto de ebulição da água.
Atingida a ebulição, basta mantê-la que a temperatura não se altera, não variando o tempo de cozimento.
Em fogo alto a fervura é mais violenta, mas a temperatura é a mesma.

Alternativa D

239
Regelo da água
O volume da água aumenta quando se solidifica, devido à geometria de seus cristais. Desse modo, o aumento de
pressão sobre o gelo (água sólida) “quebra” os cristais, tornando-a líquida. O efeito contrário, ou seja, a redução
da pressão, pode reverter o processo, e provocar o regelo.

© Pressmaster/Shutterstock
Do mesmo modo, um patinador ao usar patins aumenta a pressão
sobre a superfície do gelo, tornando o deslizar mais fácil.

A figura anterior exemplifica o experimento de Tyndall que demonstra o derretimento do gelo devido à
pressão aplicada sobre ele por um arame preso a dois pesos. O regelo da água ocorre acima do arame assim que
esse desce. Dessa forma, o arame atravessa o bloco inteiro e este permanece inteiro.

Teoria na prática
1. (G1 – Ifsul) Quando um patinador desliza sobre o gelo, o seu movimento é facilitado porque, enquanto ele
anda, o gelo transforma-se em água líquida, o que faz com que diminua o atrito entre os patins e o gelo.
Se o gelo encontra-se a uma temperatura inferior a 0°, a água líquida, é formada pela passagem do pati-
nador porque?
a) a temperatura do gelo aumenta devido ao movimento relativo entre os patins e o gelo.
b) o aumento da pressão sobre o gelo imposta pela lâmina dos patins diminui o ponto de fusão do gelo.
c) o aumento da pressão sobre o gelo imposta pela lâmina dos patins aumenta o ponto de fusão do gelo.
d) a temperatura do gelo não varia devido ao movimento relativo entre os patins e o gelo.

Resolução:

A temperatura de mudança de fase de uma substância depende da pressão. Para a água, o aumento de
pressão diminui o ponto de fusão. No caso, o aumento de pressão devido aos patins diminui a temperatura
de fusão do gelo, ocorrendo o derretimento.

Alternativa B

240
Estado gasoso e temperatura crítica
O estado gasoso pode ser subdividido em dois tipos: vapor e gás. Toda substância possui uma temperatura deno-
minada temperatura crítica. Acima dessa temperatura, as moléculas estão tão agitadas que, por maior que seja
o aumento da pressão, não é possível forçar as moléculas a se agregarem, isto é, não é possível mudar o estado
físico da substância.

Abaixo da temperatura crítica, o estado gasoso é denominado vapor, e acima dessa temperatura, é deno-
minado gás.
O “gás” de cozinha é, na verdade, "vapor" de cozinha, pois coexiste com o estado líquido.

Sublimação
A sublimação de uma substância ocorre quando existe a mudança direta do estado sólido para o estado gasoso.
Esse processo ocorre em temperaturas e pressões abaixo dos valores do ponto triplo. A região no diagrama de fases
onde ocorre sublimação é ilustrada na figura a seguir.

241
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Calor específico e calor latente de fusão ...


Fonte: Youtube

Vídeo IES: Fusão do gelo no ar e na água

Fonte: Youtube

Vídeo Gelo seco com café

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites

242
ACESSAR

Sites Instrumentação / medidas / grandezas

educacao.globo.com/fisica/assunto/termica/mudancas-de-estado.html
www.estudopratico.com.br/mudancas-de-estado-fisico-da-materia/
brasilescola.uol.com.br/quimica/graficos-mudanca-estado-fisico.htm
pt.khanacademy.org/science/chemistry/states-of-matter-and-intermolecular-forces

243
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

Uma substância que constantemente tem seu estado físico alterado e é de suma importância para a manutenção da
vida no Planeta é a água. O ciclo da água é fundamental para o reabastecimento de água em rios, lagos, nascentes
e influencia o clima em todas as partes do globo.

O processo tem por início a vaporização da água dos oceanos, rios, mares etc. Sobe através da atmosfera até alturas
onde a temperatura é menor, sofrendo assim condensação, precipitando em outras regiões, pois as nuvens que são
formadas são carregadas pela atmosfera. Caso a temperatura seja ainda menor, a água pode solidificar e precipitar
na forma de granizo ou neve.

244
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 17 - Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e


representação usada nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

A Física, Química e Biologia têm como finalidade entender e descrever a natureza e seus fenô-
menos. Uma ferramenta essencial para a Física é a matemática. Por muito tempo, a física serviu
como fonte de inspiração para a matemática. Com ela, foi possível explicar de maneira gráfica os
fenômenos e até mesmo quantificá-los.

Habilidade 21 - Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou
tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e (ou) do eletromagnetismo

A habilidade 21 avalia a capacidade do estudante de entender conceitos da física, sua importân-


cia histórica e saber aplicá-los no cotidiano, tal qual diz o segundo eixo cognitivo “ construir e
aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais,
de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.

Modelo
(Enem) A Terra é cercada pelo vácuo espacial e, assim, ela só perde energia ao irradiá-la para o
espaço. O aquecimento global que se verifica hoje decorre de pequeno desequilíbrio energético,
de cerca de 0,3%, entre a energia que a Terra recebe do Sol e a energia irradiada a cada segundo,
algo em torno de 1 W/m2. Isso significa que a Terra acumula, anualmente, cerca de 1,6 × 1022 J.
Considere que a energia necessária para transformar 1 kg de gelo a 0°C em água líquida seja igual
a 3,2 × 105 J. Se toda a energia acumulada anualmente fosse usada para derreter o gelo nos polos
(a 0°C), a quantidade de gelo derretida anualmente, em trilhões de toneladas, estaria entre
a) 20 e 40.
b) 40 e 60.
c) 60 e 80.
d) 80 e 100.
e) 100 e 120.
246
Análise Expositiva

Habilidade 17
O aluno precisa saber interpretar o problema e identificar as informações relevantes ao pro-
blema. Além disso, é necessário um conhecimento da fórmula de quantidade de calor latente
e de transformação de unidade.
Q = m ∙ L ⇒ 1,6 ∙ 1022 = m ∙ 3,2∙105 ⇒ m = 5 ∙ 1016 kg
m = 50 trilhões de toneladas
Alternativa B

Estrutura Conceitual

TEMPERATURA
CONSTANTE

CALOR
SÓLIDO
LATENTE
Estados da LÍQUIDO - Evaporação
matéria
- Ebulição
GASOSO - Calefação

Mudança de Processo - FUSÃO


estado endotérmico - Vaporização
- Sublimação

AQUECIMENTO Processo
exotérmico - Solidificação
- Condensação
- Sublimação
DIAGRAMAS

RESFRIAMENTO

247
E.O. Aprendizagem 2. Considere estas informações:
§§ a temperaturas muito baixas, a água está
sempre na fase sólida;
1. (Unesp) A liofilização é um processo de de- §§ aumentando-se a pressão, a temperatura
sidratação de alimentos que, além de evitar de fusão da água diminui.
que seus nutrientes saiam junto com a água, Assinale a alternativa em que o diagrama
diminui bastante sua massa e seu volume, de fases pressão versus temperatura para a
facilitando o armazenamento e o transpor- água está de acordo com essas informações.
te. Alimentos liofilizados também têm seus a)
prazos de validade aumentados, sem perder
características como aroma e sabor.

cenoura liofilizada kiwi liofilizada

b)

(www.sublimar.com.br) (www.brasilescola.com.br)

O processo de liofilização segue as seguintes


etapas:
I. O alimento é resfriado até temperaturas
abaixo de 0 °C, para que a água contida
nele seja solidificada. c)
II. Em câmaras especiais, sob baixíssima
pressão (menores do que 0,006 atm),
a temperatura do alimento é elevada,
fazendo com que a água sólida seja su-
blimada. Dessa forma, a água sai do ali-
mento sem romper suas estruturas mo-
leculares, evitando perdas de proteínas e
vitaminas. d)
O gráfico mostra parte do diagrama de fa-
ses da água e cinco processos de mudança de
fase, representados pelas setas numeradas
de 1 a 5.

3. (Fac. Albert Einstein – Medicina 2017) Sabe-


-se que um líquido possui calor específico
igual a 0,58 cal/g∙ºC. Com o intuito de des-
cobrir o valor de seu calor latente de vapori-
zação, foi realizado um experimento onde o
líquido foi aquecido por meio de uma fonte
de potência uniforme, até sua total vapori-
zação, obtendo-se o gráfico abaixo. O valor
obtido para o calor latente de vaporização do
líquido, em cal/g, está mais próximo de:
A alternativa que melhor representa as eta-
pas do processo de liofilização, na ordem
descrita, é:
a) 4 e 1.
b) 2 e 1.
c) 2 e 3.
d) 1 e 3.
e) 5 e 3.

248
a) 100. 7. Uma atração turística da Áustria é Salzbur-
b) 200. go, cidade natal de Mozart, construída na
c) 540. Antiguidade graças às minas de sal.
d) 780. Salzburgo significa castelo do sal, pois nessa
cidade está localizada a mina de sal mais an-
4. (UFPR 2017) Entre as grandezas físicas que tiga do mundo, em atividade desde a Idade
influenciam os estados físicos das substân- do Ferro (1000 a.C.).
cias, estão o volume, a temperatura e a pressão. No passado, o sal era um importante e quase
O gráfico abaixo representa o comportamento insubstituível conservante alimentar e, além
da água com relação aos estados físicos que ela de cair bem ao nosso paladar, ele é uma ne-
pode ter. Nesse gráfico é possível representar cessidade vital, pois, sem o sódio presente
os estados físicos sólido, líquido e gasoso. As- no sal, o organismo seria incapaz de trans-
sinale a alternativa que apresenta as grandezas mitir impulsos nervosos ou mover músculos,
físicas correspondentes aos eixos das abscissas entre eles o coração.
e das ordenadas, respectivamente. <terra.com.br/turismo/roteiros/2000/11/10/009.htm>
Acesso em: 16.08.2013. Adaptado.

O sal também pode ser obtido da água do


mar, processo que ocorre em salinas.

a) Pressão e volume.
b) Volume e temperatura.
c) Volume e pressão.
d) Temperatura e pressão.
e) Temperatura e volume.
(revistahost.uol.com.br/publisher/preview.phd?edicao=0511&id_mat=3716
Acesso em: 10.09.2013.)
5. É possível passar a matéria do estado sólido
diretamente para o gasoso, evitando a fase Durante a obtenção de sal em uma salina:
líquida. Tal fenômeno físico se verifica co- a) a água sofre evaporação.
mumente no gelo seco e na naftalina, mas b) a água sofre sublimação.
também pode ocorrer com a água, dependen- c) o sal sofre fusão.
do das condições de temperatura e pressão. d) a água e o sal sofrem sublimação.
A essa passagem dá-se o nome de: e) a água e o sal sofrem solidificação.
a) condensação.
b) sublimação. 8. Três cubos de gelo de 10,0 g, todos eles a
c) fusão.
d) vaporização. 0,0 °C, são colocados dentro de um copo va-
e) calefação. zio e expostos ao sol até derreterem comple-
tamente, ainda a 0,0 °C.
6. Materiais com mudança de fase são bastante Calcule a quantidade total de calor requerida
utilizados na fabricação de tecidos para rou- para isto ocorrer, em calorias.
pas termorreguladoras, ou seja, que regulam Considere o calor latente de fusão do gelo
sua temperatura em função da temperatura LF = 80 cal/g.
da pele com a qual estão em contato. Entre as a) 3,7 ∙ 10–1
fibras do tecido, são incluídas microcápsulas b) 2,7 ∙ 101
contendo, por exemplo, parafina, cuja tempe- c) 1,1 ∙ 102
ratura de fusão está próxima da temperatura d) 8,0 ∙ 102
de conforto da pele, 31 °C. Considere que um e) 2,4 ∙ 103
atleta, para manter sua temperatura inter-
na constante enquanto se exercita, libere 9. (PUC 2017) Um 1chef de cuisine precisa
1,5 × 104 J de calor através da pele em conta- transformar 10 g de gelo a 0 ºC em água a
to com a roupa termorreguladora e que o ca- 40 ºC em 10 minutos. Para isto utiliza uma
lor de fusão da parafina é LF = 2,0 × 105 J/kg. resistência elétrica percorrida por uma cor-
Para manter a temperatura de conforto da rente elétrica que fornecerá calor para o
pele, a massa de parafina encapsulada deve gelo. Supondo-se que todo calor fornecido
ser de, no mínimo: pela resistência seja absorvido pelo gelo e
a) 500 g.
desprezando-se perdas de calor para o meio
b) 450 g.
c) 80 g. ambiente e para o frasco que contém o gelo,
d) 75 g. a potência desta resistência deve ser, em
e) 13 g. watts, no mínimo, igual a:

249
Dados da água: a) 861.
Calor específico no estado sólido: 0,50 cal/gºC b) 463.
Calor específico no estado líquido: 1,0 cal/gºC c) 205.
Calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g d) 180.
Adote 1 cal = 4 J e) 105.
1
chefe de cozinha
a) 4. 2. Em um calorímetro são colocados 2,0 kg de
b) 8. água, no estado líquido, a uma temperatura
c) 10. de 0 °C. A seguir, são adicionados 2,0 kg de
d) 80. gelo, a uma temperatura não especificada.
e) 120. Após algum tempo, tendo sido atingido o
equilíbrio térmico, verifica-se que a tempe-
10. A presença de vapor d’água num ambiente ratura da mistura é de 0 ºC e que a massa de
tem um papel preponderante na definição gelo aumentou em 100 g.
do clima local. Uma vez que uma quantidade Considere que o calor específico do gelo
de água vira vapor, absorvendo uma gran- (c = 2,1 kJ/kg∙°C) é a metade do calor espe-
de quantidade de energia, quando esta água cífico da água e que o calor latente de fusão
se condensa libera esta energia para o meio do gelo é de 330 kJ/kg; e desconsidere a ca-
ambiente. Para se ter uma ideia desta quan- pacidade térmica do calorímetro e a troca de
tidade de energia, considere que o calor libe- calor com o exterior.
rado por 100 g de água no processo de con- Nessas condições, a temperatura do gelo que
densação seja usado para aquecer uma certa foi inicialmente adicionado à água era, apro-
massa m de água líquida de 0 °C até 100 °C. ximadamente:
Com base nas informações apresentadas, cal- a) 0 °C.
cula-se que a massa m, de água aquecida, é: b) –2,6 °C.
(Dados: Calor latente de fusão do gelo c) –3,9 °C.
LF = 80 cal/g; Calor latente de vaporização d) –6,1 °C.
LV = 540 cal/g; Calor específico da água, e) –7,9 °C.
c = 1 cal/g°C)
a) 540 g. 3. Uma amostra de determinada substância
b) 300 g. com massa 30 g encontra-se inicialmente
c) 100 g. no estado liquido, a 60°C. Está representa-
d) 80 g. da pelo gráfico abaixo a temperatura dessa
e) 6,7 g. substância em função da quantidade de calor
por ela cedida.
Analisando esse gráfico, é correto afirmar
E.O. Fixação que:

1. No anúncio promocional de um ferro de pas-


sar roupas a vapor, é explicado que, em fun-
cionamento, o aparelho borrifa constante-
mente 20 g de vapor de água a cada minuto,
o que torna mais fácil o ato de passar roupas.
Além dessa explicação, o anúncio informa
que a potência do aparelho é de 1 440 W e
que sua tensão de funcionamento é de 110 V.
Da energia utilizada pelo ferro de passar
roupas, uma parte é empregada na transfor- a) a temperatura de solidificação da substância
mação constante de água líquida em vapor é 10 °C.
de água. A potência dissipada pelo ferro b) o calor específico latente de solidificação é
para essa finalidade é, em watts: –1,0 cal/g.
Adote: c) o calor específico sensível no estado líquido
§§ temperatura inicial da água: 25 °C é 1/3 cal/g°C.
§§ temperatura de mudança da fase líquida d) o calor específico sensível no estado sólido é
para o vapor: 100 °C 1/45 cal/g°C.
§§ temperatura do vapor de água obtido: e) ao passar do estado líquido a 60 °C para o
100 °C sólido a 10 °C a substância perdeu 180 cal.
§§ calor específico da água: 1 cal/(g °C)
§§ calor latente de vaporização da água:
540 cal/g
§§ 1 cal = 4,2 J

250
4. Uma amostra de uma substância encontra- inicialmente a 0 ºC, sendo que o calor la-
-se, inicialmente, no estado sólido na tem- tente de fusão do gelo vale 80 cal/g, após
peratura T0. Passa, então, a receber calor até o gelo derreter e todo o sistema entrar em
atingir a temperatura final Tf, quando toda a equilíbrio térmico, desprezando-se as perdas
amostra já se transformou em vapor. de calor para o ambiente, a temperatura do
O gráfico abaixo representa a variação da café será igual a:
temperatura T da amostra em função da a) 86,15 ºC.
quantidade de calor Q por ela recebida. b) 88,75 ºC.
c) 93,75 ºC.
d) 95,35 ºC.

7. (PUC-RJ 2017) Em uma experiência de físi-


ca, um aluno verifica que o calor de fusão de
um dado objeto é 50 J/kg.
Para um outro objeto com o dobro da massa,
mas feito do mesmo material, o calor de fu-
são, em J/kg, deve ser:
a) 200.
b) 100.
c) 50.
d) 25.
e) 12,5.
Considere as seguintes afirmações, referen-
tes ao gráfico. 8. Quando se retira uma garrafa de vidro com
I. T1 e T2 são, respectivamente, as tempera- água de uma geladeira, depois de ela ter
turas de fusão e de vaporização da subs- ficado lá por algum tempo, veem-se gotas
tância. d’água se formando na superfície externa da
II. No intervalo X, coexistem os estados sóli- garrafa.
do e líquido da substância. Isso acontece graças, principalmente, à:
III. No intervalo Y, coexistem os estados sóli- a) condensação do vapor de água dissolvido no
do, líquido e gasoso da substância. ar ao encontrar uma superfície à temperatu-
Quais estão corretas? ra mais baixa.
a) Apenas I. b) diferença de pressão, que é maior no interior
b) Apenas II. da garrafa e que empurra a água para seu
c) Apenas III. exterior.
d) Apenas I e II. c) porosidade do vidro, que permite a passa-
e) I, II e III. gem de água do interior da garrafa para sua
superfície externa.
d) diferença de densidade entre a água no inte-
5. (UFPR 2017) Um estudante irá realizar um rior da garrafa e a água dissolvida no ar, que
experimento de física e precisará de 500 g é provocada pela diferença de temperaturas.
de água a 0 ºC. Acontece que ele tem dis- e) condução de calor através do vidro, facilita-
ponível somente um bloco de gelo de massa da por sua porosidade.
igual a 500 g e terá que transformá-lo em
água. Considerando o sistema isolado, a 9. O alumínio é obtido por meio da eletróli-
quantidade de calor, em cal, necessária para se ígnea do óxido de alumínio hidratado
que o gelo derreta será: (Al2O3 · nH2O), também denominado de alu-
Dados: calor de fusão do gelo 80 cal/g∙ºC mina. Esse processo consome muita ener-
a) 40 gia, pois, além da energia para a eletrólise,
b) 400 é também necessário manter a alumina a
c) 4000 cerca de 1000 ºC. Entretanto, para reciclar o
d) 40000 alumínio é necessário fundir o metal a uma
temperatura bem menor. Tendo como refe-
6. Muitas pessoas gostam de café, mas não o rência os dados sobre o alumínio, abaixo,
apreciam muito quente e têm o hábito de e considerando a temperatura ambiente de
adicionar um pequeno cubo de gelo para res- 25 ºC, é correto afirmar que a energia míni-
friá-lo rapidamente. Deve-se considerar que ma necessária, em kJ, para reciclar um mol
a xícara tem capacidade térmica igual a 30 desse metal é aproximadamente igual a:
cal/ºC e contém inicialmente 120 g de café Dados sobre o alumínio:
(cujo calor específico é igual ao da água, 1 Massa molar = 27,0 g mol–1
cal/g.ºC) a 100 ºC, e que essa xícara encon- Ponto de fusão = 660 ºC
tra-se em equilíbrio térmico com o líquido. Calor específico = 0,900 J g–1 °C–1
Acrescentando-se uma pedra de gelo de 10 g, Entalpia de fusão = 10,7 kJ mol–1

251
a) 11,3. correto afirmar que:
b) 26,1.
c) 26,7.
d) 289.
e) 306.

10. Quando aquecemos água em nossas casas


utilizando um recipiente aberto, sua tempe-
ratura nunca ultrapassa os 100 ºC. Isso ocor-
re porque
a) ao atingir essa temperatura, a água perde a) a temperatura do ponto de fusão do material
sua capacidade de absorver calor. 2 é menor do que a temperatura do ponto de
b) ao atingir essa temperatura, a água passa a fusão do material 3.
perder exatamente a mesma quantidade de b) o calor latente de fusão do material 1 é
calor que está recebendo, mantendo assim maior do que o calor latente de fusão do
sua temperatura constante. material 2.
c) as mudanças de fase ocorrem à temperatura c) o calor específico no estado sólido do mate-
constante. rial 2 é maior do que o calor específico no
estado sólido do material 1.
d) ao atingir essa temperatura, a água começa
d) o calor específico no estado líquido do ma-
a expelir o oxigênio e outros gases nela dis-
terial 3 é maior do que o calor específico no
solvidos.
estado líquido do material 1.

E.O. Complementar 4. Na preparação caseira de um chá aconselha-


-se aquecer a água até um ponto próximo
da fervura, retirar o aquecimento e, em
1. Um cubo de gelo dentro de um copo com seguida, colocar as folhas da planta e tam-
água resfria o seu conteúdo. Se o cubo par o recipiente. As folhas devem ficar em
tem 10 g e o copo com água tem 200 ml e processo de infusão por alguns minutos.
suas respectivas temperaturas iniciais são Caso o fogo seja mantido por mais tempo
0 °C e 24 °C, quantos cubos de gelo devem que o necessário, a água entrará em ebu-
ser colocados para baixar a temperatura da lição. Considere que a potência fornecida
água para 20 °C? (Considere que o calor es- pelo fogão à água é igual a 300 W, e que o
pecífico da água é ca = 1,0 cal/g°C, o calor calor latente de vaporização da água vale
latente de fusão do gelo L = 80 cal/g, e a 2,25 · 103 J/g. Mantendo-se o fogo com a
densidade da água, d = 1 g/ml). água em ebulição e o recipiente aberto, qual
a) 1 c) 3 e) 5 é a massa de água que irá evaporar após 10
b) 2 d) 4 minutos?
a) 18 g
2. Uma quantidade de água líquida de mas- b) 54 g
sa m = 200 g, a uma temperatura de c) 80 g
30 C°, é colocada em um calorímetro junto d) 133 g
a 150 g de gelo a 0 C°. Após atingir o equi-
líbrio, dado que o calor específico da água é
5. Um estudante de física, ao nível do mar,
ca = 1,0 cal/(g ∙ C°) e o calor latente de fusão
possui um aquecedor de imersão de 420 W
o gelo é L = 80 cal/g, calcule a temperatura
de potência e o coloca dentro de uma panela
final da mistura gelo + água.
contendo 2 litros de água a 20 °C. Supondo
a) 10 C° d) 30 C° que 80% da energia dissipada seja absorvida
b) 15 C° e) 60 C° pela água, o intervalo de tempo necessário
c) 0 C° para que 20% dessa água seja vaporizada
será aproximadamente de:
3. No gráfico abaixo, onde é mostrada a tem- Dados:
peratura T em função do tempo, são repre- Calor específico da água: 1,0 cal/g°C
sentados os processos de resfriamento de Calor Latente de vaporização da água: 540 cal/g
três materiais diferentes de massas iguais. Densidade absoluta da água: 1,0 kg/L
Os materiais foram colocados em um conge- 1 cal = 4,2 J
lador que pode extrair suas energias a uma a) 1 h e 13 minutos.
certa taxa constante. b) 1 h e 18 minutos.
Analisando o gráfico e sabendo que o res- c) 1 h e 25 minutos.
friamento de cada material começou no es- d) 1 h e 30 minutos.
tado líquido e terminou no estado sólido, é e) 2 h e 10 minutos.

252
E.O. Dissertativo a água continuou fervendo. Qual a potência
calorífica do fogão e o volume de água contido
na panela ao final desses 15 min de aqueci-
1. Com a finalidade de se fazer café, um recipien- mento?
te com 0,5 L de água é aquecido em um fogão. Despreze o calor perdido para o ambiente e o
A temperatura da água aumenta desde 25 °C calor absorvido pelo material de que é feita
até 100° C. Considere para a água: densida-
a panela; suponha que o fogão forneça calor
de r = 1,0 kg/L; calor latente de vaporização
com potência constante durante todo tempo.
Ly = 540 cal/g; calor específico c = 1,0 cal /g°C.
Dados:
a) Calcule a quantidade de calor cedida à água,
calor específico da água:
para que sua temperatura aumente desde 25 °C
cágua = 4,2 · 10³ J/(kg · °C);
até 100 °C.
b) Supondo que a quantidade de calor total ce- calor latente de vaporização da água:
dida à água, até o momento em que se apaga Lágua = 2,3 · 106 J/kg.
a chama do fogão, foi de 145.500 cal, calcule
o volume de água, em litros, que ficou no re- Adote para a densidade da água:
cipiente para ser utilizada no preparo do café. dágua = 1,0 kg/L

Dê a resposta com dois algarismos signifi-


2. Em uma experiência de Termologia, anali-
cativos.
sou-se a variação da temperatura, medida
em graus Celsius, de 100 g de uma subs-
tância, em função da quantidade de calor 4. (UFG) O corpo humano consegue adaptar-se
fornecido, medida em calorias. Durante o a diferentes temperaturas externas, man-
experimento, observou-se que, em uma de- tendo sua temperatura aproximadamente
terminada etapa do processo, a substância constante em 37 ºC por meio da produção de
analisada apresentou mudança de fase sólida energia por processos metabólicos e trocas
para líquida. Para visualizar o experimento, de calor com o ambiente. Em uma situação
os dados obtidos foram apresentados em um típica, em que um indivíduo esteja em re-
gráfico da temperatura da substância como
pouso em um ambiente a 25 ºC ele libera ca-
função da quantidade de calor fornecido.
lor para o ambiente por condução térmica a
uma taxa de 15 J/s e por evaporação de água
por meio da pele a uma taxa de 60 kJ/hora.
Considerando o exposto, calcule:
a) a quantidade de água, em mℓ, que o indiví-
duo deve ingerir para compensar a perda por
evaporação em duas horas.
b) a espessura média da pele do indivíduo, con-
siderando a área total da superfície da sua
pele igual a 1,5 m2 e a condutibilidade térmi-
ca (k) da mesma igual a 2 x 10-3 W.m-1 . ºC-1.
Determine:
Dados: Calor latente de evaporação da água à
a) O calor específico da substância na fase lí-
37º ºC: 2400 kJ/kg
quida e seu calor latente específico de fusão.
b) Após a substância atingir a temperatura de Densidade da água: d = 1 kg/litro
80 °C, cessou-se o fornecimento de calor e
adicionou-se a ela 50 g de gelo a 0 °C. Su- 5. Em um calorímetro ideal, dotado de um ter-
pondo que a troca de calor ocorra apenas en- mômetro, colocam-se 0,5 kg de água, inicial-
tre o gelo e a substância, determine a massa mente a 28 °C, e uma certa massa de gelo,
de água, fase líquida, em equilíbrio térmico. inicialmente a 0 °C.
Dados: O gráfico a seguir ilustra a temperatura da
Calor latente de fusão do gelo: L = 80 cal/g água em função do tempo.
Calor específico da água: c = 1,0 cal/(g·°C)
T (°C)
3. Em um acampamento, um grupo de estudantes
coloca 0,50 L de água, à temperatura ambien-
te de 20 °C, para ferver, em um lugar onde a
pressão atmosférica é normal. Depois de 5,0
min, observam que a água começa a ferver, 10
mas distraem-se, e só tiram a panela do fo-
gão depois de mais 10 min, durante os quais t

253
Calcule: 8. Um funcionário de uma lanchonete
a) o calor (medido em calorias) cedido pela precisa aquecer 1,0 litro de água que,
água ao gelo. inicialmente, está à temperatura ambiente
b) a massa de gelo inicialmente presente no ca- T0 = 25 °C. Para isso, ele utiliza o ebulidor
lorímetro. de água, mostrado na figura abaixo, que
Dados: possui uma resistência R = 12,1 V e é feito
calor específico da água, ca = 1,0 cal/g°C para funcionar com a diferença de potencial
calor latente de fusão do gelo, L = 80 cal/g U2 ​​ .
U = 110 volts. Adote P = ​​ ___
R
6. Um bloco de gelo com 5 kg de massa encon-
tra-se a –20 °C.
Dados:
calor específico:
gelo – cg = 0,50 cal g–1 (°C)–1
chumbo – cc = 0,031 cal g–1 (°C)–1
calor latente de fusão:
gelo – Lg = 80 cal g–1
chumbo – Lc = 5,9 cal g–1
temperatura de fusão:
gelo – Tg = 0 °C
Ele mergulha o ebulidor dentro da água,
chumbo – Tc = 327,3 °C
liga-o e sai para atender um cliente.
a) Calcule a quantidade de calor necessário para
a) Calcule o tempo para a água atingir a
derreter completamente o bloco de gelo.
temperatura T0 = 100 °C.
b) Com o calor necessário para derreter o bloco
b) Calcule o tempo para a água evaporar
de gelo calculado no item acima, qual seria
completamente.
a massa de um bloco de chumbo que poderia
c) Esboce o gráfico da temperatura em função
ser derretido, se esse bloco de chumbo esti- do tempo para o processo de aquecimento e
vesse, inicialmente, também a –20 °C? vaporização da água.
c) A que grandeza(s) física(s) você atribui essa
diferença na massa que você calculou no
9. Um forno solar simples foi construído com
item b)? uma caixa de isopor, forrada internamente
com papel alumínio e fechada com uma
7. O gráfico representa o processo de aqueci- tampa de vidro de 40 cm × 50 cm. Dentro
mento e mudança de fase de um corpo ini- desse forno, foi colocada uma pequena
cialmente na fase sólida, de massa igual a panela contendo 1 xícara de arroz e 300 ml
100 g. de água à temperatura ambiente de 25
°C. Suponha que os raios solares incidam
perpendicularmente à tampa de vidro e que
toda a energia incidente na tampa do forno
a atravesse e seja absorvida pela água. Para
essas condições, calcule:
a) a potência solar total P absorvida pela água.
b) a energia E necessária para aquecer o
conteúdo da panela até 100 °C.
c) o tempo total t necessário para aquecer o
conteúdo da panela até 100 °C e evaporar 1/3
da água nessa temperatura (cozer o arroz).
NOTE E ADOTE
Sendo Q a quantidade de calor absorvida Potência solar incidente na superfície da
pelo corpo, em calorias, e T a temperatura do Terra: 1 kW/m2
corpo, em graus Celsius, determine: Densidade da água: 1 g/cm3
a) o calor específico do corpo, em cal/(g°C), na Calor específico da água: 4 J/(g °C)
fase sólida e na fase líquida. Calor latente de evaporação da água: 2200 J/g
b) a temperatura de fusão, em °C, e o calor la- Desconsidere as capacidades caloríficas do
tente de fusão, em calorias, do corpo. arroz e da panela.

254
10. Determinada substância pura encontra- d) um líquido pode ser superaquecido acima de
se inicialmente, quando t = 0 s, no estado sua temperatura de ebulição normal, mas de
sólido, a 20 °C, e recebe calor a uma taxa forma nenhuma nesse líquido haverá forma-
constante. O gráfico representa apenas parte ção de bolhas.
da curva de aquecimento dessa substância, e) a água em uma panela pode atingir a tem-
pois, devido a um defeito de impressão, ele peratura de ebulição em alguns minutos, e é
foi interrompido no instante 40 s, durante a
necessário muito menos tempo para fazer a
fusão da substância, e voltou a ser desenhado
água vaporizar completamente.
a partir de certo instante posterior ao término
da fusão, quando a substância encontrava-se
totalmente no estado líquido. 2. (Enem) A água apresenta propriedades
físico-químicas que a coloca em posição de
destaque como substância essencial à vida.
Dentre essas, destacam-se as propriedades
térmicas biologicamente muito importantes,
por exemplo, o elevado valor de calor latente
de vaporização. Esse calor latente refere-se à
quantidade de calor que deve ser adicionada
a um líquido em seu ponto de ebulição, por
unidade de massa, para convertê-lo em va-
Sabendo-se que a massa da substância é de por na mesma temperatura, que, no caso da
100 g e que seu calor específico na fase sóli- água, é igual a 540 calorias por grama.
da é igual a 0,03 cal/(g·°C), calcule a quan- A propriedade físico-química mencionada
tidade de calor necessária para aquecê-la no texto confere à água a capacidade de:
desde 20 °C até a temperatura em que se a) servir como doador de elétrons no processo
inicia sua fusão, e determine o instante em de fotossíntese.
que se encerra a fusão da substância. b) funcionar como regulador térmico para os
organismos vivos.

E.O. Enem c) agir como solvente universal nos tecidos


animais e vegetais.
d) transportar os íons de ferro e magnésio nos
1. (Enem) A Constelação Vulpécula (Raposa)
tecidos vegetais.
encontra-se a 63 anos-luz da Terra, fora
e) funcionar como mantenedora do metabolis-
do sistema solar. Ali, o planeta gigante HD
189733b, 15% maior que Júpiter, concentra mo nos organismos vivos.
vapor de água na atmosfera. A temperatura
do vapor atinge 900 graus Celsius. “A água 3. (Enem) A Terra é cercada pelo vácuo espa-
sempre está lá, de alguma forma, mas às ve- cial e, assim, ela só perde energia ao irradiá-
zes é possível que seja escondida por outros -la para o espaço. O aquecimento global que
tipos de nuvens”, afirmaram os astrônomos se verifica hoje decorre de pequeno desequi-
do Spitzer Science Center (SSC), com sede em
líbrio energético, de cerca de 0,3%, entre a
Pasadena, Califórnia, responsável pela desco-
energia que a Terra recebe do Sol e a energia
berta. A água foi detectada pelo espectrógra-
fo infravermelho, um aparelho do telescópio irradiada a cada segundo, algo em torno de
espacial Spitzer. 1 W/m2. Isso significa que a Terra acumula,
Correio Braziliense, 11 dez. 2008 (adaptado). anualmente, cerca de 1,6 · 1022 J. Considere
De acordo com o texto, o planeta concentra que a energia necessária para transformar 1
vapor de água em sua atmosfera a 900 graus kg de gelo a 0 °C em água líquida seja igual a
Celsius. Sobre a vaporização, infere-se que: 3,2 · 105 J. Se toda a energia acumulada anual-
a) se há vapor de água no planeta, é certo que mente fosse usada para derreter o gelo nos polos
existe água no estado líquido também. (a 0 °C), a quantidade de gelo derretida anu-
b) a temperatura de ebulição da água indepen- almente, em trilhões de toneladas, estaria
de da pressão, em um local elevado ou ao entre:
nível do mar, ela ferve sempre a 100 graus
a) 20 e 40.
Celsius.
c) o calor de vaporização da água é o calor ne- b) 40 e 60.
cessário para fazer 1 kg de água líquida se c) 60 e 80.
transformar em 1 kg de vapor de água a 100 d) 80 e 100.
graus Celsius. e) 100 e 120.

255
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES 5. (Enem) Se, por economia, abaixarmos o fogo
sob uma panela de pressão logo que se inicia
A panela de pressão permite que os alimen-
a saída de vapor pela válvula, de forma sim-
tos sejam cozidos em água muito mais rapi-
plesmente a manter a fervura, o tempo de
damente do que em panelas convencionais.
cozimento:
Sua tampa possui uma borracha de vedação
a) será maior porque a panela “esfria”.
que não deixa o vapor escapar, a não ser atra-
vés de um orifício central sobre o qual assen- b) será menor, pois diminui a perda de água.
ta um peso que controla a pressão. Quando c) será maior, pois a pressão diminui.
em uso, desenvolve-se uma pressão elevada d) será maior, pois a evaporação diminui.
no seu interior. Para a sua operação segura, e) não será alterado, pois a temperatura não
é necessário observar a limpeza do orifício varia.
central e a existência de uma válvula de se-
gurança, normalmente situada na tampa. O
esquema da panela de pressão e um diagrama E.O. UERJ
de fase da água são apresentados a seguir.
Exame de Qualificação
1. (UERJ 2017) O gráfico abaixo indica o com-
portamento térmico de 10 g de uma substân-
cia que, ao receber calor de uma fonte, passa
integralmente da fase sólida para a fase líquida.

O calor latente de fusão dessa substância,


em cal/g, é igual a:
a) 70.
b) 80.
c) 90.
d) 100.

2. (UERJ) O calor específico da água é da ordem


de 1,0 cal·g-1 · °C-1 e seu calor latente de
fusão é igual a 80 cal·g-1.
Para transformar 200 g de gelo a 0 °C em
água a 30 °C, a quantidade de energia neces-
4. (Enem) A vantagem do uso de panela de sária, em quilocalorias, equivale a:
pressão é a rapidez para o cozimento de ali- a) 8
mentos e isto se deve: b) 11
a) à pressão no seu interior, que é igual à pres- c) 22
são externa. d) 28
b) à temperatura de seu interior, que está aci-
ma da temperatura de ebulição da água no 3. (UERJ) Para resfriar uma jarra de água a 22 °C,
local. acrescenta-se 50 g de gelo a 0 °C. O equilí-
c) à quantidade de calor adicional que é trans- brio térmico estabelece-se a 20 °C.
ferida à panela. A massa total da mistura, em quilogramas,
d) à quantidade de vapor que esta sendo libera- equivale, aproximadamente, a:
da pela válvula. a) 1,4.
e) à espessura da sua parede, que é maior que b) 2,1.
a das panelas comuns. c) 2,6.
d) 3,2.

256
4. (UERJ) Quatro esferas metálicas e maciças, 6. (UERJ 2018) Observe no diagrama as etapas
E1, E2, E3 e E4, todas com a mesma massa, são de variação da temperatura e de mudanças
colocadas simultaneamente no interior de de estado físico de uma esfera sólida, em
um recipiente contendo água em ebulição. função do calor por ela recebido. Admita que
a esfera é constituída por um metal puro.
A tabela a seguir indica o calor específico e a
massa específica do metal que constitui cada
esfera.

Metal
Esfera calor especí- massa especí-
tipo
fico (cal/gºC) fica (g/cm3)
E1 alumínio 0,215 2,7
E2 ferro 0,113 7,8
E3 níquel 0,056 10,5
E4 cobre 0,093 8,9

Atingido o equilíbrio térmico, essas esferas


são retiradas da água e colocadas imediata- Durante a etapa D, ocorre a seguinte mudan-
ça de estado físico:
mente na superfície de um grande bloco de
a) fusão
gelo que se encontra na temperatura de fusão. b) sublimação
A esfera que fundiu a maior quantidade de c) condensação
gelo e a esfera que produziu a cavidade de d) vaporização
menor diâmetro no bloco de gelo são, res-
pectivamente: 7. (Unesp 2018) O gráfico mostra o fluxo tér-
a) E3; E4. mico do ser humano em função da tempera-
tura ambiente em um experimento no qual o
b) E2; E4.
metabolismo basal foi mantido constante. A
c) E1; E3.
linha azul representa o calor trocado com o
d) E1; E2. meio por evaporação (E) e a linha vermelha,
o calor trocado com o meio por radiação e
5. (UERJ) Um técnico, utilizando uma fonte convecção (RC).
térmica de potência eficaz igual a 100 W,
realiza uma experiência para determinar a
quantidade de energia necessária para fun-
dir completamente 100 g de chumbo, a par-
tir da temperatura de 27 °C.
Ele anota os dados da variação da tempera-
tura em função do tempo, ao longo da expe-
riência, e constrói o gráfico a seguir.
θ (°C)

327

27
0 T 64 t(s)
Sabendo que os valores positivos indicam
Se o chumbo tem calor específico igual a calor recebido pelo corpo e os valores ne-
0,13 J/g°C e calor latente de fusão igual a gativos indicam o calor perdido pelo corpo,
conclui-se que:
25 J/g, então o instante T do gráfico, em se-
a) em temperaturas entre 30 ºC e 40 ºC o corpo
gundos, e a energia total consumida, em jou-
recebe mais calor do ambiente do que perde.
les, correspondem respectivamente, a: b) à temperatura de 20 ºC a perda de calor por
a) 25 e 2500 evaporação é maior que por radiação e con-
b) 39 e 3900 vecção.
c) 25 e 5200 c) a maior perda de calor ocorre à temperatura
d) 39 e 6400 de 32 ºC.

257
d) perda de calor por evaporação se aproxima b) a altura que ele precisaria escalar, sem trans-
de zero para temperaturas inferiores a 20 ºC. pirar, para consumir as 500 kcal adquiridas
e) à temperatura de 36 ºC não há fluxo de calor com a ingestão do pedaço de bolo.
entre o corpo e o meio. Dados: 1 cal = 4,2 J e o calor de evaporação
do suor é 580 kcal/kg

E.O. UERJ E.O. Objetivas


Exame Discursivo (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (UERJ) Algumas máquinas do navio ope-
ram utilizando vapor d'água a temperatura 1. (Fuvest) Um pedaço de gelo de 150 g à tem-
de 300 °C. Esse vapor é produzido por uma peratura de - 20 °C é colocado dentro de uma
caldeira alimentada com óleo combustível, garrafa térmica contendo 400 g de água à
que recebe água a temperatura de 25 °C. O temperatura de 22 °C.
gráfico a seguir mostra o comportamento do São dados:
calor específico c do vapor d'água em função Calor específico do gelo = 0,50 cal/g.°C
da temperatura θ. Calor específico da água = 1,0 cal/g.°C
Calor de fusão do gelo = 80 cal/g
c (cal/g°C) Considerando a garrafa térmica como um
sistema perfeitamente isolado e com capaci-
0,75 dade térmica desprezível, pode-se dizer que
ao atingir o equilíbrio térmico o sistema no
0,45 interior da garrafa apresenta-se como:
a) um líquido a 10,5 °C.
b) um líquido a 15,4 °C.
c) uma mistura de sólido e líquido a 0 °C.
d) um líquido a 0 °C.
100 300 θ (°C)
e) um sólido a 0 °C.
a) Considerando as condições descritas, calcule
a quantidade de calor necessária para trans-
formar 1,0 ∙ 105 g de água a 25 °C em vapor
a 300 °C. 2. (Fuvest) Enche-se uma seringa com pequena
b) Admita que: quantidade de água destilada a uma tempe-
§§ a queima de 1 grama do óleo utilizado ratura um pouco abaixo da temperatura de
libera 10000 cal; ebulição. Fechando o bico, como mostra a
§§ a caldeira, em 1 hora, queima 4320 g de figura A a seguir, e puxando rapidamente o
óleo e seu rendimento é de 70%. êmbolo, verifica-se que a água entra em ebu-
Determine a potência útil dessa caldeira. lição durante alguns instantes (veja figura
B). Podemos explicar este fenômeno consi-
2. (UERJ) O supermercado necessita diaria- derando que:
mente de gelo em escamas. A potência P dis-
sipada pela máquina empregada para fabri-
cá-lo é de 360 cal/s.
Sabendo que a temperatura da água ao en-
trar na máquina é de 20 °C, determine:
a) o calor liberado por 150 kg de água ao ser a) na água há sempre ar dissolvido e a ebulição
transformada integralmente em gelo a –3°C; nada mais é do que a transformação do ar
b) a energia dissipada pela máquina, em joules, dissolvido em vapor.
em 5 h de funcionamento. b) com a diminuição da pressão a temperatu-
ra de ebulição da água fica menor do que a
temperatura da água na seringa.
3. (UERJ) Um alpinista, num determinado
c) com a diminuição da pressão há um aumen-
ponto de sua escalada, ingere um pedaço de to da temperatura da água na seringa.
bolo de 500 kcal. d) o trabalho realizado com o movimento rápi-
Calcule: do do êmbolo se transforma em calor que faz
a) a quantidade de calor perdida pelo alpinis- a água ferver.
ta decorrente da evaporação de 0,5 litro de e) calor específico da água diminui com a dimi-
água de seu suor; nuição da pressão.

258
3. (Fuvest) Coloca-se 900 g de gelo a 0 °C, no interior de um forno de micro-ondas de 1200 W para
ser transformado em água também a 0 °C. Admitindo-se que toda a energia fornecida pelo forno
será absorvida pelo gelo, devemos programá-lo para funcionar durante:
a) 3 min
b) 4 min
c) 6 min
d) 12 min
e) 0,5 min

4. (Unesp) Aquece-se certa quantidade de água. A temperatura em que irá ferver depende da:
a) temperatura inicial da água.
b) massa da água.
c) pressão ambiente.
d) rapidez com que o calor é fornecido.
e) quantidade total do calor fornecido.

5. (Unesp) Num mesmo local e ocasião, massas diferentes de água pura são aquecidas lado a lado, em dois
recipientes abertos, desde a temperatura ambiente até começarem a ferver.
Assinale a alternativa correta em relação aos valores, para os dois recipientes, da(s):
§§ quantidade de calor recebida pelas massas de água desde o início do aquecimento até começa-
rem a ferver (despreze quaisquer tipos de perda);
§§ temperaturas finais atingidas pelas massas de água e
§§ densidades (ou massas específicas) das massas de água.

As Quantidades de As temperaturas As densidades (ou


calor recebidas são: finas atingidas são: massas específicas) são:
a) iguais iguais iguais
b) diferentes diferentes diferentes
c) iguais diferentes diferentes
d) diferentes iguais diferentes
e) diferentes iguais iguais

6. (Fuvest) A energia necessária para fundir sua temperatura se eleve de 1 grau Celsius.
um grama de gelo a 0 °C é oitenta vezes III. Se não ocorrer mudança de estado, a
maior que a energia necessária para elevar transferência de 1 joule de energia tér-
de 1 °C a temperatura de um grama de água.
mica para 3 gramas dessa substância pro-
Coloca-se um bloco de gelo a 0 °C dentro de
um recipiente termicamente isolante forne- voca elevação de 1 grau Celsius na sua
cendo-se, a seguir, calor a uma taxa constan- temperatura.
te. Transcorrido um certo intervalo de tempo Dentre as explicações apresentadas,
observa-se o término da fusão completa do a) apenas I está correta.
bloco de gelo. Após um novo intervalo de b) apenas II está correta.
tempo, igual à METADE do anterior, a tempe- c) apenas III está correta.
ratura da água, em °C, será: d) apenas I e II estão corretas.
a) 20.
b) 40. e) apenas II e III estão corretas.
c) 50.
d) 80. 8. (Fuvest) Em um copo grande, termicamen-
e) 100.
te isolado, contendo água à temperatura
7. (Unesp) A respeito da informação ambiente (25°C), são colocados 2 cubos de
"O calor específico de uma substância pode gelo a 0°C. A temperatura da água passa a
ser considerado constante e vale 3 J/(g°C)". ser, aproximadamente, de 1°C. Nas mesmas
Três estudantes, I, II e III, forneceram as ex- condições se, em vez de 2, fossem colocados
plicações seguintes. 4 cubos de gelo iguais aos anteriores, ao ser
I. Se não ocorrer mudança de estado, a atingido o equilíbrio, haveria no copo:
transferência de 3 joules de energia para
a) apenas água acima de 0°C
1 grama dessa substância provoca eleva-
ção de 1 grau Celsius na sua temperatura. b) apenas água a 0°C
II. Qualquer massa em gramas de um corpo c) gelo a 0°C e água acima de 0°C
construído com essa substância necessita d) gelo e água a 0°C
de 3 joules de energia térmica para que e) apenas gelo a 0°C

259
9. (Unifesp) Sobrefusão é o fenômeno em que 3. durante a imersão do corpo, 5,0 g de água
um líquido permanece nesse estado a uma foram vaporizados. O calor latente de va-
temperatura inferior à de solidificação, para porização da água é 5,4.102 cal/g. Os va-
a correspondente pressão. Esse fenômeno pores saíam do calorímetro;
pode ocorrer quando um líquido cede calor 4. a temperatura final do calorímetro com o
lentamente, sem que sofra agitação. Agi- corpo foi de 40 °C;
tado, parte do líquido solidifica, liberando
5. toda a experiência foi executada à pres-
calor para o restante, até que o equilíbrio
são normal do nível do mar.
térmico seja atingido à temperatura de so-
lidificação para a respectiva pressão. Consi- Desprezada qualquer perda de calor, exceto
dere uma massa de 100 g de água em sobre- o transportado pelos vapores que saíram do
fusão a temperatura de -10°C e pressão de 1 calorímetro, calcule o calor específico do ma-
atm, o calor específico da água de 1 cal/g°C terial.
e o calor latente de solidificação da água de
-80 cal/g. A massa de água que sofrerá soli- 2. (Unicamp) Uma dada panela de pressão é
dificação se o líquido for agitado será: feita para cozinhar feijão à temperatura de
a) 8,7 g. 110 °C. A válvula da panela é constituída por
b) 10,0 g. um furo de área igual a 0,20 cm2, tampado
c) 12,5 g.
d) 50,0 g. por um peso que mantém uma sobrepressão
e) 60,3 g. dentro da panela. A pressão de vapor da água
(pressão em que a água ferve) como função
da temperatura é dada pela curva a seguir.
10. (Unesp) A figura mostra os gráficos das tem-
peraturas em função do tempo de aqueci- Adote g = 10 m/s2.
mento, em dois experimentos separados, de
dois sólidos, A e B, de massas iguais, que se 30,0
Presão de Vapor/ N/ cm­2

liquefazem durante o processo. A taxa com


que o calor é transferido no aquecimento é
constante e igual nos dois casos. 20,0
Temperatura
A B 10,0

0,0
90 110 130
Temperatura /°C
tempo
a) Tire do gráfico o valor da pressão atmosféri-
Se TA e TB forem as temperaturas de fusão e ca em N/cm2, sabendo que nesta pressão a
LA e LB os calores latentes de fusão de A e B, água ferve a 100 °C.
respectivamente, então: b) Tire do gráfico a pressão no interior da pane-
a) TA > TB e LA > LB.
la quando o feijão está cozinhando a 110 °C.
b) TA > TB e LA = LB.
c) TA > TB e LA < LB. c) Calcule o peso da válvula necessário para
d) TA < TB e LA > LB. equilibrar a diferença de pressão interna e
e) TA < TB e LA = LB. externa à panela.

3. (Unesp) Sob pressão constante, eleva-se a

E.O. Dissertativas temperatura de certa massa de gelo, inicial-


mente a 253 K, por meio de transferência de
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) calor a taxa constante, até que se obtenha
água a 293 K.

1. (Unesp) O calor específico de uma certa liga T (K)


metálica foi determinado da seguinte forma: 293
1. aqueceu-se um bloco de 200 g do mate-
rial até 400 °C;
2. o bloco foi mergulhado em um caloríme- 273
tro contendo água a 25 °C. A água no ca-
lorímetro mais o equivalente em água do
mesmo, perfaziam um total de 1,00.103 g
253 gelo gelo e água água
de água. Considere o calor específico da t(103s)
água como 1,0 cal/g°C; 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

260
A partir do gráfico responda:
a) Qual é o maior calor específico? É o do gelo ou da água? Justifique.
b) Por que a temperatura permanece constante em 273 K, durante parte do tempo?
(Descarte a hipótese de perda de calor para o ambiente).

4. (Unesp) A taxa de produção de calor no corpo humano, devido ao metabolismo, varia com a ati-
vidade e com a temperatura ambiente. Apesar disso, a temperatura corporal deve ser mantida em
torno de 37 °C. Quando a temperatura do corpo ultrapassa esse valor e o ambiente também está a
essa temperatura, ou maior, o resfriamento se dá pela evaporação da água do suor. O resfriamento
ocorre porque cada grama de água necessita de cerca de 2400 J de calor para se evaporar, que é
aproximadamente, o calor latente de vaporização da água nessa temperatura.
Suponha que a taxa de produção de calor do corpo de uma pessoa, executando uma atividade normal,
durante um dia de verão em que a temperatura está em 37 °C, é de 1200 kJ/h.
a) Quanto calor produzirá em três horas?
b) Quanta água deverá beber, para repor as perdas devidas à evaporação durante esse período?

5. (Unicamp) Em um dia quente, um atleta corre dissipando 750 W durante 30 min. Suponha que ele
só transfira esta energia para o meio externo através da evaporação do suor e que todo o seu suor
seja aproveitado para sua refrigeração. Adote L = 2 500 J/g para o calor latente de evaporação da
água na temperatura ambiente.
a) Qual é a taxa de perda de água do atleta em kg/min?
b) Quantos litros de água ele perde em 30 min de corrida?

6. (Unicamp) O ar é capaz de reter uma certa concentração de vapor de água até atingir uma densi-
dade de saturação. Quando a concentração de vapor de água atinge essa densidade de saturação
ocorre uma condensação, ou seja, a água muda do estado gasoso (vapor) para o estado líquido. Esta
densidade de saturação depende da temperatura como mostra a tabela a seguir. A 'umidade relati-
va' (em %) é definida como 'a razão entre a densidade de vapor de água existente no ambiente e
a densidade de saturação'.

Temperatura 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
densidade de saturação (g/m3) 11 12 14 16 18 20 22 24 26 28 31 34 36 41
a) Em um certo dia frio (12 °C) a umidade relativa é de 75%. Qual será a densidade relativa dentro de um
quarto aquecido a 24 °C.
b) Em um certo dia quente (34 °C) a umidade relativa é de 50%. Abaixo de qual temperatura um copo de
cerveja gelada passa a condensar o vapor de água (ficar "suado")?

7. (Unicamp) No Rio de Janeiro (ao nível do mar), uma certa quantidade de feijão demora 40 minu-
tos em água fervente para ficar pronta. A tabela adiante fornece o valor da temperatura da fervura
da água em função da pressão atmosférica, enquanto a gráfico fornece o tempo de cozimento dessa
quantidade de feijão em função da temperatura. A pressão atmosférica ao nível do mar vale 760
mm de mercúrio e ela diminui 10 mm de mercúrio para cada 100 m de altitude.
Temperatura de fervura da água em função da pressão

Pressão em mm de Hg 600 640 680 720 760 800 840 880 920 960 1000 1040
Temperatura em ºC 94 95 97 98 100 102 103 105 106 108 109 110
Tempo de cozimento versus temperatura
160
140
Tempo de cozimento (min)

120

100

80
60
40

20
0
90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112
Temperatura (°C)

261
a) Se o feijão fosse colocado em uma panela de 10. (Unesp) O gálio é um metal cujo ponto de
pressão a 880 mm de mercúrio, em quanto fusão é 30°C, à pressão normal; por isso,
tempo ele ficaria pronto? ele pode liquefazer-se inteiramente quando
b) Em uma panela aberta, em quanto tempo o colocado na palma da mão de uma pessoa.
feijão ficará pronto na cidade de Gramado
Sabe-se que o calor específico e o calor la-
(RS) na altitude de 800 m?
c) Em que altitude o tempo de cozimento do tente de fusão do gálio são, respectivamen-
feijão (em uma panela aberta) será o dobro te, 410J/(kg.°C) e 80000J/kg.
do tempo de cozimento ao nível do mar? a) Qual a quantidade de calor que um fragmen-
to de gálio de massa 25g, inicialmente a
8. (Fuvest) Quando água pura é cuidadosamen- 10°C, absorve para fundir-se integralmente
te resfriada, nas condições normais de pres- quando colocado na mão de uma pessoa?
são, pode permanecer no estado líquido até
b) Construa o gráfico t(°C) × Q(J) que represen-
temperaturas inferiores a 0°C, num estado
ta esse processo, supondo que ele comece a
instável de "superfusão". Se o sistema é per-
10°C e termine quando o fragmento de gálio
turbado, por exemplo, por vibração, parte da
se funde integralmente.
água se transforma em gelo e o sistema se
aquece até se estabilizar em 0°C. O calor la-
tente de fusão da água é L = 80 cal/g. 11. (Unesp 2017) Um bloco de gelo de mas-
Considerando-se um recipiente termicamen- sa 200 g, inicialmente à temperatura de
te isolado e de capacidade térmica despre- –10 ºC, foi mergulhado em um recipiente
zível, contendo um litro de água a -5,6°C, à de capacidade térmica 200 cal/ºC contendo
pressão normal, determine: água líquida a 24 ºC. Após determinado in-
a) A quantidade, em g, de gelo formada, quan- tervalo de tempo, esse sistema entrou em
do o sistema é perturbado e atinge uma si- equilíbrio térmico à temperatura de 4 ºC.
tuação de equilíbrio a 0°C. O gráfico mostra como variou a temperatura
b) A temperatura final de equilíbrio do siste-
apenas do gelo, desde sua imersão no reci-
ma e a quantidade de gelo existente (con-
siderando-se o sistema inicial no estado de piente até ser atingido o equilíbrio térmico.
"superfusão" a -5,6°C), ao colocar-se, no re-
cipiente, um bloco metálico de capacidade
térmica C = 400cal/°C, na temperatura de
91°C.

9. (Unesp) Uma estudante põe 1,0 L de água


num recipiente graduado, a temperatura am-
biente de 20°C, e o coloca para ferver num
fogão de potência constante. Quando retira o
recipiente do fogão, a água para de ferver e
a estudante nota que restaram 0,80L de água
no recipiente.
Despreze o calor absorvido pelo recipiente, a
sua dilatação e a dilatação da água. calor específico da água líquida 1 cal/g.ºC
a) Faça o esboço do gráfico t(°C) × Q(J) que re-
presenta esse aquecimento, onde t(°C) é a calor específico do gelo 0,5 cal/g.ºC
temperatura da água contida no recipiente e calor latente de fusão do gelo 80 cal/g
Q(J) é a quantidade de calor absorvida pela
água. Coloque, pelo menos, os pontos corres- Considerando as informações contidas no
pondentes à temperatura inicial, à tempera- gráfico e na tabela, que o experimento foi re-
tura e quantidade de calor absorvida no início alizado ao nível do mar e desprezando as per-
da ebulição e à temperatura e quantidade de das de calor para o ambiente, calcule a quan-
calor quando a água é retirada do fogo.
tidade de calor absorvido pelo bloco de gelo,
b) Suponha que toda a água que falta tenha
sido vaporizada. Qual a energia desperdiçada em calorias, desde que foi imerso na água até
nesse processo? Justifique. ser atingido o equilíbrio térmico, e calcule a
São dados: massa de água líquida contida no recipiente,
Calor específico da água = 4200 J/(kg.°C). em gramas, antes da imersão do bloco gelo.
Calor latente de vaporização da água: Lv =
2300000J/kg.
Densidade (massa específica) da
água=1000kg/m3.
1m3 = 1000 L.
Temperatura de ebulição da água na região
= 100°C.

262
Gabarito E.O. Enem
1. C 2. B 3. B 4. B 5. E

E.O. Aprendizagem E.O. UERJ


1. C 2. D 3. B 4. D 5. B
Exame de Qualificação
6. D 7. A 8. E 9. B 10. A 1. A 2. C 3. C 4. C 5. D

6. D 7. D
E.O. Fixação
1. A 2. E 3. B 4. D 5. D
E.O. UERJ
6. B 7. C 8. A 9. B 10. C
Exame Discursivo
1.
E.O. Complementar a) Q = 7,4 · 107 cal.
b) P = 8,4 · 103 cal/s.
1. A 2. C 3. C 4. C 5. B 2.
a) 15.225 kcal.
b) 2,6 × 107 J.
E.O. Dissertativo 3.
1. a) 290 kcal.
b) 2625 m.
a) Q = 37500 cal.
b) M = 300 g.
2. E.O. Objetivas
a) L = 4 cal/g; c = 0,1 cal/gºC. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
b) m' = 12,5 g. 1. C 2. B 3. B 4. C 5. E
3.
V = 3,5 · 10 L; P = 5,6 · 10 W.
-1 2
6. B 7. A 8. D 9. C 10. C
4.
a) V = 50 mℓ.
b) e = 2,4 mm. E.O. Dissertativas
5.
a) Qc = 9,0 · 103 cal. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. 0,25 cal/g°C.
b) Mg = 100 g.
2.
6. a) 10 N/cm2.
a) Q = 450000 cal. b) 15 N/cm2.
b) m > 27 kg. c) 1,0 N.
c) O calor específico e o calor latente. 3.
a) Da água, pois a variação de temperatura
7. é inversamente proporcional ao calor es-
a) clíq = 0,2 cal/g°C; csol = 0,1 cal/gºC. pecífico sensível.
b) Lfusão = 4 cal/g; tfusão = 40 ºC. b) Ocorre mudança de estado no intervalo de
2 s a 5 s, logo a temperatura é constante.
8.
4.
a) Dt = 315 s.
a) 3,6 · 103 kJ.
b) O tempo total é: Dt = 2583 s. b) 1,5 kg.
c) 5.
a) 0,018 kg/min.
b) 0,54 L.
6.
a) 37,5%.
b) 18 °C.
7.
a) 20 min.
9. b) 60 min.
a) P = 200 W. c) 1,20 · 103 m.
b) E = 9 · 104 J. 8.
c) t = 1550 s. a) m = 70 g.
10. t = 118 s. b) 22°C; massa de gelo nula.

263
9.
a) Observe o gráfico a seguir:
t(°C)
100

20

0 336 796 Q(kJ)

b) Admitindo-se que a "energia desperdiça-


da citada no enunciado seja o calor forne-
cido ao sistema para vaporizar 0,20 L de
água, o cálculo da quantidade de calor é:
m · Lv = 0,20 · 2300000 = 460000
Q = 460 kJ.
10.
a) Q = 2205 J.
b) Observe o gráfico a seguir:
t(°C)

Sólido - líquido
30
Sólido (Fusão)

10
0 Q(J)
205 2205
11. M = 890 g; Qg= 17800 cal

264
© vuttichai chaiya/Shutterstock

Aulas 7e8

Transmissão de calor
Competências 1 e 6
Habilidades 3 e 21
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
Vimos anteriormente que a energia térmica flui espontaneamente das regiões de maior temperatura para as regi-
ões de menor temperatura. Agora, vamos estudar como são as formas de propagação de calor.

Condução térmica
Experimente fazer brigadeiro utilizando uma colher completamente de inox (sem a proteção de madeira ou de
plástico). Com o tempo, não será possível segurar a colher devido à temperatura alta que terá atingido. O calor é
transferido para a colher pela extremidade em contato com o brigadeiro e é transferido para toda a colher. Isso
ocorre porque as moléculas do brigadeiro, aquecidas, colidem com as moléculas da extremidade da colher que
estão em contato com o brigadeiro.
A agitação das moléculas da extremidade é “transmitida” às moléculas vizinhas através da interação (força)
que existe entre elas e através das múltiplas colisões que ocorrem entre os elétrons ligados “mais fracamente” aos
átomos.

Por esse motivo, os materiais que apre-


sentam elétrons externos (da última camada)
ligados mais fracamente aos átomos, são melho-
res condutores de calor: é o caso dos metais.
A madeira é um bom isolante térmico (ou
um péssimo condutor). Por isso, é utilizada para re-
vestir os cabos dos talheres e panelas. É interessan-
te notar que a madeira é um mau condutor mesmo
quando está em alta temperatura (cor avermelha-
da). Devido a isso, é comum ver shows de pessoas
que caminham descalças sobre brasa sem queimar
os pés.

267
Embora a temperatura da madeira seja suficientemente alta, o pouco tempo de contato faz com que haja
pouco calor transferido da madeira para o pé, sendo insuficiente para queimá-lo.

Outro exemplo de mau condutor é o gelo. Os esquimós constroem suas casas de gelo, os iglus, por esse
motivo. O gelo, por ser mau condutor, permite pouco a transferência de calor de seu interior para o exterior do
iglu, mesmo estando à temperaturas baixas. Assim, o calor irradiado por uma fogueira ou pelas reações do corpo
humano terá um maior intervalo de tempo para a sua absorção, evidenciando uma temperatura mais agradável do
que a temperatura externa.
A maior parte dos líquidos e dos gases são maus condutores de calor. O ar, sendo um péssimo condutor de
calor, faz com que os materiais porosos também sejam maus condutores de calor. Esse é o caso dos cobertores de
lã (a lã possui uma camada de ar entre os pelos) e do isopor.

Teoria na prática
1. (Cefet) Estudantes de uma escola participaram de uma gincana e uma das tarefas consistia em resfriar garrafas
de refrigerante. O grupo vencedor foi o que conseguiu a temperatura mais baixa. Para tal objetivo, as equipes
receberam caixas idênticas de isopor sem tampa e iguais quantidades de jornal, gelo em cubos e garrafas de
refrigerante. Baseando-se nas formas de transferência de calor, indique a montagem que venceu a tarefa.

a)

b)

c)

d)

e)

268
Resolução:

O jornal (papel) é um mau condutor térmico, ou seja, um bom isolante térmico. Diante disto, para evitar a
troca de calor entre o ambiente externo e o sistema proposto, o ideal é montar o sistema com o jornal no
topo, funcionando como uma tampa.
Como o ar frio é mais denso do que o ar quente e, consequentemente, ficará concentrado no fundo do
isopor, o gelo deve ficar por cima do refrigerante.

Alternativa E

2. (Puc) Ainda nos dias atuais, povos que vivem no deserto usam roupas de lã branca como parte de seu ves-
tuário para se protegerem do intenso calor, já que a temperatura ambiente pode chegar a 50 ºC durante o
dia. Para nós, brasileiros, que utilizamos a lã principalmente no inverno, a atitude dos povos do deserto pode
parecer estranha ou equivocada, contudo ela pode ser explicada pelo fato de que:
a) a lã é um excelente isolante térmico, impedindo que o calor externo chegue aos corpos das pessoas e a
cor branca absorve toda a luz evitando que ela aqueça ainda mais as pessoas.
b) a lã é naturalmente quente e, num ambiente a 50 ºC, ela contribui para resfriar um pouco os corpos das
pessoas.
c) a lã é um excelente isolante térmico, impedindo que o calor externo chegue aos corpos das pessoas e a
cor branca reflete toda a luz, diminuindo assim o aquecimento da própria lã.
d) a lã é naturalmente quente, e o branco é uma “cor fria.” Esses fatos combinados contribuem para o
resfriamento dos corpos daquelas pessoas.

Resolução:

Nós, brasileiros, usamos lã, que é um isolante térmico, para impedir que o calor se propague do nosso corpo
(mais quente) para o meio ambiente (mais frio). No caso dos povos do deserto, eles usam lã para impedir
a passagem do calor do meio ambiente (mais quente) para os próprios corpos (mais frios). A cor branca
apresenta maior índice de refletividade de luz, diminuindo a absorção e, consequentemente, o aquecimento
do tecido.

Alternativa C

Fluxo de calor na condução térmica (lei de Fourier)

Q
f = ___
​    ​ 
Dt

269
O fluxo de calor (f) que atravessa a barra é diretamente proporcional à diferença de temperatura entre os
extremos (θ1 – θ2), à área de secção reta (A) e inversamente proporcional ao comprimento (L).

A ∙ (θ1 – θ2)
f = k · _________
​​   ​​    
L

A constante k é a constante de condutividade térmica, medida em cal · s–1 · m–1 °C–1, e depende do material.
Observação: Para uma parede, a lei é igualmente válida. Sendo e a espessura da parede e A a área da
secção transversal da parede, o fluxo de calor através da parede é:

k · A ∙ (θ1 – θ2)
f = ____________
  
​​   ​​ 
L

Teoria na prática
1. (Ifsc) A lei de Fourier, ou lei da condução térmica, serve para analisar e quantificar o fluxo de calor através
de um sólido. Ele relaciona esse fluxo de calor com o material, com a geometria do corpo em questão e à
diferença de temperatura na qual está submetido.
Para aumentar o fluxo de calor de um corpo, sem alterar o material e a diferença de temperatura, deve-se:
a) manter a área da secção transversal e aumentar a espessura (comprimento) do corpo.
b) aumentar a área da secção transversal e a espessura (comprimento) do corpo.
c) diminuir a área da secção transversal e a espessura (comprimento) do corpo.
d) diminuir a área da secção transversal e aumentar a espessura (comprimento) do corpo.
e) aumentar a área da secção transversal e diminuir a espessura (comprimento) do corpo.

Resolução:

De acordo com a lei de Fourier, o fluxo de calor (f) através de um sólido de comprimento L, de secção trans-
versal A, sendo ∆θ a diferença de temperatura entre suas extremidades, é dado pela expressão:

k · A ·  ∆θ 
f = ​ ​________ ​​

L
Assim, para aumentar o fluxo, podemos aumentar a área da secção transversal, aumentar a diferença de
temperatura ou diminuir o comprimento.

Alternativa E

270
Convecção
Convecção é o processo de transferência de calor por meio do deslocamento de matéria do fluido de um local para outro.
Essa movimentação da matéria é causada pela diferença de densidade criada pelo desequilíbrio térmico do
sistema.
Em geral, as partes em maior temperatura são menos densas e tendem a subir, enquanto as partes em
menor temperatura são mais densas e tendem a descer.
Por causa desse comportamento da convecção, os processos de aquecimento por condução devem ser feitos
de baixo para cima. É por isso que as panelas são colocadas sobre o fogo e não abaixo dele.

No mesmo sentido, se o objetivo for resfriar através do processo de convecção, o processo deve ser feito de
cima para baixo, como é o caso da geladeira. O congelador situa-se na parte superior para receber o calor oriundo
dos alimentos através da convecção. O ar em baixa temperatura, depois de resfriado pelo congelador, fica mais
denso e desce para trocar calor com os alimentos. A geladeira é feita de prateleiras vazadas (grandes) para não
impedir que a convecção ocorra e por isso não devem ser recobertas com panos ou plásticos.
Outra aplicação são os aquecedores, que ficam na parte inferior de um ambiente. Devido à convecção o ar
quente tende a ocupar regiões mais altas. Sendo assim, o aquecedor aquece uma camada mais baixa do ar contido
numa sala, adquirindo uma temperatura maior que o ar contido numa camada mais superior, por convecção esse
ar sobe e o ar que estava acima desce. Como o aquecedor continua em funcionamento, ele aquece a nova camada
inferior de ar, que, por convecção, mais uma vez, tenderá a ocupar regiões mais altas. Devido a esse processo, todo
o ar do ambiente passa a ter uma temperatura mais alta.

Já um aparelho de ar-condicionado é instalado na parte superior de um ambiente, pois seu funcionamento


é o oposto do aquecedor. Ao retirar calor de uma camada superior, essa tem sua temperatura diminuída, e, por con-
vecção, tenderá a ocupar camadas inferiores. Uma nova camada de ar acaba tomando o lugar mais alto da antiga,

271
porém, como o ar-condicionado continua em funcionamento, esta nova camada de ar também irá ser resfriada e
acabar descendo, e assim sucessivamente resfriando todo o ar de um ambiente.

A convecção, juntamente com a diferença de calor específico entre areia e água, também explica o sentido
das brisas nas proximidades da praia:

Durante o dia, o ar acima da areia está mais quente que o ar acima da água, pois a areia encontra-se em
uma temperatura maior e acaba aquecendo mais o ar que se encontra acima da mesma. Como o ar quente tende
a subir, ele acaba criando um vácuo que deve ser preenchido, e assim o ar que estava acima da água ocupa o
seu lugar. A essa ocorrência chamamos de brisa marítima. O oposto ocorre à noite, quando a água está a uma
temperatura maior e consequentemente o ar que está acima dela acaba sendo aquecido. Mais uma vez, por con-
vecção, o ar quente sobe criando uma região de vácuo, que é ocupada pelo ar que se encontrava acima da areia.
Essa ocorrência é a brisa terrestre.

Teoria na prática
1. (Ifsul) Em certos dias de inverno, é comum acontecer o fenômeno físico chamado inversão térmica, que
faz aumentar a concentração de poluentes no ar que a população respira, causando doenças respiratórias,
principalmente, em crianças e idosos.
Isso ocorre porque a:
a) densidade das camadas superiores do ar atmosférico é maior que a densidade das camadas inferiores.
b) temperatura das camadas inferiores do ar atmosférico é igual à temperatura das camadas superiores.
c) temperatura das camadas superiores do ar atmosférico é maior que a temperatura das camadas inferiores.
d) a temperatura das camadas superiores do ar atmosférico é menor que a temperatura das camadas inferiores.

Resolução:
A concentração de poluentes no ar aumenta porque a temperatura das camadas superiores do ar atmosfé-
rico é maior que a temperatura das camadas inferiores, dificultando o fenômeno da convecção.
Alternativa C

272
Irradiação ou radiação
Sabemos que a condução ocorre preferencialmente em sólidos e que a convecção só pode ocorrer em fluidos (lí-
quidos ou gases). Então, como a energia térmica do Sol chega à Terra?
A energia térmica do Sol é transmitida para a Terra através de ondas eletromagnéticas. Essa transmissão é de-
nominada radiação. Essa transferência é possível porque os campos elétricos e magnéticos podem existir em regiões
onde não há matéria (vácuo), ou seja, a energia radiante pode se propagar sem a necessidade de um meio material.
As ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo com velocidade de c = 3 · 108 m/s e são classificadas
de acordo com suas frequências ou comprimentos de onda.
Além das ondas de calor infravermelho, as ondas de rádio, as micro-ondas, a luz visível, a radiação ultravio-
leta, os raios X e os raios gama também são ondas eletromagnéticas.

Teoria na prática
1. (UECE) O uso de fontes alternativas de energia tem sido bastante difundido. Em 2012, o Brasil deu um
importante passo ao aprovar legislação específica para micro e mini, geração de energia elétrica a partir da
energia solar. Nessa modalidade de geração, a energia obtida a partir de painéis solares fotovoltaicos vem
da conversão da energia de fótons em energia elétrica, sendo esses fótons primariamente oriundos da luz
solar. Assim, é correto afirmar que essa energia é transportada do Sol à Terra por:
a) convecção.
b) condução.
c) indução.
d) irradiação.

Resolução:
Irradiação é o processo de transmissão de calor através do espaço, por meio de ondas eletromagnéticas.
Esse é o único processo de transmissão de calor que ocorre no vácuo, ou seja, que não há necessidade de
um meio material.

Alternativa D

273
Emissão de radiação
Foi constatado experimentalmente que todas as substâncias, a qualquer temperatura acima do zero absoluto, emi-
tem radiação e que a frequência de ondas mais emitidas é proporcional à temperatura absoluta T:

Baixa temperatura

Média

Alta temperatura

A superfície do Sol, por estar a altas temperaturas (comparadas às da superfície terrestre) emite ondas
em alta frequência, grande parte na faixa do espectro visível. Por outro lado, o planeta Terra está a temperaturas
bem menores, de modo que a energia radiante emitida está a frequências mais baixas que a luz visível: radiações
infravermelhas.
As radiações infravermelhas, quando atingem nossa pele, causam-nos a sensação de calor, por isso, recebem
o nome de radiação térmica.

Absorção de radiação
Todo bom emissor de radiação também é um bom absorvedor. Além disso, os corpos com cores mais escuras emi-
tem e absorvem mais rapidamente a radiação.
Assim, os corpos escuros, quando expostos ao sol, aquecem-se mais rapidamente, e quando anoitece,
resfriam-se também mais rapidamente.
O comportamento oposto ocorre com os objetos de superfícies claras.
Superfícies espelhadas praticamente não absorvem a energia que as atinge, refletindo a maior parte dela.
A regra seguinte é válida para todos os corpos: a temperatura aumenta quando o corpo está absorvendo
mais radiação do que está emitindo; e a temperatura diminui quando o corpo emite mais radiação do que absorve.

274
No fogão elétrico:

Teoria na prática
1. (Unicamp) Um isolamento térmico eficiente é um constante desafio a ser superado para que o homem possa
viver em condições extremas de temperatura. Para isso, o entendimento completo dos mecanismos de troca
de calor é imprescindível.
Em cada uma das situações descritas a seguir, você deve reconhecer o processo de troca de calor envolvido.
I. As prateleiras de uma geladeira doméstica são grades vazadas, para facilitar fluxo de energia térmica até
o congelador por __________.
II. O único processo de troca de calor que pode ocorrer no vácuo é por __________.
III. Em uma garrafa térmica, é mantido vácuo entre as paredes duplas de vidro para evitar que o calor saia
ou entre por __________.
Na ordem, os processos de troca de calor utilizados para preencher as lacunas corretamente são:
a) condução, convecção e radiação.
b) condução, radiação e convecção.
c) convecção, condução e radiação.
d) convecção, radiação e condução.

Resolução:

I. Convecção. Nas antigas geladeiras, as prateleiras são grades vazadas para que o ar frio (mais denso),
desça, enquanto o ar quente (menos denso) suba. Nas modernas geladeiras, existe o dispositivo que
injeta ar frio em cada compartimento, não mais necessitando de grades vazadas.
II. Radiação. Esse processo se dá através da propagação de ondas eletromagnéticas, não havendo movi-
mento de massa, ocorrendo, portanto, também no vácuo.
III. Condução. Na verdade, condução e convecção que são os processos que movimentam massa.

Alternativa D

275
2. (Utfpr) A garrafa térmica tem como função manter seu conteúdo em temperatura praticamente constante
durante um longo intervalo de tempo. É constituída por uma ampola de vidro cujas superfícies interna e
externa são espelhadas para impedir a propagação do calor por __________. As paredes de vidro são más
condutoras de calor evitando-se a __________ térmica. O vácuo entre as paredes da ampola dificulta a
propagação do calor por ___________ e ____________.
Marque a alternativa que completa o texto corretamente:
a) reflexão – transmissão – condução – irradiação
b) condução – irradiação – irradiação – convecção
c) irradiação – condução – convecção – condução
d) convecção – convecção – condução – irradiação
e) reflexão – irradiação – convecção – condução

Resolução:

As paredes espelhadas refletem ondas eletromagnéticas evitando propagação por radiação, as paredes são
más condutoras de calor para evitar a propagação por condução e, finalmente, o vácuo entre as paredes
impede a propagação por convecção e condução.

Alternativa C

3. (UFSM) As plantas e os animais que vivem num ecossistema dependem uns dos outros, do solo, da água e
das trocas de energia para sobreviverem. Um processo importante de troca de energia é chamado de calor.
Analise, então, as afirmativas:
I. Ondas eletromagnéticas na região do infravermelho são chamadas de calor por radiação.
II. Ocorre calor por convecção, quando se estabelecem, num fluido, correntes causadas por diferenças de
temperatura.
III. Calor por condução pode ocorrer em sólidos, líquidos, gases e, também, no vácuo.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.

Resolução:

I. Incorreta. Ondas eletromagnéticas quando absorvidas transformam-se em energia térmica.


II. Correta. Correntes convectivas formam-se em fluidos, quando há diferenças de temperaturas causando
movimento de massas por diferenças de densidades.
III. Incorreta. A condução dá-se molécula a molécula, não ocorrendo, portanto, no vácuo.

Alternativa B

276
Efeito estufa
O planeta Terra e sua atmosfera absorvem a energia irradiada pelo Sol. Essa energia é composta por ondas de fre-
quências altas (luz visível, ultravioleta) por causa de sua temperatura alta. A atmosfera é transparente em relação à
maior parte dessa radiação, principalmente à luz visível, que atinge e é absorvida pela superfície do nosso planeta.
O Sol emite ondas curtas, enquanto a Terra, em baixa temperatura, emite ondas longas, a radiação terrestre.
O vapor d’água, dióxido de carbono, e outros “gases estufa” presentes na atmosfera refletem e/ou absorvem as
ondas longas que, de outra forma, seria irradiado da Terra para o espaço exterior.
A superfície da Terra “re-irradia” essas ondas, em frequências infravermelhas, por estar em uma temperatura
menor. Para esse tipo de radiação, a atmosfera é opaca, ou seja, os gases atmosféricos absorvem e reemitem essas
radiações de volta para a Terra, mantendo a superfície do planeta aquecida.
Isso é ótimo! Se não fosse o efeito estufa, a temperatura média da superfície da Terra seria algo em torno
de –18 ºC.
Contudo, os gases como o dióxido de carbono (emitido na combustão) intensificam esse efeito, causando
um problema ambiental, aumentando demasiadamente as temperaturas da superfície terrestre e causando o aque-
cimento global.
O efeito tem esse nome por ser semelhante ao que ocorre nas estufas de flores, que usam vidros como co-
bertura. O vidro é transparente à luz visível, mas opaca às ondas de calor. Além disso, impede a subida do ar quente
por convecção, mantendo a temperatura interna acima do convencional.

Os gases de estufa dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), CFC (CFxCøx) absorvem
parte da radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e irradiam novamente parte da energia absor-
vida para a superfície do planeta. A superfície recebe maior quantidade de energia da atmosfera do que a energia
que recebe do Sol. A superfície fica, então, com temperatura em cerca de 30 ºC mais quente do que estaria sem a
presença dos gases estufa.
O metano, cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono, é um dos piores gases. Esse gás é
produzido pela flatulência dos ovinos e bovinos. A pecuária representa 16% da poluição mundial. Um remédio
está sendo desenvolvido para tentar resolver esse problema. Por exemplo, na Nova Zelândia, pensou-se em adotar
a cobrança de taxas para compensar o efeito dos gases emitidos pelas vacas.

Garrafa térmica
Uma garrafa térmica pode ser feita utilizando uma jarra envolvida por um material isolante, como o isopor (polies-
tireno). Por ser um condutor ruim de calor, o plástico da espuma dificulta a transferência de calor. Além disso, o ar

277
aprisionado nas cavidades da espuma reduz a convecção, e, por ser também um condutor ruim de calor, diminui
ainda mais a transferência de calor. Por essa razão, a transferência de calor desse material é bem pequena.

O vácuo, no entanto, é o isolante mais poderoso. O vácuo é a ausência de átomos, sendo que em um vácuo
perfeito, não haveria nenhum átomo. Porém, é impossível criar um vácuo perfeito. No entanto, pode-se atingir um estado
bem próximo da perfeição. A condução e a convecção são eliminados completamente sem a presença dos átomos.
Em uma garrafa térmica, o elemento principal é a ampola de vidro de parede dupla, que tem um espaço
entre as paredes evacuado. Essa ampola é frágil, e é, em geral, protegida por um invólucro externo de plástico ou
metal. Essa ampola pode ser desatarraxada e removida na maioria das garrafas,.
É comum que o vidro da ampola seja prateado. Dessa forma, por atuar como um espelho, reduz a radiação
infravermelha. Essa combinação, do vácuo e do prateamento, reduz significativamente a transferência de calor por
convecção, conduz e radiação.
Mas, mesmo na garrafa térmica, os líquidos quentes se resfriam. Por quê? A resposta é simples: não existem
isolantes perfeitos. Através da tampa, por exemplo, existe perda de calor, mesmo que seja feita de um bom isolante
térmico. Também ocorre perda de calor devido à condução de calor da ampola e ao revestimento externo, onde
ambos se encontram. Embora esfrie, o líquido quente colocado dentro da garrafa se resfria muito lentamente.
Existe alguma diferença se o líquido colocado na garrafa está quente ou frio?
Não. A garrafa apenas impede a transferência de calor através das paredes, evitando que a temperatura do
líquido no interior se altere.
Marshall Brain. HowStuffWorks – Como funcionam as garrafas térmicas.
Publicado em 01 de abril de 2000 (atualizado em 25 de abril de 2007).
http://www.casa.hsw.uol.com.br/garrafas-termicas2.htm (08 de agosto de 2010). Adaptado.

278
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Dilatação Superficial (Dilatação Térmica)


Fonte: Youtube

Vídeo Tema 04 - Propriedades Térmicas de Materiais ...

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Instrumentação / medidas / grandezas

educacao.globo.com/fisica/assunto/termica/propagacao-do-calor.html
parquedaciencia.blogspot.com.br/2013/08/dilatacao-termica-o-que-e-o-que-causa.html
www.if.ufrgs.br/~leila/dilata.htm
educacao.globo.com/fisica/assunto/termica/dilatacao-termica.html
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/a-dilatacao-termica-no-cotidiano.htm
www.if.ufrj.br/~carlos/inic/luizfernando/monografiaLuizFernando.pdf

280
ACESSAR

Sites Entenda a propagação da energia térmica

educacao.globo.com/fisica/assunto/termica/propagacao-do-calor.html
www.if.ufrgs.br/~leila/propaga.htm
midia.atp.usp.br/ensino_novo/termodinamica/ebooks/propagacao_calor.pdf
www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u10688.shtml
www.usp.br/qambiental/tefeitoestufa.htm
noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/meio-ambiente/-
quantidade-de-gases-do-efeito-estufa-na-atmosfera-bate-recorde-em-2015,8f51bca5
316de77e7c000ab9420cb66cg3lil8gl.html

LER

tt
Livros
Aquecimento Global – Frias contendas científicas
Apresenta um ensaio relacionando o aquecimento global à
ação humana, conforme constatações feitas pelo IPCC –
Intergovernamental Panel on Climate Change; um segundo
texto associando o aquecimento global a um ciclo geológi-
co do planeta (opinião defendida pelos cientistas chamados
'céticos'); e, por fim, um terceiro ensaio que procura conci-
liar argumentos das duas linhas de pensamento.

Emissão de gases de efeito estufa


Este livro apresenta estimativas de emissão de gases de
efeito estufa (CH4, CO, N2O e NOX) originados da queima de
resíduos agrícolas no Brasil, compreendendo as culturas de
cana-de-açucar e de algodão. Essas estimativas integram o
inventário de emissão de gases provenientes de atividades
humanas, como parte do acordo celebrado por países
membros da Convenção Quadro de Mudanças Globais,
iniciada durante a Eco 92, no Rio de Janeiro.

OUVIR
Músicas
Aquecimento Global – Mercado Negro
281
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

No dia a dia, temos inúmeras aplicações práticas de condução, convecção e irradiação. Desde a escolha correta de
materiais que favoreçam a condução térmica, como em panelas (o metal é um bom condutor), quanto em materiais
que sejam isolantes térmicos para construir casas em regiões que possuem temperaturas mais baixas ou na escolha
de plástico ou madeira para o cabo da panela. Nas roupas que utilizamos, em um beduíno que anda pelo deserto
totalmente coberto por roupas de lã (lembrando que a lã é um bom isolante térmico devido aos bolsões de ar que se
formam entre o tecido) ou nas plumagens das aves, que assim como a lã, retêm bolsões de ar, servindo de isolante
térmico.
A convecção está presente nas geladeiras ou na escolha correta da posição do ar-condicionado (na parte su-
perior de uma sala) ou do aquecedor (na parte inferior de uma sala) a fim de otimizar o processo, na brisa marítima
e na terrestre. Infelizmente na inversão térmica, que ocorre quando o ar carregado de poluentes acaba ocupando
regiões mais baixas da atmosfera, causando prejuízos à saúde da população de uma cidade.
Aplicamos a irradiação térmica na construção de estufas para fins agrícolas. Coletamos energia solar e
transformamos em energia elétrica, que pode abastecer nossas casas e nossos eletrodomésticos. Na cozinha,
utilizamos micro-ondas para aquecer alimentos, embrulhamos um assado em papel alumínio, a fim de conservar o
calor, além, é claro, da garrafa térmica.

INTERDISCIPLINARIDADE

Propagação de calor está intimamente relacionada com o clima e suas mudanças. O clima é influenciado pela
latitude, longitude, relevo, maritimidade e massas de ar, todos esses fatores sofrem ação direta da radiação solar ou
da convecção térmica. A movimentação das massas atmosféricas e dos oceanos, que se dão através da convecção,
comanda principalmente o clima no globo; relevo, latitude e longitude influenciam pela quantidade de radiação
solar recebida em cada região.
A vegetação também tem um importante papel na determinação do clima em cada localidade, porém a
urbanização e outras ações do Homem vêm ganhando cada vez mais força. A comunidade científica internacional
admite que a principal causa do aquecimento global observado, evidenciado no aumento da temperatura nas
últimas décadas, se deve por influência humana. Os gases de efeito estufa, dióxido de carbono (CO2), o metano
(CH4), o óxido nitroso (N2O), perfluorcarbonetos (PFC) e também o vapor de água contribuíram para o aquecimento
entre 0,5 e 1,3 graus Celsius (ºC) no período entre 1951 e 2010.
Uma consequência direta da urbanização no clima das grandes cidades é a inversão térmica que ocorre
em grandes centros urbanos industrializados, quando o ar frio e mais denso é impedido de circular por uma camada
de ar quente e menos densa; como nessas localidades as camadas mais baixas de ar estão repletas de gases
poluentes, oriundos de carros e indústrias, a dispersão destes é prejudicada, o que agrava problemas respiratórios.

282
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 3 - Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso


comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.

O senso comum costuma transformar palavras e termos de um assunto como tendo o


mesmo significado até mesmo para tentar simplificá-las. O problema é que geralmente
esses termos científicos possuem significado bem diferentes e a utilização equivocada
delas dificulta o entendimento do contexto científico.

Habilidade 21 - Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou
tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

A habilidade 21 avalia a capacidade do estudante de entender conceitos da física, sua


importância histórica e saber aplicá-los no cotidiano, tal qual diz o segundo eixo cognitivo
“construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de
fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das
manifestações artísticas.”

Modelo
(Enem) Uma garrafa de vidro e uma lata de alumínio, cada uma contendo 330 mL de refrigerante,
são mantidas em um refrigerador pelo mesmo longo período de tempo. Ao retirá-las do refrige-
rador com as mãos desprotegidas, tem-se a sensação de que a lata está mais fria que a garrafa. É
correto afirmar que:
a) a lata está realmente mais fria, pois a capacidade calorífica da garrafa é maior que a da lata.
b) a lata está de fato menos fria que a garrafa, pois o vidro possui condutividade menor que o alumínio.
c) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, possuem a mesma condutividade térmica, e a sensação
deve-se à diferença nos calores específicos.
d) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a sensação é devida ao fato de a condutividade térmica
do alumínio ser maior que a do vidro.
e) a garrafa e a lata estão à mesma temperatura, e a sensação é devida ao fato de a condutividade térmica
do vidro ser maior que a do alumínio.

284
Análise Expositiva

Habilidades 3 e 21

Essa é uma questão que exige do aluno saber diferenciar conceitos que se misturam no co-
tidiano. Era necessário ao candidato, saber diferenciar temperatura de sensação térmica e
saber qual propriedade física é responsável pela situação apresentada na questão.
A condutividade térmica do alumínio é maior que a do vidro, logo o calor será transferido
mais rapidamente pelo alumínio.

Alternativa B

Estrutura Conceitual
Lei de Coeficiente de
condutividade
Condução Fourier
térmica
Sólido

Meio de
propagação Vácuo Irradiação

Fluido

GARRAFA
Convecção TÉRMICA

PROPAGAÇÃO
DE CALOR

285
E.O. Aprendizagem eles na forma de raios ultravioletas que
não atravessam o vidro, aquecendo, as-
sim, o interior da estufa.
1. No senso comum, as grandezas físicas calor IV. Durante o dia, sob as túnicas claras que
e temperatura geralmente são interpretadas refletem boa parte da energia do sol, os
de forma equivocada. Diante disso, a lingua- beduínos no deserto usam roupa de lã,
gem científica está corretamente empregada
para minimizar as trocas de calor com o
em:
ambiente.
a) “Hoje, o dia está fazendo calor”.
São verdadeiras apenas as proposições:
b) “O calor está fluindo do fogo para a panela”.
a) I e II.
c) “A temperatura está alta, por isso estou com
muito calor”. b) I e IV.
d) “O gelo está transmitindo temperatura para c) II e III.
o corpo”. d) III e IV.

4. Há pessoas que preferem um copo de cerveja


2. Quando usamos um termômetro clínico de com colarinho e outras sem o colarinho. O
mercúrio para medir a nossa temperatura, colarinho é espuma que contém ar em seu
esperamos um certo tempo para que o mes- interior. Considere que a cerveja seja colo-
mo possa indicar a temperatura correta do cada num copo com isolamento térmico. Do
nosso corpo. Com base nisso, analise as pro- ponto de vista físico, a função do colarinho
posições a seguir.
pode ser:
I. Ao indicar a temperatura do nosso corpo, a) apenas estética.
o termômetro entra em equilíbrio térmi- b) a de facilitar a troca de calor com o meio.
co com ele, o que demora algum tempo c) a de atuar como um condutor térmico.
para acontecer. d) a de atuar como um isolante térmico.
II. Inicialmente, a indicação do termômetro e) nenhuma.
irá baixar, pois o vidro transmite mal o
calor e se aquece primeiro que o mercú- 5. (Ifsul) Analise cada uma das afirmativas
rio, o tubo capilar de vidro se dilata e o abaixo, indicando, nos parênteses, se é ver-
nível do líquido desce. dadeira ou falsa, de acordo com o estudo da
III. Após algum tempo, como o mercúrio se Calorimetria.
dilata mais que o vidro do tubo, a indica- ( ) A temperatura de 104 ºF corresponde a
ção começa a subir até estabilizar, quan- 40 ºC.
do o termômetro indica a temperatura do ( ) A dilatação real de um líquido, quando
nosso corpo. aquecido, representa a dilatação do fras-
Podemos afirmar que são corretas as afirma- co mais a dilatação aparente do líquido.
tivas: ( ) A transmissão de calor por convecção
a) I e II apenas. promove o movimento das camadas de
b) I e III apenas. um líquido ou de ar, sendo que as cama-
c) II e III apenas.
das frias sobem e as camadas quentes
d) I, II e III.
descem, devido à diferença de densidade
entre elas.
3. Com base nos processos de transmissão de ( ) A mudança de fase ocorre sempre que,sob
calor, analise as proposições a seguir. pressão constante, uma substância pura
I. A serragem é melhor isolante térmico receba ou ceda calor, sem que ocorra va-
do que a madeira, da qual foi retirada, riação de temperatura.
porque entre as partículas de madeira da ( ) A dilatação de uma certa massa de gás
serragem existe ar, que é um isolante tér- perfeito, que sofre uma transformação
mico melhor que a madeira. isobárica, faz com que um aumento de
II. Se a superfície de um lago estiver conge-
temperatura sobre esse gás provoque um
lada, a maior temperatura que a camada
aumento em seu volume.
de água do fundo poderá atingir é 2 °C.
A sequência correta, de cima para baixo, é
III. O interior de uma estufa de plantas é
a) V - V - F - F - V.
mais quente que o exterior, porque a
b) V - V - F - V - V.
energia solar que atravessa o vidro na
c) V - F - F - V - V.
forma de raios infravermelhos é parcial-
d) V - F - V - F - V.
mente absorvida pelas plantas e demais
corpos presentes e depois emitida por

286
6. (Col. Naval) Com relação à termologia, colo- 8. (UEL 2017) Com base na charge e nos con-
que V (verdadeiro) ou F (falso). ceitos da termodinâmica, é correto afirmar
( ) Temperatura – grandeza física que re- que as luvas de amianto são utilizadas por-
presenta a medida do estado de agitação que a condutividade térmica:
médio das moléculas de um corpo.
( ) Calor – energia térmica que passa, de for-
ma espontânea, do corpo de menor tempe-
ratura para o de maior temperatura.
( ) Fusão – mudança de estado físico sofrida
por um líquido ao doar uma certa quanti-
dade de calor.
( ) Evaporação – passagem do estado líquido
para o estado gasoso que ocorre de forma
lenta.
( ) Equilíbrio térmico – condição física na
qual as trocas de calor entre dois ou mais
corpos deixam de existir.
( ) Convecção – processo de transmissão de
calor que ocorre devido à movimentação
a) da cuia de cristal é menor que a do líquido.
de massas, em especial, nos líquidos e
b) da cuia de cristal e a do amianto são iguais.
nos gases.
c) do amianto é menor que a da cuia de cristal.
( ) Caloria – quantidade de calor necessária
d) do amianto é maior que a da cuia de cristal.
para que 1 g de qualquer substância te-
e) do amianto é maior que a do líquido.
nha sua temperatura alterada em 1 ºC.
Assinale a opção correta.
a) V - V - V - F - F - V - F. 9. Quando se mede a temperatura do corpo hu-
b) F - F - V - V - F - F - V. mano com um termômetro clínico de mercú-
c) F - F - F - V - F - V - V. rio em vidro, procura-se colocar o bulbo do
d) V - F - F - V - V - V - F. termômetro em contato direto com regiões
e) V - V - F - F - V - F - F. mais próximas do interior do corpo e manter
o termômetro assim durante algum tempo,
antes de fazer a leitura. Esses dois procedi-
7. Calor é uma forma de energia que se trans- mentos são necessários porque
fere de um corpo para outro em virtude de a) o equilíbrio térmico só é possível quando há
uma diferença de temperatura entre eles. Há contato direto entre dois corpos e porque
três processos de propagação de calor: con- demanda sempre algum tempo para que a
dução, convecção e radiação. troca de calor entre o corpo humano e o ter-
Em relação à transferência de calor, afirma-se mômetro se efetive.
que: b) é preciso reduzir a interferência da pele,
I. Em dias frios, os pássaros costumam eri- órgão que regula a temperatura interna do
çar suas penas para acumular ar entre corpo, e porque demanda sempre algum
elas. Nesse caso, o ar acumulado consti- tempo para que a troca de calor entre o cor-
tui-se em um bom isolante térmico dimi- po humano e o termômetro se efetive.
nuindo as trocas de calor, por condução, c) o equilíbrio térmico só é possível quando há
com o ambiente. contato direto entre dois corpos e porque é
II. Correntes de convecção na atmosfera preciso evitar a interferência do calor espe-
costumam ser aproveitadas por aviões cífico médio do corpo humano.
planadores e asas delta para ganharem d) é preciso reduzir a interferência da pele,
altura. Tais correntes são originadas por órgão que regula a temperatura interna do
diferenças de temperaturas entre duas corpo, e porque o calor específico médio do
regiões quaisquer da Terra. corpo humano é muito menor que o do mer-
III. As paredes internas das garrafas térmi- cúrio e do vidro.
cas são espelhadas com o objetivo de di- e) o equilíbrio térmico só é possível quando há
minuir as trocas de calor por radiação. contato direto entre dois corpos e porque é
Está correto o que se afirma em: preciso reduzir a interferência da pele, órgão
a) I, II e III. que regula a temperatura interna do corpo.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) apenas III.

287
E.O. Fixação a) Somente II e IV são corretas.
b) Somente I e II são corretas.
c) Somente II e III são corretas.
1. Analise as afirmações referentes à condução d) Somente III e IV são corretas.
térmica:
I. Para que um pedaço de carne cozinhe 4. (UPE-SSA 2) É muito comum o amplo uso
mais rapidamente, pode-se introduzir de aparelhos de ar-condicionado durante o
nele um espeto metálico. Isso se justifica verão intenso do Recife. Nessa cidade, uma
pelo fato de o metal ser um bom condutor residência possui uma parede de área 40 m2
de calor. e espessura 20 cm, separando o ambiente in-
II. Os agasalhos de lã dificultam a perda de terior do exterior. Se a temperatura externa
energia (na forma de calor) do corpo hu- é de 33 ºC e deseja-se manter a interna igual
mano para o ambiente, devido ao fato de a 23 ºC, qual será o gasto por hora de apa-
o ar aprisionado entre suas fibras ser um relho ligado, considerando-se, apenas, essa
bom isolante térmico.
parede separadora?
III. Devido à condução térmica, uma barra de
Dados: A condutividade térmica da parede é
metal mantém-se a uma temperatura in-
igual a 1,25 · 10–3 kW/(mK), e o custo da
ferior à de uma barra de madeira coloca-
energia elétrica em kWh é de R$ 0,60.
da no mesmo ambiente.
a) R$ 0,30.
Podemos afirmar que: b) R$ 0,90.
a) I, II e III estão corretas. c) R$ 1,20.
b) I, II e III estão erradas. d) R$ 1,50.
c) apenas I está correta.
e) R$ 2,50.
d) apenas II está correta.
e) apenas I e II estão corretas.
5. Duas barras metálicas de comprimentos L1 e
L2, de materiais diferentes, estão acopladas
2. (Unesp) Um grupo de amigos compra barras (ver figura abaixo). A barra de comprimento
de gelo para um churrasco, num dia de calor. L1 possui condutividade térmica k1, e a bar-
Como as barras chegam com algumas horas ra de comprimento L2 possui condutividade
de antecedência, alguém sugere que sejam térmica k2, sendo k1 > k2. As duas extremida-
envolvidas num grosso cobertor para evitar des são mantidas a temperaturas fixas e di-
que derretam demais. Essa sugestão: ferentes, T1 e T2. Considere as três seções re-
a) é absurda, porque o cobertor vai aquecer o tas destacadas na figura. A seção reta 1 está
gelo, derretendo-o ainda mais depressa. na barra 1; a 2, na barra 2; a 3, na interface
b) é absurda, porque o cobertor facilita a troca ou região de acoplamento das barras.
de calor entre o ambiente e o gelo, fazendo
com que ele derreta ainda mais depressa.
c) é inócua, pois o cobertor não fornece nem
absorve calor ao gelo, não alterando a rapi-
dez com que o gelo derrete.
d) faz sentido, porque o cobertor facilita a tro-
ca de calor entre o ambiente e o gelo, retar-
dando o seu derretimento. Pode-se afirmar corretamente que:
e) faz sentido, porque o cobertor dificulta a a) o fluxo de calor na seção reta 1 é maior que
troca de calor entre o ambiente e o gelo, o fluxo de calor na seção reta 2.
retardando o seu derretimento. b) o fluxo de calor na seção reta 2 é maior que
o fluxo de calor na seção reta 1.
3. Analise as afirmativas a seguir e responda c) o fluxo de calor na interface é nulo.
d) o fluxo de calor é o mesmo em qualquer uma
de acordo com o código.
das três seções retas.
I. Nas regiões litorâneas, durante o dia, o mar
se aquece menos que a terra, pois a água 6. Sobre trocas de calor, considere as afirma-
possui calor específico menor que a terra. ções a seguir.
II. Um ambiente deve ser resfriado pela par- I. Cobertores são usados no inverno para
te superior, pois o fluido frio é mais den- transmitir calor aos corpos.
so e tende a descer. II. A superfície da Terra é aquecida por ra-
III. O vidro transparente à luz e opaco às ra- diações eletromagnéticas transmitidas
diações infravermelhas é utilizado nas pelo Sol.
construções de estufas para plantas. III. Em geral, as cidades localizadas em locais
IV. As paredes internas das garrafas térmicas mais altos são mais frias porque corren-
são revestidas com material refletor para tes de convecção levam o ar mais frio pra
que elas impeçam a condução de calor. cima.

288
Está correto apenas o que se afirma em: Dentre as alternativas a seguir, indique a
a) I. que explica, corretamente, o fenômeno apre-
b) II. sentado.
c) III. a) É um exemplo de convecção térmica e ocorre
d) I e II.
pelo fato de a água ter um calor específico
e) II e III. maior do que a areia. Desta forma, a tempe-
ratura da areia se altera mais rapidamente.
7. (Acafe) Preparar um bom churrasco é uma
b) É um exemplo de condução térmica e ocor-
arte e, em todas as famílias, sempre existe um
re pelo fato de a areia e a água serem bons
que se diz bom no preparo. Em algumas casas a
quantidade de carne assada é grande e se come condutores térmicos. Desta forma, o calor se
no almoço e no jantar. Para manter as carnes dissipa rapidamente.
aquecidas o dia todo, alguns utilizam uma cai- c) É um exemplo de irradiação térmica e ocor-
xa de isopor revestida de papel alumínio. re pelo fato de a areia e a água serem bons
A figura a seguir mostra, em corte lateral, uma condutores térmicos. Desta forma, o calor se
caixa de isopor revestida de alumínio com car- dissipa rapidamente.
nes no seu interior. d) É um exemplo de convecção térmica e ocorre
pelo fato de a água ter um calor específico
menor do que a areia. Desta forma, a tempe-
ratura da areia se altera mais rapidamente.
e) É um processo de estabelecimento do equilí-
brio térmico e ocorre pelo fato de a água ter
uma capacidade térmica desprezível.

9. O cooler, encontrado em computadores e em


aparelhos eletroeletrônicos, é responsável
pelo resfriamento do microprocessador e de
outros componentes. Ele contém um ventila-
Considerando o exposto, assinale a alterna- dor que faz circular ar entre placas difusoras
tiva correta que completa as lacunas das fra- de calor. No caso de computadores, as placas
ses a seguir. difusoras ficam em contato direto com o pro-
A caixa de isopor funciona como recipiente cessador, conforme a figura a seguir.
adiabático. O isopor tenta __________ a troca
de calor com o meio por __________ e o alu-
mínio tenta impedir __________.
a) impedir – convecção – irradiação do calor
b) facilitar – condução – convecção
c) impedir – condução – irradiação do calor
d) facilitar – convecção – condução

8. Observe as figuras a seguir sobre a formação


das brisas marítima e terrestre.

Sobre o processo de resfriamento desse pro-


cessador, assinale a alternativa correta.
a) O calor é transmitido das placas difusoras
para o processador e para o ar através do
fenômeno de radiação.
b) O calor é transmitido do ar para as placas
difusoras e das placas para o processador
através do fenômeno de convecção.
c) O calor é transmitido do processador para
as placas difusoras através do fenômeno de
Durante o dia, o ar próximo à areia da praia condução.
se aquece mais rapidamente do que o ar pró- d) O frio é transmitido do processador para as
ximo à superfície do mar. Desta forma o ar placas difusoras e das placas para o ar atra-
aquecido do continente sobe e o ar mais frio vés do fenômeno de radiação.
do mar desloca-se para o continente, for- e) O frio é transmitido das placas difusoras
mando a brisa marítima. À noite, o ar sobre para o ar através do fenômeno de radiação.
o oceano permanece aquecido mais tempo do
que o ar sobre o continente, e o processo se
inverte. Ocorre então a brisa terrestre.

289
10. A elevação de temperatura da água através c) a falta de água e, consequentemente, de
da energia transportada pelas ondas eletro- nuvens no ambiente do Saara intensifica
magnéticas que vêm do Sol é uma forma de o efeito estufa, o que contribui para uma
economizar energia elétrica ou queima de maior retenção de energia térmica na região.
combustíveis. Esse aumento de tempera- d) o calor se propaga facilmente na região por
tura pode ser realizado da(s) seguinte(s) condução, uma vez que o ar seco é um exce-
maneira(s): lente condutor de calor. Dessa forma, a ener-
I. Usa-se espelho parabólico em que as on- gia retida pela areia durante o dia se dissipa
das eletromagnéticas são refletidas e pas- pelo ambiente à noite, causando a queda de
sam pelo foco desse espelho onde existe temperatura.
um cano metálico em que circula água. e) da grande massa de areia existente na região
II. Usam-se chapas metálicas pretas expos- do Saara apresenta grande mobilidade, causan-
tas às ondas eletromagnéticas em que a do a dissipação do calor absorvido durante o
energia é absorvida e transferida para a dia e a drástica queda de temperatura à noite.
água que circula em canos metálicos sol-
dados a essas placas. 2. Em um refrigerador, que estava ligado e em
III. Usam-se dispositivos mecânicos que agi- perfeito funcionamento, Paulo colocou, em
tam as moléculas de água com pás para pontos equivalentes, e em termos de refrige-
ganharem velocidade. ração, uma garrafa com água mineral gasei-
Está(ão) correta(s): ficada e um frasco contendo iogurte batido
a) apenas I. e adoçado. Após três dias, Paulo tomou um
b) apenas I e II. gole do iogurte e, em seguida, da água.
c) apenas III. Indique a alternativa correta:
d) apenas II e III. a) O citado iogurte deve provocar sensação de
e) I, II e III. mais frio quando estiver adoçado com produtos
altamente energéticos, como açúcar ou mel.
b) O citado iogurte deve provocar sensação de
E.O. Complementar menos frio, em consequência do seu teor de
gordura, sendo esta sensação acentuada pelo
1. O gráfico representa, aproximadamente, aumento deste teor, tendo em vista o efeito
como varia a temperatura ambiente no pe- inibidor da gordura à percepção do frio.
ríodo de um dia, em determinada época do c) O citado iogurte não deve provocar sensação
ano, no deserto do Saara. Nessa região, a de menos frio quando estiver adoçado com
maior parte da superfície do solo é coberta produtos de baixo teor energético, como
por areia e a umidade relativa do ar é baixís- adoçantes dietéticos.
sima. d) Independentemente do teor de gordura ou do
adoçante empregado, a água deve provocar uma
sensação de menos frio, por possuir calor espe-
cífico mais elevado que o do citado iogurte.
e) Independentemente do teor de gordura ou do
adoçante empregado, a água deve provocar
uma sensação de mais frio, por possuir calor
específico mais elevado do que o citado iogurte.

3. Em um experimento, existem três recipien-


tes E1, E2 e E3. Um termômetro graduado
numa escala X assinala 10 °X quando imerso
no recipiente E1, contendo uma massa M1 de
A grande amplitude térmica diária observa- água a 41 °F. O termômetro, quando imerso
da no gráfico pode, dentre outros fatores, ser no recipiente E2 contendo uma massa M2 de
explicada pelo fato de que:
água a 293 K, assinala 19 °X. No recipiente
a) a água líquida apresenta calor específico me-
E3 existe inicialmente uma massa de água
nor do que o da areia sólida e, assim, devido
a maior presença de areia do que de água M3 a 10 °C. As massas de água M1 e M2, dos
na região, a retenção de calor no ambiente recipientes E1 e E2, são transferidas para o
torna-se difícil, causando a drástica queda recipiente E3 e, no equilíbrio, a temperatura
de temperatura na madrugada. assinalada pelo termômetro é de 13 °X. Con-
b) o calor específico da areia é baixo e, por isso, siderando que existe somente troca de calor
ela esquenta rapidamente quando ganha ca- M
lor e esfria rapidamente quando perde. A entre as massas de água, a razão ___
​  1 ​ é:
M M2
baixa umidade do ar não retém o calor per- a) 2 + 0,2 ___
​  3 ​ .
dido pela areia quando ela esfria, explicando M2
a queda de temperatura na madrugada. b) 2.

290
M
c) 1 + ___
​  3 ​ .
M2 E.O. Dissertativo
d) 0,5.
M
e) 0,5 – 2 ___
​  3 ​ . 1. O que tem em comum a formação de brisas
M2 continentais, a formação de brisas maríti-
mas e as prateleiras de geladeiras em forma
4. Segundo a lenda, Ícaro, desobedecendo às
de grades?
instruções que recebera, voou a grandes al-
turas, tendo o Sol derretido a cera que ao seu 2. Usando o conceito de "ar quente" e "ar
corpo colava as asas, assim provocando sua frio", explique porque o congelador de uma
queda ao Mar Egeu. Não obstante, os pon- geladeira deve ser colocado na parte de cima
tos da superfície terrestre de maior altitude, do aparelho.
como os cumes das montanhas, geralmente
são mais frios, comparativamente aos de se- 3. Por que as prateleiras de uma geladeira são
melhante latitude. em forma de grades?
Indique a afirmação que contém causa corre-
ta do fenômeno. 4. (UFSC) Coloca-se um cubo de gelo de massa
a) Deve-se à temperatura inferior à gradativa 50 g e temperatura 0 °C dentro de um copo,
dissipação do calor proveniente do núcleo da contendo 200 g de água a 70 °C. Consideran-
Terra, que está em elevada temperatura. do a ocorrência de trocas de energia apenas
b) Deve-se à temperatura inferior de tais pon- entre o gelo e a água, determine a tempera-
tos à noite que é mais fria. tura final de equilíbrio térmico, em °C.
Dados:
c) A existência da força da gravidade represen-
calor de fusão do gelo = 80 cal/g.
ta importante papel na explicação da tem-
calor específico da água = 1,0 cal/g°C.
peratura inferior de tais pontos.
d) Os pontos de elevada altitude não recebem 5. Uma caixa de isopor em forma de paralelepí-
menor incidência direta de energia solar, pedo de dimensões 0,4 · 0,6 · 0,4 m contém
mas a incidência de energia refletida pela 9 kg de gelo em equilíbrio térmico com água.
Terra é efetivamente menor, assim explican- Esse sistema é fechado e mantido em uma
do-se sua temperatura inferior. sala cuja temperatura ambiente é de 30 °C.
e) A existência da força de gravidade nada tem Tendo em vista que o gelo é completamente
a ver com a ocorrência de temperaturas in- derretido após um intervalo de 10 horas, cal-
feriores em tais pontos, além do mais, as cule:
massas de ar quente tem movimento ascen- a) o fluxo de calor, em watt, que o conteúdo da
sional, contrário, pois, ao sentido da gravi- caixa de isopor recebe até derreter o gelo;
dade, assim transportando, por convecção, b) a espessura da caixa de isopor. Utilize o co-
calor dos pontos mais baixos aos mais altos. eficiente de transmissão de calor do isopor
A ocorrência dessas temperaturas inferiores 4,0 × 10–2 W/m°C.
é explicada pela transparência da atmosfera Dados:
à irradiação solar. 1 cal > 4,0 J
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
5. Indique a alternativa que associa correta- 6. Explique por que o ar-condicionado deve ser
mente o tipo predominante de transferência instalado na parte superior de uma sala e o
de calor que ocorre nos fenômenos, na se- aquecedor deve ser instalado na parte inferior.
guinte sequência:
§§ Aquecimento de uma barra de ferro 7. Uma barra cilíndrica reta metálica, homogê-
quando sua extremidade é colocada numa nea, de comprimento L, com seção transver-
chama acesa. sal A, isolada lateralmente a fim de evitar
§§ Aquecimento do corpo humano quando perda de calor para o ambiente, tem suas
exposto ao sol. duas extremidades mantidas a temperaturas
§§ Vento que sopra da terra para o mar du- T1 e T2, T1 >T2. Considere que o regime esta-
rante a noite. cionário tenha sido atingido.
a) convecção – condução – radiação a) Escreva a expressão do fluxo de calor por
b) convecção – radiação – condução condução, sabendo-se que esse fluxo é pro-
c) condução – convecção – radiação porcional à área da seção transversal e à di-
d) condução – radiação – convecção ferença de temperatura entre os extremos da
e) radiação – condução – convecção região de interesse ao longo da direção do
fluxo e inversamente proporcional à distân-
cia entre tais extremos.

291
b) Determine a temperatura de um ponto da barra localizado a uma distância L/3 da extremidade de
maior temperatura em função de T1 e T2.

8. Duas salas idênticas estão separadas por uma divisória de espessura L = 5,0 cm, área
A = 100 m2 e condutividade térmica k = 2,0 W/mK. O ar contido em cada sala encontra-se, inicial-
mente, à temperatura T1 = 47 °C e T2 = 27 °C, respectivamente. Considerando o ar como um gás
ideal e o conjunto das duas salas um sistema isolado, calcule o fluxo de calor através da divisória
relativo às temperaturas iniciais T1 e T2.
g = 10 m/s2
1,0 cal = 4,0 J
Densidade d’água: 1,0 g/cm3 = 103 kg/m3
Velocidade da luz no ar: 300000 km/s
Calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g
Pressão atmosférica: 105 N/m2

9. Deseja-se isolar termicamente uma sala de modo que as paredes devem permitir uma transmissão
máxima de calor, por unidade de área, de 10 W/m2. Sabendo-se que o interior da sala é mantido à
temperatura de 20 °C e o exterior atinge uma temperatura máxima de 35 °C, calcule a espessura
mínima de lã, em centímetros, que deve ser usada nas paredes. O coeficiente de condutividade
térmica da lã é k = 0,04 W/m · K.

10. Defina o que é calor.

E.O. Enem
1. (Enem)

Disponível em: http://casasdosnoopy.blogspot. Acesso em: 14 jun. 2011.

Quais são os processos de propagação de calor relacionados à fala de cada personagem?


a) Convecção e condução.
b) Convecção e irradiação.
c) Condução e convecção.
d) Irradiação e convecção.
e) Irradiação e condução.

292
2. (Enem) O diagrama a seguir representa, de forma esquemática e simplificada, a distribuição da
energia proveniente do Sol sobre a atmosfera e a superfície terrestre. Na área delimitada pela li-
nha tracejada, são destacados alguns processos envolvidos no fluxo de energia na atmosfera.

energia refletida radiação solar energia


pela superfície, incidente energia irradiada irradiada
pelas nuvens 100% para o espaço pela para o
e pelo ar atmosfera espaço pela
30% 64% superfície
6%
I
radiação solar
absorvida energia
diretamente radiação solar energia carregada
pela absorvida carregada para cima
atmosfera pela água e para cima na formação
20% pelo Co2 na pela de vapor
atmosfera II atmosfera convecção d’água
14% 6% 24%

III IV V

superfície 50%

Com base no diagrama acima, conclui-se que:


a) a maior parte da radiação incidente sobre o planeta fica retida na atmosfera.
b) a quantidade de energia refletida pelo ar, pelas nuvens e pelo solo é superior à absorvida pela superfície.
c) a atmosfera absorve 70% da radiação solar incidente sobre a Terra.
d) mais da metade da radiação solar que é absorvida diretamente pelo solo é devolvida para a atmosfera.
e) a quantidade de radiação emitida para o espaço pela atmosfera é menor que a irradiada para o espaço
pela superfície.

3. (Enem) O uso mais popular de energia solar está associado ao fornecimento de água quente para
fins domésticos. Na figura a seguir, é ilustrado um aquecedor de água constituído de dois tanques
pretos dentro de uma caixa termicamente isolada e com cobertura de vidro, os quais absorvem ener-
gia solar.

vidraças duplas
água
quente
Y
tanques
pintados
de preto

ia
água fr

X camada refletiva

A. Hinrichs e M. Kleinbach. Energia e meio ambiente. São


Paulo: Thompson, 3a ed., 2004, p. 529 (com adaptações).

Nesse sistema de aquecimento:


a) os tanques, por serem de cor preta, são maus absorvedores de calor e reduzem as perdas de energia.
b) a cobertura de vidro deixa passar a energia luminosa e reduz a perda de energia térmica utilizada para
o aquecimento.
c) a água circula devido à variação de energia luminosa existente entre os pontos X e Y.
d) a camada refletiva tem como função armazenar energia luminosa.
e) o vidro, por ser bom condutor de calor, permite que se mantenha constante a temperatura no interior
da caixa.

293
4. (Enem) Numa área de praia, a brisa maríti-
ma é uma consequência da diferença no tem-
Reservatório
po de aquecimento do solo e da água, apesar
de água quente
de ambos estarem submetidos às mesmas
condições de irradiação solar. No local (solo)
que se aquece mais rapidamente, o ar fica
mais quente e sobe, deixando uma área de Radiação Coletor Reservatório
baixa pressão, provocando o deslocamento solar de água fria

do ar da superfície que está mais fria (mar). Água quente


para o consumo
Vidro Placa escura

Fonte: Adaptado de PALZ, Wolfgang, Energia solar e


fontes alternativas. Hemus, 1981.
Menor pressão
Brisa marítima São feitas as seguintes afirmações quanto
Maior aos materiais utilizados no aquecedor solar:
temperatura Menor temperatura I. O reservatório de água quente deve ser
metálico para conduzir melhor o calor.
II. A cobertura de vidro tem como função re-
ter melhor o calor, de forma semelhante
ao que ocorre em uma estufa.
Brisa terrestre
III. A placa utilizada é escura para absorver
melhor a energia radiante do Sol, aque-
cendo a água com maior eficiência.
Dentre as afirmações acima, pode-se dizer
que, apenas está(ão) correta(s):
À noite, ocorre um processo inverso ao que
a) I.
se verifica durante o dia. b) I e II.
c) II.
Como a água leva mais tempo para esquentar d) I e III.
(de dia), mas também leva mais tempo para e) II e III.
esfriar (à noite), o fenômeno noturno (bri-

E.O. Objetivas
sa terrestre) pode ser explicado da seguinte
maneira:
a) O ar que está sobre a água se aquece mais;
ao subir, deixa uma área de baixa pressão, (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
causando um deslocamento de ar do conti-
nente para o mar. 1. (Unesp) Uma garrafa de cerveja e uma lata
b) O ar mais quente desce e se desloca do con- de cerveja permanecem durante vários dias
tinente para a água, a qual não conseguiu numa geladeira. Quando se pegam com as
reter calor durante o dia. mãos desprotegidas a garrafa e a lata para
c) O ar que está sobre o mar se esfria e dissol- retirá-las da geladeira, tem-se a impressão
ve-se na água; forma-se, assim, um centro de que a lata está mais fria do que a garrafa.
de baixa pressão, que atrai o ar quente do Este fato é explicado pelas diferenças entre
a) as temperaturas da cerveja na lata e da cer-
continente.
veja na garrafa.
d) O ar que está sobre a água se esfria, criando
b) as capacidades térmicas da cerveja na lata e
um centro de alta pressão que atrai massa de
da cerveja na garrafa.
ar continental.
c) os calores específicos dos dois recipientes.
e) O ar sobre o solo, mais quente, é deslocado d) os coeficientes de dilatação térmica dos dois
para o mar, equilibrando a baixa temperatu- recipientes.
ra do ar que está sobre o mar. e) as condutividades térmicas dos dois reci-
pientes.
5. (Enem) O resultado da conversão direta de
energia solar é uma das várias formas de 2. (Unifesp) O SI (Sistema Internacional de
energia alternativa de que se dispõe. O aque- unidades) adota como unidade de calor o
cimento solar é obtido por uma placa escura joule, pois calor é energia. No entanto, só
coberta por vidro, pela qual passa um tubo tem sentido falar em calor como energia
contendo água. A água circula, conforme em trânsito, ou seja, energia que se trans-
mostra o esquema a seguir. fere de um corpo a outro em decorrência da

294
diferença de temperatura entre eles. Assina- de nuvens na região torna mais intensa a in-
le a afirmação em que o conceito de calor cidência de ondas eletromagnéticas vindas
está empregado corretamente. do Sol, aquecendo a superfície e elevando a
a) A temperatura de um corpo diminui quando ele temperatura máxima. De noite, a Terra per-
perde parte do calor que nele estava armazenado. de calor mais rapidamente, devido à falta de
b) A temperatura de um corpo aumenta quando nuvens e à pouca umidade da atmosfera, o
ele acumula calor. que torna mais baixas as temperaturas míni-
c) A temperatura de um corpo diminui quando mas. Essa grande amplitude térmica é uma
ele cede calor para o meio ambiente. característica dos desertos.
d) O aumento da temperatura de um corpo é um (Ciência Hoje, novembro de 2012. Adaptado.)
indicador de que esse corpo armazenou calor.
e) Um corpo só pode atingir o zero absoluto se Baseando-se na leitura do texto e dos seus
for esvaziado de todo o calor nele contido. conhecimentos de processos de condu-
ção de calor, é correto afirmar que o ASPS
3. (Unesp) Um corpo I é colocado dentro de ______________ e a escassez de nuvens na
uma campânula de vidro transparente eva- região do Atacama ______________.
cuada. Do lado externo, em ambiente à pres- As lacunas são, correta e respectivamente,
são atmosférica, um corpo II é colocado pró- preenchidas por:
ximo à campânula, mas não em contato com a) favorece a convecção – favorece a irradiação
ela, como mostra a figura. de calor
vácuo
b) favorece a convecção – dificulta a irradiação
de calor
c) dificulta a convecção – favorece a irradiação
de calor
d) permite a propagação de calor por condução
I II – intensifica o efeito estufa
e) dificulta a convecção – dificulta a irradiação
de calor

As temperaturas dos corpos são diferentes e


os pinos que os sustentam são isolantes tér-
E.O. Dissertativas
micos. Considere as formas de transferência
de calor entre esses corpos e aponte a alter-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
nativa correta.
a) Não há troca de calor entre os corpos I e II 1. (Fuvest) Um contêiner com equipamentos
porque não estão em contato entre si. científicos é mantido em uma estação de
b) Não há troca de calor entre os corpos I e II pesquisa na Antártida. Ele é feito com ma-
porque o ambiente no interior da campânula terial de boa isolação térmica e é possível,
está evacuado. com um pequeno aquecedor elétrico, manter
c) Não há troca de calor entre os corpos I e II sua temperatura interna constante, Ti = 20 ºC
porque suas temperaturas são diferentes. quando a temperatura externa é Te = - 40ºC.
d) Há troca de calor entre os corpos I e II e a As paredes, o piso e o teto do contêiner têm
transferência se dá por convecção. a mesma espessura, ε = 26 cm e são de um
e) Há troca de calor entre os corpos I e II e mesmo material, de condutividade térmica
a transferência se dá por meio de radiação k = 0,05 J/(s · m · ºC). Suas dimensões in-
eletromagnética. ternas são 2 · 3 · 4 m3. Para essas condições,
determine
4. (Unesp) Por que o deserto do Atacama é tão seco? a) a área A da superfície interna total do con-
A região situada no norte do Chile, onde se têiner;
localiza o deserto do Atacama, é seca por b) a potência P do aquecedor, considerando ser
natureza. Ela sofre a influência do Antici- ele a única fonte de calor;
clone Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) e c) a energia E, em kWh, consumida pelo aque-
da cordilheira dos Andes. O ASPS, região de cedor em um dia.
alta pressão na atmosfera, atua como uma Note e adote:
“tampa”, que inibe os mecanismos de levan- A quantidade de calor por unidade de tem-
tamento do ar necessários para a formação po (φ) que flui através de um material de
de nuvens e/ou chuva. Nessa área, há umi- área A, espessura ε e condutividade térmica
dade perto da costa, mas não há mecanismo k, com diferença de temperatura ∆T entre as
de levantamento. Por isso não chove. A falta faces do material, é dada por: φ = kA∆T/ε.

295
2. (Unesp) As constantes termodinâmicas da 4. (Unicamp) Quatro grandes blocos de gelo, de
madeira são muito variáveis e dependem mesma massa e à mesma temperatura ini-
de inúmeros fatores. No caso da conduti- cial, envoltos em plástico impermeável, são
vidade térmica (km), um valor aceitável é pendurados na parede de um quarto à tem-
km = 0,15 W / (m · °C), para madeiras com peratura de 25 °C, com portas e janelas fe-
cerca de 12% de umidade. Uma porta dessa chadas. Conforme a figura a seguir, os blocos
madeira, de espessura d = 3,0 · 10–2 m e área A e B estão pendurados próximos ao teto e os
S = 2,0 m², separa dois ambientes a tempe-
blocos C e D estão próximos ao chão. Os blo-
raturas de 20 ºC e 30 ºC. Qual o intervalo
cos A e D estão enrolados em cobertores; os
de tempo necessário para que 300 J de calor
outros dois não estão. Considere que o único
atravessem essa porta, de um ambiente para
movimento de ar no quarto se dá pela cor-
outro, supondo que, durante a transferência
de calor, as temperaturas dos ambientes não rente de convecção.
se alterem? Expressão do fluxo de calor, em
SDT
unidades do SI: ​ ___ ​ = km ​ ____
DQ
 ​
 ,  onde ∆t é o
Dt d
tempo e ∆T é a variação de temperatura.

3. (Unicamp) Nas regiões mais frias do plane-


ta, camadas de gelo podem se formar rapida-
mente sobre um volume de água a céu aberto.
A figura a seguir mostra um tanque cilíndri-
co de água cuja área da base é A = 2,0 m2,
havendo uma camada de gelo de espessura L
a) Reproduza a figura e indique com setas o
na superfície da água. O ar em contato com
sentido do movimento do ar mais quente e
o gelo está a uma temperatura Tar = –10 °C,
do ar mais frio.
enquanto a temperatura da água em contato
com o gelo é Tag = 0,0 °C. b) Qual dos blocos de gelo vai derreter primeiro
e qual vai demorar mais para derreter?

5. (Fuvest) Tem-se uma barra cilíndrica de


comprimento L = 50 cm e base com área
S = 10 cm2. Uma de suas bases (A) é
mantida a uma temperatura constante
TA = 100 °C e a outra (B) é mantida em contato
com uma mistura de água e gelo à temperatura
TB = 0 °C. A quantidade Q de calorias que
passa de A para B em função do tempo t é
a) O calor é conduzido da água ao ar atra- dada pela expressão:
vés do gelo. O fluxo de calor fcal, defini-
g = 10 m/s2
do como a quantidade de calor condu-
1,0 cal = 4,0 J
zido por unidade de tempo, é dado por
Tag – Tar Densidade d’água: 1,0 g/cm3 = 103 kg/m3
fcal = kA _______
​   ​ , 
 onde k = 4,0 × 10–3 cal/ Velocidade da luz no ar: 300.000 km/s
L
(s cm °C) é a condutividade térmica do Calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g
gelo. Qual é o fluxo de calor fcal quando Pressão atmosférica: 105 N/m2
L = 5,0 cm? Q = 0,5 (TA – TB) × S × t / L, onde t é medido
b) Ao solidificar-se, a água a 0 °C perde uma em segundos. Nessas condições calcule:
quantidade de calor que é proporcional a) a quantidade de calor que passa em 1 segundo.
à massa de água transformada em gelo. A b) quantas gramas de gelo se derretem em 40 s.
constante de proporcionalidade Ls é cha-
mada de calor latente de solidificação.
Sabendo-se que o calor latente de solidifi-
cação e a densidade do gelo valem, respec-
tivamente, Ls = 80 cal/g e rg = 0,90 g/cm3,
calcule a quantidade de calor trocado entre
a água e o ar para que a espessura do gelo
aumente de 5,0 cm para 15 cm.

296
Gabarito 2.
∆t = 3 s.
3.
a) = 1,6 102 cal/s.
b) = 1,44 x 107 cal.
E.O. Aprendizagem 4.
1. B 2. D 3. B 4. D 5. B a)

6. D 7. A 8. C 9. B

E.O. Fixação
1. E 2. E 3. C 4. D 5. D

6. B 7. C 8. A 9. C 10. B

E.O. Complementar
1. B 2. E 3. B 4. D 5. D

E.O. Dissertativo
1. Os três são ocorrências associadas às corren- b) B - derrete primeiro
tes de convecção. D - derrete por último.
2. O ar quente sobe para o congelador, torna-se 5.
frio e desce para refrigerar as demais partes. a) 10 cal.
3. Para facilitar o movimento do ar dentro da b) 5 g.
geladeira (corrente de convecção).
4. 40 °C.
5.
a) F = 80 W.
b) e = 1,92 cm.
6. O ar-condicionado deve ser instalado na par-
te superior, enquanto que o aquecedor na
parte de baixo.
7.
K · A(T1 – T2)
a) F = _____________
​     ​  
L
b) T = (2 · T1 + T2)/3
8. 8 · 104 J/s.
9. L = 0,06 m = 6 cm.
10. Calor é a energia térmica em trânsito.

E.O. Enem
1. E 2. D 3. B 4. A 5. E

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. E 2. C 3. E 4. C

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) A = 52 m2.
b) P = 0,6 kW.
c) E = 14,4 kWh.

297
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©

Aulas 9 e 10

Expansão térmica de
sólidos e líquidos
Competência 6
Habilidade 21
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
A temperatura de um corpo está diretamente relacionada à energia cinética das moléculas, isto é, com a agitação
das moléculas que formam o corpo. O aumento da agitação molecular causa o aumento de temperatura do corpo.
Em geral, esse processo provoca um aumento na distância média entre as moléculas, o que faz com que o
corpo sofra uma expansão (ou dilatação).
O efeito oposto também ocorre, ou seja, a diminuição da agitação das moléculas é acompanhada por uma
redução de temperatura e diminuição de volume (contração) do corpo.
Nosso estudo estará limitado ao comportamento dos sólidos isotrópicos, isto é, sólidos cujas propriedades
físicas não dependem de uma direção privilegiada.

Dilatação linear dos sólidos


Inicialmente, vamos estudar a expansão térmica (dilatação) dos corpos. A dilatação linear de um corpo é a variação
de seu comprimento em apenas uma direção. Por exemplo, a variação do comprimento dos trilhos do trem, a di-
latação do raio de uma esfera, variações no comprimento de fios metálicos, ou da aresta de um cubo. Esses casos
são estudados através da análise da dilatação linear dos corpos.
Na figura abaixo, uma barra tem comprimento inicial L0 e temperatura inicial u0. Após o aumento de tem-
peratura, seu comprimento passa a ser L a sua temperatura u.
Chamando a variação de comprimento DL e a variação de temperatura Dq:

DL = L – L0

Dq = q – q0

A experiência mostra que a variação de comprimento DL e a variação de temperatura Dq são relacionadas por:

DL = aL0 ⋅ Dq

em que a é uma constante de proporcionalidade chamada de coeficiente de dilatação linear cujo valor é
dependente do material.
Da equação apresentada anteriormente, isolando o coeficiente de dilatação linear, obtemos:

a = ​ DL ​  1    ​
___ ​ ⋅ ___
L0 Dq
Como DL e L0 têm a mesma unidade, concluímos que:

​    1 
unidade de a = ___________  ​= (unidade de Dq) –1
unidade de Dq

Em geral, adotamos o ºC–1 como unidade de a, mas poderia ser K–1 ou ºF–1.

301
Substituindo DL por L – L0, obtemos a seguinte equação do comprimento final do corpo após a variação de
temperatura:

L – L0 = a ⋅ L0 ⋅ Dq ⇒ L = L0 + a ⋅ L0 ⋅ Dq ⇒

L = L0(1 + a ⋅ Dq)

A figura abaixo mostra o efeito da dilatação nos trilhos. Devido ao aumento em seu comprimento, os trilhos
acabaram por se curvar.

Observação: chamamos de dilatação relativa a porcentagem da dilatação comparada ao tamanho


inicial do objeto. Isto é:
dilatação relativa = ___
​ DL ​ 
L0
Observe que:
___
​  DL ​ = α ∙ Dθ
L0
A tabela a seguir apresenta alguns materiais e seus respectivos coeficiente de dilatação linear α. Perceba que
diferentes materiais possuem coeficiente de dilatação bem discrepantes, por exemplo o chumbo αchumbo = 27 ∙ 10-6 °C-1
e a porcelana αporcelana = 3 ∙ 10-6 °C-1, quase dez vezes maior. A escolha do material em situações em que ocorram
variações de temperatura é essencial na construção civil, por exemplo.

Material Coeficiente de dilatação linear em °C-1


Chumbo 27 ∙ 10-6
Zinco 26 ∙ 10-6
Alumínio 22 ∙ 10-6
Prata 19 ∙ 10-6
Ouro 15 ∙ 10-6
Concreto 12 ∙ 10-6
Vidro comum 9 ∙ 10-6
Granito 8 ∙ 10-6
Vidro pirex 13,2 ∙ 10-6
Porcelana 3 ∙ 10-6

302
Gráfico da dilatação linear

Observe a equação deduzida anteriormente, L = L0[1 + α ∙ (θ – θ0)], podemos representar graficamente o compri-
mento final L em função da temperatura θ, isto é, uma função de L = L (θ).

L(θ) = L0[1 + α ∙ (θ – θ0)]

Como L em função de θ é uma função do primeiro grau, temos uma reta com uma certa inclinação, em
relação à horizontal formando um ângulo v. Temos que:

tg v = ___
​  DL ​ = aL0
Du

Teoria na prática
1. Uma barra de aço tem comprimento de 5,000 m a 10 ºC. Qual será o comprimento da barra se ela for
aquecida até atingir a temperatura de 60 ºC, sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do aço é
a = 12 · 10–6 °C–1?

Resolução:

As temperaturas inicial e final da barra são q0 = 10 °C e q = 60 °C, respectivamente. Assim, a variação de


temperatura é:

Dq = q – q0 = 60 °C – 10 °C = 50 °C

Sendo o comprimento inicial L0 = 5,000 m, calculamos a variação de comprimento:

DL = aL0 ⋅ Dq = (12 ∙ 10 –6) ∙ (5,000) ∙ (50) = 3,0 ∙ 10 –3

DL = 3,0 ∙ 10 –3 m = 0,003 m = 3 mm

Portanto, o comprimento final é igual a:

L = L0 + DL = 5,000 m + 0,003 m = 5,003 m ⇒ L = 5,003 m

303
2. (Cesgranrio) O comprimento ℓ de uma barra de latão varia, em função da temperatura é, segundo o gráfico
a seguir.

Assim, o coeficiente de dilatação linear do latão, no intervalo de 0 °C a 100 °C, vale:


a) 2,0 ∙ 10-5 °C-1.
b) 5,0 ∙ 10-5 °C-1.
c) 1,0 ∙ 10-4 °C-1.
d) 2,0 ∙ 10-4 °C-1.
e) 5,0 ∙ 10-4 °C-1.
Resolução:
Para sabermos qual é o coeficiente, devemos utilizar a fórmula da dilatação linear:
DL = aL0 ⋅ Dq
Retirando do gráfico, temos:
50,1 – 50,0 = α ∙ 50,0 ∙ 100
0,1
α = _____
​     ​ 
= 2 ∙ 10-5 °C-1
5 ∙ 103
Alternativa A
3. (Ita) Você é convidado a projetar uma ponte metálica, cujo comprimento será de 2,0 km. Considerando os
efeitos de contração e expansão térmica para temperaturas no intervalo de -40 °F a 110 °F e que o coefi-
ciente de dilatação linear do metal é de 12 ∙ 10-6 °C-1, qual a máxima variação esperada no comprimento da
ponte? (O coeficiente de dilatação linear é constante no intervalo de temperatura considerado.)
a) 9,3 m
b) 2,0 m
c) 3,0 m
d) 0,93 m
e) 6,5 m
Resolução:
A principal diferença deste exercício em relação aos demais é que a variação de temperatura à que o mate-
rial foi submetido é fornecida na escala Fahrenheit. Para que possamos calcular a variação de comprimento,
devemos transformação a variação de temperatura para a Celsius.
DθF = 150
Dθ DθF
____
​   ​C  = ​ ___ ​  
5 9
​ 250 ​
DθC = ___   
3
304
Aplicando a fórmula da dilatação, temos:

DL = aL0 ⋅ Dq

​ 250 ​  = 2 m
DL = 12 ∙ 10-6 ∙ 2 ∙ 103 ∙ ___
3
Alternativa B

Lâmina bimetálica

INVAR

ALUMÍNIO

θ = 0 ºC θ < 0 ºC θ > 0 ºC

invar (Ni + Fe) → αINVAR = 1,5 .10– 6 ºC– 1


alumínio → αALUMÍNIO = 22 .10– 6 ºC– 1
'

A lâmina bimetálica é um dispositivo em que duas lâminas de materiais diferentes são soldadas e unidas forte-
mente e são utilizadas, por exemplo, como chaveamento elétrico (abertura e fechamento de circuitos elétricos),
pois, quando atravessadas por uma corrente elétrica, têm sua temperatura aumentada, sofrendo assim, o conjunto,
uma dilatação térmica. Como são constituídas de materiais diferentes, dilatam diferentemente, forçando uma curva
na direção daquela que tem menor coeficiente de dilatação, desligando assim o chaveamento, interrompendo a
passagem da corrente elétrica. Contudo, se diminuirmos a temperatura, o conjunto também se curvará na direção
do material que possuir o maior coeficiente de dilatação linear.
Este equipamento é muito usado em ferros de passar roupa, torradeiras elétricas, estufas elétricas, termos-
tatos e etc. como chave de segurança.

LÂMINA BIMETÁLICA

Dilatação superficial
Agora abordaremos o caso em que a dilatação ocorre em duas dimensões. Esta situação ocorre em chapas ou
folhas de metal, na superfície de uma estrutura (uma ponte), na superfície da calçada ou na parede com azulejos.
Do mesmo modo que para a dilatação linear, imagine um corpo cuja área inicial A0, em uma temperatura θ0, sofra
uma alteração de temperatura para θ. Experimentalmente temos que a variação da área DA é proporcional à área
inicial, à variação de temperatura e a um coeficiente que depende do material.

DA = A – A0

DA = b ∙ A0 ⋅ Dq

305
Dessa forma, temos que b = ______
​  DA   ​, cuja unidade é definida por:
A0 ∙ Dq
​    1 
(unidade de b) = _____________  ​= (unidade de Dq)-1
unidade de Dq
b é chamado coeficiente de dilatação superficial, é uma característica que depende do material e relaciona-
-se matematicamente com o coeficiente de dilatação linear pela seguinte expressão:

b=2∙α

Combinando ambas as expressões para a dilatação superficial podemos escrever:

A = A0[1 + b ∙ (θ – θ0)]

Observação: Quando há um orifício em uma superfície de uma certa substância, e esta passa por um
processo de expansão, o orifício também aumenta, esse aumento ocorre na mesma proporção que a superfície,
por isso podemos calcular o aumento do orifício calculando como seria o aumento de uma superfície da mesma
substância de mesmo tamanho deste orifício.

Gráfico da dilatação superficial

Observe a equação deduzida anteriormente, A = A0 [1 + b ∙ (θ – θ0)], podemos representar graficamente a


área final A em função da temperatura θ, isto é, uma função de A = A (θ).
A(θ) = A0 [1 + b ∙ (θ – θ0)]
Cujo gráfico também é uma função do primeiro grau.

Como A em função de θ é uma função do primeiro grau, temos uma reta com uma certa inclinação, em
relação à horizontal formando um ângulo v. Temos que :

​ ∆A  ​= b ∙ A0
tgv = ___
∆θ
306
Um claro exemplo da dilatação superficial é a necessidade de juntas de dilatação em estruturas de concreto,
pontes, por exemplo, suportando as forças de tensão que se originam da expansão superficial da ponte.

Dilatação volumétrica
Por fim, temos o caso em que a dilatação ocorre em três direções: a dilatação volumétrica. Sendo rigoroso, todo
corpo possui três dimensões, portanto, sempre ocorre dilatação volumétrica. Os dois casos anteriores, a dilatação
linear e a dilatação superficial, são casos particulares, ou aproximações, quando a dilatação ocorre preferencial-
mente em apenas uma ou duas direções. Iremos utilizar a dilatação volumétrica quando os corpos estudados se-
jam, por exemplo, sólidos geométricos ou líquidos (estes apresentam unicamente dilatação volumétrica em todos
os casos). Imagine um corpo cujo volume inicial V0, em uma temperatura q0, sofra uma alteração de temperatura
para q. Experimentalmente, temos que a variação do volume DV é proporcional ao volume inicial, à variação de
temperatura e a um coeficiente que depende do material.

DV = V – V0

DV = g ∙ V0 ⋅ Dq

Dessa forma, temos que g = ______


​  DV   ​, cuja unidade é definida por:
V0 ∙ Dq

​    1 
(unidade de g) = _____________ ​= (unidade de Dq)-1
unidade de Dq

Coeficiente g é chamado coeficiente de dilatação volumétrica, é uma característica que depende do mate-
rial e relaciona-se matematicamente com o coeficiente de dilatação linear pela seguinte expressão:

g=3∙α

Combinando ambas as expressões para a dilatação volumétrica, podemos escrever:

V = V0[1 + g ∙ (θ – θ0)]

Observação: quando há um espaço vazio em um volume de uma certa substância, e este passa por um
processo de expansão, o espaço vazio também aumenta, esse aumento ocorre na mesma proporção que o volume,
por isso podemos calcular o aumento do espaço vazio calculando como seria o aumento de um volume com o
mesmo volume deste espaço vazio.

307
Gráfico da dilatação volumétrica

Observe a equação deduzida anteriormente, V = V0[1 + g ∙ (θ – θ0)]: podemos representar graficamente o volume

final V em função da temperatura θ, isto é, uma função de V = V (θ).

V (θ) = V0[1 + g ∙ (θ – θ0)]

Cujo gráfico também é uma função do primeiro grau.

Como V em função de θ é uma função do primeiro grau, temos uma reta com uma certa inclinação, em
relação à horizontal formando um ângulo θ. Temos que:

​  ∆V  ​= g ∙ V0
tg v = ___
∆θ

Teoria na prática
1. (Mackenzie) Uma chapa de alumínio (α = 2,2 · 10-5 °C-1), inicialmente a 20 °C, é utilizada numa tarefa
doméstica no interior de um forno aquecido a 270 °C. Após o equilíbrio térmico, sua dilatação superficial,
em relação à área inicial, foi de:
a) 0,55%.
b) 1,1%.
c) 1,65%.
d) 2,2%.
e) 4,4%.

Resolução:

Para calcularmos a dilatação superficial, precisamos, antes de tudo, saber qual é o coeficiente de dilatação
superficial.
Lembrando que:
b=2∙a

Logo:
b = 4,4 ∙ 10-5 ºC-1

Aplicando na fórmula de dilatação superficial, temos:


DA = b ∙ A0 ∙ Du

Substituindo os valores temos:


DA = 4,4 ∙ 10-5 ∙ A0 ∙ (270 – 20)

308
Queremos uma relação de porcentagem entre o aumento e o tamanho inicial, isso matematicamente é:
___
​ DA ​ = 0,011
A0
Portanto:
___
​ DA ​ = 1,1%
A0
Alternativa B

Dilatação dos líquidos


Durante a variação de temperatura dos líquidos, apenas a dilatação volumétrica ocorre. Isso ocorre, pois os líqui-
dos assumem a forma dos recipientes onde estão contidos, ou seja, não existe uma direção específica no qual a
dilatação ocorre. No entanto, é preciso cuidado ao estudar a dilatação volumétrica dos líquidos, pois também é
necessário levar em conta a dilatação do recipiente onde são colocados. Desse modo, tanto a dilatação do líquido
como a do recipiente devem ser consideradas.
Os coeficientes de dilatação volumétrica de alguns líquidos, a 20 ºC, estão representados na tabela. Os
valores do coeficiente desses líquidos são da ordem de 10–3, enquanto os dos sólidos são da ordem de 10–5. Obser-
vamos, então, que os coeficientes de dilatação dos líquidos são muito maiores que os dos sólidos.

Coeficientes de dilatação volumétrica de alguns líquidos a 20 ºC


Líquido g (ºC–1)
álcool etílico 1,2 ∙ 10–3

gasolina 0,95 ∙ 10–3

glicerina 0,5 ∙ 10–3

mercúrio 18,2 ∙ 10–3

Note que os valores dos coeficientes dados pela tabela são válidos a 20 ºC. Na prática, os coeficientes a, b e
g dependem da faixa de temperatura que a variação ocorre, por exemplo, se a temperatura varia de 10 °C a 100 °C,
ou se varia de 2.000 °C a 3.000 °C. Porém, essa variação é pequena, e, portanto, na resolução dos exercícios ela
será desprezada.
Normalmente, o coeficiente de dilatação volumétrica dos líquidos é muito superior ao coeficiente de dilata-
ção dos sólidos, isso implica que quando um recipiente contém um líquido e ambos são aquecidos, a dilatação do
líquido será maior que a dilatação do recipiente. A tabela anterior apresenta o coeficiente de dilatação volumétrica
de algumas substâncias no estado líquido.
Imagine a situação como da figura a seguir. Temos um líquido dentro de um recipiente, ambos a uma tem-
peratura u0 , aquecidos até uma temperatura final. O líquido preenche totalmente o recipiente até a altura onde se
encontra o “ladrão”, uma abertura por onde o líquido pode escorrer.

309
Quando o conjunto é aquecido por uma fonte de calor, ambos, o líquido e o recipiente, dilatam. Porém,
devido ao maior coeficiente de dilatação volumétrica, o líquido expande mais. Assim, parte do líquido escapa pelo
“ladrão” e é recolhido em outro frasco.

Erroneamente, algumas pessoas pensam que o líquido que extravasou é a variação do mesmo. Na verdade,
é uma parte da dilatação do líquido, pois o frasco também expandiu, dessa forma foi capaz de comportar mais
líquido. Chamaremos o líquido recolhido de dilatação aparente do líquido. Matematicamente, temos:
DVlíquido = DVaparente + DVrecipiente

Aplicando a expressão para a dilatação do recipiente e do líquido, temos:

DVlíquido = glíquido ∙ V0 líquido ∙ Du

e
DVrecipiente = grecipiente ∙ V0 recipiente ∙ Du

Sendo o volume inicial do recipiente igual ao volume inicial do líquido podemos dizer que a dilatação apa-
rente é dada por:
DVaparente = (glíquido - g recipiente )∙ V0 ∙ Du

Onde podemos chamar a diferença dos coeficientes de coeficiente de dilatação aparente:

gaparente = g líquido – g recipiente

Dilatação anômala da água


A água tem um comportamento diferente que a maioria das substâncias. Em geral, quando a temperatura de uma
substância aumenta seu volume também aumenta. Porém, não é isso que ocorre para a água.
Sob pressão normal, a experiência mostra que o volume da água diminui com o aumento de temperatura
entre 0 ºC e 4 ºC. E a partir de 4 ºC, o comportamento é semelhante ao das outras substâncias, isto é, o volume
aumenta com o aumento da temperatura.

310
​ m ​  , o menor volume V ocupado pela massa de água m fornece a
Como a densidade é calculada por d = __
V
maior densidade possível da água. Desse modo, a água tem densidade máxima (1 g/cm3) a 4 ºC (sob pressão de
1 atm).
V (cm3) d (g/cm3)
1,0000

0,0099
V0 0,0098
Vmin
0,0097
0,0096
0 4 θ (ºC) 0 2 4 6 8 10 θ (ºC)

Teoria na prática
1. (Puc) O tanque de gasolina de um automóvel, de capacidade 60 litros, possui um reservatório auxiliar de
retorno com volume de 0,48 litros, que permanece vazio quando o tanque está completamente cheio. Um
motorista enche o tanque quando a temperatura era de 20 ºC e deixa o automóvel exposto ao Sol. A tempe-
ratura máxima que o combustível pode alcançar, desprezando-se a dilatação do tanque, é igual a:
Dados: gasolina = 2,0 · 10-4 °C-1
a) 60 ºC.
b) 70 ºC.
c) 80 ºC.
d) 90 ºC.
e) 100 ºC.

Resolução:

Para descobrirmos a temperatura máxima, devemos aplicar a fórmula de dilatação volumétrica:


DV = g V0 Du
Substituindo pelos valores dados, temos:
0,48 = 2 ∙ 10 - 4 ∙ 60 ∙ (u -20)
Isolando a temperatura final e realizando os cálculos, obtemos:
u = 60 ºC
Alternativa A
2. (FGV) O dono de um posto de gasolina recebeu 4000 L de combustível por volta das 12 horas, quando a
temperatura era de 35 ºC. Ao cair da tarde, uma massa polar vinda do Sul baixou a temperatura para 15 °C e
permaneceu até que toda a gasolina fosse totalmente vendida. Qual foi o prejuízo, em litros de combustível,
que o dono do posto sofreu?
Dados: coeficiente de dilatação do combustível é de 1,0 · 10-3 ºC-1.
a) 4 L
b) 80 L
c) 40 L
d) 140 L
e) 60 L

Resolução:

Para descobrirmos o prejuízo do dono do posto, devemos aplicar a fórmula para dilatação volumétrica:
DV = g ∙ V0 ∙ Du = 1 ∙ 10–3 ∙ 4000 ∙ (35 - 15) = 80 litros

Alternativa B

311
3. Diz um ditado popular: "A natureza é sábia". De fato! Ao observarmos os diversos fenômenos da nature-
za, ficamos encantados com muitos pormenores, sem os quais não poderíamos ter vida na face da Terra,
conforme a conhecemos. Um desses pormenores, de extrema importância, é o comportamento anômalo da
água, no estado líquido, durante seu aquecimento ou resfriamento sob pressão normal. Se não existisse tal
comportamento, a vida subaquática nos lagos e rios, principalmente das regiões mais frias de nosso planeta,
não seria possível. Dos gráficos abaixo, o que melhor representa esse comportamento anômalo é:
a) d)

b) e)

c)

Resolução:

O comportamento anômalo advém do fato de que a água líquida contrai-se ao ser aquecida de 0 ºC a 4 ºC
e dilata-se quando aquecida a partir de 4 ºC. Assim, a 4 ºC o volume de dada massa de água é mínimo e a
densidade é máxima.
Alternativa A

312
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Dilatação Superficial (Dilatação Térmica)


Fonte: Youtube

Vídeo Tema 04 - Propriedades Térmicas de Materiais ...

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Instrumentação / medidas / grandezas

parquedaciencia.blogspot.com.br/2013/08/dilatacao-termica-o-que-e-o-que-causa.html
www.if.ufrgs.br/~leila/dilata.htm
educacao.globo.com
mundoeducacao.bol.uol.com.br
www.if.ufrj.br

314
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

É comum observarmos juntas de dilatação ao passarmos numa ponte. Ao longo do dia, o concreto é banhado
pelo calor proveniente do Sol, podendo, assim, expandir o seu tamanho. Sem levar este fator em conta, obras de
engenharia civil acabariam rachando e desmoronando.

Na imagem, vemos uma junta de dilatação, ela possibilita essa movimentação da estrutura, reduzindo a
ocorrência de fissuras na obra.
Pelo mesmo motivo, há uma separação entre os azulejos de uma cozinha, e/ou deixamos pequenos vãos nas
calçadas de cimento, caso contrário, devido à dilatação, elas rachariam.
Você sabia que a Torre Eiffel cresce todo verão? Isso mesmo, a torre feita de metal cresce 15 cm todo verão,
mas isto ocorre porque o metal dilata ao receber calor. Devido ao acréscimo de temperatura no verão, a Torre Eiffel,
símbolo da França, acaba aumentando de tamanho.
Até é possível notar que a torre se curva devido à dilatação.

315
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 21 - Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou
tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

A habilidade 21 avalia a capacidade do estudante de entender conceitos da física, sua


importância histórica e saber aplicá-los no cotidiano, tal qual diz o segundo eixo cognitivo
“ construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de
fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das
manifestações artísticas.”

Modelo
(Enem) Durante uma ação de fiscalização em postos de combustíveis, foi encontrado um meca-
nismo inusitado para enganar o consumidor. Durante o inverno, o responsável por um posto de
combustível compra álcool por R$ 0,50/litro, a uma temperatura de 5 °C. Para revender o líquido
aos motoristas, instalou um mecanismo na bomba de combustível para aquecê-lo, para que atinja
a temperatura de 35 °C, sendo o litro de álcool revendido a R$ 1,60. Diariamente o posto compra
20 mil litros de álcool a 5 ºC e os revende.
Com relação à situação hipotética descrita no texto e dado que o coeficiente de dilatação volu-
métrica do álcool é de 1×10-3 ºC-1, desprezando-se o custo da energia gasta no aquecimento do
combustível, o ganho financeiro que o dono do posto teria obtido devido ao aquecimento do álcool
após uma semana de vendas estaria entre
a) R$ 500,00 e R$ 1.000,00.
b) R$ 1.050,00 e R$ 1.250,00.
c) R$ 4.000,00 e R$ 5.000,00.
d) R$ 6.000,00 e R$ 6.900,00.
e) R$ 7.000,00 e R$ 7.950,00.

316
Análise expositiva

Habilidade 21
Neste exercício, o estudante é colocado para interpretar a situação proposta sendo necessário
que relacione a variação do volume do combustível com o lucro obtido pelo dono do posto.
O principal problema era interpretar se o volume dilatado foi ou não comprado pelo dono.
V0 = 20 ∙ 103 L; Dθ = 30 ºC, g = 10-3 ºC-1
DV = V0 ∙ g ∙ Dθ ⇒ DV = 20 ∙ 103 ∙ 10-3 ∙ 30 ⇒ DV = 600 L
$ = 600 ∙ 1,60 ∙ 7
$ = 6720,00
Alternativa D

Estrutura Conceitual
Dilatação Mudança do
Linear comprimento

Dilatação Mudança da
SÓLIDOS superficial área

GRÁFICO
DILATAÇÂO
TÉRMICA Dilatação Mudança no
volumétrica volume
LÍQUIDOS
Dilatação
aparente

Dilatação
anômala da água

317
E.O. Aprendizagem 3. Uma longa ponte foi construída e instalada
com blocos de concreto de 5 m de compri-
mento a uma temperatura de 20 °C em uma
1. (Fuvest) Uma lâmina bimetálica de bronze região na qual a temperatura varia ao longo
e ferro, na temperatura ambiente, é fixada do ano entre 10 °C e 40 °C. O concreto des-
por uma de suas extremidades, como visto tes blocos tem coeficiente de dilatação linear
na figura abaixo. de 10–5 °C–1. Nessas condições, qual distância
em cm deve ser resguardada entre os blocos
na instalação para que, no dia mais quente
do verão, a separação entre eles seja de 1 cm:
a) 1,01.
b) 1,10.
Nessa situação, a lâmina está plana e hori- c) 1,20.
d) 2,00.
zontal. A seguir, ela é aquecida por uma cha-
e) 2,02.
ma de gás. Após algum tempo de aquecimen-
to, a forma assumida pela lâmina será mais 4. Quem viaja de carro ou de ônibus pode ver,
adequadamente representada pela figura: ao longo das estradas, torres de transmissão
Note e adote: de energia tais como as da figura.
O coeficiente de dilatação térmica linear do
ferro é 1,2 · 10‑5 °C‑1.
O coeficiente de dilatação térmica linear do
bronze é 1,8 · 10‑5 °C‑1.
Após o aquecimento, a temperatura da lâmi-
na é uniforme.

a)
Olhando mais atentamente, é possível notar
que os cabos são colocados arqueados ou,
b) como se diz popularmente, “fazendo barri-
ga”. A razão dessa disposição é que:
a) a densidade dos cabos tende a diminuir com
o passar dos anos.
c) b) a condução da eletricidade em alta tensão é
facilitada desse modo.
c) o metal usado na fabricação dos cabos é im‑
possível de ser esticado.
d) os cabos, em dias mais frios, podem enco‑
d) lher sem derrubar as torres.
e) os ventos fortes não são capazes de fazer os
cabos, assim dispostos, balançarem.
e)
5. O piso de concreto de um corredor de ônibus
é constituído de secções de 20 m separadas
por juntas de dilatação. Sabe-se que o co-
2. O diâmetro externo de uma arruela de me- eficiente de dilatação linear do concreto é
tal é de 4,0 cm e seu diâmetro interno é de 12 × 10–6 °C–1, e que a variação de tempe-
2,0 cm. Aumentada a temperatura da arruela ratura no local pode chegar a 50 °C entre o
de ΔT, observa-se que seu diâmetro externo inverno e o verão. Nessas condições, a va-
aumenta em Δd. Então, pode-se afirmar que riação máxima de comprimento, em metros,
de uma dessas secções, devido à dilatação
seu diâmetro interno:
térmica, é:
a) diminui de Dd.
a) 1,0 × 10‑2.
b) diminui de Dd/2. b) 1,2 × 10‑2.
c) aumenta de Dd. c) 2,4 × 10‑4.
d) aumenta de Dd/2. d) 4,8 × 10‑4.
e) não varia. e) 6,0 × 10‑4.

318
6. No gráfico a seguir, está representado o com- 10. Certo metal possui um coeficiente de dila-
primento L de duas barras A e B em função tação linear a. Uma barra fina deste metal,
da temperatura u. de comprimento L0, sofre uma dilatação para
Sabendo-se que as retas que representam os uma dada variação de temperatura DT. Para
comprimentos da barra A e da barra B são uma chapa quadrada fina de lado L0 e para
paralelas, pode-se afirmar que a razão entre um cubo também de lado L0, desse mesmo
o coeficiente de dilatação linear da barra A e metal, se a variação de temperatura for 2DT,
o da barra B é: o número de vezes que aumentou a variação
da área e do volume, da chapa e do cubo,
respectivamente, é:
a) 4 e 6.
b) 2 e 2.
c) 2 e 6.
d) 4 e 9.
e) 2 e 8.

E.O. Fixação
a) 0,25.
b) 0,50. 1. Duas chapas circulares A e B de áreas iguais
c) 1,00. a uma temperatura inicial de 20 °C foram
d) 2,00. colocadas no interior de um forno cuja tem-
peratura era de 170 °C. Sendo a chapa A de
7. Uma esfera oca metálica tem raio interno de alumínio e a chapa B de ferro e a diferença
10 cm e raio externo de 12 cm a 15 °C. Sendo entre suas áreas no instante em que atingi-
o coeficiente de dilatação linear desse metal ram o equilíbrio térmico com o forno igual a
2,3 × 10–5 (°C)–1, assinale a alternativa que 2,7p cm², então o raio inicial das chapas no
mais se aproxima da variação do volume da instante em que foram colocadas no forno
cavidade interna em cm3 quando a tempera- era de:
tura sobe para 40 °C. (Considere: aAℓ = 22 × 10–6 °C–1;
Considere p = 3 aFe = 12 × 10–6 °C–1)
a) 0,2 a) 25 cm.
b) 2,2 b) 30 cm.
c) 7,0 c) 35 cm.
d) 15 d) 40 cm.
e) 15,2
2. Duas esferas maciças e homogêneas, X e Y,
8. Um bloco em forma de cubo possui volume de mesmo volume e materiais diferentes, es-
de 400 cm3 a 0 °C e 400,6 cm3 a 100 °C. O co- tão ambas na mesma temperatura T. Quando
eficiente de dilatação linear do material que ambas são sujeitas a uma mesma variação de
constitui o bloco, em unidades °C–1, vale: temperatura Dt, os volumes de X e Y aumen-
a) 4 × 10–5. tam de 1% e 5%, respectivamente.
b) 3 × 10–6.
A razão entre os coeficientes de dilatação li-
c) 2 × 10–6.
near dos materiais de X e Y, aX/aY, é:
d) 1,5 × 10–5.
a) 1.
e) 5 × 10–6.
b) 1/2.
c) 1/4.
9. Duas barras de materiais diferentes A e B d) 1/5.
têm o mesmo comprimento a 20 °C. Colocan- e) 1/10.
do-se a barra A num refrigerador e a barra
B num forno, elas atingem, respectivamente 3. Um recipiente cilíndrico, de vidro, de 500
as temperaturas de –10 °C e 200 °C, passan- ml está completamente cheio de mercúrio, a
do a apresentar uma diferença de 0,06 cm temperatura de 22 ºC. Esse conjunto foi co-
nos seus comprimentos. Sendo os coeficien- locado em um freezer a –18 ºC e, após atin-
tes de dilatação linear dos materiais de A e gir o equilíbrio térmico, verificou-se um.
B, respectivamente iguais a 22 × 10–6 °C–1 e Dados – Constantes físicas:
3 × 10–6 °C–1, então o comprimento inicial §§ Coeficiente de dilatação linear do vidro:
das barras a 20°C é: αV = 1,0 × 10–5 °C–1.
a) 30 cm. §§ Coeficiente de dilatação volumétrica do
b) 60 cm. mercúrio: γHg = 0,20 × 10–3°C–1.
c) 50 cm. §§ Constante da lei de Coulomb (para o vá-
d) 40 cm. cuo): k0 = 9,0 × 109 N × m²/C².

319
a) transbordamento de 3,4 ml de mercúrio. 6. Uma chapa metálica de área 1 m2, ao sofrer
b) transbordamento de 3,8 ml de mercúrio. certo aquecimento, dilata de 0,36 mm2. Com
c) espaço vazio de 3,4 ml no recipiente. a mesma variação de temperatura, um cubo
d) espaço vazio de 3,8 ml no recipiente. de mesmo material, com volume inicial de
1 dm3, dilatará:
4. A tabela abaixo apresenta uma relação de a) 0,72 mm3.
b) 0,54 mm3.
substâncias e os seus respectivos valores de
c) 0,36 mm3.
coeficiente de dilatação linear e condutivi-
d) 0,27 mm3.
dade térmica, ambos medidos à temperatura
e) 0,18 mm3.
de 20 °C.

Coeficiente de 7. Nos últimos anos temos sido alertados so-


Condutividade bre o aquecimento global. Estima-se que,
Substância Dilatação Linear
Térmica (W/mK)
(10–4 ºC–1) mantendo-se as atuais taxas de aquecimen-
Gelo 51 2 to do planeta, haverá uma elevação do nível
do mar causada, inclusive, pela expansão
Chumbo 29 35 térmica, causando inundação em algumas
regiões costeiras. Supondo, hipoteticamen-
Alumínio 24 240
te, os oceanos como sistemas fechados e
Cobre 17 400 considerando que o coeficiente de dilatação
volumétrica da água é aproximadamente
Concreto 12 0,8
2 × 10–4 ºC–1 e que a profundidade média dos
Vidro Comum 9 0,7 oceanos é de 4 km, um aquecimento global
de 1 ºC elevaria o nível do mar, devido à ex-
Assinale a alternativa correta, tomando pansão térmica, em, aproximadamente:
como base as informações acima. a) 0,3 m.
a) Barras do mesmo comprimento dos metais b) 0,5 m.
listados na tabela sofrerão dilatações iguais, c) 0,8 m.
quando submetidas a uma variação de tem‑ d) 1,1 m.
peratura de 20 °C. e) 1,7 m.
b) A condutividade térmica das substâncias
permanece constante, independentemente 8. Em uma chapa metálica é feito um orifício
da temperatura em que estas se encontram. circular do mesmo tamanho de uma moeda.
c) Substâncias que possuem maior condutivi‑ O conjunto (chapa com a moeda no orifício),
inicialmente a 25 ºC, é levado a um forno
dade térmica também apresentam maiores
e aquecido até 225 ºC. Após o aquecimen-
coeficientes de dilatação.
to, verifica-se que o orifício na chapa ficou
d) Dentre as substâncias listadas na tabela, o
maior do que a moeda. Dentre as afirmativas
cobre é a melhor opção para fazer isolamen‑ a seguir, indique a que está correta.
tos térmicos. a) O coeficiente de dilatação da moeda é maior
e) Duas chapas de dimensões iguais, uma de do que o da chapa metálica.
alumínio e outra de concreto, são submeti‑ b) O coeficiente de dilatação da moeda é menor
das à mesma variação de temperatura. Cons‑ do que o da chapa metálica.
tata-se então que a variação de dilatação su‑ c) O coeficiente de dilatação da moeda é igual ao
perficial da chapa de alumínio é duas vezes da chapa metálica, mas o orifício se dilatou
maior que a da chapa de concreto. mais porque a chapa é maior que a moeda.
d) O coeficiente de dilatação da moeda é igual
5. Uma placa de alumínio (coeficiente de di- ao da chapa metálica, mas o orifício se dila‑
tou mais porque o seu interior é vazio.
latação linear do alumínio = 2 × 10–5 ºC–1),
e) Nada se pode afirmar sobre os coeficientes
com 2,4 m2 de área à temperatura de –20 ºC,
de dilatação da moeda e da chapa, pois não
foi aquecido à 176 ºF. O aumento de área da
é dado o tamanho inicial da chapa.
placa foi de:
a) 24 cm2.
9. Os materiais utilizados na construção civil
b) 48 cm2.
são escolhidos por sua resistência a tensões,
c) 96 cm2. durabilidade e propriedades térmicas como
d) 120 cm2. a dilatação, entre outras. Rebites de metal
e) 144 cm2. (pinos de formato cilíndrico), de coeficiente
de dilatação linear 9,8 × 10–6°C–1, devem ser
colocados em furos circulares de uma chapa

320
de outro metal, de coeficiente de dilatação
linear 2,0 × 10–5 °C–1. Considere que, à tem-
peratura ambiente (27 °C), a área transver-
sal de cada rebite é 1,00 cm2 e a de cada
furo, 0,99 cm2. A colocação dos rebites, na
chapa metálica, somente será possível se
ambos forem aquecidos até, no mínimo, a
temperatura comum de: À temperatura ambiente, o diâmetro do eixo
a) 327 °C. é maior que o do orifício do anel.
b) 427 °C. Sabe-se que o coeficiente de dilatação térmi-
c) 527 °C. ca do latão é maior que o do aço.
d) 627 °C. Diante disso, são sugeridos a João alguns
e) 727 °C. procedimentos, descritos nas alternativas a
seguir, para encaixar o eixo no anel.
10. Uma chapa quadrada, feita de um mate- Assinale a alternativa que apresenta um pro-
rial encontrado no planeta Marte, tem área cedimento que NÃO permite esse encaixe.
A = 100,0 cm2 a uma temperatura de 100 a) Resfriar apenas o eixo.
°C. A uma temperatura de 0,0 °C, qual b) Aquecer apenas o anel.
será a área da chapa em cm2? que o coefi- c) Resfriar o eixo e o anel.
ciente de expansão linear do: material é d) Aquecer o eixo e o anel.
α = 2,0 × 10–3/°C.
a) 74,0 3. Numa experiência de laboratório, sobre di-
b) 64,0 latação superficial, foram feitas várias me-
c) 54,0 didas das dimensões de uma superfície S de
d) 44,0 uma lâmina circular de vidro em função da
e) 34,0 temperatura T. Os resultados das medidas es-
tão representados no gráfico a seguir.

E.O. Complementar
1. A figura a seguir ilustra um arame rígido de
aço, cujas extremidades estão distanciadas
de “L”.

R
L

Com base nos dados experimentais forneci-


dos no gráfico, pode-se afirmar, corretamen-
Alterando-se sua temperatura, de 293 K para te, que o valor numérico do coeficiente de
100 °C, pode-se afirmar que a distância “L”: dilatação linear do vidro é:
a) diminui, pois o arame aumenta de compri‑ a) 24 × 10–6 °C–1.
mento, fazendo com que suas extremidades b) 18 × 10–6 °C–1.
fiquem mais próximas. c) 12 × 10–6 °C–1.
b) diminui, pois o arame contrai com a dimi‑ d) 9 × 10–6 °C–1.
nuição da temperatura. e) 6 × 10–6 °C–1.
c) aumenta, pois o arame diminui de compri‑
mento, fazendo com que suas extremidades 4. (PUC) Deseja-se passar uma esfera metálica
fiquem mais afastadas. através de um orifício localizado no centro
d) não varia, pois a dilatação linear do arame é de uma chapa metálica quadrada. O diâmetro
compensada pelo aumento do raio “R”. da esfera é levemente maior que o diâmetro
e) aumenta, pois a área do círculo de raio “R” do furo. Para conseguir esse objetivo, o pro-
aumenta com a temperatura. cedimento CORRETO é:
a) aquecer igualmente a esfera e a chapa.
2. João, chefe de uma oficina mecânica, precisa b) resfriar apenas a chapa.
encaixar um eixo de aço em um anel de la- c) resfriar igualmente a esfera e a chapa.
tão, como mostrado nesta figura: d) aquecer a chapa.

321
5. Os postos de gasolina são normalmente abastecidos por um caminhão-tanque. Nessa ação cotidia-
na, muitas situações interessantes podem ser observadas.
Um caminhão-tanque, cuja capacidade é de 40.000 litros de gasolina, foi carregado completa-
mente, num dia em que a temperatura ambiente era de 30 °C. No instante em que chegou para
abastecer o posto de gasolina, a temperatura ambiente era de 10 °C, devido a uma frente fria, e o
motorista observou que o tanque não estava completamente cheio.
Sabendo que o coeficiente de dilatação da gasolina é 1,1 × 10–3 °C–1 e considerando desprezível a
dilatação do tanque, é correto afirmar que o volume do ar, em litros, que o motorista encontrou no
tanque do caminhão foi de:
a) 40.880.
b) 8.800.
c) 31.200.
d) 4.088.
e) 880.

E.O. Dissertativo
1. A tabela a seguir apresenta os valores dos coeficientes de dilatação linear de alguns materiais.
Com base nessa tabela, resolva as questões a seguir:

Coeficiente de dilatação Coeficiente de dilatação


Material Material
linear [ºC-1] volumétrica [ºC-1]
Alumínio 24 × 10-6 Álcool etílico 1,12 × 10-4
Cobre 17 × 10-6
Gasolina 9,6 × 10-4
Aço 11 × 10-6 Glicerina 4,85 × 10-4
Concreto 12 × 10-6 Mercúrio 1,82 × 10-4

a) Em uma região, onde é normal ocorrerem grandes variações de temperatura, foi construída uma pas‑
sarela de aço. À temperatura de 15 °C o comprimento da passarela é igual a 50 m. Qual a variação de
comprimento dela, num dia em que a temperatura passa de 15 °C para 45 °C?
b) Uma carreta que transporta combustível foi carregada com 20 mil litros de gasolina em uma cidade do
Sudeste do Brasil, num dia em que a temperatura era igual a 35 °C (mesma temperatura da gasolina).
Qual a perda de volume, por efeito de contração térmica, que essa carga apresenta quando descarre‑
gada no Sul do Brasil, a uma temperatura de 10 °C?
c) Placas quadradas de concreto, com largura igual a 1,0 m, são utilizadas na construção de uma calçada
para pedestres. Sabendo-se que essas chapas ficarão sujeitas a variações de temperatura que podem
chegar a 50 °C, calcule a dimensão mínima das juntas de dilatação que devem ser deixadas entre uma
placa de concreto e outra.

2. O recipiente de paredes adiabáticas está completamente cheio com 51 gramas de água a uma tem-
peratura de 20 °C.
Uma chave de ferro de massa 40 gramas e com temperatura inicial de 220°C é totalmente imersa
nesse recipiente, de forma muito rápida. Após um longo intervalo de tempo, o sistema entra em
equilíbrio térmico. Conhecendo-se a densidade do ferro, 8 g/cm3, a densidade da água, 1 g/cm3, o
calor específico do ferro, 0,1 cal/g°C e o calor específico da água, 1 cal/g°C, calcule:
a) o volume inicial da chave.
b) a temperatura final do sistema.
c) a variação volumétrica da chave após entrar em equilíbrio térmico com a água, sabendo-se que o co‑
eficiente de dilatação volumétrica do ferro é igual a 4,0 × 10–5°C–1.

3. (PUC 2017) Uma placa de vidro possui as dimensões de


10 m · 1,0 m · 1,0 cm
quando está à temperatura ambiente. Seu coeficiente de dilatação linear é 9 · 10-6 ºC-1.
Se a placa sofrer uma variação de temperatura de 10 ºC, de quanto será a variação de volume da
placa, em cm3?

322
4. Com motores mais potentes, caminhões com
duas carretas têm se tornado muito comuns
nas estradas brasileiras.
O caminhão esquematizado a seguir acelera
uniformemente com aceleração de valor a.
Nessas condições.
§§ o motor do cavalo aplica sobre o conjunto
uma força constante de intensidade F;
§§ a interação entre as partes unidas pelos
engates 1 e 2 têm intensidades respecti-
vamente iguais a f1 e f2; No momento da experiência, a temperatura
§§ as massas do cavalo, da carreta número 1 no laboratório é 30 ºC, e o bulbo é totalmen-
e da carreta número 2 são, nessa ordem, te preenchido com álcool até a base do tubo.
m, m1 e m2; Sabendo-se que o coeficiente de dilatação do
§§ a resistência do ar ao movimento da car- álcool é 11 · 10-4 ºC-1 e que o coeficiente de
reta pode ser considerada desprezível. dilatação do vidro utilizado é desprezível
comparado ao do álcool, a altura h, em cm,
atingida pelo líquido no tubo, quando o ter-
mômetro for utilizado em um experimento a
80 ºC é:

6.
Antes de iniciar o transporte de combustí- a) A figura (a) esquematiza uma repetição das
veis, os dois tanques inicialmente vazios se famosas experiências de Joule (1818-1889).
encontravam à temperatura de 15°C, bem Um corpo de 2 kg de massa, conectado a um
como os líquidos que neles seriam derrama- calorímetro contendo 400 g de água à uma
dos. No primeiro tanque, foram despejados temperatura inicial de 298 K, cai de uma al‑
15.000 L de gasolina e, no segundo, 20.000 tura de 5 m. Este procedimento foi repetido
L de álcool. Durante o transporte, a forte in- n vezes, até que a temperatura do conjun‑
solação fez com que a temperatura no inte- to água mais calorímetro atingisse 298,4 K,
rior dos tanques chegasse a 30 °C. conforme mostra a figura (b). Considere que
Dados: apenas 60% da energia mecânica total libe‑
Gasolina: coeficiente de dilatação volumétri- rada nas n quedas do corpo é utilizada para
ca: 9,6 × 10-4 °C-1 aquecer o conjunto (calorímetro mais água)
Álcool: densidade: 0,8 g/cm3 calor específi- e adote g = 10m/s2.
co: 0,6 cal/(g ⋅ °C) a-1) Calcule a capacidade térmica do calorí‑
Considerando desde o momento do carrega- metro, em J/°C.
mento até o momento da chegada ao destino, a-2) Determine n.
determine:
a) a variação do volume de gasolina.
b) a quantidade de calor capaz de elevar a tem‑
peratura do álcool até 30 °C.

5. (Epcar(Afa)2017) Em um laboratório de
física é proposta uma experiência onde os
alunos deverão construir um termômetro, o
qual deverá ser constituído de um bulbo, um
tubo muito fino e uniforme, ambos de vidro,
além de álcool colorido, conforme a figura
abaixo. b) Um frasco tem volume de 2000 cm3 a 0°C
O bulbo tem capacidade de 2,0 cm2, o tubo e está completamente cheio de mercúrio a
tem área de secção transversal de 1 · 10-2 esta temperatura. Aquecendo o conjunto até
cm2 e comprimento de 25 cm. 100 °C, entornam 30,4 cm3 de mercúrio. O
coeficiente de dilatação volumétrica do mer‑
cúrio é γ = 18,2 × 10-5 °C-1. Calcule o coefi‑
ciente de dilatação linear do frasco.

323
7. (PUC 2017) Considere um recipiente de vidro com certo volume de mercúrio, ambos em equilíbrio
térmico numa dada temperatura θ0, conforme mostra a figura a seguir.
O conjunto, recipiente de vidro e mercúrio, é colocado num forno à temperatura θ com θ > θ0.
Sejam os coeficientes de dilatação volumétrica do vidro e do mercúrio iguais, respectivamente, a
1,2 · 10-5 ºC-1 e 1,8 · 10-4 ºC-1.

De quantas vezes o volume do recipiente deve ser maior que o volume inicial de mercúrio, para que
o volume vazio do recipiente permaneça constante a qualquer temperatura?

8. Deseja-se acoplar um eixo cilíndrico a uma roda com um orifício circular. Entretanto, como a área
da seção transversal do eixo é 2,0% maior que a do orifício, decide-se resfriar o eixo e aquecer a
roda. O eixo e a roda estão inicialmente à temperatura de 30 °C. Resfriando-se o eixo para –20 °C,
calcule o acréscimo mínimo de temperatura da roda para que seja possível fazer o acoplamento. O
eixo e a roda são de alumínio, que tem coeficiente de dilatação superficial de 5,0 × 10–5 °C–1.

9. Um recipiente, cujo volume é exatamente 1.000 cm3, à temperatura de 20 °C, está completamente
cheio de glicerina a essa temperatura. Quando o conjunto é aquecido até 100 ºC, são entornados
38,0 cm3 de glicerina.
Dado: coeficiente de dilatação volumétrico da glicerina = 0,5 × 10-3 ºC-1.
Calcule:
a) a dilatação real da glicerina;
b) a dilatação do frasco;
c) o valor do coeficiente de dilatação volumétrica do recipiente.

10. Por medida de economia e conservação da qualidade de alguns alimentos, um supermercado instalou
um sistema de refrigeração que funciona da seguinte forma: ao atingir uma temperatura superior Ts,
ele é ligado e, ao ser reduzida para uma temperatura inferior Ti, é desligado. Esse sistema, composto
por um tudo cilíndrico fechado de área A0 acoplado a um bulbo em sua parte inferior, é preenchido
com mercúrio e tem dois contatos metálicos separados por uma distância h, conforme a figura. Des-
prezando a dilatação térmica do recipiente, calcule a temperatura Ts quando o sistema é ligado.

Dados:
Ti = 12°C
A0 = 1,0 × 10–7 m2
V0 = 1,0 × 10–5 m3
h = 6,0 cm
αHg = 40 × 10–6 °C-1

324
E.O. Enem
1. (Enem)

O quadro oferece os coeficientes de dilatação linear de alguns metais e ligas metálicas:

Substância Aço Alumínio Bronze Chumbo Níquel Latão Ouro Platina Prata Cobre
Coeficiente de dilata‑
1,2 2,4 1,8 2,9 1,3 1,8 1,4 0,9 2,4 1,7
ção linear ∙ 10–4 ºC–1
GREF. Física 2; calor e ondas. São Paulo: Edusp, 1993.

Para permitir a ocorrência do fato observado na tirinha, a partir do menor aquecimento do con-
junto, o parafuso e a porca devem ser feitos, respectivamente, de:
a) aço e níquel.
b) alumínio e chumbo.
c) platina e chumbo.
d) ouro e latão.
e) cobre e bronze.

2. (Enem) Durante uma ação de fiscalização em postos de combustíveis, foi encontrado um meca-
nismo inusitado para enganar o consumidor. Durante o inverno, o responsável por um posto de
combustível compra álcool por R$ 0,50/litro, a uma temperatura de 5 °C. Para revender o líquido
aos motoristas, instalou um mecanismo na bomba de combustível para aquecê-lo, para que atinja
a temperatura de 35 °C, sendo o litro de álcool revendido a R$ 1,60. Diariamente o posto compra
20 mil litros de álcool a 5 ºC e os revende.
Com relação à situação hipotética descrita no texto e dado que o coeficiente de dilatação volu-
métrica do álcool é de 1 × 10-3 ºC-1, desprezando-se o custo da energia gasta no aquecimento do
combustível, o ganho financeiro que o dono do posto teria obtido devido ao aquecimento do álcool
após uma semana de vendas estaria entre:
a) R$ 500,00 e R$ 1.000,00.
b) R$ 1.050,00 e R$ 1.250,00.
c) R$ 4.000,00 e R$ 5.000,00.
d) R$ 6.000,00 e R$ 6.900,00.
e) R$ 7.000,00 e R$ 7.950,00.

3. (Enem) A gasolina é vendida por litro, mas em sua utilização como combustível, a massa é o que
importa. Um aumento da temperatura do ambiente leva a um aumento no volume da gasolina. Para
diminuir os efeitos práticos dessa variação, os tanques dos postos de gasolina são subterrâneos. Se
os tanques NÃO fossem subterrâneos:
I. Você levaria vantagem ao abastecer o carro na hora mais quente do dia, pois estaria comprando
mais massa por litro de combustível.
II. Abastecendo com a temperatura mais baixa, você estaria comprando mais massa de combustível
para cada litro.
III. Se a gasolina fosse vendida por kg em vez de por litro, o problema comercial decorrente da
dilatação da gasolina estaria resolvido.
Destas considerações, somente:
a) I é correta.
b) II é correta.
c) III é correta.
d) I e II são corretas.
e) II e III são corretas.

325
4. (Enem) De maneira geral, se a temperatura a) 1,02.
de um líquido comum aumenta, ele sofre di- b) 1,52.
latação. O mesmo não ocorre com a água, se c) 2,72.
ela estiver a uma temperatura próxima a de d) 4,00.
seu ponto de congelamento. O gráfico mostra
como o volume específico (inverso da densida-
de) da água varia em função da temperatura, 2. (UERJ) Uma torre de aço, usada para trans-
com uma aproximação na região entre 0 ºC e missão de televisão, tem altura de 50 m
10 ºC, ou seja, nas proximidades do ponto de quando a temperatura ambiente é de 40 °C.
congelamento da água. Considere que o aço dilata-se, linearmente,
em média, na proporção de 1/100.000, para
cada variação de 1°C.
À noite, supondo que a temperatura caia
para 20 °C, a variação de comprimento da
torre, em centímetros, será de:
a) 1,0.
b) 1,5.
c) 2,0.
d) 2,5.

E.O. UERJ
Exame Discursivo
1. (UERJ) Fenda na Ponte Rio-Niterói é uma
junta de dilatação, diz CCR
De acordo com a CCR, no trecho sobre a Baía
de Guanabara, as fendas existem a cada
400 metros, com cerca de 13 cm de abertura.
oglobo.com, 10/04/2014.

Admita que o material dos blocos que cons-


tituem a Ponte Rio-Niterói seja o concreto,
cujo coeficiente de dilatação linear é igual a
A partir do gráfico, é correto concluir que 1 ∙ 10-5 ºC-1.
o volume ocupado por certa massa de água: Determine a variação necessária de tempe-
a) diminui em menos de 3% ao se resfriar de ratura para que as duas bordas de uma das
100 ºC a 0 ºC. fendas citadas na reportagem se unam.
b) aumenta em mais de 0,4% ao se resfriar de
4 ºC a 0 ºC.
2. (UERJ) A figura a seguir representa um re-
c) diminui em menos de 0,04% ao se aquecer
de 0 ºC a 4 ºC. tângulo formado por quatro hastes fixas.
d) aumenta em mais de 4% ao se aquecer de Considere as seguintes informações sobre
4 ºC a 9 ºC. esse retângulo:
e) aumenta em menos de 3% ao se aquecer de
0 ºC a 100 ºC.

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
§§ sua área é de 75 cm2 à temperatura de
1. (UERJ) Em uma casa emprega-se um cano de 20 ºC
cobre de 4 m a 20 °C para a instalação de §§ a razão entre os comprimentos ℓ0A e ℓ0B é
água quente. igual a 3;
O aumento do comprimento do cano, quando §§ as hastes de comprimento ℓ0A são consti-
a água que passa por ele estiver a uma tem- tuídas de um mesmo material, e as hastes
peratura de 60 °C, corresponderá, em milí- de comprimento ℓ0B de outro;
metros, a: §§ a relação entre os coeficientes de dilata-
Dado: acobre = 17 ∙ 10-6 ºC ção desses dois materiais equivale a 9.

326
Admitindo que o retângulo se transforma
em um quadrado à temperatura de 320 ºC, E.O. Objetivas
calcule, em ºC-1, o valor do coeficiente de di-
latação linear do material que constitui as
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
hastes menores.
1. (Fuvest) Uma bobina contendo 2000 m de
fio de cobre medido num dia em que a tem-
3. (UERJ) Considere um recipiente R cujo volu- peratura era de 35 °C, foi utilizada e o fio
me interno encontra-se totalmente preenchi- medido de novo a 10 °C. Esta nova medição
do por um corpo maciço C e um determinado indicou:
líquido L, conforme o esquema a seguir. a) 1,0 m a menos
L b) 1,0 m a mais
c) 2000 m
d) 20 m a menos
C e) 20 mm a mais

2. (Fuvest) Dois termômetros de vidro idênti-


R
cos, um contendo mercúrio (M) e outro água
(A), foram calibrados em 0 °C e 37 °C, ob-
A tabela a seguir indica os valores relevan-
tendo-se as curvas M e A, da altura da coluna
tes de duas das propriedades físicas dos ele- do líquido em função da temperatura. A di-
mentos desse sistema. latação do vidro pode ser desprezada. Consi-
coeficiente de massa específica dere as seguintes afirmações:
elementos I. O coeficiente de dilatação do mercúrio é
dilatação g (°C-1) m (103 kg/m3)
aproximadamente constante entre 0 °C e
recipiente 8 . 10-5 -
37 °C.
líquido 20 . 10-5 2 II. Se as alturas das duas colunas forem
iguais a 10 mm, o valor da temperatura
corpo maciço 4 . 10-5 6 indicada pelo termômetro de água vale o
dobro da indicada pelo de mercúrio.
Admita que o sistema seja submetido a va-
III. No entorno de 18 °C o coeficiente de di-
riações de temperatura tais que os valores latação do mercúrio e o da água são pra-
das propriedades físicas indicadas perma- ticamente iguais.
neçam constantes e que o líquido e o corpo
h(mm)
continuem a preencher completamente o vo-
lume interno do recipiente. Calcule a razão 70
que deve existir entre a massa MC do corpo e 60
a massa Mℓ do líquido para que isso ocorra. 50
M
40
4. (UERJ) O motorista abasteceu o carro às 30
7 horas da manhã, quando a temperatura 20 A
ambiente era de 15 °C, e o deixou estacio- 10
nado por 5 horas, no próprio posto. O carro
permaneceu completamente fechado, com 0 5 10 15 20 25 30 35 T(°C)
o motor desligado e com as duas lâmpadas
Podemos afirmar que só são corretas as afir-
internas acesas. Ao final do período de esta-
mações:
cionamento, a temperatura ambiente era de a) I, II e III
40 °C. Considere as temperaturas no inte- b) I e II
rior do carro e no tanque de gasolina sempre c) I e III
iguais à temperatura ambiente. d) II e III
Ao estacionar o carro, a gasolina ocupava e) I
uma certa fração f do volume total do tanque
de combustível, feito de aço. 3. (Fuvest) Um termômetro especial, de líqui-
do dentro de um recipiente de vidro, é cons-
Estabeleça o valor máximo de f para o qual a
tituído de um bulbo de 1 cm3 e um tubo com
gasolina não transborde quando a tempera- secção transversal de 1 mm2. À temperatura
tura atinge os 40 °C. de 20 °C, o líquido preenche completamente
Dados: coeficiente de expansão volumétrica o bulbo até a base do tubo. À temperatura
da gasolina = 9,0 · 10-4 °C-1 e coeficiente de de 50 °C o líquido preenche o tubo até uma
expansão volumétrica do aço = 1,0 · 10-5 °C-1. altura de 12 mm. Considere desprezíveis os

327
efeitos da dilatação do vidro e da pressão
do gás acima da coluna do líquido. Podemos E.O. Dissertativas
afirmar que o coeficiente de dilatação volu-
métrica médio do líquido vale: (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unesp) É largamente difundida a ideia de
que a possível elevação do nível dos oceanos
ocorreria devido ao derretimento das gran-
des geleiras, como consequência do aqueci-
mento global. No entanto, deveríamos con-
siderar outra hipótese, que poderia também
contribuir para a elevação do nível dos oce-
anos. Trata-se da expansão térmica da água
a) 3 × 10-4 °C-1 devido ao aumento da temperatura. Para se
b) 4 × 10-4 °C-1
obter uma estimativa desse efeito, considere
c) 12 × 10-4 °C-1
que o coeficiente de expansão volumétrica
d) 20 × 10-4 °C-1
e) 36 × 10-4 °C-1 da água salgada à temperatura de 20 °C seja
2,0 × 10-4 °C-1. Colocando água do mar em
um tanque cilíndrico, com a parte superior
4. (Unesp) Duas lâminas metálicas, a primeira aberta, e considerando que a variação de
de latão e a segunda de aço, de mesmo com- temperatura seja 4 °C, qual seria a elevação
primento à temperatura ambiente, são solda- do nível da água se o nível inicial no tanque
das rigidamente uma à outra, formando uma era de 20 m? Considere que o tanque não
lâmina bimetálica, conforme a figura a seguir. tenha sofrido qualquer tipo de expansão.
O coeficiente de dilatação térmica linear do
latão é maior que o do aço. A lâmina bime-
2. (Unicamp) Pares metálicos constituem a
tálica é aquecida a uma temperatura acima
base de funcionamento de certos disjunto-
da ambiente e depois resfriada até uma tem- res elétricos, que são dispositivos usados
peratura abaixo da ambiente. A figura que na proteção de instalações elétricas contra
melhor representa as formas assumidas pela curtos-circuitos. Considere um par metáli-
lâmina bimetálica, quando aquecida (forma co formado por uma haste de latão e outra
à esquerda) e quando resfriada (forma à di- de aço, que, na temperatura ambiente, têm
reita), é comprimento L = 40 cm. A variação do com-
primento da haste, ∆L, devida a uma varia-
ção de temperatura ∆T, é dada por ∆L = aLDT
onde α é o coeficiente de dilatação térmica
linear do material.
a)

b)

c)
a) Se a temperatura aumentar de 60 ºC, qual
d)
será a diferença entre os novos comprimen‑
e) tos das hastes de aço e de latão? Considere
que as hastes não estão presas uma à outra,
e que aLat = 1,9 x 10-5 ºC-1 e aAço = 1,3 x 10-5 ºC-1.
5. (Unesp) A dilatação térmica dos sólidos é um
b) Se o aquecimento se dá pela passagem de
fenômeno importante em diversas aplicações
uma corrente elétrica de 10 A e o par tem
de engenharia, como construções de pontes,
resistência de 2,4 x 10-3 Ω, qual é a potência
prédios e estradas de ferro. Considere o caso
dissipada?
dos trilhos de trem serem de aço, cujo coefi-
ciente de dilatação é π = 11 x 10-6 °C-1. Se a
3. (Unifesp) Uma esfera de aço de massa
10 °C o comprimento de um trilho é de 30
m = 0,20 kg a 200°C é colocada sobre um
m, de quanto aumentaria o seu comprimento
bloco de gelo a 0°C, e ambos são encerrados
se a temperatura aumentasse para 40 °C?
em um recipiente termicamente isolado.
a) 11 × 10-4 m.
Depois de algum tempo, verifica-se que par-
b) 33 × 10-4 m.
te do gelo se fundiu e o sistema atinge o
c) 99 × 10-4 m. equilíbrio térmico.
d) 132 × 10-4 m.
e) 165 × 10-4 m.

328
Dados: 2.
coeficiente de dilatação linear do aço: π = 11 a) 5 cm3.
× 10-6 °C-1; b) 34,5°C.
calor específico do aço: c = 450 J/(kg°C); c) 0,037 cm3.
calor latente de fusão do gelo: L = 3,3 × 105 3. ∆V = 27 cm3.
J/kg. 4.
a) Qual a redução percentual do volume da es‑ a) ∆V = 216 L.
fera em relação ao seu volume inicial? b) Q = 1,44 × 108 cal.
b) Supondo que todo calor perdido pela esfera 5. n = 11 cm.
tenha sido absorvido pelo gelo, qual a massa 6.
de água obtida? a-1) 1600 J/°C.
a-2) n = 16.
4. (Fuvest) Adote: calor específico da água: b) 10‑5°C‑1.
1 cal/g.°C 7. Vrec = 15 Vhg.
A 10 °C, 100 gotas idênticas de um líquido 8. ∆T = 349 °C.
ocupam um volume de 1,0 cm3. A 60 °C, o 9.
volume ocupado pelo líquido é de 1,01 cm3. a) ∆VG = 40 cm3.
Calcule: b) ∆VF = 2 cm3.
a) A massa de 1 gota de líquido a 10 °C, saben‑ c) γ = 2,5 × 10–5 °C–1
do-se que sua densidade, a esta temperatu‑ 10. Ts = 17 °C.
ra, é de 0,90 g/cm3.
b) o coeficiente de dilatação volumétrica do lí‑
quido. E.O. Enem
1. C 2. D 3. E 4. C
5. (Unesp) O coeficiente de dilatação linear
médio de um certo material é α = 5,0.10-5
(°C)-1 e a sua massa específica a 0 °C é ρ0.
Calcule de quantos por cento varia (cresce ou
E.O. UERJ
decresce) a massa específica desse material Exame de Qualificação
quando um bloco é levado de 0 °C a 300 °C.
1. C 2. A

Gabarito E.O. UERJ


Exame Discursivo
E.O. Aprendizagem ∆θ = 32,5 ºC.
1.
1. D 2. D 3. B 4. D 5. B aB = 1 · 10-2 ºC-1.
2.
6. D 7. C 8. E 9. C 10. B 3.
(Mc/Mℓ) = 1,5 · 6 = 9.
4.
f = 97,8%

E.O. Fixação
1. B 2. D 3. C 4. E 5. C
E.O. Objetivas
6. B 7. C 8. B 9. C 10. B
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. A 2. C 3. B 4. C 5. C

E.O. Complementar E.O. Dissertativas


1. E 2. C 3. D 4. D 5. E
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. 1,6 cm.
E.O. Dissertativo 2.
1. a) ∆L ≈ 1,4 . 10-3 cm.
a) ΔL = α ⋅ L0 ⋅ ΔT ⋅ ΔL = 11 ⋅ 10-6 ⋅ 50 ⋅ (45 – b) Pot = 0,24 w.
15) = 16.500 ⋅ 10-6 = 0,0165 m = 1,65 3.
a) 0,66 %
cm. b) m ≅ 0,054 kg.
b) V = γ ⋅ V0 ⋅ ΔT ⋅ ΔV = 9,6·10-4 ⋅ 20.000 ⋅ (10 4.
- 35) = –4.800.000 ⋅ 10-4 = –480 litros. a) 9,0 · 10–3 g.
c) ΔL = α ⋅ L0 ⋅ ΔT ⋅ ΔL = 12 ⋅ 10-6 ⋅ 1.50 = 600 b) 2,0 · 10-4 °C–1.
⋅ 10-6 = 0,0006 m = 0,06 cm = 0,6 mm. 5. 4,5 %.

329
INFOGRÁFICO:
Abordagem da ELETROSTÁTICA nos principais
vestibulares.

FUVEST - Diversificados assuntos dentro da eletrostática e com intensa manipu-


lação matemática.

LD
ADE DE ME
D
UNICAMP - Variando dentro do conteúdo com
U

IC
FAC

INA

BO
1963
T U C AT U
questões mais objetivas do que teóricas.

UNESP - Contemplando todos os assuntos


de eletrostática, faz-se necessário conhe-
cimento e manipulação das fórmulas UNIFESP - Questões com análise de gráficos ou
matemáticas. situações teóricas.

ENEM / UFRJ - Analisando gráficos e conceitos teóricos na prática.

UERJ - Questões curtas e diretas com necessidade de manipulação das


fórmulas matemáticas.
© Roman Sigaev/Shutterstock

Aulas 1e2

Princípios da eletrostática
Competências 1 e 5
Habilidades 3 e 17
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
A Eletrostática é o ramo da Física que estuda as propriedades das cargas elétricas em repouso e suas interações.
Vejamos os princípios que fundamentam a Eletrostática.

Cargas elétricas
A observação e descrição dos fenômenos elétricos consta na história da humanidade há mais de dois mil anos. O
filósofo Tales de Mileto (640-548 a.C.) constatou que, após atritar âmbar com lã, os materiais se atraíam. Da palavra
âmbar originou-se a palavra elétron e eletricidade. Ao longo da história, inúmeros cientistas contribuíram para o
desenvolvimento da teoria da eletricidade, porém, para que houvesse uma profunda compreensão do assunto, foi
necessário o desenvolvimento do modelo atômico, sendo o átomo o bloco básico de toda matéria. Atualmente, o
modelo atômico mais difundido é modelo planetário.

Nesse modelo, o átomo é constituído de prótons, elétrons e nêutrons. O átomo pode ser divido em duas
partes: a primeira, o núcleo (composto de prótons e nêutrons); a segunda, a eletrosfera (composta de elétrons).
A atração elétrica descrita por Tales e por tantos outros físicos é justificada pela existência da carga elétrica. A
carga elétrica é uma propriedade intrínseca da matéria e existem dois tipos: as positivas e as negativas.
No modelo atômico, a carga elétrica dos prótons foi denominada de carga positiva e a carga elétrica dos
elétrons de carga negativa, e o nêutron, como o próprio nome sugere, não possui carga elétrica. As denomina-
ções de cargas positivas e negativas e sua associação com os prótons e elétrons são devidas a razões históricas.
A constatação do módulo e das características das cargas elétricas que prótons e elétrons portam só se mos-
trou possível empiricamente. A carga elétrica que cada umas dessas partículas porta é chamada carga elétrica
elementar, e este é o menor valor percebido livremente na natureza, assim, podemos dizer que a carga elétrica é
quantizada e seu valor em módulo é dado por: |e| = 1,6 · 10–19 C.

carga elétrica do próton: e+ = +1,6 · 10–19 C


carga elétrica do elétron: e– = –1,6 · 10–19 C

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a Unidade de carga elétrica é o coulomb, cujo símbolo é C, em
homenagem a Charles Coulomb.

335
Um corpo é dito neutro quando possui a mesma quantidade de prótons e elétrons. Por sua vez, um corpo
será chamado de corpo eletrizado se o número de cargas elétricas positivas for diferente do número de cargas
elétricas negativas. Sabemos que, em módulo, um próton possui a mesma quantidade de carga elétrica que um
elétron, desta forma, o excesso de carga elétrica que um corpo tem só pode ser múltiplo natural da carga elétrica
elementar, ou seja:

Q = n · |e|

Na qual, a carga Q é positiva, se houver prótons em excesso, ou negativa, se houver elétrons em excesso. A
quantidade de elétrons ou prótons em excesso é dada por n.

Teoria na prática
1. Um corpo condutor inicialmente neutro perde 5 · 1013 elétrons. Considerando a carga elementar e = 1,6 · 10-19 C,
qual será a carga elétrica no corpo após essa perda de elétrons?

Resolução:

Sendo a carga do corpo igual a Q, temos que:


Q = n · |e|

Sendo n o número de elétrons ou prótons em excesso, nesse caso, prótons, portanto:


Q = 5 · 1013 · |1,6 · 10-19|

Terminando os cálculos, temos:


Q = 8 · 10-6 C

Isto é:
Q = 8 µC

Lembrando que Q > 0, pois o corpo tem prótons em excesso.

Princípio da atração e repulsão


A percepção das interações elétricas entre portadores de excessos de cargas elétricas são dadas por forças que
podem ser atrativas ou repulsivas. Em uma situação em que existem corpos eletrizados com o mesmo tipo de
cargas elétricas, por exemplo, cargas elétricas positivas, perceberemos repulsão. Essa força surge, por exemplo, ao
se aproximarem dois bastões de vidro eletrizados positivamente, ou dois panos de lã eletrizados negativamente.

336
Porém, caso um dos bastões de vidro seja carregado positivamente e um dos panos de lã seja carregado
negativamente, haverá atração entre os corpos. Desse modo:

Cargas elétricas de sinais opostos se atraem e cargas elétricas do mesmo tipo se repelem.

Princípio da conservação das cargas elétricas


O princípio da conservação das cargas elétricas estabelece que:

Em um sistema isolado eletricamente (ou seja, não há transferências de cargas elétricas com o ambiente
externo), a quantidade de carga elétrica, em excesso, de que um sistema isolado se mostra portador, é constante.

Por exemplo, sejam o corpo A carregado com carga Q1 e B carregado com carga e Q2.
Suponha que, após haver troca de carga entre os corpos, as novas quantidades de carga sejam Q’1, para o
corpo A, e Q’2, para o corpo B.

Os corpos A e B estão eletrizados com quantidades de cargas Q1 e Q2.


Após a troca de cargas entre os corpos, A e B estão eletrizados com quantidades de cargas Q’1 e Q’2.

Pelo princípio da conservação das cargas elétricas, a quantidade de carga elétrica total é igual antes e de-
pois da troca, ou seja:

Q1 + Q2 = Q’1 + Q’2 = constante

Essa expressão é válida somente se o sistema for eletricamente isolado.

337
Condutores e isolantes
Um bastão de vidro e um pano de lã, ao serem atritados um com o outro, evidenciam, em cada um dos corpos, um
excesso de cargas elétricas nas regiões atritadas. Isso ocorre porque o vidro é um material isolante ou dielétrico.
As cargas elétricas, nesses materiais, se conservam no local onde houve o processo de eletrização.

Se essa experiência for repetida com um bastão metálico, no entanto, sendo segurado por um cabo de vidro
conectado ao bastão, a eletrização também ocorre, mas o excesso de elétrons se espalha por toda a sua superfície.
As cargas em excesso se distribuem pela superfície externa dos materiais metálicos devido ao fato de existirem, em
sua superfície, elétrons conhecidos por elétrons livres. Assim, esse tipo de material é denominado condutor.

Esses elétrons ocupam as posições mais afastadas do núcleo do átomo, e, por isso, estão ligados fracamente
a ele. Consequentemente, esses elétrons abandonam mais facilmente o átomo. Nos materiais isolantes, a forma
como são distribuídos e como se dão as interações fazem com que esses elétrons não possuam os mesmos graus
de liberdades que existem nos elétrons presentes em superfícies metálicas; os elétrons estão fortemente ligados.
A denominação de materiais condutores ou isolantes é apenas prática, pois não existem condutores e isola-
mentos perfeitos. A melhor forma para a classificação é dada por bons condutores elétricos e maus conduto-
res elétricos.
Dessa forma, todos os corpos são condutores elétricos, bons ou maus. Se o experimento anterior fosse repe-
tido sem o isolamento devido, ao segurar o bastão diretamente com a mão, o corpo se comportaria como um bom
condutor, e não seriam percebidos quaisquer excessos de cargas elétricas. Desse modo, o bastão não se eletriza,
pois suas dimensões são muito reduzidas em relação às dimensões da Terra.

Um condutor eletrizado é neutralizado quando em contato com a Terra.

338
Quando um condutor isolado, carregado positivamente, é conectado à Terra, sua carga é neutralizada por car-
gas elétricas negativas que são transferidas da Terra para o condutor. Se o condutor estiver carregado negativamente,
a transferência de cargas ocorre de modo contrário: as cargas negativas são transferidas do condutor para a Terra.

Condutor positivamente eletrizado ligado à Terra, neutralizado devido a elétrons provenientes da Terra.

Condutor negativamente eletrizado ligado à Terra, netralizado devido ao escoamento de elétrons para a Terra.

Eletrização por atrito


Ao atritarmos dois corpos compostos por diferentes materiais, podemos perceber, em ambos, aquilo que chama-
remos de desequilíbrio eletrostático, ou seja, corpos com excesso de um determinado tipo de carga elétrica. Isso
ocorre porque um dos dois materiais possui uma tendência maior em portar o excesso de elétrons. Da mesma for-
ma, em relação ao primeiro, o segundo corpo possui uma maior tendência em ceder os elétrons de camadas mais
externas, ficando com excesso de cargas elétricas positivas.
Como exemplo, ao se atritar um pedaço de seda e um bastão de vidro, inicialmente neutros, uma certa
quantidade de elétrons do vidro é transferida para o pedaço de seda. Então, a seda adquire eletrização negativa
(excesso de elétrons) e o vidro adquire eletrização positiva (excesso de prótons). É importante destacar que, ao
final do processo de eletrização, devido à conservação da quantidade de cargas elétricas que compõem o sistema
de corpos, a quantidade de carga que um dos dois corpos envolvidos terá em excesso será, em módulo, idêntica a
do outro corpo.

No processo de eletrização por atrito, os corpos eletrizados apresentam, ao final do processo, cargas elé-
tricas de sinais opostos.

339
A chamada série triboelétrica é uma lista de diferentes materiais postos em ordem de tal forma, que
quando atritados dois materiais, aquele que está numa posição acima na lista fica carregado positivamente e
aquele que está mais abaixo na lista fica carregado negativamente.

1. pele humana seca 11. alumínio 21. prata


2. couro 12. papel 22. ouro
3. pele de coelho 13. algodão 23. platina
4. vidro 14. aço 24. poliéster
5. cabelo humano 15. madeira 25. isopor
6. nylon 16. âmbar 26. filmes PVC
7. lã 17. borracha dura 27. vinil
8. chumbo 18. níquel 28. silicone
9. pele de gato 19. cobre 29. teflon
10. seda 20. latão

Por exemplo, se atritarmos seda e isopor, a seda, que antecede o isopor na ordem da lista, ficará carregada
positivamente, enquanto o isopor ficará carregado negativamente. Já se atritarmos seda e lã, como a seda sucede
a lã na ordem da lista, esta ficará carregada negativamente, enquanto que a lã ficará carregada positivamente.

Teoria na prática
1. Um aluno realiza um experimento que consiste em atritar lã num bastão de vidro, fazendo, assim, a lã ga-
nhar elétrons e, por consequência, fazendo o vidro perder elétrons. Após o experimento, quando estes dois
corpos forem aproximados, haverá atração ou repulsão?
Resolução:
Haverá atração, pois os corpos possuem cargas de sinais opostos, isto é, a lã está com carga negativa, en-
quanto o vidro apresenta carga positiva.

2. Com base no exercício anterior, se a lã ganhou uma carga no valor –12 µC, de qual foi a carga que o vidro ficou?
Resolução:
Sabemos, pelo princípio da conservação das cargas elétricas, que as cargas se conservam, isto é:
Q1 + Q2 = Q'1 + Q'2
Sabemos que, inicialmente, tanto a lã quanto o bastão de vidro estavam descarregados, assim, temos que:
Q1 = Q2 = 0. Logo:
0 + 0 = –12 µC + Q'2
Terminando os cálculos, temos:
Q'2 = + 12 µC
Assim, temos que o vidro está com um carga de +12 µC.

3. Um pedaço de papel higiênico e uma régua de plástico estão eletricamente neutros. A régua de plástico é,
então, friccionada no papel higiênico. Após o atrito, deve-se esperar que:
a) somente a régua fique eletrizada.
b) somente o papel fique eletrizado.
c) ambos fiquem eletrizados com cargas de mesmo sinal e mesmo valor absoluto.
d) ambos fiquem eletrizados com cargas de sinais contrários e mesmo valor absoluto.
e) nenhum deles ficará eletrizado.

340
Resolução:

A eletrização por atrito faz com que o corpos atritados adquiram cargas de sinais contrários, pois um dos
corpos irá retirar elétrons do outro, isto é, um corpo ficará com excesso de elétrons e o outro com excesso de
prótons, ficando, respectivamente, negativo e positivo. Além disso, pelo princípio da conservação das cargas
elétricas, ambos terão o mesmo valor absoluto de carga.
Alternativa D

Eletrização por contato


O processo de eletrização associado ao contato entre um corpo eletrizado e outro que pode ou não estar eletrizado
é chamado de eletrização por contato. É importante destacar que, nesse processo, assim como em qualquer
outro, a quantidade de carga do sistema é conservada; no entanto, ao final do processo, os corpos ficam com o
mesmo tipo de carga elétrica. Ao colocar em contato um condutor A, eletrizado positivamente, com um condutor
B, inicialmente neutro, o condutor B adquire eletrização positiva. Essa eletrização ocorre, pois o condutor A retira
parte dos elétrons livres de B. No entanto, A continua eletrizado positivamente, mas com menor quantidade de
carga, uma vez que a quantidade de prótons em excesso diminuiu. O condutor B, por sua vez, fica com uma menor
quantidade de elétrons após o contato, e, portanto, eletriza-se positivamente.

A positivo e B neutro estão isolados e afastados; colocados em contato, durante breve intervalo de tempo, elétrons
livres vão de B para A; após o processo, A e B apresentam-se eletrizados positivamente.

Entretanto, se A estivesse carregado negativamente, parte de seus elétrons em excesso seriam transferidos
para o condutor B. Assim, o condutor A continuaria negativo (apesar de ficar com um menor número de elétrons
em excesso), e o condutor B, por adquirir mais elétrons, seria eletrizado negativamente.

A negativo e B neutro estão isolados e afastados: colocados em contato, durante breve intervalo de tempo, elétrons
vão de A para B; após o processo, A e B apresentam-se eletrizados negativamente.

341
Se os condutores A e B forem iguais, por exemplo, a duas esferas condutoras de mesmo material e dimen-
são, as cargas em quantidade e sinais serão idênticas para os dois corpos.

Eletrização por contato entre esferas condutoras de mesmo raio.

Nesse caso de condutores idênticos, a carga final para cada condutor pode ser calculada pela média arit-
mética das cargas:

Q1 + Q2 + ​
​    ...+Q-n  
Q' = _____________
n

No processo de eletrização por contato, os corpos eletrizados, ao final do processo, ficam eletrizados com
cargas elétricas de mesmo sinal.

Teoria na prática
1. Um garoto que estava com os pés descalços, antes de sair do banheiro de sua casa, toca no interruptor
instalado incorretamente, com o objetivo de apagar a lâmpada, mas recebe um choque elétrico. O menino
então chama o seu pai, que averigua a situação e toca também no interruptor, mas, calçado com um par de
chinelos de borracha, não recebe choque. Explique conceitualmente por que o pai do garoto não recebeu o
choque elétrico.
Resolução:
A borracha é um material isolante, isto é, um mau condutor elétrico, por isso dificulta a transmissão e/ou
corrente de elétrons. Quando o pai usa o calçado de borracha, impede o contato elétrico entre o interruptor
e o solo, por isso não recebe o choque. Já o menino tinha seus pés como ligação entre o solo e o interruptor,
sabe-se que o corpo humano é um bom condutor de eletricidade, por isso recebeu o choque.

2. Um corpo eletrizado com carga Q a = –5 ∙ 10 -9 C é colocado em contato com outro corpo com carga
Qb = 7 ∙ 10-9 C. Qual é a carga dos dois objetos após ter sido atingido o equilíbrio eletrostático?
Resolução:
Para sabermos qual é a situação final de equilíbrio, devemos aplicar a fórmula:
Q + Qb
Q' = __
​  a   ​
  
2
Substituindo os valores, temos:
–5 · 10-9 + 7 · 10
Q' = __
​     ​
-9

2
Finalizando a conta, temos:
Q' = 1 · 10-9 C
Isto é:
Q' = 1 nC

342
Eletrização por indução
Ao aproximarmos um condutor A, carregado positivamente, de um condutor B, neutro, sem tocar, alguns elétrons
livres de B serão atraídos por A e serão acumulados na região de B mais próxima de A. Isso faz com que a região de
B mais afastada de A fique com uma quantidade menor de elétrons e, portanto, com excesso de cargas positivas.
Esse processo de separação de cargas em um condutor pela presença de outro corpo eletrizado é chamado de
indução eletrostática. O condutor A é chamado de indutor e B, de induzido.

Se o indutor for afastado, o induzido voltará à sua condição inicial, na qual as cargas elétricas não estavam
separadas. Pode-se realizar o seguinte procedimento para que o induzido se mantenha eletrizado:
1. Aproxima-se o indutor do induzido;
2. Conecta-se ao induzido um outro condutor, e este à Terra (fio Terra);
3. Retira-se o fio Terra;
4. Somente após os procedimentos acima, afasta-se o indutor.

No condutor induzido, os elétrons em excesso se espalham pela superfície do condutor. Caso o indutor
esteja carregado negativamente, os elétrons livres do induzido irão escoar para a Terra, quando a conexão do fio
Terra for feita. Desse modo, no final do processo, o induzido ficará carregado positivamente.

Condutor B, neutro e isolado; aproximando A de B, ocorre indução eletrostática; ligando B à Terra, elétrons de B
escoam para a Terra; a ligação de B com a Terra é desfeita; o indutor A é afastado e B está positivamente.

Na eletrização por indução, o induzido ficará eletrizado com cargas elétricas de sinais opostos às cargas
elétricas apresentadas pelo indutor. A carga do indutor não se altera.

343
Podemos explicar porque ocorre atração dos corpos ao aproximarmos um corpo eletrizado de um condutor
neutro, a partir do fenômeno da indução eletrostática.
Considere um condutor metálico B, neutro, suspenso por um fio isolante. Quando aproximamos de B um
corpo A com carga positiva, o condutor B é induzido e uma parcela de suas cargas elétricas negativas serão atraídas
pelo corpo A, e suas cargas positivas serão repelidas. As forças de atração e repulsão dependem das distâncias
entre as cargas e, nesse caso, como as cargas negativas do induzido estão mais próximas das cargas positivas do
indutor, a intensidade da força de atração é maior que a de repulsão, de modo que a força resultante é de atração.

Se um corpo eletrizado A atrair um condutor B, poderá B estar eletrizado com carga de sinal oposto ao de
A ou estar neutro.

Atenção: quando analisamos atração ou repulsão elétrica entre partículas, só existe um dos dois quando
se trata de partículas elétricas, isto é, prótons ou elétrons; não havendo força elétrica, trata-se de uma partícula
neutra, um nêutron por exemplo. Diferentemente, quando analisamos corpos extensos, onde um corpo neutro será
atraído por um corpo carregado, poderá haver atração ou repulsão se estiverem carregados.
Reprodução

Reprodução

Uma pequena esfera neutra O filete de água desvia-se da ver-


de isopor é atraída quando tical ao ser atraído por um bastão
aproximada da esfera metálica plástico previamente eletrizado
eletrizada de um gerador ele- por atrito com um pedaço de fla-
trostático. nela.

Como dito anteriormente, pertence a Tales de Mileto o primeiro registro de observações de fenômenos
elétricos. O estudo científico só foi ocorrer muito tempo depois com William Gilbert (1544-1603). Em seus estudos
sobre eletricidade estática, utilizou âmbar, que, em grego, é chamado elektron, dando origem à palavra eletricidade,
cunhando, assim, entre outros termos, a força elétrica. Inúmeros cientistas contribuíram para o desenvolvimento da
teoria da Eletricidade, entre eles podemos citar Benjamin Franklin (1706-1790), inventor do para-raios, que imagi-
nou o fluido elétrico como sendo apenas um tipo de espécie, onde um corpo poderia ficar eletrizado positivamente
ou negativamente. Quando atritado, um corpo ganharia e outro perderia a mesma quantidade do fluido, mantendo
a soma líquida total das cargas constante. Percebeu, também, que um globo metálico não conseguiria manter ele-

344
tricidade no seu interior. Ainda Franklin relacionou o relâmpago com descargas elétricas iguais às produzidas por
uma garrafa de Leiden. Foram os franceses Charles Augustin Coulomb (1736-1806) e Charles Fraçois de Cisternay
du Fay (1698-1739) que perceberam que existiam apenas dois tipos de fluidos elétricos, sendo que a designação
de positivo e negativo foi dada por Benjamin Franklin.

Teoria na prática
1. A figura abaixo representa um condutor A, eletricamente neutro, ligado à Terra. Aproxima-se de A um corpo
B carregado positivamente. Pode-se afirmar que:

a) os elétrons da Terra são atraídos para A.


b) os elétrons de A escoam para a Terra.
c) os prótons de A escoam para a Terra.
d) os prótons da Terra são atraídos para A.
e) há troca de prótons e elétrons entre A e B.

Resolução:

A Terra possui elétrons e prótons em abundância. Isso causa como consequência o fato de que todo corpo
carregado, quando conectado à Terra, fica descarregado. Quando o corpo B, positivamente carregado, é
aproximado do corpo A, temos, pelo princípio da atração e repulsão, a tendência para atrair elétrons, logo,
os elétrons da Terra serão atraídos e irão migrar para a esfera A.

Alternativa A

Eletroscópios
Os eletroscópios são aparelhos utilizados para verificar a eletrização de um corpo. O pêndulo elétrico é um
desses aparelhos e é constituído por uma esfera de material leve (isopor ou cortiça), recoberta por uma camada
metálica fina e suspensa por um fio isolante (seda ou náilon) em uma haste-suporte.
Pode-se determinar a eletrização de um corpo A aproximando-o da esfera do pêndulo elétrico. Se a esfera
não se mover, o corpo A não está eletrizado. No entanto, se a esfera for atraída, o corpo A está eletrizado.

345
Teoria na prática
1. Uma esfera metálica, positivamente carregada, é aproximada, sem encostar, da esfera do eletroscópio. Em
qual das seguintes alternativas melhor se representa a configuração das folhas do eletroscópio, e suas car-
gas, enquanto a esfera positiva estiver perto de sua esfera?

Resolução:
Ao aproximarmos uma carga positiva, pelo princípio da atração e repulsão, atrairemos elétrons de todo o
eletroscópio a ficarem fixos na esfera, inclusive das folhas, ou seja, os elétrons das folhas irão migrar e se
concentrar na esfera. Com essa migração, as folhas ficarão com excesso de prótons e, assim, ficarão positi-
vas. Ficando ambas positivas, elas irão se repelir, logo, irão abrir.
Alternativa C

Gerador de Van de Graaff

O gerador Van de Graaff é uma máquina utilizada para acumular carga elétrica, produzindo, assim, altas
tensões elétricas em uma esfera de metal. Baseia-se no princípio de eletrização por atrito, no qual uma correia é
atritada com a roldana de plástico. Seu criador foi Robert Van de Graaff (1901-1967).
Hoje em dia, é muito comum a utilização de um gerador de Van de Graaff em shows de física.

346
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Aprenda a fazer uma máquina de choques caseira


Fonte: Youtube

Vídeo Processos de eletrização

Fonte: Youtube

Vídeo Eletrostática História e teoria 15

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites

Vídeo FIBRA - GERADOR DE VAN DER GRAAF (18/03/15)

Fonte: Youtube

ACESSAR

348
ACESSAR

Sites Instrumentação / medidas / grandezas

educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/eletrizacao-eletrizacao-por-atrito-contato-e-inducao.htm
www.efeitojoule.com/2008/04/eletrizacao-condutores-e-isolantes.html
educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/carga-eletrica-e-eletrizacao.html
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/processos-eletrizacao.htma
www.newtoncbraga.com.br/index.php/meio-ambiente-e-saude/415-ionizacao-ambiente-a-
eletricidade-ambiente-pode-melhorar-a-sua-saude
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/condutores-isolantes-eletricos.htm

349
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

No dia a dia moderno e tecnológico, a eletricidade está presente em todos os lugares.


Fugindo um pouco do óbvio e a título de curiosidade, vejamos algumas aplicações coti-
dianas dela. Em caminhões que carregam combustíveis, existe uma corrente metálica que
é arrastada pelo chão a fim de descarregar para a Terra um possível excesso de carga
elétrica, que se deve ao atrito do caminhão com o ar, e que poderia originar uma faísca
e provocar uma explosão. Ao caminhar sobre carpetes com os pés descalços, é possível,
através do atrito entre eles, que a pessoa possua um excesso de cargas, e, ao encostar
em um objeto ou em outra pessoa, pode-se gerar um pequeno choque devido à descarga elétrica. Em dias secos,
é mais fácil eletrizar por atrito, por exemplo, ao escovarmos os cabelos; a repulsão elétrica entre os fios de cabelo
será maior ou atrair pequenos objetos com a escova será mais fácil. Já em dias úmidos, o efeito é menor. Isso se
deve ao fato de que as moléculas de água presentes no ar acabam roubando os elétrons e dificultando a eletriza-
ção por atrito.

INTERDISCIPLINARIDADE
Desde a antiguidade, o Homem se pergunta do que é feita Após experiências, Ernest Rutherford percebeu que
a matéria. Demócrito de Abdera foi um dos primeiros pen- na verdade o átomo era composto por um núcleo maciço
sadores a postular a existência de um componente básico composto pelas cargas positivas, sendo orbitado pelas car-
para todas as coisas: o átomo. Muito tempo depois, foi gas negativas.
na química que a ideia atômica ressurgiu. Primeiramente, Por fim, o modelo atômico foi corrigido por Niels
com John Dalton, que no começo do século XIX reinven- Henrick David Bohr, utilizando a mecânica quântica. Ele
tou a ideia, postulando a existência de esferas maciças e postulou que:
indivisíveis, extremamente pequenas, onde cada elemen- I. Os elétrons descrevem ao redor do núcleo órbitas
circulares, chamadas de camadas eletrônicas, com
to químico distinto era composto de um átomo diferente,
energia constante e determinada. Cada órbita per-
com propriedades iguais ao elemento, mas diferente entre
mitida para os elétrons possui energia diferente.
os diferentes átomos; por fim, as reações químicas seriam
II. Os elétrons, ao se movimentarem numa camada,
apenas a união ou separação de diferentes arranjos atô-
não absorvem nem emitem energia espontanea-
micos. Seu átomo ficou conhecido como bolas de bilhar.
mente.
Após Dalton, Joseph John Thomson sugeriu outro
III. Ao receber energia, o elétron pode saltar para
modelo atômico, um que incluísse propriedades elétricas, outra órbita mais energética.
afinal a eletricidade já era conhecida e estudada. Seu Dessa forma, o átomo fica
modelo ficou conhecido como pudim de passas, pois o instável, pois o elétron tende
átomo seria constituído de um pudim, representando car- a voltar à sua órbita original.
ga elétrica positiva, e pequenas passas espalhadas, que Quando o átomo volta à sua
representariam a carga negativa, uniformemente distribu- órbita original, ele devolve a
ídas pelo pudim. energia que foi recebida em
forma de luz ou calor.

350
Estrutura Conceitual
Carga positiva CARGA FUNDAMENTAL

Dois tipos Carga negativa

CARGA
ELÉTRICA
Atrito

Eletrização Indução

Contato

351
E.O. Aprendizagem 3. Em uma festa infantil, o mágico resolve fa-
zer uma demonstração que desperta a curio-
sidade das crianças ali presentes. Enche uma
1. Considere dois balões de borracha, A e B. O bexiga com ar, fecha-a, e, a seguir, após es-
balão B tem excesso de cargas negativas; o fregá-la vigorosamente nos cabelos de uma
balão A, ao ser aproximado do balão B, é re- das crianças, encosta o balão em uma pare-
pelido por ele. Por outro lado, quando certo de lisa e perfeitamente vertical. Ao retirar
objeto metálico isolado é aproximado do ba- a mão, a bexiga permanece fixada à parede.
lão A, esse é atraído pelo objeto. Qual foi a “mágica”?
Assinale a alternativa que preenche correta- a) O ar da bexiga interage com a parede, permi-
mente as lacunas do enunciado abaixo, na tindo o repouso da bexiga.
ordem em que aparecem. b) Ao ser atritada, a bexiga fica eletrizada e
A respeito das cargas elétricas líquidas no induz a distribuição das cargas da parede, o
balão A e no objeto, pode-se concluir que o que permite a atração.
balão A só pode __________ e que o objeto só c) O atrito estático existente entre a bexiga e
pode __________. a parede é suficiente para segurá-la, em re-
a) ter excesso de cargas negativas – ter excesso pouso, na parede.
de cargas positivas d) A bexiga fica eletrizada, gerando uma cor-
b) ter excesso de cargas negativas – ter exces-
rente elétrica que a segura à parede.
so de cargas positivas ou estar eletricamente
e) Por ser bom condutor de eletricidade, o ar
neutro
no interior da bexiga absorve energia elétri-
c) ter excesso de cargas negativas – estar ele-
ca da parede, permitindo a atração.
tricamente neutro
d) estar eletricamente neutro – ter excesso de 4. Enquanto fazia a limpeza em seu local de
cargas positivas ou estar eletricamente neutro trabalho, uma faxineira se surpreendeu com
e) estar eletricamente neutro – ter excesso de o seguinte fenômeno: depois de limpar um
cargas positivas objeto de vidro, esfregando-o vigorosamente
com um pedaço de pano de lã, percebeu que
2. Raios são descargas elétricas de grande in- o vidro atraiu para si pequenos pedaços de
tensidade que conectam as nuvens de tem- papel que estavam espalhados sobre a mesa.
pestade na atmosfera e o solo. A intensidade
típica de um raio é de 30 mil ampères, cerca
de mil vezes a intensidade de um chuveiro
elétrico, e eles percorrem distâncias da or-
dem de 5 km.
(www.inpe.br/webelat/homepage/menu/el.atm/
perguntas.e.respostas.php. Acesso em: 30.10.2012.)

Durante uma tempestade, uma nuvem carre-


gada positivamente se aproxima de um edi-
fício que possui um para-raios, conforme a
figura a seguir:

O motivo da surpresa da faxineira consiste


no fato de que:
a) quando atritou o vidro e a lã, ela retirou
prótons do vidro tornando-o negativamente
eletrizado, possibilitando que atraísse os pe-
daços de papel.
b) o atrito entre o vidro e a lã aqueceu o vidro
e o calor produzido foi o responsável pela
atração dos pedaços de papel.
c) ao esfregar a lã no vidro, a faxineira criou
De acordo com o enunciado pode-se afirmar um campo magnético ao redor do vidro se-
que, ao se estabelecer uma descarga elétrica melhante ao existente ao redor de um ímã.
no para-raios: d) ao esfregar a lã e o vidro, a faxineira tornou-
a) prótons passam da nuvem para o para-raios. os eletricamente neutros, impedindo que o
b) prótons passam do para-raios para a nuvem vidro repelisse os pedaços de papel.
c) elétrons passam da nuvem para o para-raios. e) o atrito entre o vidro e a lã fez um dos dois
d) elétrons passam do para-raios para a nuvem. perder elétrons e o outro ganhar, eletrizan-
e) elétrons e prótons se transferem de um cor- do os dois, o que permitiu que o vidro atra-
po a outro. ísse os pedaços de papel.

352
5. COMO FUNCIONA A MÁQUINA DE XEROX 7. A indução eletrostática consiste no fenôme-
Quando se inicia a operação em uma má- no da separação de cargas em um corpo con-
quina de Xerox, acende-se uma lâmpada, dutor (induzido), devido à proximidade de
que varre todo o documento a ser copiado. outro corpo eletrizado (indutor).
A imagem é projetada por meio de espelhos Preparando-se para uma prova de física, um
e lentes sobre a superfície de um tambor fo- estudante anota em seu resumo os passos a
tossensível, que é um cilindro de alumínio serem seguidos para eletrizar um corpo neu-
revestido de um material fotocondutor. tro por indução, e a conclusão a respeito da
Os fotocondutores são materiais com pro- carga adquirida por ele.
priedade isolante no escuro. Mas, quando Passos a serem seguidos:
expostos à luz, são condutores. Assim, quan- I. Aproximar o indutor do induzido, sem
do a imagem refletida nos espelhos chega ao tocá-lo.
tambor, as cargas superficiais do cilindro se II. Conectar o induzido à Terra.
alteram: as áreas claras do documento eli- III. Afastar o indutor.
minam as cargas elétricas que estão sobre a IV. Desconectar o induzido da Terra.
superfície do cilindro e as áreas escuras as Conclusão:
preservam. Forma-se, então, uma imagem No final do processo, o induzido terá adqui-
latente, que ainda precisa ser revelada. Para rido cargas de sinais iguais às do indutor.
isso, o cilindro é revestido por uma fina tin- Ao mostrar o resumo para seu professor, ou-
ta de pó, o tonalizador, ou toner, que adere à viu dele que, para ficar correto, ele deverá:
imagem latente formada sobre o tambor. Em a) inverter o passo III com IV, e que sua con-
seguida, toda a imagem passa para as fibras clusão está correta.
do papel, através de pressão e calor. E, as- b) inverter o passo III com IV, e que sua con-
sim, chega-se à cópia final. clusão está errada.
Fonte: Revista Globo Ciência, dez. 1996, p. 18.
c) inverter o passo I com II, e que sua conclu-
são está errada.
O texto acima se refere a uma aplicação do d) inverter o passo I com II, e que sua conclu-
fenômeno de eletrização, pois é graças a são está correta.
ele que o toner adere ao cilindro metálico e) inverter o passo II com III, e que sua conclu-
mencionado. O processo de eletrização pode são está errada.
ocorrer de três formas distintas: atrito, in-
dução e contato, mas todos os processos têm 8. Fenômenos elétricos e fenômenos magnéti-
algo em comum. É CORRETO afirmar que o cos fazem parte da vida diária das pessoas.
comum destes processos é: Em relação a esses fenômenos, assinale a op-
a) deixar o corpo eletrizado, com um desequilí- ção correta de acordo com os conhecimentos
brio entre o número de cargas elétricas posi- da física.
tivas e negativas. a) O polo norte da agulha magnética de uma
b) deixar o corpo eletrizado, com um equilíbrio bússola será atraído pelo polo sul geográfico
entre o número de cargas elétricas positivas da Terra, pois polos de nomes diferentes se
e negativas. atraem.
c) arrancar as cargas positivas do corpo eletri- b) Nos telefones, existem eletroímãs que, como
zado. se sabe, funcionam devido à passagem da
d) deixar o corpo eletrizado com uma corrente corrente elétrica, que transfere elétrons
elétrica negativa. para o núcleo de ferro do eletroímã.
e) deixar o corpo eletrizado com um campo c) A eletricidade estática acumulada num cor-
magnético. po pode provocar faíscas. Por isso, nos na-
vios que transportam petróleo, os tripulan-
6. Três esferas metálicas idênticas, A, B e C, tes não devem usar sapatos com solado de
encontram-se isoladas e bem afastadas uma borracha, que é um isolante elétrico.
das outras. A esfera A possui carga Q e as d) Corpos condutores de eletricidade ficam ele-
outras estão neutras. Faz-se a esfera A tocar trizados mais facilmente que os corpos iso-
primeiro a esfera B e depois a esfera C. Em lantes, pois nos isolantes os elétrons não se
movem.
seguida, faz-se a esfera B tocar a esfera C.
e) Na eletrização por atrito, os corpos ficam
No final desse procedimento, as cargas das
eletrizados com cargas de sinais contrários.
esferas A, B e C serão, respectivamente:
Assim, o corpo que ficou eletrizado positiva-
a) Q/2, Q/2 e Q/8.
mente ganhou prótons e o que ficou negati-
b) Q/4, Q/8 e Q/8.
vamente eletrizado ganhou elétrons.
c) Q/2, 3Q/8 e 3Q/8.
d) Q/2, 3Q/8 e Q/8.
e) Q/4, 3Q/8 e 3Q/8.

353
9. Um estudante deseja determinar o estado
de eletrização de uma bexiga de aniversário.
Para isso, ele aproxima um corpo A, que não
se sabe se está ou não eletrizado, e observa
que há atração com a bexiga. Após isso, ele
pega outro corpo B, carregado positivamen-
te, e aproxima-o da bexiga e verifica nova-
mente a atração. A partir dessa sequência,
são feitas as seguintes afirmações:
I. Não se pode afirmar se o estado de eletri-
zação da bexiga é neutro ou carregado.
II. Se o corpo A estiver negativamente carre-
I. Contato entre as esferas A e B e esferas C
gado, então a bexiga está necessariamen-
e D. Após os respectivos contatos, as esfe-
te neutra.
ras são novamente separadas.
III. Se o corpo A estiver carregado positiva-
mente, então a bexiga estará necessaria- II. A seguir, faz-se o contato apenas entre as
mente carregada com carga negativa. esferas C e B. Após o contato, as esferas
São corretas as afirmações: são novamente separadas.
a) I, apenas. III. Finalmente, faz-se o contato apenas en-
b) II, apenas. tre as esferas A e C. Após o contato, as
c) I e III, apenas. esferas são separadas. Pede-se a carga
d) I e II, apenas. final na esfera C, após as sequências de
e) I, II e III. contatos descritas.
7Q
10. (IFCE) Dois corpos A e B de materiais dife- a) ___
​   ​ 
8
rentes, inicialmente neutros e isolados de
b) Q
outros corpos, são atritados entre si. Após o
atrito, observamos que c) – __ ​ Q ​ 
2
a) um fica eletrizado negativamente e o outro,
d) – __ ​ Q ​ 
positivamente. 4
7Q
b) um fica eletrizado positivamente e o outro e) ___
​   ​ 
16
continua neutro.
c) um fica eletrizado negativamente e o outro 3. Um aluno recebe um bastão de vidro e um pe-
continua neutro. daço de seda para realizar uma demonstração
d) ambos ficam eletrizados negativamente. de eletrização por atrito. Após esfregar a seda
e) ambos ficam eletrizados positivamente. no bastão, o aluno constata que a parte atri-
tada do bastão ficou carregada positivamente.
Nesse caso, durante o processo de atrito, car-
E.O. Fixação gas elétricas:
a) positivas foram transferidas da seda para o
1. Um estudante dispõe de um kit com quatro bastão.
placas metálicas carregadas eletricamente. b) negativas foram transferidas do bastão para
Ele observa que, quando aproximadas sem a seda.
entrar em contato, as placas A e C se atraem, c) negativas foram repelidas para a outra ex-
as placas A e B se repelem, e as placas C e D tremidade do bastão.
se repelem. Se a placa D possui carga elétrica d) negativas foram destruídas no bastão pelo
negativa, ele conclui que as placas A e B são, calor gerado pelo atrito.
respectivamente: e) positivas foram criadas no bastão pelo calor
a) positiva e positiva. gerado pelo atrito.
b) positiva e negativa.
c) negativa e positiva. 4. Três esferas idênticas, A, B e C, encontram-
d) negativa e negativa. -se separadas e suspensas por fios isolantes
e) neutra e neutra. conforme ilustração.

2. Considere quatro esferas metálicas idênti-


cas, separadas e apoiadas em suportes iso-
lantes. Inicialmente, as esferas apresentam
as seguintes cargas: QA = Q, QB = Q/2, QC = 0
(neutra) e QD = –Q. Faz-se, então, a seguinte
sequência de contatos entre as esferas:

354
As seguintes ações e observações são, então, 6. Duas esferas condutoras descarregadas e
realizadas: iguais, 1 e 2, estão em contato entre si e
apoiadas numa superfície isolante. Aproxi-
Ações Observações ma-se de uma delas um bastão eletrizado
positivamente, sem tocá-la, conforme figura
a seguir.
Aproxima-se Em seguida, as esferas são afastadas e o bas-
A de B tão eletrizado é removido.

Aproxima-se
B de C

É correto afirmar que:


Cargas das esferas a) as esferas permanecem descarregadas, pois
Possibilidades A B C não há transferência de cargas entre bastão
e esferas.
1ª + + 0 b) a esfera 1, mais próxima do bastão, fica car-
2ª 0 0 + regada positivamente e a esfera 2 carregada
negativamente.
3ª – – 0
c) as esferas ficam eletrizadas com cargas
4ª – + – iguais e de sinais opostos.
Aquelas que estão em conformidade com as d) as esferas ficam carregadas com cargas de
observações são: sinais iguais e ambas de sinal negativo, pois
a) 1ª e 2ª. o bastão atrai cargas opostas.
b) 1ª e 3ª.
c) 2ª e 4ª. 7. (Fuvest 2017) Um objeto metálico, X, eletri-
d) 3ª e 4ª. camente isolado, tem carga negativa 5,0 × 10-
12
C. Um segundo objeto metálico, neutro,
5. Um condutor eletrizado positivamente está mantido em contato com a Terra, é aproxi-
isolado. Ao ser ligado à Terra, por meio de mado do primeiro e ocorre uma faísca entre
um fio condutor, ele se descarrega em vir- ambos, sem que eles se toquem. A duração
tude da subida da seguinte partícula prove- da faísca 0,5 s é e sua intensidade é 10-11 A.
No final desse processo, as cargas elétricas
niente dessa ligação.
totais dos objetos X e Y são, respectivamente:
a) zero e zero.
b) zero e –0,5 × 10-12 C.
c) –2,5 × 10-12 C e –2,5 × 10-12 C.
d) –2,5 × 10-12 C e +2,5 × 10-12 C.
e) +5,0 × 10-12 C e zero.

8. Durante uma aula de Física, o professor Car-


los Heitor faz a demonstração de eletrostá-
tica que se descreve a seguir. Inicialmente,
ele aproxima duas esferas metálicas – R e
S –, eletricamente neutras, de uma outra es-
fera isolante, eletricamente carregada com
carga negativa, como representado na figura
I. Cada uma dessas esferas está apoiada em
um suporte isolante. Em seguida, o profes-
sor toca o dedo, rapidamente, na esfera S,
a) prótons. como representado na figura II. Isso feito,
b) nêutrons. ele afasta a esfera isolante das outras duas
c) quarks. esferas, como representado na figura III.
d) neutrinos.
e) elétrons.

355
As cargas elétricas finais nas esferas X, Y e Z
são, respectivamente:
a) +2 C, –3 C e –3 C.
b) +2 C, +4 C e –4 C.
c) +4 C, 0 e – 8C.
d) 0, –2 C e –2 C.
e) 0, 0 e –4 C.

E.O. Complementar
1. Considere as seguintes afirmativas:
Considerando-se essas informações, é COR- I. Um corpo não eletrizado possui um núme-
RETO afirmar que, na situação representada ro de prótons igual ao número de elétrons.
na figura III: II. Se um corpo não eletrizado perde elé-
a) a esfera R fica com carga negativa e a S per- trons, passa a estar positivamente eletri-
manece neutra. zado e, se ganha elétrons, negativamente
b) a esfera R fica com carga positiva e a S per- eletrizado.
manece neutra. III. Isolantes ou dielétricos são substâncias
c) a esfera R permanece neutra e a S fica com que não podem ser eletrizadas.
carga negativa. Está(ão) correta(s):
d) a esfera R permanece neutra e a S fica com a) apenas I e II.
carga positiva. b) apenas II.
c) apenas III.
9. (Acafe) Utilizado nos laboratórios didáticos d) apenas I e III.
de física, os eletroscópios são aparelhos ge- e) I, II e III.
ralmente usados para detectar se um corpo
possui carga elétrica ou não. 2. Analise as afirmações a seguir:
I. Todo objeto que tem grande quantidade de
elétrons está eletrizado negativamente.
II. Eletrizando-se por atrito dois objetos
neutros obtêm-se, ao final deste proces-
so de eletrização, dois objetos eletrizados
com carga de mesmo sinal.
III. Encostando-se um objeto A, eletrizado
negativamente, em um pequeno objeto
B, neutro, após algum tempo o objeto A
ficará neutro.
Deve-se concluir, da análise dessas afirma-
Considerando o eletroscópio da figura ante- ções, que:
rior, carregado positivamente, assinale a al- a) apenas I é correta.
ternativa correta que completa a lacuna da b) apenas II é correta.
frase a seguir. c) apenas II e III são corretas.
Tocando-se o dedo na esfera, verifica-se que d) I, II e III são corretas.
as lâminas se fecham, porque o eletroscópio e) não há nenhuma correta.
_______.
a) perde elétrons 3. Quatro esferas condutoras idênticas, 1, 2, 3
b) ganha elétrons e 4, estão isoladas umas das outras. Inicial-
c) ganha prótons mente, 1 está com carga Q e as outras estão
d) perde prótons neutras. Em seguida, faz-se o contato entre
as esferas 1 e 2; após, realiza-se o contato
10. Duas pequenas esferas metálicas idênticas e entre as esferas 1 e 3 e finalmente entre 1 e
eletricamente isoladas, X e Y, estão carrega- 4. Após cada contato, as esferas são separa-
das com cargas elétricas +4 C e –8 C, respec- das.
tivamente. As esferas X e Y estão separadas Pode-se afirmar que as cargas elétricas das
por uma distância que é grande em compara- esferas após os contatos são:
ção com seus diâmetros. Uma terceira esfera a) q1 = Q/8, q2 = Q/2, q3 = Q/4, q4 = Q/8.
Z, idêntica às duas primeiras, isolada e ini- b) q1 = Q/8, q2 = Q/6, q3 = Q/4, q4 = Q/2.
cialmente descarregada, é posta em contato, c) q1 = Q/2, q2 = Q/4, q3 = Q/6, q4 = Q/8.
primeiro, com a esfera X e, depois, com a d) q1 = Q/2, q2 = Q/4, q3 = Q/2, q4 = Q/2.
esfera Y. e) q1 = Q/8, q2 = Q/8, q3 = Q/8, q4 = Q/8.

356
4. A mão da garota da figura toca a esfera ele- 2. Um aluno montou um eletroscópio para a
trizada de uma máquina eletrostática conhe- Feira de Ciências da escola, conforme ilus-
cida como gerador de Van de Graaf. trado na figura a seguir. Na hora da demons-
tração, o aluno atritou um pedaço de cano
plástico com uma flanela, deixando-o eletri-
zado positivamente, e em seguida encostou-
-o na tampa metálica e retirou-o.

A respeito do descrito, são feitas as seguin-


tes afirmações:

I. Os fios de cabelo da garota adquirem car-


gas elétricas de mesmo sinal e por isso se
repelem. O aluno observou, então, um ângulo de aber-
II. O clima seco facilita a ocorrência do fenô- tura a1 na folha de alumínio.
meno observado no cabelo da garota. a) Explique o fenômeno físico ocorrido com a
III. A garota conseguiria o mesmo efeito em fita metálica.
seu cabelo, se na figura sua mão apenas b) O aluno, em seguida, tornou a atritar o cano
se aproximasse da esfera de metal sem com a flanela e o reaproximou do eletroscó-
tocá-la. pio sem encostar nele, observando um ângu-
Está correto o que se lê em: lo de abertura a2. Compare a1 e a2, justifi-
a) I, apenas. cando sua resposta.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
3. Um aluno deseja carregar duas placas A e B
d) II e III, apenas.
por indução. Utilizando cabos isolantes, o alu-
e) I, II e III.
no junta as duas placas e as coloca entre duas
5. Duas pequenas esferas idênticas A e B têm outras placas grandes, paralelas, C e D, ligadas
cargas respectivamente QA = –14 · 10–6 e a uma bateria, como ilustra a Figura 1.
QB = 50 · 10–6 C. Ainda entre as duas placas C e D, ele separa
As duas são colocadas em contato e após as placas A e B (Figura 2) e, em seguida, as
atingido o equilíbrio eletrostático são sepa- retira daquela região (Figura 3).
radas. Lembrando-se que a carga de um elé-
tron é 1,6 · 10–19 C, é correto afirmar que,
após atingido o equilíbrio:
a) 2 · 1014 prótons terão passado de A para B.
b) 1,6 · 10–19 prótons terão passado de A para B.
c) 2 · 1014 elétrons terão passado de A para B.
d) 1,6 · 10–19 elétrons terão passado de A para B.
e) 2 · 1014 elétrons terão passado de B para A.

E.O. Dissertativo
1. Duas esferas metálicas iguais, A e B, es-
tão carregadas com cargas QA = +76 μC e a) Indique os sinais das cargas das placas A e B
QB = + 98 μC, respectivamente. Inicialmente, no estado final.
a esfera A é conectada momentaneamente ao b) compare os módulos dessas cargas entre
solo através de um fio metálico. Em seguida, si, indicando se o módulo da carga de A é
as esferas são postas em contato momentanea- maior, igual ou menor do que o módulo da
mente. Calcule a carga final da esfera B, em μC. carga de B. Justifique suas respostas.

357
4. Deseja-se, disposto do material ilustrado a seguir, carregar as esferas metálicas com cargas de
mesmo módulo e sinais opostos, sem encostar o bastão nas esferas.
Descreva, em etapas e apresentando as respectivas ilustrações, o procedimento necessário para se
atingir este objetivo.

5. (Ufmg) Gustavo dispõe de três esferas metálicas, esferas 1, 2 e 3 de raios iguais e muito pequenos,
com as quais realiza experimentos de eletrostática. As esferas 1 e 2 têm massas iguais, m, e a es-
fera 3 tem uma massa maior, M. As três esferas foram eletricamente carregadas, sendo que as cargas
nas esferas 1 e 3 são iguais, Q, e na esfera 2 a carga é menor, q.
Em um primeiro experimento, Gustavo pendura as esferas 1 e 2 por fios isolantes longos, de mes-
mo comprimento, e presos no mesmo ponto. Nas figuras, são apresentadas três alternativas de
configurações para as posições de equilíbrio dessas duas esferas; U1 e U2 são, respectivamente, os
ângulos que os fios de sustentação das esferas 1 e 2 fazem com a vertical.

a) ASSINALE com um X a opção que apresenta a relação correta entre os ângulos na configuração de
equilíbrio. JUSTIFIQUE sua resposta.
( ) u1 < u2
( ) u1 = u2
( ) u1 > u2
Em um segundo experimento, Gustavo suspende as esferas 1 e 3 de maneira semelhante à anterior.

b) ASSINALE com um X a opção que apresenta a relação correta entre os ângulos na configuração de
equilíbrio. JUSTIFIQUE sua resposta.
( ) u1 < u3
( ) u1 = u3
( ) u1 > u3
c) Finalmente, Gustavo, usando luvas isolantes, força um contato elétrico simultâneo das três esferas.
ASSINALE com um X a opção que dá a relação correta entre os novos valores das cargas q1, q2 e q3 nas
esferas 1, 2 e 3, respectivamente. JUSTIFIQUE sua resposta.
( ) q1 < q2 = q3
( ) q1 = q2 = q3
( ) q1 = q2 < q3

358
6. Três esferas A, B e C atraem-se mutuamente
(todas ao mesmo tempo) entre si. Se a carga E.O. UERJ
de A é negativa o que podemos afirmar em
relação as possíveis cargas de B e C?
Exame de Qualificação
1. (UERJ) Em processos físicos que produzem
7. Três esferas metálicas iguais estão carregadas apenas elétrons, prótons e nêutrons, o núme-
eletricamente e localizadas no vácuo. Inicial- ro total de prótons e elétrons é sempre par.
mente, as esferas A e B possuem, cada uma Esta afirmação expressa a lei de conservação de:
delas, carga +Q, enquanto a esfera C tem car- a) massa.
ga –Q. Considerando as situações ilustradas, b) energia.
determine a carga final da esfera C, admitin- c) momento.
do que as três esferas são colocadas simulta- d) carga elétrica.
neamente em contato e a seguir afastadas.
2. (UERJ) Prótons e nêutrons são constituídos
8. Três pequenas esferas metálicas idênticas, de partículas chamadas quarks: os quarks u
e d. O próton é formado de 2 quarks do tipo
A, B e C, estão suspensas, por fios isolan-
u e 1 quark do tipo d, enquanto o nêutron é
tes, a três suportes. Para testar se elas estão
formado de 2 quarks do tipo d e 1 do tipo u.
carregadas, realizam-se três experimentos
Se a carga elétrica do próton é igual a 1 uni-
durante os quais se verifica como elas inte-
dade de carga e a do nêutron igual a zero, as
ragem eletricamente, duas a duas:
cargas de u e d valem, respectivamente:
Experimento 1: a) 2/3 e 1/3.
As esferas A e C, ao serem aproximadas, atra- b) –2/3 e 1/3.
em-se eletricamente, como ilustra a figura 1: c) –2/3 e –1/3.
Experimento 2: d) 2/3 e –1/3.
As esferas B e C, ao serem aproximadas, tam-
bém se atraem eletricamente, como ilustra a 3. (UERJ) Uma esfera metálica, sustentada por
figura 2. uma haste isolante, encontra-se em equilí-
Experimento 3: brio eletrostático com uma pequena carga
As esferas A e B, ao serem aproximadas, elétrica Q. Uma segunda esfera idêntica e
também se atraem eletricamente, como ilus- inicialmente descarregada aproxima-se dela,
até tocá-la, como indica a figura a seguir.
tra a figura 3.

Após o contato, a carga elétrica adquirida


pela segunda esfera é:
​  Q ​ .
a) __
2
Formulam-se três hipóteses: b) Q.
I. As três esferas estão carregadas. c) 2 Q.
II. Apenas duas esferas estão carregadas d) nula.
com cargas de mesmo sinal.
III. Apenas duas esferas estão carregadas,
mas com cargas de sinais contrários. E.O. UERJ
Analisando o resultados dos três experimen- Exame Discursivo
tos, indique a hipótese correta. Justifique
sua resposta. 1. (UERJ) Três pequenas esferas metálicas, E1,
E2 e E3, eletricamente carregadas e isoladas,
9. Três corpos iguais possuem originalmente estão alinhadas, em posições fixas, sendo E2
cargas elétricas iguais a +4 C, –2 C e 0. Se os equidistante de E1 e E3. Seus raios possuem
dois primeiro corpos são colocados em con- o mesmo valor, que é muito menor que as
tato, e depois, um deles é colocado em con- distâncias entre elas, como mostra a figura:
tato com o corpo originalmente neutro, qual • • •
E1 E2 E3
será a carga final deste?

359
As cargas elétricas das esferas têm, respecti- 1ª) Toca-se C em B, com A mantida à distân-
vamente, os seguintes valores: cia, e em seguida separa-se C de B;
• Q1 = 20 μC 2ª) Toca-se C em A, com B mantida à distân-
• Q2 = – 4 μC cia, e em seguida separa-se C de A;
• Q3 = 1 μC 3ª) Toca-se A em B, com C mantida à distân-
Admita que, em um determinado instante, E1 cia, e em seguida separa-se A de B.
e E2 são conectadas por um fio metálico; após Podemos afirmar que a carga final da esfera
alguns segundos, a conexão é desfeita. A vale:
Nessa nova configuração, determine as car- a) zero
gas elétricas de E1 e E2 e apresente um es- b) + Q/2
quema com a direção e o sentido da força c) - Q/4
resultante sobre E3. d) + Q/6
e) - Q/8
2. (UERJ) Você liga um televisor, o material
que reveste a tela internamente perde uma 3. (Fuvest) Dispõe-se de uma placa metálica M
grande quantidade de elétrons e se torna e de uma esferinha metálica P, suspensa por
eletricamente carregado. Você pode verificar
um fio isolante, inicialmente neutras e iso-
a presença dessa carga aproximando o braço
ladas. Um feixe de luz violeta é lançado so-
da tela e notando como os pelos ficam "em
bre a placa retirando partículas elementares
pé". Qual é o sinal da carga adquirida pela
da mesma.
tela?
As figuras (1) a (4) adiante, ilustram o de-
senrolar dos fenômenos ocorridos.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Fuvest) Uma esfera condutora A, de peso
P, eletrizada positivamente, é presa por um
fio isolante que passa por uma roldana. A
esfera A se aproxima, com velocidade cons-
tante, de uma esfera B, idêntica à anterior,
mas neutra e isolada. A esfera A toca em B Podemos afirmar que na situação (4):
e, em seguida, é puxada para cima, com ve- a) M e P estão eletrizadas positivamente.
locidade também constante. Quando A passa b) M está negativa e P neutra.
pelo ponto M a tração no fio é T1 na descida c) M está neutra e P positivamente eletrizada.
e T2 na subida. Podemos afirmar que: d) M e P estão eletrizadas negativamente.
e) M e P foram eletrizadas por indução.

4. (Fuvest) Aproximando-se uma barra eletri-


zada de duas esferas condutoras, inicial-
A
mente descarregadas e encostadas uma na
outra, observa-se a distribuição de cargas
M esquematizada na figura 1, a seguir.
B Em seguida, sem tirar do lugar a barra ele-
trizada, afasta-se um pouco uma esfera da
outra. Finalmente, sem mexer mais nas es-
feras, move-se a barra, levando-a para muito
a) T1 < T2 < P longe das esferas. Nessa situação final, a al-
b) T1 < P < T2 ternativa que melhor representa a distribui-
c) T2 < T1 < P ção de cargas nas duas esferas é:
d) T2 < P < T1 ––

++
+

e) P < T1 < T2 a)
+
– +
– +
– ++
––
+
+ ––
++
+ ++
––
+

+

+
d) +

2. (Fuvest) Tem-se 3 esferas condutoras idên- +



+ –
+
+ +

+

+ +

++
––
++ ++
–– –– +
+ –
ticas A, B e C. As esferas A (positiva) e B
+
+


+
b) +
+


+
+
+


+
+


++
+

(negativa) estão eletrizadas com cargas de


–– –
+ ++ + ++

mesmo módulo Q, e a esfera C está inicial-


+ +
+ +

e) + +
+ +
+ +
+ +
+ +
+ +
++ ++
mente neutra. São realizadas as seguintes
+ +
++
++
+
+

c) +
+
+
+

operações: +
+
++
++

360
5. (Fuvest) Quando se aproxima um bastão B, a) as três esferas estavam eletrizadas com car-
eletrizado positivamente, de uma esfera me- gas de mesmo sinal.
tálica, isolada e inicialmente descarregada, b) duas esferas estavam eletrizadas com cargas
observa-se a distribuição de cargas repre- de mesmo sinal e uma com carga de sinal
sentada na Figura 1. oposto.
Mantendo o bastão na mesma posição, a es- c) duas esferas estavam eletrizadas com cargas
fera é conectada à terra por um fio condutor de mesmo sinal e uma neutra.
que pode ser ligado a um dos pontos P, R d) duas esferas estavam eletrizadas com cargas
ou S da superfície da esfera. Indicando por
de sinais opostos e uma neutra.
(→) o sentido do fluxo transitório (∅) de
e) uma esfera estava eletrizada e duas neutras.
elétrons (se houver) e por (+), (-) ou (0) o
sinal da carga final (Q) da esfera, o esquema
que representa ∅ e Q é 8. (Unifesp) Em uma atividade experimental
de eletrostática, um estudante verificou que,
ao eletrizar por atrito um canudo de refresco
com um papel toalha, foi possível grudar o ca-
nudo em uma parede, mas o papel toalha não.
Assinale a alternativa que pode explicar cor-
retamente o que o estudante observou.
a) Só o canudo se eletrizou, o papel toalha não
se eletriza.
b) Ambos se eletrizam, mas as cargas geradas
no papel toalha escoam para o corpo do es-
tudante.
c) Ambos se eletrizam, mas as cargas geradas no
6. (Fuvest) Três esferas metálicas iguais, A, B canudo escoam para o corpo do estudante.
e C, estão apoiadas em suportes isolantes, d) O canudo e o papel toalha se eletrizam posi-
tendo a esfera A carga elétrica negativa. Pró- tivamente, e a parede tem carga negativa.
ximas a ela, as esferas B e C estão em contato e) O canudo e o papel toalha se eletrizam nega-
entre si, sendo que C está ligada à terra por tivamente, e a parede tem carga negativa.
um fio condutor, como na figura.
9. (Fuvest) Três esferas metálicas, M1, M2 e M3,
de mesmo diâmetro e montadas em suportes
isolantes, estão bem afastadas entre si e lon-
ge de outros objetos.
Inicialmente M1 e M3 têm cargas iguais, com
valor Q, e M2 está descarregada. São realiza-
das duas operações, na sequência indicada:

A partir dessa configuração, o fio é retirado Q Q


e, em seguida, a esfera A é levada para muito
longe. Finalmente, as esferas B e C são afas-
tadas uma da outra. Após esses procedimen- M1 M2 M3
tos, as cargas das três esferas satisfazem as
relações I. A esfera M1 é aproximada de M2 até que
a) QA < 0 QB > 0 QC > 0 ambas fiquem em contato elétrico. A se-
b) QA < 0 QB = 0 QC = 0 guir, M1 é afastada até retornar à sua po-
c) QA = 0 QB < 0 QC < 0 sição inicial.
d) QA > 0 QB > 0 QC = 0 II. A esfera M3 é aproximada de M2 até que
e) QA > 0 QB < 0 QC > 0 ambas fiquem em contato elétrico. A se-
guir, M3 é afastada até retornar à sua po-
7. (Unifesp) Uma estudante observou que, ao sição inicial.
colocar sobre uma mesa horizontal três pên- Após essas duas operações, as cargas nas es-
dulos eletrostáticos idênticos, equidistantes feras serão cerca de:
entre si, como se cada um ocupasse o vértice a) M1 = Q/2; M2 = Q/4; M3 = Q/4
de um triângulo equilátero, as esferas dos b) M1 = Q/2; M2 = 3Q/4; M3 = 3Q/4
pêndulos se atraíram mutuamente. Sendo as c) M1 = 2Q/3; M2 = 2Q/3; M3 = 2Q/3
três esferas metálicas, a estudante poderia d) M1 = 3Q/4; M2 = Q/2; M3 = 3Q/4
concluiu corretamente que e) M1 = Q; M2 = zero; M3 = Q

361
10. (Unesp) Um dispositivo simples capaz de de- a) copie e complete a figura, mostrando tanto
tectar se um corpo está ou não eletrizado, é a distribuição de cargas na esfera condutora
o pêndulo eletrostático, que pode ser feito como o sentido da corrente de elétrons que
com uma pequena esfera condutora suspen- flui pelo galvanômetro G, enquanto se apro-
sa por um fio fino e isolante. xima da esfera o bastão carregado;
Um aluno, ao aproximar um bastão eletriza- b) copie novamente e complete a figura, mos-
do do pêndulo, observou que ele foi repelido trando tanto a distribuição de cargas na es-
(etapa I). O aluno segurou a esfera do pên- fera condutora como o sentido da corrente
dulo com suas mãos, descarregando-a e, en- de elétrons que flui pelo galvanômetro G,
tão, ao aproximar novamente o bastão, ele- quando se leva para longe da esfera o bastão
trizado com a mesma carga inicial, percebeu carregado.
que o pêndulo foi atraído (etapa II). Após
tocar o bastão, o pêndulo voltou a sofrer re-
pulsão (etapa III). A partir dessas informa- 2. (Unicamp) Cada uma das figuras a seguir
ções, considere as seguintes possibilidades representa duas bolas metálicas de massas
para a carga elétrica presente na esfera do iguais, em repouso, suspensas por fios iso-
pêndulo: lantes. As bolas podem estar carregadas ele-
tricamente. O sinal da carga está indicado
Possibilidade Etapa I Etapa II Etapa III em cada uma delas. A ausência de sinal indi-
1 Neutra Negativa Neutra ca que a bola está descarregada. O ângulo do
2 Positiva Neutra Positiva fio com a vertical depende do peso da bola e
da força elétrica devido à bola vizinha. In-
3 Negativa Positiva Negativa
dique em cada caso se a figura está certa ou
4 Positiva Negativa Negativa errada.
5 Negativa Neutra Negativa
Somente pode ser considerado verdadeiro o
descrito nas possibilidades:
a) 1 e 3.
b) 1 e 2.
c) 2 e 4.
d) 4 e 5.
e) 2 e 5.

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unesp) A figura a seguir mostra uma esfe-
ra condutora ligada à Terra por meio de um
galvanômetro G.

Terra

Com esta montagem, observou-se que o gal-


vanômetro indica:
§§ um pulso de corrente, enquanto se apro-
xima da esfera condutora um bastão car-
regado com cargas positivas, e
§§ outro pulso de corrente, mas de sentido
contrário ao primeiro, quando se leva
para longe da esfera o mesmo bastão.
Usando a seguinte representação
carga positiva: +
carga negativa: -
carga nula: n

362
Gabarito A esfera 1 está aterrada e é aproximado o
bastão carregado.
Elétrons serão atraídos da terra e a esfera 1
ficará negativa.
E.O. Aprendizagem É desfeito o aterramento.
1. B 2. D 3. B 4. E 5. A É afastado o bastão.
A esfera 2 está aterrada e é aproximada a
6. E 7. B 8. C 9. D 10. A esfera 1.
Elétrons são repelidos e a esfera 2 ficará po-
sitiva.
E.O. Fixação É desfeito o aterramento.
1. A 2. E 3. B 4. B 5. E É afastada a esfera 1.
5.
6. C 7. A 8. D 9. B 10. A a) (X) u1 = u2.
b) (X) u1 > u3.
c) (X) q1 = q2 = q3.
E.O. Complementar 6.
Em termos eletrostáticos, dois corpos se
atraem quando estão eletrizados com cargas
1. A 2. E 3. A 4. B 5. C
de sinais opostos ou quando um está eletri-
zado e o outro está neutro. A figura abaixo
mostra, então, as duas possibilidades para a
E.O. Dissertativo situação proposta. As setas indicam os senti-
1.
(QA)final = (QB)final = 49 μC dos das forças trocadas em cada interação.
2.
a) O cano plástico está carregado positiva-
mente, ao encostar na tampa, esta e a fita
metálica também adquirem eletrização
do mesmo tipo.
Como a fita está positiva, cada parte dela
tende a se repelir, por isso a fita começa
a se abrir.
b) a1 < a2, uma vez que o cano atrai as car-
gas negativas da tampa-fita metálica,
restando menos elétrons na fita, esta fica
ainda mais positiva e a força de repulsão
aumenta.
3.
a) placa A: positiva
placa B: negativa
b) |QA| = |QB|
4.

Esfera 1

7.
QC(final) = Q/3.
8.
Duas estão carregadas com cargas de tipos
diferentes e a terceira está neutra.
9.
+0,5 C.

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
Esfera 2 1. D 2. D 3. A

363
E.O. UERJ
Exame Discursivo
∴Q' = 8 μC
1.
Como a carga final de todas as esferas é posi-
tiva, a força entre elas será repulsiva. Assim
sendo, após a desconexão dos cabos condu-
tores, a força resultante sobre a partícula 3
pode ser representada pela ilustração abaixo:

2.
Positiva.

E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. D 2. E 3. A 4. A 5. E

6. A 7. D 8. B 9. B 10. E

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
Observe as figuras A e B a seguir:

Terra

Fig. A - distribuição das cargas na esfera


condutora e o sentido da corrente de elé-
trons que flui pelo galvanômetro G quando
se aproxima da esfera o bastão carregado.
Fig. B - distribuição das cargas na esfera
condutora e o sentido da corrente de elé-
trons que flui pelo galvanômetro G quando
se afasta da esfera o bastão carregado.
2.
a) errada
b) certa
c) errada
d) errada
e) errada

364
© Ralwel/Shutterstock

Aulas 3e4

Lei de Coulomb
Competências 5 e 6
Habilidades 17 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Introdução
Charles Augustin Coulomb (1736-1806) aplicou o método científico sistematicamente em seus problemas, des-
mistificando a eletricidade. Para a determinação da força elétrica, Coulomb utilizou da fórmula newtoniana para
m · m
atração gravitacional entre dois corpos, era de conhecimento geral a lei da gravitação de Newton Fg a __
​  1 2 ​2 
 , isto
d
é, que a atração era proporcional ao produto das massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
as separava. Coulomb percebendo semelhanças entre essas forças, pois, em ambas, atuavam a distância (ação fantas-
magórica à distância), então acabou utilizando-se dessa fórmula para supor a sua fórmula para força elétrica. Para pôr
à prova sua teoria, Coulomb utilizou da balança de torção, utilizada por Henry Cavendish, fazendo algumas melhorias.

Forças entre cargas elétricas puntiformes:


lei de Coulomb

As interações eletrostáticas podem ser evidenciadas pela força percebida entre portadores de cargas elé-
tricas. Essas interações podem ser atrativas ou repulsivas, sendo atrativas entre portadores de cargas elétricas de
sinais opostos e repulsivas entre portadores de cargas elétricas de mesmo sinal. De acordo com a terceira lei de
Newton, para cada ação existe uma reação, de mesma direção, mesma intensidade, sentidos opostos e que atuam
em corpos diferentes. Assim, caracterizaremos as forças de interações elétricas.

O físico francês Charles Coulomb determinou a relação que exprime o módulo da interação existente entre
dois portadores de cargas elétricas, conhecida como lei de Coulomb.

A intensidade da força de interação entre duas cargas elétricas puntiformes é diretamente proporcional ao
produto dos módulos das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre as cargas.

367
onde k é uma constante eletrostática que depende do meio físico em que estão inseridas as cargas elétricas
que compõem o sistema estudado. Para o vácuo, essa constante é denotada por k0 e é chamada de constante
eletrostática do vácuo, ou simplesmente constante eletrostática, e seu valor, determinado experimentalmente, é:

Observação: a constante eletrostática k é definida a partir de outra constante, a chamada constante de


permissividade elétrica «, que, no vácuo, assume o valor «0 = 8,854187 · 10-12 F · m-1. Desse modo, a constante
eletrostática no vácuo é:
​  1   ​ 
k0 = ____
4π«0

Teoria na prática
1. Duas partículas de cargas elétricas Q1 = 4 · 10-16 C e Q2 = 6 · 10-16 C estão separadas no vácuo por uma distância
de 3,0 · 10-9 m. Sendo k0 = 9 · 109 N · m2/C2, a intensidade da força de interação entre elas, em newtons, é de:
Resolução:

Para calcularmos a força entre as partículas, devemos aplicar a fórmula da lei de Coulomb:
k0 · |Q1| · |Q2|
F = ​ __  ​   
d2
Substituindo os valores do exercício, obtemos:
9 · 109 · 4 · 10 -16 
F = _____________________
​       · 6 · 10
 ​
-16

(3 · 10 )
-9 2

Finalizando os cálculos, temos:


F = 2,4 · 10-4 N

2. Duas cargas elétricas puntiformes encontram-se num determinado meio e interagem mutuamente através
de uma força eletrostática, cuja a intensidade F varia com a distância d entre elas de acordo com o diagrama
da figura. Determine a intensidade da força de interação eletrostática entre estas cargas, quando a distância
entre elas for de 0,5 m.

Resolução:

Para calcular, vamos retirar alguns valores do gráfico, como para d = 0,1 m, temos F = 9 N, logo:
k  · |Q1| · |Q2|
F = __
​  o  ​   
d2
k  · |Q1| · |Q2|
9 = __
​  o  ​   
0,12
368
Por consequência, temos:

9 · 0,12 = k0 · |Q1| · |Q2|

Logo:

k0 ·|Q1|·|Q2| = 9 · 10-2

Achamos o valor do produto dos valores constantes; agora podemos achar o valor da força:

k  · |Q1| · |Q2|
F = __​  0  ​   
d2
9 · 0,12
F = __
​   
 ​ 
(5 · 10-1)2
Finalizando, temos:
F = 0,36 N

Força elétrica de várias cargas puntiformes fixas


Sejam cargas puntiformes
_____ fixas
_____ Q , Q2, Q3_____. A cada
_____ par de cargas, temos uma força elétrica, seja de atração ou de
​› ​› ​› 1 _____ ​› ​› _____
​›
repulsão, logo, temos  
F ​​  1,2,  F ​​  1,3,  
F ​​  2,3,  
F ​​  2,1,  
F ​​  3,1 e ​ 
F ​  3,2. A força resultante elétrica que atua em cada partícula será a
soma vetorial de todas as forças que as outras cargas exercem sobre ela, isto é:

​_____› ​_____› ​_____›


Na carga Q1: _____ 
F ​​   =   F ​​   +   F ​​  
​› e1 ​_____› 2,1 ​_____› 3,1
Na carga Q2:  
F ​_____​  e2 = _____ 
F ​​   +   F ​​  
​› ​›1,2 ​_____›3,2
Na carga Q3:  F ​​  e3 =   F ​​  1,3 +  
F ​​  2,3

Quanto maior for a quantidade de cargas elétricas envolvidas, mais complicado será calcular a força elétrica
resultante. Por isso será importante detalhar cada força envolvida, representar geometricamente seu vetor, prestan-
do atenção se a força é de atração ou de repulsão, para o cálculo vetorial da força resultante.

369
Considerações importantes:
§§ Massa do elétron: 9,1 · 10–31 kg
§§ Massa do próton: 1,67 · 10–27 kg

1 C é, em Eletrostática, uma carga enorme. Em virtude disso, são muito utilizados os submúltiplos do Coulomb:
§§ 1 milicoulomb = 1 mC = 10–3 C
§§ 1 microcoulomb = 1 mC = 10–6 C
§§ 1 nanocoulomb = 1 nC = 10–9 C
§§ 1 picocoulomb = 1 pC = 10–12 C

A carga de um elétron ou de próton é a menor carga elétrica livre encontrada na natureza. Essas cargas são
iguais em valores absolutos, constituindo a chamada carga elementar (e):

Sendo n o número de elétrons em excesso de um corpo eletrizado negativamente, sua carga elétrica, em
módulo, vale:

Essa expressão é usada para calcular a carga elétrica de um corpo carregado positivamente, e, nesse caso, n
é o número de prótons em excesso ou o número de elétrons em falta no corpo. O excesso de cargas elétricas que
um corpo porta, em excesso, é múltiplo natural da carga elétrica elementar.
Devemos lembrar que força é uma grandeza vetorial, desta forma suas operações, causas e consequências
devem respeitar os métodos e procedimentos inerentes aos estudos vetoriais.

Teoria na prática
1. Três cargas elétricas encontram-se alinhadas no vácuo. Sendo Q1 = 2 µC, que está a 3 m de Q3 = 4 µC, e
Q2 = 2 µC, que está a 3 m de Q3; determine a força resultante sobre Q3.

Resolução:

Se elas estão alinhadas, então teremos duas forças aplicada em Q3, na mesma direção, contudo, em sentidos
opostos, pois Q1 e Q2 possuem o mesmo sinal de carga. Logo, a resultante será:
Aplicando a lei de Coulomb, temos:

* *
k  · |Q1| · |Q3| __ k  · |Q2| · |Q3|
Fr = ​  __
​  0  ​  – ​  0
   ​    

d2
d2

Substituindo os valores, temos:

*
Fr = ​ __9 · 109 · 2 · 10 ​
​   
9
-6 
· 4 · 10-6   9 · 109 · 2 · 10
– ​ __
  
9
-6
 ​  *
 · 4 · 10-6 

Observa-se que os valores das forças são os mesmos, logo, temos:

Fr = 0 N

370
2. Considere duas cargas elétricas pontuais, sendo uma delas Q1, localizada na origem de um eixo x, e a outra
Q2, localizada em x = L. Uma terceira carga pontual, Q3, é colocada em x = 0,4 L. Considerando apenas a
Q
interação entre as três cargas pontuais e sabendo que todas elas possuem o mesmo sinal, qual é a razão ​ __2 ​   
Q1
para que fique submetida a uma força resultante nula?

Resolução:

Segue a representação do caso; temos, então:

__
​› __
​›
​* F ​
​   1 *​= *​ F ​
​   2 *​

Usando a lei de Coulomb, temos:


k  · |Q1| · |Q3|
__ k0 · |Q2| · |Q3|
​  0  ​  = ​ __
   ​   
d2
d2

Logo, temos:

__ |Q | |Q |
= __
​  1  2 ​  ​  2  2 ​ 
(0,4L) (0,6L)

Por consequência, temos:

__ (0,6L)2 __ Q
​   ​ = ​  2  ​
(0,4L)2 Q1

__Q
​  2  ​= 2,25
Q1

3. Duas cargas elétricas puntiformes idênticas Q1 e Q2, cada uma com 1 · 10-7 C, encontram-se fixas sobre um
plano horizontal, conforme a figura abaixo. Uma terceira carga q, de massa 10 g, encontra-se em equilíbrio
no ponto P, formando, assim, um triângulo isósceles vertical. Sabendo que as únicas forças que agem em q
são as de interação eletrostática com Q1 e Q2 e seu próprio peso, o valor desta terceira carga é:

Adote: k0 = 9 · 109 N· m2/C2; g = 10 m/s2

Resolução:

Para que o corpo de carga q fique em equilíbrio, é necessário que a força resultante seja nula, isto é, a soma
das forças elétricas com a força peso deve ser zero.
Sabendo que Q1 e Q2 são positivas, é fácil concluir que q deve ser positiva também, para que ocorra força
de repulsão, caso contrário, q nunca iria ficar em equilíbrio.

371
Logo, temos duas forças de repulsão aplicadas em q com direções diferentes, mas de mesmo módulo, F, que vale:

k  · |Q1| · |q|
F = __
​  0  ​   
d2
9 · 109 · 1 · 10-7 · q 
F = _____________________
​     ​  
9 · 10-4

Simplificando, temos:

F = 1 · 106 · q

Agora que conhecemos o módulo da força, é interessante saber a direção e sentido; para somá-las vetorial-
mente, temos então:

Como sabemos que as forças têm mesmo módulo, é fácil concluir que na horizontal a soma das componen-
tes é nula, enquanto na vertical a soma das componentes será o dobro.
Retirando, por geometria, temos:

FQ1Y = F · sen(30º)

Logo, teremos como FER , a força elétrica resultante, de módulo:

FER = 2 · F · sen(30º)

Logo:

FER = 2 · 1 · 106 · q · 0,5

Terminando os cálculos, obtemos:

FER = 1 · 106 · q

Por fim, sabe-se que a deve anular a própria força peso do corpo q, logo:

FER = P

Substituindo:

1 · 106 · q = 10 · 10-3 · 10

Finalizando:

q = 1 · 10-7 C

372
Medição da carga elementar
Sabemos que a carga elementar, cujo valor corresponde em módulo a 1,6021176462 ∙ 10-19 C, possui uma incerte-
za apenas no dois últimos algarismos, mas deve-se a Robert Andrews Millikan (1858-1953) a primeira medida. Em
um atomizador, Millikan eletrizou gotículas de óleo; quando era atingido o equilíbrio dinâmico, Millikan igualou a
força peso com a força elétrica, percebendo que todos os valores de carga elétrica em excesso para cada gotícula
de óleo era múltiplo de um certo valor. Ele deduziu que o valor de cada carga elementar era de 1,64 ∙ 10-19 C.

373
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Lei de Coulomb


Fonte: Youtube

Vídeo Força Elétrica - Lei de Coulomb

Fonte: Youtube

Vídeo Cabo de guerra elétrico - experiência de Física

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites

ACESSAR

Sites Partículas elétricas e suas interações

pt.khanacademy.org/science/physics/electric-charge-electric-force-and-voltage#charge-
electric-force
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/forca-eletrica.htm
www.if.ufrgs.br/fis/EMVirtual/cap1/cargas.htm
374 educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/medindo-forca-eletrica-repulsao.htm
APLICAÇÃO NO COTIDIANO

A força elétrica é uma das quatro forças fundamentais da Natureza, logo, está presente no dia a dia de todos.
Graças à força elétrica, há união entre os diferentes átomos, moléculas etc., proporcionando condições para que
a vida exista. A atração e a repulsão elétrica estão presentes quando um pente é capaz de atrair pequenos corpos
depois de ser atritado com o cabelo de uma pessoa. Também ocorre nos processos em que gotículas de água são
ionizadas a fim de atrair pequenas partículas de poeira ou sujeira, processo esse que ocorre nas chaminés indus-
triais ou em climatizadores.

375
Estrutura Conceitual
Depende do inverso
da distância ao quadrado

Naturezas
iguais Repulsão
CARGA
FORÇA ELÉTRICA
ELÉTRICA
Naturezas Atração
opostas

Grandeza Ação à
vetorial distância

376
E.O. Aprendizagem
1. Duas partículas de mesma massa têm cargas Q e 3Q. Sabendo-se que a força gravitacional é despre-
zível em comparação com a força elétrica, indique qual das figuras melhor representa as acelera-
ções vetoriais das partículas.

a)

b)

c)

d)

e)

2.

Um dos grandes problemas ambientais decorrentes do aumento da produção industrial mundial é


o aumento da poluição atmosférica. A fumaça, resultante da queima de combustíveis fósseis como
carvão ou óleo, carrega partículas sólidas quase microscópicas contendo, por exemplo, carbono,
grande causador de dificuldades respiratórias. Faz-se então necessária a remoção dessas partícu-
las da fumaça, antes de elas chegarem à atmosfera. Um dispositivo idealizado para esse fim está
esquematizado na figura abaixo.

A fumaça poluída, ao passar pela grade metálica negativamente carregada, é ionizada e posterior-
mente atraída pelas placas coletoras positivamente carregadas. O ar emergente fica até 99% livre
de poluentes. A filtragem do ar idealizada nesse dispositivo é um processo fundamentalmente
baseado na:
a) eletricidade estática.
b) conservação da carga elétrica.
c) conservação da energia.
d) força eletromotriz.
e) conservação da massa.

377
3. Dois objetos metálicos esféricos idênticos, 7. A figura a seguir representa duas cargas elé-
contendo cargas elétricas de 1C e de 5C, são tricas puntiformes positivas, +q e +4q, man-
colocados em contato e depois afastados a tidas fixas em suas posições.
uma distância de 3 m. Considerando a Cons-
tante de Coulomb k = 9 × 109 N m2/C2, po-
demos dizer que a força que atua entre as
cargas após o contato é:
a) atrativa e tem módulo 3 × 109 N.
b) atrativa e tem módulo 9 × 109 N. Para que seja nula a força eletrostática resul-
c) repulsiva e tem módulo 3 × 109 N. tante sobre uma terceira carga puntiforme,
d) repulsiva e tem módulo 9 × 109 N. essa carga deve ser colocada no ponto:
e) zero. a) A.
b) B.
4. Duas esferas carregadas, afastadas 1 m, atra- c) C.
em-se com uma força de 720 N. Se uma esfe-
d) D.
ra tem o dobro da carga da segunda, qual é a
carga das duas esferas? e) E.
(Considere k = 9 · 109 Nm2/C2)
a) 1,0 · 10–4 C e 2,0 · 10–4 C. 8. (UFMG) Duas cargas elétricas idênticas estão
b) 2,0 · 10–4 C e 4,0 · 10–4 C. fixas, separadas por uma distância L. Em um
c) 3,0 · 10–4 C e 6,0 · 10–4 C. certo instante, uma das cargas é solta e fica
d) 4,0 · 10–4 C e 8,0 · 10–4 C. livre para se mover.
e) 5,0 · 10–4 C e 10,0 · 10–4 C.
Considerando essas informações, assinale a
alternativa cujo gráfico MELHOR representa
5. (Udesc) Duas pequenas esferas estão separa-
das por uma distância de 30 cm. As duas esfe- o módulo da força elétrica F, que atua sobre a
ras repelem-se com uma força de 7,5 · 10-6 N. carga que se move, em função da distância d
Considerando que a carga elétrica das duas entre as cargas, a partir do instante em que
esferas é 20 nC, a carga elétrica de cada es- a carga é solta.
fera é, respectivamente: a)
a) 10 nC e 10 nC
b) 13 nC e 7 nC
c) 7,5 nC e 10 nC
d) 12 nC e 8 nC
e) 15 nC e 5 nC

6. (UFMG) Duas pequenas esferas isolantes – I b)


e II –, eletricamente carregadas com cargas
de sinais contrários, estão fixas nas posições
representadas nesta figura:

P QR S
I II
c)
A carga da esfera I é positiva e seu módulo é
maior que o da esfera II.
Guilherme posiciona uma carga pontual po-
sitiva, de peso desprezível, ao longo da linha
que une essas duas esferas, de forma que ela
fique em equilíbrio.
Considerando-se essas informações, é COR-
d)
RETO afirmar que o ponto que melhor repre-
senta a posição de equilíbrio da carga pontu-
al, na situação descrita, é o:
a) R.
b) P.
c) S.
d) Q.

378
9. Segundo o princípio da atração e repulsão, c) as partículas serão repelidas pela força cou-
corpos eletrizados com cargas de mesmo lombiana e repelidas pela força gravitacional.
sinal se repelem e com sinais contrários se d) as partículas serão atraídas pela força cou-
atraem. O módulo da força de atração ou re- lombiana e atraídas pela força gravitacional.
pulsão mencionado acima é calculado atra- e) as partículas serão repelidas pela força cou-
vés da lei de Coulomb. lombiana e atraídas pela força gravitacional.
Sobre essa força, é correto afirmar que ela é:
a) inversamente proporcional ao produto das 4. Três cargas elétricas puntiformes idênticas,
cargas. Q1, Q2 e Q3, são mantidas fixas em suas posi-
b) proporcional ao quadrado da distância entre ções sobre uma linha reta, conforme indica
as cargas. a figura a seguir.
c) uma força de contato.
d) uma força de campo.
e) fraca, comparada com a força da gravidade.

10. Dois prótons de uma molécula de hidrogênio Q1 e Q2 possuem cargas de mesmo tipo e Q3
distam cerca de 1,0 × 10–10 m. Qual o módulo carga diferente.
da força elétrica que um exerce sobre o ou- Sabendo-se que o módulo da força elétrica
tro, em unidades de 10–9 N? exercida por Q1 sobre Q2 é de 4,0 × 10–5 N,
a) 13 qual é o módulo da força elétrica resultante
b) 18 sobre Q2?
c) 20 a) 4,0 × 10–5 N
d) 23 b) 8,0 × 10–5 N
e) 28 c) 1,2 × 10–4 N
d) 1,6 × 10–4 N
E.O. Fixação e) 2,0 × 10–4 N

5. (EEAR 2017) Duas cargas são colocadas em


1. (PUC-RJ 2017) Duas cargas pontuais q1 e uma região onde há interação elétrica entre
q2 são colocadas a uma distância R entre si. elas. Quando separadas por uma distância d,
Nesta situação, observa-se uma força de mó- a força de interação elétrica entre elas tem
dulo F0 sobre a carga q2. módulo igual a F. Triplicando-se a distância
Se agora a carga q2 for reduzida à metade e a entre as cargas, a nova força de interação
distância entre as cargas for reduzida para R/4 elétrica em relação à força inicial, será:
qual será o módulo da força atuando em q1? a) diminuída 3 vezes.
a) F0/32 b) diminuída 9 vezes.
b) F0/2 c) aumentada 3 vezes.
c) 2 F0 d) aumentada 9 vezes.
d) 8 F0
e) 16 F0 6. Assinale a alternativa que preenche correta-
mente as lacunas no fim do enunciado que
2. (Fatec) Duas pequenas esferas estão, inicial- segue, na ordem em que aparecem.
mente, neutras eletricamente. De uma das Três esferas metálicas idênticas, A, B e C, são
esferas são retirados 5,0 × 1014 elétrons que montadas em suportes isolantes. A esfera A
são transferidos para a outra esfera. Após está positivamente carregada com carga Q,
essa operação, as duas esferas são afastadas enquanto as esferas B e C estão eletricamen-
8,0 cm, no vácuo. te neutras. Colocam-se as esferas B e C em
Dados: carga elementar e = 1,6 × 10–19 C contato uma com a outra e, então, coloca-se
constante eletrostática no vácuo a esfera A em contato com a esfera B, confor-
k0 = 9,0 × 109 N · m2/C2 me representado na figura.
A força de interação elétrica entre as esferas
será de:
a) atração e intensidade 7,2 × 105 N.
b) atração e intensidade 9,0 × 103 N.
c) atração e intensidade 6,4 × 103 N.
d) repulsão e intensidade 7,2 × 103 N.
e) repulsão e intensidade 9,0 × 103 N. Depois de assim permanecerem por alguns
instantes, as três esferas são simultanea-
3. Duas partículas de carga elétrica Q e massa M mente separadas. Considerando-se que o ex-
são colocadas sobre um eixo e distam de 1 m. perimento foi realizado no vácuo k0 = 9 × 109
Podemos dizer que: N ∙ m²/C² e que a distância final (d) entre as
a) a força de interação entre as partículas é nula. esferas A e B é muito maior que seu raio, a
b) as partículas serão atraídas pela força cou- força eletrostática entre essas duas esferas
lombiana e repelidas pela força gravitacional. é _______ e de intensidade igual a _______.

379
a) repulsiva – k0 Q²/(9d²) a) 1,0
b) atrativa – k0 Q²/(9d²) b) 2,0
c) repulsiva – k0 Q²/(6d²) c) 3,0
d) atrativa – k0 Q²/(4d²) d) 4,0
e) repulsiva – k0 Q²/(4d²)
e) 5,0

7. Duas cargas positivas, separadas por uma


certa distância, sofrem uma força de repul-
são. Se o valor de uma das cargas for dobrada E.O. Complementar
e a distância duplicada, então, em relação ao
valor antigo de repulsão, a nova força será: 1. Um sistema eletrostático composto por 3 car-
a) o dobro.
gas Q1 = Q2 = +Q e Q3 = q é montado de forma
b) o quádruplo.
c) a quarta parte. a permanecer em equilíbrio, isto é, imóvel.
d) a metade. Sabendo-se que a carga Q3 é colocada no pon-
to médio entre Q1 e Q2, calcule q.
8. Posicionadas rigidamente sobre os vértices a) –2 Q
de um cubo de aresta 1 m, encontram-se oito b) 4 Q
cargas elétricas positivas de mesmo módulo. Q ​ 
Sendo k o valor da constante eletrostática do c) –​ ___
4
meio que envolve as cargas, a força resul- Q
__
d) ​   ​ 
tante sobre uma nona carga elétrica também 2
positiva e de módulo igual ao das oito pri- Q ​ 
e) –​ __
meiras, abandonada em repouso no centro 2
do cubo, terá intensidade:
a) zero. 2. Três cargas elétricas estão em equilíbrio ao
b) k__× Q2. longo de uma linha reta de modo que uma
c) ​√2 ​ k × Q2.
carga positiva (+Q) está no centro e duas
d) 4k × Q4.
cargas negativas (–q) e (–q) estão colocadas
e) 8k × Q2.
em lados opostos e à mesma distância (d) da
9. O que acontece com a força entre duas car- carga Q. Se aproximamos as duas cargas ne-
gas elétricas (+Q) e (–q) colocadas a uma gativas para d/2 de distância da carga positi-
distância (d) se mudarmos a carga (+Q) por va, para quanto temos que aumentar o valor
(+4Q), a carga (–q) por (+3q) e a distância de Q (o valor final será Q’), de modo que o
(d) por (2d)? equilíbrio de forças se mantenha?
a) Mantém seu módulo e passa a ser atrativa. a) Q’ = 1Q.
b) Mantém seu módulo e passa a ser repulsiva.
b) Q’ = 2Q.
c) Tem seu módulo dobrado e passa a ser repul-
siva. c) Q’ = 4Q.
d) Tem seu módulo triplicado e passa a ser re- d) Q’ = Q/2.
pulsiva. e) Q’ = Q/4.
e) Tem seu módulo triplicado e passa a ser atra-
tiva. 3. Duas cargas elétricas puntiformes Q1 e Q2 = 4Q1
estão fixas nos pontos A e B, distantes
10. O gráfico a seguir representa a força F en-
30 cm. Em que posição (x) deve ser colocada
tre duas cargas pontuais positivas de mesmo
uma carga Q3 = 2Q1 para ficar em equilíbrio
valor, separadas pela distância r. Determine
o valor das cargas, em unidades de 10–9 C. sob ação somente de forças elétricas?

F (10-8 N )

5,0

2,5 a) x = 5 cm
b) x = 10 cm
c) x =15 cm
0 d) x = 20 cm
0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 r (m) e) x = 25 cm

380
4. Duas partículas têm massas iguais a m e Considerando a constante eletrostática do
cargas iguais a Q. Devido a sua interação meio como k = 9 × 109 N.m²/C², determine:
eletrostática, elas sofrem uma força F quan- a) o valor da força F.
do estão separadas de uma distância d. Em b) a intensidade das cargas elétricas.
seguida, estas partículas são penduradas, a
partir de um mesmo ponto, por fios de com- 3. Considerando que as três cargas da figura es-
primento L e ficam equilibradas quando a tão em equilíbrio, determine qual o valor da
distância entre elas é d1. A cotangente do carga Q1 em unidades de 10–9 C. Considere
ângulo que cada fio forma com a vertical, em Q3 = –3 · 10–9 C.
função de m, g, d, d1, F e L, é:

4. Duas pequenas esferas carregadas repelem-


-se mutuamente com uma força de 1 N quan-
do separadas por 40 cm. Qual o valor em
newtons da força elétrica repulsiva se elas
a) m g d1 / (F d). forem deslocadas e posicionadas à distância
b) m g L d1 / (F d2). de 10 cm uma da outra?
c) m g d12 / (F d2).
d) m g d2 / (F d12). 5. Considere duas pequenas esferas con-
e) (F d2) / (mg d12). dutoras iguais, separadas pela distância
d = 0,3 m. Uma delas possui carga Q1 = 1 × 10–9C
5. Inicialmente, a força elétrica atuando entre e a outra Q2 = –5 × 10–10 C. Utilizando
dois corpos A e B, separados por uma dis- K = 9,0 × 109 Nm2/C2:
tância d, é repulsiva e vale F. Se retirarmos a) calcule a força elétrica F de uma esfera sobre
metade da carga do corpo A, qual deve ser a a outra, declarando se a força é atrativa ou
nova separação entre os corpos para que a repulsiva.
força entre eles permaneça igual a F? b) A seguir, as esferas são colocadas em conta-
a) d to uma com a outra e recolocadas em suas
b) d/2__ posições originais. Para essa nova situação,
c) d/​√__
2 ​
  calcule a força elétrica F de uma esfera sobre
d) d/​√  
3 ​ a outra, declarando se a força é atrativa ou
e) d/3 repulsiva.

6. Qual a unidade sistema internacional da


E.O. Dissertativo constante de proporcionalidade da lei de
Coulomb da Eletrostática?
1. (ITA) Uma carga q ocupa o centro de um
7. Duas partículas com carga 5 × 10–6 C cada
hexágono regular de lado d tendo em cada
uma estão separadas por uma distância de 1
vértice uma carga idêntica q. Estando todas
m. Dado K = 9 × 109 Nm2/C2, determine
as sete cargas interligadas por fios inextensí-
a intensidade da força elétrica entre as par-
veis, determine as tensões em cada um deles. tículas.
2. O gráfico mostra como varia a força de repulsão 8. Duas cargas elétricas A e B estão distantes
entre duas cargas elétricas, idênticas e punti- entre si de uma certa distância d. Se uma
formes, em função da distância entre elas. das cargas tem seu valor quadruplicado, para
quanto deveremos aumentar a distância en-
tre as cargas para manter a constante a força
entre elas?

9. (ITA) A figura mostra parte de uma camada


de um cristal tridimensional infinito de sal
de cozinha, em que a distância do átomo de
Na ao de seu vizinho Cℓ é igual a a.

381
b)
F

c)
F

Considere a existência dos seguintes defei- r


tos neste cristal: ausência de um átomo de
Cℓ e a presença de uma impureza de lítio d)
(esfera cinza), cuja carga é igual à funda- F
mental +e, situada no centro do quadrado
formado pelos átomos de Na e Cℓ Obtenha
as componentes
__
​›
Fx e Fy da força eletrostática
​ ​ ​ ​
​    = Fx^
resultante F ​ ​x ​  + Fy^
​y ​  que atua no átomo r
de lítio. Dê sua resposta em função de e, a e
da constante de Coulomb k0.
E.O. UERJ
10. O fato de os núcleos atômicos serem formados
por prótons e nêutrons suscita a questão da
coesão nuclear, uma vez que os prótons, que
Exame Discursivo
têm carga positiva q = 1,6 × 10–19 C, repelem-
-se através da força eletrostática. Em 1935, H. 1. (UERJ) Duas partículas de cargas +4Q e –Q
Yukawa propôs uma teoria para a força nuclear coulombs estão localizadas sobre uma linha,
forte, que age a curtas distâncias e mantém os dividida em três regiões I, II e III, conforme
núcleos coesos. a figura a seguir.
Considere que o módulo da força nuclear for-
te entre dois prótons FN é igual a vinte vezes
o módulo da força eletrostática entre eles FE,
ou seja, FN = 20 FE. O módulo da força ele-
trostática entre dois prótons separados por
uma distância d é dado por FE = K(q2/d2),
onde K = 9,0 × 109 Nm2/C2. Obtenha o módulo
da força nuclear forte FN entre os dois pró- Observe que as distâncias entre os pontos
tons, quando separados por uma distância = são todas iguais.
1,6 × 10–15 m, que é uma distância típica en- a) Indique a região em que uma partícula po-
tre prótons no núcleo. sitivamente carregada (+Q coulomb) pode
ficar em equilíbrio.

E.O. UERJ b) Determine esse ponto de equilíbrio.

Exame de Qualificação E.O. Objetivas


1. (UERJ) Duas partículas eletricamente carre-
gadas estão separadas por uma distância r. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
O gráfico que melhor expressa a variação do
módulo do força eletrostática F entre elas, 1. (Unifesp) Considere a seguinte "unidade"
em função de r, é: de medida: a intensidade da força elétrica
a)
F entre duas cargas q, quando separadas por
uma distância d, é F. Suponha em seguida
que uma carga q1 = q seja colocada frente a
duas outras cargas, q2 = 3q e q3 = 4q, segundo
r a disposição mostrada na figura.

382
5. (Fuvest) A uma distância d uma da outra,
encontram-se duas esferinhas metálicas
idênticas, de dimensões desprezíveis, com
cargas - Q e + 9 Q. Elas são postas em contac-
to e, em seguida, colocadas à distância 2 d. A
razão entre os módulos das forças que atuam
APÓS o contacto e ANTES do contacto é:
a) 2/3
b) 4/9
c) 1
d) 9/2
A intensidade da força elétrica resultante e) 4
sobre a carga q1, devido às cargas q2 e q3, será
a) 2 F.
b) 3 F.
c) 4 F.
E.O. Dissertativas
d) 5 F. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
e) 9 F.
1. (Unicamp) Considere o sistema de cargas na
2. (Unifesp) Duas partículas de cargas elétricas figura. As cargas + Q estão fixas e a carga - q
q1 = 4,0 × 10-16 C e q2 = 6,0 × 10-16 C estão pode mover-se somente sobre o eixo x.
separadas no vácuo por uma distância de Solta-se a carga - q, inicialmente em repou-
3,0 × 10-9 m. Sendo k = 9,0 × 109 N.m2/C2, a so, em x = a.
intensidade da força de interação entre elas, a) Em que ponto do eixo x a velocidade de - q
em newtons, é de: é máxima?
a) 1,2 × 10-5. b) Em que ponto(s) do eixo x a velocidade de -
b) 1,8 × 10-4. q é nula?
c) 2,0 × 10-4.
d) 2,4 × 10-4.
e) 3,0 × 10-3.

3. (Unesp) Assinale a alternativa que apresen-


ta o que as forças dadas pela Lei da Gravita-
ção Universal de Newton e pela Lei de Cou-
lomb têm em comum.
a) Ambas variam com a massa das partículas
que interagem.
b) Ambas variam com a carga elétrica das par-
tículas que interagem.
c) Ambas variam com o meio em que as partí- 2. (Unicamp) Duas cargas elétricas Q1 e Q2 atraem-
culas interagem. -se, quando colocadas próximas uma da outra.
d) Ambas variam com o inverso do quadrado da a) O que se pode afirmar sobre os sinais de Q1 e
distância entre as partículas que interagem. de Q2?
e) Ambas podem ser tanto de atração como de b) A carga Q1 é repelida por uma terceira carga,
repulsão entre as partículas que interagem. Q3, positiva. Qual é o sinal de Q2?

4. (Unesp) Duas esferas condutoras idênticas, 3. (Unesp) Dois corpos pontuais em repouso,
carregadas com cargas + Q e - 3 Q, inicialmen- separados por certa distância e carregados
te separadas por uma distância d, atraem-se eletricamente com cargas de sinais iguais,
com uma força elétrica de intensidade (mó- repelem-se de acordo com a Lei de Coulomb.
dulo) F. Se as esferas são postas em contato e, a) Se a quantidade de carga de um dos corpos
for triplicada, a força de repulsão elétrica
em seguida, levadas de volta para suas posi-
permanecerá constante, aumentará (quantas
ções originais, a nova força entre elas será:
vezes?) ou diminuirá (quantas vezes?)?
a) maior que F e de atração. b) Se forem mantidas as cargas iniciais, mas a
b) menor que F e de atração. distância entre os corpos for duplicada, a
c) igual a F e de repulsão. força de repulsão elétrica permanecerá cons-
d) menor que F e de repulsão. tante, aumentará (quantas vezes?) ou dimi-
e) maior que F e de repulsão. nuirá (quantas vezes?)?

383
4. (Fuvest) Duas cargas pontuais positivas, q1 e 2.
q2 = 4q1, são fixadas a uma distância d uma a) F = 1 × 103 N
da outra. Uma terceira carga negativa q3 é co- b) |Q| = 1 × 10–4 C
locada no ponto P entre q1 e q2, a uma distân- 3. O valor da carga Q1, em unidades de 10–9 C, é
cia X da carga q1, conforme mostra a figura. igual a 12.
a) Calcule o valor de X para que a força sobre a 4. 16 N.
carga q3 seja nula. 5.
b) Verifique se existe um valor de q3 para o qual a) 5 × 10–8 N; atrativa.
tanto a carga q1 como a q2 permanecem em b) 6,25 × 10–9 N; repulsiva.
equilíbrio, nas posições do item a), sem ne- 6.
cessidade de nenhuma outra força além das N.m2/C2.
eletrostáticas entre as cargas. Caso exista, 7. F = 0,225N.
calcule este valor de q3; caso não exista, es- 8. Para o dobro ___ da distância ___ original.
creva "não existe" e justifique. ​__› √ 26 ​ k0e2 ​^​ √
–5​ ​ 26 ​ k0e2 ​^​
9. ​   = ___________
F ​ ​     ​ ​ x ​ – ________
​   ​ 
 ​ y ​ 
169a 2
169a2
10. FN = 1,8 · 103 N.

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. C

5. (Unicamp) Uma pequena esfera isolante de E.O. UERJ


massa igual a 5 x 10-2 kg e carregada com
uma carga positiva de 5 x 10-7 C está presa ao Exame Discursivo
teto através de um fio de seda. Uma segunda 1.
esfera com carga negativa de 5 x 10-7 C, mo- a) Região III.
vendo-se na direção vertical, é aproximada b) ponto 11.
da primeira. Considere k = 9 x 109 Nm2/C2.
a) Calcule a força eletrostática entre as duas
esferas quando a distância entre os seus E.O. Objetivas
centros é de 0,5 m. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
b) Para uma distância de 5 x 10-2 m entre os
centros, o fio de seda se rompe. Determine a 1. D 2. D 3. D 4. D 5. B
tração máxima suportada pelo fio.
E.O. Dissertativas
Gabarito (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) Ponto O.
E.O. Aprendizagem b) x = + a e X = –a.
1. C 2. A 3. D 4. B 5. E 2.
a) As cargas possuem sinais opostos.
6. C 7. B 8. C 9. D 10. D b) Negativa.
3.
a) Triplica.
E.O. Fixação b) Diminuirá 4 vezes.
1. D 2. B 3. E 4. E 5. B 4.
​  d ​  .
a) x = __
6. A 7. D 8. A 9. D 10. E 3
b) q3 = –​ __ 4 ​  q .
9 1
5.
E.O. Complementar a) F = 9,0 . 10–3 N.
1. C 2. A 3. B 4. C 5. C b) T = 1,4 N.

E.O. Dissertativo
1.
T2 = T3 = T5 = T6 = 0.
R = 27 + ​
4​dXX
T7 = ____________
​    3 ​  
​ kd2 ​. 
____ 2

12 d
384
© sakkmesterke/Shutterstock

Aulas 5e6

Campo elétrico
Competências 5 e 6
Habilidades 17 e 21
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Conceito de campo elétrico
Em Física, é muito comum criarmos modelos que possam tornar nossa compreensão da natureza mais adequada
às nossas observações e aos dados coletados. Exatamente aqui se enquadra o conceito de campo elétrico. Como
vimos anteriormente, as interações entre portadores de cargas elétricas podem ser analisadas do ponto de vista das
forças existentes entre esses portadores. Uma carga elétrica puntiforme Q, ou uma distribuição de cargas, origina
um campo elétrico no espaço ao seu redor. Ao colocamos uma carga de prova q, puntiforme, em um ponto P
​__›
​   e, de origem elétrica, age sobre a carga q.
dessa região, uma força F ​

De modo equivalente, a carga elétrica de prova q também produz um campo elétrico, a força de origem
elétrica também age sobre Q ou sobre as cargas da distribuição.
Michael Faraday (1791-1867) introduziu um novo conceito na física, as linhas de força, que, mais tarde,
originariam a ideia de campo. James Clerk Maxwell (1831-1879), aluno de Faraday, apoiou-se principalmente nos
trabalhos de seu professor e de Ampère para a formulação da sua teoria eletromagnética, descrevendo desde os
campos eletromagnéticos até a sua propagação em seu trabalho Treatise on Eletricity and Magnetism. Nesse tra-
balho, Maxwell consegue unificar as leis de Coulomb, Oersted, Ampère, Biot e Savart, Faraday e Lenz expressando
todas essas leis em apenas quatro equações.

Intensidade de campo elétrico


​___› ​__›
O campo elétrico ​E ​   foi definido a partir da força elétrica ​F ​  , sendo a razão entre a força eletrostática e o módulo
da carga de prova q.

A unidade de campo elétrico é definida por:

No Sistema Internacional de unidades (SI), temos:

​ newton 
1 unidade de E = 1 _______ N ​ 
= 1​ __
 ​ 
coulomb C
No Sistema Internacional de unidade (SI), é utilizado o volt por metro (V/m) e esse é equivalente ao newton
por coulomb (N/C).

387
Teoria na prática
1. Um corpo esférico carregado com uma carga Q = 5 C positiva provocou em uma carga de prova q = 2 C
uma força de repulsão de 20 N de intensidade. Calcule qual foi o valor do campo gerado pelo corpo.
Resolução:
Pela definição de campo elétrico, temos:
​ qF  ​
E = __

Sendo F a força elétrica provocada e q a carga de prova, cujo valor, neste caso, é 2 C.
Logo, substituindo na fórmula, temos:
​ 20 ​ 
E = __
2
Terminando os cálculos, temos:
E = 10 N/C

Campo elétrico de uma carga puntiforme Q fixa


​___›
A seguir, são apresentadas as características do vetor campo elétrico ​E ​   em um ponto P, devido a uma carga pun-
tiforme Q, fixa no ponto O.
Intensidade:
|Q| . |q|
Igualando as equações Fe = |q| · E (definida acima) e a lei de Coulomb, Fe = k0 · ______
​   ​,   tem-se:

|Q| · |q|
|q| · E = k0 · ______
​   ​   

|Q|
E = k0 · ___
​   ​  

O gráfico de E em função de d, mantendo a carga Q fixa, é mostrado na figura abaixo.

Gráfico de E versus d.

Teoria na prática
1. Calcule o valor do campo elétrico produzido por uma carga Q = 5 µC, num ponto que dista 5 cm dessa carga.
Adote: k0 = 9 · 109 N · m2/C2
Resolução:
Aplicando a fórmula do campo elétrico, temos:
k  · |Q|
E = __
​  0 2 ​  
d
Substituindo os valores, obtemos:
9 · 109 · 5 · 10
E = __
​     ​
-6

5 · 10
2  -4

388
Realizando os cálculos, obtemos:
E = 1,8 · 107 N/C

Direção: ​__›
A direção do campo é a mesma da força F ​ ​   e.
Sentido:
§§ 1° caso: a carga Q é positiva (Q > 0) ​___›
Se em P for colocada a carga
​__›
pontual q > 0, as cargas se repelem (pois Q > 0 e q > 0). Então E ​
​   , em P,
tem o mesmo sentido de F ​​   e, isto é, de Q para P.

_​__›
Se em P for colocada
_​_› a carga pontual q < 0, as cargas se atraem. Como q < 0, então E ​
​   , em P, tem sentido
oposto ao de F ​
​   e_​,__isto é, de Q para P. Observando as duas situações, vemos que, Q > 0, o sentido do vetor

campo elétrico E ​ ​   em P é de Q para P, qualquer que seja o sinal da carga de prova.

​___›
O campo elétrico E ​
​   produzido por uma carga positiva fixa é de afastamento (divergente), em
qualquer ponto.

Vetores campo elétrico produzido por Q > 0 fixa.


§§ 2° caso: a carga Q é negativa (Q < 0) ​___›
Se em P for colocada a carga
​__›
de prova q > 0, as cargas se atraem. Como q > 0, segue-se que E ​
​   em P
​   e, isto é, de P para Q.
tem o mesmo sentido de F ​

389
​___›
Se em P for colocada a carga q < 0, as cargas se repelem. Como q < 0, segue-se que E ​
​   em P tem sentido
_​_› _​__›
oposto ao de F ​
​   e, isto é, de P para Q. Observe agora que, sendo Q < 0, o sentido do vetor campo elétrico E ​​   
em P é de P para Q.

​___›
O campo elétrico E ​
​   produzido por carga negativa fixa é de aproximação (convergente), em qualquer
ponto.

Vetores campo elétrico produzido por Q < 0 fixa.

Campo elétrico de várias cargas puntiformes fixas


Considere as cargas puntiformes fixas Q1, Q2..., Qn. Se a carga Q1 estivesse sozinha, originaria em P o campo elétri-
​___› ​___›
co E ​
​   1. Se a carga Q2 estivesse sozinha, originaria em P o campo elétrico E ​
​   2, e assim por diante, até Qn que, sozinha,
_​__›
originaria em P o campo elétrico E ​
​   n.

_​__› ___
​›
O___campo elétrico resultante E ​
​ R   em P, devido a várias cargas Q1, Q2, ..., Qn, é dado pela soma vetorial de ​ 
E ​  1,
​___› ​›
E ​
​ 2  , ..., E ​
​ n  , na qual cada campo elétrico parcial é determinado como se a carga correspondente estivesse sozinha:
​___› ​___› ​___› ​___›
E ​
​ R   = E ​
​ 1   + E ​
​ 2   + ... + E ​
​ n  

Esse é o princípio da superposição dos campos elétricos.

390
Teoria na prática
1. Represente abaixo, separadamente, os vetores campo elétrico produzidos por duas cargas QA = 12 C e
QB = –20 C, no ponto P, situado a 2 m de distância de ambos as cargas.

Resolução:

Calculando o valor do campo elétrico produzido pela carga A:


k  · |Q|
E = __
​  0 2 ​  
d
Substituindo os valores, temos:
​ 9 · 102  · 12
9
E = __  ​   
2
Logo:
E = 2,7 · 1010 N/C

Calculando o valor do campo elétrico produzido pela carga B:


​ 9 · 102  · 20
9
E = __  ​   
2
Logo:
E = 4,5 · 1010 N/C
Lembrando que, para cargas positivas, o campo tem sentido divergente à carga; para cargas negativas, o
campo tem sentido convergente à carga, isto é:

391
2. Sabendo-se que o vetor campo elétrico no ponto A é nulo, a relação entre d1 e d2 é:
q

d
a) __
​  1 ​ = 4.
d2
d
b) ​ __1 ​ = 2.
d2
d
c) ​ __1 ​ = 1.
d2
d 1
d) ​ __1 ​ = __
​   ​ .
d2 2
d 1
e) ​ __1 ​ = __ ​   ​ .
d2 4

Resolução:

Para acharmos as distâncias, devemos analisar os campos elétricos no ponto A gerado por cada carga. Se
o campo no ponto A é nulo, isso significa que os campos de A e B possuem o mesmo módulo e direção,
porém, sentidos opostos.
Sendo Ed1 e Ed2, os campos produzidos pela carga +4q e +q, respectivamente, temos:

Ed1 = Ed2

Substituindo:

k · |+4q| ________
________ k · |+q|
​  0  2 ​   = ​  0  2 ​  

​d1​ ​  ​ ​d2​ ​  ​

Simplificando:

+4q +q
________
​  2 ​ = ​ ________2 ​ 
​d1​ ​  ​ ​d2​ ​  ​

Logo:

__​d​ 2​  ​
​  12 ​ = 4
​d2​ ​  ​

__d
​  1 ​ = 2
d2

Alternativa B

392
3. Duas cargas puntiformes no vácuo, de mesmo valor Q = 125 µC e de sinais opostos, geram campos elétricos
no ponto P (vide figura). Qual o módulo do campo elétrico resultante, em P, em unidades de 107 N/C?

Resolução:

Para calcularmos o valor do campo elétrico resultante no ponto P, devemos somar, vetorialmente, os campos
produzidos por –Q e +Q .
Esquematizando os vetores, temos:

Sendo E-q o campo produziu pela carga –Q, e Eq o campo produzido pela carga +Q.
Se decompormos os campos, teremos:

Lembrando que:

|E-q| = |Eq|

Calculando o módulo de Eq :

k · 125 · 10-6
Eq = ​  0 ________  ​ 

​d​ 2​  ​

Por Pitágoras, conseguimos descobrir que d = 5 cm, temos então:


9 · 109 · 125 · 10
Eq = __
​   
-6
 ​  
(5 · 10 )
-2 2 

Terminando os cálculos, temos:

Eq = 45 · 107 N/C

393
Calculando as componentes temos:
Eqy = E-qy = Eq · sen(a) e Eqx = E-qx = Eq · cos(a)

Analisando os sentidos, temos que as componentes horizontais se anulam, enquanto as verticais são so-
madas, logo:
ER = 2 · Eqy

Substituindo:
ER = 2 · Eq · sen(a)

Sabendo que o sen(a) = 3/5, temos:


ER = 2 · 45 · 107 · ​ __( )
​ 3 ​  ​
5
Concluindo, temos:
ER = 54 · 107 N/C

Linhas de força
​___›
A cada ponto de um campo elétrico associa-se um vetor E ​
​   .
​___›
Esse campo elétrico pode ser representado desenhando-se um número conveniente de vetores E ​
​   , conforme
indicado na figura.

Um campo elétrico também pode ser representado utilizando linhas de força.

As linhas de força são linhas tangentes, em cada ponto, ao vetor campo elétrico naquele ponto. O
sentido de orientação é o mesmo do campo elétrico.


As linhas de força em uma determinada região representam, aproximadamente, a direção e sentido do vetor​
___›
E ​  nessa região.

394
As figuras a seguir mostram linhas de força de alguns campos elétricos particulares:

Carga puntiforme Q > 0. Carga puntiforme Q < 0.


As linhas de forças partem das cargas As linhas de forças chegam às cargas
positivas. negativas.

O número de linhas de força é maior quanto maior for o módulo da carga que origina o campo elétrico. Na
figura a seguir, o módulo da carga positiva é maior que o da carga negativa. Nas regiões em que as linhas estão
mais próximas, a concentração de linhas de forças é maior e o campo elétrico é mais intenso. O campo elétrico é
mais intenso em A do que em B, por exemplo. No ponto N, o campo elétrico é nulo.

Duas cargas puntiformes de sinais opostos e módulos diferentes.

Duas cargas puntiformes de mesmo Duas cargas puntiformes de mesmo


módulo e positivas. módulo e de sinais opostos.
Em N, o vetor campo elétrico é nulo.

O número de linhas de força por unidade de área é proporcional à quantidade de carga elétrica do
corpo ou partícula.

395
Teoria na prática
1. Observe o desenho das linhas de força do campo eletrostático gerado pelas pequenas esferas carregadas
com cargas elétricas e.

a) Qual é o sinal do produto QA · QB?


b) Em que ponto, C ou D, o vetor campo elétrico resultante é mais intenso?
Resolução:
a) Observando a figura, é possível notar que as linhas de campo saem de QA e entram em QB. Logo, a carga
QA é positiva e QB é negativa. Portanto, o produto entre suas cargas resultará num valor negativo. Assim,
QA · QB < 0.
b) No ponto C, o vetor campo elétrico é mais intenso, pois ele se encontra numa região em que as linhas
de campo são mais próximas umas das outras.

396
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Física Geral III - Aula 2 - Campo Elétrico - Parte 1


Fonte: Youtube

Vídeo Campo elétrico

Fonte: Youtube

Vídeo Linhas de campo elétrico - Cargas iguais e anel

Fonte: Youtube
398
ACESSAR

Sites

398
398
ACESSAR

Sites Campo elétrico

guiadoestudante.abril.com.br/estudo/resumo-de-fisica-campo-eletrico/
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/campo-eletrico.htm
www.todamateria.com.br/campo-eletrico/
www.efeitojoule.com/2009/01/campo-eletrico-e-conceito-campo.html
www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Campo%20
el%C3%A9trico.htm

399
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 21 - Utilizar leis físicas e(ou) químicas para interpretar processos naturais ou tec-
nológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Fenômenos eletromagnéticos são presentes no mundo moderno, no cotidiano das pesso-


as. Desde a Segunda Revolução Industrial a eletricidade tomou conta da vida das pessoas.
Contudo ainda trata-se de uma área mais abstrata da física, uma vez que o objeto de
estudo é pequeno demais aos olhos. A habilidade 21 cobra justamente que o estudante
seja capaz de perceber, relacionar e interpretar os fenômenos eletromagnéticos cotidia-
nos e trazer à luz a verdade através de respostas científicas.

Modelo 1
(Enem) Em museus de ciências, é comum encontrarem-se máquinas que eletrizam materiais e ge-
ram intensas descargas elétricas. O gerador de Van de Graaff (Figura 1) é um exemplo, como ates-
tam as faíscas (Figura 2) que ele produz. O experimento fica mais interessante quando se apro-
xima do gerador em funcionamento, com a mão, uma lâmpada fluorescente (Figura 3). Quando a
descarga atinge a lâmpada, mesmo desconectada da rede elétrica, ela brilha por breves instantes.
Muitas pessoas pensam que é o fato de a descarga atingir a lâmpada que a faz brilhar. Contudo,
se a lâmpada for aproximada dos corpos da situação (Figura 2), no momento em que a descarga
ocorrer entre eles, a lâmpada também brilhará, apesar de não receber nenhuma descarga elétrica.

A grandeza física associada ao brilho instantâneo da lâmpada fluorescente, por estar próxima a
uma descarga elétrica, é o(a)
a) carga elétrica.
b) campo elétrico.
c) corrente elétrica.
d) capacitância elétrica.
e) condutividade elétrica.

400
Análise Expositiva 1

Habilidade 21
Talvez pelo fato de ser um assunto mais abstrato em comparação a outros da Física, o ele-
tromagnetismo quando cobrado possui um viés mais teórico que outros assuntos abordados.
Esta questão no caso, é de rápida resolução e cobra do aluno a capacidade de identificar o
fenômeno físico corretamente.
O campo elétrico gerado pelos corpos eletrizados faz com que partículas existentes no inte-
rior das lâmpadas movam-se, chocando-se umas com as outras, emitindo luz.

Alternativa B.

Modelo 2
(Enem) Durante a formação de uma tempestade, são observadas várias descargas elétricas, os
raios, que podem ocorrer: das nuvens para o solo (descarga descendente), do solo para as nuvens
(descarga ascendente) ou entre uma nuvem e outra. As descargas ascendentes e descendentes
podem ocorrer por causa do acúmulo de cargas elétricas positivas ou negativas, que induz uma
polarização oposta no solo.
Essas descargas elétricas ocorrem devido ao aumento da intensidade do(a)
a) campo magnético da Terra.
b) corrente elétrica gerada dentro das nuvens.
c) resistividade elétrica do ar entre as nuvens e o solo.
d) campo elétrico entre as nuvens e a superfície da Terra.
e) força eletromotriz induzida nas cargas acumuladas no solo.

Análise Expositiva 2

Habilidade 21
Excelente questão, cobra do aluno a explicação de um fenômeno natural, muito comum, diga-
-se de passagem, que é a ocorrência de relâmpagos. O estudante deve ser capaz de explicar
cientificamente o fato, utilizando-se dos seus conhecimentos em eletricidade.
O aumento do campo elétrico entre as nuvens e o solo favorece o deslocamento de partículas
carregadas (íons) que acarretam nas descargas elétricas.

Alternativa D.

401
Estrutura Conceitual
Depende do inverso
da distância ao quadrado

Carga positiva Campo divergente


CARGA
CAMPO ELÉTRICO
ELÉTRICA
Carga negativa Campo convergente

Grandeza
vetorial

402
E.O. Aprendizagem 3. Nas figuras abaixo, está mostrada uma série
de quatro configurações de linhas de campo
elétrico.
1. Duas cargas elétricas puntiformes, Q e q,
sendo Q positiva e q negativa, são mantidas
a uma certa distância uma da outra, confor-
me mostra a figura.

A força elétrica F, que a carga negativa q so-


fre, e o campo elétrico E, presente no ponto
onde ela é fixada, estão corretamente repre-
sentados por:

a)

b)

c)

d)

e)

2. Quatro cargas puntiformes de mesmo valor


+q são colocadas nos vértices de um quadra-
do de lado L.

O vetor campo elétrico resultante no centro


do lado assinalado com é:
a)
b) Assinale a alternativa que preenche corre-
tamente as lacunas da sentença abaixo, na
c) ordem em que aparecem.
Nas figuras __________, as cargas são de
mesmo sinal e, nas figuras __________, as
cargas têm magnitudes distintas.
d) a) 1 e 4 – 1 e 2
b) 1 e 4 – 2 e 3
c) 3 e 4 – 1 e 2
d) 3 e 4 – 2 e 3
e) 2 e 3 – 1 e 4

403
4. (UFRGS) As cargas elétricas +Q, –Q e +2Q es- Está(ão) correta(s):
tão dispostas num círculo de raio R, confor- a) apenas I.
me representado na figura abaixo. b) apenas II.
c) apenas I e II.
d) apenas III.
e) I, II e III.

7. “Como é que um copo interage com outro,


mesmo à distância?”
Com o desenvolvimento da ideia do campo
gravitacional criado por uma massa, passou
a se explicar a força de atração gravitacional
com mais clareza e melhor entendimento:
uma porção de matéria cria em torno de si
um campo gravitacional, onde a cada ponto
é associado um vetor aceleração da gravida-
de. Quando um outro corpo é colocado neste
ponto, passa a sofrer a ação de uma força de
origem gravitacional. Ideia semelhante se
Com base nos dados da figura, é correto afir- aplica para o campo elétrico gerado por uma
mar que o campo elétrico resultante no pon- carga Q, com uma carga de prova q colocada
to situado no centro do círculo está repre- num ponto P, próximo​__› a Q, que sofre a ação
sentado pelo vetor: de uma força elétrica F ​
​   .
a) E1.
b) E2.
c) E3.
d) E4.
e) E5.

5. Duas cargas puntiformes Q e q são separadas


por uma distância d, no vácuo (veja figura).
Se, no ponto P, o campo elétrico tem módulo
nulo, a relação entre Q e q é igual a:
Dado: k0 = 9 × 109 Nm2/C2
Com relação às três figuras, na ordem em que
elas aparecem e, ainda com relação ao texto
enunciado, analise as afirmativas a seguir.
(x + d)² I. Para que o corpo de massa m seja atraí-
a) Q = –q _______
​   ​. 
  do pela Terra, é necessário que ele esteja

(x + d)² eletrizado.
b) q = –Q _______
​   ​.   II. Para que a carga elétrica q da segunda fi-

gura seja submetida à força indicada, é
(x + d)²
c) Q = –q _______
​   ​.   necessário que ela esteja carregada posi-

tivamente.
(x + d)²
d) Q = –2q _______
​   ​. 
  III. Se o corpo de massa m, da primeira figu-
x² ra, estiver negativamente carregado, ele
6. A luz é uma onda eletromagnética, isto é, a sofrerá uma força de repulsão.
propagação de uma perturbação dos campos IV. Não importa a carga do corpo de massa
elétrico e magnético locais. m, da primeira figura, matéria sempre
atrai matéria na razão inversa do produto
Analise as afirmações a seguir que estão relacio-
de suas massas.
nadas com as propriedades do campo elétrico.
V. A carga elétrica de q, na terceira figura,
I. O vetor campo elétrico é tangente às li-
com toda certeza é negativa.
nhas de força.
II. Um campo elétrico uniforme se caracte- Pode-se afirmar que:
riza por ter as linhas de força paralelas e a) somente IV é verdadeira.
igualmente espaçadas. b) somente II e V são verdadeiras.
III. O número de linhas de força por unidade c) somente II, III e V são verdadeiras.
de volume de um campo elétrico é propor- d) somente I e IV são verdadeiras.
cional à quantidade de cargas do corpo. e) todas são verdadeiras.

404
8. Leia o texto a seguir. c)
TÉCNICA PERMITE RECICLAGEM DE
PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO E +6 -2
RECUPERAÇÃO DE METAIS
Circuitos eletrônicos de computadores, telefo- d)
nes celulares e outros equipamentos poderão
agora ser reciclados de forma menos prejudi-
+6 -2
cial ao ambiente graças a uma técnica que en-
volve a moagem de placas de circuito impresso.
O material moído é submetido a um campo
e)
elétrico de alta tensão para separar os mate-
riais metálicos dos não metálicos, visto que +6 -2
a enorme diferença entre a condutividade
elétrica dos dois tipos de materiais permite
que eles sejam separados.
(http://www.inovacaotecnologica.com.br/
noticias/noticia.php?artigo=010125070306, E.O. Fixação
Acessado em: 04.09.2009. Adaptado.)
1. “Nuvens, relâmpagos e trovões talvez este-
Considerando as informações do texto e os jam entre os primeiros fenômenos naturais
conceitos físicos, pode-se afirmar que os observados pelos humanos pré-históricos.
componentes: [...]. A teoria precipitativa é capaz de expli-
a) metálicos, submetidos ao campo elétrico, so- car convenientemente os aspectos básicos da
frem menor ação desse por serem de maior
eletrificação das nuvens, por meio de dois
condutividade elétrica.
processos [...]. No primeiro deles, a existên-
b) metálicos, submetidos ao campo elétrico,
sofrem maior ação desse por serem de maior cia do campo elétrico atmosférico dirigido
condutividade elétrica. para baixo [...]. Os relâmpagos são descargas
c) metálicos, submetidos ao campo elétrico, so- de curta duração, com correntes elétricas in-
frem menor ação desse por serem de menor tensas, que se propagam por distâncias da
condutividade elétrica. ordem de quilômetros [...]”.
d) não metálicos, submetidos ao campo elétri- (FERNANDES, W. A.; PINTO Jr. O; PINTO, I. R. C. A.
Eletricidade e poluição no ar. Ciência Hoje. v. 42, n.
co, sofrem maior ação desse por serem de 252. set. 2008. p. 18.)
maior condutividade elétrica.
e) não metálicos, submetidos ao campo elétri- Revistas de divulgação científica ajudam a
co, sofrem menor ação desse por serem de população, de um modo geral, a se aproxi-
maior condutividade elétrica. mar dos conhecimentos da Física. No entan-
to, muitas vezes alguns conceitos básicos
9. Duas cargas pontuais q1 = 3,0 μC e q2 = 6,0 μC são
precisam ser compreendidos para o enten-
colocadas a uma distância de 1,0 m entre si.
dimento das informações. Nesse texto, estão
Calcule a distância, em metros, entre a carga
explicitados dois importantes conceitos ele-
q1 e a posição, situada entre as cargas, onde
o campo elétrico é nulo. mentares para a compreensão das informa-
Considere kC = 9 × 109 Nm2/C2 ções dadas: o de campo elétrico e o de cor-
a) 0,3 rente elétrica.
b) 0,4 Assinale a alternativa que corretamente con-
c) 0,5 ceitua campo elétrico.
d) 0,6 a) O campo elétrico é uma grandeza vetorial
e) 2,4 definida como a razão entre a força elétrica
e a carga elétrica.
10. (FEI) Duas cargas puntiformes q1 = + 6 μC e b) As linhas de força do campo elétrico con-
q2 = - 2 μC estão separadas por uma distância vergem para a carga positiva e divergem da
d. Assinale a alternativa que melhor repre- carga negativa.
sente as linhas de força entre q1 e q2: c) O campo elétrico é uma grandeza escalar de-
a) finida como a razão entre a força elétrica e a
carga elétrica.
+6 -2 d) A intensidade do campo elétrico no interior
de qualquer superfície condutora fechada
b) depende da geometria desta superfície.
e) O sentido do campo elétrico independe do
sinal da carga Q, geradora do campo.
+6 -2

405
2. (PUC-camp) Três cargas puntiformes +Q, -Q magnético.
e +Q estão fixas nos vértices A, B e C de um c) apenas dois campos: o elétrico e o magnético.
quadrado, conforme a figura. d) apenas dois campos: o elétrico e o gravita-
cional.
e) apenas três campos: o elétrico, o gravitacio-
nal e o magnético.

6. (Fuvest) Um pequeno objeto, com carga elé-


trica positiva, é largado da parte superior de
um plano inclinado, no ponto A, e desliza,
sem ser desviado, até atingir o ponto P. So-
bre o plano, estão fixados 4 pequenos discos
com cargas elétricas de mesmo módulo. As
figuras representam os discos e os sinais das
Abandonando uma quarta carga +Q no vér- cargas, vendo-se o plano de cima. Das confi-
tice D, ela gurações a seguir, a única compatível com a
a) se desloca na direção DC, afastando-se de Q. trajetória retilínea do objeto é:
b) se desloca na direção DA, aproximando-se de Q. a)
c) permanece em equilíbrio.
d) se desloca na direção DB, afastando-se de
-Q.
e) se desloca na direção DB, aproximando-se de -Q.

3. Duas esferas metálicas contendo as cargas Q


e 2Q estão separadas pela distância de 1,0 m. b)
Podemos dizer que, a meia distância entre as
esferas, o campo elétrico gerado por:
a) ambas as esferas é igual.
b) uma esfera é 1/2 do campo gerado pela ou-
tra esfera.
c) uma esfera é 1/3 do campo gerado pela ou-
c)
tra esfera.
d) uma esfera é 1/4 do campo gerado pela ou-
tra esfera.
e) ambas as esferas é igual a zero.

4. (UEL) Considere duas cargas puntiformes


Q1 = 3 μC e Q2 = 12 μC, fixas e isoladas de ou-
tras cargas, nas posições indicadas na figura d)
a seguir.

O módulo do vetor campo elétrico é nulo no e)


ponto:
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
7. Considere a figura a seguir, que representa
duas cargas elétricas de mesma intensidade
5. Em um centro universitário, uma experiên-
e sinais opostos colocadas nos vértices infe-
cia está sendo realizada: íons positivos são
riores do triângulo equilátero.
abandonados, inicialmente em repouso, nas
proximidades de um fio condutor vertical.
Faz-se, então, que pelo fio passe uma cor-
rente elétrica. Nesse instante, pode-se dizer
que esses íons ficam sujeitos à ação de:
a) apenas um campo: o elétrico.
b) apenas dois campos: o gravitacional e o

406
+Q

+2Q -2Q

O vetor que representa o campo elétrico re- 5


1
sultante no vértice superior do triângulo é: 4 2
_​__› 3
a) E ​
​   1
_​__›
Sabendo-se que não existem outras cargas
b) E ​
​   2
_​__› elétricas presentes nas proximidades desse
c) ​   3
E ​ sistema, qual das setas mostradas na figura
_​__›
d) ​   4
E ​ representa melhor o campo elétrico no ponto
_​__›
P, quarto vértice do losango?
e) ​   5
E ​
a) A seta 1
b) A seta 2
8. As linhas de força de um campo elétrico são c) A seta 3
d) A seta 4
um modo conveniente de visualizar o campo
e) A seta 5
elétrico e indicam a direção do campo em
qualquer ponto. Leia as opções abaixo e assi-
nale a afirmativa INCORRETA.
E.O. Complementar
a) O número de linhas que saem ou que entram
1. Considere os sistemas físicos I e II, a seguir
numa carga puntiforme é proporcional ao apresentados.
valor da carga elétrica. I. Duas cargas puntiformes q1, q2 e um pon-
b) As linhas de força saem da carga negativa e to P estão localizados sobre uma mesma
reta, como mostra a figura.
entram na carga positiva.
c) As linhas de força saem da carga positiva e
q1 q2 P x
entram na carga negativa.
d) O número de linhas por unidade de área per- O campo elétrico no ponto P é igual a zero.
pendicular às linhas é proporcional à inten- II. Um elétron desloca-se em sentido oposto
sidade do campo. ao campo elétrico entre duas placas pla-
nas paralelas de um capacitor.
Acerca das situações físicas apresentadas,
9. A figura a seguir representa a configuração assinale a alternativa correta.
de linhas de campo elétrico produzida por a) |q1| > |q2|, q1 e q2 têm mesmo sinal; a força elé-
três cargas puntuais, todas com o mesmo trica tem mesmo sentido que o campo elétrico
módulo Q. Os sinais das cargas A, B e C são, b) |q1| > |q2|, q1 e q2 têm sinais opostos; a força
elétrica não tem mesmo sentido que o cam-
respectivamente:
po elétrico
c) |q1| < |q2|, q1 e q2 têm sinais opostos; a for-
ça elétrica tem mesmo sentido que o campo
elétrico
A B
d) |q1| < |q2|, q1 e q2 têm sinais opostos; a força
elétrica não tem mesmo sentido que o cam-
a) negativo, positivo e negativo. po elétrico
b) negativo, negativo e positivo.
c) positivo, positivo e positivo. 2. (Unesp) A figura 1 representa uma carga
d) negativo, negativo e negativo. elétrica pontual positiva no ponto P e o ve-
e) positivo, negativo e positivo. tor campo elétrico no ponto 1, devido a essa
carga.
No ponto 2, a melhor representação para o
10. Três cargas puntiformes, de valores +2Q, +Q vetor campo elétrico, devido à mesma carga
e –2Q, estão localizadas em três vértices de em P, será:
um losango, do modo indicado na figura a
seguir.

407
5. Duas cargas pontuais Q1 e Q2, respectivamen-
te iguais a +2,0 μC e – 4,0 μC, estão fixas na
reta representada na figura, separadas por
uma distância d.

d d d

Q1 Q2 P M

Qual é o módulo de uma terceira carga pon-


tual Q3, a ser fixada no ponto P de modo que
3. Duas cargas, de sinais opostos e de mesmo o campo elétrico resultante da interação das
módulo, estão dispostas próximas uma da ou- 3 cargas no ponto M seja nulo?
tra, conforme representado na figura a seguir. a) 2 μC
O par de vetores que representa o campo elé- b) 3 μC
trico resultante nos pontos 1 e 2 é: c) __​ 7  ​ μC
9
d d 7
__
d) ​    ​ μC
4
- + 14
___
e) ​   ​ μC
7
1

2 E.O. Dissertativo
a) 1. Três cargas elétricas, q1 = –16 μC, q2 = +1,6 μC
e q3 = –4,0 μC, são mantidas fixas no vácuo
b) e alinhadas, como mostrado na figura. A dis-
tância d = 1,0 cm. Calcule o módulo do cam-
po elétrico produzido na posição da carga q2,
c) em V/m.

d)

e) 2. Uma carga elétrica puntiforme gera campo


elétrico nos pontos P1 e P2. A figura a seguir
mostra setas que indicam a direção e o sentido
4. Duas cargas pontuais Q1 e Q2 são fixadas so- do vetor campo elétrico nestes pontos. Contu-
bre a reta x representada na figura. Uma do, os comprimentos das setas não indicam os
terceira carga pontual Q3 será fixada sobre módulos destes vetores. O módulo do campo
a mesma reta, de modo que o campo elétrico elétrico no ponto P1 e 32 V/m. Calcule o módu-
resultante no ponto M da reta será nulo. lo do campo elétrico no ponto P2, em V/m.
d d

Q1 Q2 M

Conhecendo-se os valores das cargas Q1, Q2 e


Q3, respectivamente +4,0 μC, –4,0 μC e +4,0 μC,
é correto afirmar que a carga Q3 deverá ser
fixada:
a) à direita de M e distante 3d desse ponto. 3. Nos vértices de um triângulo isósceles são
b) à esquerda de M e distante 3d desse ponto. fixadas três cargas puntiformes iguais a
__
c) à esquerda de M e distante 2d​√   3 ​__desse ponto. Q1 = +1,0 × 10–6 C; Q2 = –2,0 × 10–6 C; e
2d​√ 
_____ 3 ​   Q3 = +4,0 × 10–6 C. O triângulo tem altura
d) à esquerda de M e distante ​   ​  desse pon-
3 h = 3,0 mm e base D = 6,0 mm. Determine o
to. __ módulo do campo elétrico no ponto médio M,
√ 
​  2d​ ​
e) à direita de M e distante _____ 3 ​  
 desse ponto. da base, em unidades de 109 V/m.
3

408
da circunferência, em N/C.

4. Duas cargas puntiformes q1 = 2,0 × 10–6 C e 7. Em dois vértices opostos de um quadrado de


q2 = 1,0 × 10–6 C estão fixas num plano nas lado “a” estão fixas duas cargas puntiformes
posições dadas pelas coordenadas cartesia- de valores Q e Q’. Essas cargas geram, em ou-
nas indicadas a seguir. tro vértice P do quadrado, um campo elétrico
Considere k = 9,0 × 109 NC–2 m2. E, cuja direção e sentido estão especificados
na figura a seguir:

Calcule o vetor campo elétrico na posição A


indicada na figura, explicitando seu módulo, Indique os sinais das cargas Q e Q’ e calcule
sua direção e seu sentido. o valor da razão Q/Q’.
5. A figura a seguir representa as linhas de
campo elétrico de duas cargas puntiformes. 8. Uma distribuição de cargas é formada por
duas cargas negativas: a primeira carga Q1,
vale 4,0 μC e está colocada sobre o eixo Qx,
no ponto x = – 900,0 cm. A segunda carga,
Q2, vale 16,0 μC e está situada sobre o eixo
Ox na origem do eixo. Calcule a distância,
em metros, entre a carga Q2 e o ponto do eixo
A B
Ox no qual o campo elétrico resultante da
distribuição de cargas é nulo.

9. Na figura a seguir, aparece a representação,


por linhas de força, do campo elétrico numa
certa região do espaço.
Com base na análise da figura, responda aos
itens a seguir.
a) Quais são os sinais das cargas A e B? Justi-
fique.
b) Crie uma relação entre os módulos das car- B
gas A e B. Justifique.
A
c) Seria possível as linhas de campo elétrico se
cruzarem? Justifique.

6. Constantes físicas necessárias para a solução


dos problemas:
aceleração da gravidade: 10 m/s2
constante de Planck: 6,6 × 10–34 J ∙ s a) DIGA onde a intensidade do campo elétrico
Três cargas pontuais de valor Q = 10–6 C fo- é maior: nas proximidades do ponto A, ou
ram posicionadas sobre uma circunferência nas proximidades do ponto B? Justifique sua
de raio igual a 1 cm formando um triângulo resposta.
equilátero, conforme indica a figura. Deter- b) Suponha que uma partícula carregada posi-
mine o módulo do campo elétrico no centro tivamente seja largada em repouso no ponto

409
A. A tendência da partícula será se deslocar volt por metro:
para a direita, para a esquerda, ou permane-
cer em repouso? Justifique sua resposta.
c) Responda à pergunta anterior, b), apenas
considerando agora uma partícula carregada
negativamente. Novamente, Justifique sua
resposta.

10. Defina "Campo elétrico".

E.O. Objetivas a) 3.
b) 4. __
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) c) 3​√2 ​. 
d) 6.
1. (Fuvest) Uma gotícula de água, com mas- e) 12.
sa m = 0,80 · 10-9 kg eletrizada com carga
q = 16 · 10-19 C está em equilíbrio no interior 4. (Fuvest) Três pequenas esferas carregadas
de um capacitor de placas paralelas e hori- com cargas de mesmo módulo, sendo A posi-
zontais; conforme o esquema a seguir. tiva e B e C negativas, estão presas nos vérti-
ces de um triângulo equilátero. No instante
em que elas são soltas, simultaneamente, a
direção e o sentido de suas acelerações serão
melhor representados pelo esquema:
a)

Nestas circunstâncias, o valor do campo elé-


trico entre as placas é:
a) 5 · 109 N/C
b) 2 · 10-10 N/C
c) 12,8 · 10-28 N/C b)
d) 2 · 10-11 N/C
e) 5 · 108 N/C

2. (Unesp) Na figura adiante, o ponto P está


equidistante das cargas fixas + Q e - Q. Qual
dos vetores indica a direção e o sentido do
campo elétrico em P, devido a essas cargas?
c)

d)

3. (Fuvest) O campo elétrico de uma carga pun-


tiforme em repouso tem, nos pontos A e B,
as direções e sentidos indicados pelas fle-
chas na figura a seguir. O módulo do campo
elétrico no ponto B vale 24 __V  ​.  O módulo do
​ m
campo elétrico no ponto P da figura vale, em e)

410
5. (Fuvest) Pequenas esferas, carregadas com
cargas elétricas negativas de mesmo módu-
lo Q, estão dispostas sobre um anel isolante
e circular, como indicado na figura I. Nessa
configuração, a intensidade da força elétrica
que age sobre uma carga de prova negativa, A gota de óleo, com massa m, é abandonada
colocada no centro do anel (ponto P), é F1. Se a partir do repouso no interior do capacitor,
forem acrescentadas sobre o anel três outras
onde existe um campo elétrico uniforme E.
cargas de mesmo módulo Q, mas positivas,
como na figura II, a intensidade da força elé- Sob ação da gravidade e do campo elétrico,
trica no ponto P passará a ser. a gota inicia um movimento de queda com
aceleração 0,2 g, onde g é a aceleração da
I - II -
- - - - gravidade. O valor absoluto (módulo) da car-
θ θ
ga pode ser calculado através da expressão:
θ θ
- - - - a) Q = 0,8 mg/E.
P P
b) Q = 1,2 E/mg.
+ +
+ c) Q = 1,2 m/gE.
d) Q = 1,2 mg/E.
a) zero e) Q = 0,8 E/mg.
3 ​ ) F
b) (​ __
4 1
c) (​  3 ​ ) F1
__ 8. (Unesp) Uma partícula de massa m e carga
4
d) F1 q é liberada, a partir do repouso, num campo
e) 2 F1 elétrico uniforme de intensidade E. Supondo
que a partícula esteja sujeita exclusivamente
6. (Unesp) Uma gotícula de óleo com massa m à ação do campo elétrico, a velocidade que
e carga elétrica q atravessa, sem sofrer qual- atingirá t segundos depois de ter sido libe-
quer deflexão, toda a região entre as placas rada será dada por
paralelas e horizontais de um capacitor po- a) qEt/m.
larizado, como mostra a figura. b) mt/qE.
c) qmt/E.
d) Et/qm.
e) t/qmE.

9. (Fuvest) Uma barra isolante possui quatro


encaixes, nos quais são colocadas cargas elé-
Se a distância entre as placas é L, a diferença
de potencial entre as placas é V e a acelera- tricas de mesmo módulo, sendo as positivas
ção da gravidade é g, é necessário que q/m nos encaixes claros e as negativas nos en-
seja dada por: caixes escuros. A certa distância da barra, a
a) (gV)/L direção do campo elétrico está indicada na
b) (VL)/g figura 1. Uma armação foi construída com
c) (gL)/V quatro dessas barras, formando um quadra-
d) V/(gL)
do, como representado na figura 2.
e) L/(gV)
Se uma carga positiva for colocada no cen-
tro P da armação, a força elétrica que agirá
7. (Unesp) Um dispositivo para medir a carga
elétrica de uma gota de óleo é constituído de sobre a carga terá sua direção e sentido in-
um capacitor polarizado no interior de um dicados por:
recipiente convenientemente vedado, como Desconsidere eventuais efeitos de cargas in-
ilustrado na figura. duzidas.

411
C D C
+q -q -q

I
II

-q +q +q +q
B A B A

2. (Unicamp) Partículas a(núcleo de um átomo


de Hélio), partículas b(elétrons) e radiação
g(onda eletromagnética) penetram, com ve-
10. (Unesp) Uma carga elétrica q > 0 de massa m
locidades comparáveis, perpendicularmen-
penetra em uma região entre duas grandes te a um campo elétrico uniforme existente
placas planas, paralelas e horizontais, ele- numa região do espaço, descrevendo as tra-
trizadas com cargas de sinais opostos. Nessa jetórias esquematizadas na figura a seguir.
região, a carga percorre a trajetória repre-
sentada na figura, ___sujeita apenas ao campo
​›
elétrico uniforme ​E ​  , representado por suas
linhas de campo, e ao campo gravitacional
​__›
terrestre g ​
​   . a) Reproduza a figura anterior e associe α, β e
γ a cada uma das três trajetórias.
b) Qual é o sentido do campo elétrico?

3. (Unesp) Duas partículas com carga 5 · 10-6 C


cada uma estão separadas por uma distância
de 1 m.
Dado K = 9 · 109 Nm2/C2, determine
a) a intensidade da força elétrica entre as par-
tículas.
b) o campo elétrico no ponto médio entre as
partículas.

É correto afirmar que, enquanto se move na 4. (Unesp) Duas pequenas esferas de material
plástico, com massas m e 3 m, estão conec-
região indicada entre as placas, a carga fica
tadas por um fio de seda inextensível de
sujeita a uma força resultante de módulo:
comprimento a. As esferas estão eletrizadas
a) q · E + m · g. com cargas iguais a +Q, desconhecidas ini-
b) q · (E – g). cialmente. Elas encontram-se no vácuo, em
c) q · E – m · g. equilíbrio estático, em uma região com cam-
d) m · q · (E – g). po elétrico uniforme E, vertical, e aceleração
da gravidade g, conforme ilustrado na figura.
e) m · (E – g).

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
Considerando que, no Sistema Internacional
1. (Unicamp) Considere as cargas puntiformes (SI) de unidades, a força elétrica entre duas
colocadas nos vértices do quadrado (Figura cargas q1 e q2, separadas por uma distância
I) e nos vértices do triângulo equilátero (Fi- d, é dada por k (q1q2/d2), calcule
gura II). Desenhe o campo elétrico resultan- a) a carga Q, em termos de g, m e E.
b) a tração no fio, em termos de m, g, a, E e k.
te (direção, sentido e o valor do ângulo com
a reta AB) para:
5. (Fuvest) Uma pequena esfera, com carga elé-
a) A carga em (A) da figura (I). trica positiva Q = 1,5 · 10-9 C, está a uma al-
b) A carga em (A) da figura (II). tura D = 0,05 m acima da superfície de uma

412
grande placa condutora, ligada à Terra, indu-
zindo sobre essa superfície cargas negativas, Gabarito
como na figura 1. O conjunto dessas cargas
estabelece um campo elétrico que é idêntico, E.O. Aprendizagem
apenas na parte do espaço acima da placa, ao 1. B 2. B 3. A 4. B 5. C
campo gerado por uma carga +Q e uma carga
6. C 7. B 8. B 9. B 10. C
-Q, como se fosse uma "imagem" de Q que es-
tivesse colocada na posição representada na
figura 2. E.O. Fixação
1. A 2. D 3. B 4. B 5. D

6. E 7. B 8. B 9. E 10. B

E.O. Complementar
1. B 2. C 3. E 4. D 5. C

E.O. Dissertativo
1. E = 0 V/m.
2. E2 = 16 V/m.
3. E = 5 ×__109 V/m.
4. EA= 9​√5 ​ × 107 N/C
Tga = __ ​ 1 ​ 
2
5.
a) Determine a intensidade da força F, em N, a) B é positiva e A é negativa.
que age sobre a carga +Q, devida às cargas b) |QB| = 2 · |QA|
induzidas na placa. c) Não.
b) Determine a intensidade do campo elétrico 6. O campo resultante é nulo.
E0, em V/m, que as cargas negativas induzi- 7. Q e Q’ estão carregadas negativamente
__
das na placa criam no ponto onde se encon- Q ​√ 
​  3
​    ​ = ___
__  ​ ​. 

tra a carga +Q. Q’ 3
c) Represente, no diagrama a seguir,___
​›
no
___
​›
ponto 8. 6 m.
A, os vetores campo elétrico ​E ​  + e E ​
​   -, cau- 9.
sados, respectivamente, pela carga +Q e pe- a) Em A.
las cargas induzidas na placa, bem como o b) Para a direita.
___
​› c) Para a esquerda.
campo resultante, E ​
​   A. O ponto A está a uma
10. Região do espaço no qual existem forças elé-
distância D do ponto O da figura e muito tricas.
próximo à placa, mas acima dela.
d) Determine a intensidade do campo elétrico
resultante EA, em V/m, no ponto A. E.O. Objetivas
Note e adote (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
F = kQ1Q2/r2; E = kQ2/r2; onde
1. A 2. C 3. D 4. C 5. E
k = 9 x 109 N.m2/C2
1 V/m = 1 N/C 6. C 7. A 8. A 9. B 10. C

E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
Observe a figura a seguir:

413
2.

a)

b) Da placa B para a placa A.

3.
a) A figura mostra as forças de interação en-
tre as duas cargas.

k|Q1| · |Q2| _________________________


9 · 109 · 5 ·  
10 -6
· 5 · 10-6
F = ___________
​     ​=  ​      ​
d 2
1 2

= 0,225 N

b) A figura mostra os campos gerados pelas


cargas no ponto médio.

Como as cargas tem o mesmo valor e as


distâncias ao ponto médio são iguais os
campos tem a mesma intensidade. O cam-
po resultante é nulo.
4.
a) Q = 2mg/E.
[(4K m2g2)]
b) T = ___________
​     ​  
+ mg.
(E2a2)
5.
a) F = 2,025 x 10-6 N.
b) E0 = 1,35 x 103 V/m.
c) EA = 3,81 x 103 V/m.

414
© worradirek/Shutterstock

Aulas 7e8

Força elétrica e
campo elétrico
Competências 5 e 6
Habilidades 17 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Força elétrica e campo elétrico
Como vimos nas aulas anteriores, se houver uma distribuição de partículas, a força resultante que atua sobre uma
partícula é a soma vetorial de todas as forças individuais que atuam sobre a partícula. Assim como se houver uma
distribuição de partículas, o campo resultante é a soma vetorial dos campos individuais.
O módulo da força elétrica entre duas partículas é dado por:

E o módulo do campo criado por uma partícula é dado pela expressão:

O campo elétrico existe independentemente da carga de prova, ele só depende da carga Q que origina o
campo, porém só podemos perceber a existência dele quando colocamos uma carga de prova q e constatamos a
existência da força elétrica.
Porém, a relação entre força e campo elétrico tende a facilitar o processo. Se for conhecido o campo
resultante num determinado ponto, o cálculo para se conhecer a força resultante nesse ponto se torna muito
mais simples.

O campo elétrico é uma grandeza vetorial, assim como a força elétrica. Os dois sempre terão a mesma
direção, mas o sentido depende do sinal da carga de prova q.

_​_› _​__› _​_› _​__›


Observe que F ​
​   e e E ​
​   são grandezas físicas diferentes, ainda que sejam grandezas vetoriais: F ​
​   e é força e E ​
​   é
vetor campo elétrico.

417
Teoria na prática
1. Uma partícula carregada com uma carga de 5 C está imersa num campo elétrico de 10 N/C. Qual é o módulo
da força que irá atuar na partícula?
Resolução:
Para calcularmos a força, basta usarmos a fórmula de relação entre força elétrica e campo elétrico:
F=q·E
Substituindo, agora, pelos valores do exercício, temos:
F = 5 · 10
Logo:
F = 50 N
2. Uma carga elétrica puntiforme com carga de 4,0 C é colocada em um ponto P do vácuo e fica sujeita a uma
força elétrica de intensidade 1,2 N. O campo elétrico nesse ponto P tem intensidade de:
Resolução:
Para calcularmos o campo, basta usarmos a fórmula de relação entre força elétrica e campo elétrico:
F=q·E
Substituindo pelos valores do exercício, temos:
1,2 = 4 · E
Logo:
F = 0,3 N/C

Campo elétrico uniforme (CEU)


​___›
Campo elétrico ​___uniforme é aquele em que o vetor E ​
​    é o mesmo em todos os pontos. Assim, em cada ponto do

campo, o vetor E ​
​   tem a mesma intensidade, a mesma direção e o mesmo sentido.
As linhas de força de um campo elétrico uniforme são retas paralelas igualmente espaçadas e todas com o
mesmo sentido.
E E E

E E E

E E

Linhas de força de um campo uniforme.

Pode-se criar um campo uniforme com duas placas eletrizadas com cargas elétricas de sinais opostos. Para
que isso ocorra, a distância entre as placas deve ser muito pequena, quando comparada com suas dimensões.

Campo elétrico uniforme entre duas placas eletrizadas.

418
Teoria na prática
​___›
1. Considere o campo elétrico uniforme, E ​
​   , representado pelo conjunto de linhas de força na figura a seguir.
Sobre o campo elétrico nos pontos A, B e C, marcados com o sinal, é correto afirmar que:

a) é mesmo em todos os pontos.


b) o campo elétrico do ponto A é igual ao do ponto B.
c) o campo elétrico do ponto A é igual ao do ponto C.
d) o campo elétrico do ponto B é maior que o do ponto C.
e) o campo elétrico do ponto A é menor que o do ponto B.

Resolução:

Por definição, um campo elétrico uniforme é um campo que tem a mesma intensidade em todos os pontos.

Alternativa A

Movimento de uma carga elétrica puntiforme num CEU

1º caso: a carga é lançada paralelamente às linhas de força


ou abandonada do repouso

E

q
+ → +

m v0 v
A B

Seja uma partícula de massa m, eletrizada com carga elétrica q, a partir do repouso ou lançada com velocidade v0
do ponto A, como mostra a figura. Sobre a carga atuará uma força F de intensidade F = IqI ∙ E. Pela segunda Lei
de Newton: FR = m.a.
Então, IqI . E = m∙a ⇒ a = ± IqI ∙ __E  ​ 
​ m

419
Analisando a fórmula acima percebemos que a aceleração é constante e que a partícula executará um
M.R.U.V.

Observações:
​ t  ​  e v2 = v02 + 2 . a . ∆S
2
1. v = v0 + a ∙ t e S = S0 + v0 ∙ t + a ∙ __
2
2. Análise do sinal da aceleração.
Consideremos o eixo referencial do movimento, orientado no sentido do campo elétrico.
A aceleração será positiva para cargas elétricas positivas que se deslocam no sentido positivo do eixo, ou
para cargas elétricas negativas que se deslocam no sentido negativo do eixo.
A aceleração será negativa para cargas elétricas positivas que se deslocam no sentido negativo do eixo, ou
para cargas elétricas negativas que se deslocam no sentido positivo do eixo.

2º caso: a carga é lançada perpendicularmente às linhas de


força
→ →
E E

→ →
V0 V0

q + → → − q
F F

Neste caso a carga executará um lançamento horizontal.

3º caso: a carga é lançada obliquamente às linhas de força


y

hmáx → →
E g
+

V0 →
P

F

q α
+
0 A x

Neste caso a carga executará um lançamento oblíquo.

420
Teoria na prática
1. Uma carga elétrica puntiforme q = 4 μC e cuja massa é m = 2 ∙ 10– 6 kg é abandonada, a partir do repouso,
num ponto P de um campo elétrico uniforme de módulo E = 2 ∙ 105 N/C, conforme a figura. Determine:
a) o módulo da força elétrica que age na carga elétrica;
b) a aceleração do movimento da carga elétrica q;
c) a velocidade da carga elétrica q ao passar por Q, distante 20 cm de P.
Despreze as ações gravitacionais.

E
q, m, v0 = 0
P Q

Resolução:
a) sendo a carga elétrica positiva implica que a força elétrica tem o mesmo sentido que o campo elétrico.
O módulo da força elétrica que atua na carga elétrica q é dado por:
F = IqI ∙ E ⇒ F = 4 ∙ 10– 6 . 2 . 105 ⇒ F = 8 ∙ 10–1 N ⇒ F = 0,8 N

b) pelo Princípio fundamental da Dinâmica FR = m.a, sendo a força elétrica a força resultante que atua na
carga elétrica, temos:
​ 10 ​ ∙ 106 ⇒ a = 4 ∙ 105 m/s2
​ mE  ​ ⇒ a = 4 ∙ 10– 6 ∙ 2 ∙ ___
5
a = ± IqI ∙ __
2
c) sendo o movimento da carga elétrica um M.R.U.V., podemos aplicar a equação de Torricelli:
vQ2 = vP2 + 2 ∙ a ∙ DS ⇒ vQ2 = 0 + 2 ∙ 4 ∙ 105 ∙ 0,2 ⇒ vQ = 4 ∙ 102 m/s

Pêndulo eletrostático
Vimos que dois corpos carregados com cargas opostas se atraem. Imagine a situação em que dois corpos esféricos
idênticos (de mesma massa m) A e B, presos por fios ideais e isolantes carregados com cargas de mesmo módulo,
mas de sinais opostos. Quando próximos a eles, passa a atuar em cada um uma força elétrica. Porém, já atuavam,
e continuam atuando, a força peso, uma vez que o corpo possui massa e está imerso no campo gravitacional ter-
restre, e a força tensora no fio, pois o fio está tencionado.

A B
A B

421
Primeiramente, vamos indicar cada força que atua em cada corpo. A força peso é dada pela fórmula
k |Q | · |Q2|
P = m · g e a força elétrica é dada por Fe = _________
​  0 1 2 ​.   
d

T T
Fe Fe
A B
A P P
B

Dessa forma, no equilíbrio temos que a soma das forças será nula e podemos dizer que o módulo da força
tensora é igual ao módulo da soma vetorial da força elétrica e da força peso.
______
T=√
​ P2 + Fe2 ​ 

No equilíbrio, o fio e a horizontal formam um ângulo fixo θ. Utilizando as relações métricas no triângulo
retângulo, podemos escrever que:

F
tg θ = __
​  e ​ 
P

θ θ

P T

T
Fe
A
Fe
A P

Esta relação trigonométrica entre a força elétrica e o peso é uma poderosa informação, simplifica em muito
a resolução dos exercícios. Um raciocínio análogo poderíamos fazer caso as cargas fossem de sinais iguais e hou-
vesse repulsão ou se fosse informado o campo elétrico.

Teoria na prática
1. Um pêndulo simples, cuja extremidade inferior é composta por um corpo de massa "m" e carga elétrica po-
sitiva "q", está imerso em um campo elétrico uniforme de intensidade "E", conforme a ilustração a seguir.
Considere como "g" o módulo da aceleração da gravidade local.

422
a) Represente, em uma figura, todas as forças que atuam sobre o corpo de massa "m".
b) Expresse, em termos das grandezas "m", "q", "E" e "g", se o ângulo é correspondente à situação de
equilíbrio acima.

Resolução:

a) Seguem as forças que estão sendo aplicadas no corpo:

b) Temos que a soma da força P com a força elétrica, que resultará em uma força que irá igualar a força T
em módulo. Por geometria, não é difícil visualizar que:
F
tan (θ) = __
​  el ​ 
P
Logo:
E·q
tan(θ) = ____
​ m · g  ​ 

Concluimos, então:

(  )
E·q
θ = arctan ​ ​ ____
m · g ​  ​
2. Duas bolinhas iguais, de material dielétrico, de massa m, estão suspensas por fios isolantes de comprimento
L, presos no ponto P (ver a figura a seguir).

423
As bolinhas são carregadas com cargas “q”, iguais em módulo e sinal, permanecendo na posição indicada.
Calcule o ângulo θ em função de “m”, “g”, “q”, “d” e «0 (permissividade elétrica do ar).
Resolução:
De modo análogo à solução anterior, temos:

(  )
E·q
θ = arctan ​ ​ ____
m · g ​  ​

Além disso, sabemos que:


k · |q|
E = _____
​  0 2 ​  

d
​  1   ​ 
k0 = _______
4 · π · «0

Substituindo a segunda e a terceira equações na primeira, teremos:

(
θ = arctan ​ ​ ____
  
q2

4 · π. «0 · m · g · d2 )

​  ​

424
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Força Elétrica


Fonte: Youtube

Vídeo A Lei de Coulomb (atração e repulsão) entre duas cargas ...

Fonte: Youtube

Vídeo Péndulo eletrostático

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites

426
ACESSAR

Sites Eletrização, força elétrica e campos elétricos

educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/eletrizacao-eletrizacao-por-atrito-contato-e-inducao.htm
www.efeitojoule.com/2008/04/eletrizacao-condutores-e-isolantes.html
educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/carga-eletrica-e-eletrizacao.html
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/processos-eletrizacao.htma
www.newtoncbraga.com.br/index.php/meio-ambiente-e-saude/415-
-ionizacao-ambiente-a-eletricidade-ambiente-pode-melhorar-a-sua-saude
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/condutores-isolantes-eletricos.htm
educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/forca-eletrica-e-campo-eletrico.html
pt.khanacademy.org/science/physics/electric-charge-electricforce-and-voltage/electric-
field/v/electric-field-directionm

427
Estrutura Conceitual
Dependem do inverso
do quadrado da distância

CARGAS Na presença de outra carga:


CAMPOS ELÉTRICOS
ELÉTRICAS força elétrica

Grandeza
vetorial

428
E.O. Aprendizagem P
1

E 2
1. Uma pequena esfera de peso 6,0 · 10 N –3

e carga elétrica 10,0 · 10–6 C encontra-se


3
suspensa verticalmente por um fio de seda,
isolante elétrico e de massa desprezível. A Com base nesses dados, assinale a alternati-
esfera está no interior de um campo elétrico va que preenche corretamente as lacunas do
uniforme de 300 N/C, orientado na vertical e
seguinte enunciado.
para baixo. Considerando que a carga elétri-
ca da esfera é, inicialmente, positiva e, pos- A trajetória _________ indica que a partícula
teriormente, negativa, as forças de tração no __________.
fio são, respectivamente: a) 3 – está carregada negativamente
a) 3,5 · 10–3 N e 1,0 · 10–3 N. b) 3 – está carregada positivamente
b) 4,0 · 10–3 N e 2,0 · 10–3 N. c) 1 – está carregada positivamente
c) 5,0 · 10–3 N e 2,5 · 10–3 N.
d) 1 – não está carregada
d) 9,0 · 10–3 N e 3,0 · 10–3 N.
e) 9,5 · 10–3 N e 4,0 · 10–3 N. e) 2 – está carregada positivamente

2. A figura a seguir representa um campo elé- 4. Entre 1909 e 1916, o físico norte-americano
trico uniforme criado na região entre duas Robert Milikan (1868-1953) realizou inúme-
placas eletrizadas.
ras repetições de seu famoso experimento da
“gota de óleo”, a fim de determinar o valor
da carga do elétron. O experimento, levado
a efeito no interior de uma câmara a vácuo,
consiste em contrabalançar o peso de uma go-
tícula eletrizada de óleo pela aplicação de um
campo elétrico uniforme, de modo que a gotí-
cula se movimente com velocidade constante.
O valor obtido por Milikan para a carga ele-
trônica foi de aproximadamente 1,6 × 10–19 C.
Ao colocarmos uma partícula de carga q > 0
no campo elétrico da figura, o vetor que me- Suponha que, numa repetição desse expe-
lhor representa a força elétrica atuante em rimento, uma determinada gotícula de óleo
“q”, é: tenha um excesso de cinco elétrons, e que
seu peso seja de 4,0 × 10–15 N. Nessas cir-
a)
cunstâncias, para que a referida gotícula se
b) movimente com velocidade constante, a in-
tensidade do campo elétrico aplicado deve
c) ser de aproximadamente:
a) 5,0 × 102 V/m.
d) b) 2,5 × 103 V/m.
c) 5,0 × 103 V/m.
e)
d) 2,5 × 104 V/m.
3. A figura a seguir e) 5,0 × 104 V/m.
_​__› representa um campo elé-
trico uniforme E ​
​   existente entre duas placas
extensas, planas e paralelas, no vácuo. Uma 5. Numa experiência rudimentar para se medir
partícula é lançada horizontalmente, com a carga eletrostática de pequenas bolinhas
velocidade de módulo constante, a partir do de plástico carregadas positivamente, pen-
ponto P situado a meia distância entre as
dura-se a bolinha, cuja carga se quer medir,
placas. As curvas 1, 2 e 3 indicam possíveis
trajetórias da partícula. Suponha que ela não em um fio de seda de 5 cm de comprimento e
sofra ação da força gravitacional. massa desprezível. Aproxima-se, ao longo da
vertical, uma outra bolinha com carga de va-
lor conhecido Q = 10 nC, até que as duas ocu-
pem a mesma linha horizontal, como mostra
a figura.

429
Sabendo-se que a distância medida da carga Considere que o campo elétrico entre as pla-
Q até o ponto de fixação do fio de seda é de cas é uniforme e que a gota está apenas sob
4 cm e que a massa da bolinha é de 0,4 g, o a ação desse campo e da gravidade.
valor da carga desconhecida é de: Para um certo valor do campo elétrico, o pro-
Dados: fessor Ladeira observa que a gota cai com
k = 9 × 109 Nm2/C2 velocidade constante.
g = 10 m/s2 Com base nessa situação, é CORRETO afirmar
L = 5 cm que a carga da gota é:
a) negativa e a resultante das forças sobre a
d = 4 cm
gota não é nula.
m = 0,4 g
b) positiva e a resultante das forças sobre a
Q = 10 nC gota é nula.
a) 30 nC. c) negativa e a resultante das forças sobre a
b) 25 nC. gota é nula.
c) 32 nC. d) positiva e a resultante das forças sobre a
d) 53 nC. gota não é nula.
e) 44 nC.
9. Três grandes placas P1, P2 e P3, com, respecti-
6. Duas cargas elétricas, A e B, sendo A de 2 vamente, cargas +Q, -Q e +2Q, geram campos
elétricos uniformes em certas regiões do es-
μC e B de –4 μC, encontram-se em um cam-
paço. A figura 1 a seguir mostra intensidade,
po elétrico uniforme. Qual das alternativas
direção e sentido dos campos criados pelas
representa corretamente as forças exercidas respectivas placas P1, P2 e P3, quando vistas
sobre as cargas A e B pelo campo elétrico? de perfil. Colocando-se as placas próximas,
a) separadas pela distância D indicada, o cam-
po elétrico resultante, gerado pelas três pla-
b)
cas em conjunto, é representado por
c) Nota: onde não há indicação, o campo elé-
d) trico é nulo
e)

7. Um campo elétrico é dito uniforme quando


uma carga de prova nele colocada, fica sub-
metida a uma força, cuja intensidade é:
a) nula.
b) constante, não nula. a)
c) inversamente proporcional ao quadrado da
distância entre a carga de prova e as cargas
que criam o campo.
d) diretamente proporcional ao valor das car- b)
gas de prova e das que criam o campo.

8. Em um experimento, o professor Ladeira


observa o movimento de uma gota de óleo,
c)
eletricamente carregada, entre duas placas
metálicas paralelas, posicionadas horizon-
talmente. A placa superior tem carga positi-
va e a inferior, negativa, como representado
nesta figura: d)

430
c) tem direção vertical e sentido ascendente.
d) tem direção vertical e sentido descendente.
e) é um vetor nulo.

e) 2. O módulo da força eletrostática entre duas
cargas elétricas elementares – consideradas
puntiformes – separadas pela distância nu-
clear típica de 10–15 m é 2,30 × 102 N. Qual é
o valor aproximado da carga elementar?
(Constante eletrostática k = 9 × 109 N ∙ m2/C2)
a) 2,56 × 10–38 C
10. O gráfico a seguir mostra a intensidade da for- b) 2,56 × 10–20 C
ça eletrostática entre duas esferas metálicas c) 1,60 × 10–19 C
muito pequenas, em função da distância entre
d) 3,20 × 10–19 C
os centros das esferas. Se as esferas têm a mes-
e) 1,60 × 10–10 C
ma carga elétrica, qual o valor desta carga?

3. Uma partícula com carga de 8 × 10–7 C exerce


uma força elétrica de módulo 1,6 × 10–2 N
sobre outra partícula com carga de 2 × 10–7 C.
A intensidade do campo elétrico no ponto onde
se encontra a segunda partícula é, em N/C:
a) 3,2 × 10–9.
b) 1,28 × 10–8.
c) 1,6 × 104.
d) 2 × 104.
a) 0,86 μC e) 8 × 104.
b) 0,43 μC
c) 0,26 μC 4. Quatro pequenas cargas elétricas encontram-
d) 0,13 μC -se fixas nos vértices de um quadrado, con-
e) 0,07 μC forme figura a seguir.
Um elétron no centro desse quadrado ficaria
submetido, devido às quatro cargas, a uma
E.O. Fixação força, que está corretamente representada
na alternativa:
1. (Mackenzie)

a)

b)

c)

d)
Dois corpos eletrizados com cargas elétricas
puntiformes +Q e –Q são colocados sobre o
e)
eixo x nas posições + x e –x, respectivamen-
te. Uma carga elétrica de prova –q é colocada
sobre o eixo y na posição +y, como mostra a 5. Duas pequenas esferas, com cargas elétricas
figura acima. iguais, ligadas por uma barra isolante, são
A força eletrostática resultante sobre a carga inicialmente colocadas como descrito na si-
elétrica de prova: tuação I. Em seguida, aproxima-se uma das
a) tem direção horizontal e sentido da esquer- esferas de P, reduzindo-se à metade sua dis-
da para a direita. tância até esse ponto, ao mesmo tempo em
b) tem direção horizontal e sentido da direita que se duplica a distância entre a outra esfe-
para a esquerda. ra e P, como na situação II.

431
8. Milikan determinou o valor da carga elétrica
elementar (carga elétrica do elétron, q) com
um experimento representado pelo desenho
a seguir. Uma pequena gota de óleo de massa
m, está em equilíbrio, sob a ação do campo
gravitacional e do campo elétrico de módulo
E, vertical, uniforme e orientado para baixo.
O campo elétrico em P, no plano que contém O experimento é desenvolvido em uma re-
o centro das duas esferas, possui, nas duas gião que pode ser considerada como vácuo.
situações indicadas: Qual das alternativas a seguir está correta?
a) mesma direção e intensidade.
b) direções diferentes e mesma intensidade.
c) mesma direção e maior intensidade em I.
d) direções diferentes e maior intensidade em I.
e) direções diferentes e maior intensidade em II.

6. Considere duas cargas puntiformes, uma com


carga Q e massa m e outra com carga 3Q e mas- a) A carga total da gota é mg/E e é positiva.
sa m/2. Considerando-se a força elétrica entre
b) A diferença entre o número total de prótons
elas, qual das afirmações abaixo é correta?
e elétrons, na gota, é dada por mg/(Eq).
a) O módulo da aceleração da carga 3Q é a me-
c) A carga elétrica total da gota é E/(mg) e é
tade do módulo da aceleração da carga Q.
positiva.
b) O módulo da aceleração da carga 3Q é seis
vezes maior do que o módulo da aceleração d) O número total de elétrons na gota é Eq/(mg).
da carga Q. e) A força gravitacional sobre a gota é nula,
c) O módulo da aceleração da carga 3Q é três porque ela está no vácuo.
vezes maior do que o módulo da aceleração
da carga Q. 9. Antes da primeira viagem à Lua, vários cien-
d) O módulo da aceleração da carga 3Q é duas
tistas da NASA estavam preocupados com a
vezes maior do que o módulo da aceleração
possibilidade de a nave lunar deparar com
da carga Q.
uma nuvem de poeira carregada sobre a su-
e) As acelerações das duas cargas são iguais.
perfície da Lua.
Suponha que a Lua tenha uma carga nega-
7. Na figura está representada uma linha de tiva. Então, ela exerceria uma força repulsi-
força de um campo elétrico, um ponto P e os va sobre as partículas de poeira carregadas
vetores A, B, C, D e E. também negativamente. Por outro lado, a
força gravitacional da Lua exerceria uma for-
ça atrativa sobre essas partículas de poeira.

Se uma partícula de carga elétrica positiva,


suficientemente pequena para não alterar a
configuração desse campo elétrico, for colo-
cada nesse ponto P, ela sofre a ação de uma
força F, melhor representada pelo vetor:

a) A.
b) B.
c) C.
d) D.
e) E.

432
Suponha que a 2 km da superfície da Lua, a 1. Um pêndulo elétrico de comprimento R e
atração gravitacional equilibre exatamente a massa m = 0,2 kg, eletrizado com carga Q
repulsão elétrica, de tal forma que as partí- positiva, é repelido por outra carga igual,
culas de poeira flutuem. fixa no ponto A. A figura mostra a posição de
Se a mesma nuvem de poeira estivesse a equilíbrio do pêndulo.
5 km da superfície da Lua:
a) a gravidade ainda equilibraria a força ele-
trostática, mas apenas se a poeira perdesse
carga.
b) a gravidade ainda equilibraria a força ele-
trostática, e as partículas de poeira também
flutuariam.
c) a gravidade ainda equilibraria a força ele-
trostática, mas apenas se a poeira perdesse
massa.
Dados: g = 10m/s²
d) a gravidade seria maior que a força eletros-
tática, e a poeira cairia. Assinale a alternativa correta. Qual é o mó-
e) a gravidade seria menor que a força eletros- dulo___das cargas?
tática, e a poeira se perderia no espaço. a) ​√___
60 ​ · 10–7 C
b) ​√__
60 ​ · 10–13 C
c) ​√___
6 ​ · 10–7 C
d) ​√__
40 ​ · 10–7 C
e) ​√4 ​·  10–7 C
10. (UEM) Uma pequena massa m com carga q
se encontra em equilíbrio, como mostrado 2. (Epcar (Afa)2017) Uma pequena esfera C, com
abaixo. carga elétrica de +5 ∙ 10-4 C, é guiada por um
aro isolante e semicircular de raio R igual a 2,5
m, situado num plano horizontal, com extre-
midades A e B, como indica a figura abaixo.

A esfera pode se deslocar sem atrito tendo o


aro como guia. Nas extremidades A e B deste
___
​›
O campo elétrico E ​​    é uniforme e constante. aro são fixadas duas cargas elétricas punti-
A aceleração da gravidade é g. Assinale o que formes de +8 ∙ 10-6 C e +1 ∙ 10-6 C, respecti-
for correto. vamente. Sendo a constante 2eletrostática do
meio igual a 4​dXX N∙m
5 ​ ∙ 109 ​ ______
 ​, 
 na posição de
01) A carga q é positiva. C2
|q|E equilíbrio da esfera C, a reação normal do
02) O ângulo a é dado por a = arctam ____​ mg ​. 
04) O módulo da tensão no fio vale aro sobre a esfera, em N, tem módulo igual a:
__________
T=√ ​ q2E2 + m2g2 ​ . a) 1.
08) Se quisermos colocar a partícula na ho- b) 2.
c) 4.
rizontal (a → p/2), devemos aplicar um
d) 5.
campo elétrico infinito.
16) Se o fio se romper, a coordenada horizon-
3.
tal da partícula varia linearmente com o
tempo t.

E.O. Complementar

Duas esferas idênticas, carregadas com car-


gas Q = 30 μC, estão suspensas a partir de
um mesmo ponto por dois fios isolantes de
mesmo comprimento como mostra a figura.
Em equilíbrio, o ângulo, formado pelos dois

433
fios isolantes com a vertical, é 45°. Sabendo
que a massa de cada esfera é de 1 kg, que a E.O. Dissertativo
Constante de Coulomb é k = 9 × 109 N m2/C2
e que a aceleração da gravidade é g = 10 m/s2, 1. Em 2012, foi comemorado o centenário da
determine a distância entre as duas esferas descoberta dos raios cósmicos, que são partí-
quando em equilíbrio. culas provenientes do espaço.
Lembre-se de que μ = 10–6. a) Os neutrinos são partículas que atingem a
Terra, provenientes em sua maioria do Sol.
a) 1,0 m
Sabendo-se que a distância do Sol à Terra é
b) 0,9 m igual a 1,5 × 1011 m, e considerando a velo-
c) 0,8 m cidade dos neutrinos igual a 3,0 × 108 m/s,
d) 0,7 m calcule o tempo de viagem de um neutrino
e) 0,6 m solar até a Terra.
b) As partículas ionizam o ar e um instrumento
4. Em cada um dos vértices de uma caixa cúbi- usado para medir esta ionização é o eletros-
ca de aresta ℓ foram fixadas cargas elétricas cópio. Ele consiste em duas hastes metálicas
de módulo q cujos sinais estão indicados na que se repelem quando carregadas. De forma
figura. simplificada, as hastes podem ser tratadas
como dois pêndulos simples de mesma mas-
sa m e mesma carga q localizadas nas suas
extremidades. O módulo da força elétrica

entre as cargas é dado por Fe = k ​ __  ​, sendo

k = 9 × 109 N m2/C2. Para a situação ilus-
trada na figura abaixo, qual é a carga q, se
m = 0,004 g?
Sendo k a constante eletrostática do meio,
o módulo da força elétrica que atua sobre
uma carga pontual de módulo 2q, colocada
no ponto de encontro das diagonais da caixa
cúbica é:
a) 4kq2/3ℓ2.
b) 8kq2/3ℓ2.
c) 16kq2/3ℓ2.
d) 8kq2/ℓ2.
e) 4kq2/ℓ2.

5.
C3 2. Duas cargas elétricas Q1 e Q2 repelem-se,
quando colocadas próximas uma da outra.
30cm 30cm
120° a) O que se pode afirmar sobre os sinais de Q1 e
SOLO de Q2?
C1 C2 b) A carga Q1 é repelida por uma terceira carga,
Q3, positiva. Qual é o sinal de Q2?
Num plano vertical, perpendicular ao solo,
situam-se três pequenos corpos idênticos, de
3. (Unicamp) Um elétron é acelerado, a par-
massas individuais iguais a m e eletrizados
tir do repouso, ao longo de 8,8 mm, por
com cargas de 1,0 μC cada uma. Os corpos C1
um campo elétrico constante e uniforme
e C2 estão fixos no solo, ocupando, respecti-
de módulo E = 1,0 × 105 V/m. Sabendo-se
vamente, dois dos vértices de um triângulo
que a razão carga/massa do elétron vale
isósceles, conforme a figura acima. O corpo C3,
e/m = 1,76 × 1011 C/kg, calcule a aceleração
que ocupa o outro vértice do triângulo, está
do elétron.
em equilíbrio quando sujeito exclusivamente
às forças elétricas e ao seu próprio peso.
4. Uma gota de óleo de massa m = 1 mg e car-
Adotando g = 10 m/s2 e k0 = 9,0 ∙ 109 N ∙ m2/C2,
ga q = 2 × 10–7 C é solta em uma região de
podemos afirmar que a massa m de cada um
campo elétrico uniforme E, conforme mostra
desses corpos é:
a figura a seguir. Mesmo sob o efeito da gra-
a) 10 g.
vidade, a gota move-se para cima, com uma
b) 3,0 g.
c) 1,0 g.
d) 0,030 g.
e) 0,010 g.

434
aceleração de 1 m/s2. Determine o módulo do ocorre com a força elétrica entre estas cargas?
campo elétrico, em V/m.

E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. (UERJ)
__
​› __
​› __
​› __
​›
​  ​ 
E  ​  ​ 
E  ​  ​ 
E  ​  ​ 
E 
5. Defina Campo e cite 2 exemplos.
e m- e m-
6. Por que os prótons possuem carga positiva e m- e m- e
os elétrons possuem carga negativa?
n n n n

7. Nos vértices de um triângulo isósceles, de 1 2 3 4


lado L = 3,0 cm e ângulo de base 30°, são
colocadas as cargas pontuais qA = 2,0 μC e Os diagramas anteriores são as opções para
qB = qC = 3,0 μC. Qual a intensidade da força as trajetórias de três feixes: de nêutrons (n),
elétrica, em N, que atua sobre a carga qA? múons negativos (μ-) e elétrons (e). Estes, a
qA princípio, compunham um único feixe que
penetrou em dada região, perpendicular- ___
​›
L L mente a um campo elétrico constante (​E ​  ). A
massa do múon é cerca de 207 vezes maior que
30° 30° o do elétron e a carga de ambos é a mesma.
qB qc Nessas circunstâncias, o diagrama que me-
lhor representa as trajetórias dos feixes é o
de número:
8. Robert Millikan verificou experimentalmen-
te que a carga elétrica que um corpo adquire a) 1.
é sempre um múltiplo inteiro da carga do b) 2.
elétron. Seu experimento consistiu em pul- c) 3.
verizar óleo entre duas placas planas, para- d) 4.
lelas e horizontais, entre as quais havia um
campo elétrico uniforme. A maioria das go-
tas de óleo pulverizadas se carrega por atri-
to. Considere que uma dessas gotas negati-
E.O. Objetivas
vamente carregada tenha ficado em repouso (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
entre as placas, como mostra a figura.
1. (Unesp) Em um experimento de eletrostáti-
ca, um estudante dispunha de três esferas
metálicas idênticas, A, B e C, eletrizadas, no
ar, com cargas elétricas 5Q, 3Q e -2Q, respec-
tivamente.

Suponha que o módulo do campo elétrico en- Utilizando luvas de borracha, o estudante
tre as placas seja igual a 2,0 · 104 V/m e que coloca as três esferas simultaneamente em
a massa da gota seja 6,4 · 10–15 kg. Consi- contato e, depois de separá-las, suspende A
dere desprezível o empuxo exercido pelo ar e C por fios de seda, mantendo-as próximas.
sobre a gota e g = 10 m/s2. Verifica, então, que elas interagem eletrica-
a) Determine​___› a direção e o sentido do campo mente, permanecendo em equilíbrio estático
elétrico E ​
​   existente entre as placas. a uma distância d uma da outra. Sendo k a
b) Sabendo que o módulo da carga q do elétron constante eletrostática do ar, assinale a al-
vale 1,6 · 10–19 C, calcule quantos elétrons ternativa que contém a correta representa-
em excesso essa gota possui. ção da configuração de equilíbrio envolven-
do as esferas A e C e a intensidade da força
9. Entre duas cargas elétricas existe uma dis- de interação elétrica entre elas.
tância d. Se esta distância for dobrada o que a)

435
b)

b)

c)
c)

d)

d)

e)

2. (Unicamp) A atração e a repulsão entre par- 3. (Fuvest) Quatro cargas pontuais estão colo-
tículas carregadas têm inúmeras aplicações cadas nos vértices de um quadrado. As duas
industriais, tal como a pintura eletrostática.
cargas +Q e -Q têm mesmo valor absoluto e
As figuras abaixo mostram um mesmo con-
as outras duas, q1 e q2, são desconhecidas. A
junto de partículas carregadas, nos vértices
fim de determinar a natureza destas cargas,
de um quadrado de lado a, que exercem for-
ças eletrostáticas sobre a carga A no centro coloca-se uma carga de prova positiva no
desse quadrado. Na situação apresentada, o centro do quadrado e verifica-se que a força
vetor que melhor representa a força resul- sobre ela é F , mostrada na figura a seguir.
tante agindo sobre a carga A se encontra na Podemos afirmar que
figura.
+Q q1
a)

carga de
prova positiva
___
​›
​F  ​ 
-Q q2

a) q1 > q2 > 0
b) q2 > q1 > 0
c) q1 + q2 > 0
d) q1 + q2 < 0
e) q1 = q2 > 0

436
4. (Fuvest) O módulo F da força eletrostática 2. (Unesp) Duas bolinhas iguais, de material
dielétrico, de massa m, estão suspensas por
entre duas cargas elétricas pontuais q1 e q2, se- fios isolantes de comprimento L, presos no
kq1q2 ponto P (ver figura a seguir).
paradas por uma distância d, é F = ​ _____ ​

 onde
d2
P
k é uma constante. Considere as três cargas
pontuais representadas na figura adiante
por +Q, –Q e q. O módulo da força eletrostá-
tica total que age sobre a carga q será. L L
+Q -Q u u
30°

R R

q
2kQq
a) _____
​  2 ​ .  d
R
As bolinhas são carregadas com cargas "q",
​ XX
d 3 ​k
  Qq
b) ______
​  2 ​.    iguais em módulo e sinal, permanecendo na
R posição indicada. Calcule o ângulo θ em fun-
kQ2q ção de "m", "g", "q", "d" e ε 0 (permitivida-
c) ​ ____ ​. 
  de elétrica do ar).
R2
3 ​)  ____
(​dXX KQq
d) [​ ____  ​] 
  ​  2 ​ 
.  3. (Unesp) Uma pequena esfera, P, carregada
2 R
positivamente, está fixa e isolada, numa re-
3 ​)  ____
(​dXX KQ2q gião onde o valor da aceleração da gravidade
e) [​ ____  ​] 
  ​  2 ​.  
2 R é g. Uma outra pequena esfera, Q, também
eletricamente carregada, é levada para as
E.O. Dissertativas proximidades de P. Há duas posições, a certa
distância d de P, onde pode haver equilíbrio
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) entre a força peso atuando em Q e a força
elétrica exercida por P sobre Q. O equilíbrio
1. (Unifesp) Na figura, estão representadas ocorre numa ou noutra posição, dependendo
duas pequenas esferas de mesma massa, do sinal da carga de Q. Despreze a força gra-
m = 0,0048 kg, eletrizadas com cargas de vitacional entre as esferas.
mesmo sinal, repelindo-se, no ar. Elas es- a) Desenhe um esquema mostrando
__ a esfera P,
​›
tão penduradas por fios isolantes muito le- a direção e o sentido de a ​
​   e as duas posições
ves, inextensíveis, de mesmo comprimento, possíveis definidas pela distância d para
ℓ = 0,090 m. Observa-se que, com o tempo, equilíbrio entre as forças sobre Q, indicando,
essas esferas se aproximam e os fios tendem em cada caso, o sinal da carga de Q.
a tornar-se verticais. b) Suponha que a esfera Q seja trazida, a partir
de qualquer uma das duas posições de equi-
líbrio, para mais perto de P, até ficar à dis-
tância d/2 desta, e então abandonada nesta
nova posição. Determine, exclusivamente em
termos de g, o módulo da aceleração da esfe-
ℓ ℓ ra Q no instante em que ela é abandonada.
a a

4. (Unesp) Duas partículas com cargas q1 e q2,


separadas a uma distância d, se atraem com
força de intensidade F = 0,18 N. Qual será a
a) O que causa a aproximação dessas esferas?
Durante essa aproximação, os ângulos que intensidade da força de atração entre essas
os fios formam com a vertical são sempre partículas se
iguais ou podem tornar-se diferentes um do a) a distância entre elas for triplicada?
outro? Justifique. b) o valor da carga de cada partícula, bem como
b) Suponha que, na situação da figura, o ângu- a distância inicial entre elas, forem reduzi-
lo α é tal que sen α = 0,60; cos α = 0,80; tg dos à metade?
α = 0,75 e as esferas têm cargas iguais. Qual
é, nesse caso, a carga elétrica de cada esfera?
(Admitir g = 10 m/s2 e k = 9,0 · 109 N.m2/C2.)

437
5. (Unesp) Suponha que o nosso Universo não Estabelecida a convenção ela passou a ser
tivesse força gravitacional e que só as for- adotada, naturalmente, como a formulação
ças eletromagnéticas mantivessem todas as correta.
partículas unidas. Admita que a Terra tivesse 7.
60 N.
uma carga elétrica de 1 coulomb. 8.
a) Qual deveria ser a ordem de grandeza da carga a) O campo elétrico é vertical e para baixo.
elétrica do Sol para que a Terra tivesse exata- b) N = 20 elétrons.
mente a mesma trajetória do universo real? 9.
Se reduz a um quarto do valor inicial.
Dados:
Lei da gravitação: F(G) = Gm1m2/r2
Lei de Coulomb: F(E) = kq1q2/r2 E.O. UERJ
F(G) é força gravitacional Exame de Qualificação
F(E) é força elétrica ou eletrostática
1. A
Massa do Sol = 2,0 × 1030 kg
Massa da Terra = 6,0 × 1024 kg
G = 6,7 × 10–11 Nm2kg–2
k = 9,0 × 109 Nm2C–2
E.O. Objetivas
b) Se neste estranho universo não existisse (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
também a força eletromagnética, certamen-
te não haveria nem Sol e nem os planetas. 1. B 2. D 3. D 4. B
Explique por quê.

Gabarito E.O. Dissertativas


(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
E.O. Aprendizagem a) As esferas acabam se descarregando, de-
1. D 2. A 3. B 4. C 5. A vido ao contato com o ar (o ar não é um
isolante perfeito).
6. B 7. B 8. C 9. A 10. D As esferas têm o mesmo peso; em cada
instante as forças elétricas têm inten-
sidades iguais, pelo princípio da ação e
E.O. Fixação reação, (mesmo que elas tenham se des-
1. A 2. C 3. E 4. C 5. B carregado de maneiras diferentes).
b) ± 2,16 . 10-7 C.
6. D 7. A 8. B 9. B 2. tgθ = k0q2/d2mg.
3.
10. 1F 2V 4V 8V 16F
a) Observe a figura a seguir:
FE
E.O. Complementar posição (1)...Q>0
1. A 2. B 3. B 4. C 5. A
d P

P(fixa) g
E.O. Dissertativo
1. d FE
a) Dt = 5,0 × 10² s.
b) |q| = 2,0 × 10–9 C. posição (2)...Q<0
2.
a) As cargas são do mesmo tipo. P
b) Positiva. b) |a| = 3g.
3.
a = 1,76 · 1016 m/s2. 4.
4.
55 V/m. a) 2,0 . 10-2 N.
5.
Região no qual existem forças. Gravidade e b) 1,8 . 10-1 N.
campo eletrostático. 5.
6.
Prótons e Elétrons manifestam campos elé- a) 1035.
tricos ao seu redor de natureza inversa. As- b) Sem a força eletromagnética, o átomo
sim sendo, a carga que eles possuem é in- não seria estável, coeso, assim não have-
versa. No entanto, foi totalmente arbitrária ria planetas ou o Sol.
a escolha dos nomes, positivo e negativo,
e também qual partícula teria qual carga.

438
© sakkmesterke/Shutterstock

Aulas 9 e 10

Potencial elétrico
Competências 5 e 6
Habilidades 17 e 20
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.

H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas

Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Energia potencial elétrica
A seguir, estudaremos duas grandezas associadas a um campo vetorial conservativo: energia potencial elétrica
e potencial elétrico. Em um campo elétrico conservativo, o trabalho realizado ao se mover uma carga de prova,
independe da trajetória realizada pela carga, depende apenas da posição inicial e final da carga.
Considere um sistema formado por uma carga elétrica pontual Q (carga fonte) e uma carga de prova q,
separadas pelas distancia d.
A energia potencial elétrica para esse sistema formado pelo par de cargas é:
§§ proporcional ao produto das duas cargas, Q e q;
§§ inversamente proporcional à distância d entre as cargas.
Considerando que a energia potencial é zero no infinito, no referencial adotado, a energia potencial vale:

Q
Epot = k0 ∙ __
​   ​  q
d

Informação:
Recordemos da Mecânica que a unidade de energia no Sl é o joule (J).

Nesse sistema composto por apenas uma carga fonte (Q), a equação acima relaciona a energia potencial da
carga de prova q em relação à carga Q.

Teoria na prática
1. No vácuo, uma carga de prova q = +3,0 nC está a uma distância de 2,0 cm de uma carga fonte Q = +4,0 mC.
Determine a energia potencial da carga de prova. (k0 = 9,0 ∙ 109 unidades SI)
Resolução:
Para aplicar a equação, devemos ter todas as unidades no SI:
q = +3,0 nC = 3,0 ∙ 10–9 C  Q = +4,0 mC = +4,0 ∙ 10–6 C    d = 2,0 cm = 2,0 ∙ 10–2 m
k0 ⋅ Q ⋅ q 4,0 ∙ 10 –6 ⋅ 3,0 ∙ 10 –9
Epot = ​ _______
 ​   = (9,0 ∙ 109) ​ _________________
       ​ = 5,4 ∙ 10 –3 J.
d 2,0 ∙ 10 –2
A carga de prova tem energia potencial de 5,4 ∙ 10–3 J. Pode-se dizer também que a energia potencial elé-
trica associada ao par de cargas q e Q vale 5,4 ∙ 10–3 J.

Potencial elétrico
Uma carga elétrica isolada Q (chamada de carga fonte) gera à sua volta um campo elétrico. Seja um ponto P, fixo pró-
ximo à carga fonte, como na figura abaixo. Considere que uma carga de prova q seja trazida do infinito até o ponto P.

441
Como vimos, a energia potencial da carga de prova é Epot. O potencial elétrico V associado ao ponto P é
a grandeza escalar dada por:

Epot
V = ___
​  q ​  

A unidade de potencial elétrico, no SI, é o volt (homenagem a Alessandro Volta).


Desse modo, as unidades volt, joule e coulomb estão relacionadas por:
1 joule
1 volt = ________
​    ​ 
1 coulomb
Em geral, a grandeza física potencial é simbolizada pela letra V. Fique atento para não confundir com a
respectiva unidade, o volt, também simbolizado por V.

Potencial elétrico gerado por uma carga elétrica pontual


Considere novamente o sistema de cargas formado por uma carga fonte Q e uma carga de prova q separadas por
uma distância d, como na figura. A carga de prova q possui energia potencial elétrica dada pela equação:

Q⋅q
Epot = k0 ____
​   ​  
d

O potencial elétrico no ponto P, pela definição, é dado por:


Epot
V = ___
​  q ​ ⇒

Epot = q ⋅ V

Igualando o termo da energia potencial das duas equações, obtemos:


q⋅Q
q ⋅ V = k0 ____
​   ​  ⇒
d
Q
V = k0 __
​   ​ 
d

Essa equação representa o potencial elétrico gerado pela carga fonte no ponto P, distante d da carga fonte.
Observe que a carga de prova q foi cancelada e não aparece na equação. Assim, o potencial elétrico no ponto P
não depende da carga de prova. Se o ponto P estiver no infinito, a distância d é infinita e então o potencial no
infinito é nulo.
Devemos ressaltar que:
§§ O potencial elétrico é definido para um ponto P próximo a uma carga elétrica (carga fonte Q).
§§ O potencial elétrico é uma grandeza escalar e pode ser positivo ou negativo, conforme o sinal da carga
fonte Q.

Q>0⇔V>0
Q<0⇔V<0

442
Teoria na prática
1. Considere uma carga elétrica Q = +8,0 µC no vácuo. Determine o potencial elétrico no ponto P distante
4,0 cm da carga fonte.
Resolução:
Inicialmente, devemos deixar todas as unidades no SI:
Q = +8,0 µC = +8,0 ∙ 10–6 C
d = 4,0 cm = 4,0 ∙ 10–2 m
Substituindo na equação do potencial elétrico, teremos:
Q +8,0 · 10-6
Vp = k0 __
​   ​ = (9,0 ∙ 109) ​ _________ = +18 ∙ 105 V ⇒ Vp = +1,8 ∙ 106 V
 ​ 
d 4,0 · 10-2
O potencial elétrico é uma grandeza escalar e, portanto, basta dizer que no ponto P ele vale 1,8 ∙ 106 V. Não
há direção e nem sentido para serem especificados. O potencial elétrico representa um nível de energia no
ponto P.

2. (UEG) Uma carga Q está fixa no espaço; a uma distância d dela existe um ponto P, no qual é colocada uma
carga de prova q0. Considerando-se esses dados, verifica-se que no ponto P:
a) o potencial elétrico devido a Q diminui com inverso de d.
b) a força elétrica tem direção radial e aproximando de Q.
c) o campo elétrico depende apenas do módulo da carga Q.
d) a energia potencial elétrica das cargas depende com o inverso de d2.

Resolução:

Com as expressões de força elétrica, campo elétrico, potencial elétrico e energia potencial elétrica abaixo
podemos tecer algumas considerações sobre as alternativas expostas.
O potencial elétrico de uma carga puntiforme é dado pelo produto do campo elétrico pela distância à carga
Q Q
geradora V = E ∙ d = k0 __
​  2  ​ ∙ d ⇒ V = k0 __
​   ​ .
d d
Q ∙ q0
A força elétrica, dada pela lei de Coulomb Fe = k0_____
​  2 ​  
 tem a direção da reta que une os centros das duas
d
cargas, podendo ter o sentido de afastamento se as cargas forem de mesmo sinal (repulsão) ou de aproxi-
mação (atração), se as cargas forem de sinais contrários. Alternativa [B] incorreta.
Q
Fe ​  = k ​ __
O campo elétrico é a razão entre a força e a carga de prova E = ​ __
q0   ​,  logo não depende apenas da
0 2
d
carga Q e também da distância entre as cargas. Alternativa [C] incorreta.
A energia potencial elétrica é dada pelo produto do potencial elétrico e a carga de prova, então
Q k ∙ Qq0
Ep = q0 ∙ V = q0 ∙ k0 __
​   ​  ⇒ Ep = ______
​  0  ​   . A alternativa [D] está incorreta, pois a dependência é com o inverso
d d
de d.

Alternativa A

443
Comparações entre o campo elétrico e o potencial elétrico
§§ Ambos são gerados por uma carga fonte Q e aplicam-se a um ponto P, distante d da carga fonte.
§§ O potencial elétrico em P é uma grandeza escalar, enquanto o campo elétrico é vetorial, ou seja, tem mó-
dulo, direção e sentido.
§§ O potencial elétrico depende do sinal da carga geradora (pode ser positivo ou negativo), mas o campo
elétrico só depende do módulo dessa carga.
(  )
1 ​   ​, e o módulo do campo elétrico varia com o inverso
§§ O potencial elétrico varia com o inverso da distância ​ ​ __
(  )
d
​  12  ​   ​.
do quadrado da distância ​ __
d
§§ O campo elétrico está relacionado com a força elétrica, enquanto o potencial elétrico está relacionado com
a energia potencial elétrica.

Teoria na prática
1. Uma partícula eletrizada com carga elétrica Q = 8,0 pC está em um meio onde é feito vácuo. Adotando-se
k0 = 9,0 ∙ 109 unidade SI, determine:
a) O potencial elétrico no ponto P distante 2 mm da carga elétrica Q.
b) A energia potencial adquirida por uma segunda partícula dotada de carga elétrica q = 5,0 ∙ 10–12 C
colocada no ponto P.
Resolução:
a) Devemos ajustar as unidades: Q = 8,0 pC = 8,0 ∙ 10–12 C; d = 2,0 mm = 2,0 ∙ 10–3 m.
Assim, pela equação do potencial, calculamos V:
Q 8,0 ∙ 10 –12
​ 72 ∙ 10–3 ​  
–3
V = k0 __
​   ​ = 9,0 ∙ 109 ∙ _________
​  ⇒ V = ________
 ​   ⇒
 V = 36 V
d 2,0 ∙ 10 –3
2,0 ∙ 10
b) A energia potencial é dada por: Epot = q ⋅ V.
Sendo q = 5,0 ∙ 10–12 C, obtemos:
Epot = 5,0 ∙ 10 –12 ∙ 36 = 180 ∙ 10 –12 ⇒ Epot = 1,8 ∙ 10 –10 J

Potencial elétrico de diversas cargas elétricas


Vimos como calcular o potencial elétrico de uma carga. Considere, agora, que, em uma certa região do espaço,
estão um conjunto de n partículas eletrizadas com cargas elétricas Q1, Q2, ..., Qn. Juntas, essas cargas geram um
campo elétrico nessa região. Considere também um ponto P fixo próximo a essas partículas. Vamos calcular o po-
tencial elétrico resultante nesse ponto P, e para isso faremos o seguinte procedimento:

444
1. Calculamos o potencial que cada uma das cargas elétricas gera em P, isoladamente. Esse potencial é dado
pela equação do potencial vista anteriormente:

Q
V = k0 __
​   ​ 
d

A distância d é variável e corresponde à distância de cada uma das cargas até o ponto P.
2. Por ser uma grandeza escalar, o potencial resultante no ponto P é “cumulativo”, ou seja, é dado pela soma
dos potenciais de cada uma das cargas que o geram. Assim, somando todos os potenciais obtidos pelo
cálculo anterior, obtemos o potencial resultante Vres:

Vres = V1 + V2 + V3 + ... + Vn

Teoria na prática
1. Duas partículas eletrizadas com cargas elétricas Q1 = 4,0 ∙ 10–7 C e Q2 = –2,0 ∙ 10–7 C estão fixas nos ex-
tremos do segmento AB, cujo ponto médio é M.

Usando k0 = 9,0 ∙ 10+9 Vm/C, determine:

a) o potencial elétrico no ponto M gerado por cada uma das cargas;


b) o potencial elétrico resultante no ponto M.

Resolução:
Q
a) O potencial de cada uma das cargas em M é calculando usando a equação V = k0 __
​   ​  , em que
d
d = 2,0 cm = 2,0 ∙ 10–2 m.

Para a carga Q1 = +4,0 ∙ 10–7 C, temos:


+4,0 ∙ 10-7
V1 = 9,0 ∙ 109 ∙ __________
​  = +18 ∙ 104 ⇒ V1 = +1,8 ∙ 105 V
 ​ 

2 ∙ 10 –2
Para a carga Q2 = –2,0 ∙ 10-7 C, temos:

​ –2 ∙ 10 ​  
–7
V2 = 9,0 ∙ 109 ∙ _________ = –9 ∙ 104 ⇒ V2 = –9,0 ∙ 104 V
2 ∙ 10 –2

b) O potencial elétrico resultante no ponto M é dado pela soma dos dois valores anteriores: VM = V1 + V2
(levando-se em conta os sinais).
Para facilitar a conta, expressamos os dois valores na mesma potência 104:

VM = (+18 ∙ 104) + (–9,0 ∙ 104) ⇒ VM = +9,0 ∙ 104 V

445
Equipotenciais
As linhas ou superfícies imaginárias, cujos pontos possuem o mesmo potencial, são denominadas de equipoten-
ciais. Em geral, as representações de campo elétrico são feitas por um conjunto de superfícies equipotenciais.

Conjunto de superfícies equipotenciais

Uma superfície equipotencial, em geral, é uma superfície complicada. Para facilitar a visualização, desenha-
remos apenas sua intersecção dessa superfície com o plano da folha, obtendo as linhas equipotenciais.
Para um carga puntiforme, as equipotenciais são superfícies esféricas concêntricas. Desse modo, a intersec-
ção com o plano da folha resulta em círculos concêntricos. Na figura a seguir, estão representadas as equipotenciais
em torno de uma carga elétrica pontual Q. Os pontos A, B e C estão na mesma equipotencial, e, portanto, seus
potenciais são iguais:
VA = VB = VC = +10 V

Linhas de equipotenciais de uma carga pontual Q positiva

Quando as linhas de força aparecem juntamente com as linhas equipotenciais, ambas devem formar um
ângulo reto em cada cruzamento, pois são sempre perpendiculares.
As linhas de força de um campo elétrico uniforme são retas paralelas. As linhas equipotenciais são, portanto,
perpendiculares a cada uma delas. Nesse caso, as equipotenciais são paralelas entre si.

Campo elétrico uniforme. As linhas de força estão representadas


por linhas cheias e as linhas equipotenciais por linhas tracejadas

446
Nas figuras abaixo, dois casos particulares estão representados. O campo elétrico é gerado por duas cargas
elétricas do mesmo módulo.
Em ambas as figuras, convencionamos que:
§§ linhas cheias são linhas de força;
§§ linhas tracejadas são linhas equipotenciais.

Campo elétrico de duas cargas elétricas opostas

Campo elétrico de duas cargas elétricas positivas

Teoria na prática
1. (UFSC) O ato de eletrizar um corpo consiste em gerar uma desigualdade entre o número de cargas positivas e
negativas, ou seja, em gerar uma carga resultante diferente de zero. Em relação aos processos de eletrização
e às características elétricas de um objeto eletrizado, é CORRETO afirmar que:
01) em qualquer corpo eletrizado, as cargas se distribuem uniformemente por toda a sua superfície;
02) no processo de eletrização por atrito, as cargas positivas são transferidas de um corpo para outro;
04) em dias úmidos, o fenômeno da eletrização é potencializado, ou seja, os objetos ficam facilmente eletrizados;
08) dois objetos eletrizados por contato são afastados um do outro por uma distância D. Nesta situação,
podemos afirmar que existe um ponto entre eles onde o vetor campo elétrico resultante é zero;
16) o meio em que os corpos eletrizados estão imersos tem influência direta no valor do potencial elétrico e
do campo elétrico criado por eles.
Resolução:
01) Falsa. As cargas somente se distribuem uniformemente pela superfície de um corpo eletrizado se ele for
de material condutor perfeitamente esférico e estiver em equilíbrio eletrostático.
02) Falsa. São as cargas negativas, ou seja, os elétrons são transferidos de um corpo para outro através da
eletrização por atrito.

447
04) Falsa. Pelo contrário, dias úmidos prejudicam a eletrização dos corpos, devido ao excesso de umidade
do ar, que funciona como se fosse um fio terra, descarregando os corpos mais rapidamente através das
moléculas polares da água na fase vapor.
08) Verdadeira. Quando se faz eletrização por contato, temos as cargas depois de separadas com o mes-
mo sinal de carga elétrica; com isso, o vetor campo elétrico se anula em um ponto entre os dois corpos
eletrizados.
16) Verdadeira. Tanto o potencial elétrico como o campo elétrico são influenciados pelo meio em que
estão imersos, basta verificar a presença da constante eletrostática do meio (k) nas equações de ambas.
Q Q
V = k __
​   ​ e E = k ​ __2  ​ 
d d
2. (Udesc) Ao longo de um processo de aproximação de duas partículas de mesma carga elétrica, a energia
potencial elétrica do sistema:
a) diminui.
b) aumenta.
c) aumenta inicialmente e, em seguida, diminui.
d) permanece constante.
e) diminui inicialmente e, em seguida, aumenta.

Resolução:
k∙Q∙q
Sabendo que a energia potencial elétrica é dada por Ep = ______
​   ​   
, se a distância entre as partículas diminui,
d
a energia potencial Ep aumenta.

Alternativa B

Gráfico do potencial elétrico


Dada a expressão para o potencial elétrico de carga puntiforme, seja o potencial uma função da distância, V = V
(d), temos que:
k ∙Q
V(d) = _____
​  0  ​


d

Para uma carga positiva (Q > 0), temos que o gráfico do potencial em função da distância à partícula é da
seguinte forma:

(Q > 0)

448
Analisando este gráfico, percebemos que quanto mais próximo à carga positiva maior é o potencial elétrico
e quanto mais distante da carga, menor é o potencial elétrico.
Para uma carga negativa (Q < 0), todos os valores do potencial elétrico serão negativos, temos que o gráfico
da função do potencial elétrico em função da distância à partícula é da seguinte forma:

(Q < 0)

Analisando o gráfico, vemos que quanto mais próximo à carga negativa menor é o potencial elétrico, en-
quanto que mais distante à carga elétrica negativa maior é o potencial elétrico.

Linhas de força e potencial elétrico

Seja uma carga elétrica Q positiva (Q > 0), vimos que quanto mais próximo a ela maior é o valor do potencial
elétrico, enquanto que mais longe a carga menor o potencial elétrico. Logo, VA > VB > VC. Sabemos que no campo
elétrico a carga positiva puntiforme é divergente, isto é, o campo é de afastamento. Dessa forma, o sentido da linha
de força também é de afastamento, coincidentemente no mesmo sentido que o potencial diminui.

+
Carga Q > 0
Seja uma carga elétrica Q negativa (Q < 0), vimos que quanto mais próximo a ela menor é o valor do
potencial elétrico, enquanto que mais longe a carga maior o potencial elétrico. Logo, VA < VB < VC. Sabemos que
no campo elétrico a carga puntiforme negativa é convergente, isto é, o campo é de aproximação. Dessa forma, o
sentido da linha de força também é de aproximação, coincidentemente no mesmo sentido que o potencial diminui.

-
Carga Q < 0
De maneira geral, podemos dizer que:

O potencial elétrico diminui no mesmo sentido da linha de força.

449
Por exemplo, analisando a figura a seguir:

Percebemos que o potencial elétrico é maior no ponto C do que no ponto B.

450
INTERATIVI
A DADE

ASSISTIR

Vídeo Energia potencial elétrica


Fonte: Youtube

Vídeo Mapeamento de equipotenciais de terminais lineares

Fonte: Youtube

ACESSAR

Sites Instrumentação / medidas / grandezas

pt.khanacademy.org/science/physics/electric-charge-electric-force-and-voltage
www.estudopratico.com.br/potencial-eletrico-historia-definicao-e-superficie-equipotencial/
www.tecnogerageradores.com.br/blog/saiba-o-que-e-diferenca-de-potencial-eletrico-e-
como-calcular/

452
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES

Habilidade 17 - Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e


representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

A habilidade 17 é quase onipresente nos exercícios da prova de ciências da natureza,


uma vez que ela cobra do aluno a capacidade de relacionar os fenômenos naturais com
diferentes formas de linguagem, fórmulas matemáticas e a capacidade de interpretação
gráfica.

Habilidade 21 - Utilizar leis físicas e(ou) químicas para interpretar processos naturais ou tec-
nológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.

A habilidade 21 cobra do aluno a capacidade de interpretar os processos natuais ou tec-


nológicos relacionados ao eletromagnetismo e termodinâmica. De forma abrangente esta
habilidade cobra do aluno conhecimento em duas grandes áreas. Por isso, talvez questões
relacionadas ao eletromagnetismo tenham aparecido um pouco menos em provas ante-
riores, salvo é claro a prova de 2017 onde esteve muito mais presente.

453
Modelo
(Enem) As células possuem potencial de membrana, que pode ser classificado em repouso ou ação,
e é uma estratégia eletrofisiológica interessante e simples do ponto de vista físico. Essa caracterís-
tica eletrofisiológica está presente na figura a seguir, que mostra um potencial de ação disparado
por uma célula que compõe as fibras de Purkinje, responsáveis por conduzir os impulsos elétricos
para o tecido cardíaco, possibilitando assim a contração cardíaca. Observa-se que existem quatro
fases envolvidas nesse potencial de ação, sendo denominadas fases 0, 1, 2 e 3.

O potencial de repouso dessa célula é -100 mV e quando ocorre influxo de íons Na+ e Ca2+ a polari-
dade celular pode atingir valores de até o que se denomina despolarização celular. A modificação
no potencial de repouso pode disparar um potencial de ação quando a voltagem da membrana atin-
ge o limiar de disparo que está representado na figura pela linha pontilhada. Contudo, a célula não
pode se manter despolarizada, pois isso acarretaria a morte celular. Assim, ocorre a repolarização
celular, mecanismo que reverte a despolarização e retorna a célula ao potencial de repouso. Para
tanto, há o efluxo celular de íons K+
Qual das fases, presentes na figura, indica o processo de despolarização e repolarização celular,
respectivamente?
a) Fases 0 e 2.
b) Fases 0 e 3.
c) Fases 1 e 2.
d) Fases 2 e 0.
e) Fases 3 e 1.

Análise Expositiva

Habilidade 17 e 21
Essa é uma excelente questão, onde o estudante é cobrado tanto na parte interdisciplinar,
quanto na interpretação gráfica do potencial de membrana em relação ao tempo. O estudante
deve relacionar conceitos, fenômenos com as fases destacadas no gráfico.
A despolarização ocorre na fase em que o potencial sobe, que é a fase 0. A repolarização
ocorre quando o potencial está voltando ao potencial de repouso, como acontece na fase 3.
Alternativa B

454
Estrutura Conceitual
Depende do inverso
da distância

CARGA Na presença de outra carga:


POTENCIAL ELÉTRICO
ELÉTRICA energia potencial elétrica

Grandeza
escalar

455
E.O. Aprendizagem 3. (UPE) Considere a Terra como uma esfera
condutora, carregada uniformemente, cuja
carga total é 6,0 μC, e a distância entre o
1. (ITA) Considere as afirmações a seguir: centro da Terra e um ponto P na superfície
I. Em equilíbrio eletrostático, uma superfí- da Lua é de aproximadamente 4 × 108 m. A
cie metálica é equipotencial. constante eletrostática no vácuo é de aproxi-
II. Um objeto eletrostaticamente carregado madamente 9 × 109 Nm2/C2. É CORRETO afir-
mar que a ordem de grandeza do potencial
induz uma carga uniformemente distri-
elétrico nesse ponto P, na superfície da Lua
buída numa superfície metálica próxima vale, em volts:
quando em equilíbrio eletrostático. a) 10‑2.
III. Uma carga negativa desloca-se da região b) 10‑3.
de maior para a de menor potencial elé- c) 10‑4.
trico. d) 10‑5.
IV. É nulo o trabalho para se deslocar uma e) 10‑12.
carga teste do infinito até o ponto mé-
dio entre duas cargas pontuais de mesmo 4. (UFRGS) Considere que U é a energia po-
módulo e sinais opostos. tencial elétrica de duas partículas com car-
Destas afirmações, é (são) correta(s) somente: gas +2Q e –2Q fixas a uma distância R uma
a) I e II. da outra. Uma nova partícula de carga +Q é
agregada a este sistema entre as duas par-
b) I, II e III.
tículas iniciais, conforme representado na
c) I, II e IV. figura a seguir.
d) I e IV.
e) III.

2. (UFSM) A tecnologia dos aparelhos eletro-


eletrônicos está baseada nos fenômenos A energia potencial elétrica desta nova con-
de interação das partículas carregadas com figuração do sistema é:
campos elétricos e magnéticos. A figura re- a) zero.
b) U/4.
presenta as linhas de campo de um campo
c) U/2.
elétrico.
d) U.
e) 3U.

5. (PUC-RJ) Ao colocarmos duas cargas pontu-


ais q1 = 5,0 μC e q2 = 2,0 μC a uma distância
d = 30,0 cm, realizamos trabalho. Determine
a energia potencial eletrostática, em joules,
deste sistema de cargas pontuais.
Dado: k0 = 9 × 109 Nm²/C².
a) 1
b) 10
c) 3,0 × 10−1
d) 2,0 × 10−5
Assim, analise as afirmativas: e) 5,0 × 10−5
I. O campo é mais intenso na região A.
II. O potencial elétrico é maior na região B. 6. (IFSP) Na figura a seguir, são representadas
III. Uma partícula com carga negativa pode as linhas de força em uma região de um cam-
ser a fonte desse campo. po elétrico. A partir dos pontos A, B, C, e D
situados nesse campo, são feitas as seguin-
Está(ão) correta(s): tes afirmações:
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.

456
I. A intensidade do vetor campo elétrico no 9. (PUC-RJ) Uma carga positiva puntiforme é
ponto B é maior que no ponto C. liberada a partir do repouso em uma região
II. O potencial elétrico no ponto D é menor do espaço onde o campo elétrico é uniforme
que no ponto C. e constante. Se a partícula se move na mes-
III. Uma partícula carregada negativamente, ma direção e sentido do campo elétrico, a
energia potencial eletrostática do sistema:
abandonada no ponto B, se movimenta
a) aumenta e a energia cinética da partícula
espontaneamente para regiões de menor
aumenta.
potencial elétrico. b) diminui e a energia cinética da partícula di‑
IV. A energia potencial elétrica de uma par- minui.
tícula positiva diminui quando se movi- c) e a energia cinética da partícula permane‑
menta de B para A. cem constantes.
É correto o que se afirma apenas em: d) aumenta e a energia cinética da partícula
a) I. diminui.
b) I e IV. e) diminui e a energia cinética da partícula au‑
c) II e III. menta.
d) II e IV.
e) I, II e III. 10. (UECE) “n” prótons, cada um de carga q, fo-
ram distribuídos aleatoriamente ao longo de
um arco de círculo de 60° e raio r, conforme
7. (UPE) Considere três cargas elétricas punti- ilustra a figura.
formes, positivas e iguais a Q, colocadas no
vácuo, fixas nos vértices A, B e C de um tri- r
ângulo equilátero de lado d, de acordo com a
figura a seguir: 60° 0

1   ​ e o potencial de re-


Considerando k = ​ ____
4πε0
ferência no infinito igual a zero, assinale a
alternativa que contém o valor do potencial
elétrico no ponto O devido a esses prótons.
a) (kqn)/r
b) [(knq)/r]cos 60°
c) (knq)/r
A energia potencial elétrica do par de cargas, d) [(2knq)/r]cos 30°
disponibilizadas nos vértices A e B, é igual
a 0,8 J. Nessas condições, é correto afirmar
que a energia potencial elétrica do sistema
constituído das três cargas, em joules, vale:
E.O. Fixação
a) 0,8. 1. (UFRGS) A figura a seguir representa duas
b) 1,2. cargas elétricas puntiformes, mantidas fixas
c) 1,6. em suas posições, de valores +2q e –q, sendo
d) 2,0. q o módulo de uma carga de referência.
e) 2,4.
I J K L
8. (Mackenzie) Na determinação do valor de +2q -q
uma carga elétrica puntiforme, observamos
que, em um determinado ponto do campo Considerando-se zero o potencial elétrico no
elétrico por ela gerado, o potencial elétrico infinito, é correto afirmar que o potencial
é de 18 kV e a intensidade do vetor cam- elétrico criado pelas duas cargas será zero
po elétrico é 9,0 kN/C. Se o meio é o vácuo também nos pontos:
a) I e J.
(k0 = 9 ∙ 109 N ∙ m2/C2), o valor dessa carga é:
b) I e K.
a) 4,0 μC.
c) I e L.
b) 3,0 μC. d) J e K.
c) 2,0 μC. e) K e L.
d) 1,0 μC.
e) 0,5 μC.

457
2. (PUC-RJ) Duas cargas pontuais idênticas elétrica do corpúsculo eletrizado é:
de carga q = 1 × 10-9 C são colocadas a uma a) 20 μC.
distância de 0,1 m. Determine o potencial b) 12 μC.
eletrostático e o campo elétrico, a meia dis- c) 9 μC.
tância, entre as cargas. d) 6 μC.
e) 4 μC.
Considere k = 9,0 × 109 (Nm2/C2).
a) 100,0 N m/C e 2,0 N/C.
6. Num ponto A do universo, constata-se
​___› a
b) 120,0 N m/C e 0,0 N/C.
existência de um campo elétrico E ​
​   de inten-
c) 140,0 N m/C e 1,0 N/C. sidade 9,0 × 105 N/C, devido exclusivamente
d) 160,0 N m/C e 2,0 N/C. a uma carga puntiforme Q situada a 10 cm
e) 360,0 N m/C e 0,0 N/C. dele. Num outro ponto B, distante 30 cm da
mesma carga, o vetor campo elétrico tem in-
3. (UFJF) A figura a seguir mostra um sistema tensidade 1,0 × 105 N/C. A ddp entre A e B é:
de duas partículas puntiformes A e B em re- a) 8,0 × 105 V.
pouso, com cargas elétricas iguais a Q, separa- b) 6,0 × 105 V.
das por uma distância r. Sendo K, a constante c) 6,0 × 104 V.
eletrostática, pode-se afirmar que o módulo d) 2,0 × 104 V.
da variação da energia potencial da partícula e) 1,8 × 104 V.
B na presença da partícula A, quando sua dis-
7. (UFAL) Considere uma carga puntiforme Q,
tância é modificada para 2r, é:
fixa no ponto 0, e os pontos A e B, como mos-
r tra a figura a seguir.
Q

A B B 0 d A d B
Sabe-se que os módulos do vetor campo elé-
2r trico e do potencial elétrico gerados pela car-
ga no ponto A valem, respectivamente, E e V.
Nessas condições, os módulos dessas grande-
(KQ²)
a) ______
​   ​.  zas no ponto B valem, respectivamente:
(4r²) a) 4E e 2V.
(KQ²) b) 2E e 4V.
b) _____
​   ​  
.
(2r) ​  E  ​ e __
c) __ ​ V ​ .
2 2
(KQ)
c) _____
​   
 ​. d) __​  E  ​ e __ ​ V ​ .
(2r²) 2 4
(KQ) e) __ ​  E  ​ e __​ V ​ .
d) _____
​   
 ​. 4 2
(4r²)
(KQ²) 8. (Unirio) A figura a seguir mostra duas car-
e) _____
​  r ​.   gas elétricas puntiformes Q1 = +10-6 C e
Q2 = –10-6 C localizadas nos vértices de um
4. (UFMS) Não só a tecnologia contribui para triângulo equilátero de lado d = 0,3 m.
identificar os procedimentos mais adequa- O meio é o vácuo, cuja constante eletros-
dos à saúde. É preciso também domínio das tática é k0 = 9 × 109 N ∙ m2/C2. O potencial
elétrico e a intensidade do campo elétrico
particularidades do ser humano.
resultantes no ponto P são, respectivamente:
A ddp que acelera os elétrons entre o fila-
mento e o alvo de um tubo de raios X é de P
40 000 V. Qual a energia, em J, ganha por
elétron (e = 1,6 × 10-19 C):
a) 4 × 10-22.
b) 1,6 × 10-19. d d
c) 2 × 10-19.
d) 6,4 × 10-15.
e) 2,5 × 1023.

Q1 d Q2
5. (Mackenzie) A 40 cm de um corpúsculo ele-
trizado, coloca-se uma carga puntiforme de a) 0 V; 10___5 V/m.
2,0 μC. Nessa posição, a carga adquire ener- b) 0 V; √
​ 3 ​ ⋅ 10__5 V/m.
gia potencial elétrica igual a 0,54 J. c) 3 ⋅ 10 V; √
4
​ 3 ​ ⋅ 105 V/m.
Considerando k0 = 9 × 109 Nm2/C2, a carga d) 6 ⋅ 10 V; 105 V/m.
4

e) 6 ⋅ 104 V; 2 ⋅ 105 V/m.

458
9. (Cesgranrio) O gráfico que melhor descreve a b)
relação entre potencial elétrico V, originado
por uma carga elétrica Q < 0, e a distância d
de um ponto qualquer à carga, é:
c)
V
a)

d
d)

V
b)

d E.O. Complementar
1. (Cesgranrio) Um sistema tridimensional de
coordenadas ortogonais, graduadas em me-
V tros, encontra-se em um meio cuja constan-
c) ​ N × m²
te eletrostática é 1,3 × 109 _____  ​ 
 . Nesse
C2
d meio, há apenas três cargas positivas pun-
tiformes Q1, Q2 e Q3, todas com carga igual
a 1,44 × 10–4 C. Essas cargas estão fixas, res-
pectivamente, nos pontos (0, b, c), (a, 0, c) e
V (a, b, 0). Os números a, b e c (c < a < b) são
as raízes da equação x3 – 19x2 + 96x – 144 = 0.
d) Adotando-se o referencial no infinito, o po-
d tencial elétrico, em kV, gerado pela carga Q3
no ponto (0, 0, c) é:
a) 14,4.
b) 15,6.
c) 25,8.
V
d) 46,8.
e) e) 62,4.
d
2. (Epcar) A figura abaixo ilustra um campo
elétrico uniforme, de módulo E, que atua na
direção da diagonal BD de um quadrado de
10. (Epcar) A figura abaixo representa as linhas lado ℓ.
de força de um determinado campo elétrico.

Sendo VA, VB e VC os potenciais eletrostáticos


em três pontos A, B e C, respectivamente,
com 0 < VA – VC < VB – VC, pode-se afirmar
que a posição desses pontos é melhor repre-
sentada na alternativa: Se o potencial elétrico é nulo no vértice D,
a) pode-se afirmar que a ddp entre o vértice
A e o ponto O, intersecção das diagonais do
quadrado, é:

459
a) nula.
​ ​dXX
b) ___ 2 ​ ​  E.
2
c) d​ XX2 ​ E.
d) E.

3. (FGV) Com respeito à eletrodinâmica, analise:


I. Tomando-se a mesma carga elétrica, iso-
lada de outra qualquer, entre os módulos
do campo elétrico e do potencial elétrico
em um mesmo ponto do espaço, o primei-
ro sofre uma diminuição mais rápida que
o segundo, conforme se aumenta a dis-
tância até a carga.
II. Comparativamente, a estrutura matemá-
tica do cálculo da força elétrica e da força
gravitacional são idênticas. Assim como
as cargas elétricas estão para as massas, 2. (PUC-RJ) Duas partículas de cargas
o campo elétrico está para a aceleração da q1 = 4 × 10-5 C e q2 = 1 × 10-5 C estão alinhadas
gravidade. no eixo x sendo a separação entre elas de 6 m.
III. Uma diferença entre os conceitos de cam- Sabendo que q1 encontra-se na origem do
po elétrico resultante e potencial elétrico sistema de coordenadas e considerando
resultante é que o primeiro obtém-se ve- k = 9 × 109 Nm2/C2, determine:
torialmente, enquanto o segundo é obti- a) a posição x, entre as cargas, onde o campo
do por uma soma aritmética de escalares. elétrico é nulo;
É correto o contido em: b) o potencial eletrostático no ponto x = 3 m;
a) I, apenas. c) o módulo, a direção e o sentido da acelera‑
b) II, apenas. ção, no caso de ser colocada uma partícula
c) I e III, apenas. de carga q3 = –1 × 10–5 C e massa m3 = 1,0 kg,
d) II e III, apenas. no ponto do meio da distância entre q1 e q2.
e) I, II e III.

4. (PUC-PR 2017) Um sistema de cargas pon- 3. (UFPE) Duas cargas elétricas puntifor-
tuais é formado por duas cargas positivas +q mes, de mesmo módulo Q e sinais opostos,
e uma negativa –q todas de mesma intensi- são fixadas à distância de 3,0 cm entre si.
dade, cada qual fixa em um dos vértices de Determine o potencial elétrico no ponto A,
um triângulo equilátero de lado r. Se subs- em volts, considerando que o potencial no
tituirmos a carga negativa por uma positiva ponto B é 60 volts.
de mesma intensidade, qual será a variação
da energia potencial elétrica do sistema? A
constante de Coulomb é denotada por k.
a) 2kq2/r
b) – 2kq2/r
c) – 4kq2/r
d) 4kq2/r 4. (UFU) Considere duas partículas, com cargas
e) kq2/r Q1 = 1 × 10‑9 C e Q2 = –1 × 10‑9 C, localizadas
em um plano, conforme figura a seguir.

E.O. Dissertativo
1. (ITA) Três esferas condutoras, de raio a e
carga Q, ocupam os vértices de um triângulo
equilátero de lado b > a, conforme mostra
a figura (1). Considere as figuras (2), (3)
e (4), em que, respectivamente, cada uma
das esferas se liga e desliga da Terra, uma de Cada quadriculado da figura possui lado
cada vez. Determine, nas situações (2), (3) e igual a 1 cm.
(4), a carga das esferas Q1, Q2 e Q3, respecti- Dado: Considere a constante elétrica (K)
vamente, em função de a, b e Q. igual a 9 × 109 N ∙ m2 C-2.

460
Pede-se: 8. (UFPE) O gráfico mostra a dependência do
a) Calcule o potencial eletrostático devido a Q1 potencial elétrico criado por uma carga pon-
e Q2 no ponto A. tual, no vácuo, em função da distância à car-
b) Se uma terceira partícula, Q3, com carga ga. Determine o valor da carga elétrica. Dê a
igual a 2 × 10‑9 C é colocada no ponto A, cal‑ sua resposta em unidades de 10‑9 C.
cule o trabalho total realizado pelos campos
elétricos devido a Q1 e Q2 quando a carga Q3
é deslocada de A para B.
c) A energia potencial eletrostática do sistema
formado pelas três cargas, (Q1, Q2 e Q3) di‑
minui, aumenta ou não se altera, devido ao
deslocamento de Q3 de A para B ? Justifique
a sua resposta.

5. (Ufrrj) Nos pontos A, B e C de uma circunfe-


rência de raio 3 cm, fixam-se cargas elétricas
puntiformes de valores 2 μC, 6μC e 2μC, res-
pectivamente. Determine:
A

B
9. A figura a seguir mostra duas cargas iguais
q = 1,0 × 10‑11 C, colocadas em dois vértices de
um triângulo equilátero de lado igual a 1 cm.
Qual o valor, em volts, do potencial elétrico
C no terceiro vértice do triângulo (ponto P)?
Dado:
a) A intensidade do vetor campo elétrico resul‑ §§ constante de coulomb ​  1   ​
____  = 9 · 109
tante no centro do círculo. 4πe0
N.m /C
2 2

b) O potencial elétrico no centro do círculo.


(Considere as cargas no vácuo, onde q
k = 9 × 109 N · m2/C2)

6. (UFAL) Duas cargas puntiformes Q1 = 3,0 μC


e Q2 = –12 μC estão fixas nos pontos A e B,
no vácuo, separadas de 9,0 cm e isoladas de
outras cargas.

Considerando a constante eletrostática


K = 9,0 × 109 N ∙ m2/C2 e tomando o referen- q
cial no infinito, determine sobre a reta AB:
a) o potencial elétrico no ponto M, médio de
AB;
b) o ponto onde o campo elétrico resultante é E.O. Enem
nulo.
1. (Enem) As células possuem potencial de
7. (UFPE) Três cargas puntiformes, q, no vá- membrana, que pode ser classificado em re-
cuo, de módulo igual a 2,7 × 10‑10 C, estão pouso ou ação, e é uma estratégia eletrofi-
situadas conforme indica a figura a seguir. siológica interessante e simples do ponto de
Determine o potencial resultante, em volts, vista físico. Essa característica eletrofisio-
no ponto O da figura para d = 9,0 cm.
lógica está presente na figura a seguir, que
-q +q mostra um potencial de ação disparado por
uma célula que compõe as fibras de Purkinje,
d d responsáveis por conduzir os impulsos elé-
tricos para o tecido cardíaco, possibilitando
30° 30°
assim a contração cardíaca. Observa-se que
O 30° existem quatro fases envolvidas nesse po-
+q tencial de ação, sendo denominadas fases 0,
d
1, 2 e 3.

461
Considere VC o potencial eletrostático e EC o
módulo do campo elétrico no ponto C devido
às três cargas. Os valores de VC e EC são, res-
pectivamente,
4 · k0 · Q
a) zero e _________
​   ​  

r2
4 · k0 · Q ______ k ·Q
b) _________
​   ​   e ​  0 2 ​  

r2 r
c) zero e zero
2 · k0 · Q _________ 2 · k0 · Q
d) ​ _________
r ​   e ​   ​   
r2
2 · k0 · Q
e) zero e _________
​   ​  

r2
O potencial de repouso dessa célula é –100 mV, 2. (Unifesp) A figura representa a configuração
e quando ocorre influxo de íons Na+ e Ca2+, a de um campo elétrico gerado por duas partí-
polaridade celular pode atingir valores de até culas carregadas, A e B.
+10 mV, o que se denomina despolarização ce-
lular. A modificação no potencial de repouso
pode disparar um potencial de ação quando
a voltagem da membrana atinge o limiar de
disparo que está representado na figura pela
linha pontilhada. Contudo, a célula não pode
se manter despolarizada, pois isso acarretaria
a morte celular. Assim, ocorre a repolarização
celular, mecanismo que reverte a despolariza-
ção e retorna a célula ao potencial de repouso.
Para tanto, há o efluxo celular de íons K+.
Qual das fases, presentes na figura, indica
o processo de despolarização e repolarização
celular, respectivamente:
a) fases 0 e 2. Assinale a alternativa que apresenta as indi-
b) fases 0 e 3. cações corretas para as convenções gráficas
que ainda não estão apresentadas nessa fi-
c) fases 1 e 2.
gura (círculos A e B) e para explicar as que
d) fases 2 e 0.
já estão apresentadas (linhas cheias e tra-
e) fases 3 e 1.
cejadas).
a) carga da partícula A: (+)

E.O. Objetivas carga da partícula B: (+)


linhas cheias com setas: linha de força
linhas tracejadas: superfície equipotencial
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) b) carga da partícula A: (+)
carga da partícula B: (-)
1. (Unesp 2017) Três esferas puntiformes, ele- linhas cheias com setas: superfície equipo‑
trizadas com cargas elétricas q1 = q2 = +Q e tencial
q3 = -2Q estão fixas e dispostas sobre uma linhas tracejadas: linha de força
circunferência de raio r e centro c em uma c) carga da partícula A: (-)
região onde a constante eletrostática é igual carga da partícula B: (-)
a r0 conforme representado na figura. linhas cheias com setas: linha de força
linhas tracejadas: superfície equipotencial
d) carga da partícula A: (-)
carga da partícula B: (+)
linhas cheias com setas: superfície equipo‑
tencial
linhas tracejadas: linha de força
e) carga da partícula A: (+)
carga da partícula B: (-)
linhas cheias com setas: linha de força
linhas tracejadas: superfície equipotencial

462
E.O. Dissertativas linhas tracejadas representam as intersec-
ções com o plano do papel, das superfícies
equipotenciais geradas por B. Os valores dos
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) potenciais elétricos dessas superfícies estão
indicados no gráfico. As questões se referem
1. (Fuvest) Duas pequenas esferas iguais, A e à situação em que A e B estão na presen-
B, carregadas, cada uma, com uma carga elé- ça uma da outra, nas posições indicadas no
trica Q igual a - 4,8 × 10-9 C, estão fixas e com gráfico, com seus centros no plano do papel.
seus centros separados por uma distância de
12 cm. Deseja-se fornecer energia cinética a
um elétron, inicialmente muito distante das
esferas, de tal maneira que ele possa atra-
vessar a região onde se situam essas esferas,
ao longo da direção x, indicada na Figura 1,
mantendo-se equidistante das cargas.
a) Esquematize, na Figura 2, a direção e o sen‑
tido das forças resultantes F1 e F2, que agem
sobre o elétron quando ele está nas posições
indicadas por P1 e P2.
b) Calcule o potencial elétrico V, em volts, cria‑
do pelas duas esferas no ponto P0. NOTE/ADOTE
c) Estime a menor energia cinética E, em eV, Uma esfera com carga Q gera, fora dela, a
que deve ser fornecida ao elétron, para que uma distância r do seu centro, um potencial
ele ultrapasse o ponto P0 e atinja a região à V e um campo elétrico de módulo E, dados
direita de P0 na figura. pelas expressões:
NOTE E ADOTE: V = K(Q/r); E = K(Q/r2) = V/r; K = constante;
Considere V = 0 no infinito. 1volt/metro = 1 newton/coloumb
NOTE E ADOTE: a) Trace, com caneta, em toda a extensão do
Num ponto P, V = KQ/r, onde r é a distância gráfico da folha de respostas, a linha de po‑
da carga Q ao ponto P. tencial V = 0, quando as duas esferas estão
K = 9 × 109 (N . m2/C2). nas posições indicadas. Identifique clara‑
e = carga do elétron = - 1,6 × 10-19 C. mente essa linha por V = 0.
1eV = 1,6 × 10-19 J. b) Determine, em volt/metro, utilizando dados
do gráfico, os módulos dos campos elétricos
E(PA) e E(PB) criados, no ponto P, respecti‑
vamente, pelas esferas A e B.
c) Represente, em uma escala conveniente, no
gráfico, com origem no ponto P, os vetores
E(PA), E(PB) e o vetor campo elétrico E(P)
resultante em P. Determine, a partir desta
construção gráfica, o módulo de E(P), em
volt/metro.
d) Estime o módulo do valor do trabalho τ, em
joules, realizado quando uma pequena carga
q = 2,0nC é levada do ponto P ao ponto S,
indicados no gráfico.
(2,0 nC = 2,0 nanocoulombs = 2,0 × 10-9 C).

Gabarito
E.O. Aprendizagem
1. D 2. C 3. C 4. D 5. C
2. (Fuvest) Duas pequenas esferas metálicas, A
e B, são mantidas em potenciais eletrostáti- 6. B 7. E 8. A 9. E 10. C
cos constantes, respectivamente, positivo e
negativo. As linhas cheias do gráfico repre-
sentam as intersecções, com o plano do pa-
E.O. Fixação
pel, das superfícies equipotenciais esféricas 1. E 2. E 3. B 4. D 5. B
geradas por A, quando não há outros obje-
tos nas proximidades. De forma análoga, as 6. C 7. E 8. A 9. C 10. C

463
E.O. Complementar b) O potencial no centro é a soma algébrica
dos potenciais criados pelas três cargas:
1. A 2. A 3. E 4. D V = VA + VB + VC =
k(QA + QB + QC)
______________
E.O. Dissertativo ​   
R
 ​  =

​ 9_________________
× 10   × 10 × ​
10‑6 = 3,0 × 106 V.
9
2Qa   
Q1 = –​ ____
1.  ​  
  3 × 10‑2
b
6.
( 
Qa 2a
Q2 = ___
​   ​ ​ ​ ___
b b )
 ​ –1  ​ a) –1,8 × 104 V.
b) 3 cm (à esquerda do ponto A).
Qa²
Q3 = ____ ( )
2a ​  ​
​   ​ ​  3 – ​ ______
b² b 7.
27 volts.
2.
a) A posição onde o campo é nulo é dada por 8.
O potencial elétrico criado por uma carga
k ⋅Q
x = 4 m. pontual é dado por: V = _____
​  0 r ​. 

b) O potencial elétrico, para x = 0,3 m, é Do gráfico temos: V = 300 V e r = 0,15 m.
dado por:
V = 15 × 104 V. Ou seja:
k ⋅Q 9 × 109 × Q
c) O campo E em x = 3 m é dado por: V = _____  ⇒ 300 = __________
​  0 r ​  ​   ​  ⇒

0,15
E = +9 × 109 × 4 × ​ 10  ​ – 9 × 109 × 1 × ​ 10
‑5 ‑5
___ ___  ​  
3² 3² Q = 5 × 10‑9 C.
= 3 × 104 V/m. 9.
18 V.
Assim, a força agindo sobre a carga q3
será:
E.O. Enem
F = q3 E = m3a → a = q3E/m3 =
1. B
​ 10  ​ = –0,3 m/s2.
4
= –1 × 10‑5 × 3 × ___
1,0
Portanto,
i) módulo de a = 0,3 m/s2; E.O. Objetivas
ii) direção: eixo X;
iii) sentido negativo.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. E 2. E
​ 6 ​ ( 100 – 25) = 90 V.
VA = __
3.
5
4.
a) –45 V. E.O. Dissertativas
b) –2,7 ∙ 10‑7 J.
c) Diminui, pois a carga 3 se afasta das de- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
mais. 1.
5. a)
a) O campo elétrico total será a soma veto-
rial dos campos de cada uma das cargas.
Como as cargas em A e C têm o mesmo
valor e estão simetricamente dispostas
em relação ao centro O, produzirão neste
ponto campos elétricos de mesmo módu-
lo, porém de sentidos contrários.
A

Assim, estes dois campos se anularão,


restando apenas o campo de B, cujo mó-
dulo é
kQ
​  B ​ = ​ 9_______________
× 10 × 6 × 10
9 ‑6
E = ____        ​
R² (3 × 10 )
‑2 2

= 6,0 × 107 N/C.

464
b) V = - 1,44 . 103 V.
c) E = 1,44 . 103 eV.
2.
a)

b) E(PA) = 6250 V/m.


E(PB) = 3125 V/m.
c) E(P) = 2,5 ∙ 3125 = 7812,5 V/m.
d) Assim: τ = 2,0 ∙ 10-9 [0 - (- 350)] = 7,0 ∙ 10-7J.

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