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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS

AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCDF


AULA 14 - Regime Disciplinar
Prof. Edson Marques

Olá!

Esta é a segunda parte de nossa aula sobre o regime


jurídico dos servidores do Distrito Federal (LC nº 840/11),
basicamente a parte sobre o processo disciplinar e o regime
disciplinar e de responsabilidade, conforme o seguinte:

AULA 14: 4.2.9 Responsabilidade. 4.2.10 Processo


administrativo disciplinar. 12.2 Fundamentos
constitucionais. 13. Acesso à informação: Lei federal nº
12.527/2011, Lei distrital nº 4.990/2012 e Decreto
distrital nº 34.276/2013.

Então, vamos ao que interessa.

SUMÁRIO
Regime Disciplinar . ....................................................................................... 2
Deveres e Responsabilidades do Servidor . .................................................... 2
Das infrações . ........................................................................................... 5
Das sanções disciplinares . .......................................................................... 8
Da advertência. ........................................................................................10
Da suspensão . .........................................................................................10
Da demissão . ...........................................................................................10
Da cassação de aposentadoria ou de disponibilidade . ....................................11
Da destituição do cargo em comissão . ........................................................11
Registro/Cancelamento . ............................................................................12
Prescrição . ..............................................................................................12
Da incompatibilização . ..............................................................................13
Da extinção e excludente de punibilidade . ...................................................13
Da isenção de pena . .................................................................................14
Dos processos de apuração de infração disciplinar . ..........................................14
Da competência . ......................................................................................14
Da representação/denúncia . ......................................................................16
Da comissão processante . .........................................................................18
Da Sindicância . ........................................................................................20
Do Processo Disciplinar . ............................................................................22
Do afastamento preventivo . .......................................................................24
Da ampla defesa e do contraditório . ...........................................................24

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Do incidente de sanidade mental . ...............................................................26


FASES PROCESSUAIS . ..............................................................................26
Da instauração . ....................................................................................27
Da instrução . ........................................................................................28
Da defesa . ...........................................................................................31
Do relatório . .........................................................................................34
Do julgamento . .....................................................................................35
Da revisão do processo . ............................................................................38
Do direito de petição . ...............................................................................39
QUESTÕES COMENTADAS . ............................................................................42
QUESTÕES SELECIONADAS . .........................................................................63
GABARITO . .................................................................................................68

Regime Disciplinar

O regime disciplinar é o conjunto de regras que são


aplicáveis aos servidores no caso de infração funcional, ou seja, são
as disposições que tratam do processo disciplinar, das proibições,
deveres e responsabilidades dos servidores.

Deveres e Responsabilidades do Servidor

De acordo com o art. 180 do Estatuto, são deveres


funcionais do servidor público os seguintes:

Art. 180. São deveres do servidor:

I – exercer com zelo e dedicação suas atribuições;

II – manter-se atualizado nos conhecimentos exigidos para o

exercício de suas atribuições;

III – agir com perícia, prudência e diligência no exercício de

suas atribuições;

IV – atualizar, quando solicitado, seus dados cadastrais;

V – observar as normas legais e regulamentares no exercício

de suas atribuições;

VI – cumprir as ordens superiores, exceto quando

manifestamente ilegais;

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VII – levar ao conhecimento da autoridade superior as falhas,

vulnerabilidades e as irregularidades de que tiver ciência em

razão do cargo público ou função de confiança;

VIII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de

poder;

IX – zelar pela economia do material e pela conservação do

patrimônio público;

X – guardar sigilo sobre assunto da repartição;

XI – ser leal às instituições a que servir;

XII – ser assíduo e pontual ao serviço;

XIII – manter conduta compatível com a moralidade

administrativa;

XIV – declarar-se suspeito ou impedido nas hipóteses

previstas em lei ou regulamento;

XV – tratar as pessoas com civilidade;

XVI – atender com presteza:

a) o público em geral, prestando as informações requeridas,

ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) os requerimentos de expedição de certidões para defesa de

direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) as requisições para a defesa da administração pública.

De outro lado, as responsabilidades estão dispostas no


título VI, capítulo, conforme arts. 181 a 186 do Estatuto.

E, conforme dispõe o art. 181 que o servidor


responde penal, civil e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições, e que as sanções civis, penais e
administrativas podem cumular-se, sendo independentes
entre si.

De acordo com o art. 186, a responsabilidade


administrativa resulta de infração disciplinar cometida por servidor no
exercício de suas atribuições, em razão delas ou com elas
incompatíveis, observando o seguinte:

Art. 186.

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§ 1º A responsabilidade administrativa do servidor, observado

o prazo prescricional, permanece em relação aos atos

praticados no exercício do cargo:

I – após a exoneração;

II – após a aposentadoria;

III – após a vacância em razão de posse em outro

cargo inacumulável;

IV – durante as licenças, afastamentos e demais ausências

previstos nesta Lei Complementar.

Assim, devemos observar que a aplicação da sanção


cominada à infração disciplinar decorre da responsabilidade
administrativa, sem prejuízo de eventual ação civil ou penal, do
ressarcimento ao erário dos valores correspondentes aos danos e aos
prejuízos causados à administração pública, ou, ainda, da devolução
ao erário do bem ou do valor público desviado, nas mesmas
condições em que se encontravam quando da ocorrência do fato, com
a consequente indenização proporcional à depreciação.

No entanto, a responsabilidade administrativa do


servidor é afastada no caso de absolvição penal que negue a
existência do fato ou sua autoria, com decisão transitada em
julgado. Mas, tal fato não exclui a competência do Tribunal de
Contas (TCDF) prevista na Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF).

É que a responsabilidade perante o TCDF decorre de


atos sujeitos ao controle externo, nos termos da LODF, conforme art.
184 do Estatuto.

A responsabilidade penal abrange crimes e


contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade (art. 182).

E, a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou


comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a
terceiro, conforme o seguinte:

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Art. 183. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou

comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao

erário ou a terceiro.

§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário

somente pode ser liquidada na forma prevista no art. 119 e

seguintes na falta de outros bens que assegurem a execução

do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responde o

servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos

sucessores, e contra eles tem de ser executada, na forma da

lei civil.

Há, ainda, a previsão de aplicação automática de perda


do cargo ou cassação de aposentadoria, quando determinada por
força de decisão judicial transitada em julgado, conforme dispõe o
art. 185, ao versar que:

Art. 185. A perda do cargo público ou a cassação de

aposentadoria determinada em decisão judicial transitada

em julgado dispensa a instauração de processo disciplinar e

deve ser declarada pela autoridade competente para fazer a

nomeação.

Das infrações

No âmbito do Distrito Federal, o legislador optou por


definir o conjunto de infrações a que está sujeito o servidor. Com
efeito, de acordo com o art. 187 do Estatuto, a infração disciplinar
decorre de ato omissivo ou comissivo, praticado com dolo ou
culpa, e sujeita o servidor às sanções estabelecidas na LC nº
840/2013.

Considera-se reincidência o cometimento de nova


infração disciplinar do mesmo grupo ou classe de infração disciplinar
anteriormente cometida (aquela já punida), ainda que uma e outra
possuam características fáticas diversas.

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As infrações disciplinares classificam-se, para efeitos de


cominação da sanção, em leves, médias e graves.

INFRAÇÃO

Leve (art. 190) Média (Art. 191/192) Grave (Art. 193/194)

I – descumprir dever funcional ou Grupo I Grupo I:

decisões administrativas emanadas I – cometer a pessoa estranha à I – incorrer na hipótese de:

dos órgãos competentes; repartição, fora dos casos a) abandono de cargo;

II – retirar, sem prévia anuência previstos em lei, o desempenho b) inassiduidade habitual;

da chefia imediata, qualquer de atribuição que seja de sua II – acumular ilegalmente cargos,

documento ou objeto da responsabilidade ou de seu empregos, funções públicas ou

repartição; subordinado; proventos de aposentadoria, salvo se for

III – deixar de praticar ato II – ausentar-se do serviço, feita a opção na forma desta Lei

necessário à apuração de infração com frequência, durante o Complementar;

disciplinar, retardar indevidamente expediente e sem prévia III – proceder de forma desidiosa,

a sua prática ou dar causa à autorização da chefia imediata; incorrendo repetidamente em

prescrição em processo disciplinar; III – exercer atividade privada descumprimento de vários deveres e

IV – recusar-se, quando solicitado incompatível com o horário do atribuições funcionais;

por autoridade competente, a serviço; IV – acometer-se de incontinência

prestar informação de que tenha IV – praticar ato incompatível pública ou ter conduta escandalosa na

conhecimento em razão do com a moralidade administrativa; repartição que perturbe a ordem, o

exercício de suas atribuições; V – praticar o comércio ou a andamento dos trabalhos ou cause dano

V – recusar-se, injustificadamente, usura na repartição; à imagem da administração pública;

a integrar comissão ou grupo de VI – discriminar qualquer pessoa, V – cometer insubordinação grave em

trabalho, ou deixar de atender no recinto da repartição, com a serviço, subvertendo a ordem

designação para compor comissão, finalidade de expô-la a situação hierárquica de forma ostensiva;

grupo de trabalho ou para atuar humilhante, vexatória, VI – dispensar licitação para contratar

como perito ou assistente técnico angustiante ou constrangedora, pessoa jurídica que tenha, como

em processo administrativo ou em relação a nascimento, idade, proprietário, sócio ou administrador:

judicial; etnia, raça, cor, sexo, estado a) pessoa de sua família ou outro

VI – recusar fé a documento civil, trabalho rural ou urbano, parente, por consanguinidade até o

público; religião, convicções políticas ou terceiro grau, ou por afinidade;

VII – negar-se a participar de filosóficas, orientação sexual, b) pessoa da família de sua chefia

programa de treinamento exigido deficiência física, imunológica, mediata ou imediata ou outro parente

de todos os servidores da mesma sensorial ou mental, por ter dela, por consanguinidade até o terceiro

situação funcional; cumprido pena, ou por qualquer grau, ou por afinidade;

VIII – não comparecer, quando particularidade ou condição. VII – dispensar licitação para contratar

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convocado, a inspeção ou perícia pessoa física de família ou parente

médica; Grupo II: mencionado no inciso VI, a e b;

IX – opor resistência injustificada I – ofender fisicamente a outrem VIII – aceitar comissão, emprego ou

ou retardar, reiteradamente e sem em serviço, salvo em resposta a pensão de estado estrangeiro;

justa causa: injusta agressão ou em legítima IX – exercer o comércio, exceto na

a) o andamento de documento, defesa própria ou de outrem; qualidade de acionista, cotista ou

processo ou execução de serviço; II – praticar ato de assédio sexual comanditário;

b) a prática de atos previstos em ou moral; X – participar de gerência ou

suas atribuições; III – coagir ou aliciar subordinado administração de sociedade ou empresa

X – cometer a servidor atribuições no sentido de filiar-se a privada, personificada ou não

estranhas ao cargo que ocupa, associação, sindicato, partido personificada, salvo:

exceto em situações de político ou qualquer outra espécie a) nos casos previstos nesta Lei

emergência e em caráter de agremiação; Complementar;

transitório; IV – exercer atividade privada b) nos períodos de licença ou

XI – manter sob sua chefia incompatível com o exercício do afastamento do cargo sem remuneração,

imediata, em cargo em comissão cargo público ou da função de desde que não haja proibição em sentido

ou função de confiança, o cônjuge, confiança; contrário, nem incompatibilidade;

o companheiro ou parente, V – usar recursos computacionais c) em instituições ou entidades

porconsanguinidade até o terceiro da administração pública para, beneficentes, filantrópicas, de caráter

grau, ou por afinidade; intencionalmente: social e humanitário e sem fins

XII – promover manifestação de a) violar sistemas ou exercer lucrativos, quando compatíveis com a

apreço ou desapreço no recinto da outras atividades prejudiciais a jornada de trabalho.

repartição; sites públicos ou privados; Parágrafo único. A reassunção das

XIII – perturbar, sem justa causa, b) disseminar vírus, cavalos de atribuições, depois de consumado o

a ordem e a serenidade no recinto tróia, spyware e outros males, abandono de cargo, não afasta a

da repartição; pragas e programas indesejáveis; responsabilidade administrativa, nem

XIV – acessar, armazenar ou c) disponibilizar, em sites do caracteriza perdão tácito da

transferir, intencionalmente, com serviço público, propaganda ou administração pública, ressalvada a

recursos eletrônicos da publicidade de conteúdo privado, prescrição.

administração pública ou postos à informações e outros conteúdos Grupo II:

sua disposição, informações de incompatíveis com os I – praticar, dolosamente, ato definido

conteúdo pornográfico ou erótico, fundamentos e os princípios da em lei como:

ou que incentivem a violência ou a administração pública; a) crime contra a administração pública;

discriminação em qualquer de suas d) repassar dados cadastrais e b) improbidade administrativa;

formas; informações de servidores II – usar conhecimentos e informações

XV – usar indevidamente a públicos ou da repartição para adquiridos no exercício de suas

identificação funcional ou outro terceiros, sem autorização; atribuições para violar ou tornar

documento que o vincule com o VI – permitir ou facilitar o acesso vulnerável a segurança, os sistemas de

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cargo público ou função de de pessoa não autorizada, informática, sites ou qualquer outra

confiança, em ilegítimo benefício mediante atribuição, rotina ou equipamento da repartição;

próprio ou de terceiro. fornecimento ou empréstimo de III – exigir, solicitar, receber ou aceitar

senha ou qualquer outro meio: propina, gratificação, comissão, presente

a) a recursos computacionais, ou auferir vantagem indevida de

sistemas de informações ou qualquer espécie e sob qualquer pretexto

banco de dados da administração (não se considera presente o brinde

pública; definido na legislação).

b) a locais de acesso restrito. IV – valer-se do cargo para obter

proveito indevido para si ou para

outrem, em detrimento da dignidade da

função pública;

V – utilizar-se de documento

sabidamente falso para prova de fato ou

circunstância que crie direito ou extinga

obrigação perante a administração

pública distrital.

SANÇÃO

ADVERTÊNCIA SUSPENSÃO DEMISSÃO


GRUPO I: ATÉ 30 DIAS OU FALTA GRAVE OU REINCIDÊNCIA EM FALTA
REINCIDÊNCIA EM FALTA LEVE MÉDIA DO GRUPO II

GRUPO II: ATÉ 90 DIAS OU


REINCIDÊNCIA EM FALTA DO GRUPO I

Das sanções disciplinares

De acordo com o art. 195 do Estatuto, são sanções


disciplinares as seguintes:

 Advertência;
 Suspensão;
 Demissão;
 Cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
 Destituição do cargo em comissão.

Com efeito, nesse sistema punitivo, vige o princípio da


tipicidade, ou seja, as sanções disciplinares são aplicadas às infrações
disciplinares tipificadas em lei. Portanto, nenhuma sanção disciplinar

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pode ser aplicada sem previsão legal, e, ainda, sem apuração em


regular processo disciplinar, afastando o instituto da verdade sabida.

Haverá a incidência do princípio da consunção ou


absorção, na medida em que a infração disciplinar de menor
gravidade é absorvida pela de maior gravidade.

Na aplicação da sanção devem ser consideradas a


natureza e a gravidade da infração disciplinar cometida; os danos
causados para o serviço público; o ânimo e a intenção do servidor; as
circunstâncias atenuantes e agravantes; a culpabilidade e os
antecedentes funcionais do servidor.

Atenuantes Agravantes
Art. 197. São circunstâncias atenuantes: Art. 198. São circunstâncias agravantes:

I – ausência de punição anterior; I – a prática de ato que concorra, grave e

II – prestação de bons serviços à administração objetivamente, para o desprestígio do órgão,

pública distrital; autarquia ou fundação ou da categoria funcional

III – desconhecimento justificável de norma do servidor;

administrativa; II – o concurso de pessoas;

IV – motivo de relevante valor social ou moral; III – o cometimento da infração disciplinar em

V – estado físico, psicológico, mental ou emocional prejuízo de criança, adolescente, idoso, pessoa

abalado, que influencie ou seja decisivo para a com deficiência, pessoa incapaz de se defender,

prática da infração disciplinar; ou pessoa sob seus cuidados por força de suas

VI – coexistência de causas relativas à carência de atribuições;

condições de material ou pessoal na repartição; IV – o cometimento da infração disciplinar com

VII – o fato de o servidor ter: violência ou grave ameaça, quando não

a) cometido a infração disciplinar sob coação a elementares da infração;

que podia resistir, ou em cumprimento a ordem V – ser o servidor quem:

de autoridade superior, ou sob a influência de a) promove ou organiza a cooperação ou dirige a

violenta emoção, provocada por ato injusto atividade dos demais coautores;

provindo de terceiro; b) instiga subordinado ou lhe ordena a prática da

b) cometido a infração disciplinar na defesa, ainda infração disciplinar;

que putativa ou com excesso moderado, de c) instiga outro servidor, propõe ou solicita a

prerrogativa funcional; prática da infração disciplinar.

c) procurado, por sua espontânea vontade e com

eficiência, logo após a infração disciplinar, evitar

ou minorar as suas consequências;

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d) reparado o dano causado, por sua espontânea

vontade e antes do julgamento.

Da advertência

De acordo com o art. 199, a advertência é a sanção por


infração disciplinar leve, por meio da qual se reprova por escrito a
conduta do servidor.

Contudo, se as circunstâncias assim o justificarem, no


lugar da advertência, pode ser aplicada, motivadamente, a suspensão
até trinta dias.

Da suspensão

Nos termos do art. 200, a suspensão é a sanção por


infração disciplinar média pela qual se impõe ao servidor o
afastamento compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da
remuneração ou subsídio dos dias em que estiver afastado.

A suspensão será de até 30 dias no caso de infração


disciplinar média do grupo I ou reincidência em falta leve e até
noventa dias, no caso de infração disciplinar média do grupo II ou
reincidência do grupo I.

A suspensão poderá ser convertida em multa quando


houver conveniência para o serviço, no patamar de cinquenta por
cento do valor diário da remuneração ou subsídio, por dia de
suspensão e o servidor fica obrigado a cumprir integralmente a
jornada de trabalho a que está submetido.

Haverá, ainda, a aplicação de multa ao servidor inativo


que houver praticado na atividade infração disciplinar punível com
suspensão, correspondendo ao valor diário dos proventos de
aposentadoria por dia de suspensão cabível.

Da demissão

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A demissão é a sanção pelas infrações disciplinares


graves, pela qual se impõe ao servidor efetivo a perda do cargo
público por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento
de nova investidura em cargo público (art. 202).

Com efeito, a demissão também se aplica no caso de


infração disciplinar grave, quando cometida por servidor efetivo no
exercício de cargo em comissão ou função de confiança do Poder
Executivo ou Legislativo do Distrito Federal ou de reincidência em
infração disciplinar média do grupo II.

Caso o servidor tenha sido exonerado ou pedido


vacância em decorrência de posse em cargo inacumulável quando da
aplicação da sanção de demissão, a exoneração ou vacância será
convertida em demissão.

Da cassação de aposentadoria ou de disponibilidade

A cassação de aposentadoria é a sanção por infração


disciplinar punível com demissão que houver sido cometida pelo
servidor em atividade, pela qual se impõe a perda do direito à
aposentadoria, podendo ser cominada com o impedimento de nova
investidura em cargo público (art. 203).

A cassação de disponibilidade é a sanção por


infração disciplinar punível com demissão que houver sido cometida
em atividade (ou no caso de retorno à atividade no prazo legal), pela
qual se impõe a perda do cargo público ocupado e dos direitos
decorrentes da disponibilidade, podendo ser cominada com o
impedimento de nova investidura em cargo público (art. 204).

Da destituição do cargo em comissão

De acordo com o art. 205, a destituição do cargo em


comissão é a sanção por infração disciplinar média ou grave, pela
qual se impõe ao servidor sem vínculo efetivo com o Distrito Federal
a perda do cargo em comissão por ele ocupado, podendo ser

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cominada com o impedimento de nova investidura em outro cargo


efetivo ou em comissão.

Contudo, se o servidor já tiver sido exonerado quando


da aplicação dessa sanção, a exoneração é convertida em destituição
do cargo em comissão.

Registro/Cancelamento

De acordo com o art. 201 do Estatuto, a advertência e


a suspensão têm seus registros cancelados, após o decurso de três e
cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar, igual
ou diversa da anteriormente cometida.

Observe que o cancelamento da sanção disciplinar não


surte efeitos retroativos e é registrado em certidão formal nos
assentamentos funcionais do servidor.

Cessará os efeitos da advertência ou da suspensão, se


lei posterior deixar de considerar como infração disciplinar o fato que
as motivou.

De todo modo, a sanção disciplinar cancelada não pode


ser considerada para efeitos de reincidência.

Prescrição

A ação disciplinar prescreve em cinco anos, quanto à


demissão, destituição de cargo em comissão ou cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, em dois anos, quanto à suspensão
e em um ano, quanto à advertência.

O prazo de prescrição começa a correr da primeira data


em que o fato ou ato se tornou conhecido pela chefia da repartição
onde ele ocorreu, pela chefia mediata ou imediata do servidor, ou
pela autoridade competente para instaurar sindicância ou processo
disciplinar.

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Contudo, a instauração de processo disciplinar


interrompe a prescrição, uma única vez, de modo que sua contagem
é reiniciada depois de esgotados os prazos para conclusão do
processo disciplinar, incluídos os prazos de prorrogação, se houver.

O prazo de prescrição fica suspenso enquanto a


instauração ou a tramitação do processo disciplinar ou a aplicação de
sanção disciplinar estiver obstada por determinação judicial.

Os prazos de prescrição previstos na lei penal, havendo


ação penal em curso, aplicam-se às infrações disciplinares capituladas
também como crime.

Da incompatibilização

Nos termos do art. 206, a demissão, a cassação de


aposentadoria ou disponibilidade ou a destituição de cargo em
comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II, implica
a incompatibilização para nova investidura em cargo público do
Distrito Federal pelo prazo de dez anos, sem prejuízo de ação cível
ou penal e das demais medidas administrativas.

Da extinção e excludente de punibilidade

De acordo com o art. 207 da LC nº 840/2013,


a punibilidade é extinta pela morte do servidor ou pela
prescrição.

De todo modo, conforme art. 209, ou seja, não será


punido o servidor que, ao tempo da infração disciplinar, era
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento, devido a:

 Insanidade mental, devidamente comprovada por laudo de


junta médica oficial;

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 Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força


maior.

A punibilidade não se exclui pela embriaguez,


voluntária ou culposa, por álcool, entorpecente ou substância de
efeitos análogos.

Da isenção de pena

Fica isento de sanção disciplinar o servidor cuja conduta


funcional, classificada como erro de procedimento, seja caracterizada,
cumulativamente, pela:

 Ausência de dolo;
 Eventualidade do erro;
 Ofensa ínfima aos bens jurídicos tutelados;
 Prejuízo moral irrelevante;
 Reparação de eventual prejuízo material antes de se
instaurar sindicância ou processo disciplinar.

Dos processos de apuração de infração disciplinar

Dispõe o art. 211 do Estatuto que a autoridade


administrativa competente, diante de indícios de infração disciplinar,
ou diante de representação, deverá determinar a instauração de
sindicância ou processo disciplinar para apurar os fatos e, se for
o caso, aplicar a sanção disciplinar. Nesse sentido, o art. 212,
estabelece que:

Art. 212. A infração disciplinar cometida por servidor é

apurada mediante:

I – sindicância;

II – processo disciplinar.

Da competência

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As autoridade competentes para instaurar sindicância


ou processo disciplinar, em relação às infrações disciplinares
ocorridas em seus respectivos órgãos, autarquias ou fundações,
independentemente da sanção cominada, estão dispostas no art. 255
do Estatuto, que assim dispõe:

Art. 255. Salvo disposição legal em contrário, o julgamento do

processo disciplinar e a aplicação da sanção disciplinar,

observada a subordinação hierárquica ou a vinculação do

servidor, são da competência:

I – no Poder Legislativo, do Presidente da Câmara Legislativa

ou do Tribunal de Contas;

II – no Poder Executivo:

a) do Governador, quando se tratar de demissão, destituição

de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou

disponibilidade;

b) de Secretário de Estado ou autoridade equivalente, quando

se tratar de suspensão superior a trinta dias ou, ressalvado o

disposto na alínea a, das demais sanções a servidor que a ele

esteja imediatamente subordinado;

c) de administrador regional, dirigente de órgão relativamente

autônomo, subsecretário, diretor regional ou autoridade

equivalente a que o servidor esteja mediata ou imediatamente

subordinado, quando se tratar de sanção não compreendida

nas alíneas a e b.

§ 1º No caso de servidor de autarquia ou fundação do Poder

Executivo, o julgamento do processo disciplinar e a aplicação

da sanção disciplinar são da competência:

I – do Governador, quando se tratar de demissão, destituição

de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou

disponibilidade;

II – do respectivo dirigente máximo, quanto se tratar de

sanção disciplinar não compreendida no inciso I deste

parágrafo.

§ 2º No caso de servidor de conselho ou outro órgão de

deliberação coletiva instituído no Poder Executivo, o

julgamento do processo disciplinar e a aplicação da sanção

disciplinar são da competência:

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I – do Governador, quando se tratar de demissão, destituição

de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou

disponibilidade;

II – de Secretário de Estado ou autoridade equivalente a cuja

Secretaria de Estado o conselho ou o órgão esteja vinculado,

quando se tratar de suspensão;

III – do respectivo presidente, quando se tratar de

advertência.

Contudo, a competência para instaurar processo


disciplinar para apurar infração cometida por servidor efetivo no
exercício de cargo em comissão ou função de confiança do qual
foi exonerado ou dispensado é da autoridade do órgão, autarquia ou
fundação onde a infração disciplinar foi cometida.

Todavia, por solicitação ou determinação da autoridade


competente, a apuração da infração disciplinar pode ser feita pelo
órgão central do sistema de correição, preservada a competência
para o julgamento.

Os conflitos entre servidores podem ser tratados em


mesa de comissão de mediação, a ser disciplinada em lei específica.

Da representação/denúncia

O processo administrativa ou a sindicância podem ser


instauradas mediante representação. Com efeito, nos termos do art.
212, §1º, a representação sobre infração disciplinar cometida por
servidor deve ser formulada por escrito e conter a identificação e o
endereço do denunciante.

Entretanto, é possível o recebimento de denúncia


anônima, quando a administração pública poderá iniciar
reservadamente investigações para coleta de outros meios de prova
necessários para a instauração de sindicância ou processo disciplinar,
conforme §2º do art. 212.

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Nesse sentido, poderá ainda, a administração


determinar a abertura do expediente com base em infração
disciplinar noticiada pela imprensa, nas redes sociais ou em
correspondências escritas.

No entanto, a autoridade competente, antes de


instaurar sindicância ou processo disciplinar, deve verificar se há
indícios mínimos de sua ocorrência, e no caso de não comprovação
dos fatos, a autoridade competente deve se pronunciar por escrito
sobre o motivo do arquivamento da verificação.

De todo modo, se houver indícios suficientes quanto à


autoria e à materialidade da infração disciplinar, a autoridade
administrativa pode instaurar imediatamente o processo disciplinar,
dispensada a instauração de sindicância.

De acordo com o art. 213 do Estatuto, não será objeto


de apuração em sindicância ou processo disciplinar o fato atípico ou
que tenha transitado em julgado na esfera penal, conforme o
seguinte:

Art. 213. Não é objeto de apuração em sindicância ou

processo disciplinar o fato que:

I – não configure infração disciplinar prevista nesta Lei

Complementar ou em legislação específica;

II – já tenha sido objeto de julgamento pelo Poder Judiciário

em sentença penal transitada em julgado que reconheceu a

inexistência do fato ou a negativa da autoria, salvo se

existente infração disciplinar residual.

Outrossim, é importante destacar que, de acordo com a


LC nº 840/11, o servidor não responde por ato praticado com
fundamento em lei ou regulamento posteriormente considerado
inconstitucional pelo Poder Judiciário ou quando a punibilidade estiver
extinta.

Enfim, deverá ser arquivada a denúncia ou


representação que versa sobre tais situações.

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Da comissão processante

No âmbito da administração distrital poderá haver


comissão permanente ou especial, com atribuição para conduzir a
sindicância ou o processo disciplinar.

A comissão será constituída por três servidores


estáveis, dentre ocupantes de cargos cuja escolaridade seja igual ou
superior à do acusado, conforme o seguinte:

Art. 229. A sindicância ou o processo disciplinar é conduzido

por comissão processante, de caráter permanente ou especial.

§ 1º A comissão é composta de três servidores estáveis

designados pela autoridade competente.

§ 2º Os membros da comissão processante são escolhidos

pela autoridade competente entre os ocupantes de cargo para

o qual se exija escolaridade igual ou superior à do servidor

acusado.

§ 3º Nos casos de carreira organizada em nível hierárquico, os

membros da comissão devem ser ocupantes de cargo efetivo

superior ou do mesmo nível do servidor acusado.

§ 4º Compete ao presidente da comissão manter a ordem e a

segurança das audiências, podendo requisitar força policial, se

necessária.

§ 5º A Comissão tem como secretário servidor designado pelo

seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus

membros.

§ 6º A comissão processante, quando permanente, deve ser

renovada, no mínimo, a cada dois anos, vedado ao mesmo

membro servir por mais de quatro anos consecutivos.

§ 7º Nas licenças, afastamentos, férias e demais ausências de

membro da comissão processante, a autoridade competente

pode designar substituto eventual.

§ 8º O local e os recursos materiais para o funcionamento dos

trabalhos da comissão processante devem ser fornecidos pela

autoridade instauradora da sindicância ou do processo

disciplinar.

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§ 9º Podem participar como membros da comissão

processante servidores integrantes de outros órgãos da

administração pública, distintos daquele onde ocorreram as

infrações disciplinares, se conveniente para o interesse

público.

§ 10. A comissão funciona com a presença de todos os seus

membros.

Prevê o art. 231 do Estatuto que a comissão


processante exercerá suas atividades com independência e
imparcialidade, assegurado o acesso, nas repartições públicas, a
informações, documentos e audiências necessários à elucidação do
fato em apuração, podendo, inclusive, o presidente da comissão
requisitar apoio policial ou de órgãos da administração pública para
realização de diligência, segurança ou locomoção até o local de coleta
de prova ou de realização de ato processual.

As suas reuniões devem ser registradas em ata, da qual


deve constar o detalhamento das deliberações adotadas (art. 232).

E, nos termos do art. 233, sempre que necessário, a


comissão processante deve dedicar tempo integral aos seus
trabalhos, ficando seus membros dispensados dos trabalhos na
repartição de origem, até a entrega do relatório final.

Aos membros da comissão e ao servidor acusado,


conforme dispõe o art. 234 do Estatuto, são asseguradas passagens e
diárias nos casos de atos processuais serem praticados fora do
território da RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento Econômico
do Distrito Federal e Entorno).

De acordo com o art. 230, não poderá participar de


comissão processante, o servidor que o acusado for pessoa de sua
família, seu padrasto, madrasta, enteado ou parente, na forma da lei
civil, bem como o seguinte:

§ 1º Também não pode participar de comissão processante o

servidor que:

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I – seja amigo íntimo ou inimigo capital, credor ou devedor,

tutor ou curador do servidor acusado;

II – seja testemunha ou perito no processo disciplinar;

III – tenha sido autor de representação objeto da apuração;

IV – tenha atuado em sindicância, auditoria ou investigação da

qual resultou a sindicância ou o processo disciplinar;

V – atue ou tenha atuado como procurador do servidor

acusado;

VI – tenha interesse em decisão administrativa a ser tomada

pelo servidor acusado;

VII – tenha interesse no assunto que resultou na instauração

da sindicância ou do processo disciplinar;

VIII – esteja litigando, judicial ou administrativamente, com o

servidor sindicado, acusado ou indiciado, ou com o respectivo

cônjuge ou companheiro;

IX – responda a sindicância ou processo disciplinar;

X – tenha sido punido por qualquer infração disciplinar,

ressalvado o disposto no art. 201;

XI – seja cônjuge, companheiro, padrasto, madrasta, enteado

ou parente, na forma da lei civil, de outro membro da mesma

comissão processante.

Da Sindicância

Há três hipótese de sindicância no âmbito do Estatuto,


sendo: (i) sindicância investigatória; (ii) sindicância punitiva; e, (iii)
sindicância patrimonial.

Com efeito, dispõe o art. 214 que a sindicância é o


procedimento investigativo destinado a: (i) identificar a autoria de
infração disciplinar, quando desconhecida; (ii) apurar a materialidade
de infração disciplinar sobre a qual haja apenas indícios ou que tenha
sido apenas noticiada. Seu prazo de conclusão é de até trinta
dias, prorrogável por igual período, a critério da autoridade
competente.

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Da sindicância poderá resultar em: (i) arquivamento do


processo; (ii) instauração de processo disciplinar; (iii) aplicação de
sanção de advertência ou suspensão de até trinta dias.

Conforme prevê o § 1º do art. 214, uma vez


constatado que a infração classifica-se como leve ou média do grupo
I, a comissão de sindicância deve citar o servidor acusado para
acompanhar o prosseguimento da apuração nos mesmos autos,
transformando-se a sindicância investigatória em punitiva.

Neste caso, ou seja, no âmbito da sindicância


punitiva, aplica-se, a partir da citação, as normas do processo
disciplinar, incluídas as garantias ao contraditório e à ampla defesa e
as normas relativas à comissão processante (§2º do art. 214).

A sindicância patrimonial, por outro lado, será


instaurada quando houver fundados indícios de enriquecimento ilícito
de servidor ou de evolução patrimonial incompatível com a
remuneração ou subsídio por ele percebido, conforme o seguinte:

Art. 216. Diante de fundados indícios de enriquecimento ilícito

de servidor ou de evolução patrimonial incompatível com a

remuneração ou subsídio por ele percebido, pode ser

determinada a instauração de sindicância patrimonial.

§ 1º São competentes para determinar a instauração de

sindicância patrimonial:

I – o Presidente da Câmara Legislativa ou do Tribunal de

Contas, nos respectivos órgãos;

II – o Governador ou o titular do órgão central de sistema de

correição, no Poder Executivo.

§ 2º A sindicância patrimonial constitui-se de procedimento

sigiloso com caráter exclusivamente investigativo.

§ 3º O procedimento de sindicância patrimonial é conduzido

por comissão composta por três servidores estáveis.

§ 4º O prazo para conclusão do procedimento de sindicância

patrimonial é de trinta dias, prorrogável por igual período.

§ 5º Concluídos os trabalhos da sindicância patrimonial, a

comissão responsável por sua condução deve elaborar

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relatório sobre os fatos apurados, concluindo pelo

arquivamento ou pela instauração de processo disciplinar.

Do Processo Disciplinar

De acordo com o art. 217 do Estatuto, o processo


disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade do
servidor por infração disciplinar, e terá prazo para conclusão de até
sessenta dias, prorrogável por igual período.

O processo disciplinar está sujeito aos princípios da


legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência,
interesse público, contraditório, ampla defesa, proporcionalidade,
razoabilidade, motivação, segurança
jurídica, informalismo moderado, justiça, verdade material e
indisponibilidade, conforme o seguinte:

Art. 219. O processo disciplinar obedece aos princípios da

legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade,

eficiência, interesse público, contraditório, ampla defesa,

proporcionalidade, razoabilidade, motivação, segurança

jurídica, informalismo moderado, justiça, verdade material e

indisponibilidade.

§ 1º Os atos do processo disciplinar não dependem de forma

determinada senão quando a lei expressamente o exigir,

reputando-se válidos os que, realizados de outro modo,

preencham sua finalidade essencial.

§ 2º É permitida:

I – a notificação ou a intimação do servidor acusado ou

indiciado ou de seu procurador em audiência;

II – a comunicação, via postal, entre a comissão processante e

o servidor acusado ou indiciado;

III – a utilização de meio eletrônico, se confirmado o

recebimento pelo destinatário ou mediante certificação digital,

para:

a) a entrega de petição à comissão processante, salvo a

defesa escrita prevista no art. 245, desde que o meio utilizado

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pelo remetente seja previamente cadastrado na comissão

processante;

b) a notificação ou a intimação sobre atos do processo

disciplinar, salvo os previstos nos arts. 243 e 245, desde que o

meio eletrônico tenha sido previamente cadastrado pelo

servidor acusado ou indiciado na comissão processante.

§ 3º Se a comissão notificar ou intimar o servidor por meio

eletrônico, deve, sempre que possível, avisá-lo por meio

telefônico de que a comunicação foi enviada.

§ 4º O uso dos meios permitidos nos §§ 2º e 3º deve ser

certificado nos autos, juntando-se cópia das correspondências

recebidas ou enviadas.

§ 5º Não é causa de nulidade do ato processual a ausência:

I – do servidor acusado ou de seu procurador na oitiva de

testemunha, quando o servidor tenha sido previamente

notificado;

II – do procurador no interrogatório do servidor acusado.

Dispõe o art. 220 que os autos do processo disciplinar,


as reuniões da comissão e os atos processuais têm caráter reservado,
não podendo ser retirados da repartição onde se encontram, sendo,
no entanto, lícito o fornecimento de cópia de peças ao servidor ou ao
seu procurador, observado o disposto no art. 168, §§ 2º e 3º, que
assim estabelece:

Art. 168. É assegurado ao servidor o direito de petição junto

aos órgãos públicos onde exerce suas atribuições ou junto

àqueles em que tenha interesse funcional.

§ 1º O direito de petição compreende a apresentação de

requerimento, pedido de reconsideração, recurso ou qualquer

outra manifestação necessária à defesa de direito ou interesse

legítimo ou à ampla defesa e ao contraditório do próprio

servidor ou de pessoa da sua família.

§ 2º Para o exercício do direito de petição, é assegurada:

I – vista do processo ou do documento, na repartição, ao

servidor ou a procurador por ele constituído;

II – cópia de documento ou de peça processual, observadas as

normas daqueles classificados com grau de sigilo.

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§ 3º A cópia de documento ou de peça processual pode ser

fornecida em meio eletrônico.

É vedado conceder ao servidor, desde a instauração do


processo disciplinar até a conclusão do prazo para defesa escrita,
gozo de férias, licenças ou afastamentos voluntários, exoneração a
pedido ou aposentadoria voluntária, salvo quando autorizado pela
autoridade instauradora (art. 221).

Vale lembrar, ademais, que, nos termos do art. 218, os


autos da sindicância, se houver, são apensados aos do processo
disciplinar, como peça informativa da instrução.

Do afastamento preventivo

Como medida cautelar e a fim de que o servidor não


venha a influir na apuração da infração disciplinar, a autoridade
instauradora do processo disciplinar pode determinar o seu
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta dias,
sem prejuízo da remuneração (art. 222), ou, em substituição a este,
determinar que o servidor tenha exercício provisório em outra
unidade administrativa do mesmo órgão, autarquia ou fundação de
sua lotação (art. 223).

Com efeito, o afastamento preventivo pode ser


prorrogado por igual prazo, findo o qual cessam os seus efeitos,
ainda que não concluído o processo disciplinar ou cessar por
determinação da autoridade competente.

De todo modo, o servidor afastado não pode


comparecer à repartição de onde foi afastado, exceto quanto
autorizado pela autoridade competente ou pela comissão
processante, ou salvo motivo de caso fortuito ou força maior.

Da ampla defesa e do contraditório

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No processo disciplinar é sempre assegurado ao


acusado o direito ao contraditório e à ampla defesa, devendo o
servidor acusado ser:

(i) citado sobre a instauração de processo disciplinar contra


sua pessoa;
(ii) intimado ou notificado dos atos processuais;
(iii) intimado, pessoalmente, para apresentação de defesa
escrita, na forma do art. 245;
(iv) intimado da decisão proferida em sindicância ou
processo disciplinar, sem suspensão dos efeitos decorrentes
da publicação no DODF.

Contudo, ser o servidor acusado estiver preso, ap-


licase o seguinte:

Art. 228. Estando preso o servidor acusado, aplica-se o

seguinte:

I – a citação inicial e a intimação para defesa escrita são

promovidas onde ele estiver recolhido;

II – o acompanhamento do processo disciplinar é promovido

por procurador por ele designado ou, na ausência, por

defensor dativo;

III – o interrogatório é realizado em local apropriado, na forma

previamente acordada com a autoridade competente.

As intimações de atos processuais devem ser feitas


com antecedência mínima de três dias da data de comparecimento.

Nos termos do art. 226 do Estatuto, é facultado ao


servidor o seguinte:

(i) Arguir a incompetência, o impedimento ou a suspeição da


autoridade instauradora ou julgadora da sindicância ou
processo disciplinar ou de qualquer membro da comissão
processante;
(ii) Constituir procurador;

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(iii) Acompanhar depoimento de testemunha, pessoalmente


ou por seu procurador;
(iv) Arrolar testemunha;
(v) Reinquirir testemunha, por intermédio do presidente da
comissão processante;
(vi) Contraditar testemunha;
(vii) Produzir provas e contraprovas;
(viii) Formular quesitos, no caso de prova pericial;
(ix) Ter acesso às peças dos autos, observadas as regras de
sigilo;
(x) Apresentar pedido de reconsideração, recurso ou revisão
do julgamento.

A arguição de incompetência ou de suspeição deve ser


resolvida pela autoridade imediatamente superior, ou pelo substituto
legal, se exaurida a via hierárquica, quando a alegação for referente
à autoridade instauradora, ou resolvida pela autoridade que instaurou
o processo disciplinar no caso de alegação quanto aos membros da
comissão.

É do servidor acusado o custo de perícias ou exames


por ele requeridos, se não houver técnico habilitado nos quadros da
administração pública distrital.

Do incidente de sanidade mental

De acordo com o art. 227, quando houver dúvida sobre


a sanidade mental do servidor acusado, a comissão processante deve
propor à autoridade competente que ele seja submetido a exame por
junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico
psiquiatra.

O incidente de sanidade mental deve ser processado


em autos apartados e apenso ao processo principal, após a expedição
do laudo pericial.

FASES PROCESSUAIS

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O processo disciplinar observará as seguintes


fases:

 Instauração;
 Instrução;
 Defesa;
 Relatório;
 Julgamento.

Da instauração

O processo disciplinar é instaurado pela autoridade


competente, devendo constar a indicação da autoria, com nome,
matrícula e cargo do servidor e a materialidade da infração
disciplinar. Deverá o ato ser publicado no DODF, no qual constará:

 A comissão processante;
 E o número do processo que contém as informações
da autoria e materialidade da infração.

Após a instauração deverá ser citado o servidor


acusado para, se quiser, acompanhar o processo pessoalmente ou
por intermédio de procurador, observando o seguinte:

Art. 238.

§ 1º A citação deve ser acompanhada de cópia, eletrônica ou

em papel, das peças processuais previstas no art. 237 e conter

número do telefone, meio eletrônico para comunicação,

endereço, horário e dias de funcionamento da comissão

processante.

§ 2º O servidor acusado que mudar de residência fica obrigado

a comunicar à comissão processante o lugar onde pode ser

encontrado.

§ 3º Estando o servidor acusado em local incerto ou não

sabido, a citação de que trata este artigo é feita por edital

publicado no Diário Oficial do Distrito Federal e em jornal de

grande circulação no Distrito Federal.

§ 4º Se, no prazo de quinze dias contados da publicação de

que trata o § 3º, o servidor acusado não se apresentar à

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comissão processante, a autoridade instauradora deve

designar defensor dativo, para acompanhar o processo

disciplinar enquanto o servidor acusado não se apresentar.

Da instrução

A instrução é fase na qual se procede a tomada de


depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis,
objetivando a coleta de prova, e, se necessário, recorrer a técnicos e
peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos,
conforme o seguinte:

Art. 239. Na fase da instrução, a comissão processante deve

promover tomada de depoimentos, acareações, investigações

e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,

recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo

a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 240. Para a produção de provas, a comissão processante

pode, de ofício ou a requerimento do servidor acusado:

I – tomar depoimentos de testemunhas;

II – fazer acareações;

III – colher provas documentais;

IV – colher provas emprestadas de processos administrativos

ou judiciais;

V – proceder à reconstituição simulada dos fatos, desde que

não ofenda a moral ou os bons costumes;

VI – solicitar, por intermédio da autoridade competente:

a) realização de buscas e apreensões;

b) informações à Fazenda Pública, na forma autorizada na

legislação;

c) quebra do sigilo bancário ou telefônico;

d) acesso aos relatórios de uso feito pelo servidor acusado em

sistema informatizado ou a atos que ele tenha praticado;

e) exame de sanidade mental do servidor acusado ou

indiciado;

VII – determinar a realização de perícias;

VIII – proceder ao interrogatório do servidor acusado.

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§ 1º O presidente da comissão processante, por despacho

fundamentado, pode indeferir:

I – pedidos considerados impertinentes, meramente

protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento

dos fatos;

II – pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato

independer de conhecimento especial.

§ 2º São classificados como confidenciais, identificados pela

comissão processante e autuados em autos apartados, os

documentos:

I – de caráter sigiloso requeridos pela comissão processante

ou a ela entregues pelo servidor acusado ou indiciado;

II – sobre a situação econômica, financeira ou patrimonial do

servidor acusado ou indiciado;

III – sobre as fontes de renda do servidor acusado ou

indiciado;

IV – sobre os relacionamentos pessoais do servidor acusado

ou indiciado.

§ 3º Os documentos de que trata o § 2º são de acesso

restrito:

I – aos membros da comissão processante;

II – ao servidor acusado ou ao seu procurador;

III – aos agentes públicos que devam atuar no processo.

§ 4º Os documentos em idioma estrangeiro trazidos aos autos

pela comissão processante devem ser traduzidos para a língua

portuguesa, dispensada a tradução juramentada, se não

houver controvérsia relevante para o julgamento da infração

disciplinar.

Nos termos do art. 241 e 242 do Estatuto, mediante


mandado poderá ser intimada testemunha para depor, sendo que seu
depoimento será feito oralmente, sob compromisso, e reduzido a
termo, não sendo lícito trazê-lo por escrito, observando, ademais, o
seguinte:

Art. 241. As testemunhas são intimadas a depor mediante

mandado expedido pelo presidente da comissão processante,

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devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser

anexada aos autos.

§ 1º Se a testemunha for servidor público, a expedição do

mandado deve ser comunicada ao chefe da repartição onde

tem exercício, com a indicação do dia e da hora marcados

para inquirição.

§ 2º A ausência injustificada de servidor público devidamente

intimado como testemunha deve ser comunicada à autoridade

competente, para apuração de responsabilidade.

Art. 242. O depoimento de testemunha é feito oralmente, sob

compromisso, e reduzido a termo, não sendo lícito à

testemunha trazê-lo por escrito.

§ 1º As testemunhas são inquiridas separadamente.

§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se

infirmem, pode-se proceder à acareação entre os depoentes.

§ 3º O servidor acusado, seu procurador ou ambos podem

assistir à inquirição das testemunhas, sendo-lhes:

I – vedado interferir nas perguntas e nas respostas;

II – facultado reinquiri-las, por intermédio do presidente da

comissão processante.

Finalizada a inquirição de testemunhas e a coleta das


demais provas, haverá o interrogatório do acusado, conforme o
seguinte:

Art. 243. Concluída a inquirição das testemunhas e a coleta

das demais provas, a comissão processante deve promover o

interrogatório do servidor acusado, observados os

procedimentos previstos nos arts. 241 e 242.

§ 1º No caso de mais de um servidor acusado, o interrogatório

é feito em separado e, havendo divergência entre suas

declarações sobre fatos ou circunstâncias, pode ser promovida

a acareação entre eles.

§ 2º O não comparecimento do servidor acusado ao

interrogatório ou a sua recusa em ser interrogado não obsta o

prosseguimento do processo, nem é causa de nulidade.

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§ 3º O procurador do servidor acusado pode assistir ao

interrogatório, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e nas

respostas,facultando-se-lhe, porém, propor perguntas, por

intermédio do presidente da comissão processante, após a

inquirição oficial.

Então, encerrada a instrução e tipificada a infração


disciplinar, deve ser formulada a indiciação do servidor, com a
especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas,
conforme art. 244 do Estatuto, salvo motivo que leve ao
arquivamento dos autos, quando a comissão deverá elaborar relatório
nesse sentido.

É que não caberá a indiciação do servidor se, com as


provas colhidas, ficar comprovado que : (i) não houve a infração
disciplinar; (ii) o servidor acusado não foi o autor da infração
disciplinar; (iii) a punibilidade esteja extinta.

Da defesa

O indiciado será intimado pessoalmente para


apresentar defesa, em regra, no prazo 10 dias, salvo a existência de
mais de um indiciado (prazo comum de 20 dias) ou prorrogação do
prazo, conforme o seguinte:

Art. 250. O prazo para apresentar defesa escrita é de dez dias.

§ 1º Havendo dois ou mais servidores indiciados, o prazo é

comum e de vinte dias.

§ 2º O prazo de defesa pode ser prorrogado pelo dobro, para

diligências reputadas indispensáveis.

O mandado será expedido pelo presidente da comissão


processante e, mesmo que tenha sido citado inicial para acompanhar
o processo (art. 238, §1º), será obrigatório este ato, de acordo com o
art. 245 que assim dispõe:

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Art. 245. O servidor, uma vez indiciado, deve ser intimado

pessoalmente por mandado expedido pelo presidente da

comissão processante para apresentar defesa escrita, no prazo

do art. 250.

§ 1º A citação de que trata o art. 238, § 1º, não exclui o

cumprimento do disposto neste artigo.

§ 2º No caso de recusa do servidor indiciado em apor o ciente

na cópia da intimação, o prazo para defesa conta-se da data

declarada, em termo próprio, pelo membro ou secretário da

comissão processante que fez a intimação, com a assinatura

de duas testemunhas.

Com a intimação para apresentar a defesa escrita, deve


ser apresentada ao servidor acusado cópia da indiciação, conforme
determinada o art. 247 da LC nº 840/11.

Poderá, no entanto, o servidor indiciado ser intimado


por hora certa ou por edital.

Será intimado por hora certa quando, nos termos do


art. 246, por duas vezes, o membro ou o secretário da comissão
processante houver procurado o servidor indiciado, em seu domicílio,
residência, ou repartição de exercício, sem o encontrar, deve,
havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família
ou, em sua falta, a qualquer vizinho, que voltará em dia e hora
designados, a fim de efetuar a intimação, observando o seguinte:

Art. 246.

§ 1º No dia e hora designados, o membro ou o secretário da

comissão processante deve comparecer ao domicílio ou à

residência do servidor indiciado, a fim de intimá-lo.

§ 2º Se o servidor indiciado não estiver presente, o membro

ou o secretário da comissão processante deve:

I – informar-se das razões da ausência e dar por feita a

citação, lavrando de tudo a respectiva certidão;

II – deixar cópia do mandado de intimação com pessoa da

família do servidor indiciado ou com qualquer vizinho,

conforme o caso, declarando-lhe o nome.

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E ocorrerá a intimação por edital quando o servidor


indiciado que se encontrar em lugar incerto e não sabido deve ser
intimado por edital para apresentar defesa (art. 248).

Art. 248. O servidor indiciado que se encontrar em lugar

incerto e não sabido deve ser intimado por edital para

apresentar defesa.

§ 1º O edital de citação deve ser publicado no Diário Oficial do

Distrito Federal e em jornal de grande circulação no Distrito

Federal.

§ 2º Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa é de quinze

dias, contados da última publicação do edital.

Na hipótese de o servidor indiciado não apresentar


defesa no prazo legal será considerado revel, que será declarada em
termo subscrito pela comissão, devendo a autoridade instauradora
designar servidor estável, ocupante de cargo de nível igual ou
superior ao do indiciado, preferencialmente com formação em Direito,
como defensor dativo, nos seguintes termos:

Art. 249. Considera-se revel o servidor indiciado que,

regularmente intimado, não apresentar defesa no prazo legal.

§ 1º A revelia deve ser declarada em termo subscrito pelos

integrantes da comissão processante nos autos do processo

disciplinar.

§ 2º Para defender o servidor revel, a autoridade instauradora

do processo deve designar um servidor estável como defensor

dativo, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do

servidor indiciado, preferencialmente com formação em

Direito.

E, finalmente, cumpridas eventuais diligências


requeridas na defesa escrita, a comissão processante deve declarar
encerradas as fases de instrução e defesa, de modo que poderá a
comissão alterar a indiciação formalizada ou propor a absolvição do
servidor acusado em função dos fatos havidos das diligências
realizadas.

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Do relatório

O relatório é a conclusão da comissão processante.


Assim, uma vez concluída a instrução e apresentada a defesa, a
comissão processante deve elaborar relatório circunstanciado, do qual
constem todos os dados sobre a instauração do processo, o resumo
das principais peças e provas coligidas, a fundamentação jurídica de
sua convicção, a conclusão quanto à responsabilização do acusado, e
a indicação da sanção a ser aplicada, conforme o seguinte:

Art. 252. Concluída a instrução e apresentada a defesa, a

comissão processante deve elaborar relatório circunstanciado,

do qual constem:

I – as informações sobre a instauração do processo;

II – o resumo das peças principais dos autos, com

especificação objetiva dos fatos apurados, das provas colhidas

e dos fundamentos jurídicos de sua convicção;

III – a conclusão sobre a inocência ou responsabilidade do

servidor indiciado, com a indicação do dispositivo legal ou

regulamentar infringido, bem como as circunstâncias

agravantes ou atenuantes;

IV – a indicação da sanção a ser aplicada e do dispositivo

desta Lei Complementar em que ela se encontra.

Os autos, com o respectivo relatório, deverão ser


encaminhados para a autoridade instauradora para julgamento que,
quando houver sido apontado indício de infração penal, deverá
encaminhar cópia dos autos ao Ministério Público.

Art. 253. A comissão processante deve remeter à autoridade

instauradora os autos do processo disciplinar, com o

respectivo relatório.

Art. 254. Na hipótese de o relatório concluir que a infração

disciplinar apresenta indícios de infração penal, a autoridade

competente deve encaminhar cópia dos autos ao Ministério

Público.

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Do julgamento

A competência para julgamento do processo disciplinar


deve observar a sanção disciplinar, a subordinação hierárquica ou a
vinculação administrativa, conforme art. 255 que assim dispõe:

Art. 255. Salvo disposição legal em contrário, o julgamento do

processo disciplinar e a aplicação da sanção disciplinar,

observada a subordinação hierárquica ou a vinculação do

servidor, são da competência:

I – no Poder Legislativo, do Presidente da Câmara Legislativa

ou do Tribunal de Contas;

II – no Poder Executivo:

a) do Governador, quando se tratar de demissão, destituição

de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou

disponibilidade;

b) de Secretário de Estado ou autoridade equivalente, quando

se tratar de suspensão superior a trinta dias ou, ressalvado o

disposto na alínea a, das demais sanções a servidor que a ele

esteja imediatamente subordinado;

c) de administrador regional, dirigente de órgão relativamente

autônomo, subsecretário, diretor regional ou autoridade

equivalente a que o servidor esteja mediata ou imediatamente

subordinado, quando se tratar de sanção não compreendida

nas alíneas a e b.

§ 1º No caso de servidor de autarquia ou fundação do Poder

Executivo, o julgamento do processo disciplinar e a aplicação

da sanção disciplinar são da competência:

I – do Governador, quando se tratar de demissão, destituição

de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou

disponibilidade;

II – do respectivo dirigente máximo, quanto se tratar de

sanção disciplinar não compreendida no inciso I deste

parágrafo.

§ 2º No caso de servidor de conselho ou outro órgão de

deliberação coletiva instituído no Poder Executivo, o

julgamento do processo disciplinar e a aplicação da sanção

disciplinar são da competência:

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I – do Governador, quando se tratar de demissão, destituição

de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou

disponibilidade;

II – de Secretário de Estado ou autoridade equivalente a cuja

Secretaria de Estado o conselho ou o órgão esteja vinculado,

quando se tratar de suspensão;

III – do respectivo presidente, quando se tratar de

advertência.

§ 3º A competência para julgar o processo disciplinar regula-

se pela subordinação hierárquica existente na data do

julgamento.

§ 4º Da decisão que aplicar sanção de advertência ou

suspensão cabe recurso hierárquico, na forma do art. 171,

vedado o agravamento da sanção.

A autoridade competente terá o prazo de vinte dias


para proferir a decisão, de forma motivada, com base nas provas dos
autos. Contudo, caso seja necessário a autoridade poderá requerer
novas provas ou converter o julgamento em diligência, conforme o
seguinte:

Art. 256. No prazo de vinte dias, contados do recebimento dos

autos do processo disciplinar, a autoridade competente deve

proferir sua decisão.

§ 1º Se a sanção a ser aplicada exceder a alçada da

autoridade instauradora do processo disciplinar, este deve ser

encaminhado à autoridade competente para decidir no mesmo

prazo deste artigo.

§ 2º Havendo mais de um servidor indiciado e diversidade de

sanções propostas no relatório da comissão processante, o

julgamento e a aplicação das sanções cabe à autoridade

competente para a imposição da sanção mais grave.

§ 3º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do

processo, observada a prescrição.

§ 4º A autoridade que der causa à prescrição de que trata o

art. 208 pode ser responsabilizada na forma do Capítulo I do

Título VI.

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Art. 257. A autoridade julgadora deve decidir, motivadamente,

conforme as provas dos autos.

§ 1º A autoridade julgadora pode converter o julgamento em

diligência para repetição de atos processuais ou coleta de

novas provas, caso seja necessário para a elucidação completa

dos fatos.

[...]

§ 3º A autoridade competente para aplicar a sanção disciplinar

mais grave é também competente para aplicar sanção

disciplinar mais branda ou isentar o servidor de

responsabilidade, nas hipóteses previstas no § 2º.

No âmbito do julgamento, se a autoridade julgadora


verificar a existência de insanável deverá declarar a nulidade total ou
parcial do processo disciplinar e ordenar, conforme o caso:

 A realização de diligência;
 A reabertura da instrução processual;
 A constituição de outra comissão processante, para
instauração de novo processo.

Com efeito, vige o princípio da pas de nullité sans grief,


ou seja, não há nulidade se não houver prejuízo. Por isso, nenhum
ato é declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a
apuração dos fatos, para a defesa ou para a conclusão do processo.
Assim como os atos não contaminados pelo vício devem ser
reaproveitados e os que o acusado ou indiciado tenha dado causa não
obsta o julgamento do processo.

Todavia, poderá haver a autoridade julgadora entender


que suas conclusões divergem do relatório da comissão processante,
de modo que poderá agravar a sanção disciplinar proposta, abrandála
ou isentar o servidor de responsabilidade (art. 257, §2º).

Ademais, caso discorde da proposta de absolvição ou


da inocência do servidor acusado não anteriormente indiciado, deverá
designar nova comissão processante para elaborar a indiciação e
praticar os demais atos processuais posteriores.

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Enfim, o ato de julgamento do processo disciplinar deve


mencionar sempre o fundamento legal para imposição da penalidade,
indicar a causa da sanção disciplinar e ser publicado no Diário Oficial
do Distrito Federal.

Da revisão do processo

De acordo com o art. 259, o processo disciplinar pode


ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando forem
aduzidos fatos novos ou circunstâncias não apreciadas no processo
originário, suscetíveis de justificar a inocência do servidor punido ou a
inadequação da sanção disciplinar aplicada, observado o disposto no
art. 175, II, e o seguinte:

Art. 259.

§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do

servidor, qualquer pessoa da família pode requerer a revisão

do processo.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão

pode ser requerida pelo respectivo curador.

§ 3º A simples alegação de injustiça da sanção disciplinar

aplicada não constitui fundamento para a revisão.

§ 4º Não é admitido pedido de revisão quando a perda do

cargo público ou a cassação de aposentadoria decorrer de

decisão judicial.

Art. 260. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao

requerente.

Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente deve pedir dia

e hora para produção de provas e inquirição das testemunhas

que arrolar.

Art. 261. O requerimento de revisão do processo deve ser

dirigido, conforme o caso, à autoridade administrativa que

julgou, originariamente, o processo disciplinar.

§ 1º Autorizada a revisão, o pedido deve ser encaminhado ao

dirigente do órgão, autarquia ou fundação onde se originou o

processo disciplinar, para providenciar a constituição de

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comissão revisora, observadas, no que couber, as disposições

dos arts. 229 a 234.

§ 2º Não pode integrar a comissão revisora o servidor que

tenha atuado na sindicância ou no processo disciplinar cujo

julgamento se pretenda revisar.

A comissão revisora tem o prazo de sessenta dias para


a conclusão dos trabalhos, e a revisão corre em apenso ao processo
originário, aplicando-se no que couber, as normas sobre o processo
disciplinar.

Art. 264. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no

que couber, as normas e procedimentos do Capítulo V.

Art. 265. A competência para julgamento do pedido de revisão

é da autoridade administrativa que aplicou, originariamente, a

sanção disciplinar.

Parágrafo único. O prazo para julgamento é de vinte dias,

contados do recebimento dos autos do processo disciplinar,

durante o qual a autoridade julgadora pode determinar

diligências.

Art. 266. Julgada procedente a revisão, será declarada sem

efeito a penalidade aplicada.

§ 1º Se a conclusão sobre o pedido de revisão for pela

inocência do servidor punido, deve ser declarada sem efeito a

sanção disciplinar aplicada, restabelecendo-se todos os

direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo

em comissão, que deve ser convertida em exoneração.

§ 2º Se a conclusão sobre o pedido de revisão for pela

inadequação da sanção disciplinar aplicada, deve-se proceder

à nova adequação, restabelecendo-se todos os direitos do

servidor naquilo que a sanção disciplinar aplicada tenha

excedido.

É importante destacar que da revisão do processo não


pode resultar agravamento de sanção disciplinar (art. 267).

Do direito de petição

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Conforme art. 168 do Estatuto, é assegurado ao


servidor o direito de petição junto aos órgãos públicos onde exerce
suas atribuições ou junto àqueles em que tenha interesse funcional.

O direito de petição compreende a apresentação de


requerimento, pedido de reconsideração, recurso ou qualquer outra
manifestação necessária à defesa de direito ou interesse legítimo ou
à ampla defesa e ao contraditório do próprio servidor ou de pessoa da
sua família, sendo assegurado:

 Vista do processo ou do documento, na repartição, ao


servidor ou a procurador por ele constituído;
 Cópia de documento ou de peça processual,
observadas as normas daqueles classificados com
grau de sigilo, podendo ser fornecida em meio
eletrônico.

O pedido de reconsideração é cabível quando a


autoridade competente houver expedido o ato ou proferido a primeira
decisão, não podendo ser renovado.

Nos termos do art. 171, caberá recurso do


indeferimento do requerimento, desde que não tenha sido interposto
pedido de reconsideração ou da decisão sobre pedido de
reconsideração ou de outro recurso interposto.

O recurso deverá ser dirigido à autoridade


imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a
decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais
autoridades, que lhe poderá conferir efeito suspensivo, nos seguintes
termos:

Art. 169. O requerimento, o pedido de reconsideração ou o

recurso é dirigido à autoridade competente para decidi-lo.

Parágrafo único. A autoridade competente, desde que

fundamente sua decisão, pode dar efeito suspensivo ao

recurso.

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Com efeito, nos termos do art. 172 do Estatuto, é de


trinta dias o prazo para interposição de pedido de reconsideração ou
de recurso, contados da publicação ou da ciência pelo interessado da
decisão impugnada, que deverá ser despachado em cinco dias e
decidido dentro de trinta dias, conforme o seguinte:

Art. 173. O requerimento, o pedido de reconsideração ou o

recurso de que tratam os arts. 168 a 172 deve ser despachado

no prazo de cinco dias e decidido dentro de trinta dias,

contados da data de seu protocolo.

Art. 174. Em caso de provimento do pedido de reconsideração

ou do recurso, os efeitos da decisão retroagem à data do ato

impugnado.

O direito de requerer, de acordo com o art. 175 da LC


nº 840/11, prescreve em:

 Cinco anos, quanto aos atos de demissão, de


cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou de
destituição do cargo em comissão, bem como quanto
ao interesse patrimonial ou créditos resultantes das
relações de trabalho;
 Cento e vinte dias, nos demais casos, salvo
disposição legal em contrário.

O prazo de prescrição é contado da data da publicação


do ato impugnado, da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado, ou do trânsito em julgado da decisão judicial.

É relevante dizer que a prescrição é de ordem pública,


não podendo ser relevada pela administração pública.

Ademais, estabelece o art. 176 que o pedido de


reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a
prescrição.

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E, de acordo com o art. 178, que reconheceu o


princípio da autotutela, a administração pública deve rever seus atos,
a qualquer tempo, quando eivados de vícios que os tornem ilegais,
assegurado o contraditório e a ampla defesa.

Assim, os atos que apresentarem defeitos sanáveis


podem ser convalidados pela própria administração pública, desde
que não acarretem lesão ao interesse público, nem prejuízo a
terceiros.

Contudo, o direito de a administração pública anular os


atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para o
servidor decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo em caso de comprovada má-fé, observando o
seguinte:

Art. 178.

§ 3º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de

decadência é contado da percepção do primeiro pagamento.

§ 4º No caso de ato sujeito a registro pelo Tribunal de Contas

do Distrito Federal, o prazo de que trata o § 2º começa a ser

contado da data em que o processo respectivo lhe foi

encaminhado.

De todo modo, conforme o art. 179, os prazos são


fatais e improrrogáveis, salvo por motivo de força maior.

Dito isso, vamos às questões.

QUESTÕES COMENTADAS

1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) É infração


funcional grave, sem exceção, participar em gerência ou
administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, e exercer o comércio.

Comentário:

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De fato, nos termos do art. 193, inc. X, da LC nº


840/11, é infração grave, participar de gerência ou administração de
sociedade ou empresa privada, personificada ou não personificada.
Contudo, tal infração é excepcionada nos casos dos incisos a, b e c do
artigo, que assim prevê:

Art. 193. São infrações graves do grupo I:


X – participar de gerência ou administração de
sociedade ou empresa privada, personificada ou não
personificada, salvo:
a) nos casos previstos nesta Lei Complementar;
b) nos períodos de licença ou afastamento do
cargo sem remuneração, desde que não haja
proibição em sentido contrário, nem
incompatibilidade;
c) em instituições ou entidades beneficentes,
filantrópicas, de caráter social e humanitário e
sem fins lucrativos, quando compatíveis com a
jornada de trabalho.

Gabarito: Errado.

2. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/BA –


CESPE/2010) É infração grave do servidor retirar, sem prévia
anuência da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto da sua repartição.

Comentário:

De acordo com o art. 190, inc. II, da LC nº 840/11, é


infração leve retirar, sem prévia anuência da chefia imediata,
qualquer documento ou objeto da repartição;

Gabarito: Errado.

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3. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2013) O


servidor público que promove manifestação de apreço ou
desapreço no recinto da repartição comete infração funcional
leve.

Comentário:

De fato, nos termos do art. 190, inc. XII, o servidor que


promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição comete infração leve.

Gabarito: Certo.

4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ANALISTA DE SISTEMAS – CNJ


– CESPE/2013) São sanções disciplinares a advertência, a
suspensão e a destituição de cargo em comissão.

Comentário:

De fato, a advertência, a suspensão e a destituição de


cargo em comissão são sanções disciplinares, consoante prevê o art.
195 do Estatuto, que assim dispõe:

Art. 195. São sanções disciplinares:


I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
V – destituição do cargo em comissão.

Gabarito: Certo.

5. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) Uma


das hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a
reincidência em faltas punidas com a pena de advertência.

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Comentário:

A sanção de advertência é aplicada por infração


disciplinar leve. No entanto, quando há reincidência em tais faltas
será aplicada a suspensão, conforme o seguinte:

Art. 200. A suspensão é a sanção por infração disciplinar


média pela qual se impõe ao servidor o afastamento
compulsório do exercício do cargo efetivo, com perda da
remuneração ou subsídio dos dias em que estiver
afastado.
§ 1 º A suspensão não pode ser:
I – superior a trinta dias, no caso de infração disciplinar
média do grupo I;
II – superior a noventa dias, no caso de infração
disciplinar média do grupo II.
§ 2º Aplica-se a suspensão de até:
I – trinta dias, quando o servidor incorrer em
reincidência por infração disciplinar leve;
II – noventa dias, quando o servidor incorrer em
reincidência por infração disciplina média do grupo I.

Gabarito: Certo.

6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013)


Uma vez aplicadas ao servidor faltoso, as penalidades de
advertência e de suspensão ficarão permanentemente
registradas em seu assentamento funcional.

Comentário:

De acordo com o art. 201 do Estatuto, a advertência e


a suspensão têm seus registros cancelados, após o decurso de três e
cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar, igual ou
diversa da anteriormente cometida.

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Gabarito: Errado.

7. (ANALISTA DE TI – FUB – CESPE/2011) A conversão da


penalidade de suspensão em multa, na base de 50% por dia
de vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na hipótese
de o servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e
quando houver conveniência para a prestação do serviço.

Comentário:

De fato, quando houver conveniência para o serviço, a


penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de
50% (cinquenta por cento) do valor diária da remuneração ou
subsídio, ficando o servidor obrigado a cumprir integralmente a
jornada de trabalho, conforme o seguinte:

Art. 200.
§ 3º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade
de suspensão pode ser convertida em multa, observado o
seguinte:
I – a multa é de cinquenta por cento do valor diário da
remuneração ou subsídio, por dia de suspensão;
II – o servidor fica obrigado a cumprir integralmente a jornada
de trabalho a que está submetido.

Gabarito: Certo.

8. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013)


Havendo conveniência para o serviço, a pena de suspensão
pode ser convertida em multa correspondente à metade por
dia do subsídio ou remuneração, ficando o servidor obrigado a
permanecer no desempenho de suas atribuições.

Comentário:

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Conforme art. 200, §3º, incs. I e II, da LC nº 840/11,


quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de
suspensão pode ser convertida em multa de cinquenta por cento do
valor diário da remuneração ou subsídio, por dia de suspensão, e o
servidor fica obrigado a cumprir integralmente a jornada de trabalho
a que está submetido.

Gabarito: Certo.

9. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) É cabível


a aplicação da pena de demissão ao servidor que receber
propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie.

Comentário:

De acordo com o art. 194, inc. III, é infração grave do


grupo II, exigir, solicitar, receber ou aceitar propina, gratificação,
comissão, presente ou auferir vantagem indevida de qualquer espécie
e sob qualquer pretexto.

Com efeito, estabelece o art. 202 da LC nº 840/11, que


a demissão é a sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual
se impõe ao servidor efetivo a perda do cargo público por ele
ocupado, podendo ser cominada com o impedimento de nova
investidura em cargo público.

Gabarito: Certo.

10. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) É


cabível aplicação de pena de demissão a servidor que atue de
forma desidiosa, isto é, que apresente conduta negligente de
maneira reiterada.

Comentário:

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Impõe o art. 202 da LC nº 840/11, que a demissão é a


sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual se impõe ao
servidor efetivo a perda do cargo público por ele ocupado, podendo
ser cominada com o impedimento de nova investidura em cargo
público.

Assim, de acordo com art. 193, inc. III, é infração


grave do grupo I, proceder de forma desidiosa, incorrendo
repetidamente em descumprimento de vários deveres e atribuições
funcionais.

Gabarito: Certo.

11. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) O


servidor público federal demitido por lograr proveito pessoal,
em detrimento da dignidade da função pública, ficará
impedido de ocupar novo cargo público por prazo
indeterminado.

Comentário:

De acordo com o art. 194, inc. IV, do RJU, é infração


grave do grupo II, valer-se do cargo para obter proveito indevido
para si ou para outrem, em detrimento da dignidade da função
pública, passível de demissão, nos termos do art. 202.

Dispõe, assim, o art. 206, que a demissão, a cassação


de aposentadoria ou disponibilidade ou a destituição de cargo em
comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II, implica
a incompatibilização para nova investidura em cargo público do
Distrito Federal pelo prazo de dez anos, sem prejuízo de ação cível
ou penal e das demais medidas administrativas.

Gabarito: Errado.

12. (ANALISTA LEGISLATIVO – TÉCNICA LEGISLATIVA –

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CÂMARA – CESPE/2012) Ao servidor participante de gerência


ou administração de sociedade privada cabe, em qualquer
caso, a punição de demissão.

Comentário:

Então, a regra é que a participação de gerência ou


administração de sociedade ou empresa privada, constitui infração
grave do grupo I, passível, portanto, de demissão. No entanto, a Lei
aponta exceções, conforme o seguinte:

Art. 193. São infrações graves do grupo I:


X – participar de gerência ou administração de
sociedade ou empresa privada, personificada ou não
personificada, salvo:
a) nos casos previstos nesta Lei Complementar;
b) nos períodos de licença ou afastamento do
cargo sem remuneração, desde que não haja
proibição em sentido contrário, nem
incompatibilidade;
c) em instituições ou entidades beneficentes,
filantrópicas, de caráter social e humanitário e
sem fins lucrativos, quando compatíveis com a
jornada de trabalho.

Portanto, não caberá a demissão em todos os casos,


visto que há situações admitidas pela Lei.

Gabarito: Errado.

13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MT –


CESPE/2010) As sanções civis, penais e administrativas
podem cumular-se e são independentes entre si, razão pela
qual, ainda que haja absolvição criminal que negue a
existência do fato ou sua autoria, poderá restar configurada a
responsabilidade administrativa do servidor público.

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Comentário:

De acordo com o art. 181 e §1º do Estatuto, o servidor


responde penal, civil e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições, sendo as sanções civis, penais e administrativas
podem cumular-se, sendo independentes entre si.

Contudo, a responsabilidade administrativa do servidor


é afastada no caso de absolvição penal que negue a existência do
fato ou sua autoria, com decisão transitada em julgado (§2º).

Gabarito: Errado.

14. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN –


CESPE/2010) Afasta-se a responsabilidade penal do servidor
público que pratique fato previsto, na legislação, como
contravenção penal, dada a baixa lesividade da conduta,
subsistindo a responsabilidade civil e administrativa.

Comentário:

Dispõe o art. 182 do Estatuto que a responsabilidade


penal abrange crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa
qualidade.

Gabarito: Errado.

15. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN –


CESPE/2010) Considere que a autoridade competente de um
órgão público tome conhecimento da ocorrência de infração
disciplinar cometida por um ex-servidor que ocupava,
exclusivamente, cargo em comissão. Nessa situação, deve-se
proceder à instauração de processo disciplinar contra o
referido ex-servidor.

Comentário:

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Estabelece o art. 212 do Estatuto que a infração


disciplinar cometida por servidor é apurada mediante sindicância ou
processo disciplinar. Portanto, ainda que tenha sido exonerado, a
autoridade administrativa poderá determinar a abertura de
sindicância para apurar a responsabilidade do servidor.

Gabarito: Errado.

16. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013)


Considere que determinado técnico da Secretaria de Saúde
tenha cometido infração disciplinar e que seu chefe imediato
tenha dela tomado conhecimento no dia seguinte ao da prática
do ato. Nesse caso, deve o chefe do servidor promover a
apuração imediata da irregularidade, mediante sindicância ou
processo administrativo disciplinar.

Comentário:

De acordo com o art. 211 do Estatuto, diante de


indícios de infração disciplinar, ou diante de representação, a
autoridade administrativa competente deve determinar a instauração
de sindicância ou processo disciplinar para apurar os fatos e, se for o
caso, aplicar a sanção disciplinar.

Nesses termos, conforme §1º, são competentes para


instaurar sindicância ou processo disciplinar as autoridades definidas
no art. 255, em relação às infrações disciplinares ocorridas em seus
respectivos órgãos, autarquias ou fundações, independentemente da
sanção cominada, que assim dispõe:

Art. 255. Salvo disposição legal em contrário, o


julgamento do processo disciplinar e a aplicação da sanção
disciplinar, observada a subordinação hierárquica ou a
vinculação do servidor, são da competência:
I – no Poder Legislativo, do Presidente da Câmara Legislativa
ou do Tribunal de Contas;

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II – no Poder Executivo:
a) do Governador, quando se tratar de demissão, destituição
de cargo em comissão ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade;
b) de Secretário de Estado ou autoridade equivalente,
quando se tratar de suspensão superior a trinta dias ou,
ressalvado o disposto na alínea a, das demais sanções a
servidor que a ele esteja imediatamente subordinado;
c) de administrador regional, dirigente de órgão
relativamente autônomo, subsecretário, diretor regional ou
autoridade equivalente a que o servidor esteja mediata ou
imediatamente subordinado, quando se tratar de sanção não
compreendida nas alíneas a e b.

Vê-se, portanto, que a competência depende da


gravidade da infração para que possa chegar à autoridade
competente para determinar a abertura de sindicância ou processo
disciplinar.

Gabarito: Errado.

17. (ANALISTA PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O


servidor público deve informar as irregularidades de que tiver
conhecimento, em razão do cargo que ocupa, à sua autoridade
superior para a devida apuração.

Comentário:

De fato, é dever do servidor levar ao conhecimento da


autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento
desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para
apuração as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo,
conforme o seguinte:

Art. 180. São deveres do servidor:


I – exercer com zelo e dedicação suas atribuições;
II – manter-se atualizado nos conhecimentos exigidos para o

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exercício de suas atribuições;


III – agir com perícia, prudência e diligência no exercício de
suas atribuições;
IV – atualizar, quando solicitado, seus dados cadastrais;
V – observar as normas legais e regulamentares no exercício
de suas atribuições;
VI – cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais;
VII – levar ao conhecimento da autoridade superior as
falhas, vulnerabilidades e as irregularidades de que
tiver ciência em razão do cargo público ou função de
confiança;
VIII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
poder;
IX – zelar pela economia do material e pela conservação do
patrimônio público;
X – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
XI – ser leal às instituições a que servir;
XII – ser assíduo e pontual ao serviço;
XIII – manter conduta compatível com a moralidade
administrativa;
XIV – declarar-se suspeito ou impedido nas hipóteses
previstas em lei ou regulamento;
XV – tratar as pessoas com civilidade;
XVI – atender com presteza:
a) o público em geral, prestando as informações requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) os requerimentos de expedição de certidões para defesa
de direito ou esclarecimento de situações de interesse
pessoal;
c) as requisições para a defesa da administração pública.

Gabarito: Certo.

18. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013)


Aplica-se a penalidade disciplinar de demissão a servidor
público por abandono de cargo, caracterizado pela ausência

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intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias


consecutivos ou por sessenta dias não consecutivos, em um
período de um ano.

Comentário:

De acordo com o art. 64, inc. I, do Estatuto, configurase


abandono as faltas injustificadas ao serviço por mais de trinta dias
consecutivos. Sendo, pois, considerada infração grave do grupo I (art.
193, inc. I, "a", LC nº 840/11, punível com demissão.

De outro lado, apesar de também ser falta grave (art.


193, inc. I, "b") punível com demissão, configura
inassiduidade habitual as faltas injustificadas por mais de sessenta
dias, interpoladamente, no período de doze meses (art. 64, inc. II).

Gabarito: Errado.

19. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2013) A


inabilitação em estágio probatório e o abandono do cargo por
mais de trinta dias consecutivos são situações que acarretam
a exoneração do servidor ocupante de cargo efetivo.

Comentário:

O abandono do cargo por mais de trinta dias


consecutivos enseja a aplicação da pena de demissão.

Gabarito: Errado.

20. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O prazo para a conclusão


do processo disciplinar da não excederá noventa dias,
contados da data de instalação da comissão, admitida a sua
prorrogação por trinta dias.

Comentário:

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Consoante art. 217 e seu parágrafo, do Estatuto, o


processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar
responsabilidade do servidor por infração disciplinar e terá prazo para
a conclusão de até sessenta dias, prorrogável por igual período.

Gabarito: Errado.

21. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010)


Durante a tramitação de um processo disciplinar, é possível o
afastamento preventivo do servidor público, pelo prazo
máximo de até cento e vinte dias, considerando a
prorrogação, sem prejuízo de sua remuneração, para que tal
servidor não venha a influir na apuração da irregularidade
eventualmente cometida.

Comentário:

De fato, conforme art. 222 e §1º, do Estatuto, como


medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na
apuração da infração disciplinar, a autoridade instauradora do
processo disciplinar pode determinar o seu afastamento do exercício
do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, prorrogável por igual
prazo, sem prejuízo da remuneração.

Portanto, o prazo máximo a que se pode chegar o


afastamento é de até 120 dias.

Gabarito: Certo.

22. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Em processo disciplinar, a


remoção de ofício de um servidor pode ser utilizada como
forma de punição.

Comentário:

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Poderá haver o afastamento preventivo. Todavia, no


regime jurídico dos servidores públicos não há possibilidade de
aplicação de remoção como forma punitiva, sob pena de desvio de
finalidade.

Gabarito: Errado.

23. (PROCURADOR MUNICIPAL – PGM/RR – CESPE/2010) A


comissão de sindicância não é pré-requisito para a
instauração do processo disciplinar.

Comentário:

De acordo com o art. 218, os autos da sindicância, se


houver, são apensados aos do processo disciplinar, como peça
informativa da instrução.

Portanto, infere-se que não é fase do processo a


sindicância e, por isso, não é pré-requisito a existência de comissão
de sindicância, embora no âmbito do RJU a comissão de sindicância
possa ser a própria comissão processante.

Gabarito: Errado.

24. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN –


CESPE/2010) Um servidor público que, admitido no serviço
público, sem concurso público, em 1982, e atualmente lotado
em determinado órgão público federal, seja indicado para
integrar comissão de processo administrativo disciplinar
estará impedido legalmente de presidir essa comissão.

Comentário:

Nos termos do art. 19 do ADCT o servidor que


ingressou antes da promulgação da Constituição Federal, sem
concurso público, se estiver em exercício há mais de cinco anos, será

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estável, o que tinha menos de cinco anos jamais alcançará a


estabilidade.

Art. 229. A sindicância ou o processo disciplinar é conduzido por


comissão processante, de caráter permanente ou especial.
§ 1º A comissão é composta de três servidores estáveis
designados pela autoridade competente.

Como o servidor ingressou em 1982 e a Constituição foi


promulgada em 05/10/1988, ele já teria alcançado a estabilidade. E,
portanto, poderá compor eventual comissão.

Gabarito: Certo.

25. (INVESTIGADOR DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) Na


composição de comissão de processo disciplinar, é possível a
designação de servidores lotados em unidade diversa daquela
em que atua o servidor investigado.

Comentário:

De fato, nos termos do art. 229, §9º, do Estatuto,


podem participar como membros da comissão processante servidores
integrantes de outros órgãos da administração pública, distintos
daquele onde ocorreram as infrações disciplinares, se conveniente
para o interesse público.

Gabarito: Certo.

26. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Na fase


de defesa, o prazo para apresentação da defesa escrita é de
quinze dias, sendo permitida a sua prorrogação pelo dobro na
hipótese de existirem diligências reputadas indispensáveis.

Comentário:

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Conforme art. 250 da LC nº 840/11, o prazo para


apresentar defesa escrita é de dez dias. Contudo, havendo dois ou
mais servidores indiciados, o prazo é comum e de vinte dias (§1º) e,
se houver a necessidade de realização de diligências reputadas
indispensáveis, o prazo pode ser prorrogado pelo dobro (§2º).

Gabarito: Errado.

27. (ANALISTA PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) É


assegurado, ao servidor público, o direito de acompanhar seu
processo administrativo disciplinar pessoalmente, sendo
obrigatória a defesa por um advogado devidamente inscrito na
OAB.

Comentário:

Nos termos da Súmula Vinculante nº 5 do STF, a falta


de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição. Portanto, não é obrigatória a defesa por
um advogado. E, nesse sentido, o art. 226, inc. II, do Estatuto dispõe
que:

Art. 226. Ao servidor acusado é facultado:


I – arguir a incompetência, o impedimento ou a suspeição:
a) da autoridade instauradora ou julgadora da sindicância ou
processo disciplinar;
b) de qualquer membro da comissão processante;
II – constituir procurador;

Gabarito: Errado.

28. (ANALISTA DE TI – FUB – CESPE/2011) Na condução dos


processos disciplinares, as reuniões e as audiências das
comissões serão abertas ao público e não poderão ter caráter
reservado, sob pena de nulidade.

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Comentário:

A comissão processante exerce suas atividades com


independência e imparcialidade, assegurado o acesso, nas repartições
públicas, a informações, documentos e audiências necessários à
elucidação do fato em apuração e suas reuniões e os atos processuais
têm caráter reservado.

Gabarito: Errado.

29. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS –


CESPE/2010) A autoridade julgadora poderá decidir em
desconformidade com o relatório elaborado pela comissão
responsável pela condução do processo disciplinar quando
reputá-lo contrário às provas dos autos.

Comentário:

De acordo com o art. 257 do Estatuto, a autoridade


julgadora deve decidir, motivadamente, conforme as provas dos
autos. Contudo, em caso de divergência com as conclusões do
relatório da comissão processante, a autoridade julgadora pode
agravar a sanção disciplinar proposta, abrandá-la ou isentar o
servidor de responsabilidade.

É de se observar, ainda, que se discordar da proposta


de absolvição ou da inocência do servidor acusado não anteriormente
indiciado, a autoridade julgadora deve designar nova comissão
processante para elaborar a indiciação e praticar os demais atos
processuais posteriores, em observância ao devido processo legal,
contraditório e ampla defesa.

Gabarito: Certo.

30. (ADVOGADO – EBC – CESPE/2011) Um servidor público

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submetido a procedimento disciplinar do qual resultou


punição interpôs recurso administrativo dirigido ao superior
hierárquico do agente público que lhe aplicara a sanção. Nessa
situação, o servidor deve estar ciente de que a administração,
ao conhecer do recurso interposto, poderá aplicar, no
exercício da autotutela, sanção mais grave, assim como deve
estar ciente de que não incide na esfera administrativa, por
este fundamento, a vedação do reformatio in pejus.

Comentário:

De fato, com base no princípio da autotutela, a


autoridade superior poderá, em grau recursal, rever integralmente a
decisão da autoridade inferior, inclusive agravando-a, eis que não se
aplica na esfera administrativa a reformatio in pejus.

Gabarito: Certo.

31. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O pedido de reconsideração


deve ser encaminhado à autoridade imediatamente superior à
que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão.

Comentário:

De acordo com o art. 170, cabe pedido de


reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido
a primeira decisão, não podendo ser renovado.

Gabarito: Errado.

32. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS –


CESPE/2010) A ação disciplinar prescreverá em cinco anos
quanto às infrações puníveis com demissão, suspensão,
cassação de aposentadoria ou destituição de cargo em
comissão, contados da data da consumação do fato.

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Comentário:

Conforme o Estatuto, art. 208, a ação disciplinar


prescreve em cinco anos, quanto à demissão, destituição de cargo
em comissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade; em
dois anos, quanto à suspensão; e, em um ano, quanto à
advertência, contados da primeira data em que o fato ou ato se
tornou conhecido pela chefia da repartição onde ele ocorreu, pela
chefia mediata ou imediata do servidor, ou pela autoridade
competente para instaurar sindicância ou processo disciplinar.

Gabarito: Errado.

33. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Na administração pública


distrital, a abertura de sindicância ou a instauração de
processo disciplinar interrompe a prescrição até a decisão
final proferida por autoridade competente, e, uma vez
interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr
a partir do dia em que cessar a interrupção.

Comentário:

De acordo com o art. 208, §§ 2º e 3º, do Estatuto, a


instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, uma
única vez. Assim, uma vez interrompida a prescrição, sua contagem é
reiniciada depois de esgotados os prazos para conclusão do processo
disciplinar, previstos na LC nº 840/11, incluídos os prazos de
prorrogação, se houver.

Contudo, a sindicância não interrompe a prescrição.

Gabarito: Errado.

34. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS –


CESPE/2010) O servidor público que for punido após regular
processo discplinar poderá remanescer sujeito a rejulgamento

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do feito para fins de agravamento da sanção, desde que


surjam novas provas em seu desfavor.

Comentário:

Conforme art. 259 do Estatuto, de fato, o processo


disciplinar pode ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício.
Contudo, somente quando forem aduzidos fatos novos ou
circunstâncias não apreciadas no processo originário, suscetíveis de
justificar a inocência do servidor punido ou a inadequação da sanção
disciplinar aplicada.

É que da revisão do processo não pode resultar


agravamento de sanção disciplinar (art. 267).

Gabarito: Errado.

35. (AFCE – TCU – CESPE/2011) A revisão do processo


administrativo disciplinar é cabível quando se apresentarem
novos fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
inocência do punido ou a inadequação das penalidades
aplicadas, podendo ocorrer de ofício ou a pedido, a qualquer
tempo.

Comentário:

De fato, o processo disciplinar pode ser revisto, a


qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando forem aduzidos fatos
novos ou circunstâncias não apreciadas no processo originário,
suscetíveis de justificar a inocência do servidor punido ou a
inadequação da sanção disciplinar aplicada (art. 259).

Gabarito: Certo.

É isso aí então.

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Essa é a parte final, com as adaptações que fiz. É importante


uma leitura cautelosa da lei, pois há um vasto material que
pode ser cobrado.
Forte abraço e vamos que vamos.
Prof. Edson Marques

QUESTÕES SELECIONADAS

1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) É infração funcional


grave, sem exceção, participar em gerência ou administração de
sociedade privada, personificada ou não personificada, e exercer o
comércio.

2. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/BA – CESPE/2010) É


infração grave do servidor retirar, sem prévia anuência da autoridade
competente, qualquer documento ou objeto da sua repartição.

3. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2013) O servidor


público que promove manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição comete infração funcional leve.

4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ANALISTA DE SISTEMAS – CNJ –


CESPE/2013) São sanções disciplinares a advertência, a suspensão e
a destituição de cargo em comissão.

5. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) Uma das


hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em
faltas punidas com a pena de advertência.

6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013) Uma vez


aplicadas ao servidor faltoso, as penalidades de advertência e de
suspensão ficarão permanentemente registradas em seu
assentamento funcional.

7. (ANALISTA DE TI – FUB – CESPE/2011) A conversão da penalidade


de suspensão em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou
remuneração, poderá ocorrer na hipótese de o servidor permanecer

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obrigatoriamente na repartição e quando houver conveniência para a


prestação do serviço.

8. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013) Havendo


conveniência para o serviço, a pena de suspensão pode ser
convertida em multa correspondente à metade por dia do subsídio ou
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer no
desempenho de suas atribuições.

9. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) É cabível a


aplicação da pena de demissão ao servidor que receber propina,
comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie.

10. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) É cabível


aplicação de pena de demissão a servidor que atue de forma
desidiosa, isto é, que apresente conduta negligente de maneira
reiterada.

11. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) O servidor


público federal demitido por lograr proveito pessoal, em detrimento
da dignidade da função pública, ficará impedido de ocupar novo cargo
público por prazo indeterminado.

12. (ANALISTA LEGISLATIVO – TÉCNICA LEGISLATIVA – CÂMARA –


CESPE/2012) Ao servidor participante de gerência ou administração
de sociedade privada cabe, em qualquer caso, a punição de
demissão.

13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MT –


CESPE/2010) As sanções civis, penais e administrativas podem
cumular-se e são independentes entre si, razão pela qual, ainda que
haja absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua
autoria, poderá restar configurada a responsabilidade administrativa
do servidor público.

14. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010)


Afasta-se a responsabilidade penal do servidor público que pratique
fato previsto, na legislação, como contravenção penal, dada a baixa

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lesividade da conduta, subsistindo a responsabilidade civil e


administrativa.

15. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010)


Considere que a autoridade competente de um órgão público tome
conhecimento da ocorrência de infração disciplinar cometida por um
ex-servidor que ocupava, exclusivamente, cargo em comissão. Nessa
situação, deve-se proceder à instauração de processo disciplinar
contra o referido ex-servidor.

16. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) Considere


que determinado técnico da Secretaria de Saúde tenha cometido
infração disciplinar e que seu chefe imediato tenha dela tomado
conhecimento no dia seguinte ao da prática do ato. Nesse caso, deve
o chefe do servidor promover a apuração imediata da irregularidade,
mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar.

17. (ANALISTA PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O servidor


público deve informar as irregularidades de que tiver conhecimento,
em razão do cargo que ocupa, à sua autoridade superior para a
devida apuração.

18. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) Aplica-se a


penalidade disciplinar de demissão a servidor público por abandono
de cargo, caracterizado pela ausência intencional do servidor ao
serviço por mais de trinta dias consecutivos ou por sessenta dias não
consecutivos, em um período de um ano.

19. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2013) A


inabilitação em estágio probatório e o abandono do cargo por mais de
trinta dias consecutivos são situações que acarretam a exoneração do
servidor ocupante de cargo efetivo.

20. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O prazo para a conclusão do


processo disciplinar da não excederá noventa dias, contados da data
de instalação da comissão, admitida a sua prorrogação por trinta
dias.

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21. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Durante a


tramitação de um processo disciplinar, é possível o afastamento
preventivo do servidor público, pelo prazo máximo de até cento e
vinte dias, considerando a prorrogação, sem prejuízo de sua
remuneração, para que tal servidor não venha a influir na apuração
da irregularidade eventualmente cometida.

22. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Em processo disciplinar, a remoção


de ofício de um servidor pode ser utilizada como forma de punição.

23. (PROCURADOR MUNICIPAL – PGM/RR – CESPE/2010) A


comissão de sindicância não é pré-requisito para a instauração do
processo disciplinar.

24. (AGENTE TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010)


Um servidor público que, admitido no serviço público, sem concurso
público, em 1982, e atualmente lotado em determinado órgão público
federal, seja indicado para integrar comissão de processo
administrativo disciplinar estará impedido legalmente de presidir essa
comissão.

25. (INVESTIGADOR DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) Na


composição de comissão de processo disciplinar, é possível a
designação de servidores lotados em unidade diversa daquela em que
atua o servidor investigado.

26. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Na fase de


defesa, o prazo para apresentação da defesa escrita é de quinze dias,
sendo permitida a sua prorrogação pelo dobro na hipótese de
existirem diligências reputadas indispensáveis.

27. (ANALISTA PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) É


assegurado, ao servidor público, o direito de acompanhar seu
processo administrativo disciplinar pessoalmente, sendo obrigatória a
defesa por um advogado devidamente inscrito na OAB.

28. (ANALISTA DE TI – FUB – CESPE/2011) Na condução dos


processos disciplinares, as reuniões e as audiências das comissões

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serão abertas ao público e não poderão ter caráter reservado, sob


pena de nulidade.

29. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010)


A autoridade julgadora poderá decidir em desconformidade com o
relatório elaborado pela comissão responsável pela condução do
processo disciplinar quando reputá-lo contrário às provas dos autos.

30. (ADVOGADO – EBC – CESPE/2011) Um servidor público


submetido a procedimento disciplinar do qual resultou punição
interpôs recurso administrativo dirigido ao superior hierárquico do
agente público que lhe aplicara a sanção. Nessa situação, o servidor
deve estar ciente de que a administração, ao conhecer do recurso
interposto, poderá aplicar, no exercício da autotutela, sanção mais
grave, assim como deve estar ciente de que não incide na esfera
administrativa, por este fundamento, a vedação do reformatio in
pejus.

31. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) O pedido de reconsideração deve


ser encaminhado à autoridade imediatamente superior à que houver
expedido o ato ou proferido a primeira decisão.

32. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010)


A ação disciplinar prescreverá em cinco anos quanto às infrações
puníveis com demissão, suspensão, cassação de aposentadoria ou
destituição de cargo em comissão, contados da data da consumação
do fato.

33. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Na administração pública distrital,


a abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar
interrompe a prescrição até a decisão final proferida por autoridade
competente, e, uma vez interrompido o curso da prescrição, o prazo
começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

34. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) O


servidor público que for punido após regular processo discplinar
poderá remanescer sujeito a rejulgamento do feito para fins de
agravamento da sanção, desde que surjam novas provas em seu

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desfavor.

35. (AFCE – TCU – CESPE/2011) A revisão do processo


administrativo disciplinar é cabível quando se apresentarem novos
fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido
ou a inadequação das penalidades aplicadas, podendo ocorrer de
ofício ou a pedido, a qualquer tempo.

GABARITO
01 E 06 E 11 E 16 E 21 C 26 E 31 E
02 E 07 C 12 E 17 C 22 E 27 E 32 E
03 C 08 C 13 E 18 E 23 E 28 E 33 E
04 C 09 C 14 E 19 E 24 C 29 C 34 E
05 C 10 C 15 E 20 E 25 C 30 C 35 C

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