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FERIDAS
UPP (Úlcera por pressão)
LPP (Lesão
CURATIVOS
por pressão)
. CURATIVOS
PELE
DEFINIÇÃO:
Ferida é o nome utilizado para designar qualquer solução de continuidade
(lesão, separação de pele).
Classificação da Ferida
Quanto à Causa:
Intencional - Quando são provocadas. Ex. incisão cirúrgica;
Não intencional - Quando são provocadas por:
Agentes cortantes. Ex. facas, agulhas, pregos;
Escoriações. Ex. atritos, queimaduras;
Agentes físicos. Ex. fogo
Agentes químicos. Ex . Ácidos
Deficiência circulatória – Ex. úlcera por pressão ( UPP) , pé diabético.
Quanto à época:
Aguda - quando sua ocorrência é muito recente. Ex. corte, laceração recente.
Crônica - quando as feridas são antigas e de difícil cicatrização. Geralmente
esta envolvido outras patologias circulatórias. Ex. úlcera venosa ou arterial, pé
diabético.
Quanto à camada:
A ferida é classificada em:
Estágio I - atinge a epiderme;
Estágio II - atinge a derme;
Estágio III - atinge o subcutâneo
Estágio IV - quando atinge o músculo e estruturas ósseas.
Fases da cicatrização:
1 - fase inflamatória - (1 A 4 dias)
2 - fase proliferativa - (ou de granulação- 5 a 20 dias)
3 - fase de maturação - (Reparadora ou Remodeladora - 22 dias a 2 anos)
Fase inflamatória:
Fase exsudativa, com duração entre um e quatro dias (a depender da
extensão da área a ser cicatrizada e da natureza da lesão).
Caracterizada por dois processos que buscam diminuir a lesão: a
hemostasia e a resposta inflamatória aguda.
Corresponde à ativação do sistema de coagulação sanguínea e à liberação
de mediadores químicos (fator de ativação de plaquetas, fator de
crescimento, serotonina, adrenalina e fatores de complemento), para que
ocorra o inicio do processo de cicatrização.
Nesta fase a ferida pode apresentar edema, eritema, tumor e dor.
Fase proliferativa (ou de granulação)
Fase regenerativa que pode durar entre cinco a vinte dias.
É caracterizada pela proliferação de fibroblastos (células do tecido
conjuntivo) que vai sintetizar colágeno e elastina, sob a ação de citocinas
que dão origem a um processo denominado fibroplasia. Ao mesmo tempo,
ocorre a proliferação de células endoteliais, com formação de rica
vascularização (angiogênese) e infiltração densa de macrófagos, formando
o tecido de granulação – esta fase é muito vascularizada.
Fase de maturação (ou reparo)
Esta fase, que inicia no 21º dia e pode durar meses ou anos, é a última fase
do processo de cicatrização.
A densidade celular e a vascularização da ferida diminuem, enquanto há a
maturação das fibras colágenas (endurecimento).
Ocorre uma remodelação do tecido cicatricial formado na fase anterior. O
alinhamento das fibras é reorganizado a fim de aumentar a resistência do
tecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a deformidade. Durante
esse período a cicatriz vai progressivamente alterando sua tonalidade
passando do vermelho escuro ao rosa claro.
Podem ocorrer defeitos cicatriciais como:
Quelóides,
Cicatrizes hipertróficas ou muito finas e friáveis
Hipercromias (pigmentação excessiva da pele)
Primeira intenção ou cicatrização primária - Ocorre a volta do tecido
normal, sem presença de infecção e as extremidades da ferida estão
bem próximas, na maioria das vezes, através de sutura cirúrgica.
Feridas limpas.
Tipos de Cicatrização
Fatores adversos à cicatrização
Idade: indivíduos mais jovens sofrem cicatrização mais rápida em suas
feridas;
Nutrição: a desnutrição protéica e a falta de vitaminas C e D retardam a
multiplicação celular e a formação de fibras colágenas;
Alteração Circulatória - a boa circulação sanguínea nos tecidos é
fundamental para o processo de cicatrização
Infecção do ferimento: principal causa local da não cicatrização de um
ferimento;
Obesidade - o suprimento sanguíneo menos abundante dos tecidos
adiposos impede o envio de nutrientes e elementos celulares necessários
à cicatrização normal;
Extensão da lesão - lesões mais profundas, envolvendo maior perda de
tecido, cicatrizam mais vagarosamente e por segunda intenção, sendo
susceptíveis a infecções;
Imunossupressão - a redução da defesa imunológica contribui para uma
cicatrização deficiente;
Diabetes - o paciente portador de diabetes tem alteração vascular que
prejudica a perfusão dos tecidos e sua oxigenação; além disso, a
glicemia aumentada altera o processo de cicatrização, elevando o risco
de infecção.
TIPOS DE LESÕES
TIPOS DAS LESÕES
Corte contusas - Produzida por ação contundente de um objeto rombo
caracterizam se por traumatismo das partes moles, hemorragias e
edemas.
OBS: o cuidado de curativo com SF 0.9% e gaze estéril pode ser feito
rotineiramente. A enfermeira do setor pode prescrever (ver POP’s do
setor)
Debridamento ou Desbridamento de ferida
Remoção do tecido necrosado de uma lesão. Pode ser realizado quimicamente
(produto específico) ou mecanicamente (tesoura, bisturi)
Qualquer tecido necrótico observado durante a avaliação inicial ou subsequente
deverá ser desbridada, desde que a intervenção seja consistente com os objetivos
globais do tratamento e condições clínicas do paciente.
Entretanto existem algumas situações em que não é recomendado o debridamento de
tecido desvitalizado, como em feridas isquêmicas com necrose seca. Essas
necessitam que sua condição vascular seja melhorada antes de ser desbridada. Neste
caso, a escara promove uma barreira contra infecção.
Outra exceção se faz em pacientes fora de possibilidades terapêuticas que possuem
úlceras com presença de escaras, que ao debridar pode promover desconforto, dor, e
devido às condições clínicas, não disporá de tempo e condições para a cicatrização.
Tecido necrosado dificulta o fornecimento de sangue (oxigenação e nutrição dos
tecidos); Atua como meio de cultura de bactérias;
Inibe a ação dos leucócitos em controlar microorganismos invasores; Aumenta a
possibilidade de infecção sistêmica;
Inibe a migração de células epiteliais, interrompendo a segunda fase do processo de
cicatrização;
Impede a atuação de substâncias antibacterianas administradas por via tópica;
A presença deste tecido pode esconder a extensão e possível penetração da ferida.
Curativos
Finalidade do curativo:
Manter a umidade da ferida - facilitando a epitelização mais rápida;
diminuição da dor; debridamento natural (escaras);
Remover o excesso de exsudação – a fim de evitar a maceração
de tecidos próximos a ferida;
Fornecer isolamento térmico - manter temperatura a 37ºC,
estimulando a divisão celular;
Barreira mecânica entre a ferida e o meio ambiente - proteção
contra contaminação;
Tipos de Curativos
Oclusivo - promove hemostasia; protege a ferida de traumas;
Semi oclusivo - permite a visualização de drenagem; permite
observar necessidade de trocas;
Aberto - a ferida permanece exposta;
Compressivo - faz compressão para estancar hemorragia;
Primário - fica em contato direto com a ferida;
Secundário - tem finalidade de absorção, fica após o curativo
primário.
O curativo pode ser:
Seco – fechado com gaze seca. Ex. escoriações, feridas cirúrgicas.
Úmido – fechado com gaze vaselinada, pomadas ou solução
prescrita, coberturas especiais. Ex. queimaduras, em LPP com
escaras (tecido necrosado)
Técnicas para realizar o procedimento de curativo
O profissional de enfermagem ao desenvolver o procedimento de curativo,
pode-se utilizar de duas técnicas: