Química 7a classe: Separação de substâncias em misturas

Jass Caetano
Química 7ª Classe
Pedro Dala
2015
Química 7ª Classe 2019
Lição nº. 1 e 2
Sumário:
Apresentação e Breves Considerações sobre a Disciplina de Química.
Eugénio Manuel 1
Lição nº. 3 e 4
Tema A: A Química, Nós e o Mundo Material
Sumário:
Breve História da Química.
Importância e Objecto da Química.
Transformações Físicas e Transformações Químicas.
Breve História da Química
Há cerca de 350 anos começaram a separar-se as diversas ciências da Natureza. No

século XVIII, depois dos trabalhos do físico inglês Isaac Newton, a física adquiriu o estatuto
de ciência. Newton, que pode ser considerado como o primeiro dos físicos, foi também um
dos últimos alquimistas. A alquimia, como arte de transformar substâncias, foi a antecessora
da química.
É de realçar que o alemão Immanuel Kant, um grande filósofo do século XVIII, não
considerava a química uma ciência, preferindo chamar-lhe arte sistemática. Nesta época, a
química baseava-se apenas em observações de carácter quantitativo, obtidas a partir de
experiências, não utilizando métodos matemáticos. Actualmente, a Química, tal como a física
e outras ciências da Natureza, precisa da linguagem matemática.
As ciências da natureza têm como objectivo estudar o mundo que nos rodeia.
Foi Antoine Lavoisier, químico francês do século XVIII, considerado o pai da química
moderna, que iniciou a explicação quantitativa de muitos fenómenos químicos.
Com Lavoisier utilizando sistematicamente a balança no seu laboratório, a química

ganhou o privilégio de ser considerada uma ciência, ou seja, passou a ser uma actividade
não só experimental mas também quantitativa.
A química – é a ciência que estuda a estrutura da matéria, as suas propriedades e

as suas transformações.
Eugénio Manuel 2
Importância e Objecto da Química
O estudo da Química, bem como de outras ciências, proporciona a aquisição de

conhecimentos, métodos e processos básicos necessários à compreensão de problemas
científicos, tecnológicos, sociais e também à procura de soluções para eles.
Portanto, a importância da Química revela-se na satisfação de necessidades vitais do

Homem, tais como a habitação, o vestuário, a alimentação, a saúde, etc.
No nosso país há vários sectores que têm contribuído para o desenvolvimento da

indústria química.
Entre as indústrias mais importantes do nosso país destacam-se a de petróleo, de

plásticos, de tintas, de diamantes, de café e de papel.
O objecto da Química é a matéria. A matéria é constituída por substâncias.
Substância – é tudo aquilo que compõe um corpo físico.
Corpo – é tudo que tem peso e ocupa espaço, é a forma que as substâncias
apresentam-se.
Transformações Físicas e Transformações Químicas
Transformações físicas: são as transformações da matéria em que não há formação de

novas substâncias, ou seja, as substâncias conservam as suas propriedades.
Ex.: As mudanças de estados físicos da água.
Transformações químicas: são as transformações da matéria em que há formação de

novas substâncias com propriedades diferentes.
Ex.: A combustão do fósforo ou do papel.
Eugénio Manuel 3
Lição nº. 5 e 6
Sumário:
Exercícios de Consolidação do Tema A – A Química, Nós e o Mundo

Material.
1. Define Química.
R: Química é a ciência que estuda a estrutura da matéria, as suas propriedades e

as suas transformações.
2. O que entendes por substância?
R: Substância é tudo que compõe um corpo físico.
3. Quando nasceu a Química, tal como hoje a conhecemos, enquanto ciência?
R: A Química, enquanto ciência, nasceu no século XVIII quando Lavoisier iniciou

a explicação quantitativa de muitos fenómenos químicos.
4. Cita o nome do cientista que é considerado o fundador da Química.
R: O cientista que é considerado fundador da Química chama-se Antoine

Lavoisier.
5. Em que se revela a importância da Química (Qual é a importância da Química?)
R: A importância da Química revela-se na satisfação das necessidades vitais do

homem, tais como a saúde, a alimentação, a habitação, o vestuário, etc.
6. Indica o principal objectivo da Química. Assinala a hipótese correcta.
a) Estudar os fenómenos que ocorrem nos seres vivos;
b) Estudar a locomoção das aves;
c) Estudar as transformações das substâncias;
d) Estudar o ser humano.
7. Qual é o objecto da Química?
R: O objecto da Química é a matéria.

Eugénio Manuel 4
8. Assinala com uma cruz o tipo de transformação que ocorre nos seguintes
fenómenos:
Transformações Transformações
Fenómenos
Físicas Químicas
Escurecimento dos objectos de

X
prata
Mastigar pão X
Partir um lápis X
Azedar o leite X
Quebrar um prato X
Formação de uma nuvem X
Enferrujamento do ferro X
Queda de um objecto X
Eugénio Manuel 5
Lição nº. 7 e 8
Tema B: Os Materiais na Natureza
Sumário:
Possíveis Classificações dos Materiais.
Substâncias e Misturas de Substâncias. Misturas Homogéneas e Misturas

Heterogéneas. Colóides.
Possíveis Classificações dos Materiais
As possíveis classificações dos materiais são: quanto o estado físico, a constituição e a

origem.
Se considerarmos o estado físico em que os materiais normalmente se encontram,

podemos classifica-los em:
Sólido – forma bem definida. Ex.: Madeira, vidro, plásticos;
Líquido – adquire a forma do recipiente em que está inserido. Ex.: Água, vinho,
gasolina;
Gasoso – ocupa todo espaço (volume) do recipiente em que está inserido. Ex.:
Oxigénio, dióxido de carbono, monóxido de carbono.
Se considerarmos a constituição dos materiais, podemos classificá-los em:
Substância pura – material constituído por uma só substância. Ex.: Ferro, ozono,
sacarose;
Mistura de substâncias – material constituído por mais de uma substância. Ex.:

Petróleo, ar, águas naturais.
Se considerarmos a origem dos materiais, podemos classificá-los em:
Naturais – materiais que ocorrem na natureza sem a intervenção do homem. Ex.:

Carvão, minerais, algodão;
Eugénio Manuel 6
Artificiais – materiais que resultam de transformações laboratoriais ou industriais
das substâncias naturais. Ex.: Celulose modificada, seda artificial.
Substâncias e Misturas de Substâncias
Quando nos referimos a substâncias supomos que se tratam de substâncias puras, que
não estão contaminadas por outras, sendo por isso uma das suas características apresentar
determinadas propriedades constantes.
Quando o material é uma mistura de substâncias, as suas propriedades variam

consoante a respectiva composição. (Trazer as definições de substância e corpo)
Misturas homogéneas e Misturas Heterogéneas. Colóides
Certas misturas que ocorrem na Natureza estão na origem de muitas substâncias

importantes para o bem-estar do Homem.
Uma maneira de classificar as misturas baseia-se na sua composição. Ser uniforme,

isto é, ter a mesma composição em qualquer zona da amostra, de outro modo, não é
uniforme.
Misturas homogéneas – são misturas em que os seus constituintes não se identificam

a olho nu, ou seja, a sua composição é uniforme.
Ex.: Álcool etílico concentrado a 96%.
Misturas heterogéneas – são misturas em que os seus constituintes identificam-se a

olho nu, ou seja, a sua composição não é uniforme.
Ex.: Mistura de água e óleo.
Colóides – são misturas caracterizadas por emulsões, ou seja, não são homogéneas
nem heterogéneas.
Ex.: Leite.
Eugénio Manuel 7
Tarefa
1. Quais são os critérios de classificação dos materiais que estudaste?
2. Define misturas homogéneas e misturas heterogéneas.
3. Qual é a diferença entre misturas homogéneas e misturas heterogéneas?
4. Dê três (3) exemplos de substâncias puras e três (3) de misturas de substâncias.
Eugénio Manuel 8
Lição nº. 9 e 10
Sumário:
Separação de Substâncias numa Mistura.
Nos laboratórios e nas indústrias utilizam-se diversos métodos para a separação dos
componentes de uma mistura, que variam segundo o tipo da mistura a separar e as
propriedades das substâncias que a formam.
Dentre os diversos métodos de separação de substâncias numa mistura destacam-se a

decantação, a filtração, a centrifugação, a cristalização, a destilação e a cromatografia, para
misturas líquidas em solução e, a peneiração, a separação magnética e a sublimação, para
misturas sólidas.
Decantação – é o processo de separação de partículas sólidas de uma mistura

heterogénea de um sólido num líquido pelo qual as partículas sólidas se deixam depositar.
A decantação permite separar também dois líquidos imiscíveis entre si.
Filtração – é um processo de separação de partículas sólidas de uma mistura

heterogénea de um sólido num líquido pelo qual as impurezas e pequenas partículas sólidas
ficam retidas no filtro.
Para realizar a filtração utilização correntemente nos laboratórios filtros de papel, que
podem ser de dois (2) tipos: o filtro liso e filtro de pregas. O filtro liso utiliza-se quando se
quer aproveitar o resíduo sólido e o filtro de pregas quando se quer aumentar a velocidade
de filtração e também aproveitar o filtrado.
Centrifugação – é um processo de separação de partículas sólidas em suspensão num

líquido, fazendo girar em torno de um eixo o tubo que contém a mistura.
A centrifugação tem a vantagem de fazer a separação das partículas em suspensão na

solução mais rapidamente do que a filtração e de um modo mais eficaz, porque permite
depositar partículas de dimensões muito reduzidas que poderiam passar através dos poros
do filtro.
Eugénio Manuel 9
{Após a centrifugação é necessário fazer uma decantação para separar da
solução o material sólido depositado no fundo do tubo. Esta decantação deverá ser
feita com muito cuidado, para não misturar novamente os materiais.}
Para além de aplicações laboratoriais, o processo da centrifugação é utilizado em

muitas indústrias, como a dos lacticínios, aproveitando diferentes tipos de partículas sólidas,
sobretudo gorduras.
Cristalização – é o processo de obtenção de cristais a partir de uma solução por

evaporação lenta do solvente.
Destilação – é o processo de separação de substâncias com pontos de ebulição muito

diferentes numa mistura homogénea no estado líquido pelo qual se vaporiza uma das
substâncias para depois condensá-la e recolhê-la em outro recipiente.
A destilação pode ser simples e fraccionada.
Destilação simples – é a destilação que se realiza num só estágio (fase).
Destilação fraccionada – é a destilação que se realiza em vários estágios (fases)

usando coluna de fraccionamento.
Cromatografia – é um processo físico-químico de separação de substância numa

mistura homogénea fundamentado na migração diferencial das substâncias da mistura, que
ocorre devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase
estacionária.
A cromatografia é uma técnica quantitativa, tem por finalidade geral duas utilizações, a
de identificação de substâncias e de separação-purificação de misturas. Usando
propriedades como solubilidade, tamanho e massa.
Para o processo de separação de misturas, a mistura passa por duas fases sendo uma
estacionária (fixa, sendo um material poroso como um filtro) e outra móvel (como um liquido
ou um gás, que ajuda na separação da mistura), sendo que os constituintes dessa mistura
interagem com as fases através de forças intermoleculares e iônicas, fazendo a separação. A
mistura pode ser separada em varias partes distintas ou ainda ser purificada eliminando-se
as substancias indesejáveis.
Eugénio Manuel 10
Lição nº. 11 e 12
Sumário:
Revisão para a Prova.
Eugénio Manuel 11
Sumário:
Prova Parcelar.
Eugénio Manuel 12
Sumário:
Separação de Substâncias numa Mistura. Continuação.
Peneiração – é um método que consiste na separação de partículas sólidas em

fracções e granulometrias diferentes, por passagem através de peneiros ou crivos.
A peneiração pode ser mecânica ou manual. Para a peneiração mecânica usa-se um

peneiro mecânico.
Os peneiros manuais são aparelhos que na sua forma mais simples consistem numa
rede ou peneira, em tela metálica ou placa perfurada, cujos orifícios têm todos a mesma
dimensão e só deixam passar partículas com dimensões inferiores às suas. Estes são
aplicáveis na separação de partículas com dimensões até cerca de 50 mm.
Separação magnética – é um método de separação de misturas heterogéneas de

componentes sólidos fazendo o uso do magnetismo.
A separação magnética usa-se mais especificamente para separação de misturas

contendo ferro magnético como o cobalto (Co), o níquel (Ni) e, principalmente, o ferro.
Utilizando um imã (para separação em pequena escala) ou um electroímã (para a separação
em larga escala) é possível segregar a substância magnética do resto da mistura.
Sublimação – é a passagem directa de uma substância do estado sólido ao estado

gasoso.
Eugénio Manuel 13
Sumário:
Identificação de Substâncias. Propriedades Físicas e Químicas. Critérios de

Pureza.
Os objectos existentes na Natureza têm diferentes formas, tamanho, cor, etc. são
corpos físicos formados por substâncias. As substâncias podem ser distinguidas pelas
características que possuem.
As características que permitem distinguir umas substâncias de outras ou

estabelecer a semelhança entre elas recebem o nome de propriedades.
A cor, o cheiro, o sabor, entre outras, são propriedades das substâncias. Mas são
propriedades comuns a um grande número de substâncias. É necessário basearmo-nos
também noutras propriedades que são específicas de cada substância, como o ponto de
fusão, ponto de ebulição, densidade, etc.
Ponto de Fusão
A fusão é passagem do estado sólido ao estado líquido, em sentido contrário, temos a

solidificação, a passagem do estado líquido ao estado sólido. Tanto a fusão como a
solidificação são atingidas a partir de uma determinada temperatura, a essas temperaturas
chamamos de ponto de fusão e ponto de solidificação respectivamente.
Ponto de fusão – é a temperatura a que uma substância passa do estado sólido ao

estado líquido.
Ponto de solidificação – é a temperatura a que uma substância passa do estado

líquido ao estado sólido.
{A temperatura de solidificação de uma substância é sempre igual à sua temperatura

de fusão. Assim a água pura solidifica a 0 ºC (à pressão normal), valor que também é o
do ponto de fusão do gelo, a esta pressão.}
Eugénio Manuel 14
Ponto de Ebulição
Depois de uma substância passar completamente de sólida a líquida, a sua

temperatura sobe à medida que se aquece e só volta a ser constante quando o líquido entrar
em ebulição. O processo inverso da ebulição chama-se condensação.
A temperatura de ebulição de uma substância chama-se ponto de ebulição e a de

condensação ponto de condensação.
Ponto de ebulição – é a temperatura a que uma substância passa do estado líquido ao

estado gasoso.
Ponto de condensação – é a temperatura a que uma substância passa do estado

gasoso ao estado líquido.
{A temperatura de condensação de uma substância é igual à sua temperatura de

ebulição. Assim, o vapor de água condensa a 100 ºC (à pressão normal), valor que
também é o do ponto de ebulição da água, a esta pressão.}
Densidade ou Massa Volúmica
Densidade – é o quociente entre a massa de um dado volume de uma substância e o

volume do objecto constituído por essa substância.
Ex.: Mediu-se o volume de uma esfera de chumbo, 10 cm3. Depois determinou-se a massa
da esfera com uma balança e obteve-se 113 g. Qual é a densidade do chumbo
Eugénio Manuel 15
Nota: o ponto de fusão, o ponto de ebulição e a densidade são propriedades que
servem para a identificação de substâncias: são critérios de pureza.
Tarefa
1. O que entendes por propriedades?
2. Quais são os critérios de pureza que estudou?
3. Um pedaço de madeira com 10 cm 3 de volume e 8,5 g de massa que densidade

terá?
4. Um bloco prismático de ferro (com as seguintes dimensões: l = 10 cm, h = 8 cm e b =

3 cm) tem massa de 2010 g.
a) Determine o volume do bloco de ferro.
b) Calcule a massa volúmica (densidade) do ferro.
Eugénio Manuel 16
Sumário:
Eugénio Manuel 17
II º TRIMESTRE
Eugénio Manuel 18
Sumário:
Entrega e Correcção da Prova. Revisão de Conceitos do Trimestre

Passado.
Eugénio Manuel 19
Tema C: Constituição da Matéria
Sumário:
Natureza Corpuscular.
Estados Físicos de Agregação: Sólido, Líquido e Gasoso.
Natureza Corpuscular
As substâncias distinguem-se umas das outras pelas diferenças das suas propriedades
e transformações físicas e pelas suas transformações químicas.
A matéria é constituída por partículas (átomos e moléculas) denominadas corpúsculos

materiais ou simplesmente corpúsculos.
Os corpúsculos da matéria são de tamanho ínfimo, invisíveis aos nossos olhos e em

número incontável e, estão em constante movimento.
Estados Físicos de Agregação: Sólido, Líquido e Gasoso
Nos sólidos, nos líquidos e nos gases, as partículas que constituem os corpos estão
distribuídas e ligadas de modo diferente.
Nos sólidos, os corpúsculos nunca estão quietos, mas praticamente não saem do seu
lugar e estão muito próximo uns dos outros, a distância entre duas partículas próximas é da
ordem de grandeza do diâmetro de uma partícula.
Nos líquidos, os corpúsculos têm mais liberdade de movimentos, mas continuam todos
próximos uns dos outros, a distância entre duas partículas próximas é, também, da ordem de
grandeza do diâmetro de uma partícula.
Nos gases, a separação das partículas é maior e os corpúsculos movem-se com mais
liberdade, a distância entre duas partículas próximas é aproximadamente 10 vezes o
diâmetro típico de uma partícula.
Eugénio Manuel 20
Os sólidos, os líquidos e os gases distinguem-se por determinadas propriedades. Os
sólidos têm forma própria e volume praticamente constante. Nos sólidos as partículas têm
posições médias distribuídas de forma regular, formam redes cristalinas (arranjo regular de
partículas). As partículas exercem forças entre si e mantêm-se a vibrar para um e outro lado
das posições médias sem se afastarem muito das suas posições.
Os líquidos tomam a forma do recipiente onde estão e as partículas deixam de ter

posições bem definidas. As partículas têm maior liberdade de movimento, pois estão sujeitas
a forças de atracção mais fracas do que nos sólidos. Algumas partículas acabam por adquirir
energia suficiente para se afastarem muito de todas as outras, evaporando-se.
Os gases ocupam todo o espaço que os recipientes lhes concedem, as partículas estão
a grandes distâncias umas das outras. Podem mover-se em todas as direcções, colidindo
intermitavelmente.
Portanto, os corpúsculos das substâncias sólidas, líquidas e gasosas estão animados

de movimentos incessantes: limitados no espaço no caso dos sólidos, mais livres nos
líquidos e ainda mais nos gases.
Tarefa
1. Diferencie o arranjo espacial das partículas nos três (3) estados físicos de
agregação.
Eugénio Manuel 21
Sumário:
Movimentos Corpusculares.
Pressão dos Gases
A pressão é uma grandeza física. O aparelho que serve para medir a pressão é
denominado manómetro.
Pressão de um gás – é o quociente entre o valor da força que o gás exerce nas
paredes do recipiente e a área dessas paredes.
No sistema internacional (S.I), a pressão mede-se em newton por metro quadrado

(N/m2), uma unidade denominada Pascal (Pa).
Ex.: Calcule o valor da pressão do ar que exerce uma força de 100 N nas paredes do pneu
que tem 10 m2 de área.
Pressão e Volume dos Gases
Se o volume do recipiente diminui sem se alterar o número de partículas (não entra

nem sai gás), passa a haver o mesmo número de partícula num volume mais pequeno.
Assim as partículas colidem mais vezes com as paredes do recipiente (têm menos espaço
para se movimentarem) e é maior a pressão que exercem.
Nota: Quanto menor é o volume maior é a pressão.
Eugénio Manuel 22
Temperatura e Pressão dos Gases
Com o aumento da temperatura do gás aumenta a velocidade com que as partículas se

movem. Aumentando a velocidade das partículas, estás colidem mais vezes com as paredes
do recipiente em que está o gás. Colidindo mais vezes, aumenta a pressão sobre as
paredes. Se esse aumento de pressão se der num recipiente fechado, pode originar uma
explosão violenta.
Nota: Quanto maior é a temperatura maior é a pressão.
Tarefa
1. Como varia a pressão em relação ao volume dos gases?
2. Como varia a pressão em relação a temperatura dos gases?
3. Calcule o valor da pressão do ar que exerce uma força de 3 N nas paredes do balão
que tem 0,3 m2 de área.
4. Qual será o valor da pressão do ar, se num recipiente de 0,02 m 2 for exercida uma
força de 0,6 N?
Eugénio Manuel 23
Sumário:
Unidades Estruturais da Matéria.
A primeira teoria atómica da matéria surgiu na antiga Grécia com Leucipo e Demócrito.
Estes filósofos no século IV a.C, pensavam que todos os materiais eram formados por
partículas ou corpúsculos indivisíveis que se moviam permanentemente no vazio. A esses
corpúsculos os gregos chamaram de átomos. Todavia, estas ideias atomistas, inicialmente
apenas sugeridas sem qualquer apoio experimental, muito cedo foram abandonadas. A ideia
veio mais tarde a ser retomada pelo químico inglês John Dalton e outros cientistas (entre os
séculos XVIII e XIX), que a desenvolveram com base em conhecimentos experimentais do
seu tempo.
Actualmente, como é natural, as ideias sobre os átomos são bastante diferentes das de
Dalton. Existem técnicas experimentais que permitem confirmar de modo mais evidente, a
constituição atómica da matéria. Assim sabe-se hoje que os átomos não são indivisíveis e
que são constituídos por outras partículas ainda mais pequenas.
Átomo – é a menor partícula capaz de identificar um elemento químico e

participar de uma reacção química.
O átomo é constituído por um núcleo central e uma nuvem electrónica.
O núcleo encontra-se no centro do átomo e é cerca de 100 000 vezes mais pequeno do
que o seu respectivo átomo. O núcleo é constituído por: protões e neutrões. Ao redor do
núcleo movimentam-se em alta velocidade os electrões, formando a nuvem electrónica.
Eugénio Manuel 24
Fig. 1 – Constituição do átomo
Protões – são partículas atómicas com carga eléctrica positiva.
Neutrões – são partículas atómicas sem carga eléctrica.
Electrões – são partículas atómicas com carga eléctrica negativa.
O átomo é electricamente neutro porque a carga eléctrica negativa dos electrões

compensa a carga eléctrica positiva do núcleo (proveniente dos protões). Mas os átomos
deixam de ser electricamente neutros quando ganham ou perdem electrões.
Moléculas – são grupos de átomos ligados entre si, com existência independente e
electricamente neutros.
As moléculas podem ser monoatómicas, diatómicas, triatómicas e poliatómicas, quando

são formadas respectivamente por um único átomo, dois, três e mais de três átomos.
Substâncias Elementares e Substâncias Compostas
Substâncias elementares – são substâncias constituídas por átomos do mesmo

elemento químico.
Ex.: O3 – ozono, Br2 – bromo, N2 – azoto, etc.
Substâncias compostas – são substâncias constituídas por átomos de elementos

químicos diferentes.
Ex.: C3H6O – acetona, NH3 – amoníaco, CH4 – metano, etc.
Eugénio Manuel 25
Tarefa
1. O que entendes por átomo?
a. Como estão constituídos os átomos?
b. Quais são as partículas que constituem os átomos?
2. Define moléculas.
a) Como podem ser as moléculas?
Eugénio Manuel 26
Sumário:
Continuação da Aula Anterior.
Elementos Químicos
Como as substâncias elementares são constituídas por uma só espécie de átomos, há

tendência para se confundir os conceitos de elemento químico e substância elementar.
Em geral, o nome do elemento químico que constitui uma determinada substância

elementar é o mesmo nome da substância elementar. Há, contudo, substâncias elementares
cujos nomes diferem dos nomes dos elementos químicos que as constituem.
Ex.: grafite (carbono), diamante (carbono), ozono (oxigénio), etc.
A diferença de propriedades entre duas substâncias elementares constituídas pelo

mesmo elemento, está relacionada com o modo como os átomos estão associados.
Elemento químico – é uma espécie determinada por átomos que possuem todos o
mesmo número de protões e apresentam propriedades iguais.
Ex.: potássio (K), chumbo (Pb), ouro (Au), prata (Ag), etc.
Símbolos Químicos
A simbologia química, proposta pelo químico inglês John Dalton no século XIX era de
escrita e memorização muito difícil. Daí a comunidade científica adoptar os símbolos
propostos pelo químico sueco Jons Berzelius: apenas uma ou duas letras do nome do
elemento, em latim ou em grego, sendo a primeira letra maiúscula e a segunda, quando
necessária, minúscula.
Ex.: Cu (cobre), Cr (crómio), Fr (frâncio), etc.
Eugénio Manuel 27
Os símbolos químicos são o alfabeto universal dos químicos, porque são escritos do
mesmo modo em todas as línguas, incluindo as línguas que não utilizam o nosso alfabeto. E
representam:
O nome desse elemento;
Um átomo desse elemento.
Obs.: Os símbolos químicos não devem ser lidos globalmente. Devem ser lidos letra a
letra.
Tarefa
1. Escreva o número atómico, o símbolo e o nome dos elementos químicos da T.P de 1

à 30 (repetir 10 vezes).
Eugénio Manuel 28
Sumário:
Correcção da Tarefa.
Eugénio Manuel 29
Sumário:
Metais e Não-metais. Fórmulas Químicas.
Metais e Não Metais
O estudo das propriedades dos elementos demonstra que todos eles se diferenciam
uns dos outros pelas suas diversas propriedades, tais como as temperaturas de fusão e de
ebulição, a condutividade térmica e eléctrica, etc. No entanto, apesar de cada elemento
apresentar características que o distinguem dos outros, existem propriedades comuns a
muitos elementos que os permitem dividir em dois grandes grupos: os metais e os não
metais. Esta constitui a primeira classificação que se faz dos elementos.
As propriedades principais que caracterizam os metais são: a alta condutividade

térmica e eléctrica, o brilho metálico, a ductibilidade (capacidade de serem transformados em
fios finos), a maleabilidade (capacidade de serem transformados em lâminas) e a tenacidade
(resistência a serem partidos por tracção).
Os metais são sólidos à temperatura ambiente (25ºC), excepto o mercúrio (Hg) e o

frâncio (Fr) que são líquidos.
As propriedades principais que caracterizam os não metais são a má condutividade

térmica e eléctrica e poderem ser sólidos, líquidos e gasosos à temperatura ambiente.
Os não metais sólidos são frágeis e não são dúcteis nem maleáveis.
Os não metais têm aplicação na indústria medicamentosa, no fabrico de pesticidas e

fungicidas, são utilizados no tratamento de solos, em decorações e têm ainda inúmeras
outras aplicações.
Embora esta classificação seja muito útil, existem elementos cujas propriedades não
permitem encaixá-los perfeitamente num ou outro destes grupos. Estes elementos são os
semi-metais.
Eugénio Manuel 30
Fórmulas Químicas
Para representar a constituição das moléculas das substâncias moleculares utilizam-se

fórmulas químicas, a que se dá o nome de fórmulas moleculares. Estas fórmulas são obtidas
a partir dos símbolos químicos dos átomos que constituem as moléculas.
Ex.: Cl2, H2O, C2H2, etc.
Tarefa
1. Dê três (3) exemplos de metais e três (3) exemplos de não metais e os seus
respectivos símbolos químicos.
2. Diga o nome das seguintes fórmulas químicas: CaCO 3, C4H10 e NH4Cl.
3. Apresente as fórmulas químicas das seguinte substâncias: ácido sulfúrico, cloreto de

cálcio, nitrato de potássio.
Eugénio Manuel 31
Sumário:
Prova Parcelar.
Eugénio Manuel 32
Sumário:
Iões Representação de Iões. Compostos Iónicos
Iões – são partículas electricamente carregadas que provêm de átomos ou de

moléculas.
Os iões podem ser: catiões (positivos) e aniões (negativos).
Catiões – são átomos ou grupos de átomos com carga eléctrica positiva, ou seja,
partículas que perdem electrões.
Ex.: ião alumínio – Al+3, ião hidrogénio – H+, ião lítio – Li+, etc.
Aniões – são átomos ou grupos de átomos com carga eléctrica negativa, ou seja,
partículas que ganham electrões.
Ex.: ião fluoreto – F-, ião óxido – O-2, ião sulfureto – S-2, etc.
Para representar simbolicamente um ião é sempre necessário indicar a sua carga

eléctrica, em expoente, à direita.
Ex.: ião cálcio – Ca+2, ião brometo – Br-
A escrita dos compostos iónicos faz-se do seguinte modo:
O ião positivo escreve-se sempre em primeiro lugar e depois escreve-se o ião

negativo; Ex.: K+Cl-
A soma das cargas dos iões é sempre zero.
Quando não se refere explicitamente a fórmula iónica, opta-se pela fórmula mais
amplificada, nas quais não estão representadas as cargas eléctricas dos iões.
Ex.: NaCl
Eugénio Manuel 33
Tabela de Iões mais Utilizados
Catiões Aniões
Nome Símbolo Nome Símbolo
Alumínio Al+3 Acetato CH3CO2-
Amónio NH4+ Brometo Br-
Bário Ba+2 Carbonato CO3-2
Berílio Be+2 Cianato CNO-
Bismuto Bi+3 Cianeto CN-
Boro B+3 Clorato ClO3-
Cádmio Cd+2 Cloreto Cl-
Cálcio Ca+2 Clorito ClO2-
Césio Cs+ Cromato CrO4-2
Chumbo Pb+2 Dicromato Cr2O7-2
Cobalto (II) Co+2 Diidrogenofosfato H2PO4-
Cobalto (III) Co+3 Fluoreto F-
Cobre (I) Cu+ Fosfato PO4-3
Cobre (II) Cu+2 Ftalato C8H4O4-2
Crómio (III) Cr+3 Hexacianoferrato (II) Fe(CN)6-4
Estanho (II) Sn+2 Hexacianoferrato (III) Fe(CN)6-3
Estanho (IV) Sn+4 Hidreto H-
Estrôncio Sr+2 Hidrogenocarbonato (bicarbonato) HCO3-
Ferro (II) Fe+2 Hidrogenodifluoreto HF2-
Ferro (III) Fe+3 Hidrogenofosfato HPO4-2
Gálio Ga+3 Hidrogenoftalato HC8H4O4-
Hidrogénio H+ Hidrogenossulfato HSO4-2
Lítio Li+ Hidrogenossulfito HSO3-2
Magnésio Mg+2 Hidrogenossulfureto HS-
Manganês (II) Mn+2 Hidróxido HO-
Manganês (III) Mn+3 Hipoclorito ClO-
Mercúrio (I) Hg22+ Hipoiodito IO-
Mercúrio (II) Hg+2 Iodato IO3-
Níquel (II) Ni+2 Iodeto I-
Níquel (III) Ni+3 Nitrato NO3-
Ouro (I) Au+ Nitrito NO2-
Ouro (III) Au+3 Oxalato C2O4-2
Oxónio H3O+ Óxido O-2
Platina (II) Pt+2 Perclorato ClO4-
Eugénio Manuel 34
Potássio K+ Permanganato MnO4-
Prata Ag+ Peróxido O2-2
Sódio Na+ Sulfato SO4-2
Vanádio (V) V+5 Sulfito SO3-2
Zinco Zn+2 Sulfureto S-2
Tiocianato SCN-
Tiossulfato S2O3-2
Tiossulfito S2O2-2
Tri-iodeto I3 -
Pedro Dala 35
Sumário:
Pedro Dala 36
III º TRIMESTRE
Pedro Dala 37
Sumário:
Entrega e Correcção da Prova. Revisão de Conceitos do Trimestre

Passado.
Pedro Dala 38
Tema D: As Substâncias Transformam-se.
Sumário:
Como Transformar Umas Substâncias Noutras.
Na Natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma.
As transformações químicas de substâncias em outras, podem ocorrer por acção do

calor, acçãoda electricidade, acção da luz, acção mecânica ou junção de substâncias.
Transformações por Acção do Calor
Transformações por acção do calor – são as transformações que ocorrem devido ao

calor fornecido à dada substância, provocando alterações na sua estrutura interna, dando
origem à formação de novas substâncias.
Muitas outras reacções são desencadeadas por acção do calor e têm importantes
aplicações industriais, como por exemplo, o fabrico de sal, do vidro, da cerâmica, do
amoníaco (NH3) e a extracção de metais.
Transformação por Acção da Electricidade
Transformações por acção da electricidade – são as transformações que ocorrem

devido a passagem de corrente eléctrica em substâncias no estado líquido ou em solução
aquosa, fazendo-se através de um processo designado electrólise.
Pedro Dala 39
Para realizar a electrólise utiliza-se um recipiente especial com duas placas condutoras
(os electródos), que se chama voltâmetro.
A electrólise pode ser realizada com vários materiais e tem aplicações industriais muito
diversas.
Através da electrólise pode revestir-se um determinado metal por outro.
Transformações por Acção da Luz
Transformações por acção da luz – são as transformações que ocorrem devido a luz
fornecida à certas substâncias provocando a sua transformação em outras substâncias
diferentes.
As transformações por acção da luz têm aplicações na fotografia, radiografia, etc.
As películas fotográficas possuem uma camada sensível à luz. Esta é constituída por
cristais de cloreto de prata (AgCl) ou brometo de prata (AgBr) em suspensão e revestida por
uma camada gelatinosa que enegrece mais nos pontos mais atingidos pela luz, reproduzindo
a imagem do objecto fotografado.
Quando se faz uma radiografia, utiliza-se também uma película revestida de brometo de
prata (AgBr). Formam-se sobre esta película grãozinhos de prata (Ag) que podem ser
recuperados por aquecimento das películas, a altas temperaturas.
Pedro Dala 40
Sumário:
Continuação da Aula Anterior.
Transformações por Acção Mecânica
Transformações por acção mecânica – são as transformações que necessitam de

energia para se desencadearem, ou seja, ocorrem devido a intervenção directa de um
agente para a concretização da reacção química.
Há outras situações que ocorrem transformações químicas por acção mecânica.

Existem certas reacções entre determinadas substâncias, particularmente as utilizadas em
«bombas» e «estalidos» de carnaval que podem ocorrer no choque com o chão ou com as
paredes. Não é, portanto, necessária muita energia para desencadear uma explosão.
Transformações por Junção de Substâncias
Transformações por junção de substâncias – são as transformações em que as

substâncias reagem entre si, de modos muito diferentes, transformando-se em novas
substâncias.
Reacções químicas – são as modificações sofridas por uma ou várias

substâncias que dão lugar a outras substâncias com propriedades diferentes.
Entre as manifestações que podem indicar a ocorrência de uma reacção química

podemos assinalar as seguintes:
Formação de um sólido;
Desprendimento de um gás;
Mudança de coloração;
Libertação ou absorção de energia;
Pedro Dala 41
Cheiro característico;
Formação de cristais.
Tarefa
1. Como podem ocorrer as transformações químicas quando as substâncias se

transformam noutras?
2. O que entendes por electrólise?
3. Defina reacções químicas.
a) Quais são as manifestações que podem indicar a ocorrência de uma reacção

química que estudadeste?
Pedro Dala 42
Sumário:
Transformações de Substâncias e Relação com a sua Constituição.
Conservação dos Átomos nas Reacções Químicas
Lei da conservação da massa ou Lei de Lavoisier – numa reacção química a

massa total dos reagentes é igual à massa dos produtos da reacção.
A essência dessa lei está na estrutura atómico-molecular das substâncias. Durante as

reacções químicas varia somente a composição das moléculas das substâncias, mas a
quantidade de átomos e os próprios átomos não variam. A quantidade de átomos e a sua
massa antes da reacção são iguais à quantidade de átomos e a sua massa depois da
reacção.
Representação Simbólica das Reacções Químicas
Equações químicas – são esquemas de representação simbólica e universal das

reacções químicas.
Ex.: HCl + NaOH → NaCl + H2O
Para escrever uma equação química devemos seguir os seguintes passos:
Determinar as substâncias que entram na reacção e as que se obtêm como

resultado dela;
À esquerda escrevem-se as fórmulas das substâncias reagentes e à direita às das

substâncias produtos da reacção;
Entre as substâncias reagentes e as que são produtos, coloca-se uma seta dirigida
para os produtos da reacção. Se as substâncias reagentes ou os produtos, são
vários, entre as suas fórmulas coloca-se o sinal mais (+);
À direita da fórmula da substância escreve-se entre parêntesis um (s) se é sólida, um

(l) se é líquida, um (g) se é gasosa e (aq) se está em solução aquosa;
Pedro Dala 43
Colocam-se os coeficientes (números) antes das fórmulas das substâncias, de forma
tal que o número de átomos de cada elemento em ambos os membros da equação
seja igual.
Ex.: 2 HgO (s) → 2 Hg (l) + O2 (g)
2 Cu (S) + O2 (g) → 2 CuO (S)
Tarefa
1. Numa equação química, quais são os significados dos seguintes símbolos: (s), (l), (g)
e (aq)?
2. Dê o nome de cada substância envolvida na seguinte reacção química:
2 Na(s) + Cl2(g) → 2 NaCl(s)
Pedro Dala 44
Sumário:
Reacções Químicas e Temperatura.
Um aspecto importante no estudo das reacções químicas está ligado às trocas de

energia entre o sistema que reage e o meio ambiente.
Reacções exotérmicas – são as reacções que ocorrem com libertação de energia na

forma de calor, isto é, a energia é transmitida de dentro para fora do sistema químico.
Ex.: CaO + H2O → Ca(OH)2 + calor
Reacções endotérmicas – são as reacções que absorvem a energia na forma de calor,

isto é, a energia é transferida do exterior para o sistema químico.
Ex.: NH4Cl + H2O → NH4OH + HCl – calor
Equações termoquímicas – são as equações químicas em que se faz referência à

quantidade de calor libertado ou absorvido.
Reacções como Fonte de Calor
As combustões são exemplos de reacções exotérmicas. Nas reacções de combustão

distinguem-se dois (2) tipos de substâncias reagentes: comburentes e combustíveis.
Ex.: 2 C2H2 (g) + 5 O2 → 4 CO2 (g) + 2 H2O (g)
Comburente – é toda a substância que permite que o combustível seja consumido, ou

seja, provoca a combustão de outras substâncias.
Ex.: Oxigénio
Combustível – é toda substância que reage com comburente libertando energia.
Ex.: Acetileno
As combustões consideram-se como fonte de calor, uma vez que são exotérmicas, e os
combustíveis como fonte de energia.
Pedro Dala 45
Sumário:
Velocidade de uma Reacção Química.
Velocidade de uma reacção química – é a quantidade de um dos produtos formados

na reacção, no intervalo de tempo que este leva a formar-se ou através da quantidade de um
reagente que «desaparece» por unidade de tempo.
A velocidade da reacção pode exprimir-se em gramas por minuto (g/min) ou em gramas

por segundo (g/s) se medirmos a massa do produto que se forma. Também se pode exprimir
em litros por minuto (l/min) ou centímetros cúbicos por segundo (cm3/s).
Factores que Afectam a Velocidade de uma Reacção
Os factores que afectam a velocidade das reacções químicas são: a concentração dos
reagentes, a temperatura, a superfície de contacto dos reagentes, a luz e a presença ou
ausência de um catalisador.
Efeito da Concentração dos Reagentes
Quanto maior a concentração dos reagentes, maior será a velocidade da reacção.
A concentração dos reagentes está relacionada à quantidade de soluto e de solvente.

Se aumenta a concentração dos reagentes, aumenta o número de partículas dos reagentes,
aumentando o número de colisões e aumentando também a velocidade da reacção.
Pedro Dala 46
Efeito da Temperatura
Quanto maior a temperatura, maior será a velocidade da reacção.
Isso acontece porque, com o aumento da temperatura, a energia cinética das partículas
das substâncias reagentes aumenta, ou seja, elas movimentam-se em uma maior
velocidade, o que aumenta a quantidade de choques efectivos que resultam em uma reacção
mais rápida. Além disso, como a energia das partículas aumenta, isso propicia que elas
tenham a energia suficiente para reagir, que é chamada de energia de activação.
Efeito da Superfície de Contacto dos Reagentes
Quanto maior é a superfície de contacto dos reagentes maior é a velocidade das

reacções. Isso ocorre porque as reações acontecem entre as partículas que ficam nas
superfícies dos reagentes. Elas realizam colisões que, se forem efetivas (com orientação
correta e com a quantidade de energia necessária), resultarão na quebra das antigas
ligações e formação de novas ligações, ou seja, a reacção química ocorrerá. Portanto,
quanto maior for a superfície de contato, mais partículas estarão em contacto umas com as
outras, maior será a probabilidade de ocorrerem choques efetivos e mais rápida será a
reacção.
Efeito da Luz
Algumas reacções químicas ocorrem com maior velocidade quando estão na presença
de luz. A luz influencia na velocidade das reacções porque é uma energia em forma de onda
electromagnética que ajuda a quebrar a barreira da energia de activação.
Pedro Dala 47
Efeito dos Catalisadores
Catalisadores – são substâncias que aumentam a velocidade de determinadas

reacções sem participar delas, ou seja, sem serem consumidas durante a reacção.
Estas substâncias são fundamentais no desenrolar de muitas reacções, tanto no interior

dos seres vivos como na indústria química.
Os catalisadores conseguem aumentar a velocidade das reacções porque eles actuam

mudando o mecanismo da reacção por diminuir a energia de activação da reacção. Assim,
com uma quantidade de energia de activação menor, fica mais fácil para as partículas
reagentes atingirem essa energia e reagirem.
Existem também os chamados catalisadores negativos ou inibidores que funcionam ao

contrário dos catalisadores positivos, isto é, diminuem a velocidade das reacções.
Pedro Dala 48
Sumário:
Pedro Dala 49
Sumário:
Pedro Dala 50
Sumário:
Pedro Dala 51

Química 7a classe: Separação de substâncias em misturas

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Química 7a classe: Separação de substâncias em misturas

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Jass Caetano

Apresentação e Breves Considerações sobre a Disciplina de Química.

Tema A: A Química, Nós e o Mundo Material

Breve História da Química.

Importância e Objecto da Química.

Transformações Físicas e Transformações Químicas.

Breve História da Química

Há cerca de 350 anos começaram a separar-se as diversas ciências da Natureza. No

Com Lavoisier utilizando sistematicamente a balança no seu laboratório, a química

A química – é a ciência que estuda a estrutura da matéria, as suas propriedades e

Importância e Objecto da Química

O estudo da Química, bem como de outras ciências, proporciona a aquisição de

Portanto, a importância da Química revela-se na satisfação de necessidades vitais do

No nosso país há vários sectores que têm contribuído para o desenvolvimento da

Entre as indústrias mais importantes do nosso país destacam-se a de petróleo, de

O objecto da Química é a matéria. A matéria é constituída por substâncias.

Substância – é tudo aquilo que compõe um corpo físico.

Transformações Físicas e Transformações Químicas

Transformações físicas: são as transformações da matéria em que não há formação de

Ex.: As mudanças de estados físicos da água.

Transformações químicas: são as transformações da matéria em que há formação de

Ex.: A combustão do fósforo ou do papel.

Exercícios de Consolidação do Tema A – A Química, Nós e o Mundo

R: Química é a ciência que estuda a estrutura da matéria, as suas propriedades e

2. O que entendes por substância?

R: Substância é tudo que compõe um corpo físico.

3. Quando nasceu a Química, tal como hoje a conhecemos, enquanto ciência?

R: A Química, enquanto ciência, nasceu no século XVIII quando Lavoisier iniciou

4. Cita o nome do cientista que é considerado o fundador da Química.

R: O cientista que é considerado fundador da Química chama-se Antoine

5. Em que se revela a importância da Química (Qual é a importância da Química?)

R: A importância da Química revela-se na satisfação das necessidades vitais do

6. Indica o principal objectivo da Química. Assinala a hipótese correcta.

a) Estudar os fenómenos que ocorrem nos seres vivos;

b) Estudar a locomoção das aves;

c) Estudar as transformações das substâncias;

d) Estudar o ser humano.

7. Qual é o objecto da Química?

R: O objecto da Química é a matéria.

Escurecimento dos objectos de

Tema B: Os Materiais na Natureza

Possíveis Classificações dos Materiais.

Substâncias e Misturas de Substâncias. Misturas Homogéneas e Misturas

Possíveis Classificações dos Materiais

As possíveis classificações dos materiais são: quanto o estado físico, a constituição e a

Se considerarmos o estado físico em que os materiais normalmente se encontram,

Sólido – forma bem definida. Ex.: Madeira, vidro, plásticos;

Se considerarmos a constituição dos materiais, podemos classificá-los em:

Mistura de substâncias – material constituído por mais de uma substância. Ex.:

Se considerarmos a origem dos materiais, podemos classificá-los em:

Naturais – materiais que ocorrem na natureza sem a intervenção do homem. Ex.:

Substâncias e Misturas de Substâncias

Quando o material é uma mistura de substâncias, as suas propriedades variam

Misturas homogéneas e Misturas Heterogéneas. Colóides

Certas misturas que ocorrem na Natureza estão na origem de muitas substâncias

Uma maneira de classificar as misturas baseia-se na sua composição. Ser uniforme,

Misturas homogéneas – são misturas em que os seus constituintes não se identificam

Ex.: Álcool etílico concentrado a 96%.

Misturas heterogéneas – são misturas em que os seus constituintes identificam-se a

Ex.: Mistura de água e óleo.

1. Quais são os critérios de classificação dos materiais que estudaste?

2. Define misturas homogéneas e misturas heterogéneas.