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Finanças Corporativas e Gestão de

Custos

Prof. Dr. Carlos Magno Andrioli Bittencourt

15, 16, 22, 23, 29 e 30 de março


6ª - 19h00 às 22h30
Sábado – 08h30 às 12h30

Encontro 3

1
* Fundamentos de orçamento de capital e relação
risco/retorno.
*Custo de capital: visão geral do custo de capital, custo de
capital de terceiros de longo prazo, custo das ações
ordinárias (modelo de Gordon e CAPM), custo das ações
preferenciais, taxa mínima de atratividade (TMA), custo médio
ponderado (CPMC). Estimativas, orçamentos e controle dos
custos em projetos. Ciclos e Índices.
 As premissas da gestão financeira:
Fontes de renda;
• Índices financeiros;
Base de cálculo e alíquotas dos tributos vigentes e
mudanças potenciais futuras;
Taxas de inflação corrente e estimadas, com fontes de
referência e/ou procedimentos de cálculo; e,
Taxas de juros praticadas e tendências, com fontes de
referência e/ou procedimentos de cálculo.
Para Santos (2009, p. 11) a “administração financeira
tem sido de importância crescente para as empresas de
pequeno e médio porte. O sucesso empresarial demanda
cada vez mais o uso de práticas financeiras apropriadas”.
“As informações oriundas da contabilidade não são limitadas
apenas ao Balanço e ao Demonstrativo de Resultados, ela
fornece um fluxo de informações contínuo sobre os mais
diversos fatores da gestão econômico-financeira da
empresa”
(SILVA, 2010, p. 12).
Hayes (2009) afirma que os administradores de empresas,
através de instrumentos auxiliares de gestão – balanço
patrimonial, demonstração de resultados e demonstrativo de
fluxo de caixa - conseguem obter informações e
esclarecimentos a respeito de questões levantadas como:
- O que a empresa possui?
- Quais são as obrigações da empresa?
- Qual o estado de saúde financeira?
- Qual foi o lucro?
Quais são as fontes de receita e como tem utilizado seu
dinheiro?
Planejamento Financeiro de Curto Prazo:
Representa a expressão formal, em termos quantitativos, das metas
empresariais para um período específico (normalmente 1 ano).

Na prática é o Orçamento Empresarial, composto por:


 Orçamento de Vendas
 Orçamento de Produção
 Orçamento dos Custos de produção
 Orçamento das Despesas operacionais
 Orçamento de Investimentos
 Orçamento de Caixa
7
Orçamento Empresarial

Orçamento de caixa
ORÇAMENTO EMPRESARIAL
Orçamento de Vendas
 Indicar a posição financeira provável em resultado das
Orçamento do Orçamento de
operações planejadas.
Estoque Final Fabricação
 Indicar o excesso ou a insuficiência de disponibilidades.
 Indicar dos
Orçamento a necessidade de empréstimos
Orçamento dos ou a disponibilidade
Orçamento do CIF
de fundos
Custos da MPpara investimento
Custos datemporário.
MOD
 Permitir a coordenação dos recursos financeiros em relação
a: (1) Orçamento
capital de do
giroCusto Produtos
total; Vendidos
(2) vendas; (3) investimentos; e (4)
OrçamentoOcapital de terceiros.
Orçamento dos Custos de Projeto/P&D
peracional  Estabelecer bases sólidas para a política de crédito.
 EstabelecerOrçamento
bases dos Custospara
sólidas de Marketing
o controle corrente da
posição financeira.
Orçamento dos Custos de Distribuição
Orçamento dos Custos-Serviços Cliente
Orçamento dos Custos Administrativos
Orçamento Projeção do Demonstrativo de Resultado
Financeiro
Orçamento de Orçamento de Projeção do Balanço Projeção do Fluxo de 9
Capital Caixa Patrimonial Caixa
ORÇAMENTO DE CAIXA

ORÇAMENTO DE CONTAS A RECEBER

Janeiro Fevereiro Março Abril


Contas a Receber - 60.000
dezembro
Vendas - Janeiro 144.000 96.000
Vendas - Fevereiro 168.000 112.000
Vendas - Março 192.000 128.000

Total Entradas 204.000 264.000 304.000 128.000

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ORÇAMENTO DE CAIXA

ORÇAMENTO DE PAGAMENTO DE FORNECEDORES

Janeiro Fevereiro Março Abril


Fornecedores 12.000
Dezembro
Compras 15.500 15.500
Janeiro
Compras 18.000 18.000
Fevereiro
Compras 20.500 20.500
Março

Total Saídas 27.500 33.500 38.500 20.500

11
Quando analisados os aspectos da gestão baseada na
criação de valor, observa-se que os mecanismos da
Contabilidade e Finanças funcionam como instrumentos
essenciais.

No campo das Finanças Empresariais tem-se que o


objetivo primordial está associado com a busca pela
maximização de riqueza para os acionistas.

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Indicadores de desempenho

Os indicadores de desempenho que são recorrentemente


utilizados nas análises empresariais são:

Retorno sobre o investimento (ROI);

Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE);

e o Lucro Residual (RI).

RI = lucro menos o custo de capital

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Custo de capital e classificação
De acordo com Barros, Matos e Calouto (2015) o custo de
capital poderá ser classificado em três tipos, sendo eles:

• Custo de capital de terceiros – representando a


contratação de empréstimos (capital) no mercado
monetário;

• Custo de Capital próprio – representando o custo do


patrimônio líquido, ou seja, do capital oriundo dos
responsáveis pela empresa;

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Custo de capital e classificação

De acordo com Barros, Matos e Calouto (2015) o custo de


capital poderá ser classificado em três tipos, sendo eles:

• Custo médio ponderado de capital – representando


uma participação mista dos capitais da empresa, ou seja,
seu endividamento é composto por capital de terceiros e
capital próprio.

15
IFRS

Em busca de uma única linguagem contábil


entre países, o International Financial Reporting
Standards (IFRS) foi instituído como um único
padrão sugerido para todos os países.

Normas Internacionais de Relatórios Financeiros

16
Demonstrações Contábeis

As Demonstrações Contábeis possuem a característica de


transmissão de dados econômicos para gestores e
demais usuários, a procura de lhes fornecer
conhecimento aprofundado sobre determinada entidade
para a tomada de decisões a partir de índices e análises.

17
Análise das demonstrações contábeis

A Análise das demonstrações contábeis


transforma os dados fornecidos pelas
demonstrações contábeis em informações, as
quais servirão como base para a tomada de
decisão.

18
Objetivo da análise depende do usuário - Atores
Os investidores se interessam pelo retorno do
investimento, bem como o risco e o pagamento de
dividendos.

Os credores e fornecedores estão interessados na


capacidade de pagamento da empresa, pois querem
verificar se a empresa tem condições de cumprir os prazos.

Os sindicatos e empregados se interessam pela estabilidade


e lucratividade, como também a capacidade de pagamento
dos salários, entre outros benefícios.

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Objetivo da análise depende do usuário - Atores
• Os clientes verificam a capacidade operacional da
empresa.

• Os Bancos - para a aprovação de limites de créditos e


empréstimos, as instituições financeiras fazem o uso dos
relatórios da organização.

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Objetivo da análise depende do usuário - Atores
• E o governo necessita verificar as atividades da
empresa para estabelecer políticas fiscais,
acompanhar a arrecadação.

• E o público de maneira geral, pode vir a ter interesse


sobre o desempenho da empresa, verificando assim o
desenvolvimento de sua região, cidade (MARTINS;
MIRANDA; DINIZ, 2014).

21
Medidas tradicionais de avaliação de desempenho

1) ROI – Retorno sobre investimento: é o quociente entre


o lucro e o investimento;

2) ROA – Retorno sobre o ativo: é o quociente


que demonstra como os administradores estão
utilizando os ativos;

3) ROE – Retorno sobre patrimônio líquido: visa


medir a rentabilidade sobre os recursos investidos
pelos proprietários;
22
Medidas tradicionais de avaliação de desempenho

4) RONA – Retorno sobre ativos líquidos: é a relação entre


o lucro operacional líquido após imposto de renda e o
total de ativos;

5) LPA – Lucro por ação: é a relação entre o lucro líquido e


o número de ações da empresa;

6) P/L – Índice preço/lucro: é a razão entre o preço de


mercado da ação e o lucro por ação.

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CUSTO E RETORNO DO INVESTIMENTO

ROI - Retorno sobre o Investimento

Um dos principais indicadores de desempenho é o Return


on Investiment - ROI, representa a genuína taxa de
retorno de investimento empresarial.
Mostra quanto a empresa obteve de resultado em
relação ao investimento realizado.

Fórmula:
ROI = Lucro operacional líquido (ajustado) x 100 /
Investimento
24
CUSTO E RETORNO DO INVESTIMENTO

Esse indicador ajusta o lucro operacional líquido,


excluindo as despesas financeiras do lucro operacional.

Esse lucro líquido ajustado advém só da ideia de


investimentos, refere-se “ao lucro que ativos geraram na
consecução das atividade-objeto da empresa.

“Core business” 25
CMPC Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC )

“Weighted Average Cost of Capital” WACC evidencia a


média ponderada dos custos de capital tanto dos
acionistas como do capital de terceiros, representando
dessa forma o quanto de retorno mínimo deverá ser
retornado àqueles que forneceram capital para a
organização.

26
CMPC Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC )
Conforme Guthrie (2012), o WACC é entendido
conceitualmente como sendo um aspecto crucial na
determinação do custo econômico total de determinado
projeto, evidenciando não apenas suas despesas de
capital, mas também a busca pela redução desse custeio
com vista ao crescimento empresarial.

27
CMPC Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC )
Conforme Marquezan e Brondani (2006) é um

método utilizado como taxa de juros compostos

para o desenvolvimento de análises de investimentos


com base no Valor Presente Líquido - VPL, tendo em vista
que a estruturação de capitais representa e impacta
diretamente no valor da empresa, bem como em futura
geração de fluxos de capitais.
28
CMPC Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC )

Para Araújo, Lima e Assaf Neto (2006), o custo total desse


capital representa a expectativa de retorno para as
diversas fontes fornecedoras de financiamento, ou seja,
provenientes de capital próprio e de terceiros.

29
CMPC Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC )

A variável WACC (Weighted Average Cost of Capital ou


Custo Médio Ponderado de Capital) representa o custo
implícito de capital das firmas ou o chamado risco da
estrutura interna de capital da empresa.

O WACC representa o risco interno (próprio) da estrutura


de capital de cada empresa.

30
CMPC Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC )

• Quanto ao aspecto endividamento, Assaf Neto (2006)


define que os indicadores de endividamento são
utilizados para aferir a composição das fontes passivas de
recursos de uma empresa. Dessa forma, eles indicam
como os recursos de terceiros são utilizados pela
empresa e qual a sua participação no passivo total.

31
O custo de capital da empresa é utilizado como medida
de avaliação da atratividade econômica de um
investimento, de referência para análise de desempenho
e viabilidade operacional e de definição de uma estrutura
ótima de capital. A estimação do custo de capital próprio
pode ser obtida por meio de diversos modelos.

32
A verificação pode ser ex post ou ex ante.

A verificação ex post do custo de capital próprio é


baseada na análise dos retornos realizados.

A verificação ex ante do custo de capital próprio é


baseada nas previsões de retornos.

33
CMPC Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC )

A fórmula pertinente ao WACC foi descrita por Assaf Neto


e Lima (2009) da seguinte forma:

34
CMPC Custo Médio Ponderado de Capital

(WACC )
No qual:
WACC = custo médio ponderado do capital;
Ke = custo do capital próprio;
Kd = custo do capital de terceiros antes dos
impostos;
E = valor de mercado do capital próprio da empresa;
D = valor de mercado do capital de terceiros da
empresa
E + D = valor de mercado do capital total;
35
Capital Asset Pricing Model (CAPM)

•É um dos mais aplicados no mercado de verificação ex


post. Esse modelo captura a exposição de um ativo a
todo o risco de mercado em um número, o beta do ativo,
definido por meio da covariância entre o ativo precificado
e um índice do mercado de todos os ativos disponíveis
para investimento.

36
Capital Asset Pricing Model (CAPM)

O CAPM utiliza dados históricos para calcular o


prêmio pelo risco*.

* A diferença entre os retornos médios sobre


ações e os retornos médios sobre títulos livres de
risco por um período histórico.

37
Modelo de crescimento de Gordon

•O modelo de crescimento de Gordon (1959) é


definido pelos retornos exigidos para cada ação
de cada empresa, e o preço de mercado da ação,
que é determinado pelos dividendos futuros
esperados, que crescem a uma taxa constante.

38
Risco
• A reputação corporativa é uma representação do
resultado das ações organizacionais (FORBRUN; SHANLEY,
1990).

• O capital reputacional é criado quando a companhia


desenvolve ações que estimulem os funcionários a
trabalharem melhor, os clientes a comprarem seus
produtos e seus investidores a comprarem suas ações.

39
Risco

• Todavia existe o risco reputacional, que é


definido como a possibilidade de ganho ou perda
do capital reputacional

(MACHADO FILHO; ZYLBERSZTAJN, 2003).

40
Risco

Entre as ações para melhoria do capital


reputacional, têm-se, segundo Forbrun, Gardberg
e Barnett (2000), as ações de responsabilidade
social e ambiental, que aumentam o capital
reputacional por meio de valor excedente entre o
valor de mercado, o valor de liquidação e o capital
intelectual ...

41
Risco

... gerando oportunidades e diminuição dos riscos


potenciais de sua conduta no mercado, o que
ocasiona o aumento do valor da empresa e,
consequentemente, proporciona a minimização
do seu custo de capital

(MACHADO FILHO; ZYLBERSZTAJN, 2003).

42
Risco

•Segundo Cyert e March (1963), quando existe uma folga


financeira, a empresa pode investir em programas de
responsabilidade social, o que aumentará a reputação
corporativa ao longo do tempo. Herremans, Akathaporn
e McInnes (1993) verificaram que empresas com maior
reputação corporativa obtiveram maior valor de mercado
e menor risco.

43
Custos em Projetos
Gerenciamento dos custos

Segundo o PMBOK (2017) o gerenciamento dos custos do


projeto inclui os processos usados em planejamento,
estimativa, orçamento, financiamento, gerenciamento e
controle dos custos, para que o projeto possa ser
realizado dentro do orçamento aprovado.

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Custos em Projetos
Gerenciamento dos custos

Os processos de Gerenciamento dos Custos do Projeto


são:

Planejar o gerenciamento dos custos;

Estimar os custos;

Determinar o orçamento;

Controlar os custos.
45
Custos em Projetos
Estimar os Custos

Estimar os Custos é o processo pelo qual se desenvolve


uma estimativa dos custos dos recursos necessários para
executar o trabalho do projeto. O principal benefício
deste processo é que define os recursos monetários
necessários para o projeto. Este processo é realizado
periodicamente ao longo do projeto, conforme
necessário.
46
Custos em Projetos
Determinar o Orçamento

O processo Determinar o Orçamento agrega os custos


estimados de atividades individuais ou pacotes de
trabalho para estabelecer uma linha de base dos custos
autorizada.

47
Custos em Projetos
Determinar o Orçamento

O principal benefício deste processo é a determinação da


linha de base dos custos para o monitoramento e o
controle do desempenho do projeto. Esse processo é
realizado uma vez ou em pontos predefinidos no projeto.

48
Custos em Projetos
Controlar os custos

Controlar os custos é o processo de monitoramento do


andamento do projeto para atualização do seu
orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha
de base dos custos.

O principal benefício deste processo é manter a linha de


base dos custos atualizada ao longo de todo o projeto.

49
INDICADORES DE
ENDIVIDAMENTO

Os índices de endividamento mostram o relacionamento


entre as fontes de recursos (próprio e de terceiros), ou
seja, a relação do:

Patrimônio Líquido (representante do capital próprio)

com o:

Passivo Circulante e o Passivo Exigível a Longo Prazo


(representante do capital de terceiros).

50
ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS

Esse índice é expresso em porcentagem e mostra o


montante do ativo total financiado por recursos de
terceiros.

Índice de participação de capital de terceiros = (Exigível total / Ativo Total) X 100

Balanço Patrimonial

51
GRAU DE ENDIVIDAMENTO

Esse índice é expresso em valores relacionados e


comparados a cada R$ 1,00. Sendo assim para cada R$ 1,00 de capital
de terceiros tem-se um valor equivalente de capital próprio.

Grau de endividamento = Capital Próprio / Exigível Total

Balanço Patrimonial

52
Alguns Conceitos

Capítulo 9

 Ativo operacional
 Ativo operacional Operacionalidade dos ativos é
líquido relevante para análise financeira!
 EBITDA Que ativos são efetivamente
 NOPAT operacionais?
 EVA

53
ATIVOS OPERACIONAIS E NÃO OPERACIONAIS

Capítulo 9

OPERACIONALIDADE DOS ATIVOS

 Ativos operacionais são os ativos necessários às


atividades operacionais da empresa, sendo composto por
itens do ativo circulante e itens do ativo não circulante.

 Por decorrência, ativos não operacionais são aqueles que


não estão ligados às atividades principais da empresa.

54
EBITDA

O EBITDA (Earnings, Before Interrest, Taxes, Depreciation and


Amortization) ou LAJIDA no Brasil, significa o Lucro antes do
pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização.
EBITDA
Capítulo 9

Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization


 Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização

NOPAT

Net operating profit after taxes


Lucro operacional líquido após impostos

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NOPAT versus EBITDA = Qual é melhor ?
Capítulo 9

NOPAT é o lucro
operacional líquido
após os impostos.
É o que resta para
remunerar o capital
(PL + 3ºs)

EBITDA é o lucro antes


dos juros, impostos,
depreciações e
amortizações.
Não é fluxo de caixa

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EVA - Economic Value Added - Valor Econômico
Adicionado

Um mecanismo que objetiva a determinação da


lucratividade real de determinada empresa,
representando basicamente a renda obtida pela
empresa após as deduções dos custos de capital
empregados, sendo isso feito por meio da combinação
dos aspectos oriundos da contabilidade financeira.

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EVA - Economic Value Added
EVA possui os seguintes componentes em sua equação:
EVA = NOPAT - C% x TC
No qual:
EVA: significa Valor Econômico Adicionado
(Economic Value Added);
NOPAT: significa Lucro Operacional Líquido depois
dos Impostos (Net Operating Profit After Taxes);
C%: refere-se ao percentual do Custo do Capital
investido;
TC: refere-se ao Capital Total Investido.
59
EXEMPLO DE EVA
Capítulo 9
Capital utilizado
pela empresa

Custo médio
ponderado do
Capital utilizado pela
empresa

Resultado gerado
pela empresa

Valor gerado
pela empresa

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ECONOMIC VALUE ADDED – EVA

 EVA considera o custo médio ponderado de capital (próprio


Capítulo 9

+ terceiros). O custo do capital próprio é a taxa de retorno


exigida pelo acionista

 Lucro contábil considera apenas o custo da dívida

 EVA considera o resultado estritamente operacional obtido


com os ativos operacionais

 Geração (EVA >0) de riqueza

 Destruição (EVA < 0) de riqueza

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Ciclos de Financiamento
A identificação dos dias de financiamento, que são representados
por ciclos, é caracterizada da seguinte forma:
CICLO CARACTERÍSTICAS

Confronta o espaço de tempo para a realização


monetária das vendas com o prazo que se tem de
Ciclo pagamento das compras, onde pode ser identificado se a
Operacional empresa está operando com superávit ou déficit
financeiro em seu ciclo operacional.

Ciclo Compreende o período entre a data da compra até o


Financeiro recebimento do cliente.
Tempo em que a mercadoria permanece em estoque,
Ciclo desde a aquisição dos produtos até o ato da venda, não
Econômico levando em consideração o recebimento das mesmas.

Fonte: SILVA, 2012 62


Índices de Rentabilidade
Índices relacionados com a lucratividade

ÍNDICES DEFINIÇÃO

Representa o percentual monetário do que sobrou das vendas,


depois dos custos dos produtos ou mercadorias. Quanto maior
Índice de
melhor, pois sugere que a situação financeira da empresa, se
Margem Bruta
mostra boa, já que os custos para a realização da venda foram
bem menores do que a receita obtida.
Índice de Representa o percentual monetário das sobras depois dos
Margem custos e das despesas relacionadas à operação da empresa.
Operacional

Índice de Depois dos custos, despesas operacionais e demais, além dos


Margem impostos, a sobra se caracteriza como margem líquida. Quanto
Líquida maior for a margem líquida, melhor será a atuação financeira da
empresa.

Fonte: Bruni, 2014. 63


Índices de Rentabilidade
Índices relacionados com a lucratividade

ÍNDICES DEFINIÇÃO

Representa o percentual que indica o ganho obtido


sobre as vendas realizadas. A lucratividade responde
Índice de
se o negócio consegue gerar vendas o suficiente para
Lucratividade
pagar os custos e as despesas e ainda gerar lucro.

Índice de Este índice indica o percentual de retorno do


Rentabilidade investimento realizado pela empresa.
Indica o grau de risco ao qual a empresa está
Grau de
submetida, quando existe a presença de capital de
Alavancagem
terceiros na estrutura do capital, identificando se a
Financeira
entidade está ou não alavancada.
Fonte: Bruni, 2014. 64
Índices de Rentabilidade
Índices relacionados com a lucratividade

ÍNDICES CÁLCULO

Indica a relação total de vendas que foram produzidas


Giro do Ativo com o ativo da empresa, mostrando a quantidade de
giros que o ativo obteve em determinado período.

Fonte: Bruni, 2014. 65


Índices de Rentabilidade
Cálculo índices de lucratividade
ÍNDICES CÁLCULO

Margem Bruta Lucro Bruto / Receita Líquida de Vendas

Margem Lucro Operacional / Receita Operacional Líquida


Operacional

Margem LAJIR (lucro antes dos juros e do Imposto de Renda)


Líquida / Receita Líquida de Vendas

Lucro Líquido / Receita Bruta de Vendas


Lucratividade

Fonte: Bruni, 2014. 66


Índices de Rentabilidade
Cálculo índices de lucratividade

ÍNDICES CÁLCULO

Rentabilidade
Lucro líquido / Ativo Total %
do Ativo

Lucro Operacional Antes dos Juros / Lucro Depois


Alavancagem
dos Juros
Financeira

Giro do Ativo Receita / Ativo Total

Fonte: Bruni, 2014. 67


REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BARROS, M.E.; MATOS, R.M.; COLAUTO, R.D. Capitais de terceiros, despesas


financeiras e custo médio ponderado de capital em empresas listadas na BM &
FBovespa. In: Congresso Brasileiro de Custos, 22., 2015, Foz do Iguaçu. Anais... Paraná,
2015, p.1-14.

BRUNI, Adriano Leal. A análise contábil e financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 4 v.

FOMBRUN, Charles; SHANLEY, Mark. What´s in a name? Reputation Building and


Corporate Strategy. Academy of Management Journal, v. 33, n. 2, p. 233-258, 1990.

GUTHRIE, G. Regulated prices and real options. Telecommunications Policy, v.36, n.8,
p.650-663, 2012.

MARQUEZAN, L.H.F.; BRONDANI, G. Análise De Investimentos. Revista Eletrônica de


Contabilidade Curso de Ciências Contábeis UFSM, v.3, n.1, 2006.

MARTINS, Eliseu; MIRANDA, Gilberto José; DINIZ, Josedilton Alves. Análise didática das
demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2014.

SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações


68
contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 250 p.

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