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Uso Exclusivo do Seminário e Instituto Batista Bereiano

Prof. Carlos Jr------------------------------Teologia Bíblica do AT, 2019.1------------------------------Curso Bacharel

INTRODUZINDO O REINO

O reino de Deus é o maior tema da Escritura. O alvo deste livro é apresentar uma
teologia bíblica do reino de Deus compreensível sob uma nova perspectiva criacionista. Deixe-
me definir o que quero dizer com isso.
Primeiro, esta é uma teologia bíblica do reino. Ela examina uma ampla variedade de
passagem do reino tanto do Antigo Testamento (AT) quanto do Novo Testamento (NT). Esta obra
traça o tema do reino de Gênesis 1 a Apocalipse 22, com muitas paradas ao longo do caminho. O
alvo é ser compreensível, examinando e harmonizando a maioria das passagens do reino, particu-
larmente aquelas que abordam a natureza e o tempo do reino. Além disso, quando o reino interage
com outros temas importantes como as alianças, promessa, descendência, salvação, povo de Deus,
e outros, este trabalho aborda aqueles que se relacionam com o reino.
Existem duas razões para adotar uma abordagem de teologia bíblica. Primeiro, é útil
olhar o tema do reino a partir da perspectiva desdobrada da revelação progressiva. A doutrina do
reino desdobra-se através do cânon das Escrituras ao longo de muitos séculos. Segundo, esta
abordagem satisfaz meu desejo ao abordar uma ampla variedade de passagens do reino, incluindo
muitas que são frequentemente negligenciadas. Em resumo, este livro pesquisará muitas passa-
gens do reino para lidar com toda sorte de evidências.
Em adição, este livro oferece uma nova perspectiva criacionista no reino. O que é
essa nova perspectiva criacionista? É uma compreensão holística do reino que dá justiça às di-
mensões multifacetadas do programa do reino de Deus. A nova abordagem criacionista afirma
que o programa do reino de Deus envolve tanto elementos espirituais como materiais. Também
reconhece a importância de indivíduos, a nação de Israel, os povos gentios e a igreja. Além disso,
esta perspectiva entende que Jesus, o Messias, é o centro do programa do reino e Aquele que
restaura todas as coisas (Cl 1.15-20) através de suas duas vindas a terra. Todos estes desempe-
nham um papel no reino.
O título “nova criacionista” é baseado no modelo dos propósitos de Deus, conhecido
como “novo modelo de criação”1. Este modelo enfatiza os aspectos físico, social, político e geo-
gráfico do reino de Deus. Isso inclui uma nova terra futura, atividades na nova terra e uma res-
surreição corporal2. Como Craig Blaising afirma, “O novo modelo de criação espera que a ordem
ontológica e o escopo da vida eterna sejam essencialmente contínuos com os da vida terrena atual,
exceto pela ausência do pecado e da morte”3. Assim, a vida eterna é incorporada a vida na Terra.
Essa abordagem “não rejeita os aspectos físicos ou materiais, mas afirma-os como essenciais para
uma antropologia holística e para a ideia bíblica de uma criação redimida” 4. Afirma a natureza
tangível do reino como ensinado em passagens como Isaías 2; 11; 25; 65; 66; Romanos 8; e Apo-
calipse 21.
Este modelo é contrário a visão super espiritualizada do reino associada com o “mo-
delo de visão espiritual”, perspectiva que rebaixa a importância de assuntos relacionados a exis-
tência física e nacional do reino. A abordagem da visão espiritual torna o reino, muitas vezes,
uma entidade espiritual, negando a importância das partes materiais e tangíveis nos propósitos de
Deus. Isto também tende a ignorar ou reinterpretar o significado do Israel nacional e as promessas
da Terra nas Escrituras.
A abordagem do novo modelo de criação, por sua vez, enfatiza a relevância futura
dos assuntos como nações, reis, economia, agricultura, o reino animal e os problemas sociais-
políticos. A vida no reino futuro de Deus será, em grande parte, semelhante aos propósitos de

1 Veja Craig A. Blaising, “Premillennialism” em Three Views on the Millennium and Beyond, ed. Darrell L. Bock
(Grand Rapids: Zondervan, 1999), 160-81. Blaising usa essa designação explicitamente e fornece uma explicação de-
talhada do que é um novo modelo de criação. Para mais discussões sobre o novo modelo de criação veja também Steven
L. James, “New Creation Eschatology and the Land”, Ph.D. diss., Southwestern Baptist Theological Seminary, 2015.
J. Richard Middleton, A New Heaven and a New Earth: Reclaiming Biblical Eschatology (Grand Rapids: Baker, 2014),
304. Nem todos que se identificam com um novo modelo de criação concordarão em todos os detalhes da profecia
bíblica, mas enfatizam o cumprimento das promessas físicas e refutam a espiritualização das promessas físicas.
2 Blaising, “Premillennialism”, 162.
3 Ibid.
4 Ibid.

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Deus para a criação antes da queda de Adão, o que certamente envolveu mais do que apenas um
elemento espiritual. Deus não criou Adão para sentar-se em uma nuvem para sempre. Adão foi
encarregado de governar na e sobre a terra para a glória de Deus. Ele falhou. Mas Jesus, que é o
Último Adão (1Co 15.45), e aqueles que se identificam com Ele, terão um reinado bem-sucedido
na e sobre a terra em cumprimento dos propósitos de Deus para a humanidade (Mt 19.28; Ap
5.10). O reino de Deus é dinâmico e ativo; não estático.
O último céu e a nova terra não são uma presença espiritual etérea no céu. Como
Moore aponta, “O ponto central do evangelho não é que iríamos para o céu quando morrêssemos.
Em vez disso, é que o céu descerá, transformando e renovando a terra e todo o universo” 5. Longe
de ser apenas uma entidade espiritual, o destino eterno dos redimidos inclui uma renovação ho-
lística da existência humana e do nosso ambiente:

A imagem, então, não é de um voo escatológico da criação, mas de res-


tauração e redenção da criação com todas as implicações: comunhão de
mesa, comunidade, cultura, economia, agricultura e pecuária, arte, ar-
quitetura, adoração - em suma, a vida em abundância.6

O modelo da nova criação é o argumento primário da igreja do final do primeiro e


do início do segundo século depois de Cristo. Foi encontrado no judaísmo apocalíptico e rabínico
e em escritores cristãos do segundo século como Irineu de Lyon 7. A perspectiva da nova criação,
como apresentada neste trabalho, é uma forma de dispensacionalismo e consistente com as ideias
apresentadas tanto no dispensacionalismo revisado, quanto no progressivo. Esta perspectiva pode
ser sumarizada nos pontos seguintes:
1. A perspectiva da nova criação afirma a importância do reino material no propósito
de Deus. A criação de Deus inclui elementos materiais e imateriais (Cl 1.16). Ambos são
importantes. O reino original de Gênesis 1-2 era físico assim como também é o vindouro.
Deus não abandonou sua criação – Ele vai restaurá-la. A perspectiva da nova criação
rejeita a tendência platônica da super espiritualização que ver as questões físicas negati-
vamente. Deus completará Seus propósitos para esta terra ser governada com sucesso.
2. A perspectiva da nova criação afirma que as promessas físicas na Bíblia serão cum-
pridas assim como os escritores da Bíblia esperavam. A Bíblia inclui muitas promes-
sas físicas (i.e. terra, prosperidade material, etc.). Assim como as promessas espirituais
como perdão dos pecados, um novo coração e a habitação do Espírito Santo foram cum-
pridas, assim também devem ser cumpridas as promessas relacionas a terra e às bênçãos
físicas, conforme as Escrituras. A nova perspectiva da criação assevera realidades espiri-
tuais, mas rejeita que a Bíblia espiritualiza, transcende ou reinterpreta as promessas físi-
cas. As promessas espirituais e físicas serão cumpridas conforme Deus prometeu.
3. A perspectiva da nova criação afirma que a nova terra vindoura será esta atual terra
purificada e restaurada. Esta terra que Deus criou “muito boa” (Gn 1.31) não está ca-
minhando para a aniquilação, mas para restauração. A criação foi submetida a futilidade
por causa do pecado do homem, mas tem “esperança”, já que a glorificação do povo de
Deus faz com que a criação seja libertada da corrupção atual (Rm 8.20). Jesus se refere a
renovação cósmica como a “regeneração” (Mt 19.28) e Pedro chama isso de “restauração
de todas as coisas” (At 3.21). A nova terra será “nova” no momento em que for purificada,
renovada e restaurada; contudo, ainda será esta “terra”. Deus fará com Sua criação tudo
o que havia projetado para ela ser.
4. A perspectiva da nova criação afirma a importância de indivíduos, Israel e nações
nos planos de Deus. Deus trabalha com vários grupos. Primeiro, Ele salva indivíduos
(Mt 11.28-29). Segundo, Deus soberanamente escolhe e usa a nação de Israel como um
meio para Seus planos (Gn 12.2; Rm 11.26). Terceiro, Deus abençoará todos os grupos

5 Russell D. Moore, “Personal and Cosmic Eschatology”, em A Theology for the Church, ed. Daniel L. Akin (Nashville:
B&H, 2007), 912.
6 Ibdi. 859. Ênfase no original.
7 Blaising, “Premillennialism”, 164.

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de pessoas e nações (Gn 12.3; 22.18; Ap 5.9). Isaías 19.16-25 promete que na vinda do
reino as nações do Egito, Assíria e Israel estarão presentes como entidades geopolíticas.
Apocalipse 21.24,26 fala de várias nações e reis trazendo suas glórias para a Nova Jeru-
salém. O evangelho está indo para todas as nações nesta era atual, mas uma era futura
está chegando quando entidades nacionais servirão ao Senhor. A Bíblia ensina a impor-
tância de indivíduos, Israel e as nações. Ela também afirma a importância da igreja, que
nessa era, é o instrumento de Deus para proclamação do reino antes que de Jesus voltar
para estabelecer o seu reino.
5. A perspectiva da nova criação afirma a importância de entidades particulares e uni-
versais. Quando se trata de realidades como Israel e as nações do mundo, ambos traba-
lham juntos em harmonia. Isaías 27.6 afirma, “Dias virão em que Jacó lançará raízes,
florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo”. Quando Deus abençoa Israel,
Ele abençoará outra nação (Am 9.11-15). Da mesma forma, quando Deus cumprir Sua
promessa de terra com Israel (Gn 15.18-21), Ele abençoará outras nações em suas terras
também (Is 19). Bênçãos universais às nações não negam as promessas particulares feitas
a nação de Israel. Nem o plano de Deus para abençoar as nações significa que Israel não
é tem mais valor nos propósitos de Deus. De fato, o cumprimento relativo ao particular
(Israel) conduz ao cumprimento do universal (o mundo). Ambos são importantes e as
promessas aos dois grupos serão cumpridas por causa de Jesus. Como as terras de Israel
e Israel são microcosmos do que Deus fará por todos os grupos de pessoas, os elementos
específicos mais restritos a Israel não precisam ser negados ou universalizados.
6. A perspectiva da nova criação afirma que o reino de Deus envolverá elementos so-
ciais, políticos, geográficos, agrícolas, arquitetônicos, artísticos, tecnológicos e zoo-
lógicos. Em Gênesis 1.26-28, Deus encarregou o homem com uma ordem real/cultural –
governar e dominar a terra. O reino de Deus não é uma existência estática e incolor no
céu, mas uma experiência vibrante e multidimensional na nova terra. O homem foi criado
para interagir com seu ambiente, incluindo a cultura. Ele continuará a fazer isso no reino
de Deus de uma maneira holística. Isso envolve harmonia internacional, tranquilidade no
reino animal, plantação de vinhas e a construção de casa (veja Is 2.2-4; 11; 65.17-25).
Isto ocorrerá por causa do Último Adão, Jesus, o Messias (1Co 15.24-28, 45), quem terá
êxito no e sobre o reino (terra) onde o primeiro Adão falhou.

A nova perspectiva criacionista também declara que o programa do reino inclui mui-
tas características que são complementares, e não mutuamente exclusivas. Algumas abordagens
do reino de Deus excluem facetas importantes. A seguir, exemplos de declarações que são muito
estreitas ou incompletas:
• “O reino não é físico; é espiritual.”
• “O reino não abrange as nações; é direcionado a indivíduos.”
• “O reino não diz respeito a Israel; é acerca de Jesus.”
• “O reino não é mais nacional; é internacional”.

Estes contrastes não são bíblicos. Eles criam dicotomias falsas entre “esta e aquela”
estrutura, quando, na verdade, “ambas” as estruturas se encaixam melhor. Às vezes, remanescen-
tes do Platonismo surgem quando somente os aspectos espirituais do reino são enfatizados ou o
reino é declarado sendo “espiritual” e não “terrestre”. A abordagem deste livro, entretanto, geral-
mente vê cenários complementares e não mutuamente exclusivos.
Outra questão importante é como o NT interage com o AT. Alguns alegam que o NT
transforma ou transcende o enredo iniciado no AT8. Mas esta obra afirma que o NT continua o

8 Por exemplo, Beale afirma, “Portanto, o enredo do NT será uma transformação do enredo do AT à medida que o NT
é considerado como um desenrolar do AT”. G. K. Beale, A New Testament Biblical Theology: The Unfolding of the
Old Testament in the New (Grande Rapids: Baker Academic, 2011), 6 [Teologia Bíblica do Novo Testamento: a con-
tinuidade teológica do Antigo Testamento no Novo (São Paulo: Vida Nova, 2018), 29]. Stephen Wellum diz que com

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enredo dos profetas do AT de uma forma literal e fácil de entender. Não é necessário transformar
ou extrapolar o enredo da Bíblia. Deus não reinterpreta Sua revelação inspirada anterior. Não há
uma mudança de realidade da expectativa do AT para o cumprimento no NT. O cumprimento do
NT é consistente com a mensagem original e a intenção dos escritores do AT. Grande continui-
dade existe entre a expectativa do AT e o cumprimento no NT 9. Isso inclui questões como o
cumprimento das promessas concernentes a nação de Israel, Jerusalém e o tempo. O cumprimento
literal das realidades do AT será cumprido ao longo das duas vindas de Jesus. Promessas não
cumpridas na primeira vinda de Jesus não necessitam ser espiritualizadas. Eles aguardam o cum-
primento literal em Seu retorno (veja Ato 3.18, 21).
Outro recurso importante deste livro é a atenção dada as possiblidades ou condições
sobre o calendário do reino. Como parte do Seu plano soberano, Deus tem determinando que a
vinda do reino na terra é baseada em certos fatores e respostas. Como William Barrick afirma,
“Parte da razão pela qual o reino de Deus ainda não chegou deriva do antagonismo consistente da
humanidade caída ao propósito soberano de Deus para o Seu próprio reino terrestre.”10 Deus de-
terminou que Seu reino está ligado com a aceitação do Messias por Israel. Passagens como Leví-
tico 26.40-45; Mateus 23.37-39; Lucas 19.41-44 e Atos 3.19-21 mostram que este é o caso. Deus
é soberano sobre todas as coisas, no entanto, as respostas humanas afetam o tempo de alguns
eventos escatológicos (veja Jr 18.1-10).
Esta obra também identifica Israel étnico e nacional como um componente central
no enredo da Bíblia. Esta obra rejeita a substituição ou o cumprimento teológico. A terra de Israel
e Israel não são sombras e tipos que se tonam sem significado quando Jesus chega. Pelo contrário,
a terra de Israel e Israel, sob a liderança do Messias reinante, são microcosmos do que Deus fará
por todos os grupos de pessoas no reino. O que é verdade para o particular (Israel e a terra de
Israel) também será verdade para o universal (outras nações e suas terras). Portanto, afirmamos
tanto o significado do Israel nacional quanto o que Deus fará por todas as nações (Rm 11.12, 15).
Finalmente, este livro não é, primariamente, sobre as várias visões do milênio 11, mas
declara fortemente o que é chamado de pré milenismo. Haverá um reino terrestre de Jesus após
esta era presente, mas antes do estado eterno. O enredo da Bíblia exige um futuro reino terrestre
do Último Adão e do Messias (Jesus) sobre a terra. Jesus e aqueles que lhe pertencem devem
reinar com sucesso no e sobre o reino (terra) onde o primeiro Adão foi encarregado de governar,
mas falhou (veja Gn 1.26-28). O reino do Messias ocorrerá antes que o estado eterno comece,
quando Jesus entregar Seu reino mediador de sucesso reinar a Deus o Pai (veja 1Co 15.24, 28).
Assim, um futuro reino terrestre antes do estado eterno é uma parte importante da narrativa da
Bíblia.
Eu espero que essa abordagem do reino seja mais do que uma busca acadêmica. O
reino é uma esperança fantástica para o crente e para todas as pessoas que confiam em Jesus.
Minha esperança é que este estudo possa ajudar a fornecer um bom entendimento do reino e atrair
devotamente as pessoas para um relacionamento mais próximo com o Rei. Como Paulo declarou
alegremente:
“Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória
pelos séculos dos séculos. Amém!” (1Tm 1.17)

a vinda de Jesus, “muitos dos temas que eram básicos para o Antigo Testamento agora tem sido transposto e transfor-
mado”. Peter J. Gentry e Stephen J. Wellum, Kingdom through Covenant: A Biblical-Theological Understanding of
the Covenants (Wheaton, IL: Crossway, 2012), 598. Os destaques nas citações acima são meus [autor].
9 Por cumprimento do NT nos referimos ao cumprimento literal da expectativa do AT através das duas vindas de Jesus,

o Messias. Não estamos falando que todos os aspectos da mensagem profética do AT tenham acontecido, mas eles
serão realizados no futuro.
10 William D. Barrick, “The Kingdom of God in the Old Testament”, em The Mastes’s Seminary Journal 23 (Fall

2012): 174.
11 Enquanto este livro aborda pontos de vista opostos do reino, às vezes, é focado principalmente em uma apresentação

positiva do reino. Não aborda todas as objeções feitas contra a visão apresentada aqui.

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