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Bruno Torrano
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Empresários são condenados
por agenciar vítim...
Por Bruno Torrano 24 de Maio de 2018
A persistência do
confinamento
Em algum ponto da sua trajetória acadêmica, o leitor, provavelmente, já ouviu 24 de Maio de 2018
a afirmação, proferida por autores da mais elevada respeitabilidade, de que a
“decadência do positivismo” possui raízes históricas bem delimitadas: está Da difícil arte de ser Jhonathan
ou Como o es...
associada à queda do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha, depois do 24 de Maio de 2018
que os juristas teriam percebido ser imprescindível (re)aproximar o direito da
ética. Propriedade como moradia ou
como renda? Uma p...
Dois fatos incontroversos sustentam o argumento: 24 de Maio de 2018
(i) por considerar a validade jurídica de uma lei uma questão independente da Rio de Janeiro: Defensoria
justiça do seu conteúdo, o positivismo jurídico sentencia, sem pestanejar, que Pública denuncia à...
24 de Maio de 2018
tanto na Alemanha nazista quanto na Itália fascista existiam ordenamentos
jurídicos em pleno funcionamento. Cito dois trechos ilustrativos: O cemitério das promessas
descumpridas: o des...
24 de Maio de 2018
”
Estados.”[ii] (Hans Kelsen)
O liberalismo escravocrata de
João Amoêdo
23 de Maio de 2018
(ii) na tentativa de se eximirem de suas responsabilidades, oficiais nazistas
utilizaram como parâmetro de defesa exatamente o argumento de que,
simplesmente, estavam cumprindo as leis válidas. LIVROS JUSTIFICANDO
Quando, no século XIX, John Austin afirmou que “a existência do direito é uma
coisa; seu mérito, outra”, ele anunciou ao mundo o mandamento número um de STALKING
qualquer positivista legítimo: o mérito moral de uma norma não é critério nem R$ 69,90
necessário nem suficiente para que se conclua pela sua validade jurídica. O erro
de muitos doutrinadores, todavia, foi não perceber que a expressão de John
Austin, caso queira fazer sentido, também implica o inverso: a validade jurídica
de uma norma não é critério nem necessário nem suficiente para que se
conclua pelo seu mérito moral. Da tese central dos juspositivistas não se segue
nem que uma norma é lei porque é boa, nem que uma norma é boa porque é lei,
tampouco que um ordenamento jurídico é moralmente legítimo pelo simples
fato de ser direito[iii].
[i] HART, Herbert. O conceito de direito. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p.
271.
[ii] KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p.
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[iii] Daí a fórmula proposta por John Gardner, que constitui a tese
fundamental do positivismo jurídico: “Em qualquer sistema legal, saber se
uma determinada norma é legalmente válida, e, portanto, se ela faz parte do
sistema jurídico em questão, depende de suas fontes, e não de seus méritos”
(GARDNER, John. Law as a leap of Faith. Oxford University Press, Kindle
Edition, posição 440).
contrapoder
O desacato e a falta de respeito à
Democracia ∠
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ISSN: 2527-0435 - Justificando.cartacapital.com.br - 2017