Professional Documents
Culture Documents
Ministério des Administração do Território São consideradas agrícolas todas as actividades que cor-
respondem ao domínio e a exploração de um ciclo biológico
Despacho n.º 514/05:
de carácter vegetal ou animal é que constituem uma ou mais
Cria uma comissão de análise das propostas remetidas ao Instituto de
Telecomunicações -Administrativas'— INATEL, no âmbito do con- etapas necessárias ao desenvolvimento do ciclo assim como
as actividades exercidas, por um explorador agrícola que
curso, limitado sem apresentação de candidaturas, destinado à im-
plementação de uma ledetelecomunicações VSAT para apoio a
administração do Estado e ao processo eleitoral. estão no prolongamento do acto de produção agrária.
no sentido do melhor aproveitamento dos solos, 2. O Governo deve estabelecer as condições e os incen-
de reconhecida aptidão agrícola; tivos à. instalação de jovens agricultores, criando condi-
d) a organização dos mercados agrícolas e silvícolas ções atractivas aos jovens para o exercício de actividades
e a melhoria da eficiência comercial, peia cria- agrárias.
ção de vias de acesso entre as regiões da produ-
ção e os centros de grandes centros populacio- ARTIGO 7.°
nais; (Incentivo ao associativismo)
2. O Estado deve pôr ao alcance dos interessados os 2. O regime do uso e aproveitamento da terra é impe-
sistemas produtivos agrícolas, tecnologias modernas de rativo relativamente aos solos contidos na Reserva Agrícola
produção, salvaguardando sempre os interesses das em- Nacional e cuja área seja superior à unidade mínima de
presas agrícolas de tipo familiar. cultura, nos termos a fixar em legislação própria.
1. A exploração da terra para fins agrários, como 1. Dimensionada a sua especificidade, a política flores-
suporte físico fundamental da comunidade é valor nacio- tal nacional é objecto de lei especial, que deve abranger os
nal, devendo respeitar-se a sua função social, no quadro dos patrimónios florestais público, privado e comunitário, que
condicionalismos ecológicos, sociais e económicos do País. atenda à compatibilidade das diferentes funções-da floresta
I SÉRIE — N.º 146 — DE 7 DE DEZEMBRO 2005 2845
e à diversidade dos sistemas florestais presentes no territó- d) o desenvolvimento de actividades conexas ou com-
rio nacional e que fomente a sua expansão, designadamente, plementares à exploração agrícola;
pela reconversão das áreas de aptidão agrícola marginal. e) a melhoria das condições de vida e de trabalho nas
explorações;
2. O desenvolvimento agrário considera, para todos os j) a compatibilização da actividade agrícola produ-
efeitos, a silvicultura como parte integrante da agricultura. tiva com a preservação dos recursos naturais.
ARTIGO 18.º
(Flora c fauna) 2. Nas zonas agrícolas desfavorecidas o processo de mo-
dernização da empresa agrícola obedece a um regime espe-
1. A flora e a fauna constituem elementos a preservar e cífico.
valorizar nos espaços envolventes da actividade agrícola,
quer como valores ecológicos e de património genético, quer 3. São igualmente medidas incentivadoras da actividade
como meios de utilização económica numa base susten- dás empresas agrícolas a criação de condições de competi-
tável. tividade dos custos dos factores de produção è de um regime
de seguro adaptado às particularidades da actividade agrí-
2. A manutenção da diversidade biológica, associada à
cola, bem como a criação de estímulos que evitem a frag-
flora e à fauna, deve ser fomentada no quadro do ordena-
mentação de empresas agrícolas bem dimensionadas.
mento do espaço rural, devendo as actividades produtivas
sujeitas a restrições nos métodos e técnicas de produção agrá-
ARTIGO 21.º
ria beneficiar de apoios compensatórios dos eventuais efeitos (Gestão da empresa agrícola)
negativos sobre o rendimento.
O Estado promove a regulamentação necessária ao esta-
ARTIGO 19.° belecimento de incentivos específicos ao sector agrário, no-
(Outros recursos naturais)
meadamente, no que respeita ao regime de instalação de
jovens agricultores, às organizações de agricultores e às ac-
1. O fomento, exploração e conservação de outros recur-
ções que visem ganhos de produtividade e acréscimos de
sos naturais, designadamente, cinegéticos, piscícolas e apí-
competitividade.
colas, associadas ou não ao património florestal, repre-
sentam um contributo importante para o aproveitamento in- CAPÍTULO IV
tegrado e sustentável do espaço rural. Mercados Agrícolas
adoptadas as formas de gestão que conciliem, a longo prazo, O funcionamento dos mercados agrícolas rege-se pelas
a sua utilização económica com os equilíbrios ecológicos, no regras gerais da economia de mercado, sem prejuízo dos me-
respeito do direito de uso e aproveitamento da terra. canismos de regularização e das medidas estruturais de apoio
à melhoria da fluidez e da transparência dos circuitos de co-
ARTIGO 20.°
(Incentivos à empresas agrícolas) mercialização.
ARTIGO 26.°
2. A qualificação dos produtos, bem como dos serviços (Objectivo)
e das empresas agro-alimentares, compreende a certificação
dos produtos com especificidades próprias ou obtidos em 1. Os objectivos da política de modernização e
condições particulares de produção e o reconhecimento dos racionalização das estruturas é o de criar capacidade compe-
sistemas de gestão da qualidade das empresas agro- titiva a todos os níveis do complexo agrícola e agro-indus-
-alimentares. trial, nomeadamente através de:
3. Os apoios à modernização são apreciados mediante a 2. A política de apoio aos rendimentos compreende,
elaboração de projectos aos quais seja reconhecida a nomeadamente a remuneração dos agricultores pela presta-
viabilidade económica, podendo ser diferenciados, regional ção de serviços que visem a conservação de recursos e a pre-
ou sectorialmente. servação da paisagem no espaço rural, com base na adopção
de tecnologias, sistemas e actividades produtivas compatí-
ARTIGO 28.° veis com aqueles objectivos.
(Ordenamento da terra para fins agrários)
2. As acções de emparcelamento podem ser da iniciativa 1. Nas zonas agrícolas desfavorecidas pode o Governo
dos particulares, das organizações agrícolas, das autarquias determinar a realização de programas especiais de desen-
locais ou do Estado, nos termos definidos por lei. volvimento rural.
Nas zonas submetidas a medidas de estruturação fundiá- 1. O Estado reconhece o papel fundamental da inves-
ria, o Estado pode reservar, pelas formas previstas na lei. ter- tigação agrária, como elemento imprescindível do desen-
volvimento agrário.
renos destinados à constituição de bancos de terras para
utilização nas referidas acções.
2. A investigação agrária deve ter em conta as necessi-
dades do mercado e dos agricultores, designadamente as ten-
CAPÍTULO VI
dências de desenvolvimento da indústria agro-alimentar e dos
Quadro dê Acções Específicas
hábitos de consumo, e dirigir-se especialmente para os sec-
tores produtivos mais bem adaptados às condições naturais
ARTIGO 30.º
(Acções específicas dè desenvolvimento) do território nacional.
O quadro dé acções específicas de desenvolvimento 3. A investigação agrária deve ser orientada para a reso-
agrário é constituído pelas acções que se integram nas lução dos problemas concretos da actividade agrária, de tal
seguintes políticas: forma que esta pOssa ser:
a) política de apoio aos rendimentos; a) compatível com a utilização sustentável dos recur-
b) política de intervenção rias zoilas desfavorecidas; sos naturais e a defesa do ambiente;
c) política de investigação agrária. b) inovadora e competitiva;
c) fonte de rendimentos equiparáveis aos outros sec-
ARTIGO 31.º tores da economia.
(Apoio aos rendimentos)
b) uma informação científica agrária eficaz, virada Nos termos do artigo 74.° da Lei Constitucional,
para o exterior, em particular para os técnicos e determino
agentes económicos do sector agrário.
1 ° — E retirada a tutela das obras do Museu das Forças
5. Os agricultores e suas organizações podem participar Armadas ao Ministério das Obras Públicas.
nas tomadas de decisões, acompanhamento e avaliação dos
organismos de investigação agrária. 2.º — A coordenação e acompanhamento passam
doravante a ser da responsabilidade do Gabinete de Obras
CAPÍTULO VII
Especiais.
Disposições Finais
ARTIGO 2.º
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (Dúvidas e omissões)
______
Despacho n.º 29/05 As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
de 7 de Dezembro aplicação do'presente diploma são resolvidas por decreto do
Conselho de Ministros.
Havendo necessidade de se empreender uma maior
celeridade às obras estruturais a efectuar no Museu das ARTIGO 3.°
Forças Armadas Angolanas, bem assim como assegurar uma (Entrada em vigor)
melhor coordenação administrativa na execução dos proce-
dimentos inerentes. Este decreto entra em vigor na data da sua publicação.