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Apelação Cível Nº 1.0106.13.

002278-8/001

<CABBCCABBCBCCABCCBBAABCCBACABDDAADAA
ADDADAAAD>
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE COBRANÇA – CITAÇÃO POR
EDITAL – NULIDADE – PRELIMINAR REJEITADA – PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS – CONTRATAÇÃO COMPROVADA – PROCEDÊNCIA DO PEDIDO –
SENTENÇA MANTIDA. Já tendo sido tentada, sem êxito, a citação da ré no
endereço informado por seu Curador Especial, não se há de falar em
nulidade da citação editalícia. Restando comprovada nos autos a
contratação de prestação de serviços pela parte ré, bem como a sua
realização pelo autor, de rigor a procedência do pedido inicial.
APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0106.13.002278-8/001 - COMARCA DE CAMBUÍ - APELANTE(S): ARTEFATOS FM
INDUSTRIA E COMERCIO LTDA REPDO(A) P/CURADOR(A) ESPECIAL DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS - APELADO(A)(S): FABIO FRANCISCO DE FARIA

AC Ó R D ÃO

Vistos etc., acorda, em Turma, a 13ª CÂMARA CÍVEL do


Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da
ata dos julgamentos, em NEGAR PROVIMENTO À APELAÇÃO.

DES. JOSÉ DE CARVALHO BARBOSA


RELATOR.

Fl. 1/5
Apelação Cível Nº 1.0106.13.002278-8/001

DES. JOSÉ DE CARVALHO BARBOSA (RELATOR)

VOTO

Trata-se de Recurso de Apelação interposto por ARTEFATOS FM


INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., citada por edital e representada pela
Defensoria Púbica do Estado de Minas Gerais, nos autos da Ação de
Cobrança movida por FÁBIO FRANCISCO DE FARIA, perante o Juízo
da 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Criminais da Comarca de
Cambuí, tendo em vista a sentença de folhas 120/122, que julgou
procedente o pedido inicial, condenando a ré a pagar ao autor a
quantia de R$ 7.920,32, corrigida monetariamente a partir da data do
ajuizamento da ação, acrescida de juros de mora de 1% ao mês, a
partir da citação.
A mesma sentença também condenou a ré ao pagamento das
custas processuais e dos honorários advocatícios, estes fixados em
15% sobre o valor da condenação.
Em suas razões recursais de folhas 133/135 suscita a
ré/apelante preliminar de nulidade da sua citação por edital.
No mérito, defende a reforma da decisão sustentando que o
autor não comprovou adequadamente ter sido efetivamente contratado
para a prestação dos serviços discriminados na petição inicial.
Sucessivamente, alega que “os elementos dos autos
demonstram que o projeto de fato não seguiu em frente”, assim
afirmando ser aplicável a cláusula 4 do documento de folhas 08/09,
pela qual o autor teria direito apenas a 20% dos honorários técnicos, o
que equivaleria à quantia de R$ 2.484,17, afirmando que ele próprio,
autor, confessou já recebido quantia superior a essa, assim pedindo a
improcedência do pedido inicial.
Ausente o preparo.
Contrarrazões a folhas 139/144.
É o relatório.
Conheço do recurso.
PRELIMINAR
Nulidade da citação por edital

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Apelação Cível Nº 1.0106.13.002278-8/001

Sustenta a apelante, através de seu Curador, que deve ser


tentada a sua citação no endereço da sede da empresa FM
Elevadores, como também era conhecida a empresa ré, a fim de
garantir a ela, apelante, ampla defesa e contraditório.
A preliminar não merece acolhimento, a uma por ser totalmente
descabida a pretensão de que a ré seja citada no endereço de outra
pessoa jurídica, e, a duas, porque também já foi tentada, sem êxito, a
citação da ré no endereço informado por seu Curador como sendo o da
empresa FM Elevadores, consoante certidão de folhas 55.
Rejeito, pois, a preliminar de nulidade da citação.
DES. NEWTON TEIXEIRA CARVALHO - De acordo com o Relator.

DES. ALBERTO HENRIQUE - De acordo com o Relator.

MÉRITO
No mérito, melhor sorte não assiste à ré/apelante.
Extrai-se dos autos que o autor ajuizou a presente ação de
cobrança alegando que é arquiteto e foi contratado pela ré para
elaboração e produção de “estudo preliminar e anteprojeto de
implantação, malha viária interna, Infraestrutura, Paisagismo,
Fechamento, Galpões de estoques e produção”; aduz que o valor final
do projeto e estudos perfaz o montante de R$ 12.420,84, tendo a ré
efetuado o pagamento de apenas R$ 4.140,00, estando pendente o
pagamento da quantia de R$ 7.920,32.
A ré foi citada por edital, a ela sendo nomeado Curador Especial,
que apresentou contestação a folhas 103/104, alegando que o autor
não comprovou adequadamente ter sido contratado para a prestação
dos serviços narrados na inicial, bem como que “os elementos dos
autos demonstram que o projeto de fato não seguiu em frente”, assim
afirmando ser aplicável a cláusula 4 do documento de folhas 08/09,
pela qual o autor teria direito apenas a 20% dos honorários técnicos, o
que equivaleria à quantia de R$ 2.484,17, afirmando que ele próprio,
autor, confessou já recebido quantia superior a essa; pediu, assim, a
improcedência do pedido inicial.

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Apelação Cível Nº 1.0106.13.002278-8/001

Houve por bem o MM. Juiz a quo julgar procedente o pedido


inicial.
Contra tal decisão insurge-se a ré, reiterando os termos de sua
contestação.
Em que pesem os argumentos expendidos pela ré, tenho que a
sentença combatida não merece reforma.
Verifica-se que o autor juntou ao processo a proposta
orçamentária referente aos serviços contratados - “Estudo Preliminar e
Ante-Projeto de implantação Malha Viária interna, Infra-Estrutura,
Paisagismo, Fechamento, Galpões de Estoques e Produção” -, que se
encontra devidamente assinada pelo representante legal da ré,
Francisco Alves Moreira, bem como a Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART, também assinada por ambas as partes, pela qual o autor
se responsabilizou pela obra perante o CREA-MG.
Além disso, também consta do “Alvará de Licença para
Construção” de folhas 11 que o projeto da obra foi elaborado pelo autor,
Fábio Francisco de Faria.
Tais documentos, como bem entendeu o d. sentenciante, são
bastantes para se comprovar a efetiva contratação e prestação de
serviços alegada pelo autor.
No tocante à alegação da ré de que já teria efetuado pagamento
superior ao devido, também não merece acolhimento.
De fato, consta da mencionada proposta orçamentária, em sua
cláusula 4, o seguinte:
4- CONTRATO DE RISCO
Serão cobrados somente 20% dos honorários referentes
a Estudos de viabilidade Técnica, Legal e Financeira
referente ao ante projeto, caso o Empreendimento
estacione ou paralise nesta fase, sendo de direito autoral
do profissional todo o planejamento, desde os primeiros
levantamentos até o projeto arquitetônico executivo.
(grifo nosso)

De uma atenta leitura de referida cláusula, verifica-se que a


previsão de pagamento parcial dos honorários aplica-se na hipótese de
paralisação da obra na fase de realização do anteprojeto, o que, in
casu, não aconteceu, tendo em vista que, como já foi dito, houve a
concessão de alvará de licença para construção com aprovação do
projeto elaborado pelo autor.

Fl. 4/5
Apelação Cível Nº 1.0106.13.002278-8/001

Por todo o exposto, NEGO PROVIMENTO À APELAÇÃO,


mantendo inalterada a sentença apelada.
Custas recursais na forma da lei.

DES. NEWTON TEIXEIRA CARVALHO

Acompanho, na íntegra, o voto do douto Relator.

DES. ALBERTO HENRIQUE - De acordo com o Relator.

SÚMULA: "NEGARAM PROVIMENTO À


APELAÇÃO."

Fl. 5/5

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