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25/03/2019 Avião – Wikipédia, a enciclopédia livre

Avião
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um  avião  ou  aeroplano  é  qualquer  aeronave  que  necessita  de  asas  fixas  e  motores  para  se  sustentar  no
ar. [1][2] Pode possuir um ou mais planos de asa, sendo estas fixas em relação ao corpo da aeronave, ou seja, que
dependem do movimento do veículo como um todo para gerar sustentação aérea. Essa definição de asa fixa
também se aplica aos que possuem asas dobráveis pois estas também só geram sustentação ao se deslocar todo
o veículo.

Duas características comuns a todos os aviões são a necessidade de um fluxo constante de ar pelas asas para a
sustentação da aeronave e a necessidade de uma área plana e livre de obstáculos onde eles possam alcançar a
velocidade necessária para decolar e alçar voo, ou diminuí­la, no caso de uma operação de pouso. A maioria
dos aviões, portanto, necessita de um aeroporto, dispondo de uma boa infraestrutura para receber adequada
manutenção e reabastecimento, e para o deslocamento de tripulantes, carga e passageiros. Enquanto a grande
maioria  dos  aviões  pousa  e  decola  em  terra,  alguns  são  capazes  de  fazer  o  mesmo  em  corpos  d'água
(hidroaviões), outros são capazes de decolar e pousar tanto na água quanto em terra (aviões anfíbios) e alguns
até mesmo sobre superfícies congeladas.

O avião é atualmente o meio de transporte civil e militar mais rápido do planeta (sem levarmos em conta os
foguetes e os ônibus espaciais). Aviões a jato comerciais podem alcançar cerca de 900 km/h,  e  percorrer  um
quarto  da  esfera  terrestre  em  questão  de  horas,  e  mesmo  pequenos  aviões  monomotores  são  capazes  de
alcançar  facilmente  velocidades  que  giram  em  torno  de  175  km/h  ou  mais  em  voo  de  cruzeiro.  Já  aviões
supersônicos, que operam atualmente apenas para fins militares, podem alcançar velocidades que superam em
várias vezes a velocidade do som (340 m/s = 1224 km/h).

Índice
História
Antecedentes
Primeiros voos motorizados
Uso militar
Uso civil
Sustentação
Tipos de aviões
Aviões a hélice acionada por motor de combustão interna
Aviões turboélice
Aviões a jato
Aviões a eletricidade
Aviões supersônicos
Projeto e construção
Produção industrializada
Componentes

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Corpo
Asas
Empenagem
Segurança
Ver também
Referências
Ligações externas

História

Antecedentes
O sonho de voar remonta, para o ser humano, desde a pré­história. Muitas
lendas,  crenças  e  mitos  da  antiguidade  envolvem  ou  possuem  fatos
relacionados  com  o  voo,  como  a  lenda  grega  de  Ícaro.  Acredita­se  que
Arquitas  de  Tarento,  filósofo  e  matemático  da  Grécia  Antiga  tenha
construído uma máquina voadora por volta do ano 400 antes de Cristo.

Leonardo da Vinci, entre outros inventores visionários, desenhou um avião,
no século XV. Com o primeiro voo feito pelo homem (Jean­François Pilâtre
de Rozier e François Laurent d'Arlandes) num aeróstato (aeronave mais leve
Arquitas de Tarento teria
que  o  ar),  um  balão,  o  maior  desafio  tornou­se  a  criação  de  um  aerodino
construído uma máquina
(máquina mais pesada do que o ar), capaz de alçar voo por meios próprios.
voadora na Grécia Antiga.
Anos  de  pesquisas  por  muitas  pessoas  ávidas  do  tão  sonhado  voo
produziram resultados fracos e lentos, mas contínuos. Em 28 de agosto de 1883, John  Joseph  Montgomery
tornou­se  a  primeira  pessoa  a  fazer  um  voo  controlado  em  uma  máquina  mais  pesada  do  que  o  ar,  em  um
planador. Outros aviadores que fizeram voos semelhantes naquela época foram Otto Lilienthal, [3] Percy Pilcher
e Octave Chanute.

Primeiros voos motorizados
No começo do século XX foi
realizado  o  primeiro  voo
numa  máquina  mais
pesada  do  que  o  ar,  capaz
de  gerar  a  potência  e
sustentação  necessária  por
si mesmo. Porém, isto é um
facto  polémico,  já  que
Wright Flyer dos estadunidenses 14­bis do brasileiro Santos Dumont Santos Dumont é creditado
Irmãos Wright
no  Brasil  e  em  diversos
países  como  o  responsável
pelo primeiro voo num avião.

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Todavia, em outras partes do mundo, o crédito à invenção do avião é dado aos irmãos Wilbur e Orville Wright
de  origem  estadunidense,  sendo  a  exceção  a  França,  onde  o  crédito  é  dado  a  Clément  Ader;  os  voos  deste,
efetuados em 9  de  outubro  de  1890, [4][5][6]  no  entanto,  são  ignorados  pelo  resto  do  mundo  por  terem  sido
realizados em segredo militar e só revelados muitos anos depois. [7][8][9]

É  curioso  notar  que,  apesar  de  não  ser  reconhecido  como  o  pai  da  aviação,  o  nome  dado  por  Ader  à  sua
invenção,  "avion"  (avião  em  francês),  é  usado  em  todas  as  línguas  latinas  para  designar  o  aparelho  mais
pesado que o ar. [4][5][6][7][8][9]

Uso militar
As  guerras  na  Europa,  em  especial,  a  Primeira  Guerra  Mundial,
serviram  como  palco  de  testes  para  o  uso  do  avião  como
armamento. Primeiramente visto por generais e comandantes como
um "brinquedo", o avião provou ser uma máquina de guerra capaz
de causar sérios estragos nas linhas inimigas. Na Primeira Guerra
Mundial,  grandes  ases  surgiram,  dos  quais  o  maior  foi  o  alemão
Barão Vermelho. Do lado aliado,  o  ás  com  a  maior  quantidade  de
aeronaves abatidas foi René Fonck da França.
Biplano Qantas De Havilland, c.
1930
Após a Primeira Guerra Mundial, os aviões passaram por inúmeros
avanços tecnológicos. Em 1919, os britânicos John Alcock e Arthur
Whitten Brown  realizaram  a  primeira  travessia  transatlântica  em
um avião. Associando­se a Artur Sacadura Cabral, Gago  Coutinho
realizou em 1921 a primeira  travessia  aérea  do  Atlântico  Sul. João
Ribeiro  de  Barros  foi  o  primeiro  nas  Américas  a  realizar  uma
travessia  aérea  transatlântica,  em  28  de  abril  de  1927.  Charles
Lindbergh tornou­se a primeira pessoa a cruzar o Oceano Atlântico
num  voo  solo  sem  escalas,  em  20  de  maio  de  1927.  Os  primeiros
voos  comerciais  foram  realizados  entre  os  Estados  Unidos  e  o Me 262, primeiro avião a jato do
Canadá, em 1919. O motor a reação estava em desenvolvimento na mundo
década  de  1930,  sendo  que  aviões  a  jato  militares  já  estavam
operando na década de 1940.

Aviões  a  jato  fazem  uso  de  motores  para  gerar  o  impulso  necessário  para  fazer  o  avião  decolar.  Os  aviões
desempenharam  um  papel  fundamental  na  Segunda Guerra Mundial,  tendo  presença  em  todas  as  batalhas
mais importantes e conhecidas da guerra, especialmente no Ataque a Pearl Harbor, nas batalhas do Pacífico e
no  Dia  D.  Também  constituíam  parte  essencial  de  várias  das  novas  estratégias  militares  da  época,  como  a
Blitzkrieg alemã ou os porta­aviões americanos e japoneses. Neste período surgiram outras inovações, como o
Horten Ho 229, a asa voadora dos irmãos Horten.

Em outubro de 1947, o americano Chuck Yeager, no seu Bell X­1, foi a primeira pessoa a ultrapassar a barreira
do som. O recorde mundial de velocidade para um avião de asa fixa tripulada é de 7297 km/h, Mach 6,1, da
aeronave X­15. Durante o bloqueio de Berlim,  aviões,  tanto  militares  quanto  civis,  continuaram  a  alimentar
Berlim Ocidental com suprimentos, em 1948, quando o acesso a suprimentos via ferrovias e estradas à cidade,
completamente cercada pela Alemanha Oriental, foi bloqueado, por ordem da União Soviética.

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Uso civil
O  primeiro  jato  comercial,  o  De Havilland Comet,  foi  introduzido
em  1952,  e  o  primeiro  jato  comercial  de  sucesso,  o  Boeing  707,
ainda  na  década  de  1950.  O  Boeing  707  iria  desenvolver­se
posteriormente  no  Boeing  737,  a  linha  de  aviões  de  passageiros
mais usada do mundo, no Boeing 727, outro avião de passageiros
bastante  usado,  e  no  Boeing  747,  o  maior  avião  comercial  do
mundo até 2005, quando foi superado pelo Airbus A380.

Concorde da British Airways em Em  1962,  o  North  American  X­15  pilotado  por  Robert  White
1986
tornou­se o primeiro avião à chegar a termosfera, a uma altitude de
95.936 metros, o X­15 também foi a primeira aeronave hipersônica,
conseguindo atingir uma velocidade 5x maior que a do som. O primeiro avião supersônico comercial do mundo
foi o Tupolev Tu­144, seu primeiro voo foi em 31 de dezembro de 1968, ele também é o maior avião supersônico
já construído.

Em 1988, como parte do programa espacial soviético para transporte de ônibus espacial e de carga, é lançado o
Antonov An­225, o maior avião já construído, capaz de transportar 250 toneladas. [carece de fontes?]

Sustentação
Um avião alça voo devido às reações aerodinâmicas que acontecem
quando  ar  passa  em  alta  velocidade  pela  asa.  Quando  isto
acontece,  ele  é  forçado  a  passar  por  baixo  e  por  cima  desta  ao
mesmo  tempo.  O  comprimento  da  asa  é  maior  na  parte  superior
graças a uma curvatura e, em razão disto, o ar em velocidade não
possui  pressão  suficiente  para  retornar  ao  perfil  desta  curvatura,
gerando uma zona de baixa pressão na parte superior posterior da
asa. Estando a pressão na parte inferior bem maior, em razão desta
face não possuir um perfil curvado, mas mais próximo de uma reta, Boeing 747 da Air New Zealand
a  asa  se  vale  da  diferença  de  impacto  gasoso  do  ar  atmosférico levanta voo do Aeroporto
(maior em baixo, menor em cima) para adquirir sustentação. Internacional de Christchurch, Nova
Zelândia.
Algumas explicações invocam uma interpretação errada a partir do
Princípio de Bernoulli, afirmando que o fluxo de ar na parte de cima
de uma asa é mais rápido que na parte de baixo. A verdade é que
ambos os fluxos possuem velocidades praticamente iguais, porém
com  direções  diferentes.  Ensaios  exaustivamente  repetidos
mostram que uma molécula de ar que flui na parte inferior de uma
asa  a  percorre  muito  mais  rápido  que  uma  mesma  molécula  na
parte  superior,  obviamente  pelo  fato  lógico  de  se  deslocar  numa
trajetória  mais  direta  e  não  curva,  como  acontece  na  superfície
superior.  Embora  muito  presente  em  quase  todas  as  explicações
Um Cessna 172, um avião
sobre  aerodinâmica,  a  teoria  do  ar  mais  rápido  em  cima  da  asa  é
monomotor.
uma  explicação  errada  e  ilógica,  pois  não  há  fonte  energética  que

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acelere o ar acima de uma asa. Trata­se apenas de uma questão de perfil de asa e aerodinâmica. É claro que o
efeito do impacto das moléculas de ar de forma mais drástica na parte inferior da asa permite que esta, livre e
em suas condições normais, tenda sempre à subir, nunca a descer.

Os aviões necessitam de uma velocidade elevada para que a diferença entre a pressão do ar sob e sobre a asa
seja suficiente para a sustentação da aeronave. Devido a essas altas velocidades, um avião precisa percorrer
uma  certa  distância  em  solo  antes  de  alcançar  a  velocidade  suficiente  para  a  decolagem,  o  que  justifica  a
necessidade  de  uma  pista  de  pouso  e  decolagem  em  terreno  longo  e  plano  para  a  atingir.  Para  aeronaves
maiores e mais pesadas, maior terá de ser o comprimento da pista e a velocidade necessária para a decolagem,
dado o maior esforço necessário. A pista também atende ao propósito inverso: permite que a aeronave toque o
solo em alta velocidade e tenha espaço para frenar com segurança, transitando suavemente entre veículo aéreo
para terrestre novamente.

Tipos de aviões
Quanto ao número motores, os aviões classificam­se em monomotores, bimotores, trimotores, quadrimotores.
Alguns modelos, como o Antonov 225 e o experimental Hughes H­4 têm seis e oito motores, respectivamente.

Quanto ao tipo de motores e propulsão, os aviões podem ser a hélice acionada por um motor de combustão
interna, turboélice, a jato e hélice acionada por motor elétrico.

Quanto à velocidade, os aviões pode ser subsônicos e supersônicos.

Aviões a hélice acionada por motor de
combustão interna
Antes dos adventos do turbojato e turboélice, que se difundiram a
partir  da  década  de  1940, [10]  os  aviões  utilizavam  motores  de
combustão  interna  para  acionar  diretamente  o  eixo  da  hélice,
criando  o  empuxo  necessário  para  a  movimentação  da  aeronave, Antonov An­22, o maior turboélice da
como o Junkers Ju 49. história.

Aviões turboélice
Aviões turboélices são aqueles que fazem uso de motores à reação (jato) para impulsionar uma turbina ligada
ao  eixo  da  hélice.  Em  particular  os  turboélices  são  relativamente  silenciosos,  mas  possuem  velocidades,
capacidade  de  carga  e  alcance  menores  do  que  os  similares  a  jato.  Porém,  são  sensivelmente  mais  baratos  e
econômicos do que os aviões a jato, o que os torna a melhor opção para pessoas que desejem possuir um avião
próprio ou para pequenas companhias de transporte de passageiros e/ou carga.

Aviões a jato
O  primeiro  avião  com  um  propulsor  a  jato,  denominado  termojato,  foi  o  Coandă­1910,  criado  pelo  romeno
Henri Coandă. Aviões a jato possuem muito mais força e criam um impulso muito maior do que aviões que
fazem uso de turbo­hélices. Como consequência, podem carregar muito mais peso e possuem maior velocidade
do que turbo­hélices. Um porém é a grande quantidade de som criada pelo motor a reação; isto torna aviões a
jato uma fonte de poluição sonora.

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Grandes  widebodies  ("corpos  largos"),  como  o  Airbus  A340  e  o  Boeing  777,  podem  carregar  centenas  de
passageiros e várias toneladas de carga, podendo percorrer uma distância de até 16 mil quilómetros ­ pouco
mais de um terço da circunferência terrestre.

Aviões a jato possuem altas velocidades de cruzeiro (700 a 900 km/h) e velocidades de decolagem e pouso (150
a 250 km/h). Numa operação de aterrissagem, devido à alta velocidade, o avião a jato faz grande uso dos flaps
para  permitir  uma  aproximação  em  velocidade  mais  baixa  (pois
estes  aumentam  a  superfície  das  asas  e  consequentemente  a
sustentação),  e  do  reverso,  equipamento  que  inverte  o  sentido  do
fluxo de ar com o intuito de diminuir a velocidade da aeronave após
tocar o solo.

A  evolução  dos  aviões  turbojato  são  os  que  utilizam  motores


turbofan.  Em  um  turbojato,  todo  o  ar  comprimido  mistura­se  ao
Um Fokker 70 da KLM em operação
combustível, é comprimido na câmara de combustão e aciona uma
de aterrissagem. Observe a parte
turbina que gera todo o empuxo. Em um turbofan, os gases a alta traseira do motor, que inverte o
pressão  produzidos  pelo  motor  a  reação  são  usados  também  para sentido da propulsão. Desse modo,
acionar um segundo compressor, que impulsiona o ar pressurizado o avião é empurrado para trás, com
diretamente para o bocal de saída, gerando um empuxo adicional o intuito de pará­lo.
pela velocidade do ar expelido. [11]

Aviões a eletricidade
Os  aviões  movidos  a  eletricidade  utilizam  motores  elétricos  que
impulsionam  hélices  que  geram  o  empuxo.  Entre  os  dispositivos
desenvolvidos para armazenar e fornecer a eletricidade necessária,
estão as células solares, que convertem a luz solar diretamente em
eletricidade, as células de combustível, que extraem seus reagentes
Jato anfíbio Beriev Be­200.
de  uma  fonte  externa,  e  as  baterias,  que  podem  reter  uma  carga
elétrica significativa, embora seu peso ainda limite a autonomia. O
modelo experimental Solar Impulse utiliza células solares para gerar a energia elétrica para seus motores.

Aviões supersônicos
Aviões supersónicos, como o Concorde e caças militares, fazem uso
de motores especiais, que geram potência necessária para quebrar a
barreira  do  som.  Além  disso,  o  desenho  do  avião  supersónico
apresenta  certas  diferenças  com  o  desenho  de  aviões  subsónicos,
devido  à  compressão  do  ar  em  altas  velocidades  não  só  asa,
também à fuselagem  tem  desenho  diferente  em  relação  aos  aviões
subsônicos  além  da  clara  necessidade  de  reduzir  o  arrasto  do
aparelho com o ar.

Nos caças, a área das asas são reduzidas, visando o menor arrasto O Bell X­1 de 1947, a primeira
(que permite alcançar velocidades extremas), necessitando de uma aeronave supersônica.
velocidade muito maior para compensar essa perda de sustentação.
A velocidade de decolagem de certos caças chega à 220 km/h.

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Em porta­aviões, usa­se uma espécie de catapulta linear, movida à pressão do vapor  proveniente  do  próprio


motor da embarcação. Essa catapulta fica abaixo da pista, ficando
visível apenas um gancho no chão da pista, que encaixa no trem de
pouso  dianteiro  da  aeronave  e  a  impulsiona  fazendo­a  atingir  a
velocidade  necessária  para  decolagem  em  uma  pista  curta.  À
primeira  vista,  a  parte  visível  desse  sistema  se  assemelha  a  um
trilho. No pouso a velocidade é igualmente alta. Então o caça faz o
uso  de  um  gancho  de  retenção  (localizado  na  parte  traseira  do
avião), que prende­se à cabos de aço esticados na pista, ajudando a
parar rapidamente. O Tupolev Tu­144 de 1968, o maior
avião supersônico já construído.
O voo em velocidade supersónica gera mais poluição sonora devido
à  onda  de  choque.  Isto  limita  os  voos  supersónicos  a  áreas  de
baixíssima ou nenhuma densidade populacional. Quando passam
numa  área  de  maior  densidade  populacional,  os  aviões
supersónicos  são  obrigados  a  voar  em  velocidade  subsónica.
Algumas  aeronaves  são  capazes  de  voar  em  velocidades
hipersónicas,  geralmente,  velocidades  que  superam  cinco  vezes  a
velocidade do som. O corpo sustentante é um exemplo deste tipo de
aeronave.

Projeto e construção Dois F­22 de 1997 da Lockheed
Martin, em voo.
Pequenos aviões, para um ou no máximo dois passageiros, podem
ser  construídos  em  casa,  por  aviadores  que  possuem  muito
conhecimento  técnico  na  área  de  física  e  aerodinâmica.  Outros
aviadores com menos conhecimentos fazem seus aviões usando kits
de  pequenas  aeronaves,  com  peças  pré­fabricadas,  e  montando  a
aeronave em casa.

Aviões  produzidos  desta  maneira,  porém,  são  os  menos


conhecidos.  Dada  a  sua  delicadeza,  aviões  construídos  para
exploração  econômica  de  sua  operação  precisam  passar  por  um
processo  minucioso  e  demorado  de  planejamento,  por  motivos  de Cabine de comando de um Boeing
segurança  impostos  pelo  órgão  de  aviação  ou  de  transportes  do 747.
país à companhia construtora. Isto pode durar até quatro anos, em
pequenos turbo­hélices, a 12 anos, em aviões com o porte do A380.
A Federal Aviation Administration,  por  exemplo,  exige  que  a  asa
fixada  à  fuselagem  consiga  gerar  seis  vezes  mais  força  de
sustentação  em  relação  ao  seu  peso  (força  exercida  pela  força  de
gravidade na aeronave).

Neste  processo,  estabelecem­se  em  primeiro  lugar  os  objetivos  da


aeronave.  Uma  vez  completos,  a  empresa  construtora  usa  um
grande número de desenhos e equações, tudo calculado em teoria, Corte de um Airbus A300.
estimando  o  comportamento  da  aeronave.  Os  computadores  são
atualmente  muito  utilizados  por  companhias  construtoras  de

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aviões como um meio de desenho e planejamento do avião. Pequenos protótipos, ou certas partes do avião são,
então, testados em túneis de vento, para verificar a aerodinâmica da aeronave.

Quando o avião é aprovado neste processo, constrói­se um número limitado destes aviões, para o testar como
um todo no solo. Atenção especial é dada aos motores e às asas.

Depois  de  aprovado,  pelo  processo  acima  indicado,  a  companhia  construtora  é  autorizada  por  um  órgão
competente  de  aviação  ou  transportes  em  geral  a  fazer  um  primeiro  voo.  Quando  o  comportamento  da
aeronave não apresenta suspeitas de falhas, os voos de teste continuam até que o avião tenha cumprido todos
os  requisitos  necessários.  Então,  o  órgão  público  competente  de  aviação  ou  transportes  do  país  aprova  o
projeto do avião e a companhia passa à produção em massa da aeronave.

Nos  Estados  Unidos,  este  órgão  é  a  Federal  Aviation  Administration  (FAA),  e  na  União  Europeia,  a  Joint
Aviation  Authorities  (JAA)  e  a  European  Aviation  Safety  Agency  (EASA).  Estas  três  são  as  entidades  de
regulamentação  de  aeronaves  mais  importantes  do  mundo.  No  Canadá,  o  órgão  público  encarregado  de
regulamentar e autorizar a produção em massa de aeronaves é o Transport Canada Civil Aviation (TCCA). No
Brasil, o órgão é a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

No caso do comércio internacional de aviões, uma licença do órgão público de aviação ou transportes do país
onde a aeronave está a ser comercializada também é necessária. Por exemplo, aeronaves da Airbus precisam ser
certificadas pela FAA para serem vendidas nos Estados Unidos, enquanto aeronaves da Boeing precisam ser
aprovadas pela JAA para serem comercializadas na União Europeia.

Produção industrializada
São relativamente poucas as companhias que produzem aviões em
larga  escala.  Porém,  a  produção  de  um  avião  por  uma  dada
companhia  é  um  processo  que  envolve  outras  dezenas,  ou  talvez
centenas,  de  outras  empresas  e  fábricas,  que  produzem  partes
determinadas  da  aeronave.  Por  exemplo,  uma  empresa  pode  ser
responsável  pela  produção  do  trem  de  pouso,  enquanto  outra  é
responsável  pelo  radar,  e  outra  ainda  pelo  motor  ou  reator.  A
produção de tais peças não se limita a apenas algumas cidades de O Airbus A380, atualmente o maior
um dado país; no caso de grandes companhias de manufatura de avião comercial de passageiros do
aeronaves, tais peças podem vir de diversas partes do mundo. mundo.

Uma vez fabricadas, as peças são enviadas para a fábrica principal
da companhia aérea, onde está localizada a linha de produção. As
diferentes peças juntam­se umas às outras, no final, produzindo a
aeronave.  No  caso  de  grandes  aviões,  podem  existir  linhas  de
produção dedicadas especialmente à montagem de certas partes de
grande porte da aeronave, como as asas e a fuselagem.

Quando  pronto,  um  avião  passa  por  uma  rigorosa  inspeção,  em


Fábrica da Boeing em Everett
busca de falhas e defeitos, e sendo aprovado nesta inspeção, o avião
(Washington), Estados Unidos.
é testado por um piloto, em um voo de teste, de forma a assegurar

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que  os  controles  da  aeronave  estejam  em  ordem.  Com  este  teste  final,  o  avião  está  pronto  para  receber  os
"retoques finais" (configuração interna, pintura, etc), e pronto a ser enviado aos seus clientes.

Componentes
Um  avião  é  composto  basicamente  de  corpo  principal  e  asas,  a  relação  do  comprimento  do  corpo  para  a
envergadura  das  asas  varia  de  acordo  com  a  aeronave,  em  geral,  aeronaves  mais  rápidas  costumam  ter  um
maior comprimento em relação a envergadura, os primeiros aviões eram construídos basicamente de madeira,
após  a  Segunda  Guerra  Mundial  se  popularizou  as  aeronaves  feitas  de  metal,  atualmente,  também  foi
adicionado compósito ao material das aeronaves.

Corpo
O corpo da aeronave é composto basicamente de:

Fuselagem ­ Um corpo longo, geralmente cilíndrico, em grande parte das aeronaves pressurizado, que
contém a cabine de pilotagem, as cabines de passageiros, compartimento de carga e trens de
aterrissagem. Alguns aviões podem possuir mais de uma fuselagem, como o North American F­82 Twin
Mustang. A estrutura pode ser no formato de treliça, geodésica ou monocoque.

Asas
As asas geralmente se expandem lateralmente, são as
asas que proveem a sustentação e o controle do avião
no ar. Aviões costumam ter asas rígidas, mas flexíveis
para poderem suportar melhor turbulências

Aerofólio — O aerofólio é o formato do corte da
asa, variam de acordo com o tipo e o propósito do
avião, o formato mais comum de aerofólio em
aviões é o Clark Y. Componentes da asa principal de um avião: 1:
Asa principal — Provê a sustentação da Winglet; 2: Aileron de baixa velocidade; 3: Aileron
aeronave, além se servir de suportes para partes de alta velocidade; 4: Flap; 5: Flap Krueger; 6:
auxiliares como motor, trem de pouso, flaps, Slats; 7: Flap interno; 8: Flap externo; 9: Spoiler;
spoilers, etc. 10: Spoiler de freio.
Flap — São dispositivos hipersustentadores
que ficam na parte de trás das asas principais para aumentarem a sustentação da asa.
Flap Krueger — superfície montada na parte inferior da asa. É articulado no bordo de ataque,
aumentando a curvatura da asa e a sua sustentação. Seu efeito é similar ao dos slats.[12]
Spoiler — Posicionam­se na parte de cima da asa principal, serve para diminuir a sustentação do avião.
Componente posicionado na ponta da asa principal, serve para diminuir o arrasto induzido.
Slat — Dispositivo de sustentação auxiliar do bordo de ataque da asa, se move para frente para permitir
a passagem de ar.

Empenagem
Apesar  de  darem  sustentação,  as  asas  não  garantem  sozinhas  a  estabilidade  do  avião,  a  empenagem  é  o
conjunto de asas auxiliares geralmente composto por estabilizadores e lemes que ficam na cauda para auxiliar
a navegação do avião na estabilidade vertical e horizontal.

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Alguns aviões possuem uma asa principal o grande suficiente para não precisarem de estabilizadores ou lemes,
algumas outras, possuem estabilizadores na parte da frente das aeronaves, nesse caso, dá o nome dessas peças
de canards.

Empenagem de um Airbus A340.

Segurança
Estatísticas  mostram  que  o  risco  de  um  acidente  aéreo  é  muito
pequeno. É mais provável sofrer um acidente indo até ao aeroporto
de carro do que durante o voo. Por que, entretanto, tantas pessoas
demonstram medo só de entrar em um avião? Talvez isso se deva
ao  fato  de,  no  caso  de  um  acidente,  o  risco  de  mortalidade  em
acidentes  aéreos  ser  extremamente  alto,  no  caso  deste  dado
acidente ocorrer em pleno voo. Erros mínimos e/ou tempo adverso
podem causar sérios acidentes, especialmente nos dois momentos
Bombeiros entre os destroços do
críticos  de  um  voo,  as  operações  de  pouso  e  decolagem,  dada  a
acidente do Voo TAM 3054, em São
delicadeza de tais operações. Aviões por vezes são alvos de ataques
Paulo, Brasil.
terroristas  ou  outros  atos  criminosos  causados  por  terceiros,
fazendo com que muitos tenham medo de voar por temerem serem
vítimas de tais ocorrências, embora a parcela de acidentes aéreos causados por ataques terroristas ou outros
atos criminosos causados por terceiros em um dado período seja pequena em comparação ao número total de
acidentes no mesmo período.

A maioria dos acidentes em aviões ocorre devido a falha humana durante o voo, devido ao erro dos pilotos ou
de algum órgão de controle (torre de controle, por exemplo). Em seguida, a falha mecânica é a maior causa de
acidentes  aéreos,  que  também  pode  envolver  um  componente  humano  (como  por  exemplo,  negligência  da
companhia aérea em realizar a manutenção adequada dos aviões). Tempo adverso é a terceira maior causa de
acidentes.

Ver também
Aeromodelismo Helicóptero
Aviação desportiva Indústria aeroespacial
Avião espacial Lista de aviões
Avião furtivo Maiores aviões do mundo

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Carro voador Pessoal navegante comercial
Cemitério de aviões Pilotar um avião
Convertiplano Piloto automático
Copiloto Piloto em comando
Corrida aérea Simulador de voo

Referências
1.  «Definição de aeroplano» (http://michaelis.uol.com.br/busca?id=PNo9) no Dicionário Michaelis
2.  «Definição de Airplane» (http://www.merriam­webster.com/dictionary/airplane) no Dicionário Merriam­
Webster (em inglês)
3.  Irmãos Wright foram os primeiros, mas Santos­Dumont fez mais pela aviação (http://www1.folha.uol.com.b
r/folha/ciencia/ult306u15410.shtml)
4.  Governo francês. «Clément Ader (1841­1925)» (http://www.cheminsdememoire.gouv.fr/page/affichegh.php?i
dGH=280&idLang=en). Consultado em 2 de julho de 2010
5.  Charles H. Gibbs­Smith (1968). Clement Ader: his flight­claims and his place in history (em inglês). [S.l.]:
London, H.M.S.O. 214 páginas
6.  Jacques Legrand, Edouard Chemel (1998). Chronique de L'aviation (em francês). [S.l.]: Chronique. p. 16.
1008 páginas. ISBN 978­2905969514
7.  Pierre Lissarague (1990). Clément Ader, inventeur d'avions. [S.l.]: Toulouse. ISBN 2­7089­5355­9
8.  Vários (1994). Au temps de Clément Ader (http://www.teknea.com/av16pres.htm) (em francês). [S.l.]:
Ouvrage coordonné par l'Académie de l'Air et de l'Espace. 176 páginas. ISBN 2­87717­044­6
9.  «Clément ADER ­ Biographie» (http://www.avionslegendaires.net/clement­ader.php). Avions Legendaires.
Consultado em 2 de julho de 2010
10.  Flightglobal arquive (https://www.flightglobal.com/pdfarchive/view/1951/1951%20­%200908.html) (em
inglês)
11.  «Turbofan Thrust» (http://www.grc.nasa.gov/WWW/k­12/airplane/turbfan.html). Nasa. Consultado em 14 de
outubro de 2014
12.  «Krueger Flaps» (https://www.skybrary.aero/index.php/Krueger_Flaps) SKYbrary (en)

Ligações externas
Aviacao.org ­ Publicação especializada em Aviação (http://www.aviacao.org)
Aviation On Line ­ revista e guia de aviação (http://www.aviation.com.br)
Air onLine ­ site de aviação (http://www.aironline.com.br)
Revista ASAS ­ revista de história e cultura da aviação (http://www.revistaasas.com.br)
ITA ­ Instituto Tecnológico de Aeronáutica (Brasil) (http://www.ita.br)
ANAC ­ Agência Nacional de Aviação Civil (Brasil) (http://www.anac.gov.br)
Banco de Dados da Aviação Brasileira (http://www.aeromuseu.com.br)
CGA ­ Conhecimentos Gerais de Aeronave (http://orbita.starmedia.com/~nicktico/indice.htm)
Configuração e desenho de aeronaves (http://webx.ubi.pt/~pgamboa/pessoal/2026/Apontamentos/Capitulo0
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Santos­Dumont.net ­ Site sobre Alberto Santos­Dumont (http://www.santos­dumont.net)
Dá para voar de helicóptero na Lua? (http://mundoestranho.abril.uol.com.br/tecnologia/pergunta_287902.sht
ml) (em português) no Mundo Estranho.

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