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Apesar de ser uma visão muito simplificada da compreensão atual que a física tem da natureza
da luz, basta saber que grande parte dos fenômenos luminosos podem ser estudados admitindo-
se que a luz seja uma propagação ondulatória com todas as propriedades características desse
fenômeno.
A origem da luz é, de certa forma, semelhante à origem do som. Enquanto o som é produzido a
partir de oscilações mecânicas, pode-se dizer que a luz se origina de oscilações
eletromagnéticas ou da oscilação de cargas elétricas. Outra semelhança seria que, assim como
nossos ouvidos só conseguem detectar uma pequena faixa do espectro das ondas sonoras
(20Hz – 20kHz), o que nossos olhos detectam como luz, é apenas uma estreita faixa do
espectro das ondas eletromagnéticas.
- As freqüências mais baixas provêm da oscilação de elétrons em fios condutores. É o caso das
radiações emitidas por condutores percorridos por corrente alternada, geralmente com
freqüência de 60Hz. São elas que produzem um ronco característico quando o rádio do carro,
sintonizado em alguma estação em AM, passa sob ou perto dos fios das redes de alta tensão.
- No intervalo de 104 a 1010 Hz, as fontes são circuitos oscilantes ou transmissores de estações
de rádio e televisão.
– De 1010 a 1012 Hz estão as microondas, geradas por válvulas eletrônicas especiais.
– De 1011 a 4.1014 Hz estão as radiações de calor, ou infravermelhas, geradas pela vibração ou
oscilação dos elétrons exteriores a átomos e moléculas.
– No curto intervalo de 4.1014 a 8.1014 Hz , correspondente à luz visível até a freqüência de 1017
Hz, onde estão compreendidas as radiações ultravioletas, as fontes são oscilações ou transições
dos elétrons entre as camadas mais externas dos átomos.
– Entre 1015 a 1020 Hz estão os raios X, originados das transições de elétrons mais internos do
átomo ou da desaceleração muito rápida de partículas de alta energia, carregadas eletricamente.
– De 1019 a 1024 Hz estão os raios gama, originados em transições de partículas em camadas
do interior do núcleo atômico.
O espectro da luz do Sol, dita "branca", é um contínuo com todas as cores visíveis.
Descrição:
Nesse experimento físico-químico, bastante atraente, será usada a técnica da cromatografia em papel (do
grego khroma, cor). A origem dessa denominação prende-se ao fato de que, inicialmente, essa técnica era
empregada apenas na separação dos componentes de materiais coloridos. O colorido das tintas se obtém,
geralmente, de pigmentos colhidos de terras raras (grupo de elementos químicos). As tintas coloridas
usadas em canetas são obtidas por convenientes misturas desses pigmentos dissolvidos em solventes
próprios, sendo que a cor obtida é o resultado visual dessa composição de pigmentos coloridos. Tais tintas,
de modo geral, são insolúveis em água, mas solúveis em álcool. É a solubilidade dessas tintas (pigmentos)
em álcool que utilizaremos nesse experimento.
Material:
Dois 'discos' de papel de filtro;
canetas coloridas de cores vivas (ponta porosa);
frasco de plástico transparente (com tampa);
água, álcool, tesoura
Montagem:
Resultados esperados:
O álcool começará a encharcar o papel-filtro do cone, a partir da base e, por capilaridade irá migrar
lentamente até o disco de papel-filtro que contém as marcas coloridas. Ali chegando o álcool começará a
migrar em sentido á periferia do disco. Ao passar pelas marcas coloridas o álcool irá dissolver a tinta,
arrastando consigo os pigmentos para a borda no disco. Como cada componente da mistura percorre o
papel-filtro com velocidade diferente (devido ás suas composições químicas e interações com o álcool serem
diferentes), ocorrerá a separação dos diferentes materiais que constituem a tinta. Assim, formar-se-ão trilhas
coloridas radiais a partir de cada marca colorida inicial. Obs: Deve-se tapar o frasco onde se realiza o
experimento para retardar a evaporação do álcool. O ambiente vedado, saturado de vapor de álcool,
impedirá que o álcool seque no meio do caminho, durante sua migração (o fundo ficará seco). A quantidade
de álcool deve ser ajustada experimentalmente já que, se for pequena demais, não conseguirá chegar até a
borda do disco.
Objetivo :
Demonstrar que a luz é espalhada por partículas muito pequenas em suspensão. Mostrar que a
componente azul se espalha mais que as outras componentes. Relacionar com a cor do céu
durante o dia e no fim da tarde.
Material :
Projetor de slides.
Caixa de plástico transparente ou aquário longo.
Cartolina branca montada como uma tela.
Descrição:
Análise:
A luz branca, como a luz do sol ou a luz da lâmpada do projetor, é constituída de uma mistura de
todas as cores visíveis: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta. A luz é uma onda e
cada cor corresponde a um comprimento de onda diferente. A componente vermelha tem o
maior comprimento de onda e a violeta o menor. Quando a luz do sol atravessa a atmosfera, é
espalhada pelas partículas do ar. O espalhamento depende do comprimento de onda e do
tamanho das moléculas. Acontece que há uma espécie de casamento de interesses entre a
componente azul e o tamanho das moléculas de ar de modo a fazer com que o espalhamento
para essa componente seja mais intenso que para as demais. Esse casamento é o que os
físicos chamam de ressonância. Por causa da ressonância a eficiência com que o azul é
espalhado é cerca de 10 vezes maior que a eficiência para o espalhamento da componente
vermelha. Isso também acontece com a luz espalhada pelas moléculas de leite na água. A
componente vermelha, que é pouco espalhada, prossegue no feixe e se projeta na tela. A
componente azul é espalhada para os lados e pode ser vista pela lateral do aquário .
Quando o sol está nascendo ou se pondo sua luz atravessa uma faixa mais longa da atmosfera
que no resto do dia. A componente azul espalhada vai para as regiões da Terra onde é pleno dia
restando para os outros as componentes de outras cores, principalmente o amarelo, laranja e
vermelho. Esse efeito é ainda mais acentuado quando a atmosfera tem outras partículas em
suspensão (poluição, por exemplo).
Objetivo:
Material:
Lata vazia de leite longa vida ou lata grande de metal.
Canudos de papel ou plástico.
Lanterna ou luminária com lâmpada de uns 60 W.
Descrição:
Use uma caixa grande de leite longa vida (vazia, é claro) aberta
no topo. Faça um pequeno furo a uns 2 centímetros do fundo.
Enfie, com cuidado, a ponta de um canudo de refresco nesse
furo, até entrar cerca de 1 cm. Corte o canudo de modo a sobrar
uns 2 cm para fora. Vede em torno do canudo com chicletes ou
massa de moldar. Encha a caixa com água tampando a ponta do
canudo com o dedo. Coloque uma lâmpada no topo da caixa,
acenda-a e solte a água. Em um ambiente escurecido vemos
claramente o feixe de água como um conduto de luz.