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ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES

CONTABEIS
Curso de Graduação em Administração

Prof. Antenor da Silva Filho,  Ms.
Graduado em Ciências  Contábeis e Mestrado  ­ UFSC
Especialização em Auditoria e Finanças  – UFSC
MBA em Planejamento Tributario – UCAM
Análise das
Demonstrações
Contábeis

PROF. ANTENOR
PLANO DE ENSINO

•  CURSO: ADMINISTRAÇÃO
• SÉRIE: 1º Semestre/2019
• DISCIPLINA: Análise das Demonstrações Contábeis
• CARGA HORÁRIA SEMANAL: 3 hs/aula
semanais
• CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60hs/aula
I – EMENTA
• Esta disciplina proporcionar uma visão analítica e
comparativa das condições atuais (financeiras e econômicas)
de uma determinada organização empresarial, fornecendo
informações (por meio de análises de índices) para a
montagem de futuros cenários, observando seu
comportamento como um instrumento gerencial para a
tomada de decisão.
• Em seguida, de posse destes índices, os administradores
podem localizar os pontos fracos das operações da empresa
e tomar decisões com vistas a corrigir, estimular, ou modificar
a postura da companhia de forma que possam fornecer
informações para a realização de um planejamento eficiente
e consistente. E por fim, a elaboração dos relatórios de
análise gerenciais para os dirigentes da empresa, servir de
comparação com os índices dos concorrentes, de outros
índices, do seu ramo de atuação.
II – OBJETIVOS GERAIS
• Desenvolver com os alunos os conhecimentos necessários
para atingir as seguintes competências:
• Reconhecer a importância da análise das demonstrações
contábeis para os diversos grupos de interesse, acionistas,
credores, investidores e administradores.
• Discutir o conjunto de indicadores e coeficientes como
instrumento de controle de gestão, destacando a valorização
da empresa, o controle do endividamento, além de
proporcionar a avaliação dos retornos sobre o investimento.
• Contextualizar o instrumental teórico/metodológico e prático
dos demonstrativos contábeis, calculando seus números
índices e coeficientes com vistas a gerar informação para a
empresa e a seguir poder compará­los com os padrões dos
diversos segmentos de mercado.
III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Capacitar os alunos a interpretar as
Demonstrações Contábeis
observando os padrões técnicos
caracterizado pelo sentido gerencial;
de forma que a análise caminhe na
direção de extrair informações úteis e
relevantes para o processo decisório
nas organizações.
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• 1. Peças fundamentais para realização da
análise
• 1.1. Partes Interessadas na Análise das
Demonstrações Contábeis
• 1.2. Estrutura das Demonstrações Contábeis
• 1.3. Padronização das Demonstrações
• 1.4. O papel dos índices na Análise das
Demonstrações Contábeis
• 1.5. As limitações na análise por meio de índices e
indicadores
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• 2. Análise Horizontal e Vertical
• 2.1. Análise Horizontal
• 2.2. Análise Vertical
• 2.3. Conclusão e relação entre a
análise vertical e horizontal
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• 3.  Índices de Liquidez

• 3.1. Liquidez Corrente
• 3.2. Liquidez Seca
• 3.3. Liquidez Imediata
• 3.4. Liquidez Geral
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• 4. Índices de Atividade

• 4.1. Prazo Médio de Estocagem
• 4.2. Prazo Médio de Cobrança
• 4.3. Prazo Médio de Pagamento
• 4.4. Giro de Estoque, de Pagamento e
de Cobrança
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTIC O

• 5. Índices de Endividamento

• 5.1. Relação Capital Próprio / Capitais de
Terceiros
• 5.2. Relação Capital de Terceiros / Passivo
Total
• 5.3. Grau de Imobilização do Patrimônio
Líquido
• 5.4. Índice de cobertura de Juros
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• 6. Índices de Rentabilidade

• 6.1. Retorno sobre o Ativo (ROA)
• 6.2. Retorno sobre o Patrimônio Líquido
(ROE)
• 6.3. Margem Bruta
• 6.4. Margem Operacional
• 6.5. Margem Líquida
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• 7. Analise de Capital de Giro

• 7.1 Capital Circulante Líquido
• 7.2 Conceito de necessidade de Capital de
Giro
• 7.3 Análise da necessidade de capital de
Giro
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• 8. Modelo de Avaliação de Empresas

• 8.1. Métodos de Avaliação
• 8.2. Utilização de planilhas
• 8.3. Avaliação das empresas
•  
V – ESTRATÉGIA DE TRABALHO

• 1. Aulas Expositivas
• 2. Debates e Questionamentos
• 3. Exercícios Individuais e em Grupo em
sala de aula
• 4. Pesquisa Extraclasse – Analisar e
padronizar os Demonstrativos Contábeis
divulgados pelas empresas S.A. ou LTDA
nos jornais. Em seguida, em grupo
realizar as análises de todos os índices.
 
VI – AVALIAÇÃO

• Para média bimestral o professor
utilizará:

• Provas Escritas – NP1 e NP2
• Trabalho Extra­classe
• Trabalhos em sala de aula
• Freqüência
• Participação em aula
OUTRAS
• Falta – no máximo 5 faltas
• Não há abono de faltas
• 75% da freqüência

• DATAS DAS PROVAS
• NP1 ­
• NP2 –
• Sub  ­
• EX    ­
NOTAS DA AVALIAÇÃO
• MS = NP1 + NP2
2

MS = 7 +8 = 15/2 = 7,5 aprovado

MS = 5 + 4 = 9/2= 4,5 reprovado


exame
NOTAS DO EXAME

• MF = MS + EX
2

MF = 4,5 + 6/ 2 = 5,25 APROVADO

MF = 4,5 + 4 / 2 = 4,25 REPROVADO - DEPENDENCIA


Análise das
Demonstrações
Contábeis

PROF. ANTENOR
Analise das Demonstrações Contábeis

• Conceito: Também chamada de analise
das Demonstrações financeira a análise
das demonstrações contábeis é a
técnica de obtenção, comparação e
interpretação de indicadores que se
apresentam sob a forma de coeficiente,
numero índices ou quocientes
calculados a partir de itens extraídos das
demonstrações contábeis.
ANALISE CONTABIL
(Técnica)

Objeto Objetivo Finalidad


(Fonte de (Meio para e (Meta a
Dados) alcançar o atingir
fim)

Avaliar a
Cálculos de
Demonstrações situação
números índices,
contábeis econômica,
coeficientes de
financeira e de
participação e
desempenho da
quocientes, a partir
entidade cujas
de elementos
demonstrações
extraídos das
Introdução

É possível afirmar que a análise das demonstrações


contábeis ou financeiras tem por objetivo avaliar, ou melhor,
produzir informações necessárias para que as partes
interessadas avaliem a posição econômico-financeira passada
e atual de uma entidade

Toda a análise dos demonstrativos financeiros impacta nas
decisões tomadas sobre o patrimônio e os resultados da
empresa como, também, servirão de apoio para a decisão
sobre novos investimentos e, ainda, as condições mais
apropriadas para financiá­los.
Introdução

Objetivo da análise das Demonstrações Financeiras


Estudo do desempenho econômico-financeiro passado para prever
tendências futuras

Objetivo dos usuários


• Administrador interno: avaliação do desempenho geral da
empresa
• Analista externo: objetivos mais específicos de acordo com
a posição de credor ou investidor

Lucro líquido e Capacidade de


desempenho de liquidação e
ações continuidade
1. Usuários das Demonstrações Financeiras

• O interesse de cada um dos


usuários das demonstrações
financeiras e apresentada na
seguinte tabela:
Usuário Questões

Proprietários Rentabilidade, valor do negócio?


Aumentar ou diminuir investimentos?

Administradores Que operações devem ser incrementadas/ reduzidas?

Fornecedores Aumentar ou diminuir crédito?

Bancos Ceder empréstimos?

Governo IR calculado corretamente?

Funcionários A empresa é lucrativa?

Concorrentes Vendas, margens de lucro, rentabilidade?

Cliente Rentabilidade? Capacidade de entrega dos produtos?


Qualquer que seja a necessidade do usuário, a
análise das demonstrações financeiras permite
avaliar:

capacidade de liquidez – situação financeira

estrutura patrimonial – origem dos


recursos (capital próprio ou de terceiros).

rentabilidade do negócio – retorno sobre o


investimento realizado
TRIPÉ DE DECISÕES DA
EMPRESA
EN
D IV
ID IDE
AM QU
O EN L I Z
T
RENTABILIDAD
E
2. Estrutura das Demonstrações

Entende­se por estrutura das demonstrações, a forma gráfica
com que elas se apresentam para efeito de leitura, tomada  de
decisão, auditoria e análise.

Para efeito de leitura, auditoria e perícia, regra geral, elas
atendem às disposições legais; nem sempre compatíveis com as
necessidades de informações para efeito tomada de decisão e
de análises .
UNIVERSO DA ANÁLISE

• Balanço Patrimonial;
• Demonstração do Resultado do
Exercício;
• Demonstração de Origens e
Aplicação de Recursos;
• Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados;
• Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido;
Estrutura das demonstrações financeiras
Balanço Patrimonial

Capital de
terceiros

Capital
próprio

Investimento
Total
Aspectos Básicos

• Todas as Demonstrações Financeiras (DF) devem ser analisadas:


Balanço Patrimonial (BP)
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

• Maior ênfase é dada ao Balanço Patrimonial e à Demonstração do


Resultado do Exercício – DRE, pois evidenciam objetivamente a situação
financeira da empresa.

• O uso de quocientes (índices) é considerado o melhor instrumento para


avaliar a saúde das empresas.
3. Padronização das Demonstrações

• As demonstrações contábeis devem ser


reestruturadas para efeito da análise, visando
possibilitar uma visão mais clara da empresa sob
o enfoque dinâmico.

• Assim, de posse do BP e da DRE encaminhados


pela empresa, e antes de iniciarmos a apuração
dos índices, devemos adequar tais demonstrações

S­ SP
Padronização das Demonstrações

Reclassificação
Reclassificação é dar aos elementos das Demonstrações

Financeiras, nova classificação estrutural para facilitar a

leitura e a análise das informações

Trata­se de retificar e simplificar as informações e os

valores para dar segurança aos resultados das análises
Reclassificação - Objetivos

A Reclassificação das Demonstrações objetiva corrigir

possíveis distorções nas informações contábeis sob a ótica

de análise,provocadas,por exigências legais ou por

procedimentos contábeis inadequados.
PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

PASSOS A SEGUIR:
✓ Examinar detalhadamente as demonstrações;
✓ Transcrição das demonstrações para um modelo que atenda às
nossas necessidades de informação, objetivando obter:
✓ Simplificação
✓ Comparabilidade
✓ Adequação aos objetivos da análise
✓ Precisão nas classificações de contas
✓ Descoberta de erros
✓ Intimidade do analista com as demonstrações financeiras
da empresa.
PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Exemplo de contas a ser


reclassificada

• Duplicatas Descontadas: Que são
classificadas como contas redutoras dos
Clientes, devem ser reclassificadas para o
Passivo Circulante, uma vez que a operação
realizadas foi um empréstimo caucionado por
partes de contas a receber de clientes.
PADRONIZAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
 ­ Financeiro  ­ Financeiro
    ­ Disponível     ­ Empréstimos Bancários
    ­ Aplicações Financeiras     ­ Duplicatas Descontadas
       Sub­Total        Sub­Total
 ­ Operacional  ­ Operacional
    ­ Clientes     ­ Fornecedores
    ­ Estoques     ­ Outras Obrigações
    ­ Outros        Sub­Total
       Sub­Total Total do Passivo Circulante
Total do Ativo Circulante PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO  ­ Financiamentos
PERMANENTE  ­ Empréstimos
 ­ Investimentos TOTAL CAPITAL DE TERCEIROS
 ­ Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 ­ Diferido  ­ Capital e Reservas
Total do Permanente  ­ Lucros Acumulados
Total do Patrimônio Líquido
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
Na Análise das Demonstrações Contábeis, temos
três etapas que devem ser seguidas rigorosamente
para que possamos tomar as decisões.

Quais são essas etapas (explicaremos cada uma) e que tipo de informações
podemos extrair delas?
 
1) Reclassificação das contas: é reclassificar as contas de modo que
apresentem resultados reais, sem distorções, bem como, adequando a grupos
que melhor demonstram a realidade da empresa;
 
2) Seleção de um conjunto de índices/indicadores, para fins de se obter o tipo
de análise que se pretende fazer. Ex: índice de endividamento precisa dos
índices de liquidez geral, corrente e seca;
 
3) Comparação dos indicadores entre empresas do mesmo ramo, deve-se
analisar empresas da mesma atividade, já que a estrutura de capital é
semelhante. Utilizam-se índices-padrões publicados por empresas
especializadas na elaboração dos índices, as quais levam em consideração o
ramo de atividade da empresa.
4. O papel dos índices na Análise das Demonstrações
Contábeis
Abaixo relacionamos uma série de razões para realçar quão
importante é esta análise para as empresas:

• se bem manuseada, pode se constituir num excelente e poderoso


"painel de controle" da administração;

• se não for feita a partir de uma contabilidade "manipuladora" ou


"normatizante", pode trazer resultados bastante precisos;

• é uma poderosa ferramenta à disposição das pessoas que se


relacionam ou pretendem relacionar-se com a empresa, ou seja, os
usuários da informação contábil ou financeira, sejam eles internos ou
externos;

• permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos


e permitindo apresentar um esboço das prioridades para a solução
dos problemas;

• permite uma visão estratégica dos planos da empresa, bem como


5. As limitações na análise
por meio de índices e
indicadores
• Segundo Iudícibus & Marion:
• As limitações da análise financeira
prendem­se basicamente à
diversidade de métodos contábeis
adotados pelas empresas, até dentro
do mesmo setor. Também, a própria
natureza estritamente financeira das
indagações retrata as limitações
implícitas em todo o método contábil..
As limitações na análise por
meio de índices e indicadores
Resumindo, as principais limitações na
análise por índices são:

• ­ Dificuldade no estabelecimento de índices
padrões.

• ­ Sazonalidade de vendas que impedem uma
visão real da situação da empresa.

• ­ Legitimidade das informações.
• Existem limitações na análise das
demonstrações financeiras decorrentes
da própria fonte de que se utiliza.

•Para extrair informações confiáveis dos
balanços é imprescindível conhecer os
procedimentos contábeis, a estrutura das
demonstrações financeiras, além de
vivência prática.
• Dificuldades inerentes na extração de
informações concretas em relação ao
desempenho.

• Datas de pagamentos e vencimentos
concentrados dificultam a análise,

• A comparação de dados de épocas
distintas não nos dá uma visão real.

• O problema piora no caso de altas
taxas inflacionárias.
PRECAUÇÕES QUE DEVEM SER TOMADAS VISANDO
OBTER MELHORES CONCLUSÕES DA ANÁLISE
• Certificar­se de que as demonstrações financeiras foram
elaboradas segundo critérios contábeis homogêneos;

• Trabalhar com um grupo de índices compatível com a


finalidade da análise;

• Inteirar­se das peculiaridades da empresa e do seu ramo de


negócios;

• Realizar comparações do tipo temporal (4 anos, por exemplo)


e inter­empresarial (avaliação setorial) de negócios;

• Complementar e análise quantitativa com aspectos


qualitativos, seja referente aos administradores, seja quanto
ao empreendimento.

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