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ESPECIAL

MEDIUNIDADE
eBook Gratuito
O SEXTO SENTIDO
SENSORIAL
Reflexões acerca da mediunidade e sua real natureza.
POR RODRIGO QUEIROZ

Todo aquele que nasce num corpo sadio traz consigo cinco
sentidos sensoriais que chamamos de básicos: audição, vi-
são, tato, olfato e paladar. É natural ao ser humano muitas
vezes não dar tanta atenção à complexidade desses senso-
res, talvez porque sejam comuns a todos e são estimulados e
vivenciados desde que nascemos.

A criança
Aos pais mais atentos, é possível perceber o processo de
maturação destes sensores no indivíduo. A criança nasce
com a visão muito turva, que vai “clareando” ou “amadure-
cendo” num prazo de até seis meses, após este período é
que a criança realmente enxerga o mundo a sua volta. O
tato é mais sensível pela boca, por isso é que a criança até
seus dois anos terá o hábito de levar tudo à boca, pois é a
partir da sensibilidade oral que a criança percebe, diferen-
cia e processa texturas, formatos, consistências, bem como
o paladar.

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O adulto um “dom supremo”, coisa de gente “superdotada espiritual-
Bem, para nós já adultos, andar e correr é algo “automáti- mente”, fantástico, seres superiores e coisa do tipo, há tam-
co”, não precisamos de esforços e cálculos, entretanto, ob- bém aqueles que tratam a mediunidade como um castigo,
serve uma criança no início da aprendizagem, há medo, uma penitência, um karma, uma dívida...
calcula-se bem um ou dois passos, é preciso ter algumas
certezas, algo a se apegar para não cair, dar três ou quatro A fantasia...
passos, por algum período é um desafio incrível, e a sen- Respeito a credulidade alheia, mas desculpe... Mediunidade
sação de satisfação e superação ao atingir o objetivo, que não é nenhuma das opções acima, tampouco se trata de
normalmente é sair do braço da mãe e andar quatro passos coisa de mutantes, X-men, super herói, nada disso. Todavia,
aos braços do pai, é impagável. justamente por estas proposições acerca da mediunidade é
que quando ela desabrocha num ambiente sem estudo e
O assunto condução coerente acaba por dar vazão a uma fértil cria-
Toda esta introdução é para que possamos refletir sobre a tividade ilusória perigosa para a vida social e espiritual do
mediunidade como mais um sentido sensorial com o qual indivíduo. É assim que vemos “incorporações” do cavalo de
todos nascem, reservando suas particularidades e especifici- Ogum relinchando no meio do terreiro, vemos o corcunda
dades, a mediunidade está para todos e é um sensor como de notre dame na linha de exus, caboclo cego, preto velho
os acima citados, porém este “sexto sentido” vem à luz do paralítico e tantas outras aberrações comportamentais...
indivíduo mais tardiamente, comumente na adolescência,
sem regras; pode acontecer já na maturidade bem como em Mediunidade enfim...
tenra infância. Retomando a ideia da mediunidade como um sentido senso-
Já superamos o período histórico em que a mediunidade fora rial como os demais básicos, a mediunidade deve ser obser-
tratada como histeria, loucura ou possessão demoníaca. vada com seriedade e bom senso.
Quando a mediunidade se apresenta num meio familiar em
que o ambiente é de espiritualistas, tudo será mais fácil, en- Desenvolver a mediunidade é um processo natural, importan-
tretanto, cabem algumas considerações em todas as circuns- te e necessário a todos. Entenda o sentido de desenvolver a
tâncias. mediunidade como um processo de conhecimento, aceita-
Vemos a mediunidade ser tratada ao longo dos tempos como ção, exercício e maturação do sentido.

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Ilustrando o conceito...
Sempre costumo comparar o seguinte: eu tenho minha audição em
perfeito funcionamento, também tenho um paladar funcionando etc.
Mas meu ouvido não é como o de um músico estudioso, treinado
e disciplinado. Quando ouço uma música, simplesmente ouço o
conjunto dos instrumentos que embalam minha audição, entretanto,
um músico percebe as notas musicais, os vários instrumentos e até
pode indicar o que está ou não afinado ou no compasso ideal. Eu
não sei tocar instrumento algum e, portanto, jamais, nesta condição,
poderei escutar uma música e reproduzi-la em qualquer instrumento.
Posso mudar isso, estudando música e instrumento, me dedicando,
exercitando e praticando muito, daqui alguns anos poderei estar
apto a isso, mas já que me coloquei como exemplo, neste caso me
falta também talento (risos).
O que quero dizer é que audição todos temos, porém alguns exer-
citam mais este sentido, apuram a capacidade de ouvir e lidar com
os sons.

Nem melhor, nem pior...


Por isso não existe mediunidade melhor ou pior, superior ou in-
ferior. Existe sim a mediunidade no indivíduo, este pode ou não
amadurecê-la, pode ou não entendê-la e pode ou não praticá-la
conscientemente.
Tirar a mediunidade do foco da sobrenaturalidade penso que seja
o principal caminho para iniciar um relacionamento maduro com
este sentido, que precisa de cuidados importantes. Faz parte do
nosso organismo.

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Exercite...
Se os músculos não forem exercitados, poderão atrofiar e gerar gra-
ves doenças e limitações ao corpo. Com a mediunidade também, se
não for exercitada, no mínimo se mantém estacionada.
Há quem diga “Faz trinta anos que sou médium, no entanto faz vinte
anos que não pratico”!?!
Trinta anos de mediunidade mal praticada não valem cinco anos de
uma mediunidade ativa, praticada com estudo e bom senso.
O tempo determina muita coisa na mediunidade, como o músculo,
você não define um músculo indo à academia uma vez por mês por
meia hora. Se não houver disciplina, rotina e cuidados, esqueça
braços, peitorais e abdômen definidos. De modo que a vivência
disciplinada e o exercício rotineiro da mediunidade permitem que a
cada dia de prática mediúnica este sentido se fortaleça, amadureça,
amplie e alinhe. É com o tempo também que o médium vai criando
estabilidade vibratória, confiança e autonomia mediúnica.

Afinal de contas...
A mediunidade é algo mais natural do que pensamos, são muitos os
tipos de mediunidade, você não terá a mediunidade que quer, mas
a que te pertence, então procure conhecê-la e faça dela o melhor
uso possível.

Pense nisso:
Mediunidade não é angelical e nem maligna, o uso que você
fará dela é que determinará sua utilidade!
Grande abraço!

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13 TIPOS nicos, porém, nem sempre eles foram bem aceitos.

Em entrevista com a Revista Sexto Sentido, Pai Rubens Saraceni

DE MEDIUNIDADE
contou que quando deu início a prática de psicografar na Um-
banda recebeu diversas críticas, inclusive de irmãos espíritas,
porém respondeu a elas dizendo “Médium é médium, seja de
Umbanda, Candomblé ou Espiritismo, não importa a doutrina

PRESENTES NA UMBANDA que ele siga. Eu mostrei que o dom da pessoa independe da
formação religiosa e que tendo o dom, ela canaliza o que o
astral quer“.

Psicografia Incorporação
A primeira menção sobre psicografia dentro da Umbanda é de Rubens Saraceni. Com A manifestação mediúnica mais comum a Umbanda e a qual
mais de 50 obras o sacerdote divide seus livros entre os que fundamentam a Umbanda também se deve a sua fundação e sustentação é a incorpora-
em seus diversos aspectos e os romances psicografados. ção. O ato de incorporar uma entidade consiste em fazer a co-
nexão entre os chakras do médium e os do guia. Desta forma,
Rubens iniciou um processo que ia na contramão do que se considerava “correto”. Hoje, no momento da incorporação nosso espírito continua habitando
é fácil encontrar obras de diversos autores umbandistas que psicografam romances mediú- o corpo físico sem que haja a necessidade de se ceder esse

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lugar para que entidade possa trabalhar. Entenda como isso acontece
no texto: Tenho medo de incorporar.

Psicofonia
Nessa modalidade o espírito se comunica por meio da fala do médium
transmitindo sua mensagem. Um caso que gerou polêmica e ficou co-
nhecido em todo o país, foi o do deputado Luiz Carlos Bassuma, que
durante uma sessão solene diz ter recebido a mensagem de um espírito.
Clique aqui e assista.

Xenoglossia
Resumidamente, a xenoglossia pode ser tipificada como a capacidade
que o médium desenvolve de falar em línguas que nunca aprendeu ou
sequer teve contato.

Clariaudiência
Ouvir a voz do espírito. Pai Rodrigo Queiroz fala sobre essa capa-
cidade no estudo Mediunidade na Umbanda “a clauriaudiência é a
capacidade de ouvir os espíritos ao vivo, você não ouve espírito no
passado, nem no futuro e também não ouve coisas acontecendo fora do
lugar, não tem premonidiência, nem nada disso, tem clariaudiência, que
é quando um guia espiritual se aproxima de você, fala e você escuta.
Escuta assim como está me escutando, isso sim é clariaudiência.”

Clariolfativo e Clarigustativo
Capacidade de sentir aromas e gostos presentes no mundo espiritual, ou
seja, que não estão materializados nesse plano.

Clarividência
Esse fenômeno ocorre quando o médium consegue ter a visão do mundo
astral. É uma mediunidade mais difícil de se encontrar e às vezes há
também uma confusão entre a pessoa que possui clarividência e aquele
que vê “vultos” esporadicamente.

O clarividente manifesta essa capacidade mediúnica a qualquer mo-

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mento, basta que esteja concentrado. E a probabilidade disso acon- Esse desdobramento ocorre quando o espírito da pessoa tem alguma
tecer aumenta quando a pessoa está no terreiro, no mesmo nível de tarefa no astral e se “desliga” temporariamente do seu corpo físico
ocorrência das incorporações por exemplo. para executa-la.

Vidência Psicometria
Nessa modalidade de mediunidade encontramos a pessoa conse- Pode ser entendida como a mediunidade que possibilita que o mé-
gue conceber imagens de fatos e cenas que estão acontecendo ou dium obtenha informações sobre a história do objeto em questão. A
já aconteceram em algum lugar. edição 47, da Revista Cristã do Espiritismo publicou um artigo sobre
o termo, contando que o seu surgimento se deu em 1849 pelo médi-
Pai Rodrigo Queiroz também explica isso no estudo sobre Mediuni- co norte-americano J. Rhodes Buchanan.
dade dizendo que “a vidência é quando a pessoa abre uma visão
e às vezes abre-se uma tela na frente dela, semelhante a um compu- No texto Érika Silveira descreve a psicometria (pela visão do médico)
tador, abre essa tela/janela e ela consegue enxergar uma cena ou como o método de estudo que consistia em apresentar aos pacientes
situação. Um indivíduo em outro ambiente, lugar ou tempo e traduz objetos pertencentes ao presente ou passado de uma pessoa. “Os
isso, isso é vidência.” sonâmbulos passavam a descrever cenas relativas às épocas de exis-
tência do objeto e até mesmo o próprio caráter da pessoa a quem
Pictografia pertencia o objeto psicometrado” descreve Érika.
Conhecido como pintura mediúnica a pictografia é o dom de pintar
e produzir arte conduzido pelo espírito. Nesse ato, a entidade toma Depois disso estudiosos espíritas também se empenharam em se
as funções motoras do médium desenvolvendo a pintura como forma aprofundar no estudo desse fenômeno.
de manifestação.
Pai Alexandre Cumino descreve no livro Médium – Incorporação não
Inspiração ou irradiação é Possessão essa projeção como “a leitura do registro astral e tempo-
Consiste em “escutar” mentalmente ou intuir algo, mas é importante
ral que fica em cada objeto revelando seu histórico.”
ressaltar que difere da clariaudiência, pois nessa modalidade, como
já dito, o médium escuta claramente a voz do espírito, podendo até
A mediunidade não é propriedade de uma ou outra religião, como
identificar e discernir o timbre da voz de seu mentor. A inspiração é
algo mais sutil. um dos nossos sentidos sensoriais ela é algo natural ao homem, en-
tretanto, cada um de nós viemos a este plano com o domínio de de-
Projeção astral terminadas faculdades mediúnicas que tem ligação com a vibração
Nesse tipo de mediunidade o perispírito ou a alma da pessoa se espiritual religiosa que rege nossa ancestralidade. Leia mais sobre
projeta para fora do corpo realizando a conhecida viagem astral. isso em: A mediunidade de Umbanda é a mesma da Espírita?

Texto Júlia Pereira - Blog Umbanda EAD


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LINHAS DE
TRABALHO
Seus magnetismos e
efeitos nos médiuns

Caboclos
Magnetismo ativador, pulsador e movimentador – impul-
so para determinação e ação.

Preto-velho
Magnetismo abrandador, pacificador, estabilizador, re-
flexivo, meditativo.

Baianos
Magnetismo despertador, expansor, movimentador – le-
veza e alegria.

Crianças
Quebra de padrões, desbloqueia traumas, gera estabi-
lidade vibratória e comportamental.

Boiadeiros
Sustentação do tempo. Resgate, recolhimento, combate
aos espíritos perdidos (eguns, quiumbas). Nos médiuns:

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agem limpando e reorganizando configurações do pas- Ciganos
sado levando ao desprendimento psíquico para maior Energia prosperadora. Remonta à mística holística. Pro-
aceitação das coisas. Remonta as energias levando a picia percepção mística e imantação prosperadora ma-
uma reorganização e estabilização vibratória. terial.

Malandros Povo do Oriente


Magnetismo ligado à programação emocional. Desblo- Magnetismo que leva à introspecção, desperta o auto-
queador de padrões emocionais. conhecimento e leva ao estado de “alerta”. Manifestam-
-se asiáticos e orientais. Focados no trabalho de cura
Marinheiros (às vezes a linha dos médicos está fundida com a linha
Magnetismo purificador e imantador. Dilui ligações espi- do oriente). Os médicos curam mais materialmente e os
rituais negativas. orientais curam a alma através da meditação, autoconhe-

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cimento, autodomínio. Essa energia nos leva ao estado
meditativo em que o espírito está o tempo todo em alerta
com seus instintos e sentimentos exercendo o autocontrole
– há um trabalho constante de organização dos instintos.
O autoconhecimento é o caminho para a autoiluminação.

Exu
Magnetismo que alerta sobre as fragilidades e potenciali-
za as qualidades. Magnetismo que entra diretamente nas
nossas fraquezas, é quando fica mais nítida a fragilidade
do médium, o fluído desencadeia nossa fragilidade. No
transe trabalha a potencialização de nossas virtudes e nos
dá força para resolver nossas fragilidades.

Pomba-Gira
Magnetismo sutil, leve e estável. Para o homem: dá a opor-
tunidade de sentir e pensar por um período como mulher.
Para a mulher: ativa a feminilidade, a sensualidade, traz
um brilho, sensação de bem-estar e de felicidade.

Exu-Mirim
Ser encantado, seu magnetismo é puro na natureza dele.
Sua atuação no médium é zelar pela estrutura do triân-
gulo, está ligado a algum orixá do triângulo do médium
potencializando suas qualidades no mediador. Equilibra a
estrutura do médium na sua deficiência. Atua como equi-
librador e zelador do magnetismo do orixá “deficiente”
enquanto sentido da vida no médium.

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BUSCANDO
MEU ORIXA‘
De Vovô Benedito
Por Rodrigo Queiroz

“Quando eu andava pelo deserto, eu ouvi


uma voz de longe me chamar...”

Ele andava triste, por muito tempo buscava uma res-


posta para suas aflições religiosas. Temia que sua fé
minasse a ponto de não mais bater cabeça... quando
aconteceu este encontro. Em meio ao perfume das ervas
queimando na brasa, ao som dos atabaques, penum-
bra iluminada por velas, ele ajoelha e desaba:

- Vovô, já não aguento mais...


- O que te aflige meu fio?
- Vô, eu amo os Orixás, não tenho dúvida. Mas passei
por tantas desilusões, fui enganado por pessoas que se
diziam mestres no culto aos Orixás, ostentando todo
tipo de títulos e artefatos. Sei que de certa forma aprendi
coisas, mas no fim sempre uma desilusão...

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- Continue meu fio...
Em lágrimas ele recobra o fôlego e prossegue.
- Então meu velho, já deitei pro Santo, já assentei Ori-
xás, já passei por muitos fundamentos quando eu cultu-
ava o Orixá em outro segmento que não era Umbanda.
Hoje não sei como fazer, de uns tempos pra cá co-
meçou meu Caboclo se manifestar, descobri que amo
a Umbanda e este é meu caminho, o Caboclo disse
que devo me fundamentar na Umbanda e devo assentar
meus Orixás. Acontece que meus assentos foram confis-
cados pelo meu último Babalaô. Acho que meus Orixás
estão bravos, estão me cobrando, tenho certeza!
- Meu fio, o que eles cobram?
- Não sei meu velho.
- Então vois zuncê vai pagar o que nem sabe que
deve?
- Veja meu velho, como estou confuso. Acredito que pre-
ciso assentar meus Orixás para me acalmar. Como faço
isso?
- Hehe... É meu fio, vois zuncê tá numa encruza
mesmo! Intonce, aquiete seu coração, sinta este
cheiro de ervas queimando e escuita com atenção
o que este velho nego tem pra te fala...
- Meu velho, sou toda atenção, obrigado... – disse ele
em prantos.
- Meu fio, os homens nessa terra tem uma necessi-
dade constante de criar formas para expressar-se,
neste caso, o nego vai se ater na religião. Por isso
muitas são as formas de cultuar os Orixás, muitas
mesmo, e é certo que muitas práticas, nem mesmo

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sendo tolerante às diferenças, é possível aceitar. Pois meu no físico da arvore, mata, água, fogo, hehe. Como que se
fio, quando o amor não for o caminho e o bom senso não eu tendo um pouco da água eu teria “aprisionado” o Orixá.
for o limite, intonce muito problema vai acontecer. Sabe fio, Entendi já aqui no mundo espiritual fio que Orixá não está
esse velho conheceu os Orixás na antiga África, e lá era fora de nós, mas encontra-se dentro. Ele extrapola nossos
tudo muito diferente, simplesmente diferente, não me arris- poros e nos toma por inteiro quando entendemos e reco-
caria a dizer que melhor, pois assim o nego negaria a evo- nhecemos isso. Fio, Orixá é a essência de tudo o que você
lução constante. Este contato da minha alma com essa luz vê, escuta e sente, está muito além destes parcos sentidos
que chamamos de Orixás mudou a existência do nego, e de humanos e muitíssimo além da nossa razão humana. Mesmo
tanto que amo e sinto-me bem, após minha passagem para o este velho tentando explicar Orixá, cometo um erro, pois sei
mundo espiritual, insisti para que Olorum me deixasse perto meu fio, que Orixá não se explica, se sente. Mas como já
dos seus Orixás. Sou feliz por isso fio, porque nosso Criador disse, precisamos criar formas, então fio, que a sua forma
me ouviu. E foi assim que este velho aprendeu algumas coi- seja a mais próxima do abstrato e do sutil, porque assim tal-
sas simples. Na carne este nego procurou muito os Orixás vez esteja próximo do que seja Orixá. Por isso meu fio não
pela vida, por entre as coisas da Terra, minha Yá tinha ensi- se apegue tanto às formas de como cultuam ou assentam
nado que os Orixás estavam na Natureza, mas como eu não os Orixás, principalmente quando lhe ensinam métodos que
fugia à regra geral, entendia que essa natureza seria o pla- não encontra aceitação no seu coração.

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Os Orixás falam ao coração, intonce é ele que você deve es-
cutar para saber como encontrará os Orixás. Se, por exem-
plo, você qué assentar um Orixá das matas, vá numa mata,
sinta o cheiro das folhas, toque elas, converse com o Orixá,
cante, dance, colha as folha, cipó, raízes, terra, vai pegan-
do um pouquinho do que tem lá, porque isso simboliza o tal
Orixá fragmentado na natureza, com isso monte um espaço
onde colocará isso e lá você reza pro tal Orixá. Entendeu
meu fio?

Ele soluçando e enxugando as lágrimas com a voz embargada


responde:
- Meu velho, vovô querido, muito obrigado. Agora sinto o Orixá
dentro de mim. Entendi sua mensagem e não sei como agradecer.
- Fio não tem de quê. Agora vai ao encontro de si mesmo
para encontrar os Orixás. Seja feliz meu fio por entender
que da essência só bebe aqueles que amam simplesmente
por não saber explicar.

E sempre que irmanados os filhos deste plano estiverem, sem más-


caras, sem receios, sem pretensões, lá, através do coração since-
ro de cada um, o Orixá se manifestará. Todos vocês são filhos de
Orixá e adotados por todos os Orixás do Universo, somos filhos
dos Pais e Mães Celestiais e nada existe sem a relação harmonio-
sa e contínua de todos os Orixás num emaranhado perfeito. E se
buscas o “teu” Orixá, então o encontra dentro de ti! Saravá!
E assim, com três estalos de dedo, o Velho sacudiu seu médium,
retornando para sua Aruanda, uma sensação de paz profunda
pairava no ambiente e o atabaque secou o couro, um silêncio se
fez no ar e podia ouvir o crepitar do fogo nas velas, este silêncio
eram os Orixás falando ao coração de cada um presente naquela
gira.

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*O conteúdo desse eBook faz parte do Estudo Oficial Me-
diunidade na Umbanda com Pai Rodrigo Queiroz.

O QUE É O ESTUDO
MEDIUNIDADE NA UMBANDA?
Todo conteúdo do estudo foi criado a partir da vivência,
estudo e das orientações dos Mestres Espirituais que atuam
na Umbanda.

A fim de pormenorizar todos os aspectos que envolvem a


prática mediúnica, o estudo propicia aos engajados, enten-
der o universo de particularidades que a mediunidade deslo-
ca, sendo a incorporação um fragmento de toda essa estru-
tura apresentada como o sexto sentido sensorial.

Existem mais de 10 tipos de mediunidade, que podem se


manifestar em médiuns de terreiro ou não, debruçar-se sobre
cada uma delas é também um exercício de autoconhecimen-
to.
MEDIUNIDADE
NA UMBANDA
com Pai Rodrigo Queiroz

QUERO GARANTIR
MINHA PARTICIPAÇÃO
VEJA AQUI O QUE VOCÊ
VAI APRENDER NESSE ESTUDO

SEMANA 01 SEMANA 05
APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO MÉDIUNS DE “MESA” E OS DE “TERREIRO”
• A Importância do Estudo para a formação mediúnica • Funções
• Semelhanças e diferenças energéticas
SEMANA 02 • Estrutura Magnética
O QUE É MEDIUNIDADE E O MÉDIUM • Campos de atuação
• O que é mediunidade e o Médium
• Considerações sobre o SEMANA 06
Livro dos Médiuns de Allan Kardec TIPOS DE MEDIUNIDADE
• Considerações sobre o • Inspiração, clarividência,
livro Mediunismo de Ramatís clariaudiência, vidência, psicografia, pictografia,
• Reflexões sobre o campo de transporte, materialização.
atuação de Allan Kardec e Ramatís
e os limites dentro da Umbanda SEMANA 07
INCORPORAÇÃO: MEDIUNIDADE
SEMANA 03 TÍPICA DA UMBANDA
ESTRUTURA COMPLEXA DO MEDIUM • Multiplicidade Mediúnica
• O que é mediunidade e o Médium • Mecanismo de Incorporação
• Mente, Cérebro e Sentidos Sensoriais • Estrutura Etérica do médium
• Sexto Sentido Sensorial - 3s
SEMANA 08
SEMANA 04 MEDIUNISMO UMBANDISTA
CHAKRAS • Variações vibratórias
• Origem, estrutura e função • Trânsito entre reinos, naturezas e realidades
• Chakras, Fatores, Sentidos da vida e Orixás • Agente atuante
• Mecanismos de atuação
• Meditação e seu benefício aos chakras
SEMANA 09 SEMANA 13
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO I MAGIA E MEDIUNIDADE
• Métodos e Eficiência • Médium como protagonista
• Tempo de desenvolvimento • Responsabilidade mágico-mediúnica
• A hora certa: maturidade emocional • Efeitos Magnéticos
• Polaridades da Magia
SEMANA 10
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO II SEMANA 14
• Médium e Instrumento LINHAS DE TRABALHO ESPIRITUAL NA UMBANDA
• Banhos de Ervas e defumações • Magnetismos das Linhas e seus efeitos na estrutura mediúnica
• Oferendas e seus efeitos colaterais • Tipos de Trabalhos Espirituais
• Exercício Mediúnico na Gestação
SEMANA 15
SEMANA 11 ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO
INSTRUMENTO MEDIUNICO • Ação Anímica e o afloramento do inconsciente
E SUA VIDA MATERIAL • Animismo e seu aproveitamento
• Preceitos: alimentação, bebida alcoólica, fumo, • Sugestão e Imaginação
entorpecentes, sono, horários, jejuns • Mistificação x Animismo
• Esquizofrenia
SEMANA 12
SEXUALIDADE E MEDIUNIDADE SEMANA 16
• Transmissão Energética O TRANSE E SEU EFEITO TERAPÊUTICO
• Positivação e Negativação • Benefícios do transe mediúnico - Estado
• Sexo, Amor e Iluminação Mediúnico de Consciência
• Masturbação: Auto-Equilíbrio e Desequilíbrio • Êxtase Religioso
• Resguardo e a Potencialização • Observação e Ação Prática / Lapidação Comportamental
• Conclusão
MEDIUNIDADE
NA UMBANDA
com Pai Rodrigo Queiroz

INÍCIO: 07/09/2017 • DURAÇÃO: 4 MESES

PARTICIPE DESSE ESTUDO POR

10X R$ 61,00
ou R$ 392,40 á vista

QUERO PARTICIPAR!

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