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aill7 Estado de Mato Grosso do Sul 3 Poder Judiciario 228% Caarapo yy ¥ Vara Processo n.° 031.07.001192-4 Agao: Crimes da Lei Antitoxicos (art. 33 da Lei 11.343/06) Autor: Ministério Publico Estadual Réu: Valmir Cavanha Cavalheiro Vistos, etc... O Ministério Publico Estadual propés a¢ao penal piblica incondicionada visando @ condenagdo de Valmir Cavanha Cavalheiro, qualificado nos autos, no art. 33, caput, da Lei n° 11.343/06, eis que no dia 17/05/2006, por volta das 03h00min, no interior da reserva indigena Tey Cué, Caarapé, o denunciado guardava 1,508 kg (um quilo e quinhentos e oito gramas) de maconha A defesa preliminar foi apresentada as fis. 59-62, tendo arrolado testemunhas. Recebida a denincia (fl. 67) e citado pessoalmente o denunciado (ls. 76-verso), 0 mesmo foi interrogado as fis. 133-134. Durante a instrugao criminal foram ouvidas testemunhas (fls. 84-86 e 135-137). a j «lo Masielo 202599 - Enderego: Av. Dom Pedro Il, a? 1700, Fax: (67) 2455-1087, Vig Planalo - CEP 79,940:06)\ Fone. (87) 3453-1968, Csarap6-MAS - E-mall epo-tv@l.me.gov.br- autos 091,07 004 192-4 Estado de Mato Grosso do Sul Poder Judiciario Caarapé 1° Vara O exame pericial do denunciado foi juntado as fls. 111-123. O exame toxicoldgico foi juntado as fls. 159-162. Em sede de alegagées finais, 0 Representante do Ministério Pablico Estadual analisou a prova produzida em contexto com a pretenséo acusatoria, e argiiiu estar comprovada a materialidade e autoria do delito, pelo que requereu a condenagio do denunciado nos termos da deniincia, ¢ ainda, que seja declarada, incidentalmente, a inconstitucionalidade do § 4°, do art. 33, da Lei n® 11,343/06 (fis. 164-179). A defesa, por sua vez, em alegagdes finais, pugnou pela aplicagSo da pena no minimo legal, com o reconhecimento da atenuante de confissio ¢ da causa de diminuigfo de pena. Em relacio @ inconstitucionalidade do § 4°, do art. 33, da Lei n® 11.343/06, sustentou que no fere o principio da proporcionalidade (fis. 181-184 e 187-190). Os antecedentes criminais do denunciado foram juntados as fis, 45 e 53. E orelatério. Deci Ministério Publico Estadual denunciou Valmir Cavanha Cavalheiro pelo crime de trafico ilicito de drogas, previsto no art. 33, caput, da Lei n° 11.343/06. A materialidade do delito restou provada através do laudo de exame de constatagao de fl. 18, bem como pelo laudo toxicolégico de fls. 159- 162. Indiscutivel, porquanto pacifica a materialidade, restando entio, verificar se o mesmo pode ser afirmado em relac&o a autora, denunciado foi interrogado em Juizo, ocasiaio em que disse que “os fatos narrados séo parcialmente verdadeiros. Realmente a droga encontrada era de propriedade do interrogando, mas se destinava ao seu consumo. Nao vendia e nem fornecia droga a ninguém [...]. O interrogando é viciado em maconha. Guardou o eniorpecente em mais de um lugar, para ninguém ver e nem mexer no mesmo [...]” (Als. 133-134). ‘Moxe'o 202533 - Enderega: Av. Dam Pedro I n° 1700, Fax: (87) 3453-1097, Via Planalto - CEP 79.8400 ‘3453-136, Caarapo-MS ~ E-mal:cpo-1v@U.ms.gov-br-aulos 051.07.001 192+ | Fone: (67) Estado de Mato Grosso do Sul Poder Judiciario Caarapé ~ 4° Vara ‘Vejamos o cademo de prova testemunhal. ‘A testemunha Zenildo Isnarde narrou que "efetivamente eu ja tinha recebido varias deniincias que o Valmira estava traficando maconha na ‘Aldeia, Certa vez, eu fui até a residéncia dele e apreendi cerca de 14 quilos de maconha, mas ele conseguiu fugir e ficou desaparecido algum tempo. Depois ele retornou para a Aldeia e as dentincias que ele estava vendendo maconha continuaram. Entdo eu e o Jodo Vera fomos até a casa dele, de madrugada, onde encontramos certa quantidade de maconha e o prendemos em flagrante. Depois os policiais compareceram na casa do Valmir e ele contou que tinha mais maconha enterrada no quintal, onde foi encontrado mais certa quantidade de droga. A noticia corrente na Aldeia é que 0 Valmir vendia droga, principalmente para menores" (fl. 84). No mesmo sentido foram as declaragdes da testemunha Joao Vera (fl. 86). ‘A testemunha René Andrade Pina disse que "[..] eu ¢ 0 Bereta, fomos juntamente com 0 Capitéo Zenildo e 0 acusado fomos até a residéncia do acusado, que fica na Aldeia Tey Cué, sendo que na residéncia do mesmo, dentro de um colchdo, encontramos certa quantidade de maconha O acusado informou ainda que tinha mais maconha enterrada no quintal, onde encontramos mais um tablete, pesando cerca de um quilo. O total da droga apreendida pesou cerca de um quilo e trezentas gramas. Segundo relato do acusado, a maconha era usada para uso préprio e também para venda” (fl. 85), ‘A testemunha Roberto Cavalheiro, pai do denunciado, afirmou que "seu filho ndo vendia droga e sua casa ndo era fregitentada por ‘pessoas estranhas" (fl. 135). A testemunha Edina Cavanha, mée do denunciado, relatou que "seu filho ndo é usudrio e nem vendedor de droga [...]" (fl. 136). Como ja era de se esperar, 0 denunciado, no aff de se livrar de um édito condenatério, disse que a maconha que estava guardada em sua casa, apesar de ser de sua propriedade, era para consumo préprio. Modelo 202633 - Endeteco: Av. Dom Pade i 1 1700, Fax: (67) 9489-1097, Vila Planalto - CEP 79.9g4%600, Fone, (67) 5455-1368, CasiapeMs « E-mal cpo-Iw@lms.gow.br - autos 097.07.001182-4

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