You are on page 1of 12
ISD Mito Vicente 354-Ipianga (4270200 Sto Paula SP abe 1 50619262] 50618075 |fac(111 25869263 home pge.woen saabelsectoris comb ‘emalipuboaepaabolsedtoraleom.bt 2 ech rr ho/01 - cone Acted Ona gus Pre © ho ble Prt tor oP sore de 208 we Uma sema@ntica global © o1nujav> 150 a uma “competénca”; mec atividade linguageira defendida pelo pensador tido para ele o inconveniente de introduzir uma forte opacdade entre a gra- mitica universal e as diversas linguas naturaist. Como trabalhamos com 0 rgd indis it Ingisonrin enna ome por mais laboriosa que seja, de todas as formas lexicais”, alcangar a “coxnpre- representado pela de forma alguma um modelo genético de uma semantica global, «nada impede de ferentemente as divisies propentas. ses exencalmente nas dua formacies discursive, ignificagdo de tal abordagem. (Como 1e trata sstrar, seremos alusivos” e, para ndo estender inunlmente a apresentagio, privilegiaremos o discurso humanists devoto; em vide do primado da interdiscursividade, todo comentario feito sobre ele incde tam- bém, obliquamente, sobre o discurso jansenista. A INTERTEXTUALIDADE aaa Distinguiremos 0 intertexto de um discurso (0 conjunto de fragmentos que cle cta efetivamente) de sua intertextualidade (isto €, dos tipos de relages intertextuais que a competénda discursiva define como legitimas), ‘Todo campo discursivo define certa maneira de citar 0s discursos anteriores do mesmo campo". A maneira segundo a qual um fisico moderno se refere Byun ech Gense dea pense lngisque Pars Armand Coa 173.7 " Tedov or exrmplos xia deenvcvion en. Mangaezca, Semaine del plémige (ssa ne UAge d Home. 195). Sr Graenememte, quando we ala nai do “mmo” emp remes-s ma a0 apie de em (meee) am —— 0 & comparivel 8 maneica pela qual um discurso lugio de sio Paulo. Mas, a0 lado dessas restrigdes 1808 membros de um campo, hxambémn o passado _ iscurso particular constri para si atribuindo-se certag iliagbes ¢ recusando outras. O sistema de restrigdes intervém nesses doi tis de intertextualidade. Dessa forma, mesmo que os discursos jansenista.e humanista devoto, en- quanto discursos catdlicos, admitam ambos, eles no tém a mesma con- ‘cepgio da autoridade da Tradigio: por exemplo, em virtude do’principio de ~Concentragio” sobre um Ponto-de-Origem, o discurso jansenista dard pri- ‘mazia a0s textos mais préximos, no tempo, da pessoa de Cristo; preferéncia que o principio de “Ordem” ignora. Os dois discursos nao divergem menos quanto & construsio de seus respectivos passados textuais: se os escritos jansenistas citam de muito bom grado Tertuliano ou santo Agostinho como autoridades, é porque eles lem nesses autores enunciados semanticamente Proximos daqueles que sao autorizados por sua formago discursiva. Cha- duplo trabalho diGneméria discursiva interior ao campo dey devotos ¢ 0s textos dos naturalistas, da Antiguidede, de outro. Se os naturalistassio frequentemen curso humanista devoto, porque a Natureza constitul para clesa “Ordem” ‘coFaniea por exceléncia, um “livro” no qual as obras de devogio devem continuamente se inspirar: um livro que contém a palavra de Deus" : ‘agi d que» ume verdadeinducuive:sabe-se qu controvtiss um sbordagen“comtinulta da stra de nie sac 1S ancien de Salen, Tat dela préiation 78 (BEER, dome Mncnens (Quanto aos autores pagios cles sfo citiveis em virtude de uma dugla espe- ificacio da nogio de “Ordem”, uma ontolégica,outea histiea, Segundo a primeira, o conjunto do Real forma uma “Ordem” constituida de uma /Diversidade/ de nivels /Hierarquizados/, desde a matéria inanimada ané os seres puramente espirituais. Esses niveis se ultrapassam sem que o superior anule o inferior. Assim, o cristo representa uma sublimasgo do nivel imediatamente inferior, o do homem “guiado pela razio" apenas, do “homem de bem” tal qual o apreenderam os Antigos. Desse ponto de vista, melhor moral pagi aparece como uma instincia legitima, contigua,e no ‘posta a verdade cr De acordo com a segunda, a cronologia da Revelasio constitui uma “Or- dem”, uma hierarquia de graus complementares que garante a legitimidade dos bons autores pagios: (© melhor da filosofia dos gentios, o melhor da luz da razio, toda a Lei da na «todos os homens da terra, como que os lidios do cristianismo; a fim de preparar os espiritos segundo superiores pelo conhecimento dos inferiores... A fim de que o género humano forse instru, egrado conforme sua capacidade ele devia receber os mistéios de salvasio por graus e por ordem .. como ui olho re natural do dia, passando da Noite & Aurora, da Aurora 3 Manhi, ¢ da 20 Meiowia®. ‘Teremos notado como nesse texto a propria *Ordem” histérieaé posta como ‘/Homéloga/ de uma “Order” natural, aquela que é formada pelas diversas liscurso jansenista, que postula uma /Alteridade/ ak Bistro divino e o registro mundano, ndo cit nem natural ‘tes pagiios. Para ele, a intertextualidade deve rejeitar como /Mistura toda “Ordem” que associasse esses dois registros e 6 admite como Anica ¢ exclusivamente, 0 corpus eristio. 2 FBonal Le Chrétien du vempe (Psi 165.1 pare ».2) (Gaiman) 79

You might also like