ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Orçamento na Constituição Federal III

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL III

Atenção!
É interessante fazer uma conexão entre o art. 165, § 2º, com o art. 169 da CF.

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;

Atenção!
Na Administração indireta, são integradas as estatais dependentes. O orçamento
fiscal que integra a Lei Orçamentária abrange os três poderes, o Ministério
Público, a Defensoria Pública da União, os fundos, as autarquias, as fundações
públicas e as estatais dependentes. O art. 2º da RLF define claramente que
estatais são empresas controladas pelo governo, ou seja, aquelas em que o
Poder Público detém a maioria das ações com direito de voto, como o Banco
do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras, por exemplo.

Obs.:

existem as estatais dependentes dos recursos do orçamento para o seu
funcionamento e existem aquelas que são lucrativas e, por isso, não preci-
sam do orçamento. As estatais dependentes integram o orçamento fiscal.

II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

Atenção!
O orçamento de investimentos das estatais é elaborado pelo DEST
(Departamento de coordenação e governança que integra o Ministério do
Planejamento), e não pela SOF.
ANOTAÇÕES

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III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e

órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos
e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Atenção!
É importante lembrar que o Plano Plurianual é elaborado pela Secretaria de
Planejamento e Investimentos Estratégicos, a LDO e a LOA são elaboradas
pela Secretaria do Orçamento Federal.

Obs.: a LOA tem o orçamento fiscal e de seguridade, que são elaborados pela
Secretaria do Orçamento Federal; já os investimentos são elaborados
pelo DEST, departamento situado no Ministério do Planejamento. Um
outro ponto importante é que o sistema utilizado para a elaboração da
LOA é o SIOP.
Fiscal → SOF/MP
LOA Seguridade → SOF/MP
Investimento → DEST/MP
Sistema: SIOP
A Secretaria do Orçamento Federal é quem define as regras. A cúpula do Sistema
Orçamentário Brasileiro é composta de acordo com a seguinte hierarquia:
• Secretaria do Orçamento Federal/Ministério do Planejamento;
• órgãos setoriais;
• unidades orçamentárias;
• unidades administrativas.
SOF

órgãos setoriais;
regras necessidades
unidades orçamentárias;

unidades administrativas.
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Exemplo: o Ministério da Justiça (órgão setorial) trata assuntos diretamente

com a SOF e com o Departamento da Polícia Federal (unidade orçamentária),
e consequentemente trata com as delegacias e superintendências da PF em
todo Brasil (unidades administrativas).

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regio-

nalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

Atenção!
Quando um governo, seja estadual, municipal ou federal, resolve promover
uma renúncia fiscal, é necessário que a LOA contenha um demonstrativo dos
impactos que essa renúncia provoca. No caso da Constituição Federal, trata-
se dos impactos provocados na renúncia no governo federal.

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com

o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-
-regionais, segundo critério populacional.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda
que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Atenção!
A lei orçamentária tem de conter matéria orçamentária, que é a previsão de
receitas e a fixação de despesas. Há duas exceções: autorização para abertura
de um crédito suplementar e realização de empréstimos. Estão descritos como:
• crédito suplementar: é uma autorização de despesa que reforça uma des-
pesa que já foi autorizada. Ex.: a LOA autorizou um gasto de 100, mas se
for preciso gastar mais 20, já está autorizado.
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• a LOA pode autorizar a realização de empréstimos. Ex.: existe uma receita

prevista de 100, mas deseja-se gastar 120, é preciso pedir 20 de empréstimo.

A antecipação de receitas consiste em antecipar o salário, procedimento

conhecido como ARO.

O pulo do gato
Atentar-se, pois o Cespe costuma substituir o termo “ainda que” por “desde que”.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Flávio José de Assis.
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