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ANÁLISE DO PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E

CONTROLE DA PRODUÇÃO

ESTUDO DE CASO: “ESPETINHO LEMOS”

HANNA CARLA SUNDERHUS DE CASTRO1


JACKELINE DIAS DE CARVALHO1
PROFESSOR ORIENTADOR: WANDER PACHECO VIEIRA2

RESUMO

Neste trabalho, discorre-se acerca da importância do Planejamento, Programação e Controle


da Produção (PPCP) enquanto estratégia por meio da qual se pode aumentar a eficiência e o
nível de competitividade de uma empresa. Objetivou-se identificar os desvios relacionados ao
PPCP que promovem a ineficiência no processo produtivo da “Espetinho Lemos”. No que
concerne à metodologia adotada, (i) optou-se, por meio de pesquisa bibliográfica e estudo de
caso de abordagem quantitativa, pela observação sistemática, (ii) realizaram-se entrevistas
para o levantamento de todas as informações necessárias para a análise e (iii) foram
elaboradas planilhas para coleta de dados. Durante as análises, constatou-se que a empresa
possuía um PPCP superficial. Sendo assim, procedeu-se à elaboração de um novo método de
trabalho com vistas ao aumento da capacidade produtiva do referido estabelecimento. Os
resultados sugerem que essa estratégia de intervenção foi bem sucedida.

Palavras-chave: Planejamento. Programação. Controle de Produção. Capacidade Produtiva.

1 INTRODUÇÃO

Segundo Martins & Laugeni (2007, p. 213):


O sistema PPCP corresponde a uma função da administração da produção,

1
Graduandas em Administração de Empresas pela Faculdade Espírito-Santense – Faesa.
2
Mestre em Engenharia pela UFES
que vai desde o planejamento até o gerenciamento e controle do suprimento
de materiais e atividades de processo de uma empresa, a fim de que produtos
específicos sejam produzidos por métodos específicos para atender o
programa de vendas estabelecido.

De acordo com essa perspectiva, acredita-se que o planejamento é a base do trabalho de todas
as empresas, as quais, por hipótese, devem realizar os seguintes procedimentos essenciais
para que apresentem resultados satisfatórios: executar a análise de ambientes; tomar decisões
de forma ágil; utilizar adequadamente os recursos de que dispõem; controlar os gargalos;
eliminar compras excessivas; gerir o estoque com uma produção bem planejada e eficaz.
Outros procedimentos podem ser adotados de acordo com a necessidade do estabelecimento.

O presente estudo foi realizado na “Espetinho Lemos”. Essa microempresa localiza-se no


Bairro Santana, em Cariacica/ES, e tem como público-alvo pessoas físicas que atuam no
mercado varejista vendendo churrasquinho.

O PPCP é um importante processo por meio do qual as organizações podem alcançar o


máximo de eficiência e se tornar mais competitivas. Decidiu-se aplicá-lo à “Espetinho
Lemos” porque esse estabelecimento apresentou dificuldades em implantar controles efetivos,
à semelhança da maioria das empresas do mesmo porte. Essa situação deve-se, sobretudo, ao
fato de os sócios de microempresas normalmente executarem muitas atividades não tendo
tempo hábil para planejar, programar e controlar – o que, em geral, acarreta perda de
oportunidades de melhoria nos processos, compromete o crescimento da empresa e sua
permanência no mercado.

Durante a pesquisa, surgiu a seguinte indagação: Quais desvios relacionados ao PPCP


promovem a ineficiência do processo produtivo da empresa “Espetinhos Lemos”?

O trabalho tem por objetivo geral identificar os desvios relacionados ao PPCP que promovem
a ineficiência no processo produtivo da referida empresa, conforme se disse anteriormente. Os
objetivos específicos são: (i) aplicar a ferramenta Ishikawa para identificar as causa que
promovem a ineficiência no processo produtivo; (ii) mensurar a capacidade produtiva da
empresa; (iii) simular um modelo de produção adequado, utilizando o PPCP; e (iv) elaborar
um manual de produção de espetinhos.
Este estudo justifica-se na medida em que identificaram os desvios que causavam ineficiência
na produção da empresa “Espetinho Lemos” e funcionou como instrumento por meio do qual
os pesquisadores puderam elaborar estratégias para que o planejamento, a programação e o
controle da empresa fossem realizados de forma mais eficiente. Além disso, permitiu às
pesquisadoras envolvidas no trabalho, alunas do Curso de Administração, aplicar os
conhecimentos adquiridos na disciplina Administração da Produção. Ressalte-se também o
fato de ser relevante para a sociedade, pois visa a minimizar a variabilidade do processo
produtivo e contribuir para o desenvolvimento da empresa, em sua cadeia produtiva. Por fim,
convém destacar que ele poderá também servir de base para outros estudos com a mesma
temática.

A finalidade deste estudo é explicativa: identificam-se os fatores que contribuem para a


ocorrência de determinado fenômeno (VERGARA, 2010, p. 42) e, se possível, explicam-se as
relações que se estabelecem entre esses fatores e fenômenos. A abordagem é quantitativa. O
universo de pesquisa é a empresa “Espetinho Lemos”, portanto, trata-se de um estudo de caso
e pesquisa bibliográfica. Para as amostras, foram selecionados 31% dos produtos oferecidos
pela empresa. Para o levantamento dos dados, realizaram-se entrevistas, cujas pautas, com
perguntas direcionadas aos proprietários, constam no Anexo A. As observações sistemáticas
tiveram por objetivo compreender como funcionam as etapas do processo, as ferramentas
utilizadas, as dificuldades e os resultados do trabalho.

2 SISTEMA DE PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE


DE PRODUÇÃO (PPCP)

O PPCP é uma forma de gestão eficiente que capacita a organização a responder rapidamente
às mudanças internas e externas. Por meio dele, relaciona-se a alocação eficaz e eficiente dos
recursos de produção; leva-se a organização a produzir com mais rapidez, segurança,
facilidade e perfeição, a um menor custo; e direciona-se a empresa para um sistema de
padronização, sistematização e organização do processo.

Segundo Slack et al. (2008, p. 315), “o plano pode ser definido como conjunto de intenções
para o que deveria ocorrer e o controle como um conjunto de ações que visam ao
direcionamento do plano, monitorando o que realmente acontece e fazendo eventuais
mudanças necessárias”. Sendo assim, é possível realizar uma análise detalhada de toda a
organização ao comparar o planejado com o realizado, auxiliando na identificação dos
gargalos na produção, assim como nas medidas de correção para eliminar os motivos que
causam os refugos e aumentar a produção.

2.1 PLANEJAMENTO

Moreira (2008, p. 12-13) afirma que:


“O planejamento estratégico define a filosofia básica da organização no que
tange às suas atividades, determina os produtos e/ou serviços a serem
oferecidos e trata do planejamento para a aquisição e alocação de recursos
críticos, como tecnologia e pessoal tanto para implementar os planos, como
para avaliar os seus impactos”.

O planejamento, portanto, de acordo com a perspectiva adotada pelo autor, é um componente


indispensável ao bom funcionamento da empresa. Entende-se, ainda, que ele é necessário
antes mesmo da abertura do estabelecimento comercial, pois define, por exemplo, o que será
produzido. É impossível obter bons resultados numa empresa em que o planejamento é
insatisfatório.

Tubino (2000, p. 25), por sua vez, postula que “o Planejamento Estratégico da Produção
consiste em estabelecer um plano de estratégia na produção, para determinado período [...],
segundo as estimativas de vendas e disponibilidade de recursos financeiros e produtivos”.
Com o planejamento, atividade em que se conciliam recursos humanos e recursos físicos,
torna-se fundamental refletir, por exemplo, acerca das pretensões que se tem em relação à
empresa (aonde e como se quer chegar?), uma vez que ele “[...] dá as bases para todas as
atividades gerenciais futuras ao estabelecer linhas de ação que devem ser seguidas para
satisfazer objetivos estabelecidos, bem como estipula o momento em que essas ações devem
ocorrer” (MOREIRA 2008, p. 6).

2.2 PROGRAMAÇÃO

Slack, Chambers, Johnston (2008, p. 333) afirmam que:


Em operações cujo recurso dominante é o pessoal, a programação dos
tempos de trabalho efetivamente determina a capacidade da operação em si.
A principal tarefa de programação é, portanto, garantir que o número
suficiente de pessoas está trabalhando em qualquer momento, para
proporcionar uma capacidade adequada para o nível de demanda nesse
momento.

De acordo com Russomano (1995, p. 180), “a programação da produção determina, de forma


antecipada, o programa de produção – em médio prazo – dos vários produtos que a empresa
produz”. Ou seja, é a programação a atividade que determinará quando e como cada tarefa do
processo produtivo deverá ser iniciada e concluída, tendo em vista a utilização inteligente dos
recursos disponíveis. Por meio dela, planejam-se e controlam-se os estoques, vendas
previstas, capacidades, linha de produtos e o modo de produzir, e se faz com que as pessoas e
máquinas alcancem o nível de produtividade esperado. Por fim, convém destacar que:

“[...] ao determinar a sequência em que o trabalho será desenvolvido,


algumas operações requerem um cronograma detalhado, mostrando em que
momento os trabalhos devem começar e quando eles deveriam terminar –
isso é um programa. A programação da produção estabelece um roteiro de
tarefas para todas as áreas envolvidas no processo, com a intenção de
integrar, comandar e coordenar todo o processo produtivo da empresa”.
(SLACK, CHAMBERS, JOHNSON, 2008, p. 330)

2.3 CONTROLE DE PRODUÇÃO

Segundo Lutosa et al. (2008, p. 201), “O controle é exercido para manter os resultados
planejados ou para melhorá-los. Controlar é gerenciar, monitorar os resultados e buscar as
causas (meios) que criam barreiras ao alcance de uma meta”. O Controle de Produção,
portanto, objetiva acompanhar todo o processo produtivo e avaliar se o desempenho da
produção está conforme o planejado. O seu sucesso depende do relacionamento entre diversos
setores da empresa; portanto, faz-se necessário que eles interajam entre si, a fim de que se
garanta a troca de informações para que o sistema produtivo gire corretamente.

De acordo com Moreira (2008, p. 362),


Controlar a Produção significa assegurar que as ordens de produção serão
cumpridas da forma certa na data certa. Para tanto, é preciso dispor de um
sistema de informação que relate periodicamente sobre: material em
processo acumulado nos diversos centros, o estado atual de cada ordem de
produção, as quantidades produzidas de cada produto, como está a utilização
dos equipamentos etc.
O Controle, de acordo com essa perspectiva, tem por objetivo principal aperfeiçoar recursos,
mão de obra, matéria prima, dentre outros fatores que afetam a produção, corrigindo suas
falhas, para que tudo transcorra de forma eficaz.

3 OBJETIVO DA FUNÇÃO PRODUÇÃO

Segundo Slack, Chambers, Johnston (2008, p. 32),


“[...] a função produção na organização representa a reunião de recursos
destinados à produção de bens e serviços. Qualquer organização possui uma
função produção porque produz algum tipo de bem e/ou serviço”.

Conforme Tubino (1997, p. 18-19), a função produção não compreende apenas as operações
de fabricação e montagem de bens, mas também as atividades de armazenagem e
movimentação, quando voltadas para a área de serviços. A função produção é o centro do
sistema produtivo e tem por objetivo adicionar valor ao bem ou serviço. Tudo o que não
contribui para a produção deve ser considerado prejudicial e, portanto, eliminado.

Existem três papéis importantes que justificam o papel da função produção em uma empresa:
a implementação, o apoio e a impulsão da estratégia. A implementação deve fazer a estratégia
acontecer, transformando as decisões estratégicas em realidade operacional. O apoio irá
desenvolver os objetivos e as políticas apropriadas à organização, fornecendo as condições
necessárias para que atinja seus objetivos. A impulsão da estratégia, por fiz, diz que é a
produção que deve fornecer os meios para obtenção de uma vantagem competitiva em longo
prazo. (SLACK, CHAMBERS, JOHNSTON, 2008 p. 64-66).

Segundo Slack, Chambers, Johnston (2008 p. 32), a função produção “é reponsável por
satisfazer às solicitações de consumidores por meio da produção e entrega de produtos e
serviços”.

4 GESTÃO DA PRODUÇÃO

Corrêa & Corrêa (2009, p. 24) destacam que:


“A gestão da operação ocupa-se da atividade de gerenciamento estratégico
dos recursos escassos (humanos, tecnológicos, informacionais e outros), de
sua interação e dos processos que produzem a entrega de bens e serviços,
visando atender a necessidade e/ou desejos de qualidade, tempo e custo de
seus clientes. Além disso, deve também compatibilizar este objetivo com as
necessidades de eficiências no uso dos recursos que os objetivos estratégicos
da organização requerem.”

Ainda de acordo com os autores, “[...] a gestão de processos é necessária para garantir que
não haja rupturas nos processos, tanto nos que envolvem os clientes (em linhas de frente),
como naqueles feitos em retaguarda”. Assim, concebe-se a gestão da produção como sendo
essencial para a empresa, pois garantirá que não faltem os recursos necessários e viabilizará
uma produção eficiente.

A gestão da produção é realizada pelo gerente de produção, profissional responsável pelas


atividades e decisões de um setor. Segundo Slack, Chambers, Johnston (2008 p. 32),
“gerentes de produção são funcionários da organização que exercem responsabilidades
particulares de administrar algum ou todos os recursos envolvidos pela função produção”. A
esse respeito, importa ressaltar que, em geral, as empresas menores encontram mais
dificuldades em destinar um profissional exclusivo para o gerenciamento de produção. Isso
significa que, nesses estabelecimentos, é comum que um funcionário atue como gerente de
produção e concomitantemente desenvolva outras atividades (op. cit., 2008, p. 33).

5 ESTUDO DE CASO: “ESPETINHO LEMOS”

Fundada há 05 anos, a “Espetinho Lemos” é uma microempresa tradicional do segmento


alimentício. Localizada em Cariacica/ES, possui uma área de 36 metros quadrados. O
estabelecimento emprega 09 (nove) funcionários sendo: 02 (dois) sócios-proprietários,
(responsáveis pelas áreas administrativa e financeira e pelo setor de Recursos Humanos); 05
(cinco) auxiliares de produção; 01 (um) açougueiro; e 01 (um) motorista.

Inicialmente, a empresa comercializava apenas 05 (cinco) sabores de espetinho, mas, devido à


crescente demanda, passou a comercializar 16 (dezesseis) sabores, personalizados. Oferece
também um serviço de buffet e prioriza produtos de qualidade a baixo custo.
5.1 NIVEIS DE PRODUÇÃO

Por meio de visitas técnicas orientadas, foi possível avaliar os registros de produção desde os
Inputs e Outputs. Elaborou-se uma planilha (Anexo B) para coleta de dados correspondente
ao período de julho a setembro de 2014, com objetivo de verificar o nível de produção por
produto através do histórico de vendas.

Após a análise dos dados, identificaram-se 05 (cinco) tipos de espetinho – Misto: 29%; Boi
com bacon: 27%; Boi puro: 16%; Costela: 12%; e Frango puro: 9% –, o que representa 93%
da produção total da empresa no período avaliado, conforme consta da Figura 1 e na Tabela 1
do Anexo C. A imagem dos produtos selecionados pode ser visualizado no Anexo D.

5.2 MÉTODO ATUAL DE PRODUÇÃO

Por meio de observação e entrevista aos sócios-proprietários, percebeu-se que, no método


atual de produção, existe um planejamento mínimo e pouco eficiente. O processo é composto
por 04 (quatro) etapas, caracterizadas desta forma: na primeira, os pedido são recebidos; na
segunda, verifica-se a disponibilidade do produto para entrega. Caso o produto solicitado não
esteja disponível, realiza-se a terceira etapa, de produção; na quarta e última etapa, realiza-se
a entrega dos produtos, geralmente programada de acordo com a solicitação do cliente.

5.2.1 Primeira Etapa

Os pedidos, recebidos por meio de ligações ou torpedos SMS, são registrados manualmente.
Nos registros, constam os seguintes dados: nome do cliente, quantidade e sabor do espetinho
e data de entrega. Quanto ao prazo de entrega, ele varia de 2 a 24 horas – isto depende,
sobretudo, da necessidade do solicitante.

5.2.2 Segunda Etapa

Nesta etapa, verifica-se o estoque disponível na empresa, mediante a observância dos


seguintes procedimentos: (i) os proprietários dirigem-se à câmara de resfriamento, local onde
são armazenados os espetinhos, para verificar se há estoque suficiente para atender à
solicitação; (ii) caso seja possível atender o cliente, faz-se a separação e identificação do
pedido. O planejamento é diário.

5.2.3 Terceira Etapa

Na terceira etapa, produz-se uma quantidade de espetinhos, em geral, suficiente para atender
aos pedidos e montar um “estoque de segurança”. Esse processo também é manual, e as
tarefas referentes a ele são divididas da seguinte maneira: 01 operador limpa e corta a carne;
04 operadores temperam e confeccionam os espetinhos, além de verificar se eles se
enquadram no padrão de peso estabelecido pela empresa (100 a 110 gramas por espetinho);
01 operador organiza, embala e etiqueta a bandeja, que contêm cada qual, 20 espetinhos,
conforme fluxograma abaixo. Os espetinhos são colocados em fôrmas de isopor, que, no final
do processo, são envolvidas em um filme de plástico. O processo de transformação pode ser
verificado na Figura 2.

FIGURA 1 – Fluxograma do Processo produtivo da empresa “Espetinhos Lemos”.


Fonte: Próprios autores, 2014.
FIGURA 2 – Recursos de Transformação e Transformados.
Fonte: Próprios autores, 2014.

5.2.4 Quarta Etapa

Os outputs são distribuídos por meio da programação de entrega dos pedidos. Após a
produção, 01 operador separa os pedidos que constam do caderno de anotações, os quais são
colocados em caixas brancas e identificados com o nome dos clientes. Em seguida, retornam
para a câmara de resfriamento.

A programação dos recursos é realizada de acordo com a experiência que os proprietários


adquiriram em período anteriores. Assim é realizada a previsão de vendas e a previsão dos
recursos necessários ao atendimento.

5.3 DESVIOS NA PRODUÇÃO

Segundo Campos (2004, p. 21), “controlando-se os processos menores é possível localizar


mais facilmente o problema e agir mais profundamente sobre sua causa”. Tendo em vista essa
orientação, elaborou-se um diagrama Ishikawa (conferir a Figura 3, abaixo) por meio de
observações e entrevistas abertas. Essas entrevistas foram realizadas com os proprietários e
tiveram por objetivo identificar as principais causas que promovem a ineficiência no processo
produtivo da empresa.

FIGURA 3 - Diagrama de Ishikawa sobre análise de desvios no processo produtivo.


Fonte: Próprios autores, 2014.

No que diz respeito ao quesito “Mão de Obra”, cumpre informar que se realizou o
levantamento da quantidade de espetinhos produzida diariamente. Esse levantamento foi
possível porque a funcionária responsável pela embalagem anotou a produção em uma
planilha elaborada pelos autores da pesquisa, disponível no Anexo G. Destaque-se, ainda, que
a falta de atenção, percebida na conduta de alguns funcionários, interrompeu a atividade
produtiva, o que, de certa forma, afeta a da empresa.

No que concerne à produção, convém salientar que foi possível identificar a produtividade por
operário, graças a uma coleta de dados realizada de 29 de agosto a 19 de setembro de 2014. A
Figura 4, abaixo, demonstra o tempo de produção de cada operário durante 12 minutos e as
oscilações que ocorreram durante o processo.
FIGURA 4 - Produção por operária em um período de amostragem de 12min.
Fonte: Próprios autores, 2014.

De acordo com os funcionários da empresa, durante toda a jornada de trabalho, eles exercem
as suas funções em pé. Consequentemente, por razões óbvias, ocorrem oscilações em seu
nível de produção, o que pode ser vislumbrado na Figura 5.

FIGURA 5 – Quantidade produzida por operária/dia.


Fonte: Próprios autores, 2014.

Quanto ao quesito “Materiais”, evidenciou-se, através de entrevista e observação, que a falta


de matéria-prima pode acarretar prejuízos financeiros para a empresa, pois se costuma
substituir, sem adicionais, produtos mais baratos por produtos mais caros, quando aqueles não
estão disponíveis no estoque. Isso ocorre para que os pedidos feitos sejam entregues aos
clientes no prazo acordado. Apesar de os proprietários da empresa terem por hábito verificar,
duas vezes por semana, o estoque de matéria-prima, realizando as compras quando julgavam
necessário, essa situação evidencia que, de fato, não havia um controle efetivo do estoque.

O “Ambiente” de trabalho, por sua vez, estava bastante desorganizado. Além disso, alguns
colaboradores afirmaram que a baixa temperatura lhes causa desconforto. No que diz respeito
à situação das “Máquinas”, não há histórico de manutenção – isso pode acarretar problemas
mecânicos e, consequentemente, atraso na produção. Ademais, o equipamento utilizado para
embalar as bandejas está defasado, o que retarda o processo.

Em relação aos “Métodos”, constatou-se que a produção da empresa é conjunta, isto é, não há
metas individuais a serem cumpridas pelos funcionários. A inexistência de um manual de
produção certamente contribui para não haver um procedimento padronizado no corte da
matéria-prima e pesagem dos espetinhos – embora haja um peso padrão estabelecido pela
empresa, que por sua vez, em alguns casos não é seguido.

Quanto ao fator “Medidas”, considerando-se que não havia mecanismos para se conhecer a
real capacidade produtiva da empresa, não foi possível identificar controles referentes ao
estoque, produção total, histórico de vendas, produção por operário, produção realizada em
conjunto etc. O fato de os espetinhos serem colocados, durante a etapa de produção, em um
mesmo recipiente pode ter impactado negativamente a produtividade da empresa.

5.4 ANÁLISE DA CAPACIDADE PRODUTIVA

Segundo Moreira (1998, p. 28), “Chama-se de capacidade produtiva a quantidade máxima de


produtos e serviços que podem ser produzidos numa unidade produtiva, num dado intervalo
de tempo”. Ela pode ser entendida como o resultado excelente do uso das instalações,
considerando-se todos os recursos: disponibilidade das máquinas, matéria-prima, processos,
mão de obra, entre outros.

Nas Figuras de 6 a 8, é possível vislumbrar as oscilações na produção da empresa em julho,


agosto e setembro. Ressalte-se que não se conhecia a capacidade produtiva da “Espetinho
Lemos”, porque não era feito o controle diário de produção, tampouco o controle individual,
conforme relatou-se anteriormente.
FIGURA 6 - Produção realizada pela empresa no mês de julho de 2014.
Fonte: Próprios autores, 2014.

FIGURA 7 - Produção realizada pela empresa no mês de agosto de 2014.


Fonte: Próprios autores, 2014.
FIGURA 8 - Produção realizada pela empresa no período de 1.º a 26 de setembro de 2014.
Fonte: Próprios autores, 2014.

Ainda com base nos pressupostos defendidos por Moreira (1998), investigou-se a capacidade
produtiva atual da empresa e elaboraram-se estudos a partir de visitas realizadas entre 15 de
julho á 26 de setembro de 2014, nas quais se identificaram todas as etapas do processo
produtivo, bem como o tempo de fabricação dos produtos selecionados. Cronometrou-se o
processo de montagem dos espetos, mas isso não interferiu na produção.

No que diz respeito às últimas informações do parágrafo anterior, observou-se que a produção
era realizada em duplas e que o tempo médio de montagem da bandeja de espetinhos (20
unidades) era de 7 minutos e 30 segundos. Propôs-se que todo o processo de fabricação fosse
realizado individualmente, para fins de comparação. Nesse caso, o tempo médio de produção
de cada espetinho foi de 39 segundos, o que pode ser verificado no Anexo E; o tempo médio
de fabrição de uma bandeja (20 unidades) saltou para 13 minutos.

Constatou-se também que nem sempre é possível alcançar a capacidade produtiva máxima,
visto que ocorrem paradas por falta de funcionário, matéria-prima, equipamentos e por baixo
desempenho da linha de produção. Descontando-se esses “imprevistos”, obtém-se a
capacidade efetiva de uma linha.

Com base nas informações acima mencionadas, pode-se estabelecer a capacidade produtiva
da empresa a partir da análise de uma jornada de 497 minutos/dia, descontando-se: 13
minutos para o tempero da matéria-prima, 30 minutos para o lanche (de manhã e à tarde) e 60
minutos para o almoço. Atentou-se também para o fato de que cada espetinho leva, em média,
39 segundos para ser preparado. Assim, chegou-se à conclusão de que cada operário,
teoricamente, tem condições de produzir 38 bandejas (764 espetinhos) por dia, desde que
todos os recursos para a produção estejam disponíveis. Esse resultado é bastante significado,
sobretudo se considerar que, de acordo com a Tabela 1, a produção da empresa foi de
aproximadamente 20 bandejas no período analisado, sendo 391 espetinhos por operário.

Dias Média Por Operárias


Mês Total
Trabalhados Produção (04)
Julho 15.830 11 1.439 360
Agosto 33.020 21 1.572 393
Setembro 35.646 22 1.620 405
Total 84.496 54 1.565 391
TABELA 1 – Média de Produção por operária.
Fonte: Próprios Autores, 2014.

5.5 MODELO DE PRODUÇÃO PROPOSTO

Com base na observação e análise dos dados levantados, propuseram-se pontos de melhoria
para a empresa com o objetivo de controlar os processos, tratar os desvios identificados,
implantar manual de produção e aplicar uma nova metodologia de trabalho.

No que concerne às orientações de Moreira (2008, p. 362), compreende-se que os controles


asseguram que o que foi planejado está sendo executado. Com base nisso, elaboraram-se
modelos de planilhas para controlar: o histórico de vendas (Anexo B), a produção por dia
(Figura 1 do Anexo F), o controle de estoque diário (Figura 2 do Anexo F) e o controle de
produção por operário (Anexo G).

A empresa, de fato, não possuía nenhuma forma de controle sistemático e efetivo, pois esse
procedimento era feito por observação. Os modelos de planilhas propostos objetivaram
controlar: as vendas realizadas, possivelmente prevendo demandas futuras; a produção por
dia, de modo a verificar se a capacidade produtiva está sendo realizada conforme a demanda;
a produção por operário; e o controle diário de estoque, para evitar que falte matéria-prima.
Propôs-se a Formadora de Espetinhos, uma nova ferramenta que concederia teoricamente
flexibilidade, redução de custo, confiabilidade no padrão dos produtos e rapidez na produção.
No dia 27 de setembro de 2014, realizaram-se testes para verificar a aplicatividade desse
equipamento para a empresa. Os testes foram divididos em três lotes, conforme a Figura 9,
abaixo.

FIGURA 9 – Demonstrativo dos lotes de produção com a Formadora de Espetinhos


Fonte: Próprios Autores, 2014.

No que diz respeito ao lead time da produção, no primeiro lote, o tempo de produção foi de 9
minutos e 22 segundos, sendo que, de 36 espetinhos, somente 28 saíram padronizados. A
produção, no segundo lote, durou 8 minutos e 15 segundos; produziram-se 31 espetinhos
padronizados. No terceiro lote, por fim, produziram-se 34 espetinhos em 6 minutos e 19
segundos.

O tempo de produção variou em decorrência da adaptação e manuseio do equipamento pelo


operador. Conforme os testes eram executados, esse tempo reduzia. Tomando-se como
referência o terceiro lote, por exemplo, pode-se afirmar que, em média, se fabrica 01
espetinho a cada 12 segundos.

O resultado foi satisfatório, pois houve aumento na produvidade: obteve-se uma redução de
27 segundos no tempo de fabricação. Com isso, o tempo de produção da bandeja (20
unidades), que era de 13 minutos, caiu para 4 minutos.
Tendo em vista que, dos 16 sabores que a empresa oferece, o equipamento atenderia aos 05
sabores selecionados como objeto de estudo, tendo assim um aumento na capacidade de 38
bandejas para 124 bandejas, ou seja, de 764 para 2.485 unidades, em percentual significa um
aumento em torno de 225%, a Tabela 2 demonstra o comparativo entre os valores justificando
essa evolução.

MIN. CAPACIDADE PRODUÇÃO CAPACIDADE PRODUÇÃO EVOLUÇÃO EM %


PRODUTO DISPONÍVEL MODELO ATUAL MODELO PROPOSTO Unidade
Homem/dia Homem/dia Homem/dia

Espetinhos 497 764 2485 225%

TABELA 2 – Quadro comparativo entre modelo de produção atual e modelo de produção proposto
Fonte: Próprios Autores, 2014.

Para obtenção destes resultados e padronização de todos os processos, elaborou-se um manual


de produção que estabelece a sequência das atividades para todas as áreas envolvidas na
fabricação dos espetinhos, mostrando em que momento os trabalhos devem começar e
terminar, o que pode ser visualizado no Anexo H.

6 CONCLUSÃO

A proposta deste estudo foi aplicar, em uma microempresa do setor alimentício, o PPCP, que
atua como apoio para o sistema produtivo, garantindo que o que foi planejado seja cumprido
no tempo programado.

Por meio do diagrama de Ishikawa, foi possível identificar os desvios relacionados ao PPCP
que promovem a ineficiência no processo produtivo da empresa “Espetinhos Lemos”. Dentre
os desvios encontrados, destacam-se: (i) a falta de um manual de produção; (ii) a baixa
produtividade, ocasionada pela falta de monitoramento da produção individual; (iii) a
ausência de controles dos estoques; (iv) a falta de conhecimento da capacidade produtiva, que
teve como causa um processo de planejamento e programação superficial.

Para identificar as vantagens que o PPCP agrega à empresa, propôs-se implantar controles que
auxiliariam no monitoramento dos processos em toda a cadeia de suprimentos, no
conhecimento da sua capacidade produtiva e no aumento da produtividade.

Os resultados obtidos, por sua vez, foram expressivos e satisfatórios, e pode-se considerar a
aplicação do PPCP um diferencial, pois, mesmo em um curto espaço de tempo, a produção foi
positiva, sobretudo se considerar que se utilizaram menos recursos e que os processos foram
padronizados. Conclui-se, portanto, que, com o PPCP adequado, é possível gerenciar a
produção, estabelecendo metas e diretrizes, e, assim, garantir o lucro através da administração
e distribuição de todas as informações adequadamente.

7 REFERÊNCIAS

CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia. 8. ed.


Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços, 2004.

CORRÊA, Henrique Luiz; CORRÊA, Carlos A. Administração de Produção e Operações.


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LUTOSA, Leonardo; MESQUITA, Marco A.; QUELHAS, Osvaldo; OLIVEIRA, Rodrigo.


Planejamento e Controle da Produção. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

MOREIRA, Daniel Augusto. Introdução à Administração da Produção e Operações. 3.


ed. São Paulo: Pioneira, 1998.

MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da Produção e Operações. 2. ed. São Paulo:


Cengage Learning, 2008.

MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da Produção.


2.ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

RUSSOMANO, Vítor Henrique. Planejamento e Controle da Produção. 5. ed. São Paulo:


Pioneira, 1995.

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 2.


ed. São Paulo: Atlas, 2008.

TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2. ed. São


Paulo: Atlas, 2000.

TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2. ed. São


Paulo: Atlas, 1997.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 12. ed.
São Paulo: Atlas. 2010.
ANEXO A - Relatório para Entrevista

Tema:
PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE:
ESTUDO DE CASO ESPETINHO LEMOS

DADOS DA EMPRESA:

Nome Fantasia: Espetinhos Lemos


Quantidade de funcionários: 09
Tempo no mercado: 05 anos

PERGUNTAS:

1. Existe planejamento de Produção? Se sim, como é realizado:


R: Sim, eu recebo o pedido e verifico se tenho estoque para atender, se tiver, realizo a
entrega, caso não tenha realizo a produção para entrega.

2. A empresa possui alguma forma de controlar a produção? Se sim, como é feito esse
controle?
R: Não, não existe controle, a produção é realizada de acordo com os pedidos
recebidos.

3. Existem períodos sazonais para o seu produto? Se sim, qual seria este período:
R: Sim, no final do ano as vendas aumentam e mantem até o final do verão.

4. Como a empresa se prepara para atender as demandas do período sazonal?


R: É realizada a contratação de funcionários temporários e é realizada a produção de
acordo com os pedidos recebidos.

5. A empresa se programa para enfrentar o período de baixa nas vendas?


R: Não. Este é um problema que encontramos, pois nos períodos de chuva as vendas
diminuem bastante e geralmente fechamos o mês no vermelho.
6. A empresa possui alguma meta (diária, semanal ou mensal)?
R: Sim, porém dificilmente conseguimos alcançá-la, pois para a produção correr
conforme a meta é necessária uma supervisão dos donos durante o processo produtivo.

7. Existe alguém para supervisionar e controlar a linha de produção? Se sim, o


monitoramento é constante?
R: Sim. O monitoramento não é constante, pois realizamos demais atividades dentro
da empresa (área de vendas, financeira e administrativa).

8. Existe algum fator que interrompe o processo produtivo? Ocorre com frequência?
R: Sim, a falta de matéria prima, hoje só temos três fornecedores que oferecem o tipo
de carne que trabalhamos, assim nem sempre conseguimos a quantidade necessária
para a nossa produção. Ocorre também atraso na entrega da matéria prima por parte do
fornecedor.

9. A empresa realiza o controle de estoque da matéria-prima? Qual a forma de controle?


R: Sim, o controle é feito de forma visual, verificamos aproximadamente duas vezes
por semana o estoque disponível e quando necessário efetuamos as compras.

10. Qual o tempo de entrega de matéria-prima?


R: Os fornecedores da região entregam no mesmo dia e os outros entregam no dia
seguinte, porém não tem horário de entrega fixo.

11. Dispõe de estoque de Segurança (Produto)?


R: Sim, mantemos um estoque maior no final de semana para atender aos pedidos não
previstos.

12. Existe controle de produção por operário? Eles possuem meta individual?
R: Não, a produção é realizada em duplas e não é feito o controle de produção por
operário.
13. Existe padrão nos produtos fabricados?
R: Sim, todos os espetinhos possuem o peso de 100gr podendo ter uma variação de
10%.

14. Existem perdas dentro do processo de produção? Essa perda é comum no processo de
confecção de espetinhos?
R: Sim, existe a perda na limpeza da carne, é uma perda esperada pois não existe
forma de reaproveitamento (pelanca).

15. Existe um planejamento para aproveitamento de Refugos?


R: Não, normalmente distribuímos as sobras (pontas) para os funcionários.

16. Você como gestor consegue observar contratempos que podem interromper a produção
(Conversa, Uso do Celular, Falta de interesse, Insatisfação na função)?
R: Sim, hoje percebo muita conversa durante o processo, principalmente da equipe de
produção que é formada por 5 mulheres. Quando a supervisão é constante as conversas
paralelas reduzem.

17. A empresa possui algum manual de produção:


R:Não.

18. Os funcionários foram treinados para desempenhar suas atividades?


R: Sim. Por se tratar de um procedimento simples o treinamento é realizado pelas
operárias que já atuam na produção.

19. Existe alguma premiação para motivação dos funcionários que mais se destacam na
produção?
R: Não.

20. A empresa possui todas as ferramentas e instrumentos necessários para o


desenvolvimento das atividades?
R: Sim, porém existem oportunidades de melhoria.

Fonte: Próprios Autores, 2014.


ANEXO B - Controle de Vendas da Empresa Espetinhos

Fonte: Próprios Autores, 2014.


ANEXO C - Produção total realizada no Período 15 de Julho de 2014 á 05 de
Setembro de 2014.

Fi
gura 1 – Gráfico da produção total.
Fonte: Próprios Autores, 2014.

TABELA 1- Demonstrativo da produção total em percentual.


Fonte: Próprios Autores, 2014.
ANEXO D - Produtos selecionados para estudo

Fonte: Próprios Autores, 2014.

46
ANEXO E - Tempo Médio de Produção Por Operária

Fonte: Próprios Autores, 2014.

47
ANEXO F - Planilhas de Controles

FIGURA 1 - Planilha de Controle de Produção


Fonte: Próprios Autores, 2014.

FIGURA 2 - Planilha de Controle de Estoque


Fonte: Próprios Autores, 2014.

48
ANEXO G – Planilha de Controle de produção por operador

Fonte: Próprios Autores, 2014

49
ANEXO H – Manual de Produção Formadora de Espetinhos

MANUAL DE PRODUÇÃO

ESPETINHOS
Misto, Boi com Bacon, Boi Puro, Costela, Frango Puro

1º ETAPA: LIMPEZA DA MATÉRIA PRIMA


TEMPO PREVISTO PARA A EXECUÇÃO: 06 minutos.
QUANTIDADE DE OPERADORES: 01 operador.
EQUIPAMENTOS E INSUMOS NECESSÁRIOS: Faca, Tábua Polietileno, Afiador,
Pedra de Afiar e Matéria Prima (3,7 kg).

Realize a limpeza da matéria prima, retirando todas às impurezas existentes (pelanca,


pele, gordura). Após a limpeza coloque a matéria prima em uma bandeja plástica e
segue para próxima etapa.

2º ETAPA: TEMPERAR A MATÉRIA PRIMA


TEMPO PREVISTO PARA A EXECUÇÃO: 02 minutos
QUANTIDADE DE OPERADORES: 01 operador
EQUIPAMENTOS E INSUMOS NECESSÁRIOS: Bandeja plástica, Tempero, Bandeja
de Isopor e Balança.

50
Após o corte, coloque em bandeja de isopor o tempero e pese até completar 100g para
temperar a matéria prima.

3º ETAPA: PRODUÇÃO DO ESPETINHO - (36 unidades)

TEMPO PREVISTO PARA A EXECUÇÃO: 07 minutos


QUANTIDADE DE OPERADORES: 01 operador
EQUIPAMENTOS E INSUMOS NECESSÁRIOS: Formadora de Espetinhos, Palito,
Furador, Faca, Afiador, Pedra de Afiar e Matéria Prima (3,7 kg).

1º passo: Monte a formadora de espetinhos, o quadrado com furos maiores é


encaixado na parte de baixo;

51
2º passo: Organize a matéria prima na Formadora (uma em cima da outra) até atingir
uma altura máxima que permita o corte, usar como base a altura dos filetes existentes
na formadora e tampe;

3º passo: Pegue o furador e perfure a matéria prima através dos furos localizados na
tampa, após conclusão coloque os palitos em todos;

4º passo: Retire a tampa e realize o corte, e passe a faca em todos os filetes da


formadora para cortar a matéria prima;

52
5º passo: Desenforme os espetinhos mantendo a base;

6º passo: Realizar a pesagem dos espetinhos (um a um) e separe os que estão fora do
padrão para modelagem;

7º passo: Coloque os espetinhos em uma bandeja plástica e encaminhe para a próxima


etapa.

4º ETAPA: MONTAGEM, EMBALAGEM E ETIQUETAGEM


TEMPO PREVISTO PARA A EXECUÇÃO: 02 minutos.
QUANTIDADE DE OPERADORES: 01 operador
EQUIPAMENTOS E INSUMOS NECESSÁRIOS: Bandeja de Isopor, Filme Plástico,
Faca pequena, Etiqueta e Espetinhos.

53
Monte uma bandeja com 20 unidades e envolva com filme plástico toda a bandeja. Em
seguida, cole a etiqueta e faça a armazenagem do produto final na câmara de resfriado.

Fonte: Próprios Autores, 2014

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