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ANÁLISE DOS PARAMETROS CHAVE: PESO ESPECÍFICO

E TEOR DE UMIDADE, PARA UM SOLO FINO MICRO-


REFORÇADO COM FIBRAS
Matheus Felipe Colle1

RESUMO – A adição de fibras de polipropileno, da variação do peso especifico aparente seco e do


teor de umidade geram reações na resistência do compósito solo-cimento, assim este trabalho pretende
avaliar essas alterações através do rompimento por compressão simples e a tração por compressão
diametral, além de avaliar de forma visual o comportamento das fibras e relacionar as resistências
obtidas. Para isso foram moldadas 9 misturas nas quais se variou o peso especifico aparente seco e o
teor de umidade, mantendo os valores de 0,5% de fibra e 8% de cimento, destas misturas 8 foram
utilizadas para a pesquisa, elas foram moldadas em corpos de provas 5cm x 10cm com a utilização de
um solo retirado das imediações da UNOESC campus 2 de Joaçaba, cimento CP V e fibras de
polipropileno. Moldou-se misturas para rompimento por RCS e RCTD aos 7 e 28 dias de cura. Após
rompimento foi percebido a grande influência que a compactação exerce sobre a resistência das
misturas, chegando a gerar ganhos de até 250% para uma variação do peso especifico aparente seco
de 1,19 g/cm³ para 1,30 g/cm². Já a variação no teor de umidade quando comparado a influência que a
alteração do peso especifico aparente seco exerce sobre a mistura, gera resultados mais discretos,
muitas vezes escondidos por variações de moldagens entre os corpos de prova avaliados, a alteração
do teor de umidade não seguiu sempre o mesmo comportamento, isso muitas vezes em função de
pequenas variações no peso especifico aparente seco existente entre as misturas comparadas, porém,
pode-se dizer, que na maior parte dos casos a menor resistência foi atingida no teor de umidade acima
do ótimo, e a maior resistência alterava entre o teor de umidade ótimo e valores abaixo dele. O
comportamento das fibras após analise visual se mostrou bastante interessante e proveitosa,
principalmente quando olhamos o pós-ruptura, onde a fibra conserva o corpo de provas unido mesmo
após fissurado. Já a relação entre RCTD e RCS encontrada, ficou na maior parte dos casos entre 5% e
10%. Também foi encontrada uma ralação entre porosidade/volume de cimento e a resistência da
mistura, onde quanto menor o primeiro parâmetro, ou seja, menos vazios por volume de cimento
maior a resistência. Percebendo assim a validade da inclusão de fibras e da variação do peso
especifico aparente seco em compósitos de solo-cimento afim de melhorar as características
mecânicas do mesmo.

ABSTRACT – The addition of polypropylene fibers, the variation of the apparent specific dry weight
and the moisture content generate reactions in the resistance of the soil-cement composite, so this
work intends to evaluate these alterations through the compressive stregth breaking and Brazilian test,
besides to evaluate visually the behavior of the fibers and to relate the obtained resistances. To this
end, 9 mixtures were fabricated in which the specific apparent dry weight and moisture content were
varied, maintaining the values of 0.5% fiber and 8% cement, of these mixtures 8 were used for the
research, they were cast in test bodies 5cm x 10cm with the use of a soil removed from the vicinity of
UNOESC campus 2 of Joaçaba, CP V cement and polypropylene fibers. Mixtures for disruption by
RCS and RCTD were molded at 7 and 28 days of cure. After breaking, it was noticed the great
influence that the compaction exerts on the resistance of the mixtures, generating gains of up to 250%
for a variation of the specific apparent dry weight from 1.19 g / cm³ to 1.30 g / cm². On the other
hand, the variation in the moisture content when compared to the influence that the change of the

1 Aluno graduação em engenharia civil - UNOESC campus de Joaçaba… … . E-mail: matheus_colle@hotmail.com


specific dry weight on the mixture exerts on the mixture, generates more discrete results, often hidden
by variations of moldings between the evaluated bodies, the alteration of the non moisture content
followed by the same behavior, this is often due to small variations in the specific apparent dry weight
between the blends compared, but it can be said that in the majority of cases the lower resistance was
reached in the moisture content above the optimum , and the higher resistance varied between the
optimal moisture content and values below it. The behavior of the fibers after visual analysis has
proved to be very interesting and useful, especially when we look at the post-rupture, where the fiber
preserves the bonded test body even after cracking. On the other hand, the relationship between
RCTD and RCS found was in most cases between 5% and 10%. It was also found a correlation
between porosity / volume of cement and the strength of the mixture, where the lower the first
parameter, ie, less voids per volume of cement, the higher the resistance. In this way, the inclusion of
fibers and the variation of the specific apparent dry weight in soil-cement composites can be improved
in order to improve the mechanical properties of the same.

Palavras Chave – Solo-fibro-cimento, umidade, Yd.

1 – INTRODUÇÃO

É sobre o solo que vivemos e onde grande parte dos empreendimentos de engenharia civis são
erguidos, como o mesmo é um material que, normalmente, não possui a resistência necessária para
servir de apoio as obras sobre ele impostas, deve-se achar soluções que corrijam este problema e
permitam a construção do empreendimento.
Uma das formas possíveis para esta correção é a troca do solo da base, entretanto, por depender do
deslocamento de grandes volumes de solo, algumas vezes possuindo a jazida do material requerido a
distancias grande, se torna, várias vezes inviável financeiramente.
Em outros casos, caso o solo não seja trocado, as fundações necessárias se tornam muito
profundas, tornando o gasto para execução das mesmas demasiado em relação as obras que seriam
executadas sobre ele.
Estes fatores, alinhados a disponibilidade do solo no mundo todo, fez com que estudos para sua
melhoria fossem surgindo, com isso se deu a criação de um material compósito, gerado a partir da
mistura de solo, cimento e água, o chamado solo-cimento, esta mistura, quando comparada ao solo,
demonstra-se ser superior no que diz respeito a resistência mecânica.
Pelo solo ser um material abundante e de fácil acesso, combinado ao fato do cimento, quando
comparado as opções acima ser mais viável, esta solução se tornou bastante popular e utilizada
atualmente.
Entretanto, mesmo sendo mais resistente, em resistência e rigidez, é frágil e possui um grande
índice de fissuração, algo que por vezes, desmotiva sua utilização, ou então é realizado usando-se de
parâmetros mais conservadores.
Com a aparição das trincas, a camada de solo-cimento acaba por transferir seus esforços ao solo
abaixo do mesmo, assim voltando aos problemas iniciais da falta de resistência do solo.
Para se combater esse fato, nos últimos tempos, surgiram vários estudos em relação a adição de
fibras nas estruturas de concreto, e seus benefícios nas mesmas.
Nestes estudos, a adição de fibra se demonstrou eficiente no combate as fissuras, trazendo de
volta o benéfico uso do solo-cimento.
Assim, este trabalho pretende adicionar determinadas porcentagem de fibra de polipropileno na
mistura, para então, analisar os benefícios que a mesma traz ao solo-cimento, analisando se esta
porcentagem influencia na resistência do mesmo, e de qual forma ela se faz.
Juntamente a isto, sendo conhecedor que as propriedades do solo são influenciadoras na
homogeneização das fibras com o compósito, será realizado um estudo sobre a relação entre o ganho
de propriedades do solo-fibra-cimento mediante alteração no teor de umidade e do peso especifico do
solo para a mistura.
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 – Solo Cimento

Castro (2008) relata que, entende-se por solo estabilizado através do uso do cimento, o material
originado da mistura homogeneizada de solo, água e cimento Portland, compactada e curada. Esta
mistura gera um material com boa resistência a compressão, pouca variação de volume e baixa
permeabilidade.
Grande (2003) afira que ao se adicionar cimento ao solo, se forma um material que não possui
grandes variações volumétricas pelo ganho ou perda de umidade, além disso, apresenta um lavor de
resistência a compressão e de durabilidade elevado.
Para Pitta (1984), solo cimento são os materiais estabilizados com teor de cimento entre 5 e 10%
da massa, já as misturas com teor de cimento entre 2 e 5% são chamadas de solo melhorado.
Nunez (1991) revela existir uma relação entre a resistência a compressão simples com o teor de
cimento, onde quanto maior o teor de cimento maior sua resistência.
Todo tipo de solo pode ser estabilizado com a utilização de cimento, contudo Lopes (2002) afirma
que os melhores solos para este fim, são os que possuem teor de areia entre 40 e 50%, já que
proporcionam misturas mais duráveis, além disto, ressalta que solos com alta taxa de materiais
orgânicos não devem ser utilizados.
Grande (2003) cita Blucher e Mercado, onde destaca que os principais fatores que afetam o
desempenho do solo-cimento são:

a) Tipo de solo
b) Teor de cimento
c) Método de mistura
d) Compactação

2.2 – Influência das propriedades físicas do solo

Pitta (1984) através de estudos conseguiu apontar que:

a) A adição de baixos teores de cimento influencia na granulometria dos materiais finos,


entretanto, em solos arenosos a granulometria não é alterada;
b) A quantidade de aglomerante e o tempo de cura possuem importância nos limites de atterberg;
c) A adição de cimento Portland confere uma grande estabilidade volumétrica;
d) Conforme o teor de aglomerante aumenta, o valor do Índice de Suporte Califórnia também
cresce, entretanto, o aumento no teor de cimento gera uma ruptura frágil.

2.2.1 – Compactação

Foppa (2005) referência FELT (1995) ressaltando que os fatores mais influenciadores no
comportamento das misturas solo-cimento são:

a) Composição química do solo;


b) Quantidade de cimento;
c) Quantidade de água adicionada;
d) Densidade de compactação;
e) Tempo de mistura antes da compactação.
Ingles e Metcalf (1972, apud Foppa 2005) indicam que a importância da compactação em uma
mistura é similar á quantidade de cimento adicionada na mesma, aumentando sua resistência e
diminuindo sua permeabilidade.
Foppa (2005) também ressalta o que foi dito por FELT (1955), onde o mesmo indica haver um
aumento exponencial de resistência a compressão simples conforme se aumenta a resistência da
mistura, sendo que nesse caso se manteve o teor de umidade constante.
Foppa (2005) também verificou que a efetividade da cimentação é maior nas misturas mais
compactas, devido à existência de um número maior de contatos, consequentemente, uma maior
possibilidade do cimento de promover a união das partículas.
Chang& Woods (1992, apud Velázquez 2016) relatam que com o aumento da densidade, o contato
entre as partículas aumenta, assim tornando a cimentação um processo mais efetivo.
Isso se relaciona ao indicado por Ingles e Metcalf (1972, apud Foppa 2005), eles alegam que
vários pesquisadores utilizam a relação entre resistência e densidade seguindo a seguinte equação:
S=Ae^(b*D), onde “S’ é a resistência, “D” a densidade, “A” e “b” são constantes. Com esta equação é
possível perceber que a resistência aumenta conforme a densidade aumenta

2.2.2 – Teor de umidade

Velazquez (2016) indica que nem sempre o teor de umidade ótimo dos solos gera a maior
resistência e durabilidade a mistura solo-cimento
Felt (1955, apud Foppa 2005) afirma que após estudos, o teor de umidade que proporciona as
maiores resistências se encontra num ponto levemente inferior a umidade ótima de compactação,
entretanto, o mesmo ressalta que essa afirmação não abrange os solos mais argilosos, indicando assim
que para melhor efetividade, em areias o teor utilizado deve ser logo abaixo do ótimo, enquanto em
argilas e siltes deve-se usar um valor de 1% a 2% acima do teor ótimo determinado.
Mateos (1961, apud Velazques 2016) confirma isto, dizendo ter verificado em misturas solo-cal e
solo-cal-cinza um comportamento parecido, visto que nesses compósitos, nãos se tem necessariamente
a maior resistência com o teor de umidade ótima, sendo que em solos arenosos o teor de umidade que
gerou a maior resistência estava no lado seco da curva de compactação, enquanto, solos com alto teor
de argila possuíam esse topo de resistência localizado no ramo úmido desta mesma curva.
Lopez Junior (2007) realizou um estudo utilizando um arenito de Botucatu, onde utilizou-se de
10%, 12%, 14% e 16% de umidade de moldagem, após o rompimento, os resultados mostraram que o
teor de umidade, no tempo de 28 dias, não teve tanta importância, não alterando de forma
considerável a resistência, entretanto, quando falamos em 90 dias, observou-se que entre 10% e 12%
de teor de umidade a resistência não teve grande mudança, mas, após este limite as resistências
decresceram em média 30%.

2.2.3 – Fibras

Feuerharmel (2000) indica que no reforço dos solos existem vários tipos de fibras que podem ser
empregadas, sendo que cada uma possui suas características, assim alterando o solo cada qual a sua
maneira.
O autor continua debatendo o conteúdo afirmando que as fibras podem ser classificadas em quatro
classes, naturais, minerais, metálicas e poliméricas, sendo desta última pertencente a fibra de
polipropileno, a qual é um dos objetos de pesquisa deste trabalho.
Hollaway (1994, apud FEUERHARMEL, 2000) cita que as fibras de polipropileno são
constituídas de material plástico, e adquirem uma consistência plástica com o aumento de
temperatura, ou seja, são termo plásticos. Esses polímeros, possuem longas cadeias de moléculas
polimerizadas, elas são separadas, assim permitindo umas deslizarem sobre as outras.
Taylor (1994, apud Specht 2000) afirmando que, por conta desta característica descrita acima, as
fibras de polipropileno possuem grande flexibilidade e tenacidade, gerando assim um aumento na
resistência aos materiais que é incorporada. Alguns valores de suas caraterísticas mecânicas são,
modulo de elasticidade de aproximadamente 8 GPa, valor menor que de outras fibras, assim tornando-
a não aconselhável para aumentar a resistência pré-fissuração, já sua resistência a tração é de 400
Mpa.

2.3 – Estudos anteriores

Machado, Lima e Almeida (1998) informam que a adição de fibras aumenta a capacidade de carga
e resistência à compressão simples, além de melhorar as características mecânicas de alguns solos.
Os mesmos avaliam a influência da adição de fibras de polipropileno, distribuídas de forma
aleatória, no comportamento mecânico de uma mistura composta por solo arenoso e cimento,
sugerindo que a adição de fibras ao solo-cimento é responsável por aumentar a coesão do compósito,
melhorando assim suas características.
Feuerharmel (2000) estudou qual seria o comportamento de uma argila artificialmente cimentada
com reforço de fibras de polipropileno distribuídas aleatoriamente em sua massa de solo, após, fez a
comparação com dois outros solos, sendo eles, arenoso e areno-siltoso, assim concluindo que:
A adição de fibras de polipropileno reduziu de forma acentuada o modulo de deformação inicial
do solo, porem ressalta que essas alterações dependem das características de cada solo.
Também se percebe que a incorporação de fibras nos solos cimentados mais resistentes e rígidos
gera a redução na resistência de pico dos materiais.
Já acerca do comprimento das fibras, afirma que, seu aumento pode provocar tanto queda quanto
acréscimo da resistência de pico, o acréscimo graças a uma melhor adesão entre o solo e as fibras, já a
queda, hipoteticamente, por conta da dificuldade de homogeneização da mistura.
Já Specht (2000) após avaliar os efeitos da utilização de fibras poliméricas (uma com filamentos e
outra fibrilada, destaca que:
A utilização de ambas as fibras melhorou a ductibilidade e tenacidade do compósito, entretanto,
destaca também que, as fibras em forma de filamentos demonstraram serem mais efetivas no pós-
ruptura, aumentando expressivamente a tenacidade, ductibilidade e vida de fadiga dos compósitos.
Entretanto, a utilização de fibras fibriladas se torna mais efetiva quando se toma como base a
redução da deformabilidade e aumento de pico.
Também ressalta que a inclusão de fibras foi mais relevante para comprimentos de fibras maiores.
Já Montardo (1999) constata que a influência da inclusão da fibra depende das propriedades
mecânicas da fibra e da matriz, onde, fibras mais rígidas, possuem efeito mais aparente na resistência
de ruptura, enquanto, as mais flexíveis, como as de polipropileno, são mais contundentes quando
falamos no modulo de ruptura e no comportamento último.
Consoli et al. (2007), também atenta para o fato de haver um crescimento exponencial quando se
obtém um menor valor na relação de vazios/cimento, indicando que esta redução na ralação pode ser
causada de duas formas, ou diminuindo o número de vazios, ou então aumentando a quantidade de
cimento da mistura.
Festugato(2017) segue ao mesmo passo, relatando que após estudos, percebeu que com o aumento
do valor teor de vazios/volume de cimento, a resistência decresceu.
3 – MATERIAIS E METODOS

Figura 1 - Fluxograma do projeto

3.1 – Moldagem dos corpos de prova

Para a moldagem foram utilizados moldes com dimensões de 10x5 cm, as misturas foram feitas
todas com adição de cimento fixo em 8% e fibras em 0,5%.
Nas misturas variou-se o peso especifico do solo seco e o teor de umidade, as misturas de projeto
podem ser observadas no quadro 2.

Quadro 1 - Traços iniciais


MISTURA Yd (g/cm³) Teor de umidade (%)
1 1,19 30,9
2 1,19 33,9
3 1,19 36,9
4 1,39 30,9
5 1,39 33,9
6 1,39 36,9
7 1,59 30,9
8 1,59 33,9
9 1,59 36,9

Para iniciar a moldagem, pesou-se os materiais e os misturou, primeiramente misturou-se o solo


com o cimento, e após adicionou-se a fibra de polipropileno.
As fibras foram incorporadas após passarem por um processo de desfio, e foram lançadas de
forma aleatória na mistura.
Após o desfio, adicionou-se a água em quantidade previamente estipulada para alcançar a
umidade de projeto da mistura.
Após homogeneizar a mistura, depositaram-se pequenas quantidades de solo em capsulas
metálicas, as quais previamente foram pesadas e serviriam para conferencia da umidade alcançada
durante a execução da mistura.
O restante da mistura foi separado em três partes previamente calculadas, as quais representavam
as camadas para a confecção do corpo de prova, essas quantidades foram dispostas em potes plásticos,
tampados até o momento de sua utilização.
Montou-se o molde e o lubrificou com óleo vegetal ou então vaselina e então depositou-se a
primeira camada de solo.
Na prensa havia a marcação de até onde o molde deveria ir a cada camada, seguindo-se isso
pressionamos o conteúdo do mesmo até o ponto referente a primeira camada.
Retirou-se o molde da prensa e escarificou-se a camada, assim garantindo a ligação entre as
camadas, depois de escarificar, despejou-se o conteúdo do segundo pote no molde, e novamente o
levou até a prensa, novamente havia o ponto indicado para a segunda camada, elevou o molde até
alcançar esta marcação.
A escarificação também se fez necessária neste ponto, por fim, jogou-se a terceira camada de solo
no molde, e o pressionou com a utilização da prensa até o ponto também indicado.
Concluída estas etapas, inicia-se a desmoldagem do mesmo, momento em que desmontamos o
molde e retiramos o corpo de prova já moldado.
Após desmoldagem, para cálculos e testes futuros se fez necessária a pesagem e medição do corpo
de prova.
A pesagem foi realizada com o auxílio de uma balança, enquanto que para as medidas foi
necessário aferir 3 diâmetros e 2 alturas, as quais foram realizadas com a utilização do paquímetro.
Durante toda a pesquisa foram moldados 126 corpos de prova, sendo estes divididos em 7 dias e
28 dias para RCS, e também, 7 dias e 28 dias para RCTD.

3.1.1 – Valores de moldagem alcançados

Os valores de Yd e teor de umidade obtidos após a moldagem das misturas não obtiveram os
teores buscados ao início do projeto.
A mistura 9 acabou por não ser incluída nos resultados, pois durante sua moldagem ocorreu o
vazamento de material por conta da junção de uma alta compactação com um teor de umidade acima
do ótimo. Houve diversas tentativas para estancar o vazamento, entretanto as mesmas foram falhas,
levando assim a não utilização desta mistura para as futuras analises.
Nas misturas 7, 8, também ocorreu vazamento de material, entretanto, mesmo não possuindo o
traço almejado, estas misturas obtiveram diferença em relação as demais, assim possibilitando a
realização da comparação sobre a variação do peso especifico aparente seco e do teor de umidade das
misturas.
Nas misturas, 1,2,3,4,5 e 6, os valores também não estão totalmente conforme os indicados ao
começo do projeto, entretanto estão, dentro dos padrões de qualidade seguidos pelo autor.
Como controle de qualidade, foi proposto e seguido a variação de 5% do valor inicial, para mais
ou para menos, tanto para Yd quanto para o teor de umidade.

3.2 – Rompimento dos corpos de prova

Antes de romper, os corpos de prova foram submersos em água por um período mínimo de 24
horas, após foram levados até a prensa hidráulica de rompimento.

3.2.1 – Compressão normal

Os corpos de prova eram postos em posição vertical, alinhados a prensa, assim a mesma exercia
força sobre sua parte superior. A força era aplicada até o momento de ruptura.
3.2.2 – Tração por compressão diametral

Neste tipo de rompimento os CP’s eram posicionados em posição horizontal em relação a prensa,
sendo assim, a força era exercida na lateral do mesmo.
Foi tomado o cuidado necessário para a permanência do corpo de prova na mesma posição durante
a aproximação da prensa, soltando-o quando a mesma entrava em contato com ele.
A força era aplicada, durante esta aplicação, através de uma análise visual notava-se o momento
em que o corpo de prova iniciava a sua fissuração. Neste momento, anotava-se a força indicada.
A carga permanecia sendo aplicada, para assim garantir uma análise gráfica mais confiável.

4 – ANALISE DOS RESULTADOS

Aqui serão apresentados os resultados obtidos.

4.1 – Resistência a compressão simples

Para a conferência da influência da compactação e do teor de umidade acerca da resistência à


compressão simples foram moldados corpos de prova, para 7 e 28 dias.
As misturas obtiveram após moldadas os seguintes valores de umidade, peso especifico aparente
seco (Yd) e resistência a compressão simples, para 7 dias (quadro 2) e 28 dias (quadro 3).

Quadro 2 - Misturas 7 dias RCS


Umidade (%) Yd (g/cm³) Resistência (kPa)
MISTURA 1 30,71 1,17 89,05
MISTURA 2 34,04 1,19 99,89
MISTURA 3 36,04 1,17 87,85
MISTURA 4 30,11 1,40 351,25
MISTURA 5 34,13 1,37 384,89
MISTURA 6 36,19 1,34 179,76
MISTURA 7 29,14 1,50 646,64
MISTURA 8 32,40 1,46 440,73

Quadro 3 - Mistura 28 dias RCS


Umidade (%) Yd (g/cm³) Resistencia(kPa)
MISTURA 1 30,85 1,19 127,61
MISTURA 2 32,13 1,19 128,51
MISTURA 3 35,71 1,19 61,30
MISTURA 4 29,61 1,37 447,15
MISTURA 5 32,37 1,38 475,94
MISTURA 6 35,78 1,35 374,02
MISTURA 7 29,68 1,51 906,29
MISTURA 8 32,22 1,47 906,40

4.1.1 – Variação de compactação

Atraves das tabelas é possivel perceber um comportamento parecido nos corpos de provas com
cura tanto de 7 quanto de 28 dias.
Em ambos os casos, conforme o peso especifico aparente seco era maior a resistência a
compressão simples aumentava .
4.1.2 – Teor de umidade

Tanto aos 7 dias quanto para 28 dias de cura, notou-se um comportamento parecido, onde a maior
resistência é alcançada proxima ao teor de umidade ótimo.
Deve-se salientar, que a variação no Yd, mesmo que pequena, deve ser levada em conta, pois
como vimos no item 4.1.1 a variação no peso especifico aparente seco (Yd) mesmo que pequena, gera
grandes variações nas resistências das misturas.

4.2 – Resistência a tração por compressão diametral

Para a realização do ensaio de tração por compressão diametral, foram moldadas 8 misturas, tanto
para 7 quanto para 28 dias, cada uma com determinada umidade e determinado peso especifico, os
resultados após moldagem podem ser observados nos quadros 4 e 5 localizados abaixo.
Os demais traços possuem valores que estão dentro dos parâmetros de qualidade usados pelo autor
para dar prosseguimento à pesquisa, assim sendo possível realizar uma comparação entre as
resistências alterando os parâmetros chave de umidade e peso especifico do solo seco.

Quadro 4 - Misturas 7 dias RCTD


Umidade (%) Yd (g/cm³) Resistência (kPa)
MISTURA 1 30,80 1,19 17,69
MISTURA 2 34,18 1,19 10,68
MISTURA 3 36,77 1,17 13,60
MISTURA 4 30,06 1,40 43,58
MISTURA 5 34,04 1,37 46,17
MISTURA 6 36,57 1,36 40,88
MISTURA 7 29,14 1,49 63,86
MISTURA 8 32,85 1,44 48,28

Quadro 5 - Misturas 28 dias RCTD


Umidade (%) Yd (g/cm³) Resistência (kPa)
MISTURA 1 31,34 1,18 16,82
MISTURA 2 32,45 1,18 12,56
MISTURA 3 36,04 1,18 4,38
MISTURA 4 29,82 1,37 64,39
MISTURA 5 33,40 1,36 51,65
MISTURA 6 36,68 1,36 17,45
MISTURA 7 29,79 1,51 123,71
MISTURA 8 31,85 1,48 98,79

4.2.1 – Compactação

Como na compressão simples, aqui a resistência tambem crescia conforme a maior compatação do
corpo de prova.

4.2.2 – Teor de umidade

Observa-se um comportamento nas diferente nas misturas rompidas com 7 dias de cura, existe
aqui uma variação, onde em alguns valores de Yd a resistência no teor de umidade próximo ao ótimo
(33,9%) é menor que na umidade mais baixa, e volta a subir no teor de umidade de 36%, enquanto
que em outras comparações, a resistência mais alta encontrada se dá no ponto próximo a umidade
ótima.
Ja nas misturas com rompimento aos 28 dias existe uma relação entre as resistências, onde entre
as umidades de 30% e 33% era gerada uma queda na mesma, que continuava a cair até a umidade
maxima estudada.

4.3 – comportamento das fibras submetidas a esforços

Após o rompimento dos corpos de prova, através de uma análise visual, foi possível observar de
forma superficial o comportamento da fibra de polipropileno, e a influência que a adição da mesma
gera no compósito.
Percebeu-se como resultado desta análise que a fibra não se alongou quando requerida sobre
esforço, de nenhuma das naturezas, compressão simples ou a tração por compressão diametral.
Além de não se alongar, também não foi averiguado nenhum caso em que a mesma rompeu por
excesso de força.
Entretanto, notou-se que a mesma possui uma função muito importante como elemento de ligação
no compósito, antes e principalmente depois de rompido, servindo como ponte de ligação entre as
duas partes da fissura, a qual era gerada após submeter a amostra a esforços.
Mesmo manualmente, tentando desprender os lados da fissura um do outro, era perceptível uma
grande resistência por conta das fibras, onde os fios de polipropileno criavam inúmeras “pontes”, as
quais possuíam suas extremidades presas a cada um dos lados da fissura.
A separação, entretanto, se dava, não por falta de resistência da fibra ou deformação e
rompimento da mesma, mas sim pela descompactação e consequente liberação deste ponto de fixação
do solo com a fibra.

4.4 – Influencia da relação porosidade/cimento na resistência

Quando se faz uma relação entre a porcentagem de vazios da amostra, o volume de cimento
presente na mesma e os valores obtidos com a resistência do corpo de prova em questão, obtém-se
resultados bastante interessantes, que seguem o mesmo princípio para os 7 e também aos 28 dias,
tanto para RCS quanto para RCTD.
Através dos gráficos abaixo, é possível perceber um crescimento nestes casos, demostrando que
quanto menor a quantidade de vazios por cm³ de cimento, mais resistente é a amostra.
Este fato complementa o já comentado sobre a compactação, onde afirmou-se que quanto mais
compacta a amostra maior a resistência atingida pela mesma, visto que, quanto menor o numero de
vazios, mais compacta é a amostra.
A obtenção dos quatro gráficos abaixo, gráfico 1, 2, 3 e 4, é de grande importância, através deles é
possível se obter uma estimativa acerca da mistura necessária para se obter determinada resistência
necessária, ou então, após moldar, encontrar uma resistência aproximada a que a mistura irá suportar
sem precisar rompe-la.

Gráfico 1- n/Civ 7 dias (RCS)


Para o mesmo ensaio, porem para 7 dias de cura, o resultado é apresentado pelo gráfico 29,
possuindo 92,3% de variância da resistência explicada pelo Índice de vazios/volume de cimento.

Gráfico 2 - n/Civ 28 dias (RCS)

O gráfico 30 é montado utilizando os corpos de provas com rompimento aos 28 dias pelo
processo de rompimento por compressão simples, ele gera uma curva com variância de 91,5%.

Gráfico 3 - n/Civ 7 dias (RCTD)

Já apresentando a relação para as misturas rompidas por RCTD aos 7 dias temos o gráfico 31, a
variância nele chega a 90% de relação entre o eixo X e Y.

Gráfico 4 - n/Civ 28 dias (RCTD)


Quando o ensaio muda, a correlação dos eixos também diminui um pouco, no gráfico 32
apresentamos a relação porosidade/volume de cimento para as misturas rompidas a RCTD e com cura
de 28 dias, esta relação ficou em 79,3%.

4.5 – Relação entre RCS e RCTD

Após a análise de ambos os resultados, tanto de RCS quando de RCTD, percebeu-se o mesmo
comportamento gráfico para ambas as formas de rompimento, tanto para 7 quanto para 28 dias.
É perceptível a resistência da mistura muito superior quando submetido ao ensaio de RCS quando
comparado aos resultados por RCTD, como pode ser analisado através dos quadros 6 e 7.

Quadro 6 - Relação entre RCS e RCTD para 7 dias


Relação entre misturas com cura de 28 dias
Mistura RCS RCTD Relação
MISTURA 1 127,61 16,82 8%
MISTURA 2 128,51 12,56 10%
MISTURA 3 61,30 4,38 14%
MISTURA 4 447,15 64,39 7%
MISTURA 5 475,94 51,65 9%
MISTURA 6 374,02 17,45 21%
MISTURA 7 906,29 123,71 7%
MISTURA 8 906,40 98,79 9%

Quadro 7 - Relação entre ECS e RCTD para 28 dias


Relação entre misturas com cura de 28 dias
Mistura RCS RCTD Relação
MISTURA 1 89,05 17,69 5%
MISTURA 2 99,89 10,68 9%
MISTURA 3 87,85 13,60 6%
MISTURA 4 351,25 43,58 8%
MISTURA 5 384,89 46,17 8%
MISTURA 6 179,76 40,88 4%
MISTURA 7 646,64 63,86 10%
MISTURA 8 440,73 48,28 9%

Como é possível analisar acima o valor da resistência atingida pelo RCTD equivale,
normalmente, entre 5 a 10% da resistência obtida pela mesma mistura no ensaio de resistência a
compressão simples.

5 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 – COMPACTAÇÃO

Como observado no tópico de número 4, no qual foi realizada a análise dos resultados obtidos, a
influência da compactação se mostrou bastante efetiva, tanto para o rompimento por compressão
simples quanto para o rompimento através do ensaio de tração por compressão diametral, assim
ressaltando o indicado por Felt (1995), quando a mesma referência a densidade de compactação como
um dos fatores de maior influência sobre a mistura solo-cimento.
Também está em acordo com o abordado por Ingles e Metcalf (1972), quando o mesmo relata
através da equação S=Ae^(b*D), onde “S’ é a resistência, “D” a densidade, “A” e “b” são constantes,
que a resistência da mistura aumenta conforme é majorada a compactação da mesma.
Este crescimento de mistura, também está ligado ao dito por Foppa (2005) e também por Chang &
Woods (1992), visto que através de pesquisa, o mesmo observou, que quanto mais compacta, maior a
interferência do cimento na mistura, já que, assim ele adquire um poder de aglutinação melhor, isso,
pois, existe um maior número nos pontos de contato, assim melhorando o poder de união das mesmas.

5.2 – Teor de umidade

Quando analisado o teor de umidade, percebe-se uma falta de relação entre os conjuntos de
resultados obtidos nas misturas submetidas ao ensaio de tração por compressão diametral, onde, hora
a maior resistência se encontrava no ramo úmido, outras horas na umidade ótima.
Entretanto, se formos levar em conta, no período de 28 dias o comportamento foi o mesmo, caindo
conforme se aumentava a umidade da mistura.
Já nas misturas submetidas ao teste de resistência a compressão simples, o comportamento é o
mesmo em todas as comparações, tendo como ponto de maior resistência o teor de umidade mais
próximo ao ótimo.
Entretanto, com os resultados obtidos concorda-se com Velazques (2016), quando é indicado que
nem sempre o teor ótimo dos solos gera uma maior resistência nos compósitos de solo-cimento.
A falta de relação entre os resultados, em alguns casos, é gerada pela diferença no Yd das misturas
apresentadas, variação que mesmo pequena pode gerar grandes alterações na resistência do
compósito.
Com isso, observa-se que a alteração neste fator chave da mistura não gerou grande influência na
resistência, já que pequenas variações na compactação foram capazes de suprimir a diferença de
umidade das misturas e a variação causada por elas, esse fato já foi também descrito por Lopez Junior
(2007) quando o mesmo estudou um arenito de Botucatu, no qual afirmou que, no período de 28 dias
a variação do teor de umidade não afetou de forma considerável a resistência.
Já Felt (1955) e Mateos (1961) não concordam com os resultados obtidos pela pesquisa
apresentada, de acordo com ele, em solos mais argilosos, como o solo estudado no presente trabalho,
o teor de umidade que geraria maiores resistências estaria no ramo úmido, estando assim em
confronto com o alcançado através deste estudo.

5.3 – Influencia das fibras

Como já descrito por Machado, Lima e Almeida (1998), percebeu-se neste trabalho uma melhora
nas características do compósito após a incorporação de fibras de polipropileno, já que a mesma
tornou o material mais coeso.
Também como apresentado acima, nota-se um comportamento parecido ao descrito por Specht
(2000), quando é relatada uma melhora efetiva no pós-ruptura do material.
Estando assim em conformidade também com Montardo (1999), já que o mesmo também indica
as fibras de polipropileno como mais contundentes quando se fala em modo de ruptura ultimo da
mistura.

5.4 – Relação entre porosidade/cimento na resistência

A ralação entre o valou-me de vazios/volume de concreto se mostrou seguindo uma lógica. Na


qual, quanto maior o valor obtido da relação n/Civ menor a resistência.
O crescimento se mostrou de forma exponencial, concordando assim pelo descrito por Consoli et
al. (2007), quando os mesmos relatam através de suas pesquisas haver um crescimento exponencial
conforme se diminui o valor obtido pela relação vazios/cimento.
Festugatto (2017) chegou à mesma conclusão apresentada, afirmando que a resistência decresceu
com o aumento do teor de cimento das misturas/volume de cimento.
Através da análise gráfica, percebe-se que, pode-se compensar a falta de compactação com a
adição de cimento, ou vice e versa, isso também foi por Consoli et al.(2007), quando os mesmos
afirmam poder ser realizada esta compensação, para assim se obter um menor teor de vazios/cimento.

5.5 – Relação entre RCS e RCTD

A relação entre a resistência por compressão simples e a resistência a tração por compressão
diametral foi realizada de forma simples, onde dividiu-se o valor obtido em RCTD pelo valor obtido
em RCS, esta equação também é utilizada por Pasche (2016).
Porém, no presente trabalho, a resistência a tração por compressão diametral, na maior parte dos
casos, ficou entre 5 e 10%, estando assim distante do encontrado por ele já que o mesmo através de
seus estudos relata que a proporção encontrada é de 17%.
Cabe salientar que Pasche (2016) utilizou para sua pesquisa uma mistura de material fresado,
pó de pedra e cimento, assim formando um compósito diferente do estudado neste trabalho, com isso,
pode-se concluir que esta relação varia de material para material, e também do traço utilizado.

6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenvolvimento da presente pesquisa foi criada a possibilidade de se fazer uma análise
acerca dos benefícios que a alteração nos parâmetros chaves do solo exercem sobre a resistência do
compósito solo-fibra-cimento. Do mesmo modo permitiu uma percepção acerca da função que a fibra
de polipropileno exerce neste compósito, e uma ideia da relação existente entre a resistência a
compressão simples e a resistência a tração por compressão diametral.
Através de dados obtidos em laboratório, percebeu-se que um aumento no peso especifico
aparente seco do compósito gera ganhos significativos a resistência da mistura, tanto para RCS quanto
para RCTD.
Em contrapartida, a variação do teor de umidade entre as misturas não pode ser aferida com
exatidão, mas demonstra que sua alteração gera variações pequenas na resistência, quando comparada
a variação que a alteração do Yd gera.
A fibra se mostrou bastante importante para a resistência do compósito, principalmente nos pós
ruptura, agindo como ponte de ligação e distribuição de esforços, mantendo o corpo de prova junto
mesmo após rompido.
Quanto a relação entre a resistência a compressão simples e a resistência a tração por compressão
diametral, a mesma demonstrou seguir um parâmetro convincente, levando em conta as diferenças dos
parâmetros encontradas nos corpos de provas moldados.
Como buscado ao inicio do projeto, conseguiu-se aferir a alteração na resistência causada pela
variação do peso especifico aparente seco e pelo teor de umidade das misturas, também se fez
possível uma analise acerca da função das fibras, permitindo assim que os objetivos inicialmente
propostos foram alcançados.

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (ESCRITAS POR ORDEM ALFABÉTICA)

CASTRO, S. F. Incorporação de Resíduos de Caulim em Solo-Cimento para Construções Civis. 2008.


Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental) – Universidade Federal de Campina Grande, Campina
Grande, 112 p.
GRANDE, F. M. Fabricação de tijolos modulares de solo-cimento por prensagem manual com adição de
sílica ativa. São Carlos: EESC-USP, 2003. 165p. Dissertação Mestrado
NUÑEZ, W. P. Estabilização Físico-química de um solo residual de Arenito Botucatu, visando seu emprego
na pavimentação. 1991. 151p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – CPGEC/UFRGS, Porto Alegre.
PITTA M. R. Dimensionamento de pavimentos com camadas estabilizadas com
cimento. São Paulo, 1984. ABCP, 77p.
Consoli, N.; Leila, C. e M. Casagrande; Influencia da velocidade de carregamento em solos reforçados com
fibras. 2007. Porto Alegre.
FESTUGATOl, N. L. Avaliação do fator vazios/cimento na estimativa da resistência a compressão simples
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Branco.
FEUERHARMEL, M. R. Comportamento de Solos Reforçados com Fibras de Polipropileno. 2000.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.
FOPPA, D. Análise de Variáveis-Chave no Controle da Resistência Mecânica de Solos Artificialmente
Cimentados. 2005. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil,
UFRGS, Porto Alegre.
LOPES JUNIOR, Luizmar da Silva. Parâmetros de Controle da Resistência Mecânica de Solos Tratados
com Cal, Cimento e Rocha Basáltica Pulverizada. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Civil, UFRGS, Porto Alegre.
MACHADO, C. C.; LIMA, D.C. de; ALMEIDA, R.M. de. Estudo do comportamento da mistura solo-
cimento reforçado com fibra sintética para uso em estradas florestais. 1998. Disponível
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MONTARDO, J. P. Comportamento mecânico de compósitos solo-cimento-fibra: estudo do efeito das
propriedades dos materiais constituintes. 1999. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em
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PASHE, E. Estudo da resistência e da rigidez de uma mistura de material fresado e pó-de-pedra com a
adição de cimento. 2016. 160 p. Dissertação (Mestre em engenharia) - UFRS, Porto Alegre.
SPECHT, L.P. Comportamento de Misturas Solo-Cimento-fibra Submetidas a Carregamentos Estáticos e
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Graduação em Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
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Porto Alegre.
VELÁZQUEZ, L. E. G. A Influência da umidade de compactação na durabilidade, rigidez e resistência de
um solo fino artificialmente cimentado. 2016. Dissertação de mestrado em Engenharia Civil, UFRGS, Brasil.

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