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INDICE

Capítulo I ........................................................................................................................................ 1

1. Introdução ................................................................................................................................ 1

2. Problema ..................................................................................................................................... 2

3. Objectivos ................................................................................................................................... 3

3.1. Objectivo geral ......................................................................................................................... 3

3.2. Objectivo específicos: .............................................................................................................. 3

4. Perguntas científicas ................................................................................................................... 3

5. Hipóteses ..................................................................................................................................... 4

6. Justificativa e Relevância ............................................................................................................ 4

CAPÍTULO II ................................................................................................................................. 5

7. Fundamentação Teórica .............................................................................................................. 6

7.1 Qualidade de água ..................................................................................................................... 6

8. Parâmetros físico-químicos da água ........................................................................................... 7

8a) Alcalinidade .............................................................................................................................. 7

8b) Dureza da água ......................................................................................................................... 8

8c) Demanda biológica de oxigénio ............................................................................................... 9

8d) Potencial Hidrogeniónico (pH) ............................................................................................... 10

8f) Demanda química do Oxigénio ............................................................................................... 11

9. Parâmetros microbiológicos da água. ....................................................................................... 12

9a) Coliformes totais da água ....................................................................................................... 13

9b) Coliformes fecais da água....................................................................................................... 13

10. Parâmetros químicos ............................................................................................................... 14

10a) Cloretos ................................................................................................................................. 14


10b) Dureza ................................................................................................................................... 15

10c) Substâncias indicadoras de poluição..................................................................................... 16

10d) Matéria orgânica ................................................................................................................... 16

10e) Compostos nitrogenados ....................................................................................................... 16

10f) Nitritos ................................................................................................................................... 17

10g) Nitratos ................................................................................................................................. 17

10h) Amónia ................................................................................................................................. 17

10i) Sulfatos .................................................................................................................................. 18

Capítulo III .................................................................................................................................... 19

11. Metodologia de pesquisa......................................................................................................... 19

11a) Tipo de Metodologia............................................................................................................. 19

11b) Desenho experimental .......................................................................................................... 20

11c) Fases da Pesquisa .................................................................................................................. 20

11d) Recolha das amostras da água .............................................................................................. 21

11e) Parte experimental ................................................................................................................ 21

i. FASE I: Parâmetros físicos e organolépticos analisados....................................................... 21

ii. Cheiro .................................................................................................................................... 21

iii. pH- (Método Potenciométrico) .......................................................................................... 21

iv. Condutividade- (Método de Conductimetria) .................................................................... 22

v. Cor- (Método visual) ............................................................................................................. 22

vi. Turvação- (Método turbinímetro) ...................................................................................... 22

vii. Depósitos-Método visual ................................................................................................... 23

viii. Cloretos- (Método de Morh titulação) ............................................................................... 23

ix. Dureza- (Método titulação com EDTA) ............................................................................ 24


x. Matéria Orgânica- (Método de Kübel) .................................................................................. 25

xi. Nitritos- (Método colorimétrico- espectrometria de absorção molecular) ........................ 26

xii. Amónia- (Método colorimétrico- espectroscopia de absorção molecular) ........................ 26

xiii. Nitratos- (Método directo espectroscopia de absorção molecular ..................................... 27

xiv. Sulfatos- (Método turbidimetria) ....................................................................................... 27

12. FASE II: Parâmetros microbiológicos .................................................................................... 28

i. Determinação de Coliformes fecais ....................................................................................... 29

13. Apresentação e análise dos resultados .................................................................................... 29

14. Resultados dos parâmetros físico-químicos ............................................................................ 29

Tabela 1: Resultados dos parâmetros físicos e organolépticos ..................................................... 29

14.1. Resultados e análise dos parâmetros químicos .................................................................... 32

Tabela 3: Resultados dos parâmetros químicos ............................................................................ 32

14.2. Resultados e análise dos parâmetros microbiológicos ......................................................... 34

Tabela 4: Resultados dos parâmetros microbiológicos ................................................................. 34

Capítulo V ..................................................................................................................................... 36

15. Conclusões .............................................................................................................................. 36

16. Recomendações....................................................................................................................... 37

17. BIBLIOGRÁFIA .................................................................................................................... 38


i

DECLARAÇÃO SOB COMPROMISSO DE HONRA.

Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações
do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Maputo, 2018

________________________________________________

(Aníbal Armindo Nhalungo)


ii

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa, Lucrécia Luís Nhabete, à minha Irmã Esperança
Armindo Nhalungo, às minhas filhas Neyde Francisca Nhalungo, Lárcia Aníbal
Nhalungo, que me deram força, estímulo e todo apoio, nas minhas actividades durante o
curso e para a concretização e realização com sucesso deste trabalho.
iii

AGRADECIMENTOS

A Deus omnipotente, por ter-me concedido saúde, força e inteligência para superar todas as
dificuldades, sem ele, nada disso seria possível. Também sou grato por ter tranquilizado o meu
espirito nos momentos mais difíceis da minha trajetória académica até então.

Agradeço especialmente ao Supervisor deste trabalho, o MSc. Alberto Arnaldo Boane pelos
valiosos ensinamentos, excelentes orientações, críticas e sugestões positivas e pela atenção
dispensada, durante a realização do presente trabalho.

Ao Departamento de Química da Faculdade de Ciências Naturais e Matemática, pela aceitação


para elaboração do presente trabalho, prestando o meu especial agradecimento a Dra Aldovanda
Bata pelo encorajamento durante o curso.

A todos docentes do curso de Licenciatura em Ensino de Química Minor em Biologia, pela


instrução e pelos sábios conhecimentos, habilidades, capacidades e aptidões por mim adquiridas.

Ao MSc. Sérgio Dava pelos valiosos ensinamentos, paciência, amizade e atenção dispensada
durante o curso.

Ao Dr. Bento Justino Mauoco, a Dra. Anabela Langa e Dra. Miséria Matsinhe pela camaradagem
durante o curso e na realização do presente trabalho.

Ao Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos (LNHAA), especialmente a Dra Ana


Maria, Dra Rosa, e a todos os técnicos do laboratório que contribuíram na realização do presente
trabalho.

Aos meus colegas, pelo apoio, convivência, amizade e camaradagem durante os anos de
Faculdade.

Finalmente, agradeço a todos que directa ou indirectamente, contribuíram para a realização do


presente trabalho.
iv

LISTA DE ABREVIATURAS

FCNM- Faculdade de Ciências Naturais e Matemática

IIAM – Instituto de Investigação Agrária de Moçambique

LNHAA— Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos

OMS – Organização Mundial da Saúde

UP- Universidade Pedagógica

DBO- Demanda Biológica de Oxigénio

PH- Potencial Hidrogeniónico

MISAU- Ministério da Saúde


v

INDICE DE TABELAS E FIGURAS

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Unidades utilizadas em maior ou menor frequência para se descrever a dureza da água
......................................................................................................................................................... 9

Tabela 2: Resultados dos parâmetros físicos e organolépticos ..................................................... 31

Tabela 3: Resultados dos parâmetros químicos ............................................................................ 33

Tabela 4: Resultados dos parâmetros microbiológicos ................................................................. 35

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: pHmetro………………………………………………………………………………..22

Figura 2: Determinação de iões cloreto ........................................................................................ 25

Figura 3: Determinação da Dureza…………...………………………………………………….25


Figura 4: Determinação da matéria orgânica…………………………………………………….25
Figura 5: Determinação da curva de calibração de nitritos........................................................... 27

Figura 6 : Determinação de Sulfatos na água dos furos................................................................ 29


vi

RESUMO

O presente estudo objectivou-se em avaliar a qualidade físico-química e microbiológica da água


dos furos dos Bairros de Muhalaze e Intaka. O trabalho insere-se numa preocupação com a
qualidade de água destes bairros, pois tem sido alvo de contaminações por parte de redes de
esgotos, por causa do aumento do número de habitantes nestes bairros, e também por causa da
escassez da água proveniente da rede de distribuição nacional (FIPAG). O trabalho laboratorial
foi realizado no Laboratório Nacional de Higiene Águas e Alimentos na Cidade de Maputo.
Tomou-se como parâmetros, aqueles recomendados pelo Ministério da Saúde para a água dos
furos, dentre eles os parâmetros físicos (cheiro, cor, depósitos, turvação, pH e sabor) parâmetros
químicos (nitritos, nitratos, dureza total, sulfatos, amónio e cloretos) e os microbiológicos
(coliformes fecais). Os resultados desta pesquisa mostraram que a água dos furos do Bairro de
Muhalaze encontra-se com os parâmetros microbiológicos fora dos recomendados pelo MISAU,
mas apresentando os parâmetros químicos e físicos dentro do recomendável. Em relação à água
dos furos do Bairro de Intaka, apresenta todos os parâmetros analisados dentro do recomendável.
Portanto a fervura constitui o método que pode ser recomendado para o tratamento desta água.

PALAVRAS-CHAVE: Água do furo, parâmetros físico-químicos e microbiológicos, qualidade


de água.
vii
1

Capítulo I

1. Introdução

A água é um recurso essencial para a vida, tem aplicações em várias actividades do dia-a-dia das
populações. Nessas actividades podem-se destacar-se o uso para a irrigação nas actividades
agrícolas, na produção dos vários produtos nas indústrias, no uso doméstico para o
condicionamento dos alimentos e para a higiene pessoal.

As actividades realizadas a beira dos rios podem comprometer a sua qualidade, pois a água
apresenta uma grande propriedade de dissolução que a torna um meio de transporte de diversas
substâncias e microrganismos patogénicos que podem contaminar a mesma limitando o seu uso.

A água contaminada se torna um meio importante de transmissão de doenças, que podem afectar
a saúde da população que a consome (Nguenha, 2017). Nas doenças transmitidas pelo consumo
de água não tratada podemos destacar aquelas que afectam o trato intestinal onde destacam-se as
diarreias, a cólera, febre entre outras.

A água de boa qualidade deve corresponde as características dadas pelo conjunto de valores de
parâmetros microbiológicas, organolépticos e físico – químicos fixados (MISAU, 2006). Sendo assim,
considera-se a água potável quando se encontra dentro dos limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde
e caso eles estejam fora, esta é considerada poluída, pois se torna um possível meio de propagação de
doenças fecal oral entre outras (Nguenha, 2017).

Entretanto várias comunidades da província de Maputo e não só, por falta da água potável têm
recorrido a água dos rios, lagos, poços como forma de suprir as suas necessidades diárias, sem
tratamento eficaz. Sendo assim vários estudos têm sido feitos sobre análises físico-químicas e
microbiológicos da água consumida na cidade e província de Maputo. A título de exemplo
Nguenha (2017) verificou um elevado nível de contaminação das águas do rio Sábié do Distrito
de Moamba. Através de estudo sobre a qualidade da água dos rios Umbeluzi e Incomati para o
consumo, Boana (2011) reitera a necessidade de fazer a análise microbiológica das águas dos
rios, primeiro porque constituem a principal fonte de água para as populações carenciadas e pelo
2

facto de a água ser considerada solvente universal e constituindo o veículo principal de se


desenvolver microrganismos patogénicos

Aliado a estes estudos existem outras comunidades que ainda dependem da água dos rios ou
furos para suprir as suas necessidades, a título de exemplo pode citar-se a população do bairro de
Intaka e Muhalaze que enfrenta um grande problema para a aquisição da água potável (DNA,
2017).

Portanto o presente trabalho tem como propósito verificar o nível de contaminação físico-
químico e microbiológica das águas dos furos, onde a população desta zona tem tirado água para
o consumo. O trabalho faz menção a esta temática olhando apenas para os parâmetros físico-
químicos e microbiológicos, bem como associa- las às doenças que podem ser transmitidas ou
não por causa do consumo da mesma.

2. Problema

As comunidades moçambicanas têm recorrido para suprir suas necessidades. Estas vias alternativas fazem
com que as comunidades consumam água que não apresenta boa qualidade, colocando a sua saúde em
risco pois água é um meio de transporte de vários microrganismos patogénicos. É importante que a
população das zonas rurais tenha conhecimentos sobre os problemas que a água não tratada pode causar a
sua saúde.

De acordo com o Perfil do Distrito de Matola (Muhalaze e Intaka) (2005), existem em alguns postos
administrativos um pequeno sistema de abastecimento de água potável no âmbito de Programa Nacional
de Abastecimento de Água e Saneamento Rural (PRONASAR). Este sistema tem a capacidade de
armazenar 70 mil metros cúbicos (70.000 m3) de água para abastecer até 5 mil pessoas e neste momento
apenas 225 habitantes tem acesso a água potável (Costa, 2016), não abrangendo todos os habitantes destes
dois bairros.

Os habitantes que não estão abrangidos pelo sistema de abastecimento de água têm como fonte a água dos
furos. As águas dos furos têm constituindo a principal fonte de abastecimento dos Bairros de Muhalaze e
Intaka. Uma vez que essas águas não têm tido tratamento e a população a utiliza na mesma para suprir as
3

suas necessidades diárias. A água até chegar às comunidades do bairro em estudo, passa por várias
situações tais como comunidades que realizam várias actividades.

De acordo com as constatações feitas ultimamente pela Organização dos fornecedores de águas do Furo
no Município da Matola (2018), as águas do furo do Bairro Muhalaze e Intaka, está se tornando salobre,
em algum momento não espumando o sabão, facto que leva a questionar-se sobre a qualidade da mesma.
A mesma organização secunda que custo relacionado com o tratamento faz com que a água canalizada
nestes bairros não tenha um tratamento eficiente e adequado. Estes pontos levam-nos a questionar-se o
seguinte:

1. Qual é a qualidade físico-química e microbiológica das águas das dos furos e consumida pelos
munícipes do Bairro de Intaka e Muhalaze?

3. Objectivos

3.1. Objectivo geral

1. Avaliar a qualidade físico-química e microbiológica da água dos furos dos Bairros de


Muhalaze e de Intaka.
3.2. Objectivo específicos:

2. Determinar os parâmetros físico-químicos (pH, Demanda Biológica do Oxigénio,


alcalinidade e dureza) da água dos furos
3. Avaliar os parâmetros microbiológicos (coliformes totais, coliformes fecais, vibrião
colérico, E. Cóli, entre outros) da água dos furos
4. Comparar o nível de contaminação da água dos furos dos Bairros de Muhalaze e Intaka
4. Perguntas científicas

1. Quais são os parâmetros físico-químicos que podem ser determinados nas águas dos furos
dos Bairros de Muhalaze e Intaka?

2. Quais são os parâmetros microbiológicos podem ser determinados nas águas das dos furos
dos Bairros de Muhalaze e Intaka?
4

3. Qual é a comparação que pode ser feita entre o nível de contaminação das águas das dos
furos dos Bairros de Muhalaze e Intaka?

5. Hipóteses

1. Os parâmetros físico-químicos que podem ser determinados são: Alcalinidade, dureza e


demanda biológica do oxigénio e pH;

2. Os parâmetros microbiológicos que podem ser determinados são: E. cóli, coliformes


totais, coliformes fecais e vibrião colérico;

3. O nível de contaminação das águas dos furos é elevado devido a alteração do pH e da


presença de várias bactérias.

6. Justificativa e Relevância

Nos dias de hoje a questão de uso e conservação da água tem suscitado grandes debates a nível
internacional pela sua magnitude e várias são doenças que surgem devido ao consumo de água
não tratada num período que a poluição tem vindo atingir níveis mais alarmantes apesar de todos
apelos.

Para que a água chegue ao consumidor, percorre um longo caminho desde a sua nascente até ao rio,
represa, ou outra rede de distribuição. Nesse processo, pode ser poluída e contaminada, seja por acção
antropogênica ou mesmo natural, tornando-se via de transporte de tipos diversos de contaminação. Caso a
água seja utilizada em condições inadequadas pode apresentar muitos riscos à saúde, (DI BERNARDO et
al., 2006).

Minha experiência como residente do Distrito de Matola e Funcionário da Organização dos


fornecedores de águas do Furo no Município da Matola e concretamente no bairro de Muhalaze,
vários são os motivos que me levam a pesquisar sobre este tema. Primeiro é acerca da falta de
água que assola o Bairro devido a sua localização que obriga a população a recorrer a água dos
furos para satisfazer as necessidades do quotidiano tais como confecção de alimentos, combater a
sede e outras.
5

A presente pesquisa insere-se no contexto do meio ambiente, concretamente na análise da


qualidade de água consumida pelas populações dos Bairros de Muhalaze e Intaka, sendo que a
mesma pode oferecer uma relevância económica e social muito importante pois a água constitui
um bem precioso para a manutenção da vida do Homem.

Ao ponto de vista de uma relevância social pode ser relacionada à educação ambiental que é
nada mais do que a própria educação, com base teórica determinada historicamente e que tem
como objectivo final melhorar a qualidade de vida e ambiental da coletividade e garantir a sua
sustentabilidade. Isso significa que é obrigatório que o educador ambiental conheça e
compreenda a história da educação, e os pensamentos pedagógicos aí gerados. Seja capaz de
escolher as melhores estratégias educativas para actuar sobre os problemas sócio ambientais e
com a participação popular tente resolvê-los (PELICIONI, 2005). Na opinião deste autor a
educação ambiental é fundamental na obtenção de metas estabelecidas para uma adequada gestão
ambiental em qualquer localidade.

Por outro lado tem uma relevância económica pois ajudará a elucidar sobre a importância de
prestar-se atenção no tratamento de água dos furos, como forma de melhorar a vida das
comunidades, contribuindo-se assim para a redução de várias doenças com várias origens.

CAPÍTULO II
6

Neste capítulo são apresentados e discutidos estudos realizados na área de ánalise físico-quimica
e microbiologica da agua na base de diferentes métodos, dando-se mais ênfase à metodos aos
parametros recomendandos pelo Ministério da Saude ou pela Organização Munidal da Saúde.

7. Fundamentação Teórica

7.1 Qualidade de água

A água é muito importante para a vida de qualquer ser vivo, pois ela proporciona um meio
favorável a realização de vários processos vitais. No Homem por exemplo é o principal
constituinte celular representando dois terços do peso corporal (ROUQUE, 1985).

De acordo com o autor a cima sitiado, a água natural provem das chuvas resultantes do processo
da evaporação das fontes superficial como mares, rios, lagos e transpiração das plantas e dos
seres vivos. Quando precipitada, a água volta as fontes superficiais acima citados e outra parte
infiltra – se no subsolo formando um lençol de água subterrânea. Apesar das varias formas em
que a água pode ser encontrada na natureza, a sua quantidade e quantidade continua sendo
preocupação a nível dos vários pais Mundial dos quais Moçambique e um exemplo
(HAUENGUE, 1992)

Para o consumo a água tem de apresentar características de qualidade que garantam a sua
potabilidade, de modo a não constituir um veículo de doenças e poluentes. A água é considerada
de boa qualidade quando apresenta característica dada pelo conjunto de valores de parâmetros
microbiológicos, organolépticos e físico – químicos fixados que permitem avaliar se a água é
potável ou não (MASAU, 2006).

Segundo PAULO (2008), é de grande importância tratar a á agua destinado ao consumo


humano, pois, sendo um excelente solvente, é capaz de veicular grande quantidade de
contaminantes químicos e/ou biológicos (vírus, bactérias e parasitas), através de contacto directo
ou por meio de insectos vectores que necessitam da água em seu ciclo biológico.

O consumo de água contaminada por agentes biológicos ou físico-químicos tem sido associado a
diversos problemas de saúde. Algumas epidemias de doenças gastrointestinais, por exemplo, têm
7

como via de transmissão a água contaminada, dentre as doenças de veiculação hídrica mais
comuns, citam-se: febres tifoides e paratifóide, disenterias bacilares e amebiana, cólera, diarréia,
poliomielite, hepatite e giardíase (JOSEPH, 1916).

É vital reconhecer inicialmente o direito de todos os seres humanos de acesso à água de boa
qualidade, pois a qualidade da água está directamente relacionada com a saúde púbica.

A água tratada é a melhor forma de reduzir a morbi-mortalidade relacionada ao consumo de água


contaminada (MISAU, 2006).
8. Parâmetros físico-químicos da água

Os parâmetros físico-químicos e de qualidade que podem ser determinados são a alcalinidade,


dureza e demanda biológica do oxigénio, entre outros.

8a) Alcalinidade

A alcalinidade da água é representada pela presença dos iões hidróxido, carbonato e bicarbonato.
A importância do conhecimento das concentrações deste ião permite a definição de dosagens de
agentes floculantes, fornece informações sobre as características corrosivas ou incrustantes da
água analisada. Todos os iões causadores da alcalinidade têm características básicas, sendo assim
reagente quimicamente com soluções ácidas, ocorrendo a reacção de neutralização. Alcalinidade
representa a capacidade que um sistema aquoso tem para neutralizar ácidos fracos. Uma solução
de baixa alcalinidade (como água pura) terá seu pH diminuído por um ácido fraco, mas uma
solução de alta alcalinidade não terá grande alteração no pH, pois seus iões livres neutralizarão o
ácido fraco. A alcalinidade é devida principalmente aos carbonatos e bicarbonato e,
secundariamente, aos iões hidróxidos, silicatos, boratos, fosfatos e amónia.

Para determinar a alcalinidade de uma amostra é necessário realizar a padronização de soluções,


que corresponde à determinação de uma concentração desconhecida, a partir de uma outra
concentração exactamente conhecida. Esse processo pode ser realizado pelo método de titulação.
A solução padrão é composta por uma massa pesada em balança analítica, dissolvida por
solvente adequado e completado seu volume até o menisco de um balão volumétrico.
8

Esta solução é adicionada por uma bureta na solução que é desejado encontrar a concentração
desconhecida, até que ocorra reacção completa. A titulação pode ser potenciométrica, ou podem
ser empregados indicadores ácido-base. O método potenciométrico baseia-se no potencial
eléctrico de amostras, onde são fornecidas informações sobre os iões ou gases dissolvidos. Já os
indicadores ácido-base são substâncias que possuem a capacidade de mudar de cor de acordo
com o pH do meio em que está presente.

Uma amostra de água apresenta alcalinidade se seu pH for inferior à 4,5. Esse limite condiz à
conversão de bicarbonatos em gás carbónico. Se uma amostra de água tiver pH entre 4,5 e 8,3,
ela pode possuir alcalinidade e acidez ao mesmo tempo, isso ocorre devido ao equilíbrio entre o
gás carbónico, o bicarbonato e o carbonato. Assim, quando uma substância que poderia provocar
alteração do pH da amostra é adicionada, ela pode ser neutralizada a partir do deslocamento de
equilíbrio. Esse efeito é denominado tampão.

Desta forma, pode-se relacionar o pH com o teor de gás carbónico, de forma que:

1. pH > 9,4: presença de hidróxidos e carbonatos.

2. pH entre 8,3 e 9,4: carbonatos e bicarbonatos

3. pH entre 8,3 e 4,6 presença apenas de bicarbonato.

4. pH < 4,6 -3,0: ácidos minerais.

Para medir a alcalinidade usa-se indicadores como a fenolftaleína e o metil Orange, o primeiro
confere cor rosa para pH maior ou igual a 8,3. Quando titulado com ácido para valores abaixo
deste, a cor rosa desaparece. O metil Orange, por sua vez, apresenta cor inicialmente amarelo
que passa a ser vermelho ou laranja quando o pH está em torno de 4,2.

8b) Dureza da água

Dureza da água é a propriedade relacionada com a concentração de iões de determinados


minerais dissolvidos nesta substância ou mais especificamente as águas duras contém sais de
cálcio e de magnésio em concentrações relativamente elevadas. A dureza da água é
9

predominantemente causada pela presença de sais de Cálcio e Magnésio, de modo que os


principais iões levados em consideração são os de Cálcio (Ca2+) e Magnésio (Mg2+).
Eventualmente também o Zinco, Estrôncio, Ferro ou Alumínio podem ser levados em conta na
aferição da dureza.

A dureza da água é composta de duas partes, a dureza temporária e a dureza permanente. A


dureza temporária é gerada pela presença de carbonatos e bicarbonatos, que podem ser
eliminadas por meio de fervura da água. A dureza permanente é devida a cloretos, nitratos e
sulfatos, que não são susceptíveis à fervura.

À somatória da dureza temporária e permanente dá-se o nome de "Dureza Geral" (ou total) da
água. A dureza da água é medida geralmente com base na quantidade de Partes por milhão de
Carbonato de Cálcio CaCO3, também representada como mg/l de Cálcio CaCO3. Quanto maior a
quantidade de "ppm", mais "dura" será considerada a água.

Existem ainda outras unidades utilizadas em maior ou menor frequência para se descrever a
dureza da água, como o grau alemão, comum em conjuntos de teste rápido, o inglês, o francês ou
o americano, dentre outros. A tabela abaixo mostra a relação entre algumas dessas unidades.

Tabela 1: Unidades utilizadas em maior ou menor frequência para se descrever a dureza da água

8c)
Unidade Símbolo Referência °dGH °e °TH ppm mmol/L

Grau Alemão °dGH 10 mg CaO/L 1 1.25 1.78 17.8 0.178

Grau Inglês °e grain CaCO3/gal (UK) 0.79 1 1.43 14.3 0.143

Grau Francês °TH 10 mg CaCO3/L 0.56 0.70 1 10 0.1

ppm CaCO3 ppm 1 mg CaCO3/L 0,056 0,07 0,1 1 0,01

mmol/L mmol/L mmol/L 5,6 7,0 10 100 1

Demanda biológica de oxigénio


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Demanda bioquímica de oxigénio ou demanda biológica de oxigénio (DBO) (português


brasileiro) ou carência bioquímica de oxigénio (CBO) (português europeu) corresponde à
quantidade de oxigénio consumido na degradação da matéria orgânica no meio aquático por
processos biológicos, sendo expresso em miligramas por litro (mg/L). É o parâmetro mais
empregue para medir poluição. A DBO (ou CBO) é a quantidade de oxigénio necessária para
oxidar a matéria orgânica biodegradável presente na água. É um parâmetro importante no
dimensionamento de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) ou Estação de
Tratamento de Efluentes (ETE). Há dois métodos normalmente aplicados para medir a DBO,
descritos a seguir.

O teste da DBO é realizado através da diluição de uma amostra da água a ser analisada em água
desionizadas saturada de oxigénio. A amostra é inoculada de uma quantidade fixa
de microorganismos. Mede-se a concentração de oxigénio dissolvido (OD inicial) na amostra,
pelo método de Winkler ou com elétrodo ião selectivo para oxigénio. Em seguida, a amostra é
selada (para evitar a dissolução de oxigénio adicional dentro dela) e é mantida em estufa durante
cinco dias, a 20°C, em frasco âmbar (para evitar que haja fotossíntese, o que resultaria na
produção de oxigénio adicional) e com o pH ajustado entre 6,5 e 8,5.

8d) Potencial Hidrogeniónico (pH)

Por influir em diversos equilíbrios químicos que ocorrem naturalmente ou em processos


unitários de tratamento de águas, o pH é um parâmetro importante em muitos estudos no campo
do saneamento ambiental.

A influência do pH sobre os ecossistemas aquáticos naturais dá-se diretamente devido a seus


efeitos sobre a fisiologia das diversas espécies. Também o efeito indireto é muito importante
podendo, determinadas condições de pH contribuírem para a precipitação de elementos químicos
tóxicos como metais pesados; outras condições podem exercer efeitos sobre as solubilidades de
nutrientes.

Desta forma, as restrições de faixas de pH são estabelecidas para as diversas classes de águas
naturais, tanto de acordo com a legislação federal (Resolução n o 20 do CONAMA, de junho de
11

1986), como pela legislação do Estado de São Paulo (Decreto n o 8468/76). Os critérios de
proteção à vida aquática fixam o pH entre 6 e 9.

8e) Turbidez

Turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de intensidade que um feixe de luz sofre ao
atravessá-la (e esta redução se dá por absorção e espalhamento, uma vez que as partículas que
provocam turbidez nas águas são maiores que o comprimento de onda da luz branca), devido à
presença de sólidos em suspensão, tais como partículas inorgânicas (areia, silte, argila) e de detritos
orgânicos, algas e bactérias, plâncton em geral, etc (PORTARIA n° 518 de 2004) e Apha (2000).

A erosão das margens dos rios em estações chuvosas é um exemplo de fenômeno que resulta em
aumento da turbidez das águas e que exige manobras operacionais, como alterações nas dosagens de
coagulantes e auxiliares, nas estações de tratamento de águas (APHA, 2000). A erosão pode decorrer do
mau uso do solo, em que se impede a fixação da vegetação. Este exemplo mostra também o caráter
sistêmico da poluição, ocorrendo inter-relações ou transferência de problemas de um ambiente (água,
ar ou solo) para outro (PORTARIA n° 518 de 2004).

Os esgotos sanitários e diversos efluentes industriais também provocam elevações na turbidez das
águas. Um exemplo típico deste fato ocorre em consequência das atividades de mineração, onde os
aumentos excessivos de turbidez têm provocado formação de grandes bancos de lodo em rios e
alterações no ecossistema aquático. A turbidez também é um parâmetro que indica a qualidade estética
das águas para abastecimento público. O padrão de potabilidade (Portaria n° 518 de 2004) é de 5,0 UT
(unidade de turbidez).

8f) Demanda química do Oxigénio

É a quantidade de oxigênio necessária para oxidação da matéria orgânica através de um agente


químico. Os valores da DQO normalmente são maiores que os da DBO5,20, sendo o teste
realizado num prazo menor (CONAMA, 2005).

O aumento da concentração de DQO num corpo da água se deve principalmente a despejos de


origem industrial. A DQO é um parâmetro indispensável nos estudos de caracterização de
esgotos sanitários e de efluentes industriais. A DQO é muito útil quando utilizada conjuntamente
com a DBO5,20 para observar a biodegradabilidade de despejos.

Sabe-se que o poder de oxidação do dicromato de potássio é maior do que o que resulta mediante
a ação de microrganismos, exceto raríssimos casos como hidrocarbonetos aromáticos e piridina.
Desta forma os resultados da DQO de uma amostra são superiores aos de DBO5,20. Como na
12

DBO5,20 mede-se apenas a fração biodegradável, quanto mais este valor se aproximar da DQO
significa que mais facilmente biodegradável será o efluente. É comum aplicar-se tratamentos
biológicos para efluentes com relações DQO/DBO5,20 de 3/1, por exemplo.

Mas valores muito elevados desta relação indicam grandes possibilidades de insucesso, uma vez
que a fração biodegradável torna-se pequena, tendo-se ainda o tratamento biológico prejudicado
pelo efeito tóxico sobre os microrganismos exercido pela fração não biodegradável.

9. Parâmetros microbiológicos da água.

A água serve de veículo para a transmissão de uma variedade de doenças causadas pelos
microrganismos. A microbiologia sanitária trata de controlo desse problema enfocando
particularmente as enfermidades decorrentes da contaminação fecal. Estas doenças são
resultantes da ingestão de água e alimentos contaminados ou de água poluída para irrigação,
pesca e recreação (ROITMAM,1983).

Além dos microrganismos entéricos, outros patogénicos responsáveis por doenças de pele,
ouvido e garganta são relevantes quando a água destina-se a actividades que envolvem contacto
corporal. A detecção dos agentes patogénicos, principalmente bactérias, protozoários e vírus, em
uma amostra de água é extremamente difícil, em razão de suas baixas concentrações. Portanto, a
determinação da potencialidade de um corpo d‘água ser portador de agentes causadores de
doenças pode ser feita de forma indirecta, através dos organismos indicadores de contaminação
fecal do grupo dos coliformes (FRANCO, 2003).

Os coliformes estão presentes em grade quantidades nas fezes do ser humano e dos animais de
sangue quente. A presença de coliformes na água não apresenta, por si só, um perigo à saúde,
mas indica a possível presença de outros organismos causadores de problemas à saúde. Os
principais indicadores de contaminação fecal são as concentrações de coliformes totais e
coliformes fecais, expressa em número de organismos por 100 ml de água. De modo em geral,
nas águas para abastecimento o limite de Coliformes legalmente toleráveis não deve ultrapassar
4.000 coliformes em 100 ml de água em 80% das amostras colhidas em qualquer período do ano
(FRANCO, 2003
13

Os níveis de contaminação toleráveis e os padrões sanitários de qualidade da água são


estabelecidos em função do uso pretendido. Os microrganismos também estão envolvidos nos
processos naturais de purificação da água poluída tanto no ambiente livre, como em processos
controlados nas instalações de tratamento de água e esgoto (ROITMAM,1983).

A água é essencial para o desenvolvimento em todas as actividades sobre a terra, sejam urbanas,
industriais ou agro-pecuárias. O homem necessita de água de qualidade adequada e em
quantidade suficiente para as suas necessidades, não só para a protecção de sua saúde, como
também para seu desenvolvimento económico. Toda água destinada ao consumo humano,
comunidades aquáticas, para recreação, para irrigação entre outros devem estar nos parâmetros
microbiológicos, físicos, químicos e radioactivos. Deve também atender aos padrões para não
oferecer riscos a saúde (UNIAGUA,2007).

9a) Coliformes totais da água

As bactérias denominadas coliformes totais não são causadoras de doenças; a razão da escolha
desse grupo de bactérias como indicador de contaminação da água deve-se aos seguintes
aspectos: estão presentes nas fezes de animais de sangue quente (inclusive seres humanos), sua
presença possui relação directa com o grau de contaminação fecal, são facilmente detectáveis e
quantificáveis por técnicas simples e economicamente viáveis em qualquer tipo de água,
possuem maior tempo de vida na água que as bactérias patogénicas intestinais, além de serem
incapazes de se reproduzir no ambiente aquático, sendo mais resistentes à acção de agentes
desinfectantes do que germes patogénicos.

O grupo dos Coliformes total inclui todas as bactérias na forma de bastonetes gram -negativos,
não esporogónios, aeróbios ou anaeróbios facultativos, capazes de fermentar a lactose com
produção de gás, em 24 a 48 horas a 35ºC (SIQUEIRA, 1995). Esta definição é a mesma para o
grupo de coliformes fecais, porém, restringindo-se aos membros capazes de fermentar a lactose
com produção de gás, em 24 horas a 44,5-45,5ºC.
9b) Coliformes fecais da água

Coliformes fecais são bactérias encontradas em abundância no intestino do ser humano e de


animais de sangue quente, mas também pode aparecer em menor quantidade na terra não
14

contaminada por fezes. A quantidade de coliformes fecais é importante porque a presença deles
em alta quantidade é um alto indicativo que a água está contaminada por fezes e esgoto
doméstico, podendo carregar outros microrganismos causadores de doenças.

Os coliformes fecais também são conhecidos como coliformes Termo tolerantes, pois toleram
temperaturas acima de 40ºC e reproduzem-se nesta temperatura em menos de 24 horas. Pelo
estudo da concentração dos coliformes nas águas pode-se estabelecer um parâmetro indicador da
possível existência de microorganismos patogénicos que são responsáveis por doenças de
veiculação hídrica, tais como a febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar e cólera.

De acordo com Joseph, P, (1916) o grupo dos coliformes fecais compreende o género
Escherichia e, em menor extensão, espécies de Klebsiella , Citrobacter e Enterobacter. O grupo
inclui também bactérias de origem não exclusivamente fecal embora em proporção bem menor
que a do grupo dos coliformes totais.

Algumas espécies são encontradas em águas ricas em matéria orgânica, efluentes industriais (por
exemplo, Klebsiella pneumoniae), ou em material vegetal e solos em decomposição. A presença
de coliformes termotolerantes em água e alimentos é menos representativa, como indicação de
contaminação fecal, do que a enumeração directa de E. coli, porém, muito mais significativa do
que a presença de coliformes totais, dada a alta incidência de E. coli dentro do grupo fecal
(JOSEPH, P, 1916).
10. Parâmetros químicos

10a) Cloretos

O cloro é um produto químico altamente tóxico e venenoso ao ser humano, utilizado para
remoção de resíduos de graxa e óleos, fungos, mofos e lodos, utilizado para a eliminação de
bactérias, vírus e germes usado também no tratamento da água.

Encontra-se na água na forma de ião cloreto (Cl-), é um dos principais aniões inorgânicos em
águas naturais e residuais. É um dos aniões presentes em grandes quantidades na água, podendo
dar uma ideia do grau de salinidade da água. Na água doce o teor de cloretos é geralmente baixo.
15

A presença excessiva de cloro na água agrava a asma, rinite, sinusite reacções alérgicas no
sistema respiratório, olhos, garganta; especialmente nas crianças que fazem uso de piscinas com
cloro e chuveiro na posição de quente por produzir a solução aquosa de ácido clorídrico. O
chuveiro quente vaporiza o cloro da água causando edemas nos pulmões e atacando a pele e
cabelo; deixando os cabelos secos e quebradiços e a pele escamosa, além de eritemas que
provocam coceiras. Longos banhos são um grave risco a saúde.

O método usado para a determinação da concentração dos cloretos é o método de Mohr, que
consiste em uma titulação com nitrato de prata. O cloreto tem mais afinidade pela prata que o
nitrato, ocorrendo a precipitação de cloreto de prata, conforme a reação:

Ag+ + Cl-  AgCl

O indicador utilizado é o cromato de potássio, que também apresenta maior afinidade pela prata
que o nitrato, porém menor que o cloreto. Assim, quando acaba todo o cloreto da amostra, a
prata passa a reagir com o cromato, conforme a reação:
2Ag+ + CrO4-2  Ag2CrO4

10b) Dureza

A dureza da água é devida a concentração total de catiões multivalentes, dos quais a maioria é
constituída por cálcio e magnésio. Uma das principais fontes da dureza na água é a sua passagem
pelo solo

H2CO3 + CaCO3→ Ca(HCO3)2

H2CO3 + MgCO3→ Mg(HCO3)2

Uma água dura isto é com elevado teor em sais de cálcio e magnésio tem varias características
negativas entre os quais de deixar a partículas depositadas de calcário nas canalizações. Torna-se
turva quando aquecida e não forma espuma com sabão.

Para determinar a dureza usou-se a solução de EDTA, o tampão de amoníaco e o indicador negro
de ericromot (HARIS, 2018).

CaCO3 + EDTA4-(aq) → Ca(EDTA)2-(aq) + CO32-(aq)


16

MgCO3 + EDTA4-(aq) → Mg(EDTA)2-(ag) + CO32-(aq)

10c) Substâncias indicadoras de poluição

Considera-se como indicadores de poluição, substâncias que normalmente não estão presentes na
água ou estão presentes em concentrações muito baixas. Podem ocorrer em consequência de uma
contaminação por esgoto ou outras fontes de poluição, e na maior parte dos casos, dão indicação
de contaminação de origem biológica

10d) Matéria orgânica

O oxigénio consumido é, usualmente, determinado pelo emprego de permanganato de potássio


em meio ácido. A equação química representativa pode ser exemplificada por DIAS et al (2004)

4MnO4 - + 12H+ + 5C → 4Mn2+ + 6H2O + 5CO2

10e) Compostos nitrogenados

O nitrogénio esta contido em organismos vivos principalmente sob a forma de proteínas.

1. Ciclo de Nitrogênio

No ciclo do nitrogênio existem quatro mecanismos:

1. Fixação do nitrogênio atmosférico em nitratos. O nitrogênio fixado é rapidamente


dissolvido na água do solo e fica disponível para as plantas na forma de nitrato, NO3-.
Estas plantas transformam os nitratos em grandes moléculas contendo nitrogênio e outras
moléculas orgânicas nitrogenadas, necessárias a vida. Inicia-se então o processo de
amonificação.

NH4 + + ½ O2 → 2H+ + H2O + NO2 -


2. Amonificação. Quando o nitrogênio entra na cadeia alimentar, ele passa a constituir as
moléculas orgânicas dos consumidores. Atuando sobre os produtos de eliminação desses
17

consumidores e do protoplasma de organismos mortos, as bactérias mineralizam o


nitrogênio produzindo gás amônia, NH3, e sais de amônio, NH4+.

NO2 - + ½ O2 → NO3 -
3. Nitrificação. Os sais de amônio e o gás amônia são convertidos em nitritos, NO2-, e,
posteriormente no processo de nitrificação de nitrito em nitratos, NO3-, por um grupo de
bactérias quimiossintetizantes. A passagem de amônia a nitrito é feita pelas Nitrossomonas; e a
passagem a nitratos pelas bactérias Nitrobacter. Este processo de nitrificação se processa
aerobiamente.
NH4 + + 2 O2 → NO3 - + 2H+ + H2O
4. Desnitrificação. Por fim, retorna-se ao nitrogênio, N2(g), a partir do nitrato, pela ação das
Pseudomonas. A desnitrificação é anaeróbia e ocorre em solos com pouca areia (BRAGA et al.,
2005).
10f) Nitritos

A concentração de iões nitrito na água é determinada coloricamento graças à formação de um


corante azóico rosado, produzido pela reacção entre ácido sulfanilico, diazotado em ambiente
acida e alfa-naftilamina (NM1996)

10g) Nitratos

Os nitratos representam o último estágio da oxidação do nitrogénio de origem biológica. A sua


presença na água com elevados valores de nitritos e amónio indica uma contaminação orgânica
prolongada, enquanto a sua presença em grande quantidade na água sem os nitritos e amónia
indica uma contaminação antiga.

Os nitratos em maior quantidade na água podem provocar a redução metahemoglobinemia


depois da redução a nitritos em crianças e mulheres grávidas. As bactérias reduzem parte do ião
nitrato em ião nitrito.

NO3- + 2 H+ + 2 e- → NO2- + H2O

10h) Amónia
18

O amoníaco pode estar presente naturalmente na água subterrânea em baixas concentrações


devido a sua fácil oxidação a nitrito e nitrato. A presença de concentrações elevadas pode ser
resultante de fontes de poluição próximas, bem como da redução do nitrato por bactérias
(ALABURDA & NISHIHARA, 1998).

A sua presença se dá devido a degradação biológica de compostos orgânicos e inorgânicos do


solo, resultado da presença de esgotos sanitários nas proximidades, descargas domésticas,
hidrólise da ureia e da degradação de compostos orgânicos nitrogenados (REIS & MENDONÇA,
2009).

O amoníaco é determinado usando o EDTA e o reagente de Nessler. O reagente de Nessler é


uma solução alcalina de tetraiodomercurato (II) de potássio. É usado no chamado teste de
reagente de Nessler, cujo objectivo é detectar a presença de nitrogénio amoniacal. Caso a
amostra tenha amoníaco, forma-se um precipitado amarelo-acastanhado. A cor será intensa
dependendo da concentração do amoníaco na amostra. A equação abaixo traduz a formação do
precipitado:

NH3+ + 2[HgI4]2- + 3OH- → Hg2O(NH2)I ↓+ 7I- + H2O

10i) Sulfatos

O sulfato é o ânion SO4-2, um dos mais abundantes íons na natureza. Surge nas águas
subterrâneas através da dissolução de solos e rochas, como o gesso (CaSO4) e o sulfato de
magnésio (MgSO4) e pela oxidação de sulfeto (exemplo: pirita, sulfeto de ferro). O enxofre pode
ser encontrado na natureza em quatro estados de oxidação que se transformam entre si (sulfeto,
enxofre elementar, sulfito, sulfato):

S2-  S0  SO32-  SO42-

A concentração de sulfato nas águas é determinada por meio de precipitação com cloreto de
bário, conforme:

BaCl2  Ba2+ + 2Cl-


(meio ácido  HCl)
Ba2+ + SO42-  BaSO4
19

Os cristais de sulfato de bário formados são uniformizados e mantidos em suspensão mediante a


introdução da solução tampão de sulfato, e a concentração de sulfato é determinada por
turbidimetria ou espectrofotometria (MÍDIAN & CRISTINA, 2010).

Capítulo III

11. Metodologia de pesquisa

Nesse capítulo são abordadas todas as estratégias utilizadas para a realização do presente
trabalho. É apresentada toda a técnica para avaliação da qualidade físico-química e
microbiológica da água dos furos dos Bairros de Muhalaze e de Intaka.

11a) Tipo de Metodologia

O presente trabalho optou por uma metodologia mista (qualitativo e quantitativo). A pesquisa
mista analisa e interpreta, busca reflectir e explorar os dados, que podem apresentar
regularidades para criar um profundo e rico entendimento do contexto pesquisado
(RICHARDDSON, 2008). Para a realização da presente pesquisa recorreu-se à combinação dos
métodos experimental e estatísticos baseados numa abordagem quantitativa.

Para o Prodanov & De Freitas, (2013:37) citado por BOANE (2017), ―o método experimental é
um conjunto de procedimentos explicativos que consiste em submeter os objectos de estudo à
influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para
observar os resultados que a variável produz no objecto em estudo‖.

Portanto em cada fase da pesquisa utilizou-se as seguintes técnicas de colecta de dados:

Na abordagem quantitativa: Experiências de análise de parâmetros físico-químicos e


microbiológicos da água, bem como a quantificação dos seus resultados obtidos.

Na abordagem qualitativa: utilizou-se a técnica de observação directa, filmagens para registar


todos os aspectos inerentes de recolha da amostras e de várias análises efectuadas. Observava-se
os parâmetros físico-químicos tais como o pH, DBO, Alcalinidade, Coliformes fecais, totais,
nitritos, nitratos, matéria orgânica, turbidez.
20

O método experimental tem a vantagem de possibilitar a análise mais clara e sistematizada sobre
a influência e interacção das variáveis estudadas numa determinada hipótese permitindo formular
leis gerais sobre um dado fenómeno. Apesar de este método apresentar a desvantagem de ignorar
os aspectos éticos e apenas depender das condições nas quais a variável é estudada, assim como
das condições do laboratório e equipamentos, da concentração do investigador, para além de
ignorar aspectos sociais e comportamentais dos intervenientes e do ambiente, num todo em
estudo, tal como fundamentam, Barbosa & Sousa, (S/d:1) apud BOANE (2017), foi possível
realizar o estudo e determinar todas as variáveis definidas recorrendo às técnicas e
procedimentos neste método BOANE (2017).

11b) Desenho experimental

Desenho Colheita das amostras das águas nos bairros de Muhalaze e Intaka
experimental:

Prepração das amostras

FASE I:Análise dos parâmetros físico-químicos

FASE II: Análise dos parâmetros microbiológicos

Comparação do nível de contaminação para água proveniente dos


dois bairros.

11c) Fases da Pesquisa

A pesquisa decorreu em duas principais fases:

1ª Fase-exploratória: foi a fase de visita de vários furos para escolher os furos, onde foram
tiradas as amostras da água, tomando em consideração os seguintes parâmetros: a localização
geográfica; o número de furo existentes, número de habitantes na comunidade. Nesta fase
21

também foi feita a revisão bibliográfica para confrontar os objectivos com as experiencias de
outros países que tenham experiencia na área em estudo, foi partir da mesma revisão
bibliográfica que se escolheu o tipo de parâmetros analisados no presente trabalho.

2ª Fase-Execução: Esta fase correspondeu a avaliação dos parâmetros de qualidade da água


colhida nos vários furos em estudo. Onde determinou-se os parâmetros: o pH, DBO,
Alcalinidade, Coliformes fecais, totais, nitritos, nitratos, matéria orgânica, turbidez.

11d) Recolha das amostras da água

Para recolha de amostras usaram-se regras estabelecidos pela Norma Moçambicana de 1996 para
o tratamento de Água. Onde foram colhidas amostras provenientes de todos os furos existentes
nos bairros em estudo, totalizando 3 amostras, sendo 2 amostras do Bairro de Muhalaze e 1
amostra do Bairro de Intaka.

11e) Parte experimental

1. FASE I: Parâmetros físicos e organolépticos analisados

Esta fase tinha como objectivo a determinação dos parâmetros fisico-quimicos , recomendandos
pela MISAU para o controlo da qualidade da água dos furos. Nesta fase foram determinados
como parâmetros fisico-quimicos: Cheiro, pH, Cor, Conductividade, Turvação, Depósitos,
Clorectos, Sulfatos, Nitratos, Nitritos, Matéria Orgânica, Dureza.

2. Cheiro

Tinha como objectivo realizar um teste sensorial, baseado em sentir o cheiro da água, sendo que
esta deve estar isenta de cheiro (APWA, 1992). Neste sentido, colocou-se 10ml quantidade da
amostra em um copo de Becker, com o nariz sentiu-se e identificou-se o cheiro da água (MISAU,
2006).

3. pH- (Método Potenciométrico)

Este teste teve como objectivo identificar o estado do pH da água, no sentido de identificar o
grau de acidez, alcalinidade ou neutralidade da mesma (APWA, 1992). Este teste foi realizado
22

pelo método potenciométrico, onde colocou-se 10 ml da amostra num copo de Becker. Para
medir o pH antes calibrou-se o pHmetro com uma solução de água destilada e de seguida mediu-
se o pH da amostra. O procediemnto foi repetido três vezes em cada amostra analisada.
Esperava-se que o pH estivesse na escala de 6,5-8,5.

Figura 1: pHmetro : 1-determinação do pH da água.

4. Condutividade- (Método de Conductimetria)

A condutividade elétrica é medida foi medida pelo método condutimetro, como forma de
verificar o nível de condução da corrente elétrica da água. Este serve para medir a concentração
iónica, onde cada espécie presente na água, contribui para a condução da corrente elétrica.
Portanto, mediu-se a condutividade colocando-se a amostra num copo de Becker e de seguida
lavou-se o elétrodo com água destilada e mediu-se a condutividade. Esperava-se que esta tivesse
num intervalo de 50 – 2000.

5. Cor- (Método visual)

A cor da água também considera-se um parâmetro muito importante, na medida em que este éum
indicativo da presença de metais, húmus e até mesmo de microorganismos. Nesta foi feita
primeiro no momento da colecta, a partir do método óptico visual, depois determinada no
laborat rio. colocou-se num copo de Becker 10 ml da amostra e observou-se a presença ou
ausencia da cor da água (amostra).

6. Turvação- (Método turbinímetro)


23

A turvação constitui uma propriedade da água que consiste na redução da sua transparência
devido a presença de materiais em suspenção, que interferem como a passagem de luz através da
passagem da luz. Colocou-se a amostra num copo de Becker e com ajuda de um turbinímetro
mediu-se a turvação, esperaando-se que a mesma estivesse em torno de 15 como limite máximo.
Repetiu-se o procedimento em três veses.

7. Depósitos-Método visual

Os depósitos foram medidos pelo método visual, tinham como objectivo a verificação de sólidos
que se depositam ou precipitam na água depois de algum tempo. Mostram mais ou menos o teor
de sais insoluveis, neste sentido, colocou-se em um copo de Becker cerca de 10ml da amostra e
deixou-se repousar durante 10minutos, para a verificar se os sólidos decantavam ou não.

8. Cloretos- (Método de Morh titulação)

O conhecimento do teor de cloretos na água teve por finalidade obter informações sobre o seu
grau de mineralização ou índice de poluição por esgotos domésticos e resíduos industriais. Estes
foram determinados pelo Método de Morh em titulação. Mediu-se 100ml da amostra num Becker
de 500ml, adicionou-se 2ml do indicador KMnO4, através da bureta adicionou-se o titulante até a
alteração da cor de amarelo para vermelho tijolo, anotou-se o resultado do volume gasto na
titulação, os resultados são expressos pera relação da seguinte fórmula:

Onde:

1. Cl- é o ião cloreto;


2. Y é o volume gasto de nitrato na titulação;
3. 35,45 é uma constante.
24

Figura 2: Determinação de cloretos na na água(


4. Dureza- (Método titulação com EDTA)

A dureza da água indica o elevado teor em sais de cálcio e magnésio que possuem várias
características negativas entre os quais de deixar a partículas depositadas de calcário nas
canalizações. Nesse sentido, mediu-se 50ml num erlenmeyer de 250ml, adicionou-se 1ml do
tampão de amoníaco que serve como estabilizante, de seguida adicionou-se duas gotas do
Indicador Negro de Ericromet, agitou-se e titulou-se até a mudança de cor de castanho para
verde. Fez-se a leitura do volume gasto e calculou-se o resultado através da fórmula:

Onde: X é o valor da dureza; Y é o valor gasto da solução titulante de EDTA; 20 é uma


constante.
25

Figura 3: Determinação da Dureza

5. Matéria Orgânica- (Método de Kübel)

Xa) Preparação do material

Mediu-se 100 ml de água destilada, adicionou-se 5 ml de H2SO4 de seguida através da bureta 10


ml de KMnO4, levou-se à placa de aquecimento deixou-se ferver durante 10minutos tirou-se o
erlenmeyer da placa adicionou-se 10ml do acido oxálico (descorou) titulou-se com a solução de
KMnO4 até aparecer uma cor rosa persistente descartou-se a solução e usou-se o mesmo
erlenmeyer para determinação da matéria orgânica. A preparação do material serve para quebrar
toda matéria orgânica presente no erlenmeyer.

Xb) Determinação da matéria orgânica na amostra

Mede-se 100ml da amostra em um Erlenmeyer, adiciona-se 10ml da solução H2SO4 de seguida


através da bureta adiciona-se 10ml da solução de permanganato de potássio leva-se a placa de
aquecimento deixa-se ferver durante 10 minutos de seguida através da bureta adicionou-se 10ml
da solução ácido oxálico, depois titulou-se com a solução de permanganato de potássio até
aparecer uma cor rosa persistente. Anotou-se o ressoldado do volume gasto na titulação. De
acordo com a fórmula abaixo identifica-se a quantidade de matéria orgânica:

Fórmula: ( ) . Onde: M.org- é a matéria orgânica; V- é o


volume gasto de KMnO4 na titulação
26

Figura 4: Determinação da matéria orgânica

6. Nitritos- (Método colorimétrico- espectrometria de absorção molecular)

Para determinação dos nitritos foram usados a solução de ácido sulfanilíco e a solução do α-
naftilamina.

Mediu-se 50ml da amostra em um balão aferido de 50ml, adicionou-se 1ml da solução do ácido
sulfanilico e 1ml da solução do α-naftilamina, agitou-se e deixou-se de repousar por 15 minutos.
O aparecimento da cor rósea indica que a amostra conte nitritos. Quanto maior for a intensidade
da cor maior é a concentração dos nitritos na amostra. De seguida leva-se a amostra corada ao
espectrofotómetro para medir a absorbancia a 520nm. O resultado é obtido a partir da fórmula:

Onde:

1. NO2- é o ião nitrito;


2. Abs é a absorbancia medida no espectrofotómetro;
3. 0.0004 é 0,89 são valores constantes
Se a amostra continuar incolor considera-se que a quantidade dos nitritos na amostra é inferior a
0,03.

Figura 5: Determinação da curva de calibração de nitritos

4. Amónia- (Método colorimétrico- espectroscopia de absorção molecular)


27

Para determinar o amoníaco usou-se o reagente de Nessler e o indicador EDTA. Mediu-se 50ml
da amostra em um balão aferido de 50ml, adicionou-se duas gotas do indicador EDTA e de
seguida adicionou-se 2ml do reagente de Nessler, agitou-se e deixou-se de repouso durante
15minutos. O aparecimento da cor castanha indica a presença do amónio. Quanto maior for a
intensidade da cor maior é a concentração do amónio na amostra.

Leva-se a amostra ao espectrofotómetro mede-se a absorbancia a 420nm. E determina-se o


resultado segundo a fórmula:

Onde:

1. NH4+ é o ião amónia;


2. Abs é a absorbancia medida no espectrofotómetro;
3. 0.0091 é 0.4549 respectivamente são constantes.

4. Nitratos- (Método directo espectroscopia de absorção molecular)

Colocou-se a amostra na cubeta, levou-se ao espectrofotómetro com comprimento de onda


220nm, mediu-se a absorbância e determinou-se o resultado segundo a fórmula:

Onde:

1. NH3- é o ião nitrato;


2. Abs é a absorbância medida no espectrofotómetro;
3. 0.0071 é 0.007 respectivamente são constantes.
Se ao medir-se no espectrofotómetro a absorbância e o resultado for 0 considera-se que a
quantidade de nitratos presente na amostra é menor que 0,5.

4. Sulfatos- (Método turbidimetria)


28

Mediu-se 100 ml da amostra em um erlenmeyer, de seguida adicionou-se 20ml da solução


tampão de sulfato agitou-se, de seguida adicionou-se uma pequena quantidade de sulfato de bário
de hidratado (uma ponta de espátula), agita-se por 1minuto deixa-se repousar por 5minutos. De
seguida faz-se a leitura no espectrofotómetro a um comprimento de onda de 610nm segundo a
fórmula a baixo determinou-se a quantidade de sulfatos presente na amostra:

Onde:

1. SO4- é o ião sulfato;


2. Abs é a absorbância medida no espectrofotómetro;
3. 0,0503 é 0,0152 respectivamente são constantes.
Se a quantidade de sulfatos na amostra for menor diz-se que a quantidade de sulfatos na amostra
é <1.

Figura 6 : Determinação de Sulfatos na água dos furos

12. FASE II: Parâmetros microbiológicos

Esta fase tinha como objectivo a determinação dos parâmetros microbiológicos , recomendandos
pela MISAU para o controlo da qualidade da água dos furos. Nesta fase foram determinados
29

como parâmetros microbiológicos: Coliformes fecais, que correspondem a um grupo de


microorganismo de origem fecal.

1. Determinação de Coliformes fecais

Enumerou – se igual numero de tubos de ensaios com caldo de lactose com bílis e verde
brilhante e coloca-se num suporte, de seguida preparou – se todos os tubos positivos com
coliformes totais e coloca-se ao lado dos tubos contendo caldo de lactose com bílis e verde
brilhante. Com uma ansa esterilizada e arrefecida inocula-se uma colónia de coliformes totais
para os tubos de ensaios contendo o caldo de lactose com bílis e verde brilhante, repetiu- se o
mesmo procedimento para todos os tubos de ensaios. De seguida levou- se todos os tubos de
ensaios para o incubador durante 24 horas a 44°C. Após os resultados obtidos estimou – se a
concentração de Coliformes fecais encontrados na água, em N.M.P por cada 100ml de amostra,
confirmando assim a prova presunção.

Capítulo IV

13. Apresentação e análise dos resultados

Neste capítulo são apresentados e discutidos os resultados das experiências realizadas para a
análise da qualidade físico-química da água dos furos em estudo.

Os resultados experimentais do estudo estão organizados em duas (02) partes. A primeira parte
corresponde aos resultados da determinação dos parâmetros fisico-quimicos: Cheiro, pH, Cor,
Conductividade, Turvação, Depósitos, Clorectos, Sulfatos, Nitratos, Nitritos, Matéria Orgânica,
Dureza. A 2ª parte refere-se aos resultados dos parâmetros microbiológicos, os Coliformes
fecais.

14. Resultados dos parâmetros físico-químicos

Em relação aos os parâmetros físicos organolépticos , os resultados podem ser verificados na


tabela a seguir:

Tabela 1: Resultados dos parâmetros físicos e organolépticos


30

Parâmetro L.M.A Muhalaze-1 Muhalaze-2 Intaka Unidades

Cor Incolor Incolor Incolor Incolor -

Cheiro Inodoro Inodoro Inodoro Inodoro -

Depósitos Ausente Ausente Ausente Ausente -

Turvação 15 <5 NTU <5 NTU <5 NTU NTU

Condutividade 50-2000 782 780 256 µs/cm

pH 6.5-8.5 6.56 6.53 6.75 -

Os dados acima demostram que quanto aos parâmetros cor, cheiro e depósitos, estes também
estão dentro do recomendável, fazendo desta água, potável para o consumo das populações
donde se retirou as amostras. Pois de acordo com APWA (1992) e pelo MISAU (2006) a água
deve estar isenta de cheiro, cor, depósitos.

O pH da água determinado nas amostras variou de 6, 53; 6, 56 e 6, 75 em comparação com os


valores recomendados pelo Minestério da Saúde, pois o pH da água dos furos deve variar em
torno de 6.5-8.5. O valor do pH deve variar de 0 a 14. Abaixo de 7 a água é considerada ácida e
acima de 7, alcalina. Água com pH 7 é neutra. O Ministério da Saúde recomenda que o pH da
água seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5 no sistema de distribuição e nos furos.

O termo pH representa a concentração de iões de hidrogênio em uma solução. Na água, esse


fator é de excepcional importância, principalmente nos processos de tratamento. Na rotina dos
laboratórios das estações de tratamento ele é medido e ajustado sempre que necessário para
melhorar o processo de coagulação/floculação da água e também o controle da desinfeção.
31

Das amostras realizadas todas apresentaram o pH dentro do intervalo recomendado, ou seja


aproximadamente a 7.

O valor da turbidez foi em torno de <5 NTU , para os tres tipos de amostras analisadas. De
acordo com o MISAU (2006) a turbidez deve estar num nível máximo de 15. A turbidez da água
é devido à presença de materiais sólidos em suspensão, que reduzem a sua transparência. Pode
ser provocada também pela presença de algas, plâncton, matéria orgânica e muitas outras
substâncias como o zinco, ferro, manganês e areia, resultantes do processo natural de erosão ou
de despejos domésticos e industriais (MISAU, 2006).

Portanto da água dos bairros analisada apresentou um grau de turbidez recomendado.

A turbidez tem sua importância no processo de Tratamento da água. Água com turbidez elevada,
e dependendo de sua natureza, forma flocos pesados que decantam mais rapidamente do que
água com baixa turbidez (APWA, 1992). Entretanto nas amostras que foram analisadas,
verificou-se que o seu nível de turbidez está dentro do recomendado, pelo que água apresenta
uma turvação aceitável.

Os valores da condutividade encontrados variaram em torno de 782, 780 e 256. Significa que o
teor de sais ionicos dissolvidos, que contribuem na condução da corrente eléctrica. A
condutividade das amostras também mostrou-se dentro do recomendado pelo Ministério da
Saúde. Segundo BOESCH (2002) e Esteves (2011), a condutividade elétrica é um parâmetro que
pode mostrar modificações na composição dos corpos da água, mas não especifica quantidades e
componentes. É um parâmetro importante para controlar e determinar o estado e a qualidade de
água (Piñeiro Di Blasi et al., 2013).

Os depósitos, foram ausentes nas amostras analisadas. O que mostra que o teor de sólidos e de
precipitados não solúveis é menor.

Os sólidos totais dissolvidos (STD) ou depósitos totais estão relacionados diretamente com a
condutividade elétrica (Araújo e Oliveira, 2013) e é usada em laboratório de rotina como medida
da salinidade da água e/ ou dos efeitos causados por alguma atividade antrópica que afete um
corpo da água (Van Niekerk et al., 2014).
32

Os Solidos Totais Dissolvidos, podem ser relacionados com a condutividade elétrica e quando
não podem ser medidos.
14.1. Resultados e análise dos parâmetros químicos

Do ponto de vista dos parâmetros químicos a água dos três furos em análise apresenta-se dentro
dos parâmetros preconizados pela OMS, sendo que nestas condições a água é própria para o
consumo, tais como podem ser observados na tabela a seguir:

Tabela 3: Resultados dos parâmetros químicos

Parâmetro L.M.A Muhalaze-1 Muhalaze-2 Intaka

Nitratos 50 mg/L <0,5mg/L <0,5mg/L 21.15mg/L

Nitritos 3.0mg/L <0,03mg/L <0.03mg/L <0.03mg/L

Cloretos 250mg/L 74.45mg/L 74.35mg/L 56.71mg/L

Amoníaco 1.5mg/L <0.04mg/L <0.04mg/L <0.04mg/L

Dureza 500mg/L 80mg/L 86mg/L 70mg/L

Sulfatos 250 mg/L 10,9 mg/L 1 mg/L 3,5 mg/L

Matéria orgânica 2.5mg/L 2,8 mg/L 1,6 mg/L 1,7 mg/L

O teor de nitratos nas amostras anlisadas foi menor que 0,5 nas amostras proveniente do Bairro
de Muhalaze e 21, 15mg/L nas amostras provenientes do Bairro de Intaka. Esses valores apesar
de variarem bruscamente, estão dentro do recomendado no Ministério da Saúde.

Os nitratos representam o último estágio da oxidação do nitrogénio de origem biológica. A sua


presença na água com elevados valores de nitritos e amónio indica uma contaminação orgânica
prolongada, enquanto a sua presença em grande quantidade na água sem os nitritos e amónia
indica uma contaminação antiga (MISAU, 2006).
33

O teor de cloretos determinado nas amostras em estudo foi de 74.45mg/L 74; 35mg/L
;56.71mg/L nas amostras de amuhalaze e Intaka respectivamente. Concentrações altas de
cloretos podem restringir o uso da água em razão do sabor que eles conferem e pelo efeito
laxativo que eles podem provocar.

A OMS estabelece o teor de 250 mg/L como o valor máximo permitido para água potável. Os
métodos convencionais de tratamento de água não removem cloretos. A sua remoção pode ser
feita por dessalização (osmose reversa) ou eletrodiálise (troca iônica).

A presença dos cloretos em águas dos furos e tratadas em concentrações que podem variar de
pequenos traços até centenas de mg/L. Estão presentes na forma de cloretos de sódio, cálcio e
magnésio. A água do mar possui concentração elevada de cloretos que está em torno de 26.000
mg/L. Para as três amostras em análise no presente estudo, verificou-se que todas estão abaixo de
250mg/L.

A dureza total é calculada como sendo a soma das concentrações de iões de cálcio e magnésio na
água, expressos como carbonato de cálcio. A dureza de uma água pode ser temporária ou
permanente.
Os valores de 80mg/L; 86mg/L e de 70mg/L foram encontrados nas amostras de muhalaze e
Intaka respectivamente. Estes valores indicam que esta agua apresenta baixos teores de iões de
cálcio e magnésio.

A dureza temporária, também chamada de dureza de carbonatos, é causada pela presença de


bicarbonatos de cálcio e magnésio. Esse tipo de dureza resiste à ação dos sabões e provoca
incrustações. A Resolução da OMS nº 2.914/2011 estabelece para dureza total o teor de 500
mg/L em termos de CaCO3 como o valor máximo permitido para água potável.

A dureza determinada nas três amostras, foi abaixo de 500mg/L, sendo no entanto que esta água
olhando para este parâmetro é própria para o consumo.

A presença de nitratos na água com elevados valores de nitritos e amónio indica uma
contaminação orgânica prolongada, enquanto a sua presença em grande quantidade na água sem
os nitritos e amónia indica uma contaminação antiga. Nas amostras analisadas não houve valores
34

acima dos recomendados pelo MISAU, pelo que a água dos furos de Muhalaze e Intaka estão
dentro do recomendável.

A seguir a curva de calibração dos iões nitrito:

Gráfico 1: Curva de
Calibração dos iões nitrito

14.2. Resultados e análise dos parâmetros microbiológicos

Os resultados dos parâmetros microbiológicos referentes a analise dos coliformes fecais são
apresentados na tabela a seguir:

Tabela 4: Resultados dos parâmetros microbiológicos

Parâmetro Limite máximo Muhalaze-1 Muhalaze-2 Intaka


admissível
35

Coliformes fecais Ausente NMP*/100ml 15/100ml >100/100ml <1/100ml

0-10/100ml

O objectivo as análises microbiológico da água era de fornecer subsídio a respeito da sua


potabilidade, isto é, ausência de risco de ingestão de micro-organismos causadores de doenças,
geralmente provenientes da contaminação pelas fezes humanas e outros animais de sangue
quente.

Vale ressaltar que os micro-organismos presentes nas águas naturais são, em sua maioria,
inofensivos à saúde humana. Porém, na contaminação por esgoto sanitário estão presentes
micros- -organismos que poderão ser prejudiciais à saúde humana (MISAU, 2006).

Os parâmetros obrigatórios recomendados pelo Ministério da Saúde e pela OMS (2012), para as
águas dos furos, são os coliformes fecais (subgrupo das bactérias do grupo coliforme que
fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2oC em 24 horas; tendo como principal representante a
Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal).

A água do furo do Bairro de Muhalaze (Muhalaze-2) apresentou um número acima de 100 de


colónias de bactérias de coliformes fecais, fazendo com que esta seja imprópria para o consumo,
olhando para as recomendações do Ministério da Saúde.

A água do furo do Bairro de Muhalaze (Muhalaze-1) também apresentou níveis de poluição com
coliformes fecais pois com o resultado acima de 15, olhando para os parâmetros da OMS, a água
de Muhalaze está contaminada.

APHA (2011) reitera que a presença de Coliformes fecais na água está relacionada com os vários
índices de interferências do sistema de esgoto nas comunidades, onde as pessoas vivem, sendo
que este constitui o principal parâmetro microbiológico para classificar a qualidade da água.
36

Capítulo V

15. Conclusões

Depois de realizar o estudo sobre a avaliação da qualidade da água dos furos do Bairro de
Muhalaze e Intaka pode concluir-se o seguinte:
1. Os parâmetros microbiológicos da água dos furos de Muhalaze estão fora dos parâmetros
recomendados pelo Ministério da Saúde. Ou Seja a água dos furos de Muhalaze encontra-
se poluída microbiologicamente.

2. Quanto aos parâmetros químicos a água dos furos de bairro de Muhalaze está dentro dos
padrões recomendados;
37

3. Em relação aos parâmetros físicos, que são o cheiro, a cor, os depósitos, a turvação, pH,
condutividade estão dentro do intervalo recomendado pelo Ministério da Saúde.

4. Os parâmetros microbiológicos da água dos furos de Intaka estão dentro dos intervalos
recomendados pelo Ministério da Saúde. Ou Seja a água dos furos de Muhalaze não se
encontra poluída microbiologicamente.

5. Quanto aos parâmetros químicos a água dos furos de Bairro de Intaka está dentro dos
padrões recomendados;

6. Em relação aos parâmetros físicos, que são o cheiro, a cor, os depósitos, a turvação, pH,
condutividade estão dentro do intervalo recomendado pelo Ministério da Saúde.

7. Comparativamente o nível de contaminação da água dos furos dos Bairros de Muhalaze e


Intaka, pode-se concluir que a água dos furos do bairro de Intaka é a de melhor qualidade
pois não apresenta nenhum poluente acima do recomendado.

16. Recomendações

1. Que faça uma análise periódica das águas dos furos dos dois Bairros, pois a poluição da
água dos furos, pode variar consoante as condições climáticas, e também de acordo com
o número de habitantes de uma determinada comunidade;

2. Que se ferva água dos furos do Bairro de Muhalaze antes de se consumir pois o tipo de
poluição que apresenta microbiologicamente pode ser eliminado com este método;

3. Que se faça o uso do Javel, Hipoclorito de sódio ou certeza para eliminar os


microorganismos presentes na água dos furos do Bairro de Muhalaze;

4. Recomenda-se a limpeza periódica dos tanques de depósito de água para os dois Bairros;

5. Em relação ao enquadramento deste tema no Programa de Ensino de Química, que se


aproveite este tema, para abordagem da poluição das águas na 8ª Classe, na 4ª Unidade
temática.
38

6. Para os furos de água do bairro de Intaka , também recomenda-se que a água deve ser
fervida pois também não é feito um tratamento periódico e uma limpeza dos tanques
também de forma periódica.

17. BIBLIOGRÁFIA

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Aníbal Armindo Nhalungo

Avaliação da Qualidade Físico-química e Microbiológica da Água dos Furos dos Bairros de


Muhalaze e Intaka

Licenciatura em Ensino de Química

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA

Maputo

2018
Aníbal Armindo Nhalungo

Avaliação da Qualidade Físico-química e Microbiológica da água dos Furos dos Bairros de


Muhalaze e Intaka

Monografia apresentada ao Departamento de


Química na Faculdade de Ciências Naturais
e Matemática, Delegação de Maputo como
requisito parcial para Obtenção do grau de
Licenciatura, sob orientação:

Supervisor:

MSc. Alberto Arnaldo Boane

Licenciatura em Ensino de Química

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA

MAPUTO

2018

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