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INTRODUÇÃO

 Um estudo juridico-constitudiconal comparado entre Brasil e Portugal se


valendo ainda da Ciência Politica para a construção do presente estudo.
 Apresentação vai partir de uma breve contextualização para que se
entenda a escolha pelo sistema de governo, bem como a atualidade.
 Seguiremos para uma breve conceituação do qual entendimento do que
é o sistema de governo a fim se entender a construção constitucional do
sistema de governo no Brasil e em Portugal - engenharia constitucional
do relacionamento institucional entre os vários órgãos políticos de
soberania;
 Passaremos então a estrutura jurídica-constitucional do sistema de
governo no Brasil e em Portugal e a prática de funcionamento em que
poderemos analisar os seguintes pontos:
o atribuições constitucionais de competência e a pratica política;
o gênese do sistema de governo português e pratica de
funcionamento;
o interdependência por coordenação entre os órgãos de soberania;

NÚCLEO DO GOVERNO
 Portugal  aqui temos que partir do fato que a constituição
estabeleceu o relacionamento institucional entre os órgãos
de soberania política fosse equilibrado, sendo que em
Portugal o pendor dependerá da prática política e como está
desenhado o Governo/Assembleia/Presidente;
 Aqui cabe uma menção a Jorge Miranda que entende
que o fato da entrada do país na União Europeia é
um dos fatores que influenciam tendo em vista que
quem acompanha é o Primeiro-ministro, nesse ponto
temos o fato que o presidente da França acompanha
o Primeiro-Ministro das Reuniões;

 Brasil  a Constituição de 1988, nos termos da pratica


politica da Ditadura Militar – deu amplos poderes ao Poder
Executivo – ou seja, alargou os poderes do Presidente –
esse que é Chefe do Governo e Chefe de Estado – quanto
a matéria legislativa. O que em regra lhe confere uma
posição de destaque, mas que ainda sim é um “refém” do
Legislativo quando existe um conflito entre seus interesses
e dos Parlamentares  nesse sentido aqui cabe ilustrar que
tanto com Collor e Dilma existia um conflito com a base
parlamentar e que agravada pelo alto descontentamento da
população (lhe retirando/diminuindo a legitimidade
democrática) permitiu a condução do processo de
Impeachment, este que no Brasil tem-se entendido como
forma de responsabilização politica do Presidente;
 Ou seja, ao passo que a constituição do lhe confere
uma “preponderância” a necessidade do Legislativo
para ter aprovado seu Programa de Governo não faz
com que este dite as cartas a todo momento;

INSTRUMENTO DE RESOLUCAO DE CONFLITO


 BRASIL  Ausência de um mecanismo de solução em caso de entrave
entre Presidente/Governo e Legislativo – pois a sistematização do
sistema Presidencial é que seja conferido um mandato fixo do Presidente
da República a fim de lhe conferir estabilidade + a impossibilidade do
presidente destituir o parlamento – nesse caso quando esses dois órgãos
de soberania não se entendem no Brasil não existe um mecanismo que
possa tirar o entrave da governabilidade
o Ante a esta afirmação destaca-se o papel que o STF vem
assumindo nos últimos anos – sendo falado por ?ESTUDIOSOS?
– que o STF se encontra politizando, sendo falado ainda por alguns
Ministros que o STF é o Poder Moderador;

 PORTUGAL  temos um equilíbrio institucional entre os de soberania


politica na Constituição, mas como diz JORGE NOVAIS, o presidente é a
CHAVE DO SISTEMA DE GOVERNO pois em tempos e instabilidade a
ele cabe, nos termos da Constituição, fazer leitura dos seus poderes e
verificar se cabe se valer do poder de dissolução ou mesmo de demissão
do governo – ou seja, a própria constituição lhe conferiu o poder de
garantidor do regular funcionamento da constituição.

FORMAÇAO DO GOVERNO
 Em Portugal se fala que as eleições Parlamentares visam a escolha pelo
Primeiro-Ministro, isto é, que a composição parlamentar que vai
determinar quem será o Primeiro-Ministro já que a prática política foi
assim estabelecida – Primeiro-Ministro nomeado pelo Presidente da
República foi em regra o líder ou secretário do partido maioritário/ou
coligação;
o Em caso de não haver uma maioria existe um problema de
governabilidade já que como se observou nos últimos anos os
Governos minoritários permanecem no período de legislatura, mas
não conseguem efetuar seu programa;
 De forma semelhante podemos entender que é o que ocorre no Brasil já
que a Constituição conferiu ao Presidente da República o plivre arbítrio
na composição do Governo – sendo que essa composição é em regra
acompanhada pela base de apoio no Parlamento– ou seja, os altos
escalões do governo são distribuídos a peso da bancada de apoio ao
governo.
o No Brasil tivemos o Exemplo da Dilma e Temer, em que este se
sentia desprestigiado pelo fato dela não dar o prestigio em
comunhão com o peso que o partido dele – PMDB tinha no
congresso
MATRIZ PORTUGUESA DE SISTEMA DE GOVERNO
Ao falar em sistema de governo de Portugal associasse quase
frequentemente ao denominado semipresidencialismo, nome cunhado por
cunhado inicialmente por Duverger – na forma de classificar os países como
França/ Portugal/ Áustria – como países que tinham determinadas
características que os impediam de serem classificados como parlamentarista
ou presidencialismo, nomenclatura que sofre severas criticas doutrinárias, dentre
os quais o PROF. PAULO OTERO que fala da ausência de autonomia, e que
sem haver algum consenso quanto ao nome trataremos por “matriz portuguesa”.

Sem nos adentramos as discussões terminológicas o sistema de governo


em Portugal foi construído ao longo desses mais de 40 anos de prática política,
motivo este o qual trataremos como matriz portuguesa de sistema de governo.
Como mencionado o ponto de partido é a Constituição de 1976, momento
em que foi desenhado seus traços inicias, mas que foi com uma forte herança
histórica que os constituintes tentaram afastar os problemas do parlamentarismo
da I República + a carga autoritária do presidencialismo do Estado Novo que foi
desenhado o sistema de governo com os seguintes elementos estruturantes:
 Presidente eleito por sufrágio universal com poderes significativos;
 Dupla responsabilidade do Governo - politicamente responsável
perante ao Presidente + Assembleia da República;
 Poder de dissolução da Assemble da República pelo Presidente;

Observou-se nos primeiros anos de Governo um forte pendor


Presidencialista tendo em vista a forte atuação de Enes que se utilizada dos
poderes que constitucionalmente lhe foram conferidos, atuação esta que levou
a severas criticas aos poderes presidenciais.
Nesse sentido, a Revisão de 1982 teve como uma das principais pautas
a alterações concernentes ao sistema de governo, com destaque ao objetivo de
diminuição dos poderes constitucionais.
Com a Revisão ocorreu a exclusão da responsabilidade política do
Governo perante ao Presidente, deixando de ser possível a sua demissão por
motivos de divergência politica, passando ser possível somente para “assegurar
o regular funcionamento das instituições”;
Destaca-se aqui que quanto ao poder de dissolução do Assembleia, esse
passou a ser materialmente incondicionado, isso é, suas únicas limitantes
passaram a ser circunstancias (estado de sitio e emergia) + temporais (não pode
ser realizada 6 meses antes do fim do seu mandato nem 6 meses depois das
eleições parlamentares);
Aqui cabe mencionar que também não há consenso quando aumento ou
diminuição de poderes do presidente, sendo considerado pelo Prof. Jorge
Miranda um aumento do poderes do presidente, já que apesar de ter sido retirada
possibilidade de demissão do Governo considera algo que trás de fato alterações
já que mesmo que pudesse demitir livremente o Parlamente poderia por em
causa o mesmo governo
No que tange a dissolução ele considera que houve um aumento já que
agora passou a ser um poder de livre exercício do presidente, sendo que pode
se valer desse poder sobre qualquer justificativa, cabendo tão somente a ele a
decisão final da dissolução. Ou seja, pode dissolver contra a vontade do Governo
ou mesmo quanto a maioria, o que já foi feito.
Isto é, apesar de não haver um consenso quando o aumento ou
diminuição dos poderes presidências do presidente é possível verificar que
pretendeu-se aumentar a componente parlamentar a possibilitar tão somente a
ela a possibilidade de demissão do Governo, motivo pelo qual o Prof. Paulo
Otero fala da racionalização do sistema de governo???
Posteriormente a Revisão de 82 verificou-se que o Presidente passou a
assumir a sua postura de suprapartidário, fiscal e garante da constituição,
passando a atuar de acordo com as necessidades conjunturais, sendo ainda
cabível mencionar que existe a componente da personalidade do Presidente,
tanto é que atualmente Marcelo Rebelo é um presidente altamente ativo como
também prestigiado pela sociedade portuguesa.
A matriz portuguesa pode ser entendida como um sistema de comporta
um espectro de funcionamento, sendo que dependerá do Presidente (como ele
faz a leitura de seus poderes) + composição parlamentar e Governo, já que
constitucionalmente a estrutura entre os órgãos de poder pode ser entendida
como uniforme e que há um equilíbrio entre os poderes, mas que o pendor
dependerá da ordem conjuntural, mas que em caso de crise institucional existe
mecanismos a solucionar esse entrave – ESTES QUE NÃO EXISTEM NO
BRASIL - como o poder de dissolução do assembleia + demissão do governo –
sendo que o Prof. Jorge Novais, considera o Presidente da República como peça
chave a manutenção do equilíbrio entre os poderes, principalmente pela
constituição te lhe conferido esse papel de “moderador”.
Caso haja um governo minoritário dificilmente conseguirá executar o seu
programa, sendo que habitualmente consegue cumprir sua legislatura, mas não
consegue executar seu programa por resistência da assembleia, motivo esse
que Prof. Jorge Novais fala da necessidade de introdução da moção de censura
construtiva – isto é, de forma simples para o parlamente demitir o governo é
necessário que indique um a sua substituição.
No Brasil se fala que a Constituição do Brasil há uma preponderância do
executivo quanto tendo em vista que lhe foi atribuída competência legislativa –
principalmente no que tange a possibilidade da edição de Medidas Provisórias,
bem como a iniciativa quando as matérias de ordem orçamentariam e tributaria;
Isto é, a Constituição permitiu que houvesse a possibilidade do Presidente
em avançar sobre a função legislativa que originalmente foi atribuída ao Poder
Legislativo permitindo que passasse a comandar a agenda politica.
Nesse sentido LIMONGINI1 afirma que o arranjo constitucional permitiu que
houvesse essa preponderância do executivo sobre a pauta parlamentar quando
determinado que as Medidas Provisórias causassem o sobrestamento das
demais matérias, imputando que o Legislativo analisasse no prazo de 45
dias???.
Conjuntamente a disposição Constitucional os próprios regimentos
internos das Casas Legislativas – Senado e Câmara dos Deputados –
determinam não só que o tramite prioritário das MP’s mas como também o fato
que as mat + e somasse o fato do dispositivo de que cabe ao Presidente da Casa
escolher a pauta do dia e determinar o que vai ser votado, isso que pode ser um
ponto crucial já que não só a dispositivo de que fala

1
LIMONGI, F. e FIGUEIREDO, A. Poder de Agenda e Políticas Substantivas in INÁCIO,
Magna e RENNÓ, Lúcio (Org.). Legislativo Brasileiro em Perspectiva Comparada, Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2009, p. 77-104.
Tal como referimos anteriormente, em Portugal vigora um sistema de governo
semipresidencialista (pese embora as diversas denominações que possam ser
utilizadas),

SINTESE CONCLUSIVA

A investigação tem mostrado que o problema não se encontra propriamente no


sistema de governo, o que não quer dizer que este não tenha debilidades ou
mesmo problemas na sua configuração constitucional, mas que os dois países
conseguiram ao longo dos anos manter um grau de governabilidade, sendo
reiteradamente destacado na doutrina que o problema encontra-se
principalmente no sistema partidário e eleitoral.
Curioso que os dois país possuem uma estrutura jurídica-constitucional
distinta no sistema de governo, mas apresentam em cenário global os mesmos
questionamentos quanto governabilidade, representatividade e ......
APRESENTAÇAO

 A investigação tem por objetivo comparar o sistema de governo em Portugal


e no Brasil, sendo um estudo de natureza interdisciplinar, ao passo ser
desenvolvido principalmente no campo jurídico-constitucional, mas também da
Ciência Jurídica tendo em vista a necessidade de se ter a realidade
constitucional e os fatores que nessa influencia para a devida.

Posto isso a apresentação será desenvolvida por uma breve contextualização


do dos países, passaremos então para o conceito dogmático de sistema de
governo para que possamos passar ao estudo do sistema de governo nos dois
países através da grelha comparativa, a fim de que possamos identificar
afastamentos e aproximações e, que será pautada no:
I. desenvolvimento da matriz de sistema de governo
II. Mecanismo à manutenção da estabilidade institucional????
III. Núcleo do governo

 Quanto ao cenário atual dos dois países – o Brasil atualmente está sendo
considerado um país que se encontra em uma crise na sua qualidade
democrática, sendo destacado que a eleição do Presidente Bolsonaro coloca em
risco a estabilidade de sua democracia, bem como sua manutenção.
Por outro lado, Portugal é um país que tem sua democracia estável desde 75
com as eleições para Assembleia Constituinte, mas que atualmente existe
levantamento de questões quanto a sua qualidade, principalmente no que tange
a representividade, sem prejuízo ao fato de que esse ano será realizado eleições
parlamentares.

 Assim sendo, vamos analisar quais elementos que caracterizam o sistema


presidencial e o sistema de governo de Portugal, que apesar de não haver um
consenso quanto a sua denominação é comumente conhecido como
“semipresencial”

POR ULTIMO CABERÁ a síntese conclusiva quanto a visão dos afastamentos


e das aproximações....
Para a compreensão do surgimento da matriz de funcionamento dos sistemas
cabe inicialmente partir da consagração dos sistemas de governo nas
Constituições nos dois países para que se possa contrapor a realidade pratica
de funcionamento, tendo em vista que não é suficiente a analise do texto
constitucional para se saber o que se passa de fato na realidade institucional do
país, nesse sentido Prof. Paulo Otero fala da constituição formal/escrita e
uma paralela e não oficial, enquanto o Prof. Novais fala da necessidade de
se ter em pauta a percepção da realidade prática no que concerne ao
estudo do sistema de governo
 Brasil
 Portugal

A matriz do sistema de governo nos dois países é proveniente da articulação


entre a organização jurídica-constitucional e a prática política-institucional dos
órgãos de poder politico. É essa articulação que nos permite compreender o
sistema de governo no Brasil e em Portugal

No Brasil, como na américa latina o processo de impeachment é usa de forma


deturpada tendo em vista que se torna um instrumento a interromper o mandato
do Presidente da República em situações de crise politica, quando não há
consenso entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo.
O Brasil é um exemplo já que 2 Presidentes já foram depostos por esse
processo, sendo por alguns considerados que sua utilização é o meio a
manutenção da democracia quanto outros que se torna um instrumento jurídico
ao favor da política.

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