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DIREITO DO TRABALHO
O trabalho era tido como castigo em tempos remotos. Platão disse que hímens
sábios não deviam trabalhar. Hoje é contravenção a vadiagem. Anteriormente
o direito do trabalho não era cuidado pelo Estado, era considerado um direito
privado, havendo a equiparação entre o empregado e o empregador. Havia
cargas horárias absurdas, salários baixos, utilizavam-se da greve. Ha também
o lock out¸ que é a greve do empregador, é totalmente vedado, lei 7783/89
(Lei da Greve). Já o empregado poderá fazer greve, de acordo com a lei.
Viu-se que o Estado estava perdendo em arrecadações com as greves e,
portanto passou a regulamentar as relações empregatícias.
A CLT é um conjunto híbrido de leis, destinado a regular a relação de
emprego. Isso, pois a CLT traz a norma e o processo de sua aplicação. Ela não
regula o empregador.
Princípios:
Princípio da Proteção:
Em caso de dúvidas: PRO-OPERÁRIO:
Ex. Hora extra ◊ Constituição Federal = 50 %; a CLT = 75%, mais benéfica.
Princípio da Irrenunciabilidade:
Nenhum documento que renunciar determinados direitos será válido. Exceção,
súmula 276 do TST ◊ pode o empregado renunciar o restante do aviso prévio,
desde que comprovada a obtenção de novo emprego.
Sucessão de Contratos:
ABC
XX
• Individual
• Risco
• Admite
• Assalaria
• Dirige
A ele se equiparam:
Profissional liberal, ex. Médico, dentista.
Associações Recreativas, ex. Clube.
Instituições de beneficência, ex. ONG, asilo.
RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA
Trabalhador Autônomo:
Não é emprego. Isso pois, não há um dos requisitos: Subordinação. Esse
trabalhador deve ter autonomia.
Trabalhador Eventual:
Não é empregado. Isso pois, não há um dos requisitos: Habitualidade. Cada
profissão pode ter caráter eventual ou habitual, depende.
Trabalhador Avulso:
Não é empregado. Isso pois, também não há a habitualidade. Aqui o tomador
de serviços contrata com o sindicato e este envia um trabalhador. Ex. No
porto, contrata-se 30 trabalhadores para fazer uma descarga.
Estagiário:
Não é empregado. Não há um dos requisitos: Salário. O estagiário recebe a
bolsa-auxílio. Não tem nenhum direito trabalhista, não há vínculo de
emprego. Há 3 direitos:
• A atividade do estagiário deve ser equivalente àquela prestada;
• O estagiário tem direito a um seguro de vida – em torno de R$ 40.000,00
• Deve haver um contrato de estágio, devendo ser homologado pela
instituição de ensino, obrigatoriamente.
Trabalhador Temporário:
Prestador (Agência)
RELAÇÃO DE RELAÇÃO
TRABALHO CIVIL
Temporário Tomador
Aprendiz:
Esse é um empregado, há vínculo empregatício. Antigamente o aprendiz era
de 14 ~ 18 anos. Agora ◊ É vedado o trabalho do menor de 16 anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de 14 anos até os 24 anos. Portanto, aprendiz:
14 a 24 anos.
Regime da CLT:
Embora o Estado tenha os mesmos deveres do empregador, recebe alguns
privilégios, como por ex. prazo em dobro para recorrer.
Estatutários:
Próprio de cada categoria.
Diarista
Se o trabalho for semanal, estabelecerá vínculo empregatício. Sendo
quinzenal não. Haverá um vínculo para um dos locais trabalhados.
Empregado Doméstico:
Ele é um empregado, há todos os requisitos do art. 3º. Não é regido pela CLT
Há a lei 5859/72 que trata sobre os empregados. Pelo texto da lei, dá-se a
entender que o empregado não receberá $. Porém, é contrário, é o
EMPREGADOR doméstico que não pode ter intenção de lucro. Ex. Um dentista,
advogado que tem um empregado doméstico em casa; se o escritório
/consultório, será empregado comum.
O empregado doméstico não precisa efetivamente exercer atividade como
limpar objetos do dentista, agendar horários, não precisa. Basta que trabalhe
no local.
• À pessoa ou à família ◊ É para quem o doméstico presta serviços. Portanto,
não existe doméstico em empresa. Independentemente se a empresa tem ou
não objetivo de lucro, ex. Uma igreja.
• Âmbito residencial ◊ O empregado doméstico deve prestar serviços dentro
da residência. Mas, na verdade, ele deve trabalhar em função do âmbito
residencial uma pessoa pode pegar o carro do patrão para buscar os filhos
deste… ou ir à feira, açougue, apesar de estar for a de casa, ainda é uma
função da residência.
O TST entende que se o doméstico trabalhar uma só vez por semana, mesmo
que em dia certo ele não é empregado. TRÊS vezes por semana é empregado.
Ps: O diarista é a forma de recebimento - como horista, mensalista – portanto,
o diarista pode ser empregado ou trabalhador.
A faxineira é como um empregado doméstico de empresa.
Alterações – Lei 11324/06 – 20/07/06:
• Concessão de férias de 30 dias corridos – Todos os empregados têm essa
quantidade.
• Há a estabilidade de gestante às empregadas domésticas – a licença
gestante toda empregada sempre teve – Significa que ela não pode ser
demitida nesse período.
CONTRATOS
Salário:
É necessário saber a diferença entre o salário e remuneração.
Salário ◊ É a importância fixa destinada ao empregado.
Remuneração ◊ É o conjunto de títulos recebidos por ele.
• Ex. Salário + hora extra = Remuneração; Adicional de hora noturna + salário.
Quase tudo integra a remuneração, portanto, é mais fácil saber o que não
integra a remuneração.
Piso Salarial
No mês da data-base, será firmada a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)
pelos sindicatos das partes – art. 611, CLT, visando entre outros pontos, fixar
o piso salarial. Os empregadores (e empregados) devem se submeter às
decisões das CCT’s.
São decisões transitórias (até 2 anos). A redução do piso salarial pode ocorrer,
frente à ACT.
Remuneração
É o salário base acrescido dos demais vencimentos. Conjunto de Vencimentos
do empregado. Sobre ela incide todas as garantias. FGTS, 13º, Férias,
indenização.
Paradigmas:
• Função idêntica
• Trabalho de igual valor
• Tempo na função – diferença não superior a 2 anos
• Ambos devem trabalhar para o mesmo empregador – Cabe equiparação
entre as empresas do mesmo grupo econômico - Ex. caixa do Extra, Pão de
açúcar, são paradigmas.
• Ambos devem trabalhar na mesma localidade – município, ou regiões cujo
custo de vida é semelhante – ex. grande SP.
Excludentes do Paradigma:
• O quadro de carreira exclui a equiparação salarial, desde que homologado
pelo Ministério do Trabalho através das DRT’s – Visa à promoção por
merecimento.
JUSTA CAUSA
É uma espécie de demissão que decorre de uma falta grave cometida por um
empregado.
Justa causa é forma de demissão, enquanto falta grave é a conduta irregular
do empregado que leva à justa causa. A mensuração da gravidade da falta é
árdua tarefa. Há situações em que uma única falta enseja à demissão por
justa causa, enquanto que, em outra, exige-se um reiteração de falta. Há
situações em que bastaria uma única advertência ou suspensão e não
demissão.
O empregado demitido por justa causa receberá apenas:
• Saldo salarial
• Férias vencidas – se houver.
Princípios
Imediatividade: Ex. Não se pode cometer a falta hoje e ser demitido depois
de uma semana.
Isonomia de tratamento – Se tenho vários envolvidos na falta, todos devem ter
punição idêntica – inverte o ônus da prova, que passa a ser do reclamado.
Art. 818 – Ônus da prova é de quem as fizer – regra.
Falta Grave:
Desídia – Preguiça – Qualquer ato que não seja o da função – Ex. Dorme no
serviço, chega atrasado sem justificativa, vender Avon...
Embriaguez habitual ou em serviço – A embriaguez habitual traz
conseqüências para o ambiente de trabalho – Hoje há o afastamento para
tratamento e não mais justa causa. Embriaguez em serviço ◊ Basta uma única
vez, no horário de serviço ou no âmbito da empresa.
Ato Lesivo da honra ou da boa fama praticado em serviço – ex. Calunia, ato
humilhante, ainda que verdadeiros.
FGTS
5 MESES
Confirmação Fim da
da gravidez Estabilidade
Prazo da Licença do
PARTO
Jornada de Trabalho:
No Brasil a jornada de trabalho é de: 8 HORAS – Seg. a Sex.
2 HORAS – Hora Extra
Portanto:
O empregado deve fazer não mais que 2 horas extras por dia. Ademais, não
podem receber menos que 50% da hora normal. É possível que o empregado
trabalhe mais de duas horas por dia, receberá por elas, porém o empregador
pagará multa – sanção administrativa.
Excluídos deste direito:
• Empregador doméstico
• Gerente, desde que ganhe 1/3 a mais que seus subordinados
• Empregados externos
Mas se forem submetidos à controle de horário, farão jus a este direto.
Art. 59 – HE diárias = 2 HE + 50% de valor adicional mínimo.
Se superar as 2h, não gera qualquer punição ao empregado, mas gera a
punição meramente administrativa ao empregador.
A pessoa trabalha a mais em um dia e compensa em outro dia. Nesse caso, ele
deixa de receber a hora extra. Não cabe hora extra aqui. Esse acordo de
compensação é chamado de banco de horas. Ps: A compensação se dá de
acordo com a vontade do EMPREGADOR. A compensação é 1 por 1. Não
consulta o empregado. Além do que, a compensação deve se dar em até um
ano sob pena de conversão em horas extras.
O acordo de compensação individual – art. 59, §2º, CLT não permite isso,
porém a súmula 85, TST admite o acordo de compensação individual. O
acordo obrigatoriamente deve ser ESCRITO.
Intervalos:
• Intra-jornada ◊ Aquele feito dentro da jornada de trabalho – art. 71, CLT.
o Mais de quatro horas = 15 minutos.
o Mais de seis horas = 1 a duas horas.