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A liberdade de expressão passa por desvios escabrosos no mundo moderno. Enquanto em países como a Venezuela se lacram canais
de televisão, aqui entre nós a disputa de audiência coloca no ar uma libertinagem que agride a família brasileira. A devassidão está
escancarada nas novelas, que são apresentadas em horário nobre e penetram nos lares para espanto de pais, esposas e crianças, em
todo o país. E nelas, o que se vê?
Famílias desconstituídas e a banalidade dos encontros fortuitos, as traições como hábito comum dos casais. A fidelidade morreu. A
mulher se transformou em objeto. Aqui, em cena de café da manhã, a filha sai do quarto com o namorado e se assenta à mesa, na
mais absoluta naturalidade. Ali, na outra cena, amigas planejam outro lance de traição e torpeza.
A rigor, todos os personagens são levianos, ninguém trabalha, e é isso que destoa da realidade brasileira. O Brasil não é isso. Essa não
é a verdade do nosso povo e da nossa civilização. Nisso, a novela presta um desserviço à nacionalidade, até porque, sendo bem feita
como é, a peça vai correr mundo e mostrar uma imagem deformada da mulher brasileira que, na verdade, é uma trabalhadora voraz,
competente, dedicada, que cresce a olhos vistos no campo da produção e, à noite, volta para casa, para conduzir com dignidade o lar,
que é seu esteio e seu templo de repouso.
Não se trata, como pode parecer, de rasurar, na sua essência, a liberdade de expressão. Nada disso. É uma questão de cidadania. É
uma questão de civilização. É uma questão da televisão brasileira.(Editorial Jovem Pan, in
http://jovempan.uol.com.br/noticias/editorialjp/)
1. O Editorial faz parte do grupo de gêneros jornalísticos e costuma apresentar um tema atual a respeito de um assunto que
está em voga. No caso do Editorial acima, o assunto data de janeiro do ano corrente, quando a novela de Manuel Carlos, Viver a vida,
mostrava (segundo um texto) uma realidade “feia” da nossa sociedade. Diante das características típicas dos editoriais, e do conteúdo
no exposto acima, responda:
a) O texto não apresenta (claramente) a característica principal de um Editorial: a presença da 1ª pessoa do plural. Ainda assim,
quem o assina é o editor-chefe da revista, no domínio web específico para a parte Editorial, o que nos leva a considerar que este é o
posicionamento de TODA a rede Jovem Pan – pois é assinado por seu líder. Que posicionamento é este? Qual a visão da Rede Jovem
Pan de Comunicação a respeito da qualidade das novelas no Brasil?
b) Diante do posicionamento tomado pelo Editorial, qual deve ser o posicionamento do resto da rede JP a respeito do assunto,
em seu site, em seu programa de TV e de rádio, em revista?
c) Qual a sua opinião a respeito da qualidade dos programas de televisão? Busque considerar os casos e exemplos levantados
pela rede, seja para ratificá-la, seja para retificá-la.
( ) O Artigo e o Editorial são quase iguais, a diferença é que este representa uma opinião própria e aquele uma opinião do
veículo de comunicação todo.
( ) O Editorial costuma ser escrito no plural, pois quer reforçar a ideia de unidade do pensamento de todos os jornalistas que
integram a revista, mas dentro dela eu posso ter matérias, notícias, artigos e reportagens com posicionamentos diferentes do Editorial.
( ) Além de usar “nós”, um editorial pode expressar a coletividade através de “a gente”, “a revista” ou “nossa equipe”. Afinal,
todos dão a ideia de conjunto, de equipe.
( ) Um Editor-chefe (cabeça-mor da revista) tem o direito de falar em nome de todos os jornalistas que integram sua equipe.
3. O texto abaixo foi escrito por uma garota de uma escola, no ano de 2013 e está cheio de Vícios de Linguagem, reescreva-o
buscando eliminá-las.
O livro escrito por Guila Azevedo é muito curtinho. Eu mesmo li num tapa. A ideia é da história é a seguinte: uma menina serelepe que
derrepente, do nada!, está grávida. E olha que não falta campanhas conscientizando a galera. Só sendo muito desligada da atualidade
pra cair nesse vaçilo ainda hoje! Achei isso nada haver da parte dela. Mais opiniões a parte, o namorado dela, o Ricardo, garoto
estonteante, inenarravelmente esnobe, pedante, presunçoso, biltre e valdevino inda tem a CORAJEM de pedir pra meninar fazer a um
aborto. Aí é demais. Dá uma agonia quando ele beija a boca dela, se eu fosse ela eu cuspia. Pô, ele nem apóia! E ela sempre vai à sua
casa, mesmo assim! Também não é flor-que-se-cheire a pinel. É isso aí, flw.