Curso: Direito Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito I - Professor: Marcelino Meleu Período: 1º Ano/Sem: 2015/1º Acadêmica: Pámela de Carli da Silva A Ciência Jurídica e Seus Dois Maridos Quais os conceitos e distinções entre famas e cronópios descritos na obra? Os cronópios são homens pluriformes e pluricromáticos com uma grande riqueza inventiva, também são altamente sensíveis e vivem em busca de redescobrir o amor pela vida, buscando também uma livre comunicação. Warat fala que a forma dos cronópios é a loucura, portador de uma imensa alegria. Como o autor mesmo cita em um trecho, “O cronópio é um marginal que não se socializa nem no dever e nem no pecado. Ele não aceita ficar preso a nenhuma teia de tiranias”. Já os famas, são seres cinza, matemáticos, prudentes, loucos por protocolos de atuação. Vivem de acordo com os moldes impostos pela sociedade. Eles conseguem por um lugar em cada coisa e cada coisa em seu lugar. Como citado no livro, os fama tem o cotidiano agendado. Se perde sua agenda, perde parte da sua vida. Warat tambmém diz que a profissão preferida dos famas é de ser advogado.
Qual o sentido de carnavalização do direito empregado pelo autor?
Segundo Warat, carnavalizar é botar tudo fora do lugar que a boa ordem das instituições determina. Ele apela à carnavalização para conhecer a cultura a democracia e o direito, pois eles precisam ser vividos como territórios de conquista e não como resultados. A expressão “estado de Direito”, conota principalmente a necessidade de fazer reinar a lei. Ao oposto, a versão carnavalizada da democracia se abrirá para o espaço de criação do direito. Como Warat diz: “A carnavalização é uma febre que nos aguarda para a construção de uma nova afetividade. É uma coragem para não engolir mais as ideias velhas. O velho não reproduz nada, nem o mundo que quer preservar. Ferozmente, o velho contamina o novo de morte.”.
Quais as características das "máscaras da ciência do direito" segundo Warat?
Como Warat expõe no seu livro: “As máscaras da ciência do direito são disciplinadores. Impedem fixar os limites da lei. Carapuças impotentes frente a rotina cultural. Escritos estéreis que não conseguem procriar uma cultura jurídica visceralmente democrática. Um saber sobre o direito que reconcilie o homem com suas paixões, tenha respostas de acordo com o mundo, e transforme a estagnação de suas verdades em desejos vivos.” “Existem evidências difíceis de suportar. Precisamos, então, das aparências. Precisamos dos argumentos da ciência do direito. A ciência jurídica clássica unicamente serve para descrever os mecanismos que reprimem o eu. Por tabela ele reforça os mecanismos simbólicos da militarização do cotidiano. Em última instância, o que apreendemos da cultura jurídica é a prestar contas.”